Buscar

Resumo Sistema Articular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO: SISTEMA ARTICULAR 
Professores: Flora Milton, Thereza Bargut e Fernando Pereira 
Bibliografia Utilizada: 
DANGELO JG, FATTINI, CA. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3a edição 
Rio de Janeiro: Atheneu, 2009. 
MOORE KL, DALLEY AF, AGUR AMR. Anatomia Orientada para Clínica. 7a edição 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
 
Sistema Articular 
 
Conceito 
Articulação é o termo empregado para designar a conexão existente entre quaisquer 
partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos, quer cartilagens. 
Essa conexão não tem a finalidade exclusiva de manter as peças em contato, mas 
também de permitir mobilidade, razão pela qual o sistema articular, juntamente com 
o esquelético e o muscular, formam o sistema locomotor. 
 
Classificação das articulações 
Considerando-se a natureza do elemento que se interpõe às peças que se articulam, 
as articulações podem ser classificadas em três grandes grupos: articulações 
fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
 
Articulações fibrosas 
São aquelas nas quais o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o 
tecido conectivo fibroso. Possuem mobilidade reduzida. Existem dois tipos de 
articulações fibrosas, as sindesmoses e as suturas. 
Articulações fibrosas sindesmoses 
Possuem maior quantidade de tecido conectivo interposto entre as peças que se 
articulam, podendo formar ligamentos ou membranas. São exemplos de articulações 
fibrosas sindesmoses onde o tecido conectivo forma um ligamento, a articulação 
tibiofibular distal e a articulação dentoalveolar ou gonfose. São exemplos de 
articulações fibrosas sindesmoses onde o tecido conectivo fibroso forma membrana, 
as articulações radiulnar média e tibiofibular média, onde observa-se a membrana 
interóssea. 
Articulações fibrosas suturas 
Possuem reduzida quantidade de tecido conectivo interposto entre as peças que se 
articulam. São encontradas principalmente entre os ossos do crânio e, de acordo com 
o modo pelo qual as bordas dos ossos que se articulam entram em contato, elas são 
classificadas como sutura plana, escamosa, serrátil ou esquindilese. 
 
Na articulação fibrosa sutura plana, a união entre os ossos é retilínea ou 
aproximadamente retilínea (exemplo: articulação internasal). Na articulação fibrosa 
sutura escamosa, a união é em bisel (exemplo: sutura escamosa). Na articulação 
fibrosa sutura serrátil, a união é em linha denteada (exemplo: sutura sagital). A 
esquindilese é caracterizada pela união de dois ossos onde um apresenta uma 
superfície em forma de crista, que se aloja em uma superfície em forma de fenda do 
outro osso da articulação. A única articulação do tipo esquindilese, é a 
vomeroesfenoidal. 
No crânio do feto e do recém-nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a 
quantidade de tecido conectivo fibroso entre os ossos é grande, existindo locais onde 
a quantidade é ainda maior. Esses pontos são denominados fontículos (popularmente 
conhecidos como moleiras) e são pontos frágeis do crânio. Essa maior quantidade de 
tecido conectivo permite, que no momento do parto, haja uma redução do diâmetro 
da cabeça do feto, pela sobreposição dos ossos do crânio. 
 
Articulações cartilagíneas 
Nas articulações cartilagíneas, o tecido que se interpõe entre as peças ósseas que 
se articulam, é o cartilagíneo. Nesse tipo de articulação, assim como nas fibrosas, a 
mobilidade é reduzida. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas, as 
sincondroses e as sínfises. 
Sincondroses 
A cartilagem interposta é a hialina. São raras e um exemplo típico é a sincondrose 
esfeno-occipital. Outros exemplos são a articulação entre o esterno e a primeira 
cartilagem costal e a articulação manúbrio esternal. 
Sínfises 
Quando as superfícies ósseas, revestidas por fina camada de cartilagem hialina, se 
articulam pela interposição de uma fibrocartilagem, forma-se uma articulação 
cartilagínea sínfise. Exemplos são a sínfise púbica e as articulações 
intercorpovertebrais. Na sínfise púbica, a fibrocartilagem é o disco interpúbico e na 
entre os corpos das vértebras, o disco intervertebral. 
 
