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Convenção sobre os Direitos da 
Criança 
• Trata-se de uma Convenção Internacional celebrada no 
âmbito da Organização das Nações Unidas. Esta 
Convenção foi adotada pela Assembleia Geral da ONU, 
em 20 de setembro de 1989. 
 
• O Brasil ratificou esta Convenção em 24 de setembro de 
1990. Posteriormente fez o Decreto executivo 99.710, 
21 de novembro de 1990, por meio do qual esta 
Convenção foi incorporada ao ordenamento jurídico 
brasileiro. 
 
 
 
 
 
• Esta Convenção possui um preâmbulo e três partes. 
Preâmbulo 
Preâmbulo 
• Os Estados Partes da presente Convenção, 
– Considerando que, de acordo com os princípios proclamados 
na Carta das Nações Unidas, a liberdade, a justiça e a paz no 
mundo se fundamentam no reconhecimento da dignidade 
inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os 
membros da família humana; 
– Tendo em conta que os povos das Nações Unidas 
reafirmaram na carta sua fé nos direitos fundamentais do 
homem e na dignidade e no valor da pessoa humana e que 
decidiram promover o progresso social e a elevação do nível 
de vida com mais liberdade; 
Preâmbulo 
– Reconhecendo que as Nações Unidas proclamaram e 
acordaram na Declaração Universal dos Direitos Humanos e 
nos Pactos Internacionais de Direitos Humanos que toda 
pessoa possui todos os direitos e liberdades neles 
enunciados, sem distinção de qualquer natureza, seja de raça, 
cor, sexo, idioma, crença, opinião política ou de outra índole, 
origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou 
qualquer outra condição; 
 
– Recordando que na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos as Nações Unidas proclamaram que a infância tem 
direito a cuidados e assistência especiais; 
 
Preâmbulo 
– Convencidos de que a família, como grupo fundamental da 
sociedade e ambiente natural para o crescimento e bem-
estar de todos os seus membros, e em particular das 
crianças, deve receber a proteção e assistência necessárias a 
fim de poder assumir plenamente suas responsabilidades 
dentro da comunidade; 
 
– Reconhecendo que a criança, para o pleno e harmonioso 
desenvolvimento de sua personalidade, deve crescer no seio 
da família, em um ambiente de felicidade, amor e 
compreensão; 
 
Preâmbulo 
– Considerando que a criança deve estar plenamente 
preparada para uma vida independente na sociedade e deve 
ser educada de acordo com os ideais proclamados na Cartas 
das Nações Unidas, especialmente com espírito de paz, 
dignidade, tolerância, liberdade, igualdade e solidariedade; 
 
Preâmbulo 
– Tendo em conta que a necessidade de proporcionar à criança 
uma proteção especial foi enunciada na Declaração de 
Genebra de 1924 sobre os Direitos da Criança e na Declaração 
dos Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral em 20 
de novembro de 1959, e reconhecida na Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, no Pacto Internacional de Direitos 
Civis e Políticos (em particular nos Artigos 23 e 24), no Pacto 
Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (em 
particular no Artigo 10) e nos estatutos e instrumentos 
pertinentes das Agências Especializadas e das organizações 
internacionais que se interessam pelo bem-estar da criança; 
 
Preâmbulo 
– Tendo em conta que, conforme assinalado na Declaração dos 
Direitos da Criança, "a criança, em virtude de sua falta de 
maturidade física e mental, necessita proteção e cuidados 
especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes 
quanto após seu nascimento"; 
 
Preâmbulo 
– Lembrado o estabelecido na Declaração sobre os Princípios 
Sociais e Jurídicos Relativos à Proteção e ao Bem-Estar das 
Crianças, especialmente com Referência à Adoção e à 
Colocação em Lares de Adoção, nos Planos Nacional e 
Internacional; as Regras Mínimas das Nações Unidas para a 
Administração da Justiça Juvenil (Regras de Pequim); e a 
Declaração sobre a Proteção da Mulher e da Criança em 
Situações de Emergência ou de Conflito Armado; 
 
Preâmbulo 
– Reconhecendo que em todos os países do mundo existem 
crianças vivendo sob condições excepcionalmente difíceis e 
que essas crianças necessitam consideração especial; 
 
– Tomando em devida conta a importância das tradições e dos 
valores culturais de cada povo para a proteção e o 
desenvolvimento harmonioso da criança; 
 
– Reconhecendo a importância da cooperação internacional 
para a melhoria das condições de vida das crianças em todos 
os países, especialmente nos países em desenvolvimento; 
 
Obrigações dos Estados partes 
Pergunta 
• Pergunta: nos termos da Convenção, quem é considerado 
criança? 
• Resposta: considera-se como criança todo ser humano com 
menos de 18 anos de idade, a não ser que, em conformidade 
com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes. 
 
• ATENÇÃO! A idade, no Brasil, foi definida no artigo 2º do 
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA: 
– Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos 
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade. 
 
Obrigações dos Estados partes 
• 1) Respeitar os direitos enunciados na Convenção; 
 
• 2) Assegurar sua aplicação a cada criança sujeita à sua 
jurisdição, sem distinção alguma, independentemente de 
raça, cor, sexo, idioma, crença, opinião política ou de outra 
índole, origem nacional, étnica ou social, posição 
econômica, deficiências físicas, nascimento ou qualquer 
outra condição da criança, de seus pais ou de seus 
representantes legais. 
Obrigações dos Estados partes 
• 3) Tomar todas as medidas apropriadas para assegurar 
a proteção da criança contra toda forma de 
discriminação ou castigo por causa da condição, das 
atividades, das opiniões manifestadas ou das crenças 
de seus pais, representantes legais ou familiares. 
Obrigações dos Estados partes 
• 4) Assegurar à criança a proteção e o cuidado que 
sejam necessários para seu bem-estar, levando em 
consideração os direitos e deveres de seus pais, tutores 
ou outras pessoas responsáveis por ela perante a lei e, 
com essa finalidade, tomarão todas as medidas 
legislativas e administrativas adequadas. 
Obrigações dos Estados partes 
• 5) Adotar todas as medidas administrativas, legislativas e de 
outra índole com vistas à implementação dos direitos 
reconhecidos na Convenção. 
 
• 6) Envidar os seus melhores esforços a fim de assegurar o 
reconhecimento do princípio de que ambos os pais têm 
obrigações comuns com relação à educação e ao 
desenvolvimento da criança. 
Obrigações dos Estados partes 
• 7) Adotar todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e 
educacionais apropriadas para proteger a criança contra todas as 
formas de violência física ou mental, abuso ou tratamento 
negligente, maus tratos ou exploração, inclusive abuso sexual, 
enquanto a criança estiver sob a custódia dos pais, do 
representante legal ou de qualquer outra pessoa responsável por 
ela. 
Obrigações dos Estados partes 
• 8) Adotar medidas pertinentes para assegurar que a criança que 
tente obter a condição de refugiada, ou que seja considerada 
como refugiada de acordo com o direito e os procedimentos 
internacionais ou internos aplicáveis, receba, tanto no caso de 
estar sozinha como acompanhada por seus pais ou por qualquer 
outra pessoa, a proteção e a assistência humanitária adequadas 
a fim de que possa usufruir dos direitos enunciados na presente 
convenção e em outros instrumentos internacionais de direitos 
humanos ou de caráter humanitário dos quais os citados Estados 
sejam parte. 
Obrigações dos Estados partes 
• 9) Respeitar e a fazer com que sejam respeitadas as normas do 
direito humanitário internacional aplicáveis em casos de conflitoarmado no que digam respeito às crianças. 
 
• 10) Adotar que todas as medidas possíveis a fim de assegurar 
que todas as pessoas que ainda não tenham completado quinze 
anos de idade não participem diretamente de hostilidades. 
 
• 11) Abster-se de recrutar pessoas que não tenham completado 
15 anos de idade para servir em suas forças armadas. Caso 
recrutem pessoas que tenham completado quinze anos mas que 
tenham menos de dezoito anos, deverão procurar dar prioridade 
aos de mais idade. 
 
 
Direitos assegurados às crianças 
Direitos 
– Direito à vida. 
– Direito à sobrevivência e ao desenvolvimento da 
criança. 
– Direito ao registro imediatamente após o 
nascimento, bem como ao nome, nacionalidade e, 
na medida do possível, a conhecer seus pais e a ser 
cuidada por eles. 
– Direito à preservação de sua identidade, inclusive a 
nacionalidade, o nome e as relações familiares, de 
acordo com a lei, sem interferências ilícitas. 
Direitos 
– Direito a não ser separada dos pais. 
 
• Exceção: se, por decisão judicial, as autoridades 
competentes determinarem, em conformidade com a lei e 
os procedimentos legais cabíveis, que tal separação é 
necessária ao interesse maior da criança. 
 
• Tal determinação pode ser necessária em casos 
específicos, por exemplo, nos casos em que a criança sofre 
maus tratos ou descuido por parte de seus pais ou quando 
estes vivem separados e uma decisão deve ser tomada a 
respeito do local da residência da criança. 
Direitos 
– Direito de manter regularmente relações pessoais e 
contato direto com ambos os pais, que estiverem 
separados, a menos que isso seja contrário ao interesse 
maior da criança (guarda compartilhada). 
 
– Direito a que sua solicitação de ingresso ou saída de um 
Estado Parte, com vistas à reunião da família, seja 
atendido de forma positiva, humanitária e rápida. 
• A criança cujos pais residam em Estados diferentes terá o 
direito de manter, periodicamente, relações pessoais e 
contato direto com ambos, exceto em circunstâncias 
especiais. 
Direitos 
– Direitos contra a transferência ilegal para o exterior e a 
retenção ilícita fora do país. 
 
