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Educação fisica no enem 01

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ESCOLA AUTON ARAGÃO 
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENEM 
(MANIFESTAÇÕES DA CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO) 
 PROFESSORA VIVIANNE BARROS 
corpo na sociedade atual 
 
 
Nunca na história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso 
como nos dias atuais, as preocupações das pessoas em estar em 
forma, a procura por medidas ideais, satisfação pessoal, alegria, 
prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido intensa nos 
últimos anos. As mulheres e os homens se preocupam cada vez 
mais com a forma física: os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o 
corpo em geral. Manter uma aparência agradável é, sem dúvida, 
algo positivo para a vida de qualquer pessoa hoje, pois isso faz com 
que você se sinta mais feliz e mantenha uma boa auto-estima. O 
corpo, sem duvida, é o principal motivo de tanta inquietação, pois a 
beleza é vista como algo necessário para que alguém possa obter 
completa felicidade. Muitas vezes as coisas mais essenciais na vida 
são deixadas de lado por causa da busca intensa de um corpo ideal, 
almejado por tais pessoas. O excesso de preocupação, entretanto, 
pode não ser muito bom e muitas vezes interfere negativamente até 
mesmo na sua vida familiar e nas relações com as outras pessoas. 
Há uma infinidade de pessoas que ficam inibidas ou envergonhadas 
por estar acima do peso, ter celulite ou não gostar disso ou daquilo 
no próprio corpo, muitas pessoas estão dispostas a tudo para 
alcançar o padrão desejado ou ditado pela moda atual. 
Pessoas se submetem as dietas rigorosas ou mesmo a inúmeras 
intervenções cirúrgicas, fazem implantes de silicones, tudo para ter 
um corpo “sarado”. Muitas vezes essa procura é apenas para causar 
impacto e admirações nas outras pessoas. 
De nada adianta ter um corpo perfeito se a pessoa não estiver 
consciente do que realmente conta para uma vida prazerosa e 
harmônica. E assim vai caminhando a sociedade atual, em busca de 
um corpo perfeito que venha trazer benefícios pessoais, nos 
relacionamentos de casais, e também nos relacionamentos sociais. 
Vive -se uma ditadura da beleza onde o corpo é o alvo de todos os 
sacrifícios. 
 
(Fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-
sociedade-atual/#ixzz1TJO7e3AX) 
 
