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Psicologia da Saúde Texto 0 – Psicologia da saúde x Psicologia hospitalar Elisa Kern de Castro Ellen Bornholdt SAÚDE - Relativo às funções orgânicas, físicas e mentais; - Prática profissional centrada na intervenção, primária, secundária e terciária. HOSPITALAR - Instituição concreta onde se tratam doentes, internados ou não; - Doença já instalada, só sendo possível a intervenção secundária ou terciária para prevenir efeitos adversos, físicos, emocionais ou sociais. - Psicologia da saúde: Tem como objetivo compreender como fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença. Os psicólogos trabalham com diferentes profissionais, realizando pesquisas e promovendo a intervenção clínica. ➢ Na Espanha é considerada disciplina ou campo de estudo da psicologia que aplica seus princípios, técnicas e conhecimentos científicos para avaliar, diagnosticar, tratar, modificar e prevenir os problemas físicos, mentais ou qualquer outro relevante para o processo de saúde e doença. ▪ Hospitais, centro de saúde comunitário, ONGs e nas casas dos indivíduos. ▪ É a psicologia clínica no âmbito médico. - Divisão 38 (Healt Psycology): grupo de trabalho criado em 1979 que tem como objetivos básicos avançar no estudo da psicologia como disciplina que compreende a saúde e a doença através da pesquisa e encorajar a integração da informação biomédica como conhecimento psicológico, fomentando e difundindo a área. - Segundo o CRP, o especialista em Psicologia Clínica também atua na área da saúde em diferentes contextos, além do consultório particular, inclusive em hospitais, unidades psiquiátricas, programas de atenção primária, postos de saúde, etc., prevenindo doenças no âmbito primário, secundário e terciário. Primária: é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade). Secundária: é a ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce). Terciária: é a ação implementada para reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto – IAM ou acidente vascular cerebral). - Psicologia hospitalar: O psicólogo hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como atendimento psicoterapêutico, grupo de psicoprofilaxia, atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva, pronto atendimento, enfermarias em geral, psicomotricidade no contexto hospitalar, avaliação diagnóstica e interconsultoria. - Alguns autores explicam que o termo Psicologia Hospitalar é inadequado porque pertence a lógica que toma como referência o local para determinarem s áreas de atuação e não prioritariamente às atividades desenvolvidas. - 6 tarefas básicas no hospital: 1. Coordenação: atividades com os funcionários do hospital 2. Ajuda à adaptação: internação 3. Interconsulta: ajudam outros profissionais a lidarem com o paciente 4. Enlace: intervenção e execução de programas para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes. 5. Assistencial direta: direto com o paciente 6. Gestão de RH: aprimorar os serviços dos profissionais da organização. - O psicólogo precisa estar preparado para atuar na saúde. É imprescindível refletir se sua formação lhe dá as bases necessárias para essa prática. A aprendizagem não deve ser só teórica e técnica, pois o psicólogo tem que ser comprometido socialmente, estar preparado para lidar com os problemas de saúde de sua região e ter condições de atuar em equipe com outros profissionais. - Segundo autores, a formação do psicólogo no Brasil está vinculada basicamente ao tratamento individual baseado no modelo clínico, que é a base de sua identidade profissional. - No Brasil a formação em psicologia é deficitária no que se refere aos conhecimentos da realidade sanitária do país, a participação em pesquisas e em políticas de saúde, indispensáveis para a determinação da sua prática e para o aprimoramento da especialidade. Essa formação elitista distancia o aluno e o profissional das demandas sociais existentes, não os habilitando para lidar com o sofrimento físico sobreposto ao sentimento psíquico, a injustiça social, a fome, a violência e a miséria. Em consequência, enquanto as classes privilegiadas têm acesso ao tratamento psicológico, as classes menos favorecidas ficam desassistidas, pois o tratamento clínico gratuito em instituições públicas e clínicas escola não abarca as necessidades de grande parte da população.
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