– Direito de expressas suas opiniões livremente sobre todos os 
assuntos relacionados com a criança, levando-se 
devidamente em consideração essas opiniões, em função da 
idade e maturidade da criança. 
• Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a 
oportunidade de ser ouvida em todo processo judicial ou 
administrativo que afete a mesma, quer diretamente quer por 
intermédio de um representante ou órgão apropriado, em 
conformidade com as regras processuais da legislação nacional. 
Direitos 
– Liberdade de expressão. 
• Esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e 
divulgar informações e ideias de todo tipo, 
independentemente de fronteiras, de forma oral, escrita 
ou impressa, por meio das artes ou por qualquer outro 
meio escolhido pela criança. 
 
– Direito à liberdade de pensamento, consciência e 
crença. 
• A liberdade de professar a própria religião ou as próprias 
crenças estará sujeita, unicamente, às limitações 
prescritas pela lei e necessárias para proteger a segurança, 
a ordem, a moral, a saúde pública ou os direitos e 
liberdades fundamentais dos demais. 
Direitos 
– Direito à liberdade de associação e de realização de 
reuniões pacíficas. 
 
– Direito a não ter interferências arbitrárias ou ilegais 
em sua vida particular, sua família, seu domicílio ou 
sua correspondência, nem de atentados ilegais a sua 
honra e a sua reputação. 
Direitos 
 
– Direito de acesso a informações e materiais 
procedentes de diversas fontes nacionais e 
internacionais, especialmente informações e materiais 
que visem a promover seu bem-estar social, espiritual 
e moral e sua saúde física e mental. 
Direitos 
 
– Direito à proteção e assistência especiais do Estado às 
crianças privadas temporária ou permanentemente do 
seu meio familiar, ou cujo interesse maior exija que 
não permaneçam nesse meio. Os Estados Partes 
garantirão, de acordo com suas leis nacionais, 
cuidados alternativos para essas crianças. 
IMPORTANTE! 
– Os Estados Partes que reconhecem ou permitem o 
sistema de adoção atentarão para o fato de que a 
consideração primordial seja o interesse maior da 
criança. 
Direitos 
 
– Direito às crianças com deficiência a uma vida plena e 
decente em condições que garantam sua dignidade, 
favoreçam sua autonomia e facilitem sua participação 
ativa na comunidade. 
Direitos 
– Direito a gozar do melhor padrão possível de saúde e dos serviços 
destinados ao tratamento das doenças e à recuperação da saúde. 
• Os Estados Partes garantirão a plena aplicação desse direito e, em especial, 
adotarão as medidas apropriadas com vistas a: a) reduzir a mortalidade 
infantil; b) assegurar a prestação de assistência médica e cuidados sanitários 
necessários a todas as crianças, dando ênfase aos cuidados básicos de 
saúde; c) combater as doenças e a desnutrição dentro do contexto dos 
cuidados básicos de saúde mediante a aplicação de tecnologia disponível e 
o fornecimento de alimentos nutritivos e de água potável, tendo em vista os 
perigos e riscos da poluição ambiental; d) assegurar às mães adequada 
assistência pré-natal e pós-natal; e) assegurar que todos os setores da 
sociedade, e em especial os pais e as crianças, conheçam os princípios 
básicos de saúde e nutrição das crianças, as vantagens da amamentação, da 
higiene e do saneamento ambiental e das medidas de prevenção de 
acidentes, e tenham acesso à educação pertinente e recebam apoio para a 
aplicação desses conhecimentos; f) desenvolver a assistência médica 
preventiva, a orientação aos pais e a educação e serviços de planejamento 
familiar. 
Direitos 
– Direito de usufruir da previdência social, inclusive do 
seguro social. 
 
– Direito de toda criança a um nível de vida adequado 
ao seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, 
moral e social. 
Direitos 
– Direito à educação. 
• Para tanto os Estados deverão: a) tornar o ensino primário 
obrigatório e disponível gratuitamente para todos; b) 
estimular o desenvolvimento do ensino secundário em suas 
diferentes formas, inclusive o ensino geral e profissionalizante, 
tornando-o disponível e acessível a todas as crianças, e adotar 
medidas apropriadas tais como a implantação do ensino 
gratuito e a concessão de assistência financeira em caso de 
necessidade; c) tornar o ensino superior acessível a todos com 
base na capacidade e por todos os meios adequados; d) tornar 
a informação e a orientação educacionais e profissionais 
disponíveis e accessíveis a todas as crianças; e) adotar medidas 
para estimular a frequência regular às escolas e a redução do 
índice de evasão escolar. 
Direitos 
– Direito a ser orientada quanto: 
• a) ao desenvolvimento da personalidade, das aptidões e da 
capacidade mental e física em todo o seu potencial; 
• b) Ao respeito aos direitos humanos e às liberdades 
fundamentais, bem como aos princípios consagrados na 
Carta das Nações Unidas; 
• c) ao respeito aos seus pais, à sua própria identidade 
cultural, ao seu idioma e seus valores, aos valores nacionais 
do país em que reside, aos do eventual país de origem, e 
aos das civilizações diferentes da sua; 
Direitos 
– Direito a ser orientada quanto: 
• d) a assumir uma vida responsável numa sociedade livre, 
com espírito de compreensão, paz, tolerância, igualdade de 
sexos e amizade entre todos os povos, grupos étnicos, 
nacionais e religiosos e pessoas de origem indígena; 
• e) ao respeito ao meio ambiente. 
Direitos 
– Direito ao descanso e ao lazer. 
Direitos 
– Garantias judiciais: 
• princípio da legalidade e irretroatividade;prazo razoável; 
juiz ou tribunal competente, independente e imparcial 
previamente estabelecido (não ad hoc); presunção de 
inocência; não ser obrigada a testemunhar ou declarar-se 
culpada; direito de recorrer da sentença; direito de ser 
assistida por defensor; direito de inquirir testemunhas; 
contar com a assistência gratuita de um intérprete caso não 
compreenda ou fale o idioma utilizado; ter plenamente 
respeitada sua vida privada durante todas as fases do 
processo. 
Proteções asseguradas à criança 
Proteções asseguradas à criança 
– Proteção contra a exploração econômica e contra o 
desempenho de qualquer trabalho que possa ser perigoso ou 
interferir em sua educação, ou que seja nocivo para sua saúde 
ou para seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral 
ou social. 
 
– Proteção contra o uso ilícito de drogas e substâncias 
psicotrópicas descritas nos tratados internacionais pertinentes 
e para impedir que crianças sejam utilizadas na produção e no 
tráfico ilícito dessas substâncias. 
Proteções 
– Proteção contra todas as formas de exploração e abuso 
sexual. 
• Nesse sentido, os Estados Partes tomarão, em especial, todas as 
medidas de caráter nacional, bilateral e multilateral que sejam 
necessárias para impedir: a) o incentivo ou a coação para que uma 
criança se dedique a qualquer atividade sexual ilegal; b) a exploração da 
criança na prostituição ou outras práticas sexuais ilegais; c) a exploração 
da criança em espetáculos ou materiais pornográficos. 
 
– Proteção para impedir o sequestro, a venda ou o tráfico de 
crianças para qualquer fim ou sob qualquer forma. 
Proteções 
– Proteção contra todas as demais formas de exploração 
que sejam prejudiciais para qualquer aspecto de seu 
bem-estar. 
 
– Proteção contra a tortura ou outros tratamentos ou 
penas cruéis, desumanos ou degradantes. 
• Não será imposta a pena de morte nem a prisão perpétua 
sem possibilidade de livramento por delitos cometidos por 
menores de 18 anos de idade. 
Proteções 
– Proteção contra a privação de liberdade de forma 
ilegal ou arbitrária. 
• A detenção, a reclusão ou a prisão de uma criança será 
efetuada em conformidade com a lei e apenas como último 
recurso, e durante o mais breve período de tempo que for 
apropriado. 
IMPORTANTE! 
 
• No artigo 227 da Constituição Federal, de 1988, trata-se 
dos deveres da família, da sociedade e do Estado para 
com a criança, adolescente e jovem. Este artigo tem 
redação nova dada pela EC 65, de 2010: 
IMPORTANTE! 
– Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar 
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão (Redação do texto originário). 
 
– Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o 
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão (Redação dada pela Emenda Constitucional 65, de 2010). 
IMPORTANTE! 
Perceba, portanto, que este artigo representa 
uma síntese da Convenção sobre os Direitos da 
Criança, de 1990. 
Comitê para os Direitos da 
Criança 
Comitê para os Direitos da Criança 
• Na Convenção sobre os Direitos das Criança 
previu-se um Comitê com a finalidade de 
examinar os progressos alcançados na aplicação 
da Convenção. 
Comitê para os Direitos da Criança 
• As principais características do Comitê são: 
– Composto de 10 especialistas de reconhecida 
integridade moral e competência nas áreas cobertas 
pela presente convenção. 
• Os membros do comitê serão eleitos pelos Estados 
Partes dentre seus nacionais e exercerão suas funções a 
título pessoal, tomando-se em devida conta a 
distribuição geográfica equitativa bem como os 
principais sistemas jurídicos. 
Comitê para os Direitos da Criança 
• Membros escolhidos em votação secreta. 
• São eleitos para um mandato de 4 anos podendo 
ser reeleitos. 
• Possui uma mesa diretora eleita para um período 
de 2 anos. 
• Reúne-se, normalmente, todos os anos. 
• As reuniões são realizadas normalmente na sede 
da ONU. 
Exercitando 
• 1- (DPESP – 2007) Muito se discute no Brasil a respeito da redução da 
maioridade penal, supostamente capaz de inibir o cometimento de práticas 
criminosas por jovens. A respeito do tema, a Convenção sobre os Direitos 
da Criança (ONU), estabelece o conceito de “criança”, o qual aplica-se 
• a) apenas às pessoas com idade inferior a quatorze anos, a não ser quando 
por lei do Estado-parte a maioridade seja determinada com idade mais 
baixa. 
• b) a todas as pessoas com idade inferior a dezoito anos, sendo vedado ao 
Estado-parte da Convenção fixá-la abaixo deste limite. 
• c) apenas às pessoas com idade inferior a quatorze anos, sendo vedado ao 
Estado-parte da Convenção fixá-la abaixo deste limite. 
• d) a todas as pessoas com idade inferior a dezoito anos, a não ser quando 
por lei do Estado-parte a maioridade seja determinada com idade mais 
baixa. 
• e) às pessoas jovens conforme definido pela legislação do Estado-parte. 
 
• 2- (DPU/2010) No direito à liberdade de expressão, um dos 
direitos previstos na Convenção sobre os Direitos da Criança, 
de 1990, inclui-se a liberdade de procurar, receber e divulgar, 
independentemente de fronteiras, informações e ideias de 
todo tipo, de forma oral, escrita ou impressa, por meio das 
artes ou por qualquer outro meio escolhido pela criança. 
 
• 3- (MPT/2009) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à 
Convenção sobre os Direitos da Criança: 
• a) Os Estados-Partes devem adotar as medidas necessárias para 
impedir a exploração de crianças em espetáculos ou materiais 
pornográficos. 
• b) Os Estados-Partes reconhecem o direito da criança de estar 
protegida contra a exploração econômica e contra o desempenho 
de qualquer trabalho que possa ser perigoso ou interferir em sua 
educação, ou que seja nocivo para sua saúde ou para seu 
desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social. 
• c) Fica limitada a jornada de trabalho ao mínimo de oito horas 
diárias, com uma hora de intervalo, salvo legislação nacional mais 
benéfica. 
• d) Considera-se como criança todo ser humano com menos de 
dezoito anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei 
aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes. 
 
• 4- (MPT/2010) Para os efeitos da Convenção sobre os Direitos 
da Criança, entende-se por criança todo ser humano menor 
de 18 anos de idade, salvo se, em conformidade a lei aplicável 
a criança, a maioridade seja alcançada antes. 
 
• 5- (DPE/MS/2012) Na Convenção Relativa aos Direitos da 
Criança (1989), no art. 37, consta que os Estados Membros 
assegurarão que: 
• a) não será imposta a pena de morte, nem a prisão perpétua, 
sem possibilidade de livramento, por delitos cometidos por 
menores de dezoito anos de idade. 
• b) não será imposta a pena de morte, nem a prisão perpétua, 
sem possibilidade de livramento, por delitos cometidos por 
menores de dezesseis anos de idade. 
• c) não será imposta a pena de morte, nem a prisão perpétua, 
sem possibilidade de livramento, por delitos cometidos por 
menores de quatorze anos de idade. 
• d) não será imposta a pena de morte, nem a prisão perpétua, 
sem possibilidade de livramento,por delitos cometidos por 
menores de treze anos de idade. 
 
• 6- (DPE/SE/2012) Considerando o que dispõe a Convenção 
sobre os Direitos da Criança, assinale a opção correta. 
• a) A liberdade de associação não é prevista no texto do 
acordo em apreço. 
• b) Toda criança deve ser sempre pessoalmente ouvida em 
processo judicial que lhe diga respeito. 
• c) Considera-se criança, em regra, o ser humano com menos 
de dezoito anos. 
• d) A toda criança é garantido o direito a um nome, embora 
não haja menção a registro de nascimento. 
• e) A guarda compartilhada de criança filha de pais separados 
não encontra respaldo na referida convenção. 
 
• (MPE/RO/2010) Acerca da Convenção sobre os Direitos da 
Criança, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas 
em 20 de setembro de 1989, julgue os itens a seguir: 
• 7- A Convenção conflita, em parte, com o ECA, o que até 
agora impediu que se incorporasse ao direito brasileiro. 
• 8- A Convenção trata de matéria contemplada, em linhas 
gerais, em artigo da CF, o qual é considerado síntese do 
tratado da Organização das Nações Unidas. 
 
• 9- (Juiz do Trabalho/TRT5R/2006) Considera-se criança, para 
os efeitos da Convenção da Organização das Nações Unidas 
sobre os direitos da criança, todo ser humano com menos de 
dezesseis anos. 
 
Convenção sobre a eliminação 
de todas as formas de 
discriminação contra a mulher 
• Trata-se de uma Convenção Internacional celebrada no 
âmbito da ONU a qual foi adotada pela Resolução 
34/180 da Assembleia Geral da ONU, em 18 de 
dezembro de 1979. 
 
• O Brasil ratificou esta Convenção em 1º de fevereiro de 
1984. 
Preâmbulo 
• Os Estados-partes na presente Convenção, 
• Considerando que a Carta das Nações Unidas reafirma a fé 
nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor 
da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e 
da mulher, 
 
• Considerando que a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos reafirma o princípio da não-discriminação e 
proclama que todos os seres humanos nascem livres e iguais 
em dignidade e direitos e que toda pessoa pode invocar 
todos os direitos e liberdades proclamados nessa 
Declaração, sem distinção alguma, inclusive de sexo, 
Preâmbulo 
• Considerando que os Estados-partes nas Convenções 
Internacionais sobre Direitos Humanos têm a obrigação de 
garantir ao homem e à mulher a igualdade de gozo de todos os 
direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos, 
 
• Observando, ainda, as resoluções, declarações e recomendações 
aprovadas pelas Nações Unidas e pelas agências especializadas 
para favorecer a igualdade de direitos entre o homem e a mulher, 
 
• Preocupados, contudo, com o fato de que, apesar destes diversos 
instrumentos, a mulher continue sendo objeto de grandes 
discriminações, 
Preâmbulo 
• Relembrando que a discriminação contra a mulher viola os 
princípios da igualdade de direitos e do respeito da dignidade 
humana, dificulta a participação da mulher, nas mesmas 
condições que o homem, na vida política, social, econômica e 
cultural de seu país, constitui um obstáculo ao aumento do 
bem-estar da sociedade e da família e dificulta o pleno 
desenvolvimento das potencialidades da mulher para prestar 
serviço a seu país e à humanidade, 
 
• Preocupados com o fato de que, em situações de pobreza, a 
mulher tem um acesso mínimo à alimentação, à saúde, à 
educação, à capacitação e às oportunidades de emprego, 
assim como à satisfação de outras necessidades, 
Preâmbulo 
• Convencidos de que o estabelecimento da nova ordem 
econômica internacional baseada na equidade e na 
justiça contribuirá significativamente para a promoção 
da igualdade entre o homem e a mulher, 
 
• Salientando que a eliminação do apartheid, de todas as 
formas de racismo, discriminação racial, colonialismo, 
neocolonialismo, agressão, ocupação estrangeira e 
dominação e interferência nos assuntos internos dos 
Estados é essencial para o pleno exercício dos direitos 
do homem e da mulher, 
Preâmbulo 
• Afirmando que o fortalecimento da paz e da segurança 
internacionais, o alívio da tensão internacional, a cooperação 
mútua entre todos os Estados, independentemente de seus 
sistemas econômicos e sociais, o desarmamento geral e 
completo, e em particular o desarmamento nuclear sob um 
estrito e efetivo controle internacional, a afirmação dos princípios 
de justiça, igualdade e proveito mútuo nas relações entre países 
e a realização do direito dos povos submetidos a dominação 
colonial e estrangeira e a ocupação estrangeira, à 
autodeterminação e independência, bem como o respeito da 
soberania nacional e da integridade territorial, promoverão o 
progresso e o desenvolvimento sociais, e, em consequência, 
contribuirão para a realização da plena igualdade entre o 
homem e a mulher, 
Preâmbulo 
• Convencidos de que a participação máxima da mulher, em 
igualdade de condições com o homem, em todos os campos, é 
indispensável para o desenvolvimento pleno e completo de um 
país, para o bem-estar do mundo e para a causa da paz. 
 
