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TC APOSTILA ALMIR

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 Técnicas de Imagem
 Por
 Tomografia Computadorizada
 Almir Inacio da Nóbrega
 
 
 Í N D I C E 
Tomografia Computadorizada.
 
	Aspectos históricos.
O método.
Princípios básicos
A imagem em matriz
Gerações de T.C.
O sistema helicoidal
T.C. “ Multi-Slice”
O tubo de raios-X do T.C.
Detectores
Reconstrução das imagens
Retro-projeção
O método interativo
O método analítico
Escala de Hounsfield
Problemas comuns em TC
Aspectos de segurança
	6
6
7
8
9
10
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16
17
18
19
19
21
23
O Equipamento de Tomografia Computadorizada
	 TC – General Eletric – Modelo CTI – Hi-speed
	26
	 “Gantry”
	27
	 A mesa de exames
	30
	 A mesa de comando
	30
	 Computador
	30
	 “PDU” – Power Distribution Unit
	31
 
Exames por Tomografia Computadorizada
	O exame tomográfico
	33
	Crânio
	36
	O crânio em cortes coronais
	38
	Seios paranasais
	39
	Sela túrcica
	41
	Ossos Temporais
	42
	Face
	44
	Órbitas
	44
	Pescoço
	45
	Tórax
	46
	TC do tórax em alta resolução
	49
	Estudo dos grandes vasos
	49
	Técnica para T.E.P.
	50
	Abdômen
	51
	Abdômen superior
	55
	TC do abdômen no aparelho uro-excretor
	56
	TC do abdômen nos aneurismas da art. Aorta
	56
	Coluna vertebral
	57
	Coluna lombar
	57
	Coluna Cervical
	59
	Coluna Torácica
	60
	Pelve e Articulação coxo-femoral
	60
	Joelho
	61
	Tornozelo
	63
	Pés
	63
	Ombro
	64
	Cotovelo
	66
	Punho
	67
	Extremidades em geral
	68
4 . P R O T O C O L O S 
	Crânio rotina
	71
	Seios Paranasais – axial
	72
	Seios paranasais – coronal
	73
	Sela Túrcica - coronal 
	74
	Ossos Temporais – axial 
	75
	Ossos Temporais – coronal.
	76
	Pescoço
	77
	Tórax rotina
	78
	Tórax – Alta resolução.
	79
	Tórax – TEP
	80
	Abdômen superior
	81
	Abdômen total
	82
	Coluna cervical 
	83
	Coluna Lombar
	84
	Coluna Torácica
	85
	Coluna Segmento (Bloco)
	86
	Ombro
	87
	Cotovelo
	88
	Punho 
	89
	Articulação Coxo-Femoral
	90
	Joelho
	91
	Patela – c/ angulações.
	92
	Tornozelo – axial
	93
	Tornozelos – coronal 
	94
	Pés – axial 
	95
	Pés – coronal.
	96
	
	
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 97
 
 Tomografia Computadorizada.
 Aspectos Históricos.
 A tomografia computadorizada surgiu, como método de diagnóstico por imagem, no ano de 1972, introduzido por G. N. Hounsfield, em Middlesex – Inglaterra. 
 O método obteve grande repercussão, principalmente pela possibilidade da avaliação de tecidos “moles “ como; os músculos, as vísceras e particularmente o parênquima cerebral. Até então, o diagnóstico de hematoma no trauma crânio encefálico, ou mesmo, num acidente vascular cerebral, só podia ser feito com segurança, na abordagem cirúrgica. Com o advento deste método, abriu-se novas perspectivas, particularmente, nas patologias neurológicas . Em pouco tempo a técnica tomográfica foi ampliada e passou também a ser utilizada nos demais sistemas e órgãos do corpo humano, passando a incorporar os principais centros de diagnóstico por imagem do mundo.
 A tomografia, ainda hoje, vem sofrendo grandes transformações, sendo objeto de constantes pesquisas, voltadas principalmente, para a redução nos tempos de exames através da agilização na obtenção dos cortes tomográficos e no desenvolvimento de softwares gráficos para processamento das imagens.
 
 O Método
 A tomografia trabalha com tubos de raios-X de alta potência. O tubo disposto no interior do corpo do aparelho, apresenta um movimento de rotação de forma justaposta a um conjunto de detectores. Os detectores são os elementos responsáveis pela coleta do residual de radiação de um feixe estreito. 
 Durante a aquisição de um corte tomográfico, enquanto o tubo gira ao redor do paciente, um feixe de radiação é emitido, indo incidir nos detectores que coletam as informações obtidas a partir de múltiplas projeções. As informações são então enviadas ao computador responsável pelo processamento das imagens. 
 O primeiro tomógrafo utilizado para radiodiagnóstico e apresentado por Sir Hounsfield, constava de um equipamento fabricado pela empresa E.M.I. e formado basicamente por um tubo de raios-X simples de anodo fixo e alvo de dimensões relativamente exageradas (3 X 13 mm ) mas , suficiente para suportar o alto “calor” produzido pelos sucessivos bombardeios de elétrons. A construção dos cortes tomográficos (scans ) se fazia por meio de um feixe estreito da espessura aproximada de um lápis que, após atravessar o corpo do paciente incidia em dispositivos detectores da radiação residual. 
 A imagem inicial era formada pela leitura, através dos detectores, de cerca de 160 exposições do feixe estreito ao longo de uma certa direção (varredura linear) . Após completar esta varredura o conjunto Tubo/detectores fazia um movimento de rotação de 1 grau e uma nova varredura linear se iniciava. Este procedimento se repetia cerca de 180 vezes, mudando-se a rotação do conjunto a cada 1 grau. Os dados obtidos e armazenados no computador podiam então ser utilizados na reconstrução do corte tomográfico. O feixe do primeiro equipamento tinha dimensões aproximadas de 3 x 13 mm.
Princípios Básicos
 Nos atuais tomógrafos computadorizados, um tubo de raios-X emite um feixe de radiação de forma laminar e de espessura muito fina, da ordem de milímetros, que atravessa o paciente indo sensibilizar um conjunto de detectores. Estes, por sua vez, se encarregam de transmitir o sinal em forma de corrente elétrica de pequena intensidade a um dispositivo eletrônico responsável pela conversão dos sinais elétricos em dígitos de computador.
 Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem anatômica, múltiplas projeções são feitas a partir de diferentes ângulos. O computador de posse dos dados obtidos nas diferentes projeções constrói uma imagem digital representada por uma matriz. Cada elemento de imagem da matriz (pixel) se apresentará com um tom de cinza correspondente à sua densidade radiológica. Estruturas com alta densidade radiológica, como por exemplo os ossos, se apresentam “claros” na imagem tomográfica, o ar, pela sua baixa densidade, se apresenta escuro”. A escala proposta por Hounsfield e largamente utilizada nos equipamentos atuais, associa as densidades das diferentes estruturas anatômicas a um grau específico na escala de cinza.
 Características do Método
 1 .– A Tomografia apresenta feixe de aspecto laminar e em forma de leque.
 2. – A aquisição das imagens ocorre no plano do “gantry” o que, 
 primariamente, gera cortes transversais ao plano do corpo. 
 3. – A imagem final é digital e pode ser facilmente manipulada por softwares.
 4 .– Quanto maior a matriz melhor será a resolução da imagem. 
 O método tomográfico: Após múltiplasprojeções um sistema
 computadorizado reconstrói imagens transversais do corpo.
A Imagem em Matriz.
 Por matriz, entendemos um arranjo de linhas e colunas. 
 A imagem tomográfica é uma imagem matricial onde, o arranjo das linhas e colunas, formam os elementos de imagem denominados individualmente pixel, que é, por sua vez, a área resultante da interseccão das linhas com as colunas. A espessura do corte forma a terceira dimensão e, está relacionada à profundidade do corte. O volume formado pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel.
 Nos tomógrafos atuais a matriz usual possui alta definição e dimensões de 512 linhas x 512 colunas. O primeiro tomógrafo EMI possuia matriz de resolução 80 x 80.
 Representação do Voxel
 Imagem matricial - Pixel ( Elemento de imagem )
 Voxel ( Volume de imagem )
 
Como os sinais provenientes dos detectores são transformados em imagem?
 Para que a imagem de tomografia possa ser reconstruída de forma a demonstrar as estruturas em sua forma real, faz-se necessário, múltiplas tomadas de dados em diferentes ângulos de projeção. A partir dos dados obtidos em cada leitura o computador interpreta o grau de densidade dos diferentes tecidos atribuindo a cada um o valor correspondente de uma escala de cinzas. O resultado final é apresentado pelos pixels que formam a imagem tomográfica.
 Cada voxel representa a unidade de volume da imagem, considerando a espessura do corte, e apresenta coeficiente de atenuação linear específico.
Gerações de TC
 1ª Geração.
 
