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Apostila de Informática - UNIP

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Autor: Prof. Antônio Palmeira de A. Neto
Colaboradores: Profa. Valéria de Carvalho
 Prof. José Carlos Morilla
Informática
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Professor conteudista: Antônio Palmeira de A. Neto
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (2013). Especialista em Gestão da Tecnologia 
da Informação pelo Centro Universitário Uninassau em Pernambuco (2010). Engenheiro de Telecomunicações pela 
Universidade de Pernambuco (2008). Profissional certificado em ITIL v3 Foundation e Cobit v4.1 Foundation.
Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação dos cursos de graduação (presencial e a distância) em Gestão 
de TI do Centro Universitário do Senac. Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação e Redes de Computadores 
na Universidade Paulista (UNIP). Professor de disciplinas técnicas de Telecomunicações do Instituto Técnico de Barueri.
Tem experiência de mais de dez anos em Gestão e Governança de TI e na prestação de serviços de TI a empresas 
do segmento financeiro e concessionárias de serviços de telecomunicações.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A663i Araújo Neto, Antonio Palmeira de.
Informática / Antônio Palmeira de Araújo Neto – São Paulo: 
Editora Sol, 2019.
152 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXV, n. 2-010/19, ISSN 1517-9230.
1. Tecnologia da informação. 2. Planilhas eletrônicas. 3. 
Tecnologias aplicadas à educação. I. Título.
CDU 681.3
U501.67– 19
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Sheila Folgueral
 Vitor Andrade
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Sumário
Informática
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA .................................................................................................................. 11
1.1 Evolução e histórico da informática............................................................................................. 11
1.1.1 Histórico da informática na sociedade ...........................................................................................11
1.1.2 A tecnologia da informação na vida das pessoas ..................................................................... 14
1.1.3 Infraestrutura de TI ................................................................................................................................ 16
1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento ..................................................................... 18
1.2.1 Dado ............................................................................................................................................................. 18
1.2.2 Informação ................................................................................................................................................ 19
1.2.3 Conhecimento .......................................................................................................................................... 20
2 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (PARTE 1) ............................................... 22
2.1 Hardware ................................................................................................................................................. 22
2.1.1 Conceitos do hardware......................................................................................................................... 22
2.1.2 Evolução do hardware .......................................................................................................................... 23
2.1.3 Estrutura básica do hardware ............................................................................................................ 26
2.1.4 Tipos de computadores ........................................................................................................................ 30
2.2 Software ................................................................................................................................................... 32
2.2.1 Introdução ao software ........................................................................................................................ 32
2.2.2 Tipos de software .................................................................................................................................... 34
2.2.3 Softwares utilizados nas organizações .......................................................................................... 36
3 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (PARTE 2) ............................................... 39
3.1 Banco de dados ..................................................................................................................................... 39
3.1.1 Introdução ao banco de dados.......................................................................................................... 39
3.1.2 Banco de dados relacional .................................................................................................................. 41
3.1.3 Sistemas de gerenciamento de bancos de dados ...................................................................... 43
3.2 Redes de computadores e telecomunicações ........................................................................... 44
3.2.1 Histórico e evolução das redes de comunicação ....................................................................... 44
3.2.2 Transmissão de sinais ............................................................................................................................ 45
3.2.3 Redes de computadores ....................................................................................................................... 48
3.2.4 Meios físicos .............................................................................................................................................. 50
3.2.5 Classificação das redes de computadores quanto a abrangência ...................................... 51
4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES .................................................................... 52
4.1
O papel estratégico das tecnologias da informação.............................................................. 52
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4.1.1 O valor das tecnologias da informação para a sociedade moderna .................................. 52
4.1.2 Estratégias com tecnologias da informação ............................................................................... 54
4.1.3 Alinhamento estratégico da TI .......................................................................................................... 55
4.1.4 TI verde ........................................................................................................................................................ 55
4.2 Tendências e aplicações de tecnologia da informação ......................................................... 57
4.2.1 Inteligência artificial .............................................................................................................................. 57
4.2.2 Tecnologias de redes e a internet..................................................................................................... 59
Unidade II
5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ....................................................................................................................... 64
5.1 Introdução aos sistemas de informação ..................................................................................... 64