Texto 02 
O corpo no mundo dos símbolos e como produção de 
cultura 
Atualmente ocorre um fenômeno geral, a chamada "cultura do 
corpo" ou "cultura do narcisismo". Seriam, sobretudo, os 
segmentos das camadas médias das cidades aos quais — por suas 
ilusões e obsessões pela perfeição física, por seu esmagamento pela 
proliferação de imagens e por ideologias terapêuticas e, ainda, pelo 
consumismo — o termo narcisismo se aplicaria com maior 
propriedade. 
Hoje, tantos e ricos estudos lançam luz sobre um mosaico de 
"culturas" que se engendram e reproduzem no complexo 
emaranhado da desigual sociedade urbana das metrópoles. 
Isso, não obstante, é justamente na análise da cultura do corpo 
desse segmento social — as camadas médias das cidades — que 
estudiosos nos oferecem uma interessante contribuição, mostrando 
como corpo e moda, e o conjunto infindável de investimentos na 
aparência, são parte fundamental do estilo de vida. Cosméticos, 
maquiagem, cirurgia estética, dermatologistas, personal trainers, 
estilistas e profissionais da elegância permitem mobilizar recursos e 
operar expedientes para "estar em boa forma", ideal ardentemente 
perseguido. Como fica mais bem explicitado no artigo "A 
civilização das formas: o corpo como valor", que Goldenberg 
assina em co-autoria com Marcelo Ramos, e no qual são 
desenvolvidas algumas das idéias centrais da apresentação, a 
atenção é voltada para o que se poderia chamar de 
superdimensionamento do corpo e da aparência no processo de 
revelação de identidades. Em outros termos: o corpo estaria sendo 
apropriado por "muitos indivíduos ou grupos" como "meio de 
expressão (ou representação) do eu" (p. 21), fenômeno que, 
segundo os autores, é facilmente compreendido em "um contexto 
social e histórico particularmente instável e mutante, no qual os 
meios tradicionais de produção de identidade — a família, a 
religião, a política, o trabalho, entre outros — se encontram 
enfraquecidos" (p. 21).O chamado "culto ao corpo", longe de servir 
como guia claro de orientação para os comportamentos de 
indivíduos ou grupos, geraria um paradoxo na "cultura de classe 
média". Embora mecanismo altamente eficiente de 
individualização, ao responsabilizar cada indivíduo por sua 
aparência, isto é, instaurando uma nova moralidade, a da "boa 
forma", referida à juventude, beleza e saúde e, conseqüentemente, 
acentuando particularismos ao fazer de cada indivíduo uma espécie 
de escrutinador de cada detalhe de seu corpo e aparência, não deixa 
de fazer coexistir, ao lado desses movimentos que promovem ou 
acirram uma espécie de autocentramento ou individualização, 
alguns outros imperativos, igualmente eficazes, porém opostos e 
contraditórios. "Quanto mais se impõe o ideal de autonomia 
individual, mais aumenta a exigência de conformidade aos modelos 
sociais do corpo. Se é bem verdade que o corpo se emancipou de 
muitas de suas antigas prisões sexuais, procriadoras ou 
indumentárias, atualmente encontra-se submetido a coerções 
estéticas mais imperativas e geradoras de ansiedade do que 
antigamente" (p. 9). A existência de uma ampla gama de 
procedimentos, como os regimes de emagrecimento e de 
modelagem do corpo, a multiplicação e disseminação de 
intervenções estéticas cirúrgicas e cosméticas que "corrigem" 
narizes, seios e outras partes do corpo, testemunhariam "o poder 
normalizador dos modelos". Na "cultura do corpo" há como que 
um confronto ou embate entre dois ideais distintos: "um desejo 
maior de conformidade estética", de um lado, e "o ideal 
individualista e sua exigência de singularização dos sujeitos" (p. 9), 
de outro. De toda forma, seja como lugar de singularização, seja 
como projeção de modelos idealizados, o corpo é caracterizado 
antes de mais nada com um valor nas camadas médias , o que torna 
fácil entender por que seja uma "natureza cultivada" (BOURDIEU, 
1987), isto é, um corpo coberto por signos distintivos que, segundo 
os autores, sintetizariam simultaneamente três idéias: "a de insígnia 
(ou emblema) do policial que cada um tem dentro de si para 
controlar, aprisionar e domesticar seu corpo para atingir a 'boa 
forma', a de grife (ou marca), símbolo de um pertencimento que 
distingue como superior aquele que o possui e a de prêmio (ou 
medalha) justamente merecido pelos que conseguiram alcançar, por 
intermédio de muito esforço e sacrifício, as formas físicas mais 
'civilizadas'" (p. 39). (BOURDIEU, P. A economia das trocas 
simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.) 
 
PERGUNTAS PARA DEBATE 
 
 O que e padrão de beleza? Formule um conceito. 
 Na sua opinião vale tudo para ter um corpo perfeito? 
 Existe padrão de bleza ideal para homem e para 
mulher?justifique -se 
 De que forma a mídia influência o consumismo? 
 Qual limite para se conseguir corpo perfeito? 
 Que influência a sociedade tem sobre a imagem 
corporal? 
 Quais os padrões de beleza impostos pela mídia? 
 