 O tomógrafo de primeira geração, como o primeiro apresentado à sociedade científica nos anos de 1972 por Godfrey N. Hounsfield, apresentava as seguintes características:
Feixe de radiação muito estreito, medindo aproximadamente 3 X 13 mm, que fazia uma varredura linear sobre o objeto coletando informações de 160 feixes distintos. Feita a primeira varredura o tubo sofria uma rotação de 1 grau para iniciar nova varredura e coletar as informações de outros 160 feixes na nova projeção. Esse processo se repetia por 180 vezes e, assim, obtinha-se informações do objeto em 180 projeções diferentes , com variações de 1 grau em cada projeção e coleta de dados de 160 feixes por projeção. O tempo de aquisição de um corte tomográfico era de aproximadamente 5 minutos e um estudo completo durava muitas vezes mais de uma hora.
 2ª Geração.
 O equipamento de 2ª geração trouxe como inovação a aquisição de dados a partir de um conjunto de detectores, reduzindo drasticamente, o tempo de aquisição das imagens. Nestes equipamentos o feixe passou a ser laminar e, em forma de leque, de forma a cobrir o conjunto de detectores variáveis entre 20 e 40 dependendo do fabricante. 
 O princípio de aquisição das imagens era semelhante aos equipamentos de primeira geração, com múltiplas projeções defasadas de movimento de rotação da ordem de 1 grau até perfazer um total de 180 projeções. Nos equipamento de 2ª geração os tempos de aquisição dos cortes ficaram reduzidos a menos de 1 minuto, com um substancial ganho em relação aos equipamentos de 1ª geração. Hoje, estes equipamentos, estão proibidos de operarem no mercado por apresentarem taxas de doses não compatíveis com os níveis admissíveis.
 
 
 Primeira Geração Segunda Geração 
 3ª Geração
 
 Os equipamentos de terceira geração apresentaram uma evolução significativa. Nestes equipamentos, eliminou-se o que conhecemos por varredura linear. A partir de então, os tubos pararam de fazer varredura a cada grau e passaram a fazer movimentos de rotação contínuos ao mesmo tempo em que se fazia a coleta dos dados. Um conjunto de detectores com aproximadamente 600 unidades, suficientes para coletar os dados de um feixe largo de radiação, girando sincronicamente com o tubo de raios-x, pôde reduzir os tempos de aquisição dos cortes para algo em torno de 2 à 5 segundos por imagem. O processamento das imagens pelo computador também foi sensivelmente reduzido, variando entre 5 e 40 segundos.
 Os tomógrafos de terceira geração ainda ocupam grande parte dos serviços de diagnóstico por imagem, embora, estejam sendo gradativamente substituídos pelos chamados TC helicoidais.
 4ª Geração 
 Uma quarta geração de equipamentos de TC surgiu com um conjunto de detectores distribuídos pelos 360 graus da abertura do gantry, ocupando assim, todo o anel. A principal inovação observada a partir desses equipamentos foi a introdução da tecnologia Slip-ring. 
 O slip-ring constitui-se de um anel de ligas especiais, que fornece a tensão primária ao anodo e ao catodo do tubo de raios-x, sem a conexão de cabos. Um sistema de escovas em contato com o slip-ring leva as informações previamente ajustadas pelo operador do sistema, particularmente no que se refere às doses de exposição.
 A ausência de cabos permitiu o giro contínuo dos tubos numa única direção e agilizou o processo de aquisição e processamento das imagens. 
 Houve uma melhora significativa na estabilidade dos detectores, mas o seu alto custo, inviabilizou a sua produção.
 Poucas unidades desta geração foram comercializadas.
 Terceira Geração Quarta Geração
O Sistema Helicoidal ( ou espiral )
 O Tomógrafo helicoidal sucedeu o equipamento de 4 ª geração, tendo associado a tecnologia slip-ring, que permitiu a rotação contínua do tubo, ao deslocamento simultâneo da mesa. Os cortes tomográficos são obtidos com a mesa em movimento, de forma que, as “fatias “ não são necessariamente planas mas, na forma de hélices, enquanto que, o método de aquisição, se assemelha a um modelo espiral.
 Um sistema de computação moderno e mais potente serviu de base para que o método ganhasse em agilidade. Tornou-se possível, por exemplo, a realização de exames do crânio em menos de 20 segundos, quando, em um aparelho de 3ª geração, o tempo médio é de cerca de 3 minutos.
 A tecnologia helicoidal reduziu de forma drástica o tempo de realização dos exames. Novas técnicas foram implementadas e, com isto, o potencial diagnóstico do método foi sensivelmente elevado. 
 Novos conceitos foram introduzidos, destacando-se: Revolução, Pitch e Interpolação.
REVOLUÇÃO : Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. Nos TCs helicoidais o tempo de revolução médio é de 1 segundo.
PITCH : Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Nas aquisições das imagens helicoidais com pitch de 1:1 , observamos que; a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução. Assim , se os cortes forem de 10 mm, para cada imagem a mesa se deslocará 10 mm.
 Se alterarmos a relaçao do Pitch para 2:1 a mesa se deslocará numa distância equivalente ao dobro da espessura do corte por revolução. Nessas circustâncias, podemos concluir que o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos. (Considerando-se um tempo de revolução de 1 segundo).
 Fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitchs de relação maiores que 1:1 , é que, a quantidade de radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida, aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa dose de exposição. 
 PITCH = Deslocamento da mesa
 Espessura de corte
 3. INTERPOLAÇÃO : A aquisição dos dados em TC helicoidal, gera imagens que, embora não perceptíveis ao olho humano, apresentam um aspecto em forma de hélice, resultado da aquisição espiral. Nos protocolos em que se faz necessário o uso de pitch acima da razão de 1:1, observa-se que, as imagens efetivas apresentam espessura maior que a nominal, resultado do incremento na aquisição espiral. No sentido de evitar que a espessura dos cortes apresentem variações muito amplas, alguns equipamentos fazem a aquisição dos dados em apenas 180 graus do movimento do tubo, interpolando dados nos próximos 180 graus, calculados pelo computador,. com base nas informações obtidas a partir da primeira parte da aquisição. 
 
 Tomografia Helicoidal Multi-Slice
 Os equipamentos helicoidais evoluiram principalmente em função da tecnologia slip-ring , tubos de raios-X mais potentes e, em função de ultra modernos sistemas computacionais.
 Na expectativa de aumentar ainda mais a capacidade de obtenção de cortes por unidade de tempo, surgiram os equipamentos helicoidais de tecnologia multi-slice. Esses equipamentos apresentam conjuntos de detectores pareados de forma a tornar possível a aquisição simultânea de vários cortes. No mercado encontram-se disponíveis modelos que permitem a obtenção de 4 à 12 cortes por revolução.
 A cada ciclo completo de rotação do tubo, ou revolução, pode-se optar pela aquisição de 1 ou tantos cortes quanto permitirem os detectores presentes.
 Os tomógrafos multi-slice trabalham com várias coroas de detectores pareadas, que podem, ou não, apresentarem as mesmas dimensões. Alguns fabricantes optam por conjunto de detectores de diferentes dimensões por entenderem que, desta forma, obtem-se maior estabilidade dos detectores em determinadas espessuras de corte. As coroas podem apresentar detectores que vão desde 0,5 até 10 mm. A possibilidade de obtenção de cortes com a espessura menor que 1 mm ( tecnologia sub-milimeter ) permite, no pós processamento das imagens, a obtenção de modelos de reformatações vasculares e tridimensionais de alta resolução.
 Outra característica notável dos tomógrafos multi-slice, está relacionado à velocidade com que o conjunto tubo-detectores gira no interior do gantry. Observa-se, em alguns equipamentos, revoluções de até 0,5 segundos ( tecnologia sub-second ). Este reduzido tempo permitiu novos estudos de tomografia com sincronização cardíaca. A sincronização cardíaca (gating), associado às pequenas espessuras de corte, possibilitou o estudo do coração com alta resolução anatômica, e melhor definição das patologias das artérias coronárias. 
 A obtencão de múltiplas imagens por segundo, permitiu o manuseio em tempo real das imagens de tomografia, abrindo assim, novos horizontes no estudo dinâmico dos vasos e nos procedimentos de biópsia.
 