• Tendo presente a grande contribuição da mulher ao bem-estar da 
família e ao desenvolvimento da sociedade, até agora não 
plenamente reconhecida, a importância social da maternidade e 
a função dos pais na família e na educação dos filhos, e 
conscientes de que o papel da mulher na procriação não deve ser 
causa de discriminação, mas sim que a educação dos filhos exige 
a responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres e a 
sociedade como um conjunto, 
Preâmbulo 
• Reconhecendo que para alcançar a plena igualdade entre o 
homem e a mulher é necessário modificar o papel tradicional 
tanto do homem, como da mulher na sociedade e na família, 
 
• Resolvidos a aplicar os princípios enunciados na Declaração sobre 
a Eliminação da Discriminação contra a Mulher, e, para isto, a 
adotar as medidas necessárias a fim de suprimir essa 
discriminação em todas as suas formas e manifestações, 
 
• Concordam no seguinte: 
Conceito 
• Discriminação contra a mulher: “é toda distinção, 
exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por 
objeto ou resultado prejudicar ou anular o 
reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, 
independentemente de seu estado civil, com base na 
igualdade do homem e da mulher, dos direitos 
humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural e civil ou em 
qualquer outro campo”. 
• Ao assinarem a Convenção, os Estados se obrigam a: 
 
• a) consagrar se ainda não o tiverem feito, em suas 
Constituições nacionais ou em outra legislação 
apropriada, o princípio da igualdade do homem e da 
mulher e assegurar por lei outros meios apropriados à 
realização prática desse princípio; 
• b) adotar medidas adequadas, legislativas e de outro 
caráter, com as sanções cabíveis e que proíbam toda 
discriminação contra a mulher; 
 
• c) estabelecer a proteção jurídica dos direitos da mulher 
em uma base de igualdade com os do homem e 
garantir, por meio dos tribunais nacionais competentes 
e de outras instituições públicas, a proteção efetiva da 
mulher contra todo ato de discriminação; 
• d) abster-se de incorrer em todo ato ou prática de 
discriminação contra a mulher e zelar para que as 
autoridades e instituições públicas atuem em 
conformidade com esta obrigação; 
 
• e) tomar as medidas apropriadas para eliminar a 
discriminação contra a mulher praticada por qualquer 
pessoa, organização ou empresa; 
• f) adotar todas as medidas adequadas, inclusive de 
caráter legislativo, para modificar ou derrogar leis, 
regulamentos, usos e práticas que constituam 
discriminação contra a mulher; 
 
• g) derrogar todas as disposições penais nacionais que 
constituamdiscriminação contra a mulher. 
• Os Estados-partes podem tomar medidas especiais a 
fim de acelerar a igualdade entre homem e mulher? 
 
• Resposta: sim, mas desde que essas medidas sejam de 
caráter temporário. Essas medidas não serão 
consideradas discriminação, mas para tal devem cessar 
quando os objetivos de igualdade de oportunidade e 
tratamento houverem sido alcançados. 
– A adoção pelos Estados-partes de medidas especiais, inclusive 
as contidas na presente Convenção, destinadas a proteger a 
maternidade, não se considerará discriminatória. 
 
Medidas a serem adotadas 
 
• Modificar os padrões socioculturais de conduta de 
homens e mulheres, com vistas a alcançar a eliminação 
de preconceitos e práticas consuetudinárias e de 
qualquer outra índole que estejam baseados na ideia da 
inferioridade ou superioridade de qualquer dos sexos 
ou em funções estereotipadas de homens e mulheres. 
 
Medidas a serem adotadas 
• Garantir que a educação familiar inclua uma 
compreensão adequada da maternidade como função 
social e o reconhecimento da responsabilidade comum 
de homens e mulheres, no que diz respeito à educação 
e ao desenvolvimento de seus filhos, entendendo-se 
que o interesse dos filhos constituirá a consideração 
primordial em todos os casos. 
 
• Suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e 
exploração de prostituição da mulher. 
 
Direitos 
• Votar e ser votada. 
• Participar na formulação de políticas 
governamentais e na execução destas. 
• Ocupar cargos públicos e exercer todas as funções 
públicas em todos os planos governamentais. 
• Participar em organizações e associações não-
governamentais que se ocupem da vida pública e 
política do país. 
 
Direitos 
• Adquirir, mudar ou conservar sua nacionalidade. 
– Garantirão, em particular, que nem o casamento com 
um estrangeiro, nem a mudança de nacionalidade do 
marido durante o casamento modifiquem 
automaticamente a nacionalidade da esposa, a 
convertam em apátrida ou a obriguem a adotar a 
nacionalidade do cônjuge. 
 
 
Direitos 
• Igualdade de direitos com o homem na esfera da 
educação e em particular para assegurar: 
– Mesmas condições de orientação em matéria de 
carreiras e capacitação profissional, acesso aos estudos 
e obtenção de diplomas nas instituições de ensino de 
todas as categorias, tanto em zonas rurais como 
urbanas; 
– Acesso aos mesmos currículos e mesmos exames, 
pessoal docente do mesmo nível profissional, 
instalações e material escolar da mesma qualidade; 
 
 
Direitos 
– Eliminação de todo conceito estereotipado dos papéis 
masculino e feminino em todos os níveis e em todas as 
formas de ensino, mediante o estímulo à educação 
mista e a outros tipos de educação que contribuam 
para alcançar este objetivo e, em particular, mediante a 
modificação dos livros e programas escolares e 
adaptação dos métodos de ensino; 
– Mesmas oportunidades para a obtenção de bolsas de 
estudo e outras subvenções para estudos; 
– Mesmas oportunidades de acesso aos programas de 
educação supletiva, incluídos os programas de 
alfabetização funcional e de adultos; 
 
Direitos 
– Redução da taxa de abandono feminino dos estudos e 
a organização de programas para aquelas jovens e 
mulheres que tenham deixado os estudos 
prematuramente; 
–Mesmas oportunidades para participar ativamente nos 
esportes e na educação física; 
– Acesso a material informativo específico que contribua 
para assegurar a saúde e o bem-estar da família, 
incluída a informação e o assessoramento sobre o 
planejamento da família. 
 
Direitos 
• Direito ao trabalho como direito inalienável de 
todo ser humano 
• Direito de escolher livremente profissão e 
emprego; 
• Direito à promoção e à estabilidade no emprego e 
a todos os benefícios e outras condições de 
serviço; 
• Direito ao acesso à formação e à atualização 
profissionais, incluindo aprendizagem, formação 
profissional superior e treinamento periódico; 
 
Direitos 
• Direito a igual remuneração, inclusive benefícios, e 
igualdade de tratamento relativa a um trabalho de 
igual valor, assim como igualdade de tratamento 
com respeito à avaliação da qualidade do 
trabalho; 
 
• Direito à seguridade social, em particular em casos 
de aposentadoria, desemprego, doença, invalidez, 
velhice ou outra incapacidade para trabalhar, bem 
como o direito a férias pagas; 
Direitos 
• A fim de impedir a discriminação contra a mulher por 
razões de casamento ou maternidade e assegurar a 
efetividade de seu direito a trabalhar, os Estados-partes 
tomarão as medidas adequadas para: 
– a) proibir, sob sanções, a demissão por motivo de gravidez ou 
de licença-maternidade e a discriminação nas demissões 
motivadas pelo estado civil; 
 
– b) implantar a licença-maternidade, com salário pago ou 
benefícios sociais comparáveis, sem perda do emprego 
anterior, antiguidade ou benefícios sociais; 
Direitos 
• A fim de impedir a discriminação contra a mulher por 
razões de casamento ou maternidade e assegurar a 
efetividade de seu direito a trabalhar, os Estados-partes 
tomarão as medidas adequadas para: 
– c) estimular o fornecimento de serviços sociais de apoio 
necessários para permitir que os pais combinem as obrigações 
para com a família com as responsabilidades do trabalho e a 
participação na vida pública, especialmente mediante o 
fomento da criação e desenvolvimento de uma rede de 
serviços destinada ao cuidado das crianças; 
– d) dar proteção especial às mulheres durante a gravidez nos 
tipos de trabalho comprovadamente prejudiciais a elas. 
Direitos 
– Direito a benefícios familiares; 
 
– Direito a obter empréstimos bancários, hipotecas e 
outras formas de crédito financeiro; 
 
– Direito de participar em atividades de recreação, 
esportes e em todos os aspectos da vida cultural. 
 
 
Direitos 
• Direito à proteção da saúde e à segurança nas 
condições de trabalho, inclusive a salvaguarda da 
função de reprodução. 
• Direito a uma capacidade jurídica idêntica à do 
homem e as mesmas oportunidades para o 
exercício desta capacidade. 
– Em particular, reconhecerão à mulher iguais direitos 
para firmar contratos e administrar bens e dispensar-
lhe-ão um tratamento igual em todas as etapas do 
processo nas Cortes de Justiça e nos Tribunais. 
 
 
Direitos 
• Direito de contrair matrimônio e escolher 
livremente o cônjuge. 
• Iguais direitos responsabilidades durante o 
casamento e por ocasião de sua dissolução. 
• Mesmos direitos pessoais como marido e mulher, 
inclusive o direito de escolher sobrenome, profissão 
e ocupação. 
• Mesmos direitos a ambos os cônjuges em matéria 
de propriedade, aquisição, gestão, administração, 
gozo e disposição dos bens, tanto a título gratuito 
quanto a título oneroso. 
 