TEXTO 03 
 
A B E L E Z A N A G R É C I A A N T I G A E H O J E 
http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/#ixzz1TJO7e3AX
http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1731162-corpo-na-sociedade-atual/#ixzz1TJO7e3AX
Cultura é a “informação não hereditária, adquirida, preservada e 
transmitida por vários grupos da humanidade". Nesta perspectiva, o 
corpo pode ser entendido como um texto de cultura, pois a identidade 
cultural dos indivíduos está inscrita no corpo. As representações 
produzidas para ele informam (O QUE A SOCIEDADE É E COMO 
VIVE.) 
O termo grego mais próximo para beleza ou belo é Kalón: significa 
aquilo que agrada, que suscita admiração, que atrai o olhar. Os gregos 
antigos, contudo, não tinham uma definição clara sobre o que é beleza. 
Associavam a beleza a outros valores. Para Platão, por exemplo, a 
beleza estava na sabedoria, para o Oráculode Delfos, na justiça. Nem 
mesmo Homero, que cantou a irresistível beleza de Helena, definiu a 
beleza mas usou-a como justificativa para a Guerra de Tróia.Foi no 
período de ascensão de Atenas, no século V a.C., que os gregos 
passaram a ter uma percepção mais clara do belo estético. Ocorria, 
então o desenvolvimento das artes, especialmente da pintura e da 
escultura cujas imagens passaram a representar a Beleza ideal. O corpo 
humano belo era aquele que mostrava harmonia e proporção entre as 
partes. 
Beleza passou a ser identificada com proporção. Nascia uma 
matemática das proporções do corpo humano. Mais tarde, no século I 
a.C., Vitrúvio, exprimiu as justas proporções corporais em frações da 
figura inteira: a face devia ter 1/10 do comprimento total, a cabeça, 
1/8, o comprimento do tórax ¼ etc. 
E o que era belo? Para os gregos antigos, não era o corpo feminino. A 
beleza era qualidade do corpo masculino e, mais especialmente, do 
homem rico, másculo e grego. Entende-se, afinal, somente o homem, 
naquela sociedade, tinha direito à cidadania, isto é, à vida política. E 
isso fazia parte da atribuição do belo. 
A beleza grega exaltava o corpo masculino e este era exposto nu nos 
ginásios. Nestes locais, os homens exercitavam-se para modelar o 
corpo, preparavam-se atletas para os jogos olímpicos e treinavam-se 
soldados. O aprendizado de gramática, poesia, retórica e filosofia – 
necessárias para o exercício da vida política – completavam a educação 
masculina e harmonizavam mente e corpo.Já a mulher na Grécia 
antiga, não tinha direitos políticos e vivia confinada ao espaço da casa. 
Não lhe era permitida a nudez e devia cobrir o corpo com uma túnica 
até os joelhos quando estava em casa, e até os tornozelos para sair à 
rua. 
Nas artes, as mulheres eram representadas próximas ao padrão 
masculino, como a célebre Vênus de Milo, com braços e pernas fortes, 
a musculatura acentuada e rosto com expressão dura. Pouco se sabe 
como as mulheres gregas viam-se a si mesmas e se as esculturas 
femininas lhes serviam de padrão de beleza a ser seguido. 
A beleza na sociedade contemporânea 
A mulher de hoje conquistou liberdades e participação política jamais 
imaginadas pelas gregas da Antiguidade. Mas essas conquistas não a 
libertaram da tirania dos padrões estéticos estabelecidos pela moda e 
pela mídia. Na sociedade contemporânea a prática do culto ao corpo 
transformou-o em sujeito e objeto de consumo que movimenta uma 
enorme quantidade de serviços (academias de ginástica, clínicas 
estéticas, cabeleireiros etc.) e de indústrias (cosméticos, roupas, 
suplementos alimentares etc.) 
 A estética da magreza, estabelecida desde os anos 1960, teve como 
ícone a modelo Twiggy, cujo nome deriva de twig, “graveto” em inglês, 
dada a sua aparência. A nova estética se impôs e foi difundida pela 
indústria da moda, revistas femininas, agências de propaganda, 
televisão e cinema, atingindo todas camadas sociais. 
Os ideais de Beleza propostos pelo consumo comercial foram 
veiculados como condição de felicidade, de sucesso profissional e 
realização amorosa. Estar fora do padrão estético dominante é causa 
de constrangimento, complexos e sentimento de culpa. “Fabricar a 
própria imagem se tornou sentido de existir, pois a imagem dá acesso ao sucesso, 
dinheiro, amor e poder. A beleza, antes um dom natural, passa a ser um 
investimento pessoal, e cada um tem a responsabilidade pela sua 
aparência.” (MOTA). 
A luta para modelar o corpo segundo o padrão estético dominante 
 tem levado a armadilhas que podem ser fatais: transtornos alimentares 
como anorexia e bulimia, intervenções cirúrgicas nem sempre 
recomendadas e com resultados desastrosos. 
O que se deseja e se busca é o impossível, o inalcançável, porque a 
imagem apresentada como ideal não existe na realidade. Ela é criada 
pela tecnologia, por softwares do computador, pelos estúdios de 
fotografia, pela indústria de cosméticos e até pelas roupas que apertam 
ou dão volume construindo um novo corpo. Grande parte da beleza 
que vemos impressa nas revistas e nas telas é a beleza do momento, 
inventada para o instante. 
A modelo Gisele Bündchen, consciente da idealização da beleza, 
comentou a respeito: “Não só o meio da moda, mas o publicitário de uma 
forma geral tem usado o Photoshop como grande aliado. Hoje, você pode corrigir 
qualquer detalhe na imagem com o mouse. Antes, eram necessários rolos e rolos de 
foto para garantir que todos os detalhes saíssem bem. Neste sentido, facilitou 
muito, mas é preciso ter cuidado, pois já vi muitos casos passarem do ponto. 
Particularmente, prefiro imagens mais naturais. Mas também entendo que eles 
vendem um sonho, e sonhos são mais enfeitados. É importante que as pessoas 
entendam, no entanto, que esta não é a realidade e que uma imagem não define 
quem você é. Cada um tem seu brilho, sua luz, algo especial que é só seu. E isso, 
nenhum Photshop do mundo consegue criar.” (Gisele Bündchen, em 
entrevista para o jornal O Estado de S.Paulo, 28.10.2013, p. C1-1.) 
BibliografiaECO, Humberto. História da Beleza. Rio de Janeiro: 
Record, 2010.MOTA, Maria Dolores de Brito. De Vênus a Kate Moss: 
reflexões sobre o corpo, beleza e relações de gênero. Disponível em pdf. 
 