 Múltiplos detectores Múltiplos cortes
O TUBO de RAIOS-X do TC
 Os tubos empregados em TC são bastante similares aos utilizados nos equipamentos radiológicos convencionais. Na constituição desses tubos, uma ênfase especial é dada a forma de dissipação do calor, uma vez que, esses tubos ficam sujeitos a uma maior frequência de exposição, exposições mais longas e, altas doses de exposição. A sua disposição no interior do gantry, particularmente no que se refere ao eixo catodo-anodo, ocorre de forma perpendicular ao seu movimento de rotação, evitando-se assim, a influência do efeito anódico.
 Os tubos de TC possuem, na sua grande maioria, dois pontos focais associados à filamentos de diferentes dimensões. O filamento menor é utilizado quando a potência não excede 20 KW . O filamento largo nas doses de alta potência. Alguns equipamentos, quando usam algoritmos para reconstrução de tecidos de alta densidade, utilizam, automaticamente, o pequeno filamento.
 Nos equipamento de 3ª geração, os tubos apresentam, em geral, uma vida média de cerca de 80.000 cortes. No equipamentos helicoidais e nos multi-slice, os tubos são projetados para apresentarem vida média de aproximadamente 500.000 cortes.
 
 DETECTORES
 Os detectores nos equipamentos de tomografia são tão importantes quanto o tubo de raios-X . As principais características dos detectores estão relacionadas com: Custo. Eficiência. Estabilidade e Velocidade.
 O custo dos detectores é o principal fator dos altos preços dos TC atuais.
 Distinguem-se basicamente dois tipos de detectores: Os de cristais luminescentes e, os de câmara de ionização:
 Detectores de Cristais Luminescentes:
 Esses detectores são formados a partir de cristais de Iodeto de Sódio acoplados à pequenas câmaras fotomultiplicadoras. Quando o feixe interage com esses cristais, uma pequena quantidade de luz é emitida na razão diretamente proporcional a intensidade da radiação incidente. Um tubo fotomultiplicador acoplado à estes cristais se encarrega de amplificar o sinal recebido transformando-o numa corrente elétrica de pequena intensidade. O resultado final é armazenado na memória do computador.
 Os detectores de cristais luminescentes são bastante eficientes, embora apresentem o inconveniente da fosforescência que ocasiona respostas não lineares para diferentes intensidades de radiações. Este problema se reflete principalmente entre tecidos de grandes diferenças de densidades como os ossos e o ar.
 Esquema : 
 RX cristal luz 
 S i n a l
 
 Cristal luminescente
 Detectores de Câmara de Ionização.
 Os detectores que usam câmara de ionização, são constituídos por pequenos tubos que possuem gás nobre em seu interior, frequentemente o xenônio, e que, em presença de radiação, sofrem uma ionização temporária, suficiente para fazer surgir uma pequena corrente elétrica que levará a informação ao computador. A corrente elétrica será proporcional à ionização gerada no interior do detector e reflete a intensidade da radiação residual na sua trajetória.
 Os detectores de câmara de ionização são mais simples que os de cristais luminescentes, mas não mais eficientes, devida a baixa quantidade de moléculas de gás no seu interior, no entanto, estes detectores apresentam melhor reposta às variações na intensidade linear entre diferentes estruturas.
 Esquema: 
 Raio X ionizaçãosinal
 Ionização do xenônio
 A Reconstrução das imagens
 A tomografia é um método que mede a intensidade da radiação residual após um feixe ter interagido com um órgão ou objeto e ter sensibilizado um detector. 
 A Intensidade de Radiação Residual compreende: a radiação incidente menos a radiação absorvida pelo objeto e pode ser obtida segundo a equação:
 
 -x
 N = No . e 
 Onde: N = Intensidade de Radiação Residual
 No = Intensidade de Radiação Incidente.
 e = Base do logaritmo natural ( 2.718 )
  = Coeficiente de atenuação linear
 x = Espessura do objeto.
 Considerando que a imagem tomografica é formada por “n” pequeninos blocos de imagem correspondentes a cada voxel da matriz, a equação se torna mais complexa a medida que as matrizes vão apresentando melhor resolução. Num equipamento atual que trabalha com matriz 512 x 512 a equação poderia ser assim rrepresentada:
 - ( 1 + 2 + 3 + ..512 ) x 
 N = No . e 
 
 
 O número de equações utilizadas para reconstrução de uma imagem, aumenta em função do número de detectores do equipamento e, em função do número de projeções utilizadas na construção da imagem. Nos equipamentos atuais de matriz de alta resolução, são necessárias, muitas vezes, o emprego de 200.000 equações para a reconstrução de uma única imagem, daí a necessidade de um sistema de computação potente e veloz.
 Métodos de Reconstrução das imagens.
 O método matemático utilizado na reconstrução das imagens é denominado algoritmo. Basicamente três formas de cálculos são utilizadas para este fim:
 1. - Retro-Projeção.
 2. - O Método Interativo.
 3. - O Método Analítico.
 Retro-Projeção
 É um método teórico, não utilizado nos equipamentos atuais.
 Consiste basicamente na obtenção de imagens em diferentes projeções, com a correspondente somatória dos resultados obtidos em cada projeção. O resultado final apresenta a imagem real do objeto, contaminada pelo efeito das inúmeras projeções.
 Formação da Imagem por Retro-projeção: Obtenção da imagem de um objeto em forma de cruz ( figura ).
 Projeção 01 Projeção 02
 N1=2
 N2=4
 N3=8
 N4=4
 N5=2
 N6 N7 N8 N9 N10
 2 4 8 4 2
 Coef.Atenuação Linear 
 RETRO-PROJEÇÃO ( Somatória dos coeficientes ) 
	4
	6
	10
	6
	4
	6
	8
	12
	8
	6
	10
	12
	16
	12
	10
	6
	8
	12
	8
	6
	4 
	6
	10
	6
	4 
 
 O Método Interativo
 O método interativo considera um valor médio de atenuação para cada coluna ou linha da imagem. A partir deste pressuposto, compara os resultados obtidos com a média previamente estabelecida e, trata de fazer os ajustes necessários adicionando-se e subtraindo-se valores em densidades para cada elemento da imagem, até a sua reconstrução final. O primeiro equipamento de tomografia EMI utilizou este método para a reconstrução de suas imagens. Embora parecido com o método da Retro-Projeção, apresenta imagens mais nítidas, por eliminar as “contaminações”.
 O Método Analítico.
 É o método utilizado em quase todos os equipamentos comerciais.
 O método analítico ainda é dividido em dois métodos amplamente conhecidos entre os matemáticos:
– A Análise Bi-dimensional de Fourier.
 – Retro-Projeção filtrada.
– Análise Bi-dimensional de Fourier.
O método da análise bi-dimensional de Fourier consiste em analisar funções de tempo e de espaço pela soma das frequências e amplitudes correspondentes. Trata-se de um método complexo para os nossos conhecimentos, e que, foge ao escopo deste texto.
A vantagem do uso do método analítico pela análise Bidimensional de Fourier, reside no fato do computador poder trabalhar com maior velocidade, dado este relevante, em qualquer sistema de tomografia.
– Retro-Projeção filtrada.
O método analítico de retro-projeção filtrada é similar ao de Retro-Projeção, exceto, pelo fato de que, as frequências correspondentes ao borramento verificado na retro-projeção são eliminadas, tornando a imagem mais nítida. É um método utilizado em alguns equipamentos comerciais.
A Escala de Hounsfield
 
