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História da Arte Gótica

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HISTÓRIA DA ARTE GÓTICA 
A origem do nome gótico remonta a autores como Giorgio Vasari, Filarete, e Moliére, derivando do nome “godo” (povos bárbaros). 
O movimento de reabilitação do gótico começa na Inglaterra e Alemanha no séc. XVIII, tendo reflexos imediatos na França. 
Nas obras de arte gótica, o nome do encomendador é o que aparece normalmente, aparecendo o nome do artista em forma de sigla ou monograma. 
Tendo em conta o contexto em que surge este estilo artístico, sabemos que na França (em comparação com os outros países), o rei não tem tanto poder, não tendo poder, p.e., sobre os senhores feudais e seus territórios. Já em Portugal, essa autoridade régia é precoce. Ora, o objetivo seria, então, a centralização do poder nas mãos do rei. Isto iria ser feito através de ligações com senhores feudais. 
A arte gótica começa em França e alastra-se pelo resto da Europa, tendo, no seu país de origem , um caráter totalitário e soberano, pois, tal como já foi dito, os bispos passam a ser aliados ao rei (centralização do poder). 
As cidades vão ser, assim, palco da construção de catedrais. 
Aproveitando o facto dos territórios germânicos se encontrarem divididos, a França e Inglaterra emergem como grandes potências europeias, trazendo consequentemente, um grande crescimento urbano, e consequência de tal, a construção de catedrais, que, por sua vez, trazem um desenvolvimento da arte gótica. 
Começam a surgir escolas e universidades nessas mesmas catedrais. O entendimento que os homens têm da natureza altera-se, devido à explicação pela razão. A natureza já não precisa de ser associada a algo mau (Adão e Eva no Paraíso). 
França e o Gótico Inicial 
Real Abadia de Saint-Denis 
Para melhor compreender esta abadia, é necessário referir o abade da mesma na época - Abade Suger. Este abade era um homem de raízes humildes, com grande importância em variadas vertentes para além da religião. Consegue trazer os bispos de França para o lado do rei, influenciado o crescimento do poder monárquico. Para além disso, tenta aproximar a monarquia à imagem do antigo imperador Carlos Magno, escrevendo a monarquia como similar à carolíngia, e afirmando que as relíquias trazidas da Terra Santa por Carlos Magno estavam nesta abadia. É considerado por muitos “o pai da monarquia francesa”, devido, entre outros, ao referido acima. 
A cabeceira de Saint-Denis é considerada por muitos o início do gótico. Tudo nesta abadia é de excelente qualidade, incluindo o pavimento, que ainda hoje é o mesmo. Surgem aqui pela primeira vez combinados, o arco apontado e a abóbada de ogiva (já existiam noutros locais separadamente).
Nesta época, a beleza era vista não só como uma questão de estética mas também de filosofia, existindo uma interpretação simbólica da luz e simetria, por exemplo. Tomando o exemplo da cabeceira: detém de beleza estética, mas também tem um impacto simbólico. Os capitéis ainda eram muito inspirados no clássico. 
A narrativa encontra-se presente no vitral, existindo, nas rosáceas, criaturas fantásticas (muito relacionado com a crença da época). Nos capitéis, também encontramos representações destas criaturas, tanto como nos mosaicos. O mosaico utilizado ainda é bastante semelhante ao do mundo romano. 
Arquivoltas, capitéis, tímpano: tudo decorado com histórias. 
Era necessário um discurso político e imagético que mostrasse aos súbditos que os reis aí sepultados derivam dos reis do Antigo Testamento. 
Não sei se faltam aqui apontamentos de uma aula (2ª semana)
Catedral de Laon, c. 1160-1235
fachada tripartida; 
rosáceas; 
tímpanos decorados; 
2 torres na fachada, arcos de volta perfeita (o que remonta ainda ao romano); 
figuras de bois : trata-se de uma particularidade desta catedral. Poderemos ver tal representação como uma homenagem a estes animais, visto que eram estes que carregavam todas as pedras para construção do edifício; 
coruchéu com agulha (atualmente não existente) colocado em 1250; 
caderno de desenhos de Villard de Honnecourt (1200-1250) contém um desenho desta catedral, onde são destacados os dois (mais uma evidência da particularidade); 
Portais da fachada ocidental : 
 mostra bem a passagem do românico para o gótico primitivo; 
representação da coroação da virgem:[0: Nota: a virgem aparece representada muitas mais vezes que Jesus Cristo. A importância da virgem como personagem feminina e como “origem da criação”. ]
 → portal central da fachada ocidental da catedral de Notre-Dame de Laon (1140/45-1150) 
→ tamanho = importância das personagens
→ gótico inicial (meados séc. XII - inícios séc. XIII) 
→ representação de casas para dar sensação que se passa numa cidade real
→ alma da virgem recebida por anjo 
→ composição do ponto de vista cenográfico, teatral 
→ representação do rei Salomão, visto como rei construtor. O facto de ser construtor era uma característica que os reis medievais valorizavam e visavam ter, de forma a aumentar o seu poder.
dormição da virgem. 
juízo final: 
→ porta sul da fachada ocidental da catedral de Laon
→ representação dos mortos sempre abaixo dos pés
→ anjos que ajudam os mortos a ir para o lado do bem/mal (conceito de céu/paraíso e inferno) 
→ ideia da democratização da morte. Não importa a riqueza/estatuto, mas sim as ações praticadas em vida. 
