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20190402 RECURSO ORDINARIO ok

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Rua João Urbano de Figueiredo, 388 Parque Boa Vista, Varginha (MG) 37014-510 
Fone (35) 3212-4465 (35) 98862-6800 paiva_adv@hotmail.com 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO 
DE TRÊS CORAÇÕES (MG) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROC. Nº: 001.1480.83.2018.5.03.0147 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
RECLAMANTE: UESLEI AMÉRICO RODOLFO 
RECLAMADO: AUTOPISTA FERNÃO DIAS S/A 
 
 
UESLEI AMÉRICO RODOLFO, já qualificado nos autos do 
processo em referência, vem, por seus procuradores, regularmente constituídos, nos 
autos da reclamação trabalhista que move face a AUTOPISTA FERNÃO DIAS S.A., 
tempestiva e respeitosamente, perante Vossa Excelência, inconformado com a r. 
sentença de fls. 779/785, com fundamento nos artigos 893,II e 895, inciso I da CLT, 
apresentar RECURSO ORDINÁRIO consubstanciado nas razões anexas, requerendo 
seja o mesmo recebido e sejam os autos remetidos ao segundo grau de jurisdição para 
o devido reexame, observado estar o RECLAMANTE amparado pelos benefícios da 
Assistência Judiciária Gratuita deferida em sentença (fls. 784). 
 
O presente recurso é tempestivo, na medida em que esta parte 
RECORRENTE foi intimada do teor da sentença por meio de publicação em 02/04/2019 
(terça-feira). Assim, o prazo para interposição do presente recurso teve início em 
03/04/2019 (quarta-feira), findando-se em 15/04/2019 (segunda-feira). 
 
Requer, por oportuno, que as futuras notificações e intimações 
sejam efetivadas exclusivamente em nome do seguinte advogado, sob pena de 
nulidade, a teor da Súmula 427 do Colendo TST, e anotando-se na capa dos autos para 
 
 
Rua João Urbano de Figueiredo, 388 Parque Boa Vista, Varginha (MG) 37014-510 
Fone (35) 3212-4465 (35) 98862-6800 paiva_adv@hotmail.com 
todos os fins e efeitos de direito: MARIA ELIZABETH RODRIGUES DE PAIVA, 
OAB/MG 142.514, com escritório na Rua João Urbano de Figueiredo, 388, Parque Boa 
Vista, Varginha (MG), sob pena de nulidade, com exclusão de quaisquer outros 
procuradores anteriormente cadastrados. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Varginha (MG), 3 de abril de 2019. 
 
 
 
P.P. 
MARIA ELIZABETH RODRIGUES DE PAIVA 
OAB/MG 142.514 
 
 
 
 
Rua João Urbano de Figueiredo, 388 Parque Boa Vista, Varginha (MG) 37014-510 
Fone (35) 3212-4465 (35) 98862-6800 paiva_adv@hotmail.com 
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
 
 
 
 
RAZÕES DO RECLAMANTE 
 
 
 
 
RECORRENTE: UESLEI AMÉRICO RODOLFO 
RECORRIDO: AUTOPISTA FERNÃO DIAS S.A. 
AUTOS DE ORIGEM Nº 001.1480.83.2018.5.03.0147 
VARA DE ORIGEM: VARA DO TRABALHO DE TRÊS CORAÇÕES (MG) 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL, 
 
 
EMÉRITOS JULGADORES, 
 
 
COLENDA TURMA, 
 
 
Invoca a parte RECORRENTE a aplicação da Súmula nº 393 do 
TST, haja vista o efeito devolutivo em profundidade do apelo ordinário, como se extrai 
do artigo 515, parágrafo primeiro, do Código de Processo Civil, aplicado 
subsidiariamente. 
Inconformado com a r. sentença de fls. 779/785, que julgou 
parcialmente procedentes os pedidos da exordial, o RECORRENTE pretende ver 
reformada a r. sentença, haja visto, que segundo seu entendimento, não foi aplicada a 
verdadeira e tão almejada justiça. 
Respeitosamente, a sentença recorrida merece reforma, nos 
seguintes termos. 
 
 
 
Rua João Urbano de Figueiredo, 388 Parque Boa Vista, Varginha (MG) 37014-510 
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1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
 
1.1 DA LEGITIMIDADE 
 
Tendo em vista o RECORRENTE ser o reclamante, é parte 
legítima para recorrer. 
 
1.2 DO INTERESSE PROCESSUAL 
 
Tem interesse processual, visto que objetiva atacar a decisão 
recorrida. 
 
