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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIEVANGÉLICA BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA 6°PERÍODO LUCAS DE SOUZA ARAUJO RICARDO RODRIGUES CARDOZO Análises Metalográfica e Teste de Dureza em Aço ANÁPOLIS - GO 2017 LUCAS DE SOUZA ARAUJO RICARDO RODRIGUES CARDOZO Análises Metalográfica e Teste de Dureza em Aço Trabalho de Curso submetido ao Centro Universitário UniEvangélica, como parte dos requisitos necessários para obtenção de nota na verificação de aprendizagem (V.A.) e aprendizado em nível acadêmico. Orientador: Eng. Clodoaldo Valverde. ANÁPOLIS - GO 2017 1 Objetivos 1.1 Objetivo Geral Fazer testes em laboratório com diferentes tipos de aços como amostras para averiguar suas características. 1.2 Objetivo Específico • Entender os passos no preparo de amostras para análise metalográfica. Análise de imagem de microestrutura bifásica. • Quantificar os microconstituintes presentes em um aço carbono e determinar microdureza do material. • Caracterizar a microestrutura e a microdureza de um aço carbono cementada. • Comparar a temperabilidade de diferentes aços e caracterizar microestruturas obtidas a diferentes taxas de resfriamento. • Caracterizar a microestrutura de diferentes aços ferramenta. • Caracterizar material sensitizado e observar microestruturas de diferentes aços inoxidáveis. 2 Abordagem teórica 2.1 Metalografia Metalografia fazendo parte da Ciência dos materiais, é o estudo da morfologia e estrutura dos metais. A metalografia é uma área da materialografia que além do estudo dos materiais metálicos, compreende a plastografia (materiais plásticos ou poliméricos) e a ceramografia (materiais cerâmicos). Etapas da preparação da amostra • Corte: a amostra a ser analisada deve ser cortada de forma a não sofrer alterações pelo método de corte. Usa-se o método a frio, em geral serras, para o corte primário, ou seja, para se separar a porção aproximada que será analisada. Na sequencia, usa-se um equipamento denominado "Cut-Off" que faz um corte mais preciso, utilizando-se de um fino disco abrasivo e farta refrigeração, a fim de não provocar alterações por calor na amostra. • Embutimento metalográfico: o processo de embutimento metalográfico pode ser dividido em dois grupos, embutimento a quente no qual é utilizado baquelite e uma embutidora metalográfica e o embutimento a frio que são utilizados dois produtos resina e catalisador, ambos os métodos visam obter a amostra embutida para conseguir um bom resultado na preparação metalográfica. • Lixamento: são utilizadas lixas do tipo "Lixa d'água", fixadas em discos rotativos. Normalmente inicia-se o lixamento com a lixa de granulometria 220, seguida pelas lixas 320, 400 e 600. Em alguns casos usam-se lixas mais finas que a lixa 600, chegando-se a 1000 ou 1200. Todo o processo de lixamento é feito sob-refrigeração com água. • Polimento: a etapa do polimento é executada em geral com panos especiais, colados a pratos giratórios, sobre os quais são depositadas pequenas quantidades de abrasivos. Estes abrasivos variam em função do tipo de metal que está sendo preparado. Os mais comuns são, o óxido de alumínio (alumina) e a pasta de diamante. Durante o polimento as amostras também são refrigeradas, com a utilização de álcool ou agentes refrigerantes específicos. • Ataque químico: há uma enorme variedade de ataques químicos para diferentes tipos de metais e situações. Em geral, o ataque é feito por imersão da amostra, durante um período de aproximadamente 20 segundos, assim a microestrutura é revelada. Um dos reagentes mais usados é o NITAL, (ácido nítrico e álcool), que funciona para a grande maioria dos metais ferrosos. 2.2 Cementação 2.2.1 Cementação Sólida É o processo mais antigo de cementação, que inicialmente envolvia somente o uso de meios de cementação (cementos) sólidos. Entretanto, devido à lentidão da cementação sólida e às dificuldades de controle preciso dos resultados obtidos com esse processo, acabou sendo superado por outros processos, como a cementação gasosa e a cementação líquida. Por estes motivos passou a ter aplicação restrita, embora do ponto de vista microestrutural seja uma base para os demais processos. O tratamento de cementação é realizado acima da zona crítica, no campo austenítico, no qual a solubilidade do carbono no aço é elevada. 