Fachada do transepto norte/sul: 
as fachadas norte/sul são bastante semelhantes, existindo poucas diferenças entre elas;
ambas com 2 portas, tendo uma rosácea numa, e um janelão noutra;
Interior
As nervuras vão ficando mais finas e ligam-se no apoio à coluna, o que confere uma sensação de altitude que faz com que puxe o nosso olhar para cima (sendo esse o objetivo);
Janelas que conferem claridade no clerestório; 
Catedral de Notre-Dame, Paris, 1163 
Planta de 5 naves, cabeceira muito profunda, cruzeiro e duplo deambulatório. O transepto é pouco pronunciado; 
recurso a contrafortes e arcobotantes de forma a sustentar todo o peso; 
divisão tripartida da fachada em altura; 
galeria com reis bíblicos (e, neste caso, surgem por vezes imagens de reis que são antecedentes do rei atual - legitimação, origens míticas); 
abóbadas centro partidas?? 
cabeceiras profundas;
aberturas em arcaria; 
para além da rosácea, imagem da Virgem com o Menino, ladeada por anjos que seguram velas. A virgem já se encontra em pé (alteração do gótico). A representação da Virgem estante com o Menino, ladeados por anjos, significa glória. 
Virgem com o Menino; Igreja Saint-Martin-des-Champs, Paris (atualmente na Basílica de Saint-Denis) 
O menino vai-se humanizando, não sendo já tão estático. 
Gótico Clássico (ou Pleno) 
Catedral de Chartres - 2ª fase construtiva
fustes de pilares vão ter uma série de pilaretes que vão aumentar essa verticalidade; 
180 janelas com vitrais originais, entre eles, Notre Dame de la Belle Verrière:
↳ tradução: “Nossa Senhora da Bela Vidraça”; 
↳ virgem à maneira românica: entronizada, segurando o menino e um livro. 
relíquia: cabeça de Santa Ana, mãe da Virgem; 
labirinto representado no chão (comum). 
Fachada do transepto norte: 
3 portas reentrantes; 
arcarias cegas, rosetas, horror vacui;
representação de personagens do Antigo Testamento; 
portal central: várias arquivoltas, decoração ao longo de todas; 
tímpano dividido em 2 secções. Representado o final da história. 
figuras já de grande naturalismo; construções que nos remetem para Jerusalém celeste; 
exaltação da figura de Santa Ana, devido ao facto de terem a sua relíquia nesse local. 
Portal da fachada do transepto sul: 
diferenças entre as estátuas; 
estátua de S. Teodoro - santo mártir da Antiguidade Clássica. Militar romano que se converteu ao cristianismo; 
Novos modelos iconográficos da Virgem com o Menino: 
Portal da Igreja de Notre-Dame de Vermenton (c.1170) : Trata-se de uma das primeiras representações em que a Virgem se encontra estante, com o Menino sobre um dos braços. 
Fachada Ocidental de Notre-Dame de Paris (c. 1210) : Rosa como representação da própriaVirgem. 
Portal da Coroação da Virgem, da fachada ocidental da catedral de Notre-Dame de Amiens: Sobre cenas do génesis (criação de Adão e Eva, sendo ela a nova Eva). Pisa um demónio, como vencedora sobre o mal. 
Catedral de Amiens, c. 1270
Portal tripartido; agulha teria de ser grande (por vezes até quase uma competição entre as catedrais). Arcobotantes. 
Fachada/nave tripartida; abóbadas quadripartidas; cruzaria com abóbada estrelada; cabeceira bastante pronunciada; 
Pilares vão-se construindo quase em edifícios, pois eles próprios têm andares, arcarias cegas, etc. 
Torres muito abertas por grandes janelões; 
Vertiginosas abóbadas; 
Clerestórios terminam normalmente com rosáceas em cima; 
Trifólios estreitos; 
várias comparações a Chatres, pois é bastante semelhante; 
vitrais sempre presentes; 
sepulcros de bispos feitos em bronze; 
telhados em cúpula, muito elevados; 
pináculos muito aguçados: característica do gótico pleno francês; 
gárgulas já existiam no românico, no entanto, aqui acentuam-se : serviam para deitar fora a água da chuva, mas também para alertar para os males do mundo; 
labirinto de novo, sendo que este é mais complexo que o de Chartres. Trata-se de uma homenagem aos arquitetos/bispos, encontrando-se no centro bispos e outras figuras de relevância, como p.e.: Robert de Luzarches, Thomas Cormont e Renauld Cormont e de um dos bispos encomendadores da obra. Surgem lado a lado ao mesmo nível.
planta de cruz latina, com braço longitudinal maior e transepto saliente; 
Fachada ocidental: Nave tripartida. Logo a partir da fachada conseguimos ter noção que a fachada central será mais alta e larga. 
