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Radiação Dispersa Física Aplicada a Radiologia 28 de Novembro de 2013 Escola Paulo Freire Técnico em Radiologia Introdução • Quando os Raios X interagem com a matéria, para formar uma imagem, eles podem ser ABSORVIDOS, TRANSMITIDOS ou ESPALHADOS. ⦿ A Radiação transmitida após passar pelas estruturas e ter diversas absorções formam a “sombra” que será projetada sobre o écran e formará a imagem radiográfica. ⦿ ⦿ Nem toda radiação que interage com o objeto será útil na formação da imagem, uma parte será espalhada pelos átomos que compõe o objeto, esta radiação secundária é também conhecida por RADIAÇÃO DISPERSA. Efeito no Contraste do Sujeito • A radiação dispersa é uma fonte capaz de expor o filme, o que é inconveniente porque não contribui para a formação da imagem útil. • Ao contrário, ele produz uma intensidade de raios X que se sobrepõe à imagem aérea. A conseqüência desta intensidade de revestimento é o de reduzir o contraste do sujeito, ou seja, de reduzir a proporção de intensidades de Raios X entre as estruturas vizinhas na imagem aérea. Fontes de Radiação Dispersa • A principal fonte de Radiação dispersa é o volume irradiado, segundo a relação: “Quanto maior o volume irradiado, maior é a intensidade de radiação dispersa produzida”. • No caso das partes do corpo consideradas pesadas, tais como o abdômen, a intensidade de radiação dispersa pode ser 10 ou mais vezes maiores que a radiação primária atenuada. Redução da Radiação Dispersa • Limitação do Feixe: O feixe primário deve ser limitado a um tamanho e forma que cubra precisamente a área de interesse diagnóstico. As áreas não irradiadas não contribuem para a dispersão nem para a dosagem do paciente. 1. Diafragmas de Abertura: Consistem em lâminas de chumbo com aberturas retangulares, quadradas ou circulares colocadas no feixe de Raios X perto da janela do tubo. Redução da Radiação Dispersa 2. Cilindros: São tubos metálicos que podem fornecer campos retangulares ou circulares. 3. Dispositivos Limitadores de Abertura Variável: São dispositivos que contém placas de chumbo ou obturadores que podem ser ajustados para modificar o campo da área irradiada. Redução da Radiação Dispersa • Dimensões do Campo Projetado Onde: X= é a largura do campo projetado no chassi; A= é à distância da fonte ao plano do receptor de imagem; R= é a largura da abertura do dispositivo limitador de feixe; C= é a distância entre a fonte e a abertura menor ou de controle do dispositivo limitador de feixe. Ex: A = 105 cm, R = 10 cm, C = 30 cm. Usando a fórmula, o diâmetro do campo projetado seria: Chassi Redução da Radiação Dispersa • Grades: grade é um dispositivo formado por tiras alternadas de chumbo e material espaçador radiotransparente (fibra ou alumínio) que é escolhido para ter baixa absorção de Raios X. As tiras de chumbo absorvem radiação dispersa aleatória enquanto que os espaçadores permitem a passagem do feixe primário. Redução da Radiação Dispersa 1. Índice de Grade: É a relação entre a espessura das tiras de chumbo a e espessura dos espaçadores. Por exemplo, se a espessura da tira de chumbo é 8 vezes maior do que a largura dos espaçadores, o índice de grade é 8:1. Mantendo todos os fatores constantes, quanto maior for o índice de grade, mais radiação dispersa esta absorverá. Redução da Radiação Dispersa 2. Enfoque e Desenfoque da Grade: ponto focal do tubo deve coincidir com o foco radial e o RC do feixe deve atravessar o centro da grade de maneira perpendicular. Quando isso não acontece ocorre o desenfoque. O desenfoque é a diminuição progressiva da intensidade dos raios X transmitidos devido ao aumento do desalinhamento do feixe primário em relação às tiras laterais. O desenfoque pode também ocorrer se o tubo estiver inclinado lateralmente com relação à grade. Redução da Radiação Dispersa 3. Efeito da Exposição: Ao introduzir uma grade devemos aumentar a exposição para compensar a perda de intensidade e este aumento vai depender de seu índice e da parte do corpo radiografado. Quanto maior for o índice de grade maior será a exposição, mantendo-se todos os fatores constantes. Redução da Radiação Dispersa – Espaço de Ar (Air Gap): Quando o paciente está perto do receptor de imagem, muita radiação dispersa será transmitida ao receptor. Quando o paciente se afasta do receptor, a quantidade de radiação dispersa que o atinge é reduzida. Obs: • Ampliação da imagem • Borrosidade Geometrica. Redução da Radiação Dispersa – Compressão: Comprimir o objeto durante o exame pode oferecer algumas vantagens: • Aumenta o Contraste do sujeito devido a redução do volume irradiado; • Reduz a borrosidade causada pelo movimento; • Reduz a borrosidade geométrica, pois reduz a distância entre o objeto e o chassis Redução da Radiação Dispersa – Dispersão Invertida: Outros elementos que estão na direção do feixe também contribuem para a dispersão de Raios X, como por exemplo: a mesa, o compartimento de filme, etc. A radiação que emerge por detrás do plano de imagem pode dispersar e voltar à imagem. Chamamos a isto como dispersão invertida. Para reduzir esta dispersão limitamos o campo de atuação do feixe somente a área do chassi e de interesse diagnóstico. Radiação Extra Focal • A radiação extra focal é a radiação emitida de qualquer parte do tubo de raios X que não seja do ponto focal. Elétrons dispersos e não focados no ponto de foco são responsáveis pela radiação extra focal. ⦿ Ela pode causar borramentos e com isso a perda de contraste. Radiação Extra Focal • Podemos reduzir esta radiação de duas maneiras: a) Inserindo um diafragma de abertura o mais próximo possível do ponto de foco; Ecrans Intensificadores Fluorescentes • Os Raios X causam fluorescência em certas substâncias (fósforo), fenômeno este responsável por sua descoberta. • Os écrans são transformadores de energia porque permitem a conversão de fótons de Raios X em fótons de luz azul ou verde e também podem multiplicar a quantidade de fótons recebidos (intensificadores) deste modo reforçam a impressão sobre o filme radiográfico. Ecrans Intensificadores Fluorescentes • Características do Elemento Fósforo (P) – Alta absorção de raios X; – Alto rendimento de conversão; – Ter um espectro de emissão de luz adequado; – Adaptabilidade aos processos de fabricação; – Capacidade de resistir variadas condições ambientais como por exemplo o calor e a umidade; – Não deve apresentar luminescência residual (fosforescência) ou demora de atividade. Ecrans Intensificadores Fluorescentes • Intensificação do Efeito Fotográfico Raios X Por serem mais espessos e mais absorventes, eles extraem mais fótons de raios X do feixe, multiplicando essa energia em centenas de fótons de luz que são mais facilmente absorvidos pelo filme. A combinação de fatores permite que a exposição seja reduzida. As vantagens de se reduzir a exposição são: – Diminuição da borrosidade devido ao movimento do paciente; – Redução da dose absorvida em pacientes e profissionais (por radiação dispersa); – Maio tempo de vida útil para o tubo de Raios X; – Maior flexibilidade na seleção de quilovoltagem o que permite um melhor ajuste do contraste do sujeito; – Diminuição da borrosidade geométrica.
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