1.3 DA TEMPESTIVIDADE 
 
O presente recurso é tempestivo, na medida em que esta parte 
RECORRENTE foi intimada do teor da sentença por meio de publicação em 02/04/2019 
(terça-feira). Assim, o prazo para interposição do presente recurso teve início em 
03/04/2019 (quarta-feira), findando-se em 15/04/2019 (segunda-feira). 
 
1.4 DO PREPARO E DAS CUSTAS 
 
O RECORRENTE litiga sob o pálio da assistência judiciária 
gratuita deferida a fls. 784 da r. sentença, razão pela qual deixa de recolher custas e 
preparo recursal. 
 
2. NO MÉRITO 
 
2.1 DO ACIDENTE DE TRABALHO 
 
Com base, EXCLUSIVAMENTE, nos depoimentos de fls. 
775/776, diga-se, prestados por colaboradores com contratos ativos com a 
RECORRIDA, sem se ater ao disposto nos documentos de ID nº affda8a, e48105d, 
f977455 e 83b8057, o MM Juiz a quo julgou improcedente o pedido do RECORRENTE 
de enquadramento do acidente ocorrido em 16/12/2017 como ACIDENTE DE 
 
 
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TRABALHO. 
Concluiu o MM Juiz a quo que o autor não estava à disposição da 
empregadora ou realizando atividade para esta, vez que o evento do qual o 
RECORRENTE voltava quando sofreu o acidente era uma confraternização entre 
amigos. 
Por consequência julgou improcedente o pedido de indenização 
estabilitária prevista no artigo 118 da Lei 8.213/91, consubstanciado na garantia de 
manutenção do contrato de trabalho pelo prazo de 12 (doze) meses, a contar da 
cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente, decorrente do disposto no artigo 21, IV de mesmo dispositivo legal. 
 
A decisão alhures merece reforma! 
 
Incontroverso que o RECORRENTE estava à disposição da 
empresa no dia do acidente, sendo induvidoso que na ida para a confraternização 
estava entregando materiais referentes a mudança de tarifa e cartões de natal, o que 
está registrado a fls. 771, ID nº 83b8057, página 02, dos autos: 
 
 
Ainda, incontroverso que, DIVERSO DOS DEPOIMENTOS PRESTADOS 
A FLS. 775/776, ID Nº 18CAAD1, a confraternização do dia 16/12/2017 era um evento da 
empresa, o que está comprovado documentalmente nos autos no ID nº affda8a fls. 
763/764, ID nº e48105d, fls. 765/766, ID nº f977455 e 83b8057 e ratificado pelo 
depoimento do RECORRENTE e da testemunha Sebastião Rogério (fls. 775/776), 
 
 
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senão veja. 
Em seu depoimento o RECORRENTE declarou que a 
confraternização do dia 16/12/2017 foi organizada pelo CCA - Centro de Controle de 
Arrecadação: 
[...] 
 
[...] 
 
O depoimento do RECORRENTE foi ratificado pela testemunha 
Sebastião Rogério de Paulo (fls. 775/776) 
[...] 
 
 
O que se reafirma pelo teor do e-mail trocado em 05/12/2017 entre 
os participantes da confraternização, neste resta evidenciado que utilizaram de pasta 
do departamento do CCA - Centro de Controle de Arrecadação para tratar os assuntos 
relativos a dita confraternização. 
 
 
Induvidoso que os que participaram da confraternização alhures 
tinham acesso a pasta do departamento denominado CCA – Centro de Controle e 
Arrecadação, documento interno da empresa RECORRIDA, aja vista estar 
 
 
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disponibilizado nessa as informações do amigo oculto revelado durante a 
confraternização do dia 16/12/2017. 
 
Por certo que a confraternização natalina foi organizada pelo setor 
da RECORRIDA denominado CCA – Centro de Controle e Arrecadação e se tratava de 
um evento da empresa, assim não fosse não teria a testemunha Márcio José Souto 
declarado que ESTAVA AUTORIZADO PELA EMPRESA/RECORRIDAA UTILIZAR O 
VEÍCULO DA EMPRESA PARA IR AO EVENTO. 
Fls. 776 – ID nº 18caad1 
[...] 
 
 
Do depoimento alhures se depreende não só a ciência da 
RECORRIDA como sua anuência em relação ao evento, organizado em horário de 
expediente através de e-mail coorporativo, CONTRADIZENDO OS DEPOIMENTOS 
DAS TESTEMUNHAS ARROLADAS PELA RECORRIDA QUE DISSERAM TEREM 
SIDO CONVIDADOS POR WHATSAPP (FLS. 776, DEPOIMENTO DE MÁRCIO JOSÉ 
SOUTO) E “BOCA A BOCA” (FLS. 776, DEPOIMENTO DE SAMANTHA SILVA 
JUNQUEIRA). 
 