Portal do Juízo Final (porta central): séc. XI/XII; tal como os portais da chamada época romana, terá o tema do juízo final. Divisão do tímpano em andares. As arquivoltas poderão ter figuras que complementam esse tema. Versão mais serena do apocalipse. Personagens mais severas no seu aspecto; Cristo apresenta-se mais humano. Esse crescente naturalismo é uma das características da mudança do gótico do séc. XI para XII/XIII. 
O ícone de beleza masculina nesta época será Jesus Cristo, sendo representado nesta fachada. [1: Noutra fachada, teremos a representação da Virgem: ícone de beleza feminino. ]
Cristo encontra-se debaixo de um baldaquino, dominado sob animais fantásticos. 
Representação de um rei bíblico (David/Salomão?) que os reis visam imitar. 
Apóstolos não muito bem identificados (estrato central). Arquivoltas decoradas com variados elementos. 
Baixos-relevos: vícios (baixo) e virtudes (cima). Quando se representam coisas más, são sempre figuras com caretas, gestualidade incontrolada, etc. 
Horror vacui; quando mais riqueza decorativa, melhor. 
Arquivoltas do portal central: aduelas feitas uma a uma. Representam a genealogia, nomeadamente, a árvore genealógica de Cristo.
Arcanjo Miguel: general dos santos guerreiros que protegem o Paraíso. A sua função no Juízo Final é a pesagem das almas → psicostasia. Representação de um demónio a puxar um prato - a batota associada ao pecado, ao demónio. No lado do paraíso, são representados com túnicas. São Pedro a segurar em chaves. S. Francisco de Assis é o primeiro a entrar. Os eleitos são coroados por anjos. 
Figura que faz a divisão é um demónio. 
Parte de cima: Cristo entronizado; Cristo ladeado por Virgem Maria e S. João Evangelista. Objetivo de transformar esse Cristo numa figura cada vez mais humana. 
A magreza é vista como um sinal de miséria, e, devido a isso, Cristo não é representado muito magro, como já foi referido acima. 
S. Miguel com a pesagem das almas. Divisão feita pelo demónio. Figuras que vão para o inferno vão-se aproximando da Boca do Inferno, nuas. Representações de todo o tipo de pessoas, com todo o tipo de estatuto, riqueza, género, etc., mostrando que nada disso faz diferença no final. 
“Beau Dieu” de Amiens: 
 Não se trata de uma figura elegante, mas sim volumosa; 
ideal de beleza perfeito; 
barba não muito longa, tratada; 
figura estática, frontal; 
ser que controla o seu movimento ao máximo (ao contrário das representações do demónio, que se contorcem, etc.); 
comparação com catedral de Lisboa, tendo em conta o ideal de beleza; túmulo já do séc. XIV ainda com características do XIII, nomeadamente, os olhos. 
Rei David: Portal Ocidental: minuciosidade; tipo de rosto continua o mesmo; filactério marca as personagens do Antigo Testamento. [2: Amuleto; talismã. Caixa, geralmente de couro, que contém pergaminho com textos bíblicos judaicos, transportada no ritual judaico junto à testa e ao braço esquerdo. (Mais usado no plural.).]
Túmulos
-Bronze dos Bispo évrard de Fouilly e Bispo Geofroy d´Eu (mestres construtores- mais importantes de quem manda fazer) que é uma tipologia de túmulo muito rara. Estas Lages assentam sobre leões
Túmulo do bispo Gérard de Conchy:
-arca e tampa inserido dentro de um arco sólido, inserido na parede
-no tumulo vemos esculpido um baldaquina, as colunas com capiteis vegetalistas à volta do jacente
-vestígios de policromia
-bispo segura o báculo mas falta-lhe uma parte e aos pés é comum e este tem a presença de um dragão
Portal de S. Firmino, facahda ocidental 1220-1236 (portal do lado esquerdo)
-representado no mainel e base com cenas da vida do santo
-lendário primeiro bispo de Armiens
-portal muito profundo
-na parte de baixo tem quadrifólios com os signos do zodíaco (em cima) e os meses do ano ou “trabalhos agrícolas dos meses” (em baixo)
-tímpano do portal tem um conjunto de bispos representados e cenas da sua vida, figuras têm o mesmo tipo de rostos e têm um ar de família
Portal da Virgem Maria, fachada ocidental
-mainel com a virgem e o menino, sobre peanha com cenas da criação do Homem
-está a pisar o demónio, que vem redimir os pecados e vem substituir Eva. A salvação da humanidade vem destas duas
-representada como coroa, como se fosse a rainha dos céus
-virgem dos inícios do gótico, decorrente das imagens românicas
-tímpano não é dedicado à virgem, mas sim a um bispo
Mainel do portal da coroação da virgem, da fachada ocidental da catedral de Notre-Dame de Amiens, séc. XIII( 1º metade)
-por cima tem um baldaquino
-ela tem um atributo mas não sabemos qual
-tem uma figura demónica aos seus pés e pisa-a
-veste trajas da senhora de corte
-coroa bem trabalhada
-De um lado, estátuas de personagens bíblicas, ascendentes da Virgem (rei Heródes, Salomão, David, Rainha do Sabá…)
-Do outro lado temos a representação da anunciação, visitação e apresentação do menino no templo porque passa a ter um reconhecimento. Arcanjo aponta o dedo porque tem uma mensagem para transmitir.