5.1.1 Conceitos básicos de sistemas ........................................................................................................... 64
5.1.2 Conceitos de sistemas de informação ............................................................................................ 65
5.1.3 Tipos de sistemas de informação ..................................................................................................... 67
5.2 Planejamento de recursos empresariais ...................................................................................... 69
5.2.1 Sistemas de processamento de transações (SPT) ....................................................................... 69
5.2.2 A falta de integração e a existência de silos ............................................................................... 70
5.2.3 Conceito e histórico do ERP ............................................................................................................... 71
5.2.4 Módulos de um ERP............................................................................................................................... 73
5.2.5 Vantagens e desvantagens de um ERP .......................................................................................... 74
6 A TOMADA DE DECISÃO E A GESTÃO DE DADOS ............................................................................... 75
6.1 Tomada de decisão .............................................................................................................................. 75
6.1.1 Definição e processos ............................................................................................................................ 75
6.1.2 Processo de tomada de decisão ........................................................................................................ 77
6.1.3 Sistemas de informação gerencial (SIG) ........................................................................................ 78
6.1.4 Sistemas de apoio à decisão (SAD) .................................................................................................. 81
6.2 Gestão de dados e a segurança de informação ....................................................................... 82
6.2.1 Projeto de banco de dados ................................................................................................................. 82
6.2.2 Business intelligence ............................................................................................................................. 83
6.2.3 Data mining .............................................................................................................................................. 84
6.2.4 Segurança de informação e as redes de computadores ......................................................... 84
Unidade III
7 PLANILHAS ELETRÔNICAS ............................................................................................................................ 89
7.1 Introdução a planilhas eletrônicas ................................................................................................ 89
7.1.1 Introdução ao Excel 2016 .................................................................................................................... 89
7.1.2 Abertura do programa e criação de pastas .................................................................................. 90
7.2 Iniciando o uso de planilhas ............................................................................................................ 92
7.2.1 Faixa de opções ........................................................................................................................................ 92
7.2.2 Barra de ferramentas de acesso rápido e barra de títulos ..................................................... 97
7.2.3 Outros componentes ............................................................................................................................. 98
7.3 Uso básico e intermediário do MS-Excel ..................................................................................100
7.3.1 Pastas e células ......................................................................................................................................100
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7.3.2 Planilha .....................................................................................................................................................102
7.3.3 Dados e células ......................................................................................................................................104
7.4 Uso avançado do MS-Excel ............................................................................................................108
7.4.1 Fórmulas ...................................................................................................................................................108
7.4.2 Funções ..................................................................................................................................................... 112
7.4.3 Gráficos .................................................................................................................................................... 128
7.4.4 Outros recursos avançados .............................................................................................................. 130
8 TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇAÇÃO ......................................................................................131
8.1 Histórico da tecnologia na educação ........................................................................................131
8.1.1 Introdução e histórico ........................................................................................................................131
8.1.2 Histórico da educação a distância ................................................................................................ 133
8.2 As tecnologias e a educação..........................................................................................................135
8.2.1 As novas tecnologias educacionais .............................................................................................. 135
8.2.2 Tecnologias aplicadas ao ensino de matemática ....................................................................
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APRESENTAÇÃO
O objetivo desta disciplina é entender os principais conceitos que envolvem as tecnologias da 
informação, seu ferramental e papel dentro de uma perspectiva estratégica, destacando as vantagens 
competitivas alcançadas. Pretende-se discutir a infraestrutura de TI, composta de hardware (sistema 
computacional como um todo), software (de sistema e de aplicação), bancos de dados (tipos e o suporte 
a decisão) e redes de computadores. A ideia é familiarizar o aluno com terminologias e conceitos básicos 
em informática para torná-lo um usuário do computador sem grandes dificuldades para realizar tarefas. 
Pretende-se possibilitar que o desenvolvimento de habilidades na utilização de softwares aplicativos 
e utilitários que possam ser utilizados como ferramentas de trabalho em outras disciplinas e em sua vida 
profissional. Também deseja-se dar condições para que o aluno perceba, de maneira teórica e prática, 
a importância dos computadores como ferramentas nas aplicações práticas do Ensino Fundamental e 
Médio e no exercício de uma gama variada de outras profissões. Por fim, um último objetivo é, por meio 
desta leitura, impulsionar você a mergulhar no mundo da tecnologia e fomentar o hábito de procurar 
em todas as fontes aconselhadas neste material um entendimento da importância das ferramentas 
tecnológicas na vida das pessoas, das empresas e de toda a sociedade.