Observa-se que a depoente Samantha Silva, que em seu 
depoimento disse que a organização do evento se deu “boca a boca” está em cópia nos 
e-mails trocados, sendo este Samantha.junqueira@arteris.com.br, assim como o 
depoente Márcio José Souto, que em seu depoimento disse que “o convite para o evento 
se deu pelo WhatsApp”, e-mail márcio.souto@arteris.com.br, evidenciando haver 
indução de testemunhas para afastar a procedência do pedido postulado pelo 
RECORRENTE. 
 
Os e-mails trocados entre os participantes da confraternização 
para a organização do evento foram juntados aos autos nos ID’s nº affda8a, e48105d, 
f977455 e 83b8057, sendo estes e a declaração da testemunha Márcio provas 
suficientes e contundentes para comprovar que A CONFRATERNIZAÇÃO DO DIA 
16/12/2017ERA UM EVENTO DA EMPRESA. 
 
 
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Não havendo dúvidas de que o RECORRENTE estava em evento 
da empresa, com finalidade de lhe proporcionar proveito (INTERAÇÃO DA EQUIPE DO 
CCA - CENTRO DE CONTROLE E ARRECADAÇÃO), é devido o reconhecimento do 
acidente como de trabalho. 
 
 
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2.2 DA ESTABILIDADE DA CLÁUSULA 49º DO ACORDO 
COLETIVO DE TRABALHO 
 
O MM Juiz a quo julgou improcedente o pedido de pagamento da 
indenização estabilitária prevista na cláusula 49ª do Acordo Coletivo de Trabalho, posto 
que entendeu que referido pagamento fora feito na rescisão de trabalho nos campos 95, 
95.1 e 95.2 do TRCT, contudo, a somatória destas rubricas não perfaz o montante 
devido da indenização prevista em referida cláusula coletiva. 
Somadas as rubricas alhures tem-se o montante de R$39.784,81 
(trinta e nove mil, setecentos e oitenta e quatro reais e oitenta e um centavos), já a 
indenização prevista na cláusula 49ª do Acordo Coletivo seria de R$42.292,87 (quarenta 
e dois mil, duzentos e noventa e dois reais e oitenta e sete centavos), sendo: 
✓ 04 meses de salário – R$8.852,00 x 4= R$35.408,00; 
✓ Férias acrescidas do terço constitucional = R$3.934,21; 
✓ Décimo terceiro = R$2.950,66 
 
Outrossim, induvidoso que a r. sentença merece reforma para 
condenar a RECORRIDA no pagamento da diferença de R$2.508,06 (dois mil 
quinhentos e oito reais e seis centavos), sendo inconteste que a alta do RECORRENTE 
se deu em 15/06/2018 (97d54ba) e seu afastamento em 18/06/2018. 
 
2.3 DA DIFERENÇA DE VERBAS RESCISÓRIAS 
 
A r. sentença fustigada indeferiu o pagamento das diferenças das 
verbas rescisórias fundamentando a decisão nos seguintes termos: 
[..] competia ao reclamante, de posse de seu termo de rescisão 
do contrato de trabalho e À VISTA DOS RECIBOS DE SALÁRIO 
JUNTADOS AOS AUTOS POR SUA ANTIGA EMPREGADORA, apontar 
especificamente os valores que entende serem-lhe devidos, o que 
não fez. Grifo nosso. 
[...] 
 
Por certo que a data da distribuição da ação o RECORRENTE não 
tinha as informações necessárias para apresentar pedido determinado quanto ao valor 
a receber de diferença de verbas, haja vista a própria decisão alhures transcritas, da 
qual se depreende que OS RECIBOS DE SALÁRIO DO RECORRENTE FORAM JUNTADOS 
PELA RECORRIDA NO CURSO DO PROCESSO. 
 
 
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Pelo acima exposto é que o pedido do RECORRENTE foi de 
apuração das diferenças das verbas rescisórias em liquidação de sentença. 
 
É o presente recurso para requerer a reforma da r. sentença de 
fls. 779/785 para deferir a apuração da diferença dos valores rescisórios em liquidação 
de sentença. 
 
2.4 DOS DESCONTOS INDEVIDOS 
 
A r. sentença fustigada dispõem a fls. 783: 
[...] 
 
 
Precipuamente reitera-se que a confraternização do dia 
16/12/2017 era um evento da empresa, o que foi amplamente discorrido e comprovado 
no item 2.1. 
 
