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Anatomia macroscópica da Medula Espinhal Generalidades Medula é a uma massa de forma cilíndrica e achatada que fica dentro do canal vertebral. A medula limita-se com o bulbo e se inicia aproximadamente na altura do forame magno do osso occipital. O fim da medula se encontra na vertebral L2 (segunda lombar). A medula termina afinando-se em um cone chamado de cone medular. O calibre da medula não é uniforme, ele apresenta dilatações chamadas de intumescência cervical e a intumescência lombar. As intumescências são áreas da medula que se conectam com raízes nervosas responsáveis por inervar os membros superiores e inferiores. A superf íc ie da medula apresenta os seguintes sulcos: Sulco mediano posterior Sulco intermédio Sulco lateral posterior Fissura mediana anterior Sulco lateral anterior Também apresenta cornos: Posterior, lateral e anterior. �1 Gabriela Ponce Os sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.= Na medula também tem funículos: Funículo dorsal / posterior - entre o sulco lateral posterior e sulco mediano posterior Funículo lateral - entre os sulcos lateral posterior e anterior Funículo ventral / anterior - entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior A substancia cinzenta localiza-se em forma de H dentro da substancia branca. É na substancia cinzenta que se encontram os cornos. No centro da substancia cinzenta se localiza o canal central. Conexões com nervos espinhais Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior , há uniam de filamentos radiculares que formam as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formar o nervo espinhal. Segmento medular é a região em que ocorre a união desses filamentos para a formação do nervo. Existem 31 pares de nervos espinhais : 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo. Existem 8 pares de nervos cervicais, mas somente 7 vértebras. Isto porque, o primeiro par cervical emerge acima da primeira vértebra (entre ela e o osso occipital) e o oitavo par emerge abaixo da 7 vértebra cervical, portanto há nervos em cima e nervos embaixo da sétima vértebra, a partir daí todas os nervos vao por baixo das vértebras. �2 Gabriela Ponce Topografia vertebromedular A medula termina no nível da vertebral L2. Abaixo desse nível, o canal vertebral contém apenas meninges e raízes nervosas dos últimos nervos dispostas em torno do cone medular e filamento terminal e constituem a cauda equina. A diferença de tamanho entre canal vertebral e medula resultam de ritmos de crescimento diferentes. Até o quarto mês de vida: a medula cresce no mesmo ritmo que a coluna, com a medula ocupando todo o comprimento do canal vertebral e os nervos passam pelos seus respectivos forames formando com a medula um angulo aproximadamente reto. Depois do quarto mês: a coluna começa a crescer mais do que a medula . Há o alongamento das raízes e diminuição do angulo que elas fazem com a medula, isso para que se adaptem ao crescimento das suas respectivas vértebras que contem seus respectivos forames. Nos adultos, as vertebral T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. Entre as vertebral C2 e T10 adiciona-se ao numero do processo espinhoso da vertebral e tem-se o numero do segmento da medula correspondente. Ex.: Olhando a vertebral C2 , a parte da medula na mesma altura é a C4. Nas vertebral T11 e T12 estão os cinco segmentos lombares da medula. �3 Gabriela Ponce Envoltórios da medula A medula é envolvida por meninges (membranas fibrosas). - Dura-máter: meninge mais externa, formada por fibras de colágeno que a tornam resistente e espessa. Termina em um fundo de saco no nível da vértebra S2. Revestem, junto ao epineuro, as raízes dos nervos espinhais. - Aracnóide: Está entre a dura-máter e a pia-máter. É um emaranhado de trabéculas aracnóideas que unem as duas camadas (pia-máter e dura- máter). - Pia-máter: Meninge mais delicada e mais interna. Ela se adere a medula e penetra na fissura mediana anterior, formando um filamento esbranquiçado chamado filamento terminal. Esse filamento perfura o saco dural e vai até o hiato sacral. A pia-máter forma de cada lado da medula um ligamento denticula- do. �4 Gabriela Ponce Espaços entre as meninges Entre o canal vertebral (periósteo) e a dura-máter: Epidural (formado por tecido adiposo e plexo venoso vertebral interno) Entre a dura-máter e a aracnóide: Subdural (formado por uma pequena quantidade de líquido) Entre a aracnóide e a pia-máter: Subaracnóide (formado por líquido cerebroespinhal / líquor) A exploração clinica do espaço subaracnóideo O espaço subaracnóide é maior, contem maior quantidade de líquor e nele se encontram apenas o filamento terminal e as raízes que formam a cauda equina, não havendo risco de lesão na medula. A incisão da agulha deve ser feita entre as vertebral L2 à S2. Anestesias nos espaços meníngeos Anestesias raquidianas : O anestésico é introduzido no espaço subaracnóideo por meio de uma agulha que penetra entre as vertebral L2-L3, L3-L4 ou L4-L5. A agulha perfura a pele e a tela subcutânea, o ligamento interespinhoso, o ligamento amarelo, a dura-máter e aracnóide. Observa-se que a agulha atingiu o espaço subaracnóide pela presença do líquor que goteja. Pode causar frequentes dores de cabeça por causa do vazamento de líquor após a perfuração da dura-máter. Anestesias epidurais: Feitas, geralmente, na região lombar. O anestésico vai ser introduzido no espaço epidural, atingindo os forames interverterias, por onde passam as raízes dos nervos espinhais. A ponta da agulha atinge o espaço dural quando se observa uma súbita baixa resistência. Exige habilidade técnica muito maior que as raquidianas, hoje são quase somente usadas em partos. �5 Gabriela Ponce
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