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Fichamento Polanyi em Citações

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Fichamento referente ao texto A Grande Transformação. As origens de nossa época, de Karl Polanyi.
“No coração da Revolução Industrial do século XVIII ocorreu um progresso miraculoso nos instrumentos de produção, o qual se fez acompanhar de uma catastrófica desarticulação nas vidas das pessoas comuns.” (p. 51).
Tal desarticulação mostra que a ideologia liberal falhou o que faz com que não seja “preciso entrar em minúcias para compreender que um processo de mudança não dirigida, cujo ritmo é considerado muito apressado, deveria ser contido, se possível para salvaguardar o bem-estar da comunidade.” (p.51).
“O liberalismo econômico interpretou mal a história da Revolução Industrial porque insistiu em julgar os acontecimentos sociais a partir de um ponto de vista econômico.”(p.52) devido as politicas de cercamentos, as terras cercadas ganharam altos valores em comparação a terras não cercadas, fazendo crescer a ideia do progresso pelo progresso que culminou num desmantelamento do tecido social “Os cercamentos foram chamados, de uma forma adequada, de revolução dos ricos contra os pobres.”(p.53) a nobreza passou a tirar literalmente as parcelas de terra da população mais pobre.
“aldeias abandonadas e ruínas de moradias humanas testemunhavam a ferocidade da revolução, ameaçando as defesas do país, depredando suas cidades, dizimando sua população, transformando seu solo sobrecarregado em poeira, atormentando seu povo e transformando-o de homens e mulheres decentes numa malta de mendigos e ladrões.”(53) as condições geradas pelo liberalismo tinham como oposição o próprio estado que buscava um bem estar para sua população “A crença no progresso espontâneo pode cegar-nos quanto ao papel do governo na vida econômica. Este papel consiste, muitas vezes, em alterar o ritmo da mudança, apressando-o ou diminuindo-o, conforme o caso”(p.55)se não fosse a politica mantidas por estadistas Tudors e dos primeiros Stuart o “progresso” poderia ter se tornado muito mais degenerativos do que construtivos, a velocidade com que ocorreram as mudanças na Inglaterra levou a um estabelecimento da indústria têxtil, o veiculo da Revolução Industrial.
Sobre as mudanças e o ideal de economia de mercado “A comparação entre o ritmo da mudança e o ritmo do ajustamento decidirá o que deve ser visto como resultado líquido da mudança.”(p.56), “As leis de mercado só são relevantes no cenário institucional de uma economia de mercado; não foram os estadistas da Inglaterra dos Tudors que se afastaram dos fatos e sim os economistas modernos, cujas observações a respeito deles deixaram implícita a existência anterior de um sistema de mercado.”(p.56)(mostrando que a ideia de mercado auto regulável e inexistente).
Sobre a interferência do estado na economia da época “A Inglaterra suportou, sem grandes danos, a calamidade dos cercamentos apenas porque os Tudors e os primeiros Stuarts usaram o poder da Coroa para diminuir o ritmo do processo de desenvolvimento econômico, 57 até que ele se tornou socialmente suportável utilizando o poder do governo central para socorrer as vítimas da transformação e tentando canalizar o processo de mudança de forma a tornar o seu curso menos devastador.”(p.56-57).
Sobre o Moinho Satânico “Antes que o processo tivesse ido suficientemente longe, os trabalhadores já se amontoavam em novos locais de desolação, as assim chamadas cidades industriais da Inglaterra; a gente do campo se desumanizava em habitantes de favelas; a família estava no caminho da perdição e grandes áreas do país desapareciam rapidamente sob montes da escória e refugos vomitados pelos "moinhos satânicos".”(p.58) para todos os escritores da época aquela situação era de desumanização .
Sobre a transição da economia primitiva para a economia de mercado causada pela R.I. “A transformação da economia anterior para esse sistema é tão completa que parece mais a metamorfose de uma lagarta do que qualquer alteração que possa ser expressa em termos de crescimento contínuo e desenvolvimento.”(p.60) esse desenvolvimento levou a uma mudança na visão do homem “Na verdade, a produção das máquinas numa sociedade comercial envolve uma transformação que é a da substância natural e humana da sociedade em mercadorias.”(p.61).
Estabelecendo uma a ideia de mercado auto regulável “Uma economia, de mercado significa um sistema auto-regulável de mercados, em termos ligeiramente mais técnicos, é uma economia dirigida pelos preços do mercado e nada além dos preços do mercado.”(p.62) esse ideal demonstra uma ideia de nenhuma força exterior é necessária para organizar a economia.
Sobre Homem Econômico “Um pensador do quilate de Adam Smith sugeriu que a divisão do trabalho na sociedade dependia da existência de mercados ou, como ele colocou, da "propensão do homem de barganhar, permutar e trocar uma coisa pela outra". Esta frase resultou, mais tarde, no conceito do Homem Econômico”(p.62-63) apesar da economia estar presente em toda a história da humanidade nunca houve um ideal de lucro feitos por trocas.