Neste livro-texto será apresentada a evolução e introdução da informática e das tecnologias da 
informação, vamos abordar os recursos da infraestrutura de TI e mencionaremos a importância da TI 
nas organizações. Serão apresentados o conceito e os tipos de sistemas de informação, além do tão 
importante planejamento de recursos empresariais, a tomada de decisão e a gestão adequada de dados.
Serão apresentados os recursos de tecnologia aplicada que podem ser utilizados e as planilhas 
eletrônicas como ferramentas fundamentais para área de matemática e de educação de forma geral, 
assim como a ideia de aplicar tecnologia à educação.
Espero que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer mais sobre tecnologia 
da informação e como aplicá-la em seu dia a dia.
Boa leitura!
INTRODUÇÃO
A tecnologia da informação (TI) é algo fascinante, principalmente nos dias de hoje. Não há como 
não contemplá-la em todas as áreas do ambiente organizacional e na vida das pessoas na sociedade. 
Negócios e empresas foram totalmente modificados, outros foram extintos, dando espaço para novas 
formas de comercialização e inovação baseada na informática.
A informática, que era privilégio de poucos, com seus computadores de grande porte e com seus 
sistemas aparentando ser algo de “outro mundo”, apresenta-se cada vez mais como um ferramental 
extremamente comum, para não dizer ubíquo. É certo que, alavancada pela internet, as tecnologias da 
informação têm sido frequentemente utilizadas pelas pessoas em seus lazeres, nos seus trabalhos, na 
forma como se faz a gestão da informação e também, mais do que nunca, na forma como aprendemos.
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Fomentando a disseminação do conhecimento e universalizando a educação, a TI tem apoiado 
processos de educação a distância e também proporciona grande oportunidade de disseminação de 
informações que favorecem a construção de processos pedagógicos inovadores.
Mas o que está por trás de toda a TI? O que a suporta?
Muitos são os recursos que suportam toda a infraestrutura de TI, composta eminentemente de 
hardware, software, bancos de dados e redes de computadores. Uma das grandes chaves do sucesso no 
uso da TI é descobrir como utilizar todas estas peças da infraestrutura de modo estratégico para agregar 
valor ao dia a dia das pessoas. 
Conhecer e entender TI não é algo fácil, porque nesta área tudo se atualiza muito rápido, logo, as 
tecnologias ficam obsoletas. Por isso a importância da busca constante do conhecimento em TI.
Quaisquer profissionais nos dias de hoje, principalmente da área de educação, precisam estar abertos 
para dominar estas tecnologias, compreendê-las e assim utilizá-las para melhorar seu uso no cotidiano.
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INFORMÁTICA
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA
1.1 Evolução e histórico da informática
1.1.1 Histórico da informática na sociedade
Ao falar sobre informática ou tecnologias da informação, de forma imediata, remete-se apenas ao 
bom e velho computador, nas suas diversas variantes e dispositivos relacionados, tais como smartphones, 
laptops, supercomputadores, impressoras, scanners, modens, entre outros.
Ao olhar para a história desses dispositivos, bem como as suas características modernas, verifica-se que 
o surgimento da informática não se deu de forma imediata a partir deles, mas sim de um primeiro desejo de 
automatizar rotinas, das mais simples possíveis às mais complexas. É a partir disso que tudo começa.
O primeiro grande desejo do homem era o de fazer cálculos com rapidez. Por isso, é em torno de 
2000 a.C. que se encontra o marco inicial dos dispositivos calculadores, com o surgimento do ábaco. 
Esse primeiro dispositivo calculador (e porque não falar computador) utilizava varetas deslizantes com 
armação de madeira para fazer cálculos binários.
 Observação
O significado do nome computador é calculador. Por isso, convém 
referir-se a uma calculadora como um computador, compreendendo o 
significado do seu nome.
Após o surgimento do ábaco, é possível também considerar outros artefatos com praticamente a 
mesma finalidade de efetuar cálculos, mas sustentados por novas tecnologias, tais como:
• Ossos de Napier: método para efetuar operações fundamentais a partir de cilindros rotativos, 
criado por John Napier em 1614.
• Primeira máquina de calcular mecânica: criada em 1623 por Wilhelm Schickard para calcular 
valores a partir do uso de rodas dentadas.
• Pascaline: criada por Blaise Pascal em 1642, destinada a cálculos de soma e subtração utilizando 
oito discos dentados de dêz dentes.
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Unidade I
• Stepped reckoner: criada em 1673 por Gottfried Leibnitz a partir das ideias de Pascal, destinada 
a cálculos de multiplicação, divisão e de raiz quadrada.