 
Mulher Rural 
• Os Estados-partes levarão em consideração os 
problemas específicos enfrentados pela mulher rural e o 
importante papel que desempenha na subsistência 
econômica de sua família, incluído seu trabalho em 
setores não-monetários da economia, e tomarão todas 
as medidas apropriadas para assegurar a aplicação dos 
dispositivos desta Convenção à mulher das zonas rurais. 
Mulher Rural 
• Os Estados-partes adotarão todas as medidas 
apropriadas para eliminar a discriminação contra a 
mulher nas zonas rurais, a fim de assegurar, em 
condições de igualdade entre homens e mulheres, que 
elas participem no desenvolvimento rural e dele se 
beneficiem, e em particular assegurar-lhes-ão o direito 
a: 
– a) participar da elaboração e execução dos planos de 
desenvolvimento em todos os níveis; 
– b) ter acesso a serviços médicos adequados, inclusive 
informação, aconselhamento e serviçosem matéria de 
planejamento familiar; 
Mulher Rural 
– c) beneficiar-se diretamente dos programas de seguridade 
social; 
 
– d) obter todos os tipos de educação e de formação, 
acadêmica e não-acadêmica, inclusive os relacionados à 
alfabetização funcional, bem como, entre outros, os 
benefícios de todos os serviços comunitários e de extensão, a 
fim de aumentar sua capacidade técnica; 
 
– e) organizar grupos de autoajuda e cooperativas, a fim de 
obter igualdade de acesso às oportunidades econômicas 
mediante emprego ou trabalho por conta própria; 
Mulher Rural 
– f) participar de todas as atividades comunitárias; 
 
– g) ter acesso aos créditos e empréstimos agrícolas, aos 
serviços de comercialização e às tecnologias apropriadas, e 
receber um tratamento igual nos projetos de reforma agrária 
e de reestabelecimentos; 
 
– h) gozar de condições de vida adequadas, particularmente nas 
esferas da habitação, dos serviços sanitários, da eletricidade e 
do abastecimento de água, do transporte e das comunicações. 
Comitê sobre a eliminação da 
discriminação contra a mulher 
Comitê 
• Na Convenção sobre a eliminação de todas as 
formas de discriminação contra a mulher previu-
se um Comitê com a finalidade de examinar os 
progressos alcançados na aplicação da 
Convenção. 
 
Comitê 
• As principais características do Comitê são: 
• Composto de 23 peritos de grande prestígio moral e 
competência na área abarcada pela Convenção. 
– Os peritos serão eleitos pelos Estados-partes e exercerão suas 
funções a título pessoal; será levada em conta uma 
distribuição geográfica equitativa e a representação das 
formas diversas de civilização, assim como dos principais 
sistemas jurídicos. 
 
Comitê 
• Os peritos são eleitos para um mandato de 4 anos. 
 
• Possui uma mesa diretora eleita para um período de 2 
anos. 
 
• Reúne-se normalmente todos os anos, por um período 
não superior a duas semanas, para examinar os 
relatórios que lhe sejam submetidos. 
 
• As reuniões são realizadas normalmente na sede da 
ONU. 
 
 
Exercitando 
• 1- (DPU-2010) Os documentos das Nações Unidas que 
tratam dos direitos políticos das mulheres determinam 
que elas devem ter, em condições de igualdade, o 
mesmo direito que os homens de ocupar e exercer 
todos os postos e todas as funções públicas, admitidas 
as restrições que a cultura e a legislação nacionais 
imponham. 
 
• 2- (DPE/SP/2009) No sistema global, a Convenção sobre 
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra 
a Mulher, ratificada pelo Brasil em 1984, é um marco no 
tocante ao combate da discriminação contra a mulher e 
na afirmação de sua cidadania. Sobre essa Convenção é 
correto afirmar que consagrou a possibilidade de 
adoção de "ações afirmativas", ou seja, de medidas 
especiais de caráter definitivo destinadas a acelerar a 
igualdade de fato entre mulheres e homens. 
 
• 3- (PC/SP/2011) A Convenção sobre a Eliminação de Todas as 
Formas de Discriminação contra a Mulher estabelece que os 
Estados Partes se comprometem a: 
• a) fomentar qualquer concepção estereotipada dos papéis 
masculino e feminino em todos os níveis. 
• b) derrogar todas as disposições penais nacionais que constituam 
discriminação contra as mulheres. 
• c) conceder bolsas e acesso aos programas de educação supletiva 
em maior número para compensar as desigualdades passadas. 
• d) desencorajar a educação mista, privilegiando os programas de 
alfabetização funcional para as mulheres. 
• e) proibir a demissão por motivo de gravidez, permanecendo 
aquelas motivadas pelo estado civil. 
 
• A respeito da Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de 
Discriminação contra a Mulher, ratificada pelo Brasil, julgue os 
itens a seguir 
• 4- Uma vez que a Convenção tem como objetivo proteger um 
grupo específico, não pode ser considerada como um documento 
de proteção internacional dos direitos humanos. 
 
• 5- A Convenção permite que o Estado-parte adote, de forma 
definitiva, ações afirmativas para garantir a igualdade entre 
gêneros. 
 
Convenção Internacional sobre a 
eliminação de todas as formas 
de Discriminação Racial 
• Trata-se de uma Convenção Internacional celebrada no 
âmbito da ONU. 
 
• Esta Convenção foi assinada, pelo Brasil, em 7 de março 
de 1966. Posteriormente se deu a sua ratificação em 27 
de março de 1968. 
 
• No ordenamento jurídico brasileiro ela entrou em vigor 
8 de dezembro de 1969 por intermédio do Decreto 
65.810. 
 
Preâmbulo 
Preâmbulo 
– Os Estados partes na presente Convenção, 
– Considerando que a Carta das Nações Unidas 
baseia-se em princípios de dignidade inerentes a 
todos os seres humanos, e que todos os Estados 
Membros comprometeram-se a tomar medidas 
separadas e conjuntas em cooperação com a 
Organização, para a consecução de um dos 
propósitos das Nações Unidas que é promover e 
encorajar o respeito universal e observância dos 
direitos humanos e liberdades fundamentais para 
todas, sem discriminação de raça, sexo, idioma ou 
religião. 
 
Preâmbulo 
– Considerando que a Declaração Universal dos 
Direitos do homem proclama que todos os homens 
nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que 
todo homem tem todos os direitos estabelecidos na 
mesma, sem distinção de qualquer espécie e 
principalmente de raça, cor ou origem nacional. 
 
– Considerando que todos os homens são iguais 
perante a lei e têm o direito à igual proteção contra 
qualquer discriminação e contra qualquer 
incitamento à discriminação, 
 
Preâmbulo 
– Considerando que as Nações Unidas têm 
condenado o colonialismo e todas as práticas de 
segregação e discriminação a ele associadas, em 
qualquer forma e onde quer que existam, e que a 
Declaração sobre a Concessão de Independência, a 
Países e povos Coloniais, de 14 de dezembro de 
1960 (Resolução n. 1.514(XV), da Assembleia Geral) 
afirmou e proclamou solenemente a necessidade 
de levá-las a um fim rápido e incondicional, 
 
Preâmbulo 
– Considerando que a Declaração das Nações Unidas 
sobre eliminação de todas as formas Discriminação 
Racial, de 20 de novembro de 1963, (Resolução n. 
1.904 (XVIII) da Assembleia Geral), afirma 
solenemente a necessidade de eliminar 
rapidamente a discriminação racial através do 
mundo em todas as suas formas e manifestações e 
de assegurar a compreensão e o respeito à 
dignidade da pessoa humana, 
Preâmbulo 
– Convencidos de que qualquer doutrina de 
superioridade baseada em diferenças raciais é 
cientificamente falsa, moralmente condenável, 
socialmente injusta e perigosa, em que, não existe 
justificação para a discriminação racial, em teoria 
ou na prática, em lugar algum, 
Reafirmando que a discriminação entre os homens 
por motivos de raça, cor ou origem étnica é um 
obstáculo a ralações amistosas e pacíficas entre as 
nações e é capaz de disturbar a paz e a segurança 
entre povos e a harmonia de pessoas vivendo lado 
a lado até dentro de um mesmo Estado. 
Preâmbulo 
– Convencidos que a existência de barreiras raciais 
repugna os ideais de quaisquer sociedade humana, 
 
– Alarmados por manifestações de discriminação 
racial em evidência em algumas áreas do mundo e 
por políticos governamentais baseadas em 
superioridade racial ou ódio, como as políticas de 
apartheid, segregação ou separação, 
Preâmbulo 
– Resolvido a adotar todas as medidas necessárias 
para eliminar rapidamente a discriminação racial 
em todas as suas formas e manifestações, e a 
prevenir e combater doutrinas e práticas racistas 
com o objetivo de promover o entendimento entre 
raças e construir uma comunidade internacional 
livre de todas as forma segregação racial e 
discriminaçãoracial, 
Preâmbulo 
– Levando em conta a Convenção sobre Discriminação 
nos Empregos e Ocupação adotada pela Organização 
Internacional do Trabalho em 1958, e a Convenção 
contra discriminação no Ensino adotada pela 
Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura, em 1960, 
– Desejosos de completar os princípios estabelecidos na 
Declaração das Nações Unidas sobre a eliminação de 
todas as formas de discriminação racial e assegurar o 
mais cedo possível a adoção de medidas práticas esse 
fim, 
– Acordam no seguinte: 
 
Conceito 
Conceito de Discriminação Racial 
• significa qualquer distinção, exclusão, restrição 
ou preferência baseada em raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica que 
tem por objetivo ou efeito anular ou restringir 
o reconhecimento, gozo ou exercício num 
mesmo plano, (em igualdade de condição), de 
direitos humanos e liberdades fundamentais 
no domínio político econômico, social, cultural 
ou em qualquer outro domínio de sua vida. 
MAS ATENÇÃO! 
• Esta Convenção não se aplicará às distinções, 
exclusões, restrições e preferências feitas por 
um Estado Parte entre cidadãos. 
MAS ATENÇÃO! 
Não serão consideradas discriminações racial as 
medidas especiais tomadas como o único objetivo 
de assegurar progresso adequado de certos grupos 
raciais ou étnicos ou indivíduos que necessitem da 
proteção que possa ser necessária para proporcionar 
a tais grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de 
direitos humanos e liberdades fundamentais, 
contanto que, tais medidas não conduzam, em 
consequência , à manutenção de direitos separados 
para diferentes grupos raciais e não prossigam após 
terem sidos alcançados os seus objetivos. 
Condenação da segregação racial 
• Os Estados Partes especialmente condenam a 
segregação racial e o apartheid e 
comprometem-se a proibir e a eliminar nos 
territórios sob sua jurisdição todas as práticas 
dessa natureza. 
 
