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Resumo Metodologia Científica av2

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Resumo Metodologia Científica
Aula 1
Destina-se a oferecer uma metodologia do trabalho científico, ensinando como pesquisar e sistematizar o conhecimento adquirido.
Em Metodologia Científica o estudo e o desenvolvimento das ferramentas necessárias à produção e apresentação de trabalhos acadêmicos e, nesse aspecto, observarão tanto o processo lógico de construção do conhecimento, quanto o processo gráfico para a sua apresentação escrita.
Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo.  
Método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim.
Metodologia = estudo do método.
Ciência = conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber.
A metodologia científica está dentro de duas grandes áreas – Epistemologia e Metodologia científica aplicada – Essas duas se completam.
Epistemologia - Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência.
A Metodologia Científica está destinada à pesquisa e à elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos.
O que significa conhecer?
Significa incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
Qual o valor do conhecimento para a vida humana?
É o resultado das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana.
O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos.
No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em:
Senso comum ou conhecimento empírico;
Conhecimento Científico;
Conhecimento Filosófico;
Discurso Religioso ou Conhecimento teológico.
Enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina.
O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações no mundo da vida, bem como conferem sentido às angústias e inquietações da consciência. Neste ponto não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como desvela o modo de determinada cultura entender e interpretar a sua própria existência.
Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. A Ciência depende da investigação metódica o que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis.
Conhecimento científico 
- Saber racional  que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças;
 
- Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente;
 
- Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento.
Senso comum - Aquilo que assimilamos por tradição. Ideias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas situações.
Pode ser caracterizado em: Espontâneo, ametódico, empírico, ingênuo e subjetivo.
Aula 2 – O Conhecimento
*O conhecimento científico se caracteriza como racional, sistemático e metódico.
Conhecimento racional - ponto de partida a possibilidade de pensar a realidade, formulando indagações sobre o mundo e sobre a nossa própria existência, a fim de encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade.
Galileu Galilei – A razão; O sistemático; O método.
A Razão - O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão.
Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos.
Galileu - acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles.
O Sistemático - liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes.
A intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos.
O Método - grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim.
Conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir.
*Metodologia é um conjunto de métodos.
“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.”
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência, com o objetivo de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes.
Sentido literal - a Metodologia representa o estudo dos métodos e do método da ciência, que se supõe universal.
Importância do método: 
• Ajuda a compreender o processo de investigação;
• Possibilita a demonstração;
• Disciplina suas ações;
• Ajuda a perceber erros;
• Auxilia as decisões do cientista.
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos:
1 – Dedutivo - dependente da lógica; 
Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira.
2- Indutivo - dependente da experiência empírica.
Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável.
No método dedutivo, partimos de uma ideia geral para uma especifica. Já no método indutivo, partimos de experiências específicas para alcançarmos uma regra geral.
Karl Popper (1922-1996) - criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade.
Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais do que se pode ver.
Processo de conhecimento:
Observações – Perguntas – hipóteses – experimentação – conclusões – documentação – descobrimentos – novas perguntas – continuar aprendendo.
Aula 3 – Metodologia aplicada à pesquisa
Tudo surge do conhecimento que se tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas.
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc.
Pesquisa -> uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico. Pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
É encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos.
Elementos que caracterizam a pesquisa:
• o levantamento de algum problema;
• a solução à qual se chega; 
• os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados.
Pesquisa científica – É o tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações.
Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência.  
Antônio Carlos Gil - duas são as razões para se fazer uma pesquisa:
Razões de ordem intelectual - que decorrem do desejo de conhecer,são comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento.
Razões de ordem prática - vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade.
A possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador.
Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador.
É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar.
Classificação da pesquisa 
Pesquisa pura - Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
 
Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
Exemplo: A origem do universo.
Pesquisa aplicada - É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. 
 
Envolve verdades e interesses locais.
Exemplo:  A busca de uma vacina contra a AIDS.
Abordagem da pesquisa:
Qualitativa - Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. 
 
Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. 
 
É descritiva e utiliza o método indutivo. 
O processo é o foco principal.
Quantitativa - Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. 
 
Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los.
Objetivo da pesquisa:
Descritiva - tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos.  Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais.
 
Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los.
Veja alguns exemplos: 
 
• características de um grupo social; 
• nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço;
• levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; 
• pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc.
Exploratória - é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
Consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese.
Neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
 
A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias.
Explicativa - o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
Temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento.
Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória.
Procedimentos da pesquisa
Pesquisa bibliográfica - É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. A pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica.
Pesquisa documental - uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. 
A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença:
“A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.”
Pesquisa de campo - É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações.
Pesquisa histórica - Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. 
Pesquisa comparada - procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. 
Estudo de caso - É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. Constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. 
As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando.
Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte.
Aula 4 – Diferentes técnicas de estudo
Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem.
Como escolher um livro: 
Título - Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor.
Orelha - Se o livro apresentar “orelhas” faça a leitura da informação trazida nelas. Na que acompanha a capa, geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de prestígio.
Ficha Catalográfica. Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada.
Sumário - Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado. Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando.
Prefácio - Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro.
Orelha - Na “orelha” que acompanha a contracapa é comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas.
Contracapa - A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele.
 
O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento.
Fichamento: quando utilizar e como elaborar
É uma prática de redação que ajuda organizar estudos e pesquisas de forma mais efetiva. Agrega em suas características o resumo do documento ou texto consultado, sua referência,sua localização física e metodologia de arquivamento para posterior recuperação de todas estas informações.
O fichamento é um meio de desenvolver as técnicas de redação como resumo e resenha dependendo de sua finalidade. Auxilia a treinar a elaboração de referências, redação científica (resumo e resenha), identificação de assuntos, pesquisa em centros de informação e bibliotecas e práticas de arquivamento.
Os fichamentos feitos em meio acadêmico e em sala de aula, não necessitam da metodologia para armazenamento, sendo assim não precisam conter o local da obra (a não ser que seja pedido) e o espaço para identificação da ficha. 
As técnicas empregadas para o fichamento científico utilizado em meio acadêmico é muito semelhante à redação de resumos e resenhas científicas.
Já os fichamentos para fins de pesquisa e estudo levam mais em consideração identificar o assunto do que foi fichado logo no início da ficha, assim como seu código de armazenamento que pode ser numérico, alfabético ou alfanumérico e a localização física da obra original.
Quando utilizar os fichamentos
O meio mais utilizado para armazenagem das fichas é em papel, porém existem programas que auxiliam na confecção e armazenagem eletrônica de fichamentos.
"... a prática eficaz do fichamento assusta o estudante que depara pela primeira vez com a metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse." (MEDEIROS, 2000, p. 97)
Como elaborar fichamentos
Elaboração do texto - O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico.
Após escolher o tipo de fichamento deve-se inserir o assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma que facilite o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento.
Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. As regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002).
Basicamente os itens que compõem a referência bibliográfica são: 
• Autor
• Título
• Local da edição
• Editora
• Data e número de páginas
O fichamento de resumos ou conteúdo utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência.
O fichamento de comentário ou crítico utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a idenficação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca posterior pelas fichas.
Obs: Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de comentário ou crítico.
Para o fichamento de transcrição ou citação utilizam-se no início e no final do texto as aspas, pois o fichamento de transcrição é a passagem do texto original diretamente para a ficha.
Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os seguintes:
• Fichamento de transcrição sem cortes
• Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..." para indicar a omissão das palavras);
• Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos)
Aula 5: Planejamento e Tipos de trabalho científico
A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado.
Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc.
1. Escolha do tema 
 
O que vou pesquisar? 
A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. 
A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos.
2. Originalidade
 
Precisa ser original? 
Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito.
3. Revisão de Literatura
 
Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? 
É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão.
Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. 
Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho.
4. Justificativa
 
• Por que estudar esse tema? 
• Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? 
• Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? 
As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido.
5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras
 
Que questões estão disposto a responder? 
Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
6. Determinação de objetivos 
O que pretendo alcançar com a pesquisa? 
É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. 
Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores.
O problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento.
Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa.
Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, podem ser observadas e manipuladas.
O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável, o que significa dizer que a delimitação do problema deve estar relacionada aos meios disponíveis para investigação.
Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização.
As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado. 
 