Articulações Sinoviais 
As articulações sinoviais, diferentemente das fibrosas e das cartilagíneas, possuem 
grande mobilidade. Para que haja o grau desejável de movimento, o elemento que se 
interpõe às peças ósseas que se articulam é um líquido, a sinóvia ou líquido sinovial. 
Dessa forma, as peças ósseas não são unidas umas as outras por suas superfícies 
articulares, mas são envolvidas por uma espécie de manguito, a cápsula articular. Por 
não estarem unidas umas às outras, há um espaço em forma de fenda entre as 
superfícies dos ossos que se articulam, a cavidade articular, ocupada pelo líquido 
sinovial. 
 
Superfícies Articulares das Articulações Sinoviais 
Nas articulações sinoviais, as superfícies articulares são revestidas em toda sua 
extensão por cartilagem hialina, que forma a cartilagem articular. A cartilagem 
articular representa a porção do osso que não sofreu ossificação. Ela é avascular e 
não possui inervação, sendo nutrida pelo líquido sinovial. 
 
Cápsula Articular das Articulações Sinoviais 
A cápsula articular é uma membrana conectiva formada por duas camadas, uma 
externa, a membrana fibrosa, e uma interna, a membrana sinovial. A membrana 
 
fibrosa é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos, por feixes também 
fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua 
resistência. Em muitas articulações sinoviais existem ligamentos independentes da 
cápsula articular, sendo denominados extracapsulares ou acessórios como os 
ligamentos colateral tibial e colateral fibular da articulação do joelho. Em algumas 
articulações sinoviais, estão presentes ainda, os ligamentos intra-articulares, como 
os cruzados anterior e posterior da articulação do joelho e ligamento da cabeça do 
fêmur, da articulação do quadril. A cápsula articular e os ligamentos tem por finalidade 
manter a união entre os ossos, impedir movimentos em planos indesejáveis e limitar 
a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana sinovial é ricamente 
vascularizada e inervada, sendo responsável pela produção da sinóvia. 
 
Discos e Meniscos 
Em algumas articulações sinoviais, interpostas às superfícies articulares, encontram-
se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos. Essas estruturas permitem 
uma melhor adaptação das superfícies articulares, pois ampliam a área de contato 
entre os ossos e torna-os congruentes. Os discos são encontrados por exemplo, nas 
articulações temporomandibular e esternoclavicular e os meniscos, com sua 
característica forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. 
 
Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo 
Movimentos de deslizamento 
Ocorrem nas articulações sinoviais em que as superfícies que entram em contato são 
planas ou ligeiramente curvas (exemplo: articulações intercuneiformes). 
Movimentos angulares 
Flexão e extensão, adução e abdução. 
Na flexão e extensão ocorre diminuição ou aumento do ângulo entre o segmento que 
se desloca e o que permanece fixo. A diminuição do ângulo, é denominada flexão e 
o aumento, extensão. Exemplo: na flexão do antebraço, ocorre diminuição do ângulo 
entre o antebraço e o braço e na extensão, aumento. No caso dos pés, os termos 
utilizados são flexão dorsal para a diminuição do ângulo entre o pé e a perna e flexão 
plantar para o aumento do ângulo. No caso da pelve, os movimentos realizados são 
anteversão e retroversão. 
Na adução e abdução, o segmento do corpo é deslocado em direção ou em oposição 
ao plano mediano, respectivamente. Exemplos: na adução do braço, o membro 
superior é deslocado em direção ao plano mediano do corpo e na abdução, em 
direção oposta ao plano mediano. Esses movimentos são exclusivos dos membros 
superiores e inferiores. No caso da coluna vertebral ou da pelve, usam-se os termosinclinação para a direita e para a esquerda. Para os dedos, prevalece o plano mediano 
da mão ou do pé. 
Rotação 
É um movimento em que um segmento gira em torno de um eixo longitudinal. Assim, 
nos membros ocorre a rotação medial quando a face anterior do membro gira no 
sentido do plano mediano do corpo e rotação lateral quando a face anterior do 
membro gira no sentido oposto. Os movimentos de rotação medial e lateral se referem 
aos membros. No caso da coluna vertebral e da pelve, os movimentos são 
denominados rotação para a direita e rotação para a esquerda. 
Circundução 
Em alguns segmentos do corpo, especialmente nos membros, o movimento 
combinatório que inclui adução, extensão, abdução e flexão resulta na circundução. 
 
Nesse tipo de movimento, a extremidade distal do membro descreve um círculo e o 
corpo do segmento um cone, cujo vértice é representado pela articulação que se 
movimenta. 
 