-horror ao vazio com coberturas por cima das cabeças da personagem, os baldaquinos.
-mísulas (espécie bases adossadas), muito decoradas e muitas vezes, estas nomeadamente, com vícios e coisas que não se deve fazer. Também têm uma decoração de microarquitecturas
-mensagem trocada entre as duas personagens grávidas (normalmente é um abraço) que levantam a mão para mostrar isso.
-O menino no templo, vemos o momento da circusizão e o momento da entrada no templo.
Tímpano do portal da Virgem
- 1.Coroação da Virgem
-em cima colocam lado a lado cristo e a virgem sendo aqueles que reinam o universo, é o momento em que a virgem é coroada no céu
- 2- Dormição e Assunção da Virgem
- 3- Seis figuras (profetas? Do Antigo Testamento)
-nas arquivoltas: anjos, ascendentes da virgem- rei de Israel e de Judá e profetas (justificação da realeza da Virgem
Portal do Transepto Sul: Portal de St. Honorato, mais conhecido como portal da “Virgem Dourada” 1235-1240
-linha em s que começa com esta virgem que era mesmo dourada mas agora está desgastada
-personagens não são rígidas, quase que parece que saem do seu marco arquitetónico e que estão vivas e os panejamentos ajudam a criar essa noção, são mais naturalistas e ganham essa densidade própria. Tentativa de criar personagens que se identificassem com as pessoas da altura, não personagens transcendes
Otímpano encontra-se organizado em 5 registos:
-1 Adeus dos apóstolos
 -S. Tiago de Compostela com o seu chapéu
-2 Vida e condenação de Santo Honorato
-3 Procissões para a intercessão de Santo Honorato
-4 Procissão das relíquias do santo
 -a transladação das relíquias de S. Firmino à catedral
 -três paraplégicos tentam tocar a arca das relíquias, na esperança da cura
5-cruz de uma igreja vizinha que se curva à passagem do santo
Estátuas colunas
-mísulas muito decoradas: coisas más que podem acontecer se não praticarem o bem
Mainel- Virgem dourada
-Assente em peanha com figuras sob arcaria dupla
-posição já não é completamente frontal, mais uma ligeira torção
-grande ligação entre mãe e filho, que brinca e sorri para ele o que se aproxima das pessoas reais
-este é típico rosto das virgens góticas, com um sorriso bonito e os olhos também sorriam como se fosse humano. Mãe e filho trocam olhares
-dois anjos que seguram aurela/nimbo da virgem. Nimbo é muito decorado por dentro com muitas pétalas
-na peanha (escultura grande onde assenta), figuras enquadradas em arcos ogivais ou trilubados, capiteis como se fossem de tamanho real e vegetalistas com efeito “crochés”
Nota:No gótico, a importância dos mestres construtores vai aumentando, ao contrário do que acontecia em época românica (o encomendador era mais importante). Os bispos têm muita importância nesta catedral. 
Aula com professor convidado sobre heráldica: 
A heráldica surge na primeira metade do séc. XII, começando a existir um código específico. A heráldica surge essencialmente pelas mesmas razões que surge o nome de família. O código surge numa altura ainda românica em transição para o gótico. Logo, estética românica. 
Os locais de poder são sempre assinalados com heráldica. 
Ligação da heráldica com a cor. 
A heráldica é um sistema emblemáticos cujos sinais possuem características fixas ou hereditárias dotado de regras de composição bem como de imagens próprias. O conjunto de tais regras e imagens chama-se brasão. 
Catedral de Reims, 1211-1275
Sagração dos reis: era aqui que os reis eram sagrados reis, o que está também ligado com a própria planta da catedral: esta tem uma cabeceira mais curta e uma nave mais longa, isto devido ao “passeio da glória” realizado pelos reis após a sagração. A cabeceira seria também mais larga de maneira a que existisse espaço para o público; 
Tal acontecimento tomava lugar na nave central. Os reis entravam pela porta lateral, de forma a criar suspense de personagem que entra como leigo e sai como figura divina (os reis eram ungidos com óleos que supostamente davam poderes taumaturgos (poderes curativos)). 