2.3 Tempera A têmpera refere-se a um resfriamento brusco. Na química de polímeros e na ciência dos materiais, o processo de têmpera é usado para evitar processos que se dão em temperaturas mais baixas, tais como transformações de fase, disponibilizando apenas uma pequena janela de tempo em que a reação é termodinamicamente favorável e cineticamente acessível. Por exemplo, pode reduzir a cristalinidade e por consequência aumentar a rigidez de ligas e plásticos (produzidos através de polimerização). • Tempera no óleo: O aço é aquecido até uma determinada temperatura depois é retirado do forno ou mufla e resfriado no óleo em seguida. • Tempera no Ar: O aço é aquecido até uma determinada temperatura depois é retirado do forno ou mufla e deixado exposto ao ar ambiente. • Tempera no Areia: O aço é aquecido até uma determinada temperatura depois é retirado do forno ou mufla e enterrado na areia para resfriar. 2.4 Dureza Rockwell O método Rockwell é um método de medição direta da dureza, sendo um dos mais utilizados em indústrias. Este é um dos métodos mais simples e que não requer habilidades especiais do operador eliminando assim quaisquer erros humanos. Além disso, várias escalas diferentes podem ser utilizadas através de possíveis combinações de diferentes penetradores e cargas, o que permite o uso deste ensaio em praticamente todas as ligas metálicas, assim como em muitos polímeros. 2.4.1 Procedimentos 1 Na superfície limpa, aplica-se uma pré-carga de 10 kgf, 2 Aplica-se uma carga nominal que pode variar entre 60, 100 ou 150 kgf, 3 Depois de aproximadamente 10 segundos é retirada a carga, 4 E é realizada a leitura da dureza do material diretamente na máquina, por isso, é um método direto de medição de dureza e um dos mais utilizados nas indústrias. 3 Procedimento Prático 3.1 Primeira amostra. A peça foi disponibilizada cortada e embutida, apenas foi lixada com as lixa de água atacada com nitral 2%. Figura 1 e 2: peça um aço 1020. Raio médio encontrado na amostra: 12,71119854 µm. 3.2 Segunda amostra. A peça foi disponibilizada cortada, assim foi embutida lixada nas lixas de água polida com alumina de 0.05%, 0.03% e 0.01% e atacada com nitral 2%. Figura 3 e 4: Peça dois aço 1020. Raio médio encontrado na amostra: 24,56350458 µm. 3.3 Terceira amostra. A peça foi levada ao forno aquecido a 1000ºC por meia hora coberto por carvão moído para que crie uma película que acrescentará 0.1mm no teor de carbono à superfície da peça. Foi embutida lixada nas lixas de água, polida com alumina de 0.05%, 0.03% e 0.01% depois atacada com nitral 2%. Figuras 5 e 6: peça três cementada aço 1020. Raio médio encontrado na amostra: 10,0981858 µm. 3.4 Quarta amostra. A peça foi levada ao forno aquecido a 1000ºC retirada e resfriada no óleo de motor procedimento denominado tempera, depois foi embutida lixada nas lixas de água, e atacada com nitral 2%. OBS: Pela falta de alumina no laboratório não foi possível ser polida.Figuras 7 e 8: amostra de aço 1020 com tempera a óleo. Raio médio encontrado na amostra: 9,677570006 µm. 3.5 Quinta amostra. A peça foi levada ao forno aquecido a 1000ºC retirada e resfriada na areia procedimento denominado tempera, depois foi embutida lixada nas lixas de água, e atacada com nitral 2%. OBS: Pela falta de alumina no laboratório não foi possível ser polida. Figuras 9 e 10: amostra de aço 1020 com tempera na areia. Raio médio encontrado na amostra: 4,73409557 µm. 3.6 Sexta amostra. A peça foi levada ao forno aquecido a 1000ºC retirada e resfriada no ar ambiente procedimento denominado tempera, depois foi embutida lixada nas lixas de água, e atacada com nitral 2%. OBS: Pela falta de alumina no laboratório não foi possível ser polida. Figuras 11 e 12: amostra de aço 1020 com tempera no ar ambiente. Raio médio encontrado na amostra: 5,330391171µm. 4 Teste de Dureza em Aço Foram feito teste de dureza em aço 1020. Primeira análise aço 1020 sem nenhum tratamento. Figura 13: amostra de aço 1020 com 5 furos dos testes. Média da dureza: 14.38HRC. Na segunda amostra analise-se um aço 1020, porém com tratamento de cementação com carvão e 1 hora de prazo no forno dando assim 0.1mm de aumento a dureza. Figura 14: amostra de aço 1020 tratado com cementação e 5 furos para os testes. Média da dureza: 86.78HRC 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • SILVA, A. L. C.; MEI, P. Aços e ligas especiais. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2010. • CHIAVERINI, V. Aços e ferros fundidos: características gerais, tratamentotérmicos e principais tipos. 7ª ed. São Paulo: ABM, 2008. • CHIAVERINI, V. Tratamentos térmicos das ligas metálicas. ABM, São Paulo, 1ª ed. 2008. • http://tratamentotermico.com/cementacao.html • https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6373-procedimentos-para- tratamentos-termicos-de-endurecimento-dos-acos-ferramenta#.WgyKuYhrzIU • https://brogdomonzao.files.wordpress.com/2013/10/cic3aancia-e-engenharia- de-materiais-uma-introduc3a7c3a3o-william-d-callister-jr.pdf
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