A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas.
Relatório - é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005).
Comunicação Científica ou Paper - paper é um pequeno artigo científico elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa. É utilizado nas comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento.
A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar.
A última coisa que se destaca neste tipo de trabalho é a opinião do autor. Por isso, em um paper, o julgamento de quem o escreveu é velado e tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão claramente as crenças e as preferências do escritor.
Seminário - É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente.
Anteprojeto de Pesquisa - Trata-se de um documento temático que apresenta de maneira concisa o conteúdo de um projeto de pesquisa.
 
É um estudopreparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, que irá constituir, depois das necessárias alterações, as diretrizes básicas do projeto definitivo.
Projeto de Pesquisa - O projeto de pesquisa apresenta os pontos principais que revelam a definição de um problema, a revisão sucinta da bibliografia e a metodologia.
A primeira parte apresenta a introdução, o objetivo, a justificativa, as questões norteadoras ou hipóteses do estudo.
A segunda parte contempla a metodologia, indicando o tipo de pesquisa que será desenvolvida e os instrumentos a serem utilizados.
Artigo Científico – É um pequeno estudo que trata de uma questão científica e destina-se a publicações em revistas ou periódicos. Difere-se da monografia pela sua reduzida dimensão e conteúdo (RAMPAZZO, 2005).
Monografia – monografia, no sentido etimológico, significa “dissertação a respeito de um assunto único”, pois monos (mono) significa “um só” e graphein (grafia) significa “escrever”.  
A monografia é um trabalho científico que se caracteriza pela especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema.
Monografia é um trabalho com tratamento escrito de um tema específico que resulte de interpretação científica com a finalidade de apresentar uma contribuição relevante ou original à ciência.
AULA 6 - Estrutura e Formatação
É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de tempo, que organizamos a ordem do texto.
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Algumas normas da ABNT servem de padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos.
Elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimentos, folha de aprovação, resumo e sumário), textuais (introdução, desenvolvimento, metodologia, embasamento teórico e conclusão) e pós-textuais (referências, apêndices, índices etc.) que nos ajudam a organizar o conteúdo.
Elementos obrigatórios 
• Capa
• Folha de rosto
• Folha de aprovação
• Resumo na língua vernácula
• Resumo na língua estrangeira
• Sumário
Elementos opcionais
• Lombada
• Ficha catalográfica
• Errata
• Agradecimento
• Dedicatória
• Epígrafe
• Lista de Ilustrações
• Lista de tabelas
• Lista de abreviaturas e siglas
• Lista de símbolos
O que é Formatação? a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto.
Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido.
Fonte - Recomenda-se utilizar em  todo o trabalho a fonte Arial ou Times New  Roman, normal, tamanho 12.  A utilização do itálico é feita apenas nas palavras em outro idioma. 
Nas  legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11.
Espaço - O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. 
Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples. 
Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas  à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples.
Margem - Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). 
As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm.
Capa - A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT, NBR 14724).  
A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. 
Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida: 
 1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta);
 2º - Identificação do curso (caixa alta);
 3º -  Tipo de trabalho (caixa alta);
 4º -  Nome do acadêmico (caixa alta);
 5º -  Título do projeto (caixa alta);
 6º -  Cidade, ano (caixa alta).
Folha de rosto - um complemento da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor orientador.  
Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. 
Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução).  
O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha. 
Sumário –
Citações - Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser direta (transcrição da parte da obra do autos consultado, com trecho da própria obra) ou indireta (texto baseado na obra do autor consultado, reescrito com nossas próprias palavras).
Referência bibliográfica - Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte.
Referências Bibliográficas 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5p.
_______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
_______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
_______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p.
______. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 7p.RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de pós-graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005.
AULA 7 – CITAÇÃO
Espera-se que o aluno tenha um cuidado especial ao elaborar o seu texto e que siga algumas normas que facilitam a comunicação.
É nesse sentido que se afirma que a linguagem escrita deve estar baseada em regras que a diferencia do agir espontâneo. Uma dessas regras é a da citação.
Qual é o propósito de um texto científico? “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. 
 
Recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto.
Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho.
o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico.
As citações são trechos transcritos ou informações extraídas de publicações consultadas e devem ser inseridas em um texto com a finalidade de esclarecer ou complementar as ideias.
*Em todas as hipóteses, a fonte deve ser mencionada. 
Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. (NBR 10520:2002)
Citação direta - são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos.
As citações devem ser apresentadas conforme a ABNT - NBR 10520.
observa que “a citação direta exige alguns cuidados elementares com o texto, salientando-se entre outros: pontuação, maiúscula, destaques”. Assim, as citações diretas,com até três linhas, devem ser transcritas no seu próprio parágrafo, entre aspas duplas.
As transcrições com até três (03) linhas  permanecem no corpo do parágrafo, entre aspas duplas, e são denominadas citações diretas curtas.
As transcrições com mais de três (03) linhas devem ter um recuo de 4 cm da margem esquerda e digitadas com letra menor que a do texto, e em espaçamento simples. São chamadas de citações diretas longas.
Exemplo 1
 
          Por meio de um processo literário composto não somente pela ironia, mas também pelo drama e pela sátira, Manuel Rui nos oferece uma aparente displicência, em que estes recursos organizam a comédia do discurso. Comédia dolorosa, em que nós leitores também participamos com um riso que não deixa de compartilhar a dor daqueles personagens e nem de perceber o absurdo que está sendo denunciado naquelas páginas:
Sangrando. Por vezes de mãos crispadas. Em silêncio. E com vontade de protestar. Sim, algo de chaplinesco vibra na transparência desse caos organizado. E a sua força dramática promana dessa participação indireta do autor-narrador que dir-se-ia obscuro quando afinal se nos revela por inteiro comprometido com o destino deste mundo que incomoda. 31    
Citação indireta - apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de um autor consultado e não uma cópia de suas palavras.
não é necessário o emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a ideia original do texto lido, mas é reescrita por quem está elaborando o trabalho.
A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002), configura uma transcrição livre do texto do autor.
 
Citação da citação - Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de outro autor.
REGRAS DAS NOTAS E CITAÇÕES DIRETAS
Acréscimos ou interpolações
Significa a inserção de expressões que não constam do original ― entre colchetes. Pode ocorrer a necessidade de se acrescentar uma palavra ao texto citado, para torná-lo mais compreensível.
Supressões
Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais. O importante é apresentar o que realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação das ideias.  
Para suprimir as partes que não são importantes, devemos substituí-la pelas reticências entre colchetes/parênteses: (...) ou [...].
Incorreções
Na hipótese do texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente incorreta ou equívoco gramatical, entre outros problemas, chame a atenção, pelo uso, ao lado da palavra, do vocábulo sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico.
“Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic] Ele costumava palestrar de sua varanda, chamada stoa, daí o nome estóico [sic]”. (MANNION, 2008, p. 48)
A ata registra a seguinte declaração do diretor: “isto é pra mim [sic] fazer!”
Como indicar a supressão de parágrafos?
A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada.
EX.: O conhecimento, o modo de compreender a realidade, muda de acordo com a época, à medida que coloca em dúvida o conceito de verdade estabelecido. Quando conhecemos um fato, sempre nos perguntamos se ele corresponde ou não à realidade. Assim, a verdade é uma atividade histórica, e o homem foi dando fundamentos a essa verdade de acordo com sua vivência, conhecimento e crenças.
 
