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História da Literatura e Literatura Brasileira 22

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História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
“Com a democratização, em meados da década de 1980, o processo literário encontrou novos rumos. [...] sua condição principal residiria no desenvolvimento de uma economia de mercado que integrou as editoras e profissionalizou a prática do escritor nacional. Um novo critério de qualidade surge, resultando em romances que combinam as qualidades de best-sellers com as narrativas épicas clássicas, retornando aos clássicos mitos de fundação, como em Tocaia Grande, de Jorge Amado, e Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 28, 29.
Levando em conta essa afirmação e o livro-base História da Literatura Universal, sobre a literatura contemporânea dos anos 1980, leia as afirmativas a seguir:
I. A temática predominante nesse período é urbana, com ênfase nos estilos pessoais e na exploração de novas técnicas narrativas.
II. Rubem Fonseca explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, no gênero policial.
III. Antonio Callado, com a obra Quarup, tematiza a violência e a tortura durante o Regime Militar.
IV. A busca é de uma poesia mais reflexiva e intelectualizada, sem se afastar das emoções e das demandas do mundo. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I, II e III
	
	B
	I, III e IV
	
	C
	III e IV
	
	D
	I, II e IV
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a temática da literatura desse período é predominantemente urbana, enfatizando estilos pessoais e a exploração de novas técnicas narrativas. Os novos poetas da década de 1980 não abriram mão dessas características e acrescentaram, ao menos, mais uma: a busca de uma poesia mais reflexiva, intelectualizada, embora sem se afastar das emoções e das demandas do mundo contemporâneo (livro-base, p. 324-328) No gênero policial, Rubem Fonseca (1925-) explora os efeitos psíquicos, sociais e estéticos da violência urbana, sobretudo em A grande arte(livro-base, p. 324). A afirmativa III está errada, porque Quarup, de Antonio Callado, pertence a outra geração, a dos anos 1960-1970. (livro-base, p. 314).
	
	E
	II e III
Questão 2/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Licenciado em Medicina na capital brasileira (1832), [...] estreara nas letras com um volume de Poesias (rio de janeiro, 1832) de nítido cunho neoclássico. Mas a viagem à Europa (1833-1837), imprescindível coroamento de todo itinerário acadêmico, pusera-o, em Paris, diante da nova realidade literária encarnada pelo Romantismo. Daí tinham saído por um lado, o manifesto programático, isto é, a revista Niterói, publicada na capital francesa, em 1836, por um grupinho de jovens intelectuais brasileiros que haviam feito [dele] seu líder”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 164.
As ideias românticas começaram a circular no Brasil recém-independente graças às vozes de intelectuais e poetas radicados, boa parte deles, em Paris. Foram as atividades desses homens que marcaram o início do Romantismo no Brasil. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro:
Nota: 0.0
	
	A
	Iracema, de José de Alencar.
	
	B
	Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães.
É considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães (1811-1882). (Livro-base, p. 78). As outras obras, com exceção de O Ateneu, pertencem a fases posteriores do romantismo (Macário – 1852; Iracema – 1865; Canção do Exílio – 1846). O livro de Raul Pompeia inclui-se entre o que se chama de romance psicológico (livro-base, p 132).
	
	C
	Canção do exílio, de Gonçalves Dias.
	
	D
	O Ateneu, de Raul Pompeia.
	
	E
	Macário, de Álvares de Azevedo.
 
Questão 3/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir: 
“Kitâb el-Mayytûn, literalmente Livro dos Mortos, foi o nome árabe empregado pelos violadores das necrópoles dos faraós para todo rolo de papiro encontrado nas tumbas. Nome muito genérico evidentemente, pois os papiros tratavam dos mais variados assuntos, de receituário mágico a contrato de cessão de terras, de projeto arquitetônico a estudos médicos ou matemáticos.
Este termo foi acolhido no século passado [séc. XIX] pelos pioneiros das pesquisas de egiptologia e assim convencionalmente permaneceu, limitado, contudo, à miscelânea de fórmulas, difundidas no Novo Império [egípcio], voltadas para proteger o defunto contra os perigos do reino dos mortos, além de ser um texto útil para os vivos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RACHEWILTZ, Boris de (introdução, notas e tradução). Il Libro dei Morti degli antichi egizi. 2ªed. Roma: 2001, p. 11 (trad. autor da questão).
Tendo como referência as informações mencionadas e a leitura de seu livro-base História da Literatura Universal, leia as afirmativas a seguir, assinalando (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas:
I. (  ) Os egípcios passaram a comportarem-se temendo o veredito de Anúbis, o deus que apontava quem ia ou não para Aaru, o paraíso.
II. (   ) Os textos que integram o que hoje se denomina Livro dos mortos não foram escritos por um único autor nem são todos da mesma época histórica.
III. ( ) O Livro dos Mortos continha instruções de como falar, respirar e beber no Além.
IV. ( ) Depois de ser embalsamado por Anúbis, que entoava cantos para sua ressuscitação, Osíris se tornou senhor dos mortos. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	V– V – V – F
	