Cenário de pedra, dividido em vários nichos e que retratavam imagens do Antigo Testamento→ personagens das quais os reis deveriam seguir o exemplo; Ex.: Tema de Abraão e Melquisedeque. Abraão chega de uma importante batalha e oferece a Melquisedeque um dízimo do saque de guerra que tinha feito . Melquisedeque oferece-lhe pão e vinho - alusão à eucaristia, presença divina. 
construção do séc. XII
6 Maio em 1210 houve um grande incêndio que destruiu esta catedral. 
Em 1211, foi mandada reconstruir. Sob o impulso do Bispo Henri de Braine (1217-1240), cujo corpo está sepultado diante do altar-mor da catedral, terminam-se as obras da cabeceira em 1245
 Arquitetos da Catedral: Jean d'Orbais, jean de ??? power point
chamada a cátedras mártir porque sofreu imenso com as 2 guerras mundiais
apesar dos elementos arquitetónicos de leveza góticos, acaba por ter uma robustez acentuada; essa busca de leveza é também notada na utilização de vidro; 
 tal como já foi referido anteriormente, tudo isto é feito desta certa maneira em proveito da monarquia francesa; 
 torres da fachada com grandes aberturas de forma a que exista a circulação de ar; 
a nível da cabeceira, o elemento estrutural do gótico: é suportada por arcobotantes; 
os vitrais são posteriores, sendo da autoria de Marc Chagall 
Galeria dos Reis de França (exterior)
-Batismo de Clóvis ao centro. Batismo são feitos por submersão num tanque e está no tanque, em tronco nu em oração para ser coroado. Personagem ao lado segura-lhe a coroa.
-cenário pétreo 
Exterior
-3 portais, um maior e mais largo e dois mais estreitos e pequenos
-2 torres que quase servem de contrafortes
-sensação de que tem um esqueleto muito frágil, devido às janelas, rendilhados, rosáceas
-cabeceira relativamente curta comparando com o corpo da igreja, muito provavelmente porque também tinha a função da segregação dos reis de França
-arcos botantes na cabeceira para dar o ar de modernidade e leveza
-portal principal, o tímpano não tem decoração, mas sim, vitrais 
Interior
-abóbada simples de quadraria de ogivas, quadripartida
-alçado com 3 níveis, arcos, trifório e clestório (em algumas janelas não há vitrais, divisão das janelas com dois arcos apontados que terminam numa rosácea- objetivo trazer luz para o interior)
-capitéis muito vegetalistas que dão uma grande uniformidade; para além disso, denotam já de uma aproximação à realidade que antes não existia, o que levanta a seguinte questão: “Como é que os pensadores anteriores olhavam para a natureza e o corpo humano?”. A resposta seria que olhavam para tal como um pecado. Aqui, no gótico pleno, começa a surgir uma relação mais próxima e natural com a criação divina.[3: Pergunta que se insere tanto no assunto tratado acima como na arte gótica geral. ]
Lápide tumular do arquitecto Hugue de Libergier (não foi feita originalmente para Reims) 
legenda que percorre toda a lápide; 
é de grande importância pois representa um arquitecto como tal: maquete na mão; uns anos antes, não se permitiria tal coisa. Valorização do arquitecto e aumento do seu estatuto social. 
No caso português, encontramos uma lápide do mesmo género: lápide de Martim Vicente. 
Porta Preciosa
elementos arquitectónicos, como se tivesse dentro de uma sinagoga. 
Portal esquerdo do transepto Norte
Beau Dieu de Reims; 
ideal de beleza; figura bastante corpulenta, sendo até mais que o de Amiens. Segura um orbe/globus mundi (representação da Terra); 
presença de baldaquinos, como é comum (microarquitetura); estes baldaquinos simbolizam a importância da figura sobre a qual se erguem. No caso de leigos, significam nobreza. 
Num dos lados: S. Bartolomeu, Sto. André, S. Pedro: tratamento das pregas na horizontal. Normalmente S. André com cruz em aspa. S. Pedro normalmente com chave (apesar de neste caso não ter). 
No outro lado: S. Paulo, Santiago Maior, S. João (evangelista - destaca-se principalmente por ser o único que não tem barba). 
↳ existia uma preocupação em individualizar as personagens, não só através dos seus atributos, mas sim através de feições, traços, etc. pessoais. 
Tímpano dedicado ao juízo final: 
tema normalmente colocado na fachada ocidental; 
2 faixas mais junto à figura de Cristo, do dia da ressurreição dos mortos; 
representação dos condenados (constante): paraíso/inferno; 
S. João Baptista (barba) e Virgem Maria ladeiam Cristo Juiz em posição de súplica. Isto porque, é neles que nós, humanos, confiamos no dia da salvação; [4: Este “nós” refere-se aos viventes da época. ]
Cristo encontra-se a mostrar as palmas das mãos, pés, e parte do peito de forma a mostrar as 5 chagas: referindo-se assim a Cristo Ressuscitado que promete a sua vinda e cumpre. 
do lado direito, encontramos os eleitos, coroados, com túnicas; entrada no Paraíso; Abraão recebe no seu colo as almas dos justos. 
Diferenças entre a divisão do muro/parede do gótico primitivo e do gótico clássico pleno: [5: Pergunta que se insere tanto no assunto tratado acima como na arte gótica geral. ]
Primitivo tinha uma divisão a mais. Ao invés de ter só trifório, tinha também uma galeria; 
Aumento considerável do arcobotante, sendo retirados os contrafortes, o que ajudou a simular uma maior leveza e verticalidade. 
