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Escravidão Indigena

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Escravidão Indígena
Os portugueses realizaram a colonização dos índios de três formas: trabalho escravo utilizando a força bruta, aculturação do índio para que ele fosse separado da tribo e a utilização do indígena como trabalhador assalariado. No início do período colonial, os índios eram vistos como essenciais para os negócios do ciclo do açúcar.
A Coroa tinha interesses na escravidão indígena porque eles eram necessários para a produção dos engenhos. A partir de 1570, começaram a ser criadas leis que inibiam a escravização dos índios; porém, elas possuíam brechas e o procedimento continuou a ocorrer. Os colonizadores enfrentaram problemas para escravizar os índios brasileiros, porque muitos morriam de tanto trabalhar ou pelo contágio com doenças provenientes da metrópole.
A igreja também teve grande influência no declínio da escravidão indígena, pois ela tinha interesse em catequizar os índios. Aos poucos, os índios foram substituídos pelos negros africanos, pois os senhores e os comerciantes viam o tráfico negreiro como um investimento bem maior.
Escravidão Africana
A escravidão dos africanos tornou-se um negócio interessante para os portugueses, pois Portugal já tinha um certo domínio das regiões naquele continente e tinha o apoio da Igreja Católica, uma situação bem diferente do que aconteceu com os índios. O tráfico negreiro alavancava diversos aspectos da economia brasileira, como a área naval e a agrícola.
A escravidão se transformou em uma vertente da economia muito importante e o tráfico negreiro tornou-se cada vez mais intenso. Os escravos eram trazidos de forma precária nos navios e muitos morriam no caminho. Ao chegar ao Brasil, eles eram separados de amigos e familiares para que fossem vendidos aos grandes proprietários de terra.
Nas fazendas, os escravos eram obrigados a trabalhar na lavoura e viviam nas senzalas, um local que era habitado por todos. Eles eram obrigados a trabalhar por praticamente todo o dia. Além disso, não tinham uma boa alimentação e nenhuma condição de higiene. Existiam também os escravos domésticos que viviam na chamada Casa Grande e exerciam funções de confiança e desfrutavam de uma pequena comodidade.
Com a péssima condição em que viviam, eles não tinham uma alta expectativa de vida. Algumas vezes eram mortos ou torturados por seus donos. Diversas vezes, eles eram amarrados em troncos e açoitados.
Os Quilombos
Quando os escravos fugiam, eles costumavam criar comunidades que receberam o nome de quilombos (originalmente, o nome significava um local de repouso de certas populações nômades). Juntos, eles plantavam, pescavam e desenvolviam atividades de artesanato para que fossem utilizadas pela comunidade. Além disso, eles tentavam conviver em uma realidade parecida com a que tinham na África.
Os quilombos podiam ser encontrados em sua maioria nos seguintes estados: Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Alagoas, Bahia, dentre outros. Eles ficavam escondidos nas matas para que dificultasse uma possível captura dos quilombolas.
O quilombo mais importante foi o Quilombo dos Palmares, situado em Alagoas. Inicialmente, esse quilombo era habitado por poucos escravos; porém, após a invasão holandesa em Pernambuco, muitos escravos fugiram para esse quilombo. Ele chegou a ocupar uma faixa de 200 km e sofreu diversas tentativas de invasão pelos portugueses e holandeses. O líder desse quilombo foi Zumbi dos Palmares. O Quilombo dos Palmaressomente foi destruído em janeiro de 1694, mas os quilombolas continuaram lutando até o ano de 1716.
Organização Espanhola na América
Dominadas as principais Civilizações da América (Incas e Astecas) os espanhóis iniciaram a construção de seu aparato administrativo, foram criados na Colônia quatro Vice-Reinos e quatro Capitanias Gerais que eram governados por espanhóis nascidos na Espanha.
Na esfera local desta administração colonial foram criados órgãos como as Audiências encarregados de controlar a justiça, além de conselhos administrativos chamados de Cabildos.
O trabalho na colônia Americana era indígena, como os índios não poderiam ser escravizados, os espanhóis utilizavam os chamados trabalhos compulsórios, que não era assalariado nem escravo, ou seja, os indígenas recebiam a catequese e alguns artigos europeus (roupas, armas brancas etc.) em troca do trabalho da população da tribo. Havia os funcionários responsáveis por “contratar” os indígenas, este era o elo entre a administração espanhola e os indígenas, este funcionário era chamado de encomiendeiro pois ele fazia a Encomienda (troca de trabalho pela catequese) dos índios que iriam trabalhar para os espanhóis, trabalho este que era chamado de Mita pelos indígenas.
A organização social na América espanhola foi se tornando cada vez mais nítida com o passar do tempo, sendo assim foram surgindo uma divisão social que privilegiava o critério de nascimento. A alta administração da colônia era composta por espanhóis nascidos na Espanha, eles eram conhecidos como Chapetones; já a Elite colonial era formada por espanhóis nascidos na colônia e chamados de Criollos; as camadas mais baixas eram formadas por mestiços que pouco atuavam na administração colonial e por fim os trabalhadores como os negros e índios que cuidavam da produção.