 Sendo a tomografia um método que mede a radiação residual, é também um método que avalia a densidade entre os diferentes tecidos. Assim, adota-se uma escala de densidades conhecida por Escala de Hounsfield, onde as unidades assumem valores pré-estabelecidos a partir da atribuição do valor zero (0) a densidade correspondente à agua. Tecidos com densidade maior que água assumem valores positivos e, os de densidade menor que a água, valores negativos. A escala de Hounsfield, assume valores entre –1000 ( ar ) até +1.000 ( chumbo ) .
 Escala de Hounsfield
 
 Unidades Hounsfield (HU) / Tecido
	 300 - 1000
	 Osso denso/cortical
	 100 - 200 
	 Osso normal
	 60 
	 Fígado
	 50
	 Pâncreas
	 36 
	 Parênquima Cerebral
	 20
	 Músculo
	 0
	 Água
	 -20 à - 80 
	 Gordura
	 . . . . . . . .
	 . . . . . . . . . . .
	 . . . . . . . . 
	 . . . . . . . . . . . 
	 -500 à -800 
	 Pulmão
	 - 1000
	 Ar
Nível da Imagem ( Window Level ) – WL 
Largura da Janela ( Window width) – WW 
 A documentação tomográfica é a última etapa do exame de tomografia computadorizada. Uma boa documentação, além de demonstrar zelo com o exame, pode ser decisiva para uma correta interpretação do estudo. As imagens devem ser documentadas levando-se em consideração qual o tecido de maior interesse (assunto) e, evidenciando-se, na medida do possível, o contraste da imagem.O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem ( Window Level ) e representado pelo valor WL. O contraste da imagem depende da amplitude da Janela (Window Width ) representado por WW. Janelas muito amplas apresentam imagem tomográficas acinzentadas e, portanto, de baixo contraste, mas podem representar fator de qualidade, na medida em que, um maior número de estruturas estarão presentes na imagem.
 Janela “Fechada” Janela “Aberta”
 Alto contraste Baixo contraste
 A Resolução da Imagem.
 A resolução ou, o grau de definição das imagens, está relacionada com a matriz utilizada. Quanto maior a matriz, melhor será a resolução , pois os pixels se apresentarão com dimensões reduzidas. 
 
 O Campo de Visão - FOV (Field of View).
 O campo de visão refere-se à área examinada pela tomografia. Normalmente o FOV é definido em centímetros. Assim, é normal estabelecer um FOV de 22 cm para o estudo tomográfico do crânio.
 Exemplos de Campos de Visão ( FOV):
	 Crânio
	 22 cm
	 Tórax
	 35 cm 
	 Abdômen 
	 40 cm
	 Joelho 
	 18 cm 
	 Face
	 14 cm 
	 Coluna 
	 14 cm 
 Problemas Comuns em Tomografia Computadorizada
O Efeito de Volume Parcial.
 Em tomografia, a imagem final representa a densidade correspondente de cada tecido através de uma escala de cinzas. Particularmente nas imagens com pouca resolução (matrizes baixas) um voxel pode ser representando numa tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. Isto pode acontecer, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um material de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta densidade. Os cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma tonalidade de cinza correspondente a de um tecido muscular, causando um artefato de imagem conhecido por efeito de Volume Parcial. Este efeito tende a ser reduzido nas matrizes de alta resolução.
Artefatos.
 Artefatos de anel ( Rings artifacts )
 Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está inicialmente relacionado com problemas nos detectores. Como os detectores necessitam de calibração com o “ar” para reconhecimento dos demais tecidos, ocasionalmente pode ocorrer de perderem os valores de referência, o que, ocasiona artefatos na imagem na forma de anéis. O primeiro procedimento do operador nestas circunstâncias é efetuar uma calibração nos detectores.
 A periodicidade com que devemos fazer essas calibrações varia de aparelho para aparelho. A maior parte dos equipamentos modernos admitem uma única calibração diária.
 Materiais de alta densidade. (Strike)
 Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis de bala, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação linear apresentados por estes materiais. 
 A presença desses artefatos pode ser atenuada a partir do uso de feixe de alta energia (120 / 140 kV), embora não possam ser evitados.
 Materiais de alto número atômico.
 Os materiais de alto número atômico tendem a ser comportar como os materiais metálicos e, produzir artefatos do tipo “Strike”. Os meios de contraste positivos como; o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados, ou, usados com critério.
 Ruído da imagem.
 O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos.
 Nessas condições, há que se aumentar a dose de exposição, pelo aumento da kilovoltagem, da miliamperagem ou do tempo de exposição.
 
Aspectos de Segurança.
O equipamento de Tomografia opera com raios-X e por isso requer os cuidados comuns de proteção radiológica previstos na Portaria 453 de 02/06/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O tubo de raios-X deve ser aquecido após 2 horas de inatividade (Warm-Up). Este procedimento prolonga a vida útil do tubo.
Após o aquecimento do tubo é conveniente, pelo menos uma vez ao dia, fazer a calibração dos detectores. Este procedimento evita o aparecimento de artefatos na imagem, especialmente, os do tipo anelar.
Nos equipamentos dotados de lâmpadas LASER para posicionamento do paciente, deve-se tomar o cuidado para não direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente.
O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser respeitado, evitando-se assim, danos à mesa de exames e problemas no seu deslocamento durante o procedimento.
Alguns equipamento são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem interromper a alimentação elétrica do conjunto gantry/ mesa. Estes mecanismos são particularmente importantes quando se observa a presença de fumaça, fogo, ou faíscas, nestes componentes.
Equipamentos que eventualmente apresentem problemas de desempenho do software, necessitam ser totalmente desligados (shutdown). Após algum tempo, levanta-se o sistema (startup ) e observa-se, se o problema foi solucionado.
 Não se obtendo resultado satisfatório, contata-se o fabricante. 
Cuidado especial deve ser dado às angulações do “gantry” durante os exames. Alguns pacientes podem ter parte do corpo pressionada pelo equipamento ou, até mesmo, apresentar fobia devida à proximidade do equipamento. Alguns fabricantes obrigam os operadores a fazer angulações somente no painel do gantry.
A postura correta do operador na operação do equipamento evita o aparecimento de doenças relacionadas às condutas inadequadas no trabalho, como a LER.
A posição do monitor deve estar na altura dos olhos do operador, numa distância entre 40 e 80 cm. Os pés devem ficar totalmente apoiados no chão ou em um suporte para este fim. As mão devem deslizar livres sobre o teclado de forma que os antebraços perfaçam um ângulo de aproximadamente 90 graus com os braços.
Um controle de qualidade periódico deve ser implementado, com ênfase na apuração da espessura de corte, resolução espacial, ruído da imagem, precisão da lâmpada LASER.
Normalmente os testes de controle de qualidade fazem parte dos equipamentos que, também, dispõem de “fantons” específicos para este fim.
 
Equipamento de Tomografia Computadorizada.
Modelo Hi-speed – CTi - General Eletric 
 O tomógrafo computadorizado modelo CTi - HiSpeed da General Eletric, é um sistema helicoidal dotado de tubo “Performix” e de detectores de cristais luminescentes tipo “Hi-light “. Apresenta um projeto moderno, voltado para aquisição rápida de imagens, permitindo a realização de exames em tempos extremamente curtos, garantindo alta performance no seu desempenho.
 O sistema está composto de: Gantry, Mesa de Exames, Mesa de Comando, Computador para processamento das imagens e o PDU ( Unidade de Distribuição de Força.)
Gantry 
O gantry é ocorpo do aparelho e contém:
Tubo de Raios-X “Performix”
Conjunto de Detectores
DAS ( Data Aquisition System )
OBC ( On-board Computer )
STC ( Stationary Computer )
Transformador do Anodo
Transformador do Catodo
Transformador do filamento
Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry.
Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry.
Dispositivo LASER de posicionamento.
Motor para rotação do Tubo .
Motor para angulação do gantry.
Mesa de Exames
Suporta paciente até 180 Kg. 
Movimento de elevação. 
Mesa de tampo deslizante
Mesa de Comando 
 
Monitor para Planejamento dos exames
Monitor para Processamento das imagens.
Mouse.
Trackball (Bright Box).
 