Luís IX de França: reina de 1226 a 1270. Proíbe a prostituição,a blasfémia, aplicando também variadas outras medidas e leis, nomeadamente associadas com a religião. Devido à sua reputação de santidade e justiça, é elevado a santo pelo Papa. Para além disso, investe também no negócio das relíquias, tendo um fragmento da cruz e coroa de espinhos de Cristo. Para guardar esta relíquia, mandou edificar uma capela que só por si é um relicário - Sainte-Chapelle. 
Este rei foi bastante importante em França, e isso é visto nas variadas representações existentes do mesmo (sozinho ou com a sua mãe). Note-se que, em relação a essas representações, temos presente uma idealização, visto que não há retrato fiel deste rei; são utilizados os padrões de beleza da época. 
Sainte-Chapelle, séc. XIII:
Caracteriza-se por ser praticamente só em vidro, o que caracteriza a arte da época; existia o objectivo de fazer as paredes o mais finas possíveis, o que é conseguido, neste caso, através da utilização de vitrais coloridos. → vitral com representação de Cristo a receber coroa de espinhos, que supostamente se encontra neste local. 
Um dos alvos principais aquando da revolução francesa; 
Colunas normalmente decoradas com flor de lis; 
Abóbadas pintadas, e algumas quadripartidas; 
O que chegou aqui, era o que haveria antes nas outras. No entanto, esta encontra-se em melhor estado de conservação. 
Altar destinado a guardar as relíquias; 
Estátuas de apóstolos → todos os que lá se mantiveram estão ainda policromados, sendo alguns decorados com elementos geométricos. Rosto é já tratado com expressão, e os tecidos parecem verdadeiros, existindo cada vez mais uma tentativa de maior realismo. 
Igreja de Saint-Urbain (Troyes), séc. XIII
Não foi fundada por um rei; 
Tem também o aspecto de uma caixa de vidro, tendo grandes janelões. Característico do primado do vitral; 
Os vitrais, apesar de terem cor, reduzem-se a pequenas faixas / elementos geométricos, ao contrário de Sainte-Chapelle. 
Eliminação do trifório (em comparação com a de cima); 
 Tímpano com rosácea; 
A arte do Gótico Tardio em França 
Aqui surgem técnicas artísticas relacionadas com a narrativa. 
Até ao séc. XIII, os livros tinham uma linha produtiva que implicava uma especialização e bastante tempo. Eram realizados na scriptoria, passando a existir mais tarde oficinas laicas. A realização destes objetos era feita, normalmente, por setores. 
Nesta época, chegam até nós nomes de vários artistas iluminadores laicos, sendo os mais notáveis: 
Mestre Honoré
↪ Breviário de Filipe o Belo, Paris, 1296
É com Filipe o Belo que se dá a perseguição e matança dos templários; 
As figuras não cabem na moldura propositadamente, sendo esta uma tentativa de criação de profundidade. 
A história deve ser lida de baixo para cima. Neste caso, estamos perante a história de David → A história fala que muitos militares estavam receosos por não conseguir vencer Golias. David decide, assim, que vai matar Golias, e, com a sua perícia, consegue vencer o gigante. 
Jean Pucelle 
↪ Livro de Horas de Jeanne d'Evreux
Grisaille: pintura a tons de cinza; 
cena da Paixão de Cristo: traição de Judas, representação do beijo de Judas, momento em que S. Pedro se apercebe da traição, e toda a confusão consequente. É representado ainda o suicídio de Judas. 
Em relação a outra iluminura do mesmo livro: 
representação dos reis Magos; por baixo, representação da matança dos inocentes. Representação de Cristo crucificado morto, no qual o sol e lua estão sempre presentes, e no qual conseguimos ver a Virgem a desfalecer. 
3ª iluminura 
Cena relacionada com a vida de S. Luís. Representação de Green Man. 
Escultura do Gótico Tardio em França 
Virgem com o Menino, c. 1339
Doação de Jeanne d’Evreux à Abadia de Saint-Denis;
base:peanha;
esmaltes policromos; 
representação da Anunciação, Visitação, Ordem para a matança dos inocentes, etc. 
Virgem de Paris, inícios séc. XIV 
Agarra flor de lis, figura de “moda”. 
Usual o menino a tocar na mãe: crescente humanização.
Adão, c. 1260 (transepto sul da Catedral de Notre-Dame de Paris)
de um artista desconhecido; 
bom domínio da anatomia; 
apesar de ser uma imagem arrojada, “erótica”, os genitais encontram-se tapados com folhas de parra. Posição de contraposto, mas à maneira gótica. 
Grupo de Anjos do Juízo Final, final séc. XIII 
Santiago Apóstolo. Robert de Lannoy, 1326-1327. 
Apóstolo já com alguma expressão.”Dialogam” com o crente, sendo essa a sua missão. 
Sabemos que é Santiago devido à sacola. 
Produção de objetos em marfim no final da Idade Média 
A produção deste tipo de objetos começa já no final do séc. XIII. Todas estas obras eram normalmente policromadas, apesar de maior parte chegar até nós sem pintura. 
Assalto ao Castelo do Amor (reverso de espelho). Paris, c. 1320-1350. 