Ainda que assim não fosse, em homenagem ao Princípio da 
Igualdade de Tratamento aplicado nas relações de trabalho, o RECORRENTE não pode 
ser considerado imprudente pelo simples fato de utilizar o veículo da empresa para 
comparecer na confraternização do dia 16/12/2017, pois, uma vez que A EMPRESA 
AUTORIZOU O DEPOENTE MÁRCIO JOSÉ SOUTO A IR NA CONFRATERNIZAÇÃO 
NO VEÍCULO DA EMPRESA (FLS. 776) não poderia vedar o mesmo direito ao 
RECORRENTE, o que caracterizaria discriminação patente de indenização por dano 
moral. 
Fls. 776 – ID nº 18caad1 
[...] 
 
 
 
 
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Inobstante o acima esposado não se verifica qualquer ação 
precipitada e sem cautela do RECORRENTE apto a caracterizar imprudência, não 
sendo conclusivo nesse sentido o “Relatório técnico” juntado pela RECORRIDA no ID 
nº 834f8c0. Ao bem da verdade o que se tem é um evento inesperado ocorrido sem 
qualquer imprudência que possa ser atribuída ao RECORRENTE. 
Ademais, a teor do disposto no artigo 462 da CLT só é licito 
desconto nos salários do empregado em caso de DANO CAUSADO POR DOLO ou 
quando ACORDADO entre as partes, não havendo previsão legal para débito em caso 
de culpa, conforme fundamentação da r. sentença de fls. 779/785. 
Artigo 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto 
nos salários do empregado, salvo quando este resultar de 
adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será 
lícito, desde de que esta possibilidade TENHA SIDO ACORDADA OU 
NA OCORRÊNCIA DE DOLO DO EMPREGADO. 
 
Dolo é à vontade conscientemente dirigida à produção do 
resultado ilícito, por certo que o RECORRENTE não agiu com intuito, vontade de se 
envolver em um acidente, sendo óbvio que ele foi a maior vítima do fato ocorrido, assim, 
uma vez que não houve dolo indevido o desconto. 
No mesmo passo não há que se falar em desconto por acordo 
entre as partes sendo induvidoso que o documento de ID nº 9393097 não se presta a 
dar legalidade ao desconto em tela. 
Está eivado de vícios a autorização de desconto juntada pela 
RECORRIDA no ID nº 9393097, IMPUGNADA A FLS. 754/755, outrossim, não pode ser 
considerada como “AUTORIZAÇÃO EXPRESSA” conforme entendeu o MM Juiz a quo, 
senão veja: 
✓ O acidente ocorreu em 16/12/2017; 
✓ O pagamento das verbas rescisórias se deu em 
27/06/2018; 
✓ A rescisão do contrato do RECORRENTE foi assinada em 
09/07/2018; 
✓ O termo de autorização de desconto, ID nº 9393097, foi 
assinado em 15/07/2018, ou seja, em data posterior ao pagamento das verbas 
rescisórias e assinatura da rescisão; 
✓ Ainda, consta de referida autorização que O DESCONTO SE 
REFERE A TERMO DE ENTREGA E RESPONSABILIDADE DO VEÍCULO ASSINADO PELAS PARTES 
 
 
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EM 21/08/2017, não havendo nos autos documento firmado nessa data, sendo certo que 
documento de ID nº b47d490 está datado de 01/02/2009. 
Pelas evidencias relatadas e comprovadas é certo que a r. 
sentença de fls. 779/785 merece ser reforma para declarar a ilegalidade do desconto de 
R$5.276,80 (cinco mil duzentos e setenta e seis reais e oitenta centavos) com 
consequente restituição do valor ao RECORRENTE. 
 
2.5 DA IMPUGNAÇÃO DOS DOCUMENTOS 
 
O MM Juiz a quo não acolheu as impugnações de documentos 
sob argumento de que as partes não demonstraram a existência de vícios quanto a sua 
forma e conteúdo, contudo, restou evidenciado em sede de impugnação a contestação 
que o documento de ID nº 9393097, termo de autorização de desconto, em razão da 
data da assinatura ser posterior ao pagamento das verbas rescisórias e assinatura do 
TRCT, esta eivado de vício. 
Requer a reforma da r. sentença para acolher a impugnação do 
recibo de ID nº 9393097. 
 
3. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
O RECORRENTE requer o conhecimento e o PROVIMENTO do 
presente Recurso Ordinário, para substituir os capítulos da sentença ora objurgados, 
nos limites e na conformidade das razões desta recursal, julgando TOTALMENTE 
PROCEDENTE as pretensões exaradas na reclamatória trabalhista. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Varginha (MG), 3 de abril de 2019. 
 
 
 
P.P. 
MARIA ELIZABETH RODRIGUES DE PAIVA 
OAB/MG 142.514

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