	C
	F – V – V – V
A afirmativa I é falsa, porque não é Anúbis, mas sim Osíris o deus dos mortos: “Durante o processo de embalsamento, Anúbis entoava encantos que ressuscitaram Osíris e tornaram-no o senhor dos mortos, incumbido do julgamento das almas e da permissão ou proibição de entrada dos espíritos no Aaru, o paraíso” (livro-base, p. 38). As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque a finalidade do Livro dos Mortos “[...] era guiar os mortos para o além por meio de orações e rituais. [...] Na verdade, não se trata de um ‘livro’ de acordo com seu conceito atual, que prevê a existência de um autor que intencionalmente escreve um texto com começo meio e fim. [...] os escritos que integram o que hoje se denomina por Livro dos Mortos não foram elaborados por um único autor nem são todos da mesma época histórica [...]” (livro-base, p. 37).
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 4/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
“Anquises acabara de falar; conduz seu filho, assim como a Sibila, para o meio dos grupos e da multidão burburinhante [e retoma a palavra:]. ‘Agora te direi que glória aguarda no provir a raça de Dárdano, que netos de raça itálica te são reservados, almas ilustres e que devem revestir nosso nome; revelarei teus destinos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERGILIO. Eneida. Trad.Tassilo Orpheu Spalding. São Paulo: Cultrix, 2008, p. 127. 
A passagem faz parte do sexto livro da Eneida, de Virgílio. Nessa altura do poema, Eneias está no mundo dos mortos, onde encontra Anquises, seu pai, que prevê os acontecimentos futuros do herói. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, sobre a obra de Virgílio, é correto afirmar que:
	
	A
	a visão de Virgílio é pessimista, já que via com maus olhos o império de Augusto, sob o qual viveu.B
	a obra de Virgílio retrata de forma detalhada o autoritarismo do governo do imperador Augusto.
	
	C
	a obra de Virgílio se reduz à Eneida, na qual buscou imitar Homero, só que de forma mais otimista.
	
	D
	o sentido de utopia está presente em todas as obras de Virgílio, além de um senso de justiça e de civismo.
Esta é a alternativa correta porque as obras de Virgílio, apesar do tom melancólico, tinham como o eixo a utopia, ou seja, a esperança de dias melhores. Além disso, tinha um estilo e espírito diferentes dos de Homero; “‘O estilo ‘rápido, direto e nobre’ [de Homero] é substituído por certa dignidade melancólica e monótona; o espírito bélico, pelo civismo e o senso de justiça” (livro-base p. 90). As alternativas [a], [c] e [e] estão incorretas pelos mesmos motivos apontados. A alternativa [b] está incorreta porque Virgílio foi um dos escritores que louvaram o regime de Augusto.
	
	E
	a obra de Virgílio está ligada à de Homero por repetir-lhe o espírito bélico da Ilíada e o estilo rápido e direto.
Questão 5/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir: 
“O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167. 
Levando-se em consideração a citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) O Realismo procura fazer uma análise objetiva da realidade social.
II. ( ) A linguagem rebuscada e ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico.
III. ( ) Correntes científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo influenciam a postura analítica e racional dos escritores realistas.
IV. ( ) O pensamento cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma arte mais comprometida com a crítica social.
V. ( ) O Naturalismo foi uma corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele, por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade.
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	F – V – V – V – F
	
	B
	V – F – F – V – V
	
	C
	V – F – V – V – F
As afirmativas I, III e IV são verdadeiras porque a perspectiva do realismo é objetiva em relação à realidade social; tal objetividade está associada às correntes filosóficas da época e à compreensão de que o homem era produto do meio fez os realistas se concentrarem nas questões sociais: “Esse contexto tem como característica o antirromantismo, antissubjetivo e adepto da objetividade, pois o que interessa é o objeto, aquilo que está fora de nós [...]. Preferia-se uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis, isto é, o que pressupunha uma base científica, revelando o condicionamento do homem ao meio físico e social” (livro-base, p.  229-230); essa objetividade está associada às correntes filosóficas do período: “[...] o positivismo de Auguste Comte [...]; o determinismo, criado por Hippolyte Taine [...]; e o darwinismo [...]” (p. 229). As afirmativas II e V são falsas porque a linguagem utilizada pelos realistas é objetiva e clara e os naturalistas convergiam com os realistas no que se refere à objetividade, entre outros aspectos (p. 228, 229).
	