Assalto alegórico, simbólico; guerra metafórica; fazer a corte. Castelo habitado só por mulheres. 
Combate tem pouca intensidade propositadamente. Podemos ver, inclusive, um deles a oferecer uma arma (coração) a uma das senhoras. Elas só atacam com rosas. 
É comum ver-se nas faces posteriores aos espelhos, cenas de enamoramento, como por exemplo: cenas de falcoaria (caçadas nas quais as mulheres podiam participar); jogo de xadrez; “A Assembleia”. 
Díptico do Juízo Final e da Coroação da Virgem 
representação da Virgem e provavelmente de S. João Baptista. 
Tríptico de Saint-Sulpice-du-Tarn-M.Cluny. Paris, 1300. 
Virgem com o menino, ladeada por 2 anjos: Nossa Senhora da Glória; 
representação dos 3 reis magos. 
representação da apresentação no tempo. Virgem entrega menino ao Semião. Apresentação do menino no tempo. 
Cristo com cruz às costas / caminho do Calvário. 
Cristo no Calvário (quando tem várias figuras). 
Deposição de Cristo da cruz. José de Arimateia é quem o retira da cruz. 
Díptico com cenas da Paixão de Cristo 
Representações de: 
entrada de cristo em Jerusalém; última ceia; o beijo de Judas; Calvário. 
Díptico com cenas da Infância e Paixão de Cristo. França, séc. XIV. MET 
Nas cenas da Natividade, por vezes nem encontramos o menino Jesus, existindo apenas a presença de um berço/altar. Burro e vaca encontram-se sempre presentes para aquecer o menino. 
Díptico com cenas da vida de Cristo, da sua Paixão e Glorificação
Virgem toca no menino Jesus - ligação mãe e filho; humanização. Por vezes sentado no colo da mãe como se fosse entronizado. 
Díptico com adoração dos magos e Calvário. Paris, séc. XIV
várias representações de adoração dos Magos; tratamento muito liso dos fundos, devido a ser um trabalho em marfim. 
Baptismo de Cristo. França, séc. XIV 
este tema é praticamente sempre representado da mesma maneira. 
O Gótico Flamejante na Arquitetura 
Saint-Maclou (Ruão, França) 1437-1517 
Vão ganhando um rendilhado de pedra, tanto como os vitrais. Vão perdendo “peso”. Fachada quase em semicírculo. Tamanhos das janelas e vitrais vai ficando cada vez maior. 
Data de início: 1345. 
Igreja mandada fazer pelo bispo. 
Vários arquitetos ao longo do tempo. No entanto, mantém-se sempre a base inicial. 
Sensação de que a fachada é curva, o que permite que a porta sobressaia. Gablete central rendilhado. 
A disseminação da arte gótica 
Estilo que define a arte inglesa, sendo o mundo que ainda hoje é o que conhecem. 
Fatores para disseminação: 
perícia e prestígio de arquitetos que depois vão a outros países; 
França com escolas boas, sendo uma das mais notáveis a da Catedral de Chartres. Em França, existe a noção de que se está a fazer um estilo novo. 
Força persuasiva do estilo. Mesmo distantes desse clima cultural, este estilo consegue chegar a todo o lado, pois as pessoas identificam-se com ele - trata-se de um estilo que não é austero, para além de, do ponto de vista da arte figurativa, ser mais humanizado. 
Catedral de Cantuária, Inglaterra. 
Bastante conhecida também pelo facto de o arcebispo ter sido morto dentro da sua própria catedral (Thomas Becket).
Catedral ainda românica, com acrescentos góticos. Na Inglaterra, o góticotambém chega muito tarde, tanto como na Alemanha. 
Românico normando continua a viver pacificamente com estas novas formas. 
Mais correspondente ao gótico pleno/tardio francês, do que propriamente ao inicial. 
1175: dá-se a entrada do gótico em Inglaterra pois a antiga cabeceira desta catedral foi destruída por um incêndio. Sendo assim, chama-se um arquiteto francês para construir a nova cabeceira. 
Não há objetivo de conquistar em altura, existindo uma tendência mais horizontal. 
Colocação de pedras com uma cor mais escura. 
Colunas muito pesadas, de gosto românico. 
Catedral de Salisbúria, c. 1220 e 1258
Começa a ser feita no mesmo ano da Catedral de Amiens. Se pusermos as duas lado a lado, conseguimos ver as diferenças existentes entre este estilo num país, e noutro. 
No interior, reconhecemos muitos dos elementos do gótico pleno francês.
Abóbadas quadripartidas. 
Catedral Românica de Durham 
colunas bastante grossas; 
adota características tardo-góticas, nomeadamente, o vitral. 
edifícios que procuram atingir alturas impressionantes. 
Catedral de Gloucester, Inglaterra. 2º quartel do séc. XIV
gótico mais tardio; 
excelente exemplo do gótico tardio inglês. Gótico tardio perpendicular. 
Não há a sensação de flamejante, não existem curvas. 
Nervuras das abóbadas (ao interior) parecem emaranhadas. Sensação de teia, tenda. Abóbada “estreladíssima”. 