Obrigações dos Estados partes 
Obrigações dos Estados partes 
• Condenação de toda propaganda e toda as 
organizações que se inspirem em ideias ou teorias 
baseadas na superioridade de uma raça ou de um 
grupo de pessoas de uma certa cor ou de uma certa 
origem étnica ou que pretendem justificar ou 
encorajar qualquer forma de ódio e de discriminação 
raciais; 
Obrigações dos Estados partes 
• Compromisso de adotar imediatamente medidas 
positivas destinadas a eliminar qualquer incitação a tal 
discriminação, ou quaisquer atos de discriminação 
com este objetivo, tendo em vista os princípios 
formulados na Declaração Universal dos Direitos do 
Homem, eles se comprometem principalmente: 
Obrigações dos Estados partes 
– a) a declarar delitos puníveis por lei, qualquer difusão de 
ideias baseadas na superioridade ou ódio raciais, qualquer 
incitamento à discriminação racial, assim como quaisquer 
atos de violência ou provocação a tais atos, dirigidos contra 
qualquer raça ou qualquer grupo de pessoas de outra cor ou 
de outra origem étnica, como também qualquer assistência 
prestada a atividades racistas, inclusive seu financiamento; 
Obrigações dos Estados partes 
– b) a declarar ilegais e a proibir as organizações assim como 
as atividades de propaganda organizada e qualquer outro 
tipo de atividades de propaganda que incitar à discriminação 
e que a encorajar e a declara delito punível por lei a 
participação nestas organizações ou nestas atividades. 
 
– c) a não permissão às autoridades públicas nem às 
instituições públicas, nacionais ou locais, o incitamento ou 
encorajamento à discriminação racial. 
Obrigações dos Estados partes 
• Proteção e recursos perante os tribunais nacionais e 
outros órgãos do Estado competentes, contra 
quaisquer atos de discriminação racial; 
 
• Tomada de medidas imediatas e eficazes, 
principalmente no campo do ensino, educação, da 
cultura, e da informação, para lutas contra os 
preconceitos que levem à discriminação racial e para 
promover, o entendimento, a tolerância e a amizade 
entre nações e grupos raciais e étnicos. 
 
Direitos 
Direitos assegurados 
• os Estados Partes comprometem-se a proibir e 
a eliminar a discriminação racial em todas suas 
formas e a garantir o direito de cada um à 
igualdade perante a lei sem distinção de raça, 
de cor ou de origem nacional ou étnica, 
principalmente no gozo dos seguintes direitos: 
Direitos assegurados 
• Direito a tratamento igual perante os tribunais 
ou qualquer outro órgão que administre justiça; 
 
• Direito à segurança da pessoa ou à proteção do 
Estado contra violência ou lesão corporal 
cometida, quer por funcionários de Governo, 
que por qualquer indivíduo, grupo ou 
instituição; 
Direitos assegurados 
• Direitos políticos principalmente direito de 
participar às eleições - de votar e ser votado - 
conforme o sistema de sufrágio universal e 
igual, direito de tomar parte no Governo, assim 
como na direção dos assuntos públicos, em 
qualquer grau e o direito de acesso, em 
igualdade de condições, às condições, às 
funções públicas; 
Direitos assegurados 
• Direito de circular livremente e de escolher residência 
dentro das fronteiras do Estado; 
 
• Direito de deixar qualquer país, inclusive o seu, e de 
voltar a seu país; 
 
• Direito a uma nacionalidade; 
 
• Direito de contrair matrimônio e escolher o cônjuge; 
Direitos assegurados 
• Direito de contrair matrimônio e escolher o cônjuge; 
 
• Direito de qualquer pessoa, tanto individualmente 
como em conjunto, à propriedade; 
 
• Direito de herdar; 
 
• Direito à liberdade de pensamento, de consciência e 
de religião; 
Direitos assegurados 
 
• Direito à liberdade de opinião e de expressão; 
 
• Direito à liberdade de reunião e de associação pacífica; 
Direitos assegurados 
• Direitos ao trabalho, a livre escolha de seu trabalho, a 
condições equitativas e satisfatórias de trabalho, à 
proteção contra o desemprego, a um salário igual para 
um trabalho igual, a uma remuneração equitativa e 
satisfatória; 
 
• Direito de fundar sindicatos e a eles se afiliar; 
 
• Direito à habitação; 
Direitos assegurados 
• Direito à saúde pública, a tratamento médico, à 
previdência social e aos serviços sociais; 
 
• Direito à educação e à formação profissional; 
 
• Direito a igual participação das atividades culturais. 
Direitos assegurados 
• Direito de acesso a todos os lugares e serviços 
destinados ao uso do público, tais como, meios de 
transportes, hotéis, restaurantes, cafés, espetáculos e 
parques. 
 
Comitê para eliminação da 
discriminação racial 
Comitê 
• Composto por 18 peritos conhecidos para sua alta 
moralidade e conhecida imparcialidade; 
 
• São eleitos pelos Estados Membros dentre seus 
nacionais e que atuarão a título individual, levando-se 
em conta uma repartição geográfica equitativa e a 
representação das formas diversas de civilização assim 
como dos principais sistemas jurídicos; 
 
 
Comitê 
• Os membros do Comitê serão eleitos por um período 
de 4 anos; 
 
 
• Os Estados Partes serão responsáveis pelas despesas 
dos membros do comitê para o período em que estes 
desempenharem funções no comitê. 
 
 
Comitê 
• O Comitê possui uma mesa eleita para um mandato de 
2 anos. 
 
• Reúne-se, normalmente, na sede da ONU. 
 
 
Comitê 
• Necessidade de os Estados partes apresentarem 
relatório ao Comitê: 
– Os Estados Partes comprometem-se a apresentar ao 
Secretário Geral para exame do Comitê, um relatório sobre 
as medidas legislativas, judiciárias, administrativas ou outras 
que tomarem para tornarem efetivas as disposições da 
presenteConvenção: 
• Dentro do prazo de 1 ano a partir da entrada em vigor da 
Convenção, para cada Estado interessado no que lhe diz respeito, e 
posteriormente, cada 2 anos, e toda vez que o Comitê o solicitar. 
• O Comitê poderá solicitar informações complementares aos Estados 
Partes. 
 
Comitê 
• Necessidade de o Comitê apresentar relatório à 
Assembleia Geral da ONU: 
• O Comitê submeterá anualmente à Assembleia Geral, um 
relatório sobre suas atividades e poderá fazer sugestões 
e recomendações de ordem geral baseadas no exame 
dos relatórios e das informações recebidas dos Estados 
Partes. 
Convenção Internacional sobre a 
os Direitos das Pessoas com 
Deficiência 
• Trata-se de uma Convenção Internacional celebrada no 
âmbito da ONU. 
 
• Esta Convenção foi assinada, pelo Brasil, em 30 de 
março de 2007. Posteriormente se deu a sua ratificação 
em 1º de agosto de 2008. 
 
• No ordenamento jurídico brasileiro ela entrou em vigor 
em 25 de agosto de 2009 por intermédio do Decreto 
6.949. 
ATENÇÃO! 
• É o primeiro tratado aprovado pelo Brasil que possui 
equivalência à emenda constitucional, uma vez que 
foi aprovado pelo quorum mínimo previsto no art. 
5º, § 3º CF/88 
 
– Art. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 
Preâmbulo 
Preâmbulo 
• Os Estados Partes da presente Convenção, 
 
• a) Relembrando os princípios consagrados na Carta 
das Nações Unidas, que reconhecem a dignidade e o 
valor inerentes e os direitos iguais e inalienáveis de 
todos os membros da família humana como o 
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no 
mundo, 
Preâmbulo 
• b) Reconhecendo que as Nações Unidas, na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e nos Pactos 
Internacionais sobre Direitos Humanos, proclamaram e 
concordaram que toda pessoa faz jus a todos os direitos 
e liberdades ali estabelecidos, sem distinção de qualquer 
espécie, 
 
• c) Reafirmando a universalidade, a indivisibilidade, a 
interdependência e a inter-relação de todos os direitos 
humanos e liberdades fundamentais, bem como a 
necessidade de garantir que todas as pessoas com 
deficiência os exerçam plenamente, sem discriminação, 
Preâmbulo 
• d) Relembrando o Pacto Internacional dos Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais, o Pacto Internacional 
dos Direitos Civis e Políticos, a Convenção 
Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas 
de Discriminação Racial, a Convenção sobre a 
Eliminação de todas as Formas de Discriminação 
contra a Mulher, a Convenção contra a Tortura e 
Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou 
Degradantes, a Convenção sobre os Direitos da 
Criança e a Convenção Internacional sobre a 
Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores 
Migrantes e Membros de suas Famílias, 
Preâmbulo 
• e) Reconhecendo que a deficiência é um conceito em 
evolução e que a deficiência resulta da interação 
entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas 
às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e 
efetiva participação dessas pessoas na sociedade em 
igualdade de oportunidades com as demais pessoas, 
Preâmbulo 
• f) Reconhecendo a importância dos princípios e das 
diretrizes de política, contidos no Programa de Ação 
Mundial para as Pessoas Deficientes e nas Normas 
sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas 
com Deficiência, para influenciar a promoção, a 
formulação e a avaliação de políticas, planos, 
programas e ações em níveis nacional, regional e 
internacional para possibilitar maior igualdade de 
oportunidades para pessoas com deficiência, 
Preâmbulo 
• g) Ressaltando a importância de trazer questões 
relativas à deficiência ao centro das preocupações da 
sociedade como parte integrante das estratégias 
relevantes de desenvolvimento sustentável, 
 