..............................................................................................................................................  
Para explicar a realidade ou ainda os fenômenos da natureza, os povos primitivos criavam histórias nas quais utilizam as figuras dos deuses na tentativa de compreender a origem das coisas. (SANTOS MOLINA; DIAS, 2007, p.21)
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou autor-data. 
 
Qualquer que seja o sistema adotado, este deve ser seguido ao longo de todo o trabalho.
No sistema numérico, a fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso, a numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos;
Todas as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho;
• A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas;
• Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia;
• Podemos usar: (1), [1], 1 (sobrescrito).
Autor-data: consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável, seguido pelo ano da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre parênteses.
Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.
 
AULA 8 – Referência, bibliografia e referências bibliográficas
Essas obras citadas e consultadas para elaboração dos trabalhos acadêmicos devem ser organizadas na forma de lista de referências, sabia? E essa organização não é subjetiva, ela sempre deve ser apresentada no formato orientado pela ABNT, ao final de qualquer trabalho (NBR 6023, 2002).  
referência deve-se considerar uma nota informativa de remissão em uma publicação.
Já a ABNT observa que a referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento.
Bibliografia é a relação das obras consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto ou seção em que se faz uma relação de livros e outras publicações.
A Referência é dividida em:
Elementos essenciais - São aqueles indispensáveis na identificação do documento, tais como: autor(es), título, edição, local, editora e data da publicação.
Elementos complementares - São opcionais e podem ser acrescentados para uma melhor identificação do documento, tais como: coleção, série, número do ISBN, número de páginas (como o "06 p." do exemplo), se edição exclusiva para assinantes, se inclui algum brinde etc.
Os elementos que compõem a referenciação devem ser obtidos na ficha catalográfica do documento, ou seja, retirados do próprio documento e inseridos conforme a sequência sugerida pela ABNT.
Autores - o autor é indicado pelo último sobrenome, escrito em caixa alta, seguido do nome, por extenso ou abreviado. O sobrenome é separado do nome por vírgula.
E quando a autoria é desconhecida?
inicia-se pela primeira palavra do título em caixa alta. Se a palavra for precedida por um artigo este também deve ser escrito em caixa alta.
Títulos - devem ser escritos na forma em que se apresentam nos documentos, sendo apenas a primeira palavra iniciada com letra maiúscula e destacados com negrito.
Edição - Quando houver a indicação da edição, esta deve ser inserida na sua referência, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra edição.
 
4ª edição = 4. ed.
Cidade - O nome da cidade deve ser grafado como aparece na obra, e não “traduzido”, nos casos de obras estrangeiras. 
Em alguns casos, principalmente nas obras de outros países, é preciso especificar também o Estado ou País a que a cidade pertence. O nome da cidade deve ser grafado como aparece na obra, e não “traduzido”, nos casos de obras estrangeiras. 
Em alguns casos, principalmente nas obras de outros países, é preciso especificar também o Estado ou País a que a cidade pertence.
Outro ponto importante é quando não se sabe a cidade de publicação. Para isso, coloca-se [s. l.], abreviação de “sine loco” que significa “sem local” [de publicação]. Quando a cidade é conhecida mas não aparece na obra, coloca-se o nome da cidade entre colchetes.
Editora - O nome da editora é indicado conforme aparece na publicação, seguido de vírgula, eliminando-se as palavras que identificam sua natureza comercial ou jurídica como: S/A, Ltda, Editora, Livraria etc.
Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão latina sinenonime, que significa “sem nome”, de forma abreviada entre colchetes [s.n.].
Quando a editora for a própria instituição ou pessoa responsável pela autoria da obra e já tiver sido mencionada, não é necessário ser indicada.
E quando a fonte foi publicada em meio eletrônico? As referências em meios eletrônicos seguem o modelo de referências bibliográficas, acrescentando-se informações relativas à descrição física do meio ou suporte.
 
Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre <brackets>, precedido da expressão: “Disponível em:” 
 
A data de acesso ao documento, precedida da expressão: “Acesso em:” deve conter o dia, o mês abreviado  e o ano (04 abr. 2010.).
9 - A Construção do Conhecimento na Universidade
Você sabe o significado da palavra “Universidade”?
Essa palavra provém do latim universitate e significa universalidade, totalidade, conjunto, corpo, companhia, corporação e comunidade.
seu significado se expandiu e também serve para indicar o lugar de construção do conhecimento e da cultura.
Como surgiram as Universidades?
Com o começo da vida urbana, do pensamento racional e da busca de novos paradigmas foi necessário criar espaços destinados à reflexão.
 Universidade encontra suas raízes na Europa medieval, por volta do século XII e XIII, tornando-se o lugar de debates e polêmicas, sofrendo intervenções reais e eclesiásticas.
Estados Unidos - constituíram um sistema universitário competitivo, seletivo e completamente voltado para o mercado de trabalho.
Trata-se um sistema privado, porém sem fins lucrativos, pois toda a arrecadação é destinada aos centros de pesquisa.
A universidade Americana tem inserido no seu modelo o Junior College que são centros universitários  para a formação massiva de profissionais.
Brasil - O Brasil trabalha com um sistema universitário mais autônomo, desde o fim da Ditadura Militar.
Aqui se tem um sistema normatizado e politizado, com uma gestão de múltiplos conselhos. 
Existem modelos de Universidades Públicas e Privadas e ambos respondem ao governo, mas as regras internas, inclusive a dos currículos, são particulares.
Europa - final do século XII, começaram a surgir em diversas cidades europeias as primeiras Universidades que eram controladas diretamente pela Igreja Católica, destacando-se a de Paris, Oxford, Salamanca e Boloña.
Essas primeiras universidades eram frequentadas somente por pessoas que possuíam condições econômicas, além, é claro, da forte influência católica que essas pessoas tinham.
Japão - A universidade Japonesa é oriunda do modelo capitalista de Meiji que contribuiu para o fim do Xogunato.
Cada grupo específico da população teria a sua universidade, embora não houvesse fortes diferenças sociais entre esses grupos.
Quem controla a parte de pesquisa dessas universidades atualmente é o próprio governo do Japão.
Em qual continente surgiram as primeiras Universidades?
Europeu
Mas que função especial a Universidade desempenha na vida das pessoas?
é educar pessoas para trabalhar com o saber, fornecendo as condições para que estas pessoas sejam capazes de utilizar o conhecimento em um mundo complexo que não raras vezes é pensado de maneira simplificada ou ingênua.
O que podemos entender por uma construção crítica do conhecimento?
Trata-se de um ensino cuja preocupação deve focalizar o pensamento crítico do estudante.
Isso implica o compromisso com o pensamento autônomo e deve estimular uma conduta proativa e criativa.
O que significa dizer que o estudante precisa estar consciente do que acontece em sua sociedade e no mundo e deve entender o processo de construção, expressão e articulação do conhecimento, pois aprender é recriar.
A produção científica estimulada nas universidades tem como objetivo o exercício da nossa capacidade de pensar e discernir, direcionados para análises de ambientes, dados e situações diversas. O que exige procedimentos intelectuais e técnicos.
Mas o que podemos entender por produção científica?
como o conjunto de atividades acadêmicas desenvolvidas por docentes e discentes nas instituições de ensino superior.  
Tais atividades são divulgadas através de publicações especializadas e/ou fóruns para debate público que apresentam à sociedade o resultado de pesquisas que apontam informações, alternativas, caminhos para solução de problemas em diversas áreas de saber.
Agências de Fomento - As agências de fomento  CAPES e CNPq, bem como as fundações  de amparo à pesquisa, assumem função importante nesse processo de incentivo à produção científica.  
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) - foi criada em 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”.
A Plataforma Lattes -  é um sistema de informação curricular desenvolvido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que integra dados de currículos e instituições com o objetivo de avaliar a competência de candidatos à obtenção de bolsas e auxílios, selecionar consultores e membros de comitês e de grupos assessores e subsidiar a avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira.
A plataforma registra as atividades acadêmicas realizadas pelos pesquisadores sendo, hoje, elemento essencial à análise de mérito e competência por ocasião em que apresentam projetos de pesquisa às Agências de Fomento.
 