Captação da luz de forma eficaz; 
Ala do claustro sul: 
O mesmo emaranhado; 
Túmulo de Roberto de Curtose ou Roberto II, duque da Normandia 1275-1300
cavaleiro bastante valoroso, tendo sido um dos participantes da primeira cruzada; 
pede para ser sepultado na capela-mor desta catedral, não sendo, no entanto, sepultado logo na altura pois tratava-se de um laico. Mais tarde, mandam fazer este túmulo. 
representado como guerreiro; 
Túmulo de Eduardo II de Inglaterra, c. 1341
baldaquino que é como se protegesse o túmulo e o próprio corpo. 
rosto característico da 2ª metade do séc. XIV. Mundo de movimento, de viagens, de artistas que circulam. 
Tal como vemos este anjo nesta posição, neste túmulo, também vamos encontrar em alguns túmulos portugueses (reclinado). 
Iluminura Inglesa. O caso do saltério da Rainha Maria, c. 1310-1320
(ver foto depois no moodle) 
manuscrito com cerca de 1000 páginas; 
cenas do Antigo Testamento, nomeadamente, da Génese.
enquadramento arquitetónico. 
Arte Gótica em Itália 
Devido a razões geográficas, históricas e económicas, a arte gótica em Itália será diferente daquilo que vimos até agora. Existia, neste país, uma resistência considerável ao mundo aristocrático. Algumas cidades eram formadas logo em república. 
No séc. XIV, assistimos à fragmentação do poder papal, pois iremos ter o caso do “monstro bicéfalo”, ou seja, vão existir 2 papas. Período muito criativo, apesar de todos os aspetos “negativos” deste século. 
Apesar das novas influências, a arte romana e paleo cristã foram sempre inspiração para os arquitectos e escultores italianos → procuravam no passado clássico as soluções para os problemas presentes - os humanistas consideravam que o ideal romano seria o melhor a seguir. 
Denotam também da capacidade de ver a presença de Deus na própria natureza. Sendo assim, vai ter impacto na maneira como a própria natureza é retratada. 
Outra característica deste país é que, ao contrário da Inglaterra, existe a noção de que, inicialmente, estão a imitar o estilo francês, apesar de, posteriormente, seguirem outro caminho. 
Abadia cisterciense de Fossanova, Lácio, Itália 
início da construção em 1135 por um grupo de monges cistercienses oriundos da Borgonha e que reformaram um antigo mosteiro beneditino. 
abóbada com arco ligeiramente aguçado; tem 3 naves, sendo a central mais larga. 
cada ordem construiu igrejas nas cidades onde pregavam.
Basílica de Assis 
Igreja feita em honra de Francisco de Assis; [6: Quem inicia a utilização de presépios; Levou um grande sofrimento até a morte, também relacionado com o facto de levar uma vida religiosa de grande pobreza, morrendo em 1226. Tendo a sua biografia escrita por vários indivíduos, torna-se santo em apenas 2 anos. ]
Percebe-se, por volta desta época, que as imagens auxiliam a contar a história daquilo que é pregado na igreja, sendo as imagens algo muito utilizado nesta basílica.
basílica com 2 pisos, mas com uma nave única; construída rapidamente; 
lugar de peregrinação (aí está sepultado o corpo de S. Francisco);
pintura parietal: no piso inferior, cenas da vida da Virgem e Cristo; 
 no piso superior, cenas da vida de S. Francisco, tendo sido necessário, para estas, a criação de nova iconografia. Muitas das pinturas ainda do séc. XIV, existindo algumas do XV. 
Porta para a basílica inferior: linguagem gótica; colunas adossadas. Tudo dentro de um alfiz. Os capitéis são romanos. 
Basílica de Santa Croce, Florença. Finais do séc. XIII, inícios do XIV. 
Esta basílica é medieval na sua planta; no entanto, tem alguns acrescentos do séc. XV e XVI. 
consagrada em 1442. 
chamada de “panteão das glórias italianas” pois é aqui que se encontram muitas das personagens importantes da história deste país. 
tecto em madeira; arcos apontados, característicos de um gótico ainda inicial; 
Catedral de Siena, séc. XIII-XIV 
campanário com arcos de volta perfeita e faixas intercaladas em mármore branco e preto; 
fachada inteiramente gótica, tendo sido a parte superior da fachada feita na segunda metade do séc. XIV; 
3 naves; 
utilização de decoração típica do gótico francês, sendo a única característica italiana as faixas nas colunas; 
cúpula: caixotões com estrelas, o que dá um efeito cenográfico incrível, devido ao contraste entre o dourado e o escuro. 
Escultura italiana 
O nome mais importante a reter desta vertente da arte gótica italiana será o de 
Benedetto Antelami: 
↪ Deposição de Cristo da Cruz 
podemos observar que as figuras encontram-se cada vez mais soltas; 
completamente românico… no entanto, apesar do Cristo ser ainda românico também, é simultaneamente já um Cristo do séc. XII. 
o mundo românico valoriza muito o tema da deposição de Cristo da cruz pois é aqui que Cristo passa de humano a figura divina.

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