• Primeira máquina programável: criada por Joseph-Marie Jacquard em 1801 como uma 
calculadora programável, utilizando cartões metálicos perfurados para armazenamento.
• Arithometer: criada em 1818 por Charles Xavier Thomas de Colmar, com características modernas 
e comercializada até a década de 1920.
• Differential Engine: criada em 1820 por Charles Babbage, destinava-se a cálculo de polinômios.
• Analytical Engine: criada em 1833 por Charles Babbage, destinava-se a operações matemáticas 
sofisticadas por meio de uma calculadora mecânica.
É importante destacar que a evolução tecnológica vivenciada pela humanidade foi muito grande, 
antes mesmo de existir o primeiro computador com caraterísticas modernas. Por exemplo, as tecnologias 
de navegação e de guerra tão presentes na Idade Média, bem como as técnicas de construção civil e 
transporte, as evoluções na medicina, na logística de forma geral, dentre outros.
Próximo ao século XIX verifica-se o surgimento de tecnologias de comunicação, tais como o 
telégrafo e o telefone, além do uso acelerado da energia elétrica e da própria lâmpada. Já no século XX, 
impulsionada pela Primeira e Segunda Guerra Mundial, percebe-se grande evolução
das tecnologias, 
principalmente das tecnologias de informação, com características ainda rústicas.
 Observação
É comum conceber a evolução da informática como a evolução do 
computador, embora as tecnologias da informação sejam mais amplas do 
que o computador.
A informática, ou podemos assim dizer a tecnologia da informação (TI), usada pelas organizações 
começou a ser utilizada por volta da década de 1960, a partir dos famosos mainframes. Esses eram 
computadores de grande porte, com alto poder de processamento centralizado e extremamente caros, 
além de se apresentarem com poucas opções tecnológicas.
No período inicial a área de TI das organizações objetivava apenas o fornecimento de recursos para 
suportar os controles operacionais de forma centralizada. Era comum referir-se à área de TI como área 
de CPD, que significa (centro de processamento de dados); o CPD tinha como finalidade suportar esse 
processamento centralizado e manter os terminais de computadores operando de forma adequada. 
É comum observar também nesse contexto que o desenvolvimento de aplicativos e de soluções 
tecnológicas, baseado no uso de computadores, ainda era muito incipiente e com estruturas tímidas, 
utilizando rotinas praticamente artesanais para a criação de recursos tecnológicos e programas capazes 
de atender às necessidades dos negócios. Vale salientar também que nesse período as ferramentas tinham 
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INFORMÁTICA
uma valorização superior quando comparadas com os processos, de forma que estes sempre tinham que 
se adaptar às ferramentas.
É na década de 1970 que se começa a mencionar o uso dos primeiros sistemas de informação (SI) 
nos ambientes empresariais, gerando grandes benefícios para os negócios das organizações. A TI recebe 
grande importância e inicia-se a percepção de que ela é um recurso organizacional importante, inclusive 
para a tomada de decisão. Isso eleva a TI de um simples recurso de operação para uma ferramenta 
fundamental para a tomada de decisão, além de contribuir para as inovações e aprendizagem.
A década de 1980, caracterizada por grandes mudanças e quebras de paradigmas, apresenta-se muito 
afetada pela ideia de globalização e internacionalização. O periodo favorece uma profissionalização 
da área de TI, trazendo novidades, tais como as terceirizações, a integração de sistemas, os sistemas 
interorganizacionais, os sistemas distribuídos e o uso acelerado das telecomunicações. Também nesse 
recorte histórico, encontra-se uma execução de negócios dependente cada vez mais da aplicação da TI.
Em 1990, a TI é convocada a estar presente no centro da discussão estratégica das empresas, 
favorecendo transformações no negócio e agregando cada vez mais valor nas iniciativas organizacionais. 
Assim, estratégia de TI e estratégia de negócios começam a se unir mais gerando a ideia de alinhamento 
estratégico da TI.
No início deste milênio (ano 2000), contempla-se uma mudança do modelo cliente-servidor 
(caracterizado pelo uso de intranets) para os modelos baseados na web, em que os sistemas são operados 
por meio da internet. Tudo isto torna-se cada vez mais possível, a partir da ubiquidade da internet e pela 
democratização no uso da banda larga, principalmente nos países desenvolvidos.