Para isso, os bolsistas de pesquisa, em diferentes níveis — Mestrado, Doutorado e Iniciação Científica —, os orientadores e outros membros da comunidade devem estar cadastrados na Plataforma Lattes.
Qual é o principal objetivo das agências de fomento, como CAPES e CNPq?
As agências de fomento, bem como as fundações de amparo a pesquisa, têm como principal objetivo incentivar a produção científica. 
Esse incentivo muitas vezes vem através da concessão de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos.
Aula 10: Projeto Político Pedagógico
Projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo projecere, que significa lançar para diante ou, conforme coloca Moacir Gadotti (2001), lançar-se para frente, denotando o sentido de movimento ou mudança.
Já Vasconcellos (1995, p. 143) diz que “Projeto [...] é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano [...], só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica  e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição.” Ao falar de instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano, estava se referindo ao PPP — Projeto Político Pedagógico.
Projeto Político Pedagógico – “objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político Pedagógico ― o famoso PPP.” (LOPES, 2013).
É Projeto Político Pedagógico ou Projeto Pedagógico?
Vamos encontrar documentos que usam os dois termos. Segundo alguns autores, os nomes projeto pedagógico ou projeto político pedagógico não apresentam diferenças.
A colocação da palavra político ressalta que não há ação pedagógica sem o compromisso com uma ação transformadora, formando para o exercício da cidadania.
E no Ensino Superior, qual é o papel do Projeto Pedagógico?
Todos os profissionais que atuam no ensino vêm se preocupando com a melhor maneira de adequar-se aos novos tempos e em mudar a cara da educação.
Assim, o ensino superior assume o papel de articulador da sociedade que contribui de maneira efetiva para a formação de profissionais capazes de pensar e agir criticamente. E, para que isso ocorra, não basta a simples ideia, mas um processo para torná-larealidade através de um planejamento.
No Brasil, a Lei nº 9394/94 ― Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ―, em seu art. 12, inciso I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, têm a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
O currículo de um curso representa a síntese dos conhecimentos e valores que caracterizam determinada área de saber.  
Na atividade de planejamento do PPP são definidas as finalidades e necessidades dos alunos, professores, enfim, dos cursos de graduação. Por isso, não deve ser entendido como um documento acabado, mas em construção, considerando-se que, ao longo do tempo, algumas práticas precisam ser revistas e modificadas.
Padrões referenciais são aqueles que expressam a visão de sociedade, da instituição, bem como a determinação e análise das necessidades e problemas prioritários da área de estudo no país.  
Quando se pensa em padrões conceituais, focaliza-se no perfil baseado nas competências do profissional a ser formado.
Padrões estruturais, repensamos conteúdos, métodos e sistema de avaliação em sintonia com as concepções construídas nas etapas anteriores. Sem desconsiderar a relação entre ensino, pesquisa e extensão.
No que consiste um perfil baseado em competências?
“competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer”.  
A essa modalidade estrutural dá-se  o nome de CHA, que significa Conhecimento, Habilidades e Atitudes.
O Projeto Pedagógico compreende, portanto, a forma como a Universidade pretende realizar seu ideal pedagógico e, assim, configura o material básico que direciona a ação de todas as unidades acadêmicas, orientando suas práticas pedagógicas, em especial os projetos pedagógicos dos cursos que a integram, pensando sempre na construção do conhecimento, habilidades e atitudes que constituem a competência do aluno em formação.

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