 
Computador para Processassamento das Imagens. 
 
IG – Image Generator
 - PDU ( Power Distribution Unit )
 
Alimentador do sistema.
O GANTRY.
 O gantry é o corpo do aparelho .
 No seu interior encontra-se o tubo de raios-X Performix , com potência de 48 kW, refrigerado a óleo e com duplo foco. O foco menor apresenta dimensões de 0.9 x 0.7 mm e o maior 1.2 x 1.2 mm
 O tubo está disposto transversalmente em relação ao gantry de forma que o efeito anódico fica anulado. A alimentação do tubo com alta tensão é feita a partir dos tanques de anodo e catodo que ficam estrategicamente colocados no interior do gantry e se movimentam com o tubo durante a realização dos cortes. Junto com os tanques encontramos ainda os inversores do anodo e do catodo responsáveis pela transformação da corrente alternada em corrente contínua. O filamento é alimentado por uma corrente de baixa tensão a partir de um terceiro tanque . 
 Um computador de bordo (OBC – On board computer) gira junto com o conjunto tubo-detectores e tem por função controlar o KV e o mA e ainda receber os dados coletados pelo DAS transferindo-os ao Processador de Imagens. 
 Um computador fixo localizado no interior do gantry o STC ( Stationary Computer ), é responsável pela interação dos comandos do painel de controle com sistema. O STC é responsável, entre outras funções, pelo controle da corrente que alimenta o Slip Ring, dispositivo que fornece a tensão primária aos tanques do catodo e anodo. 
 Os detectores do tipo “Hi Light” são constituídos de cristais luminescentes.
 Encontramos ainda no interior do gantry dois motores; um, reponsável pelo movimento de rotação de todo o conjunto envolvendo o tubo, os tanques, o OBC, Controlador do Filamento e o DAS, e o outro, responsável pela angulação do gantry. A angulação do gantry pode ser ajustada de um ângulo de 30 graus inferior à 30 graus superior.
 O dispositivo utilizado para estabelecer o “zero “ no posicionamento é constituído de um feixe Laser, e orienta o posicionamento nos planos mediosagital e coronal do paciente.
 
 
 Esquema dos Detectores
A MESA DE EXAMES
 A mesa é do tipo elevador, assumindo a posição mais baixa à cerca de 38 cm do solo, podendo alcançar uma altura de 93 cm. Apresenta tampo deslizante e é totalmente constituída de material radiotransparente.
 A mesa está dimensionada para suportar pacientes com até 180 kg, mantendo-se a eficácia de precisão nos deslocamentos. Possui suporte para exames de crânio e extensão de prolongamento, utilizada principalmente nos exames de abdômen e membros inferiores e, nos pacientes que são posicionados com os pés entrando primeiro (Feet First ).
A MESA DE COMANDO
 A mesa de comando está constituída de dois monitores de 20 polegadas. Um teclado alfa numérico com funções específicas para “start” dos “scans”. Dispositivos para movimento da mesa de exames e de comunicação com o paciente. Um mouse e um trackball . 
 Um dos monitores é responsável pelas funções de aquisição das imagens. Neste monitor pode-se acessar os protocolos dos exames previamente gravados através do mouse junto ao teclado. No decorrer do exame é possível acessar a página do planejamento onde, entre muitas funções, se permite alterar qualquer parâmetro de uma imagem que ainda não tenha sido adquirida ou, apenas observar tecnicamente as imagens que já foram realizadas. 
 O segundo monitor está destinado basicamente à visualização dos estudos e ao pós processamento das imagens. A partir deste monitor se faz toda a documentação do exame. Um software conectado à câmara laser permite a escolha da formatação do filme, a partir de onde, se procede a gravação das imagens.
 Após montado o filme com as imagens de interesse, um comando “print” é utilizado para a impressão do filme.
 
COMPUTADOR – Image Generator
 “Image Generator “ é um conjunto de dispositivos computadorizados localizados junto da mesa de comando que tem por finalidade a reconstrução das imagens adquiridas e recebidas do DAS e, em seguida, enviá-las para o monitor.
O método algoritmo utilizado é o da Transformação Bi-dimensional de Fourier.
 As imagens obtidas ficam temporariamente armazenadas em um Hard Disk, junto a mesa de comando, mas podem ser armazenadas em discos ópticos ou, ainda gravadas em CDs e discos de 3.1/2 polegadas no formato DICOM 3.0.
PDU – Power Distribution Unit
 O PDU é o dispositivo responsável pela alimentação do sistema de tomografia computadorizada. O Sistema de alimentação é trifásico e a tensão de 480 Volts.
 Visão geral do Gantry
 
Tampa Anterior Tampa Posterior 
O Exame Tomográfico.
 O exame tomográfico está indicado quando os métodos convencionais não se mostram eficazes na elucidação diagnóstica, ou ainda, na pesquisa de patologias específicas pré definidas. 
 Na fase que antecede o exame convém fazer uma entrevista com o paciente afim de se obter informações acerca das razões que levaram ao procedimento. A entrevista será importante para o planejamento do exame e auxiliará o radiologista nas suas conclusões diagnósticas. 
 Exames prévios relacionados com o estudo precisarão serem analisados e correlacionados com os dados obtidos, devendo ficar retidos para análise do médico radiologista. 
 Planejamento dos Fatores Técnicos
SCOUT : Plano: 0 grau 90 graus 180 graus.
 Tamanho: _____________________________.
SCANS : Modo: Axial Helicoidal Cine.
KV : 100 120 140. 
mA : 50 100 200.
Tempo de scan : 0,5 s 1 s 2s.
FOV ( Field of View ): ____________________.
ESPESSURA :___________________________.
INCREMENTO:_________________________.
INTERVALO ( Gap ) :____________________.
ÂNGULO DO GANTRY:__________________.
FILTRO: Soft Standart Detail Bone Edge LungModelo de Entrevista:
 Nome: ................................................................ R.G. ................................
 Data: ................................................................ Hora ..............................
 Endereço: ........................................................................................................ 
 Cidade:................................. Estado: .................. Fone: ..............................
 PESO:................. ALERGIA...... sim não
 Exame: ..........................................................................
 Dados Clínicos: ...............................................................................................
 ...........................................................................................................................
 ........................................................................................................................... 
 ...........................................................................................................................
 
 Anamnese: .......................................................................................................
 ...........................................................................................................................
 ...........................................................................................................................
 ...........................................................................................................................
 
 Exames Anteriores:
 CT : ..................................................................................................................
 RM : ..................................................................................................................
 RX : ..................................................................................................................
 MN : ..................................................................................................................
 US : ..................................................................................................................
 OUTROS:........................................................................................................
 Informações adicionais:............................................................................
 .....................................................................................................................
 São Paulo, / / .
 