Economia e sociedade na América espanhola
A ocupação e exploração da América foi um desdobramento da expansão marítimo-comercial européia e elemento fundamental para o desenvolvimento do capitalismo. A colonização promovida pelos espanhóis deve ser entendida a partir da lógica mercantilista, baseada portanto no Exclusivo metropolitano, ou seja, no monopólio da metrópole sobre suas colônias. 
A organização econômica 
A exploração mineradora foi a atividade econômica mais importante na América Espanhola, na verdade foi a responsável pela colonização efetiva das terras de Espanha, apesar de já haver ocupação anterior, no Caribe e América Central. O ouro na região do México e a prata na região do Peru, foram responsáveis pelo desenvolvimento de uma clara política de exploração por parte da metrópole, que passou a exercer um controle mais rígido sobre seus domínios. 
A mineração tornou-se responsável pelo desenvolvimento de atividades secundárias, complementares, diversificando a produção nas regiões vizinhas, responsáveis pelo abastecimento das minas, com produtos agrícolas - batata, milho, tabaco e cana de açúcar - sendo que os dois últimos destinavam-se à exportação; desenvolveram também a atividade criatória, fornecendo mulas e cavalos para as minas. Mais tarde a pecuária se desenvolveu na região sul, fornecendo couro e charque à metrópole. 
A produção artesanal indígena foi permitida, porém passou a ser controlada pela burocracia espanhola na colônia. Esse "sistema de obrajes" representava, na prática, uma forma de explorar a mão de obra indígena, forçado a trabalhar por seis meses, durante os quais recebia um pequeno pagamento. 
A exploração do trabalho indígena 
A exploração do trabalho indígena constituiu-se na base da exploração da América, e utilizou-se de duas formas diferentes: a encomienda e a mita. É importante lembrar-mos que o colonialismo e o escravismo foram características da política econômica mercantilista. 
A encomienda foi um sistema criado pelos espanhóis, e consistia na exploração de um grupo ou comunidade de indígenas por um colono, a partir da concessão das autoridades locais, enquanto o colono vivesse. Em troca, o colono deveria pagar um tributo à metrópole e promover a cristianização dos indígenas. Dessa forma o colono de origem espanhola era duplamente favorecido, na medida em que utilizava-se da mão de obra e ao mesmo tempo, impunha sua religião, moral e costumes aos nativos. 
A mita era uma instituição de origem inca, utilizada por essa civilização quando da formação de seu império, antes da chegada dos europeus. Consistia na exploração das comunidades dominadas, utilizando uma parte de seus homens no trabalho nas minas. 
Os homens eram sorteados, e em geral trabalhavam quatro meses, recebendo umpagamento. Cumprido o prazo, deveriam retornar à comunidade, que por sua vez deveria enviar um novo grupo de homens. 
Apesar de diferente da escravidão negra adotada no Brasil, a exploração do trabalho indígena também é tratada por muitos historiadores como escravismo. Porém o termo predominante nos livros de história é Trabalho Compulsório. 
A ação colonizadora espanhola foi responsável pela destruição e desestruturação das comunidades indígenas, quer pela força das armas contra aqueles que defendiam seu território, quer pela exploração sistemática do trabalho, ou ainda através do processo de aculturação, promovido pelo próprio sistema de exploração e pela ação catequética dos missionários católicos. 
É importante destacar o papel dos religiosos no processo de colonização, tratados muitas vezes como defensores dos indígenas, tiveram uma participação diferenciada na conquista. Um dos mais célebres religiosos do período colonial foi Frei Bartolomeu de Las Casas que, em várias oportunidades, denunciou as atrocidades cometidas pelos colonos; escreveu importantes documentos sobre a exploração, tortura e assassinato de grupos indígenas. Muitas vezes, a partir desses relatos a Coroa interferiu na colônia e destituiu governantes e altos funcionários. No entanto, vale lembrar o poder e influência que a Igreja possuía na Espanha, e o interesse do rei (Carlos V)em manter-se aliado à ela, numa época de consolidação do absolutismo na Espanha, mas de avanço do protestantismo no Sacro Império e nos Países Baixos. Ao mesmo tempo, a Igreja na colônia foi responsável pela imposição de uma nova religião, consequentemente uma nova moral e novos costumes, desenraizando os indígenas.
A ESPADA, A CRUZ E A FOME IAM DIZIMANDO A FAMÍLIA SELVAGEM 
(Pablo Neruda, poeta chileno) 
A exploração do trabalho indígena 
A sociedade colonial era rigidamente estratificada, privilegiando a elite de nascimento, homens brancos, nascidos na Espanha ou América: 
Chapetones - eram os homens brancos, nascidos na Espanha e que vivendo na colônia representavam os interesses metropolitanos, ocupando altos cargos administrativos, judiciais, militares e no comércio externo. 
Criollos - Elite colonial, descendentes de espanhóis, nascidos na América, grandes proprietários rurais ou arrendatários de minas, podiam ocupar cargos administrativos ou militares inferiores. 
Mestiços - , de brancos com índios, eram homens livres, trabalhadores braçais desqualificados e superexplorados na cidade (oficinas) e no campo ( capatazes). 
Escravos negros - nas Antilhas representavam a maioria da sociedade e trabalhavam principalmente na agricultura. 
Indígenas - grande maioria da população, foram submetidos ao trabalho forçado através da mita ou da encomienda, que na prática eram formas diferenciadas de escravidão, apesar da proibição oficial desta pela metrópole.

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