Também se verifica que os sistemas de software proprietários vão dando cada vez mais espaço 
para uma proposta de sistemas de software abertos, com o uso do software livre, com destaque para 
o sistema operacional aberto Linux atuando como o sistema dos servidores das redes no ambiente 
web. Observa-se também uma integração cada vez maior entre as práticas gerenciais e de governança 
corporativas, com as práticas da governança da TI. A qualidade sai do mundo acadêmico e se transforma 
em uma alternativa quase que obrigatória nos processos e produtos da TI.
Todas essas grandes mudanças ocorrem revolucionando a forma como a sociedade de uma forma 
geral enxerga o mundo e realiza as suas tarefas. Um bom exemplo são os novos meios de comércio 
eletrônico, que possibilitam aos usuários adquirirem produtos por meio de poucos cliques.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a evolução da informática, consulte:
MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: conceitos e aplicações. 
3 ed. São Paulo: Érica: 2013. cap. 2.
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Unidade I
1.1.2 A tecnologia da informação na vida das pessoas
A era da tecnologia, em que vivemos, é resultante do conjunto de inovações e 
descobertas que a ciência já produziu ou vem produzindo. As consequências 
das novas tecnologias são inúmeras, e seu poder multiplicador tem se 
voltado a quase todos os campos da esfera humana, seja no lar, na escola, na 
indústria, no comércio, na fábrica, na igreja, na cultura ou no lazer. Em todas 
essas áreas, a tecnologia tem trazido novas linguagens, novas possibilidades, 
novos conhecimentos, novos pensamentos, novas formas de exploração e 
sua intensificação aumenta com o incremento tecnológico; por outro lado 
se pode afirmar que a humanidade passa a ter condições para uma melhora 
da qualidade de vida, resultando, por exemplo, em uma média de vida muito 
maior quando comparada ao início do século XX (VELOSO, 2011, p. 32).
Vivencia-se um período de grandes transformações e quebras de paradigmas, compartilhando uma 
grande vitória da humanidade: a informação anywhere/anytime (significa em todo lugar e em todo 
tempo). A partir da informação e das tecnologias que com ela trabalham, nascem as ideias inovadoras 
e seu uso inteligente pelas pessoas. Assim, as tecnologias da informação têm se tornado cada vez mais 
uma realidade inerente à vida de todos, pessoas e empresas, e também uma ferramenta fundamental 
para as organizações, gerando aumento da produtividade e qualidade dos produtos e serviços.
Albertin (2001) afirma que as organizações já perceberam a importância da TI e seus impactos sociais 
e econômicos, desse modo a buscam e a utilizam para se tornarem mais competitivas. Analisando mais 
profundamente e alterando estratégias de atuação e processos operacionais, os planejamentos futuros 
passaram a ter como uma de suas bases a TI. A tecnologia tem auxiliado na habilidade de manipular 
um grande volume de transações com um custo unitário médio decrescente, de apoiar operações 
geograficamente dispersas por intermédio do processamento distribuído e de oferecer novos produtos 
e canais de distribuição.
Saindo um pouco do contexto empresarial e adentrando a realidade mais concreta das pessoas, 
observa-se TI em tudo que se faz e opera. Por exemplo, deseja-se ir ao cinema, então verifica-se a sessão por 
meio de smartphones, compram-se, inclusive, as entradas. Consulta-se a previsão do tempo, as principais 
notícias, extratos bancários e diversas outras informações com poucos cliques ou toques na tela do smartphone.
Exemplo de aplicação
Procure um negócio qualquer (banco, supermercado, empresas de mídia, empresas do ramo de 
educação, dentre outras) e analise o antes e o depois do uso da TI. Talvez você precise conversar com 
alguém que tenha mais idade.
Mas na verdade o que é tecnologia? É o mesmo que tecnologia da informação? Tecnologia da 
informação e tecnologias da informação é o mesmo? E o que dizer sobre tecnologias da informação e 
da comunicação?
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INFORMÁTICA
Em primeiro lugar convém dizer (para surpresa de muitos) que nem toda tecnologia é tecnologia 
da informação. Tecnologia é concebida como um conjunto de procedimentos, inovações, processos, 
métodos, ferramentas e conhecimentos
por meio do qual as capacidades humanas de uma sociedade 
podem ser ampliadas.
Para sustentar a ideia de que uma tecnologia pode não ser TI, é possível citar por exemplo uma 
simples caneta esferográfica. Esta nada tem de TI e mesmo assim é uma tecnologia. É possível que 
contemple as tecnologias na área industrial, na área médica, nos serviços, na informática e na sociedade 
como um todo por meio de inovações. Estas têm contribuindo significativamente para o aumento da 
produtividade e o bem-estar da sociedade como um todo, sem falar em toda a mudança na forma em 
como se vive nos dias de hoje, com estilos tão diferentes do passado. 