 _______________ ________________ ________________
 Médico Tecnólogo Enfermagem
Entrevista p/ contraste 
( modêlo )
PREZADO (A):____________________________________ RG:_________________. 
 O CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DESTE HOSPITAL, COM O OBJETIVO DE OFERECER MAIOR SEGURANÇA AOS SEUS USUÁRIOS, TEM ADQUIRIDO OS MEIOS DE CONTRASTE MAIS ADEQUADOS DISPONIVEIS, O IODO EXISTENTE NA SUA FÓRMULA BÁSICA, ENTRETANTO, PODERÁ OCASIONAR REAÇÕES ALÉRGICAS OU DE
INTOLERÂNCIA SEGUNDO O GRAU DE SENSIBILIDADE DE CADA PESSOA. ATÉ O MOMENTO, NÃO HÁ TESTES ESPECIFICOS PARA AFASTAR POR COMPLETO O RISCO INERENTE AO SEU USO.
 EM ALGUNS EXAMES É NECESSÁRIO UTILIZAR UM MEIO DE CONTRASTE A BASE DE IODO POR VIA ORAL, RETAL OU VENOSA, REAÇÕES GRAVES SÃO MUITO RARAS E SEU EXAME SERÁ ACOMPANHADO POR PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS.
 SOLICITAMOS O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO ABAIXO, PARA VERIFICAÇÃO DE SEU POTENCIAL ALÉRGICO.
POSSUI ALGUM TIPO DE ALERGIA? SIM_____ NÃO_____ QUAL?__________________________.
REALIZOU ALGUM EXAME COM USO DE CONTRASTE
 IODADO? SIM_____ NÃO_____ 
(3) TEVE REAÇÃO ALÉRGICA AO CONTRASTE? SIM_____ NÃO_____ 
TEVE ALERGIA OU INTOXICAÇÃO A ALIMENTOS
 COMO: PEIXE,CAMARÃO E OUTROS FRUTOS DO MAR? SIM_____ NÃO_____ 
(5) TEVE ALERGIA A ALGUM MEDICAMENTO? SIM_____ NÃO_____ 
QUAL?__________________________.
(6) POSSUI URTICÁRIA OU ALERGIA DE PELE? SIM_____ NÃO_____ 
(7) TEM ASMA, BRONQUITE OU RINITE ALÉRGICA? SIM_____ NÃO_____ 
(8) É HIPERTENSO OU CARDIACO? SIM_____ NÃO_____ 
(9) TEM INSUFICIÊNCIA RENAL? SIM_____ NÃO_____
(10) É DIABÉTICO?. SIM_____ NÃO_____
(11) É PORTADOR DE MIELOMA MÚLTIPLO? SIM_____ NÃO_____ 
(12) ESTA GRÁVIDA? SIM_____ NÃO_____ 
SINTA-SE A VONTADE PARA PERGUNTAR O QUE ACHAR NECESSARIO.
ESTANDO CIENTE DESTAS INFORMAÇÕES, AUTORIZO A REALIZAÇÃO DO EXAME SOLICITADO.
 SÃO PAULO,
_____________________________________ ________________________
ASSINATURA DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL ENTREVISTADO POR:
Exames de Rotina em TC 
1 . Crânio
 A tomografia de crânio está indicada:
Nos Tumores do encéfalo.
Nos Processos Infecciosos.
Nas doenças vasculares.
Nas doenças degenerativas.
No Trauma crânio-encefálico.
Nas malformações
 
 A entrevista prévia do paciente será útil para a escolha adequada do protocolo a ser utilizado e para a viabilidade do uso de meio de contraste.
 O contraste na TC é utilizado sempre que há uma ruptura da barreira hemato-encefálica , como nos casos de tumores vascularizados e nos processos infecciosos ou, ainda, quando o objetivo for a contrastação de vasos arteriais e/ou venosos.
 O contraste utilizado é a base de iodo, sendo preferível os meios não iônicos,
devido a sua menor toxicidade. O volume a ser administrado é determinado pelo médico que supervisiona o exame. Normalmente o volume total não excede a taxa de 2 ml/Kg.
 No exame de crânio de rotina em um sistema helicoidal a taxa de 1 ml/kg é a mais utilizada. 
 Exemplo:
 paciente de 70 Kg Volume de contraste = 70 ml.
 O posicionamento pode variar entre diferentes serviços, no entanto, a convenção mais aceita, estabelece como parâmetro cortes paralelos à linha orbito-meatal.
 Os cortes da fossa posterior são em geral mais finos, variando entre 2 , 3 , e podendo chegar até 5 mm.. Com cortes desta espessura, reduz-se a magnitude dos artefatos produzidos pela massa óssea densa correspondente a porção petrosa do osso temporal. Os cortes supra-tentoriais são realizados em geral com 8 ou 10 mm.
 O planejamento abrange um número de cortes entre 15 e 20, indo do forame magno até o vértex cerebral. 
 Quando o exame for realizado em duas fases (sem contraste e com contraste), será importante manter o mesmo posicionamento do paciente antes e após a injeção do meio iodado.
 A documentação pode ser feita em dois filmes (um com a série sem contraste, o outro da série contrastada) , formatados com 20 exposições cada.
 É conveniente manter na primeira exposição o SCOUT com as linhas de referência.
 
 Documentação : 1 filme com 19 imagens + SCOUT( sem contraste )
 1 filme com 19 imagens + SCOUT (com contraste )
 1 filme c/ janela óssea (se necessário).
	/ / / / / / / / / / // / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Parênquima
	 36 
	 200 - 80 
	 Tecido ósseo
	 250
	 2000 
CT - Crânio
 Fig.1 - Posicionamento Fig.2 – Scout 
 
 Fig.3 – Base do crânio Fig. 4 – fossas posterior e
 Média.
 Fig. 5 – Ventrículos cerebrais Fig. 6 - Região Parietal.
 Plexos coróides. Linha média.
 O Crânio em cortes coronais.
 Eventualmente cortes coronais podem ser necessários para uma melhor elucidação diagnóstica.
 O posicionamento do paciente é semelhante à posição de HIRTZ utilizada na radiologia convencional. Alguns equipamentos permitem o posicionamento em decúbito dorsal. Neste caso, o paciente fica com a cabeça numa posição mais baixa em relação ao corpo. 
 Alguns pacientes sentem um desconforto importante no posicionamento coronal em decúbito dorsal. A posicão em decúbito ventral com o mento apoiado sobre um suporte radiotransparente (isopor) pode ser a alternativa. Em ambos os posicionamentos no entanto, se faz necessário angular o gantry para que os cortes se aproximem da perpendicularidade da linha órbito meatal. 
 Cortes de 5 mm - Incremento 5 mm .
 Fig. 7 – Decúbito Dorsal Fig. 8 – Decúbito Ventral
 
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Parênquima
	 40 
	 180 
	 Tecido ósseo
	 250
	 2000 
 2 . Seios Paranasais.
 Os exame tomográfico dos seios paranasais deve ser feito em dois planos. O axial e o coronal. O campo de visão deve estar ajustado às dimensões das cavidades paranasais. (Aproximadamente 15 cm). Os cortes axiais com 5 mm de espessura – Incremento 0 (zero) são paralelos ao palato duro e iniciam num plano abaixo dos recessos alveolares e ultrapassam o limite superior dos seios frontais (aproximadamente 20 cortes ).
 Os cortes no plano axial devem ser documentados com duas janelas; uma para as partes moles e a outra para o tecido ósseo.
 A série coronal deve preferencialmente ser obtida com o paciente em decúbito ventral, mento apoiado sobre material radiotransparente (isopor). Nesta posição torna-se possível elucidar eventuais níveis líquidos, comuns nos processos agudos.
 Os cortes coronais, a critério do médico radiologista, podem ser documentados com duas janelas (partes moles e ossos ) ou utilizando-se apenas uma janela intermediária. Os cortes no plano coronal frequentemente são de menor espessura que os axiais, 3 mm de espessura com 4 mm de incremento.
 Nas sinusopatias, rinites, e outras doenças comuns das vias aéreas, não se faz necessária a administração do meio de contraste. Estas patologias representam mais de 90 % das solicitações.
Planejamento: 
 SCOUT ( Axial / Coronal )
 Scout - Axial Scout - Coronal 
 Documentação: 
 Série Axial: 
1 filme p/ partes moles 
1 filme p/ ossos 
19 imagens por filme + SCOUT com referência.
 Seios Maxilares Seios Etmoidais
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Partes moles
	 30 
	 250 
	 Tecido ósseo
	 150
	 2000 
 Série Coronal:
1 ou 2 filmes com janela intermediária.
à 30 imagens ) 
 Janela óssea – Axial Janela Intermediária – Coronal
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Janela Intermediária
	 100 
	 1500 
	
	
	