	D
	V– F – V – V – V
	
	E
	F – F – V – F – V
Questão 1/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“[...] Deus disse: ‘Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente’, e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GORGULHO, G. da S.; STORNIOLO, I.; ANDERSON, A. F. (coordenadores). Gênesis. In: ______. A Bíblia de Jerusalém. Trad. Vários. Nova edição revista. São Paulo: Paulinas,1985, p.31, 32.
As narrativas consideradas inaugurais da história da literatura universal têm semelhanças de forma e conteúdo que as aproximam para além das diferenças contextuais que as geraram. Considerando o fragmento de texto citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre questões e temas comuns a essas obras, é correto afirmar que:
	
	A
	Os temas mais recorrentes eram os relativos aos tratados de etiqueta, ligados às cortes das cidades-Estado regidas por príncipes e afins.
	
	B
	As questões que aparecem em todos esses textos se ligam às perguntas sobre a constituição da literatura e dos gêneros literários.
	
	C
	A questão da autonomia da mulher em face da dominação patriarcal está presente nesses textos inaugurais.
	
	D
	Entre as questões centrais estavam as reflexões sobre a criação do mundo, do homem, do lugar de onde vem o homem ou para onde ele vai.
Você acertou!
Textos como o Gilgamesh, O livro dos Mortos, o Velho Testamento, entre outros buscam responder a essas questões: “Pensando nessas obras tidas como inaugurais, uma das questões centrais, que inquietava os primeiros pensadores ou artistas, era a de compreender a criação do mundo ou saber quem somos nós e de onde viemos. Assim, as primeiras narrativas tinham como tema a criação do mundo e eram longos textos, provavelmente em versos [...] (livro base, p. 32). As demais alternativas estão erradas porque não eram temas comuns à discussão sobre a etiqueta da corte, debate que começou no Renascimento, com obras como O cortesão, entre outras; nem sobre os gêneros literários, ainda que haja passagens sobre a origem da linguagem, o poder das palavras, etc. A discussão inicial sobre gêneros se dará na esfera da filosofia, com Platão e Aristóteles; tampouco se discutem a autonomia da mulher, algo que só virá muito mais tarde, ainda que já na Antiguidade haja personagens femininas poderosas como Antígone e Medeia e até Xerazade, das Mil e uma noites; e muito menos os feitos de cavalaria, que são temas pertencentes à literatura medieval.
	
	E
	Os temas estavam ligados aos feitos dos heróis de cavalaria, cuja ênfase recaía nos valores como a honra, coragem e a fortaleza.
Questão 2/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Medeia – [...] De todos os seres que respiram e pensam, nós outras, as mulheres, somos as mais miseráveis. Precisamos primeiro comprar muito caro um marido, para depois termos nele um senhor absoluto da nossa pessoa, segundo flagelo ainda pior que o primeiro. [...] Para uma mulher abandonar o marido é escandaloso, repudiá-lo impossível. [...] O homem, dono do lar, sai para distrair-se de seu tédio junto de algum amigo ou de pessoas de sua idade; mas nós, é preciso não termos olhos a não ser para eles [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EURÍPIDES. Medeia. In: ÉSQUILO; SÓFOCLES; EURÍPIDES. Prometeu acorrentado; Édipo Rei; Medeia. São Paulo: AbrilCultural, 1980, p. 171.
Autor de tragédias gregas, Eurípides levou para o palco situações ligadas ao dia a dia da sociedade grega e à condição da mulher. Entre suas maiores criações estão as personagens femininas, como Medeia. Considerando o fragmento citado e o livro-base História da Literatura Universal, o tema central da tragédia Medeia é...
	
	A
	a mulher que procura se vingar da cidade de Atenas por ciúmes.
	
	B
	a mãe que mata os próprios filhos por ciúmes e ódio ao marido.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque Eurípedes “escreveu por volta de 100 peças, tornou-se mais popular que Ésquilo e Sófocles e teve os enredos de suas tragédias aproveitados por dramaturgos posteriores [...]. Sua versão do mito de Medeia, a história da mãe que mata os próprios filhos por ciúmes, emocionou os gregos e é encenada até hoje” (livro-base, p. 69, 70).
	
	C
	a escrava que se rebela contra a sua condição de opressão.
	
	D
	a mãe que superprotege os filhos em suas aventuras.
	