Perguntas para debate 
 O modelo de beleza dos gregos é o mesmo que predomina 
na sociedade atual? 
 Em que medida o homem e a mulher de hoje vivem sob a 
ditadura da aparência? 
 O padrão de beleza das modelos corresponde à maioria das 
mulheres? 
 Atingir o padrão de beleza é garantia de felicidade? 
 A beleza é uma situação eterna, permanente? 
 O que a diferença de medidas mostradas nas imagens abaixo 
nos faz pensar sobre “padrão estético”? 
 
MÚSCULOS IMPOSSÍVEIS E INVEJÁVEIS 
 Claramente, nas últimas duas décadas, construiu-‐se uma 
cultura masculina da modificação corporal. Por que não aplaudir? 
 Pessoalmente, levanto ferro há 35 anos e acho Como tanto para 
 a saúde quanto para o humor. Então qual é o problema? 
Acontece que uma parte não negligenciável dos malhadores 
não encontra saúde nenhuma. Só nos Estados Unidos, as 
pesquisas mostram que, para quase 1 milhão deles, a 
 insatisfação com seu corpo deixa de ser um incentivo e 
 transforma-‐se numa obsessão doença. Eles sofrem de uma 
 verdadeira alteração da percepção da forma de seu próprio 
corpo. Por mais que treinem, “sequem” e fiquem fortes, 
desenvolvem preocupações irrealistas, constantes e angustiadas 
de que seu corpo seja feio, desproporcionado, miúdo ou gordo 
 etc. Passam o tempo verificando frequentemente o espelho. São 
as primeiras vítimas do uso desregrado de qualquer substância 
 que prometa facilitar o crescimento muscular. CALLIGARIS, C. 
 Folha de S. Paulo, 8 fev. 2001 (fragmento). 
 
Segunda aplicação do ENEM-2013 O modelo de corpo perseguido 
pelos sujeitos descritos no texto possui como característica 
 principal o(a) 
 
a) agilidade, com o intuito de realizar ações com maior 
 performance atlética. 
b) b) equilíbrio, com o intuito de impedir oscilações ou 
 desvios posturais. 
c) c) hipertrofia , com o intuito de ampliar o delineamento da 
 massa corporal. 
d) d) relaxamento, com o intuito de alcançar uma sensação de 
 satisfação, beneficiando a autoestima. 
e) e) flexibilidade, com o intuito de evitar lesões musculares e 
 outros riscos da atividade física. 
 
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/category/idade-antiga/
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/category/idade-antiga/
http://fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicios_publicaciones/actas_diseno/articulos_pdf/A009.pdf
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Twiggy-2.jpg
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Gisele-Bundchen1.jpg

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