3 . Sela Túrcica
 O exame da sela tem por objetivo a avaliação dos tumores que acometem a hipófise e as patologias que afetam a integridade do arcabouço selar. Os microadenomas e os macroadenomas são os tumores mais frequentes.
 O exame é feito no plano coronal. No exame da sela túrcica, devemos ter um cuidado especial no planejamento para evitar que os cortes passem no plano das obturações dentárias, o que causa artefatos do tipo “strike”. 
 O scout é feito em perfil com o paciente posicionado em decúbito dorsal ou ventral. A aquisição dos cortes é feita diretamente com meio de contraste A injeção deve ser rápida, preferencialmente com o auxílio de uma bomba injetora, a uma velocidade média de 2 à 3 ml / segundo. O volume a ser injetado é de 1ml / kg.
 O cortes são adquiridos em fase precoce, aproximadamente 15 segundos do início da injeção. A espessura dos cortes pode variar entre 1 e 3 mm.
 O FOV oscila entre 8 e 12 cm. 
 Documentação: 
 
 1 Filme c/ 12 exposições – Janela de parênquima.
 1 Filme c/ 12 exposições – Janela óssea.
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Parênquima
	 40 
	 180 
	 Tecido ósseo
	 150
	 2000 
4. Osso Temporal
 O osso temporal aloja as estruturas da orelha interna, média e externa.
 Os distúrbios de equilíbrio são freqüentes e podem estar relacionados com as porções média e interna da orelha. A TC do osso temporal está indicada nas seguintes patologias:
Neurinoma do acústico.
Tumores glômicos.
Colesteatoma. 
Otites média crônica e aguda
Labirintite.
 O estudo do temporal é feito em dois planos: Axial e Coronal. Nas pesquisas de tumores, a utilização de contraste iodado ajuda a definir as dimensões reais da massa. Nas otites e na labirintite, não há necessidade de uso de contraste, todavia, o radiologista poderá decidir pela sua administração se assim julgar conveniente.
 Os cortes devem cobrir toda a região da orelha média, com espessuras de 1mm a cada 1 mm de deslocamento (incremento = 1) . A porção mais posterior evidencia os canais semi-circulares do labirinto, particularmente o semi-circular posterior. A porção mediana destaca a imagem do vestíbulo e da cadeia ossicular. Na porção anterior evidencia-se a imagem da cóclea.
 Especial cuidado deve-se ter com o filtro utilizado no processamento das imagens pelo computador. Um filtro para tecido denso deve ser utilizado, considerando-se a alta densidade da porção petrosa do osso temporal. Nos equipamentos General Elétric o filtro utilizado é o EDGE, também empregado nas imagens das corticais ósseas.
 O posicionamento deve ser o mais simétrico possível, de forma que, se consiga obter num mesmo plano os dois meatos acústicos, pois o estudo do temporal é freqüentemente comparativo. No posicionamento do paciente, o profissional de radiologia deverá atentar para que a lâmpada de referência coincida bilateralmente com o “tragus” no pavilhão auricular. Este cuidado será fundamental para um exame de qualidade.No posicionamento coronal deve-se tomar os mesmos cuidados.
 Para as aquisições neste plano o paciente pode estar em decúbito ventral ou dorsal. Na opção pela escolha do posicionamento deve-se levar em consideração o grau de conforto e a estabilidade do paciente. 
 Não é fácil estabelecer uma assimetria das orelhas médias no plano coronal, por esta razão , é comum uma varredura além das estruturas conhecidas, posteriormente, reconstruindo-se um lado de cada vez com um campo de visão pequeno.
 A espessura de corte, a exemplo dos cortes axiais, deve também ser de 1 mm obtidos a cada 1mm de deslocamento da mesa.
Cortes Axiais Bilateral.
 Mastóides – Canais S.C. Sup. Orelha Média - MAI 
 Cóclea – Mesotímpano Cóclea – Hipotímpano
 Cortes Coronais – Unilateral
 
 Vestíbulo / C.S.C. Cóclea / Martelo
 Documentação:
 Plano Axial - 1 filme formatado em 20 - Janela de Osso Temporal.
 Plano Coronal – 1 filme formatado em 20 para cada lado do Temporal
 Janela de Osso Temporal.
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Janela p/ Osso Temporal
	 400
	 4000
	 Janela partes moles
	 40
	 200
 Total ( 3 filmes ).
 OBS: Se injetado contraste iodado, será necessário uma documentação de
 partes moles. Isto será especialmente importante nas pesquisas de
 neurinoma do acústico.
 5 . Face.
 O estudo da face está indicado principalmente nos tumores e nos traumas faciais. 
 O planejamento típico inclui dois planos; axial e coronal, com documentação em duas janelas, uma para partes moles e outra para ossos.
 No plano axial, os cortes de 5 mm de espessura vão, desde o mento até o frontal, paralelos ao plano do palato duro. Especial cuidado deve-se ter com os pacientes portadores de próteses fixas e obturações. Nestes casos, poderá ser necessário dois planejamentos, de forma a evitar que os cortes passem sobre os materiais de alta densidade. 
 O estudo no plano coronal preferencialmente deve ser feito no decúbito ventral, para que se demonstre eventuais níveis líquidos, especialmente nas cavidades paranasais. Neste plano os cortes vão desde o seio esfenoidal até os ossos nasais. A simetria no posicionamento será fundamental para a qualidade do exame.
 Cortes de 5 mm a cada 5 mm de espaçamento. 
 
 Documentação:
janelas no plano axial ( Ossos + Partes moles )
janelas no plano coronal ( Ossos + Partes moles )
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Janela p/ Ossos
	 150
	 2000
	 Janela partes moles
	 40
	 200
6 – Órbitas
 O estudo das órbitas é feito em dois planos; Axial e Coronal.
 Uma fase sem contraste no plano axial com cortes de 3mm de espessura com incremento de 3 mm. FOV entre 16 e 20 cm.
 Após injeção do meio de contraste são realizados cortes nos dois planos. O axial segue o mesmo planejamento da série sem contraste. No plano coronal os cortes vão desde o dorso da sela túrcica (região do quiasma) até o cristalino, em cortes de 3 mm de espessura com incremento de 3 à 5 mm.
 A documentação é feita com duas janelas (partes moles + ossos) em ambos os planos.
 Na pesquisa de trauma da região orbitária uma reconstrução tridimensional poderá enriquecer a documentação do exame. Nos tumores do nervo óptico, as reconstruções no plano do nervo óptico também são de grande valia. 
7 - Pescoço.
 O estudo do pescoço freqüentemente está relacionado com a pesquisa de tumores, gânglios, processos infecciosos e nódulos da tireóide. 
 A tomografia de pescoço é realizada diretamente com contraste iodado. Os vasos da região devem estar bem contrastados para diferenciá-los de eventuais gânglios ou nódulos. A injeção do meio de contraste deve ser feito em duas etapas ( 50 % do volume numa fase inicial e, após 1 minuto, injeta-se os outros 50%). Este procedimento é útil para demonstrar simultaneamente contraste nos vasos venosos e arteriais aumentando a especificidade do método.
 A injeção da primeira fase do contraste pode ser feita manualmente. Na segunda fase o meio deve ser injetado por bomba a uma velocidade de 2 ml por segundo. Inciam-se os cortes com 20 segundos da injeção em aquisição helicoidal.
 O volume médio de contraste é de 1,5 ml por Kg de peso. ( Ex.: Paciente de 70 kg = 100 ml ).
 Recomenda-se instruir o paciente no momento da aquisição dos cortes para que o mesmo evite engolir saliva.
 Documentação:
Em geral apenas janela de partes moles.
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	
	
	
	 Janela partes moles
	 40
	 200
- Tórax.
 O estudo do tórax na tomografia computadorizada é o método de escolha no diagnóstico diferencial das patologias que afetam o parênquima pulmonar e, particularmente, o interstício. É também um método altamente eficaz no estudo dos grandes vasos, tromboembolismo pulmonar, processos infecciosos e tumores em geral.
 Principais objetivos do exame do Tórax na T.C.:
Análise do parênquima pulmonar.
Análise da distribuição vaso-brônquica.
Análise das estruturas mediastinais e hilares.
Análise dos grandes vasos e área cardíaca.
Pesquisa de tromboembolia.
Integridade do arcabouço ósseo.
A tomografia do tórax pode ser tecnicamente dividida em: 
Tórax Rotina. 
Tórax em Alta Resolução. 
Estudo de vasos. 
Estudo de tromboembolia pulmonar (TEP)
 
O exame de rotina.
 O tórax rotina está indicado no estudo geral da região, especialmente quando o paciente não tem definido o quadro da sua patologia, também nos “ Check-ups” e nos rastreamentos de metástases. 
 A critério do radiologista poderá ou não ser realizado com meio de contraste iodado. 
 Os cortes são feitos com aproximadamente 10 mm de espessura a cada 10 mm (incremento 10 mm) em aquisição helicoidal e, preferencialmente, numa única apnéia.
 A varredura inicia-se no plano superior aos ápices pulmonares e ultrapassa os recessos costo-frênicos. Neste nível observamos com freqüência as glândulas supra renais, que, muitas vezes, é a referência para a conclusão do estudo. 
 A fase contrastada é feita normalmente com o mesmo planejamento utilizado na fase sem contraste.
 O volume de contraste em média é de 1,5 ml por kg de peso. Deve ser administrado por meio de bomba injetora a uma velocidade de 2 à 3 ml por segundo. Os cortes tomográficos são adquiridos aproximadamente com 30 segundos do início da injeção.
 