Sobre a influencia de Adam Smith nas gerações posteriores “Mas a mesma tendência que levou a geração de Adam Smith a ver o homem primeiro como inclinado à barganha e à permuta induziu seus sucessores a descartar todo interesse no homem primitivo, uma vez que já se sabia que ele não se inclinava para essas louváveis paixões.”(p.64) essa da economia clássica que buscava no homem primitivo seu estado natural para aplicar na sua realidade ser perdeu.
Sobre estudos mais recentes da historia do homem e economia “A descoberta mais importante nas recentes pesquisas históricas e antropológicas é que a economia do homem, como regra, está submersa em suas relações sociais. Ele não age desta forma para salvaguardar seu interesse individual na posse de bens materiais, ele age assim para salvaguardar sua situação social, suas exigências sociais, seu patrimônio social.”(p.65) e essa relações são diferentes em ambientes sociais diferentes “É natural que esses interesses sejam muito diferentes numa pequena comunidade de caçadores ou pescadores e numa ampla sociedade despótica, mas tanto numa como noutra o sistema econômico será dirigido por motivações não-econômicas.”(p.65).
Economia pré economia de mercado:
Sobre Reciprocidade “O princípio da reciprocidade atuará principalmente em benefício da sua mulher e de seus filhos, compensando-o assim, economicamente, por seus atos de virtude cívica. A exibição cerimonial dos alimentos, tanto em sua própria horta como ante o depósito da que recebe, é uma garantia de que todos conhecerão a elevada qualidade da sua atividade como hortelão.” (p.67) atuara em ralação a organização sexual da sociedade “O amplo princípio da reciprocidade ajuda a salvaguardar tanto a produção como a subsistência familiar.” (p.67).
Sobre Redistribuição “Uma parte substancial de toda a produção da ilha é entregue pelo chefe da aldeia ao chefe geral, que a armazena” (p.67) importante em sociedades com um chefe comum (centralização) que ira dividir a produção da maneira que achar “mais efetiva”.
Sobre Domesticidade que consiste na produção para subsistência “Tanto no caso de entidades de família muito diferentes, como no povoamento, ou na casa senhorial, que constituíam unidades autossuficientes, o princípio era invariavelmente o mesmo, a saber, o de produzir e armazenar para a satisfação das necessidades dos membros do grupo.” (p.73).
Evolução do Padrão de Mercado 
“A permuta, a barganha e a troca constituem um princípio de comportamento econômico que depende do padrão de mercado para sua efetivação.” (p.76), “Por outro lado, o padrão de mercado, relacionando-se a um motivo peculiar próprio, o motivo da barganha ou da permuta, é capaz de criar uma instituição específica, a saber, o mercado.” (p.76). 
“Em última instância, é por isto que o controle do sistema econômico pelo mercado é conseqüência fundamental para toda a organização da sociedade: significa, nada menos, dirigir a sociedade como se fosse um acessório do mercado.” (p.77) ainda nesse pensamento do padrãode mercado Polanyi afirma “Em vez de a economia estar embutida nas relações sociais, são as relações sociais que estão embutidas no sistema econômico” (p.77) e ainda “foi crucial o passo que transformou mercados isolados numa econômica de mercado, mercados reguláveis num mercado auto-regulável.” (p.77).
O Mercado auto regulável e as mercadorias fictícias:
“Um economia de mercado é um sistema econômico controlado, regulado e dirigido apenas por mercados; a ordem na produção e distribuição dos bens é confiada a esse mecanismo auto-regulável.” (p.89).
“Sob o sistema de guildas, como sob qualquer outro sistema econômico na história anterior, as motivações e as circunstâncias das atividades produtivas estavam inseridas na organização geral das sociedades” (p.91).
“É com a ajuda do conceito de mercadoria que o mecanismo do mercado se engrena aos vários elementos da vida industrial. As mercadorias são aqui definidas, empiricamente, como objetos produzidos para a venda no mercado; por outro lado, os mercados são definidos empiricamente como contatos reais entre compradores e vendedores.” (p.93) seguindo essa logica cada componente do mercado aparece com um produto que tem um valor seguindo a logica de oferta e demanda.
“A descrição do trabalho, da terra e do dinheiro como mercadorias é inteiramente fictícia.” (p.94) na concepção do autor trabalho é uma atividade humana decorrente da vida, terra seria outra nomenclatura para a natureza que não é produto do homem e por fim dinheiro é apenas um “símbolo de poder de compra” que adquiri “valor” através de mecanismos externos, “Esses elementos são, na verdade, comprados e vendidos no mercado; sua oferta e procura são magnitudes reais, e quaisquer medidas ou políticas que possam inibir a formação de tais mercados poriam em perigo, ipso facto, a auto-regulaçâo do sistema” (p.94).

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