• h) Reconhecendo também que a discriminação 
contra qualquer pessoa, por motivo de deficiência, 
configura violação da dignidade e do valor inerentes 
ao ser humano, 
Preâmbulo 
• i) Reconhecendo ainda a diversidade das pessoas 
com deficiência, 
 
• j) Reconhecendo a necessidade de promover e 
proteger os direitos humanos de todas as pessoas 
com deficiência, inclusive daquelas que requerem 
maior apoio, 
Preâmbulo 
• k) Preocupados com o fato de que, não obstante 
esses diversos instrumentos e compromissos, as 
pessoas com deficiência continuam a enfrentar 
barreiras contra sua participação como membros 
iguais da sociedade e violações de seus direitos 
humanos em todas as partes do mundo, 
 
• l) Reconhecendo a importância da cooperação 
internacional para melhorar as condições de vida das 
pessoas com deficiência em todos os países, 
particularmente naqueles em desenvolvimento, 
Preâmbulo 
• m) Reconhecendo as valiosas contribuições 
existentes e potenciais das pessoas com deficiência 
ao bem-estar comum e à diversidade de suas 
comunidades, e que a promoção do pleno exercício, 
pelas pessoas com deficiência, de seus direitos 
humanos e liberdades fundamentais e de sua plena 
participação na sociedade resultará no 
fortalecimento de seu senso de pertencimento à 
sociedade e no significativo avanço do 
desenvolvimento humano, social e econômico da 
sociedade, bem como na erradicação da pobreza, 
Preâmbulo 
• n) Reconhecendo a importância, para as pessoas com 
deficiência, de sua autonomia e independência 
individuais, inclusive da liberdade para fazer as 
próprias escolhas, 
 
• o) Considerando que as pessoas com deficiência 
devem ter a oportunidade de participar ativamente 
das decisões relativas a programas e políticas, 
inclusive aos que lhes dizem respeito diretamente, 
Preâmbulo 
• p) Preocupados com as difíceis situações enfrentadas por 
pessoas com deficiência que estão sujeitas a formas 
múltiplas ou agravadas de discriminação por causa de 
raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de 
outra natureza, origem nacional, étnica, nativa ou social, 
propriedade, nascimento, idade ou outra condição, 
 
• q) Reconhecendo que mulheres e meninas com 
deficiência estão frequentemente expostas a maiores 
riscos, tanto no lar como fora dele, de sofrer violência, 
lesões ou abuso, descaso ou tratamento negligente, 
maus-tratos ou exploração, 
Preâmbulo 
• r) Reconhecendo que as crianças com deficiência devem 
gozar plenamente de todos os direitos humanos e 
liberdades fundamentais em igualdade de oportunidades 
com as outras crianças e relembrando as obrigações 
assumidas com esse fim pelos Estados Partes na 
Convenção sobre os Direitos da Criança, 
 
• s) Ressaltando a necessidade de incorporar a perspectiva 
de gênero aos esforços para promover o pleno exercício 
dos direitos humanos e liberdades fundamentais por 
parte das pessoas com deficiência, 
Preâmbulo 
• t) Salientando o fato de que a maioria das pessoas com 
deficiência vive em condições de pobreza e, nesse 
sentido, reconhecendo a necessidade crítica de lidar com 
o impacto negativo da pobreza sobre pessoas com 
deficiência, 
• u) Tendo em mente que as condições de paz e segurança 
baseadas no pleno respeito aos propósitos e princípios 
consagrados na Carta das Nações Unidas e a observância 
dos instrumentos de direitos humanos são indispensáveis 
para a total proteção das pessoas com deficiência, 
particularmente durante conflitos armados e ocupação 
estrangeira, 
Preâmbulo 
• v) Reconhecendo a importância da acessibilidade aos 
meios físico, social, econômico e cultural, à saúde, à 
educação e à informação e comunicação, para 
possibilitaràs pessoas com deficiência o pleno gozo de 
todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, 
 
• w) Conscientes de que a pessoa tem deveres para com 
outras pessoas e para com a comunidade a que pertence 
e que, portanto, tem a responsabilidade de esforçar-se 
para a promoção e a observância dos direitos 
reconhecidos na Carta Internacional dos Direitos 
Humanos, 
Preâmbulo 
• x) Convencidos de que a família é o núcleo natural e 
fundamental da sociedade e tem o direito de receber a 
proteção da sociedade e do Estado e de que as pessoas 
com deficiência e seus familiares devem receber a 
proteção e a assistência necessárias para tornar as 
famílias capazes de contribuir para o exercício pleno e 
equitativo dos direitos das pessoas com deficiência, 
Preâmbulo 
• y) Convencidos de que uma convenção internacional 
geral e integral para promover e proteger os direitos e a 
dignidade das pessoas com deficiência prestará 
significativa contribuição para corrigir as profundas 
desvantagens sociais das pessoas com deficiência e para 
promover sua participação na vida econômica, social e 
cultural, em igualdade de oportunidades, tanto nos 
países em desenvolvimento como nos desenvolvidos, 
 
• Acordaram o seguinte: 
 
 
Propósito 
Propósito 
• Promover, proteger e assegurar o exercício pleno e 
equitativo de todos os direitos humanos e liberdades 
fundamentais por todas as pessoas com deficiência e 
promover o respeito pela sua dignidade inerente. 
Pergunta 
• P: mas quem são as pessoas com deficiência? 
• R: Pessoas com deficiência são aquelas que têm 
impedimentos de longo prazo de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua 
participação plena e efetiva na sociedade em 
igualdades de condições com as demais pessoas. 
 
 
Princípios 
Princípios assegurados na Convenção 
 
• a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia 
individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias 
escolhas, e a independência das pessoas; 
• b) A não-discriminação; 
• c) A plena e efetiva participação e inclusão na 
sociedade; 
• d) O respeito pela diferença e pela aceitação das 
pessoas com deficiência como parte da diversidade 
humana e da humanidade; 
 
Princípios assegurados na 
Convenção 
 
• e) A igualdade de oportunidades; 
• f) A acessibilidade; 
• g) A igualdade entre o homem e a mulher; 
• h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades 
das crianças com deficiência e pelo direito das 
crianças com deficiência de preservar sua 
identidade. 
 
 
Obrigações dos Estados Partes 
Obrigações dos Estados Partes 
• Síntese: 
 
• Adotar todas as medidas legislativas, administrativas e de 
qualquer outra natureza, necessárias para a realização 
dos direitos reconhecidos na presente Convenção; 
 
• Adotar todas as medidas necessárias, inclusive 
legislativas, para modificar ou revogar leis, regulamentos, 
costumes e práticas vigentes, que constituírem 
discriminação contra pessoas com deficiência; 
Obrigações dos Estados Partes 
• Levar em conta, em todos os programas e políticas, a 
proteção e a promoção dos direitos humanos das 
pessoas com deficiência; 
 
• Abster-se de participar em qualquer ato ou prática 
incompatível com a presente Convenção e assegurar que 
as autoridades públicas e instituições atuem em 
conformidade com a presente Convenção; 
 
• Tomar todas as medidas apropriadas para eliminar a 
discriminação baseada em deficiência, por parte de 
qualquer pessoa, organização ou empresa privada; 
 
 
Direitos econômicos, sociais e 
culturais 
 
• Cada Estado Parte se compromete a tomar medidas, 
tanto quanto permitirem os recursos disponíveis e, 
quando necessário, no âmbito da cooperação 
internacional, a fim de assegurar progressivamente o 
pleno exercício desses direitos, sem prejuízo das 
obrigações contidas na presente Convenção que 
forem imediatamente aplicáveis de acordo com o 
direito internacional. 
Observações: 
• 1) Na elaboração e implementação de legislação e 
políticas para aplicar a presente Convenção e em 
outros processos de tomada de decisão relativos às 
pessoas com deficiência, os Estados Partes realizarão 
consultas estreitas e envolverão ativamente pessoas 
com deficiência, inclusive crianças com deficiência, 
por intermédio de suas organizações 
representativas. 
Observações: 
• 2) Nenhum dispositivo da presente Convenção 
afetará quaisquer disposições mais propícias à 
realização dos direitos das pessoas com deficiência, 
as quais possam estar contidas na legislação do 
Estado Parte ou no direito internacional em vigor 
para esse Estado. 
Igualdade e não-discriminação 
 
• Os Estados Partes reconhecem que todas as pessoas 
são iguais perante e sob a lei e que fazem jus, sem 
qualquer discriminação, a igual proteção e igual 
benefício da lei. 
 
• Os Estados Partes proibirão qualquer discriminação 
baseada na deficiência e garantirão às pessoas com 
deficiência igual e efetiva proteção legal contra a 
discriminação por qualquer motivo. 
Mulheres com deficiência 
• Os Estados Partes reconhecem que as mulheres e 
meninas com deficiência estão sujeitas a múltiplas 
formas de discriminação e, portanto, tomarão 
medidas para assegurar às mulheres e meninas com 
deficiência o pleno e igual exercício de todos os 
direitos humanos e liberdades fundamentais. 
Crianças com deficiência 
• Os Estados Partes tomarão todas as medidas 
necessárias para assegurar às crianças com 
deficiência o pleno exercício de todos os direitos 
humanos e liberdades fundamentais, em igualdade 
de oportunidades com as demais crianças. 
 
