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* * ICONOFAGIA * * Impulsionado pela indústria da comunicação de massa * * VIOLÊNCIA SUTIL - CORPO Juvenilização do adulto Senilização do jovem * * “No mundo midiatizado, não há tempo para contemplação” * * “O que não deciframos, nos devora” * * Indústria Cultural – dita regras * * ÍCONE ícone vem do Grego "eikon“: e significa imagem * * FAGIA Sufixo nominal, de origem grega - exprime a ideia de ação de comer, alimentação * * Somos escravos da imagem? * * Somos devoradores de imagens e somos devorados por elas."(Norval Baitello Júnior). * * Mídia como elemento reprodutor da imagem * * “(...) Ao invés de democratizar o acesso à informação e ao conhecimento, tal reprodutibilidade fez muito mais esvaziar o potencial revelador e esclarecedor das imagens por meio delas próprias e de seu uso indiscriminado e exacerbado” * * “O excesso de visibilidade cega a percepção do homem para o corpo real e o leva a assumir um corpo virtual “ * * O CORPO É a mídia primeira– forma de se relacionar com outro seres humanos * * “Não vivemos o aqui e o agora. O corpo está presente, mas vazio” * * ENTREVISTA DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW.CONJECTURAS.COM.BR/EDICAO05/CEREBRAR/NORVAL.HTM Como que isso afeta a visão do próprio corpo, principalmente do das mulheres diante desse cenário de exploração do corpo feminino atual? Norval: Dentro da história da humanidade, a mulher sempre esteve associada à maternidade, à fertilidade. E também com a terra, com o solo, de onde brotam as coisas. O que a mídia fez com o corpo da mulher foi torná-lo objeto de suporte de imagens. Esse suporte de imagens acabou obrigando as pessoas a transformarem seus corpos em imagens de corpos. Os corpos, que são reais - um maior, outro menor, outro mais gordo, outro mais magro - foram transformados em imagens de corpos. * * * * Essa “exigência” e mesmo desejo de ter um corpo perfeito por parte das mulheres é em razão do homem ou poderíamos dizer que mais por razões midiáticas? Norval: Eu diria que é mais um fenômeno midiático porque é um fenômeno da relação entre masculino e feminino, entre homem e mulher. Tanto os homens quanto as mulheres tem as suas preferências diferenciadas. De repente você gosta de uma determinada pessoa e aquela pessoa está fora dos padrões midiáticos da beleza. Aliás, quem não está fora dos padrões midiáticos da beleza? Todos nós estamos fora. 2 cm a mais aqui, dois ali, 20 cm a mais de gordura, pneuzinho disso e daquilo. Ou talvez a pele de uma determinada cor ou um cabelo assim ou assado. A verdade é que estamos todos fora dos padrões idéias de beleza. * * “Segundo um colega comunicólogo, o padrão desses corpos que aparecem nas revistas não existe. Eles são irreais, são fabricados. Então, eu não diria que é uma exigência dos homens ou das mulheres, pois a mídia também fabrica mentes e corações. E existem aqueles homens e aquelas mulheres que incorporaram tanto o sonho de beleza midiático que acabam devorados por esse sonho de beleza midiático. Esse sonho de beleza midiático acaba se tornando o sonho deles próprios. É o sonho da mídia e é isso que eu chamo de sonhos pré-sonhados”. * * “A perda do contato com o próprio corpo ocasiona a perda do contato com o corpo do outro. Do parceiro, da parceira, do irmão, do filho, da filha. E tudo isso é um empobrecimento enorme. Existem pesquisas muito bem fundamentadas sobre a importância da comunicação de pele. Por exemplo, dos pais com os filhos, criança que é muito abraçada, que é muito acariciada, que é massageada, que tem contato físico com a mãe e com o pai, é muito mais calma, se desenvolve com mais segurança”. * * Esse cenário de excesso de imagens, de um bombardeio de imagens, vai tornando as pessoas cada vez mais insensíveis? Norval: Vai! Essa coisa vai anestesiando a nossa capacidade de enxergar, se instaura uma coisa chamada crise da visibilidade. Veja o que o atual prefeito de São Paulo está fazendo na cidade de São Paulo. A retirada dos outdoors é uma atividade muito inteligente, porque a quantidade de outdoors que existia já tinha nos tornado cegos para eles. Nossa capacidade de ver diminuiu. Limpar a cidade é a melhor medida para encontrar outros caminhos para a publicidade. Tornar a cidade, com isso, um pouco mais agradável e descansar os nossos olhos para que eles possam enxergar a publicidade em outros lugares. * * A era da visibilidade nos transforma a todos em imagens, invertendo o vetor da interação humana, criando a visão que se satisfaz apenas com a visão” (BAITELLO JUNIOR, 2005, p. 30). * * * * * * * *
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