 Posicionamento Scout c/ planejamento.
 Região dos ápices Região supra-aórtica 
 Arco aórtico Câmaras / Grandes vasosA documentação do exame é feita com duas janelas. Uma voltada para mediastino (partes moles) e outra para o parênquima pulmonar (pulmão) . Na suspeita de lesões ósseas, uma terceira documentação com janela específica deve ser acrescentada.
 Janela de “pulmão “ Base dos pulmões.
 Documentação:
 Fase sem contraste:
 - Janela para mediastino (partes moles ).
 
 Fase pós contraste:
Janela para mediastino (partes moles).
Janela para parênquima pulmonar.
Janela para ossos ( se necessário ).
Exemplos de “janela “.
	/ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
	 Nível - WL 
	 Janela - WW
	 Parênquima pulmonar
	 - 800
	 2.000
	 Mediastino
	 30
	 300
	 Ossos
	 200 
	 2000
	
	
	
 OBS: Alguns serviços adotam no exame de rotina do tórax uma fase única
 diretamente com contraste.
Tomografia Computadorizada do Tórax em Alta Resolução ( TCAR )
 As patologias que afetam exclusivamente o parênquima pulmonar e , particularmente, o interstício, são melhores demonstradas no estudo pulmonar em alta resolução , técnica conhecida pela sigla TCAR.
 Nesta técnica, realizam-se cortes de espessura muito reduzida, normalmente de 1 mm, com espaçamento a cada 10 mm., cobrindo toda a região pulmonar (aproximadamente 25 / 30 cortes). Utiliza-se filtro específico de
parênquima pulmonar (LUNG).
 A documentação deste exame deve ser feita de forma a se colocar em evidência os detalhes do interstício e os da trama vaso-brônquica através de fotos ampliadas.
 Usualmente formata-se o filme 35 x 43 em 6 quadros ou no máximo 9 quadros. A documentação é feita exclusivamente com janela de pulmão. 
Estudo dos grandes vasos.
 O estudo do coração e dos grandes vasos da base como: a artéria aorta, a artéria pulmonar e as veias cavas, constitui-se num segmento à parte do estudo torácico.
 Com o advento dos novos recursos gráficos, que possibilitou a reconstrução de modelos tridimensionais em alta definição dos vasos impregnados por contraste , tornou-se importante a administração deste meio, através de bomba injetora e, com velocidade rápida de infusão. Administrando-se de 2 à 4 ml por segundo, obtém-se uma contrastação uniforme do principais vasos. Convém fazer a aquisição com cortes de pequena espessura, normalmente de 3 à 5 mm, em modo helicoidal. A aquisição no modo helicoidal permite que os cortes possam ser reconstruídos a incrementos menores do que a espessura do corte. Este procedimento é especialmente útil quando há interesse na reconstrução de modelos tridimensionais ou para técnicas de navegação no interior dos vasos. 
 Cortes finos produzem melhores modelos de reconstrução, no entanto, este procedimento aumenta a dose de exposição no paciente e também o tempo total de aquisição das imagens. Se o tempo total for demasiadamente longo, poderá não haver uma contrastação uniforme dos vasos.
 A pesquisa de aneurisma da aorta é comum em tomografia.
 Neste exame, o planejamento dos cortes começa no plano imediatamente superior ao arco aórtico e ultrapassa os limites da área cardíaca. O contraste deve ser injetado por bomba com velocidade aproximada de 3 ml por segundo. Os cortes devem ser adquiridos com 30 segundos do início do contraste utilizando-se de técnica helicoidal e com o paciente mantendo-se em apnéia. 
 Após a aquisição da fase principal do exame, convém acrescentar cortes de forma a cobrir o restante dos campos pulmonares. 
 Documentação:
 Janela de mediastino.
 Janela de parênquima pulmonar.
 Filme especial em documentação tridimensional.
Técnica para Tromboembolismo Pulmonar ( TEP )
 O estudo de TEP , requer cortes finos de 3 mm de espessura ( máximo de 5 mm ) cobrindo desde a região superior ao arco aórtico até a base dos pulmões em aquisição helicoidal. 
 Os trombos podem ser pequenos e estarem comprometendo pequenos segmentos do tórax, às vezes, de difícil interpretação.
 Os cuidados com a injeção do meio de contraste são os mesmos utilizados no estudo dos grandes vasos. 
 Da mesma forma o exame deverá, após a fase principal, ser complementado com uma varredura do restante do parênquima pulmonar.
 Os cortes obtidos deverão ainda serem reconstruídos com incrementos de aproximadamente 50% da espessura.
 Documentação ( duas janelas ) 
Janela para mediastino.
Janela para parênquima pulmonar.
Reconstrução tridimensional. 
8. ABDÔMEN
 
 As principais patologias que afetam a morfologia do sistema digestório podem ser ricamente demonstradas através da tomografia computadorizada helicoidal, assim como, as alterações vasculares desta região.
 Os tumores , doenças inflamatórias, doenças oclusivas, cálculos e as alterações nas paredes e cavidades intestinais, são as principais patologias pesquisadas.
 Para um resultado satisfatório neste tipo de exame é fundamental um preparo prévio do paciente. Este preparo inclui, desde uma limpeza do intestino por meio do uso de laxantes, que começa ainda na casa do paciente, até a administração do meio contraste por via oral e/ou retal na fase que antecede propriamente o exame. 
 
 O Preparo do paciente:
 Preparo Prévio: ( rotina mais comum) :
12 horas antes do exame : Laxante. ( limpeza da cavidade ). 
 
4 horas antes do exame: Jejum absoluto.
 - 1 hora antes do exame: Administração por via oral do meio contraste
 iodado diluído. 5 copos de 200 ml.
 ( 1 copo a cada 15 minutos).
 * A diluição do contraste oral é de 20 a 40 ml de iodo a 60 % em 1 litro de água.
 
Rotina do exame de Abdômen Total
Um copo de contraste oral (200 ml) deve ser administrado no momento em que o paciente é posicionado no equipamento. Este contraste será importante para evidenciar a parede gástrica interna. 
 - Contraste retal
Se for prescrito pelo radiologista o contraste retal deve ser feito no início do exame, imediatamente antes da aquisição dos cortes. A administração do meio é feita por meio de infusão direta de aproximadamente 250 ml de soro fisiológico contendo 10 ml de contraste iodado.
Injeção E.V. de contraste iodado.
 
 
 O acesso venoso deve ser suficiente para permitir a infusão de grande quantidade de contraste em tempo relativamente curto. A velocidade média da injeção é de 2 à 3 ml por segundo. O volume a ser injetado varia em função do peso do paciente, na razão média de 1,5 à 2 ml por kg de peso. 
 Injeções rápidas produzem desconforto, podendo levar o paciente a sentir forte calor e náuseas, muitas vezes acompanhadas de vômitos, no entanto, na maior parte dos casos, a injeção rápida será imprescindível para elucidar o diagnóstico. 
Seqüência de Aquisição das imagens:
 1 Fase pré-contraste E.V.: Aproximadamente 24 imagens no abdômen superior, 
 varrendo-se desde as cúpulas diafragmáticas até a bifurcação da artéria

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