 Observação
É comum em algumas bibliografias a distinção entre tecnologia e 
técnicas. Tecnologia é o conhecimento da técnica e técnica, envolve a 
aplicação de conceitos.
Tigre (2006) mostra uma ligação muito forte entre tecnologia e economia, principalmente ao 
detalhar informações sobre a evolução tecnológica mundial.
As grandes mudanças tecnológicas são acompanhadas de transformações 
econômicas, sociais e institucionais, pois a tecnologia não se difunde no vácuo, 
necessitando de regimes jurídicos, motivação econômica e condições político-
institucionais adequadas para se desenvolver. O processo de acumulação 
primitiva de capital, associado às revoluções burguesas europeias a partir 
do século XVI, criou as condições necessárias para as inovações técnicas que 
deram origem à manufatura. Do ponto de vista tecnológico, a Revolução 
Industrial se caracteriza pela substituição da habilidade e do esforço humano 
pelas máquinas, pela introdução de novas fontes inanimadas de energia e 
pelo uso de matérias-primas novas e muito mais abundantes, sobretudo a 
substituição de substâncias vegetais ou animais por minerais. Além dessas 
inovações técnicas, ocorreram importantes inovações organizacionais, a 
exemplo da divisão de trabalho. Cabe lembrar que as inovações dessa época 
não eram ainda produtos da ciência, mas sim de observações, especulações 
e experimentação prática. Adam Smith e David Ricardo foram pioneiros na 
análise das causas e consequências da automação da manufatura, tendo em 
vista suas preocupações em identificar a origem da riqueza das nações e seus 
impactos sobre renda e trabalho. A identificação da tecnologia como fator 
de dinamismo econômico contrasta com o pensamento dos fisiocratas, que 
sustentavam que somente a terra ou a natureza seria capaz de produzir algo 
novo. As demais atividades, como a indústria e o comércio, não fariam mais do 
que transformar os produtos da terra (TIGRE, 2006, p. 15).
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Unidade I
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre evolução tecnológica e suas relações com a 
economia, leia o livro:
TIGRE, P. B. Gestão da inovação: a economia da tecnologia do Brasil. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
Mas o que é mesmo TI?
A tecnologia da informação (TI) é o conjunto formado por hardware, softwares, bancos de dados e 
redes de computadores, que, associados a procedimentos, inovações e métodos, auxiliam no processo de 
transformação de dados em informação e de informação em conhecimento de modo a gerar valor para 
as pessoas e organizações que dela se utilizam.
A TI contribui para a tomada de decisão, gerando uma maior rapidez e flexibilidade nos processos de 
negócios, reinventando o fluxo de informação e o modo como o ambiente organizacional se desenvolve. 
Alguns autores, sobretudo aqueles dedicados à área de educação no Brasil, mencionam a 
tecnologia da informação (TI) como tecnologia da informação e da comunicação (TIC). Convém dizer 
que os dois termos representam a mesma coisa, podendo-se dispensar o termo comunicação, pois 
ele é um dos recursos de TI. Outros autores mencionam muito o termo tecnologias da informação, 
que na verdade representa o conjunto de ferramentas ou ferramental. Ou seja, também retomam 
o mesmo conceito.
 Observação
Neste livro-texto serão utilizados os termos tecnologia da 
informação, tecnologias de informação e tecnologias da informação 
e da comunicação.
1.1.3 Infraestrutura de TI
A infraestrutura de TI é o alicerce planejado de tecnologia da informação em toda a sua capacidade 
(tanto no aspecto técnico como no humano); é disponibilizada por meio de serviços compartilhados e 
confiáveis para todo o negócio e utilizada por aplicações múltiplas (WEILL; ROSS, 2006).
A figura a seguir denota esse conceito de infraestrutura de TI, composta de: componentes de TI; 
recursos humanos de TI; serviços compartilhados de TI; aplicações de TI compartilhadas:
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INFORMÁTICA
Aplicações 
de negócio
Aplicações de TI compartilhadas 
e padronizadas
Infraestrutura de TI
Serviços compartilhados de 
tecnologia da informação
Recursos humanos
Componentes de TI
Figura 1 
A infraestrutura de TI suporta as soluções e