• Em todas as ações relativas às crianças com 
deficiência, o superior interesse da criança receberá 
consideração primordial. 
Crianças com deficiência 
• Os Estados Partes assegurarão que as crianças com 
deficiência tenham o direito de expressar 
livremente sua opinião sobre todos os assuntos que 
lhes disserem respeito, tenham a sua opinião 
devidamente valorizada de acordo com sua idade e 
maturidade, em igualdade de oportunidades com as 
demais crianças, e recebam atendimento adequado 
à sua deficiência e idade, para que possam exercer 
tal direito. 
Conscientização 
• Os Estados Partes se comprometem a adotar 
medidas imediatas, efetivas e apropriadas para: 
 
– Conscientizar toda a sociedade, inclusive as famílias, sobre 
as condições das pessoas com deficiência e fomentar o 
respeito pelos direitos e pela dignidade das pessoas com 
deficiência; 
– Combater estereótipos, preconceitos e práticas nocivas em 
relação a pessoas com deficiência, inclusive aqueles 
relacionados a sexo e idade, em todas as áreas da vida; 
– Promover a conscientização sobre as capacidades e 
contribuições das pessoas com deficiência. 
 
Acessibilidade 
• A fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver 
de forma independente e participar plenamente de 
todos os aspectos da vida, os Estados Partes tomarão 
as medidas apropriadas para assegurar às pessoas 
com deficiência o acesso, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, ao meio 
físico, ao transporte, à informação e comunicação, 
inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e 
comunicação, bem como a outros serviços e 
instalações abertos ao público ou de uso público, 
tanto na zona urbana como na rural. 
Acessibilidade 
• Essas medidas, que incluirão a identificação e a 
eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade, 
serão aplicadas, entre outros, a: 
 
– a) Edifícios, rodovias, meios de transporte e outras 
instalações internas e externas, inclusive escolas, 
residências, instalações médicase local de trabalho; 
 
– b) Informações, comunicações e outros serviços, inclusive 
serviços eletrônicos e serviços de emergência. 
 
 
Direitos 
Direitos assegurados 
• Direito à vida; 
• Reconhecimento igual perante a lei; 
– Os Estados Partes reconhecerão que as pessoas com 
deficiência gozam de capacidade legal em igualdade de 
condições com as demais pessoas em todos os aspectos da 
vida. 
 
• Direito a emergências humanitárias e quando estive 
em situações de riscos, incluindo conflitos armados e 
desastres naturais; 
 
Direitos assegurados 
• Acesso à justiça; 
– Os Estados Partes assegurarão o efetivo acesso das 
pessoas com deficiência à justiça, em igualdade de 
condições com as demais pessoas, inclusive mediante a 
provisão de adaptações processuais adequadas à idade, a 
fim de facilitar o efetivo papel das pessoas com deficiência 
como participantes diretos ou indiretos, inclusive como 
testemunhas, em todos os procedimentos jurídicos, tais 
como investigações e outras etapas preliminares. 
 
• Liberdade e segurança pessoal; 
 
Direitos assegurados 
 
• Prevenção contra tortura ou tratamentos ou 
penas cruéis, desumanas ou degradantes; 
 
Direitos assegurados 
• Prevenção contra a exploração, a violência e o abuso; 
– Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas: 
• De natureza legislativa, administrativa, social, educacional e outras 
para proteger as pessoas com deficiência, tanto dentro como fora 
do lar, contra todas as formas de exploração, violência e abuso, 
incluindo aspectos relacionados a gênero. 
• Para prevenir todas as formas de exploração, violência e abuso, 
assegurando. 
• Para promover a recuperação física, cognitiva e psicológica, 
inclusive mediante a provisão de serviços de proteção, a 
reabilitação e a reinserção social de pessoas com deficiência que 
forem vítimas de qualquer forma de exploração, violência ou 
abuso. 
 
Direitos assegurados 
• Proteção da integridade física e mental da pessoa 
com deficiência; 
 
• Liberdade de locomoção; 
– Liberdade de sair de qualquer país, inclusive do seu e 
direito a não ser privada, arbitrariamente ou por causa de 
sua deficiência, do direito de entrar no próprio país. 
Direitos assegurados 
• Direito à nacionalidade 
– As pessoas com deficiência têm o direito de adquirir 
nacionalidade e mudar de nacionalidade e não sejam 
privadas arbitrariamente de sua nacionalidade em razão 
de sua deficiência. 
 
• Direito à vida independente e inclusão na 
comunidade 
– As pessoas com deficiência podem escolher seu local de 
residência e onde e com quem morar, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, e que não sejam 
obrigadas a viver em determinado tipo de moradia. 
Direitos assegurados 
• Mobilidade pessoal 
– Os Estados Partes tomarão medidas efetivas para 
assegurar às pessoas com deficiência sua mobilidade 
pessoal com a máxima independência possível. 
 
• Liberdade de expressão e de opinião e acesso à 
informação. 
Direitos assegurados 
• Direito a adquirir as competências práticas e sociais 
necessárias de modo a facilitar às pessoas com 
deficiência sua plena e igual participação no sistema 
de ensino e na vida em comunidade: 
– Para tanto, os Estados Partes tomarão medidas 
apropriadas, incluindo: 
• a) Facilitação do aprendizado do braile, escrita alternativa, modos, 
meios e formatos de comunicação aumentativa e alternativa, e 
habilidades de orientação e mobilidade, além de facilitação do 
apoio e aconselhamento de pares; 
Direitos assegurados 
– Para tanto, os Estados Partes tomarão medidas 
apropriadas, incluindo: 
• b) Facilitação do aprendizado da língua de sinais e 
promoção da identidade linguística da comunidade 
surda; 
 
• c) Garantia de que a educação de pessoas, em 
particular crianças cegas, surdo cegas e surdas, seja 
ministrada nas línguas e nos modos e meios de 
comunicação mais adequados ao indivíduo e em 
ambientes que favoreçam ao máximo seu 
desenvolvimento acadêmico e social. 
Direitos assegurados 
• Direito à saúde 
– Os Estados Partes reconhecem que as pessoas com 
deficiência têm o direito de gozar do estado de saúde mais 
elevado possível, sem discriminação baseada na 
deficiência. 
– Em especial deve-se oferecer à pessoa com deficiência: 
• Programas e atenção à saúde gratuitos ou a custos acessíveis 
da mesma variedade, qualidade e padrão que são oferecidos 
às demais pessoas, inclusive na área de saúde sexual e 
reprodutiva e de programas de saúde pública destinados à 
população em geral; 
• Serviços de saúde o mais próximo possível de suas comunidades, 
inclusive na zona rural. 
Direitos assegurados 
• Habilitação e reabilitação 
– Os Estados Partes tomarão medidas efetivas e apropriadas 
para possibilitar que as pessoas com deficiência 
conquistem e conservem o máximo de autonomia e plena 
capacidade física, mental, social e profissional, bem como 
plena inclusão e participação em todos os aspectos da 
vida. 
– Para tanto, os Estados Partes organizarão, fortalecerão e 
ampliarão serviços e programas completos de habilitação e 
reabilitação, particularmente nas áreas de saúde, 
emprego, educação e serviços sociais. 
Direitos assegurados 
• Trabalho e emprego 
– Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com 
deficiência ao trabalho, em igualdade de oportunidades 
com as demais pessoas. 
– Esse direito abrange o direito à oportunidade de se manter 
com um trabalho de sua livre escolha ou aceitação no 
mercado laboral, em ambiente de trabalho que seja 
aberto, inclusivo e acessível a pessoas com deficiência. 
– Os Estados Partes salvaguardarão e promoverão a 
realização do direito ao trabalho, inclusive daqueles que 
tiverem adquirido uma deficiência no emprego, adotando 
medidas apropriadas incluídas na legislação. 
Direitos assegurados 
• Direito a um padrão de vida e proteção social 
adequados 
– Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com 
deficiência a um padrão adequado de vida para si e para 
suas famílias, inclusive alimentação, vestuário e moradia 
adequados, bem como à melhoria contínua de suas 
condições de vida, e tomarão as providências necessárias 
para salvaguardar e promover a realização desse direito 
sem discriminação baseada na deficiência. 
Direitos assegurados 
• Direito a participação na vida política e pública 
– Os Estados Partes garantirão às pessoas com deficiência 
direitos políticos e oportunidade de exercê-los em 
condições de igualdade com as demais pessoas, e deverão: 
• a) Assegurar que as pessoas com deficiência possam participar 
efetiva e plenamente na vida política e pública, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, diretamente ou por meio 
de representantes livremente escolhidos, incluindo o direito e a 
oportunidade de votarem e serem votadas; 
• b) Promover ativamente um ambiente em que as pessoas com 
deficiência possam participar efetiva e plenamente na condução 
das questões públicas, sem discriminação e em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, e encorajar sua 
participação nas questões públicas. 
Direitos assegurados 
• Direito na vida cultural e em recreação, lazer e 
esporte 
– Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com 
deficiência de participar na vida cultural, em igualdade de 
oportunidades com as demais pessoas, e tomarão todas as 
medidas apropriadas para que as pessoas com deficiência 
possam: 
• a) Ter acesso a bens culturais em formatos acessíveis; 
• b) Ter acesso a programas de televisão, cinema, teatro e outras 
atividades culturais, em formatos acessíveis; e 
• c) Ter acesso a locais que ofereçam serviços ou eventos culturais, 
tais como teatros, museus, cinemas, bibliotecas

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