	E
	a mãe que chora a morte dos filhos na guerra.
Questão 3/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir: 
“O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167. 
Levando-se em consideração a citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) O Realismo procura fazer uma análise objetiva da realidade social.
II. ( ) A linguagem rebuscada e ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico.
III. ( ) Correntes científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo influenciam a postura analítica e racional dos escritores realistas.
IV. ( ) O pensamento cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma arte mais comprometida com a crítica social.
V. ( ) O Naturalismo foi uma corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele, por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade.
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	F – V – V – V – F
	
	B
	V – F – F – V – V
	
	C
	V – F – V – V – F
Você acertou!
As afirmativas I, III e IV são verdadeiras porque a perspectiva do realismo é objetiva em relação à realidade social; tal objetividade está associada às correntes filosóficas da época e à compreensão de que o homem era produto do meio fez os realistas se concentrarem nas questões sociais: “Esse contexto tem como característica o antirromantismo, antissubjetivo e adepto da objetividade, pois o que interessa é o objeto, aquilo que está fora de nós [...]. Preferia-se uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis, isto é, o que pressupunha uma base científica, revelando o condicionamento do homem ao meio físico e social” (livro-base, p.  229-230); essa objetividade está associada às correntes filosóficas do período: “[...] o positivismo de Auguste Comte [...]; o determinismo, criado por Hippolyte Taine [...]; e o darwinismo [...]” (p. 229). As afirmativas II e V são falsas porque a linguagem utilizada pelos realistas é objetiva e clara e os naturalistas convergiam com os realistas no que se refere à objetividade, entre outros aspectos (p. 228, 229).
	
	D
	V– F – V – V – V
	
	E
	F – F – V – F – V
Questão 4/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141. 
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
	
	A
	Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
	
	B
	Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
	
	C
	Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
	
	D
	Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura de caráter e convenções nacionais.
	
	E
	Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Você acertou!
O caso de Euclides da Cunha (1866-1909) representa um marco dessa mudança de perspectiva. Engenheiro de formação, é enviado como correspondente jornalístico a Canudos em 1897, a fim de fazer a cobertura da reação das forças republicanas ao grupo liderado por Antônio Conselheiro. Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raça, meio e momento histórico seriam capazes de explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos ocorridos no sertão baiano, atinge, em Os sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos. [...]. Supera largamente uma perspectiva sociológica de gabinete, ou mesmo o puro ensaísmo, a fim de construir uma representação literariamente relevante e problematizar o aspecto da realidade a que se dirige” (Livro-base, p. 167,168).
Questão 5/5 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o poema de Gregório de Matos: 
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não por que hei pecado,
Da vossa alta clemência medespido:
Porque, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada;
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Cia das Letras, 2010, p. 313
A poesia de Gregório de Matos alcançou a síntese das duas tendências centrais da poesia barroca em língua portuguesa: o conceptismo e o cultismo. O primeiro caracteriza-se pelo desenvolvimento silogístico de uma ideia-chave; e o segundo, pelo uso de figuras de linguagem que reforçam o plano da expressão. Tendo como referência os textos e comentários acima, assim como a videoaula e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia o poema de Gregório de Matos acima e depois assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as afirmativas falsas.
I. ( ) A organização formal do poema aponta para a dimensão cultista da estética barroca, pois há o uso deliberado de metáforas (“ovelha desgarrada”), antíteses (ofendido/lisonjeado), entre outros recursos expressivos.
II. ( ) O ato de contrição desenvolve-se segundo um raciocínio silogístico sobre o ato de pecar e o pedido de perdão. Daí a dimensão conceptista do poema.
III. ( ) Na segunda estrofe, o eu-lírico estabelece a relação de dependência entre pecado e perdão: o pecado que ofende Jesus é o mesmo pecado que permite o perdão solicitado pelo eu-lírico.
IV. ( ) A ironia e o jogo entre a necessidade do pecador existir para que haja a glória de Deus jamais poderia aparecer em um poema barroco. A contradição não faz parte dessa estética literária.
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
Você acertou!
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o largo uso de figuras de linguagem (metáforas, antíteses) é característico do cultismo barroco; já o desenvolvimento silogístico é característico do conceptismo, que se apresenta na conformação da relação entre pecado e perdão. A afirmativa IV é falsa, pois podemos afirmar que, “no plano do desenvolvimento da ideia, o poema repousa sobre uma tensão muito forte. A relação entre pecado e perdão, pecador e Deus, constrói-se, num primeiro momento, como exercício de humildade do eu-lírico ao pedir absolvição de suas faltas; mas, logo na sequência, lido o poema na íntegra, surge um segundo significado, um bocado irônico, que enfatiza a dependência de Deus em relação ao pecado humano. Sem o pecador, não há a glória de Deus, pois essa glória repousa no gesto de absolvição, na recuperação da ovelha desgarrada. Estamos diante das contradições do mundo barroco. Essa tensão no plano da ideia do poema invade a forma literária: as antíteses, por exemplo, alimentam essa tensão entre pecado e perdão” (livro-base, p. 36-40).
	
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