Classificação Funcional das Articulações Sinoviais 
Os eixos de movimento constituem um dos critérios para a subdivisão das 
articulações sinoviais. Elas podem não possuir eixo, possuir um, dois ou três eixos 
perpendiculares entre si. Os eixos podem ser ântero-posterior, látero-lateral e 
longitudinal. Na análise do movimento realizado, a determinação do eixo de 
movimento é feita obedecendo a regra segundo a qual, a direção do eixo de 
movimento é sempre perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento em 
questão. Assim todo movimento é realizado em um plano determinado e seu eixo de 
movimento é perpendicular àquele plano. 
Quando a articulação realiza movimentos em torno de um eixo, ela é monoaxial ou 
possui apenas um grau de liberdade; quando realiza movimentos em torno de dois 
eixos, ela é biaxial ou possui dois graus de liberdade; e quando realiza movimentos 
em torno de três eixos, ela é triaxial ou possui três graus de liberdade. 
Exemplo de articulação monoaxial: articulação do cotovelo, que permite apenas os 
movimentos de flexão e extensão, que se realiza no plano sagital e em torno de um 
eixo, o látero-lateral. 
Exemplo de articulação biaxial: articulação radiocarpal, que permite os movimentos 
de flexão, extensão, adução e abdução da mão, que ocorrem nos planos sagital e 
frontal, em torno dos eixos látero-lateral e ântero-posterior. 
Exemplo de articulação triaxial: articulação do ombro, que permite os movimentos de 
flexão, extensão, adução, abdução e rotação, que ocorrem nos planos sagital, frontal 
e horizontal em torno dos eixos látero-lateral, ântero-posterior e vertical, 
respectivamente. A combinação desses movimentos é a circundução. 
 
Classificação Morfológica das Articulações Sinoviais 
O critério de base para a classificação morfológica das articulações sinoviais é a 
forma das superfícies articulares. 
Articulações sinoviais planas 
As superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas. 
Permitem o deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção, com 
amplitude de movimento bastante reduzida. Exemplos: articulações entre os ossos 
do carpo e articulações entre os ossos do tarso. 
Articulações sinoviais gínglimo ou em dobradiça 
Nesse caso, o nome se refere muito mais ao movimento, que lembra uma dobradiça, 
que à forma propriamente dita. São monoaxiais e permitem movimentos angulares de 
flexão e extensão. Exemplos: articulações do cotovelo, interfalangeanas e talocrural. 
Articulações sinoviais trocóideas 
As superfícies articulares são segmentos de cilindro. São monoaxiais e permitem 
movimento somente em torno de um eixo, o vertical. Os movimentos são de rotação 
Exemplo: articulação radiulnar proximal, responsável pelos movimentos de pronação 
e supinação do antebraço. Na pronação ocorre a rotação medial e na supinação, a 
rotação lateral do antebraço. 
Articulações sinoviais elipsóideas 
As superfícies articulares são discordantes, uma côncava e outra convexa e o 
contorno da articulação assemelha-se a uma elipse. Possuem dois eixos de 
 
movimento, sendo, portanto, biaxiais. Exemplo: articulação radiocarpal ou do punho, 
que permite flexão, extensão, adução e abdução. 
Articulação sinoviais selares 
Uma superfície articular tem a forma de sela, apresentando concavidade em um 
sentido e convexidade em outro e a outra superfície articular apresenta concavidade 
e convexidade no sentido inverso, se encaixando na sela. Exemplo: articulação 
carpometacarpal do polegar, que permite flexão, extensão, adução e abdução. Nessa 
articulação também ocorre a rotação, mas é definida como biaxial, pois a rotação 
isolada não pode ser realizada pelo polegar, mas é uma combinação de movimentos. 
Articulações sinoviais esferóides 
Uma superfície articular é um segmento de esfera, que se encaixa em outra, que é 
um receptáculo oco. Permitem movimentos em torno dos três eixos sendo, portanto, 
triaxial. Exemplos: articulação do ombro e articulação quadril. Permitem os 
movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, rotação e consequentemente, 
circundução. 
 
Articulações Sinoviais Simples, Compostas e Complexas 
Uma articulação sinovial é classificada como simples quando apenas dois ossos se 
articulam (exemplo: articulação do ombro) e composta quando mais de dois ossos 
participam da articulação (exemplo: articulação do cotovelo). 
Denomina-se complexa a articulação sinovial cuja cavidade articular está parcial ou 
totalmente dividida por um disco ou menisco (exemplo: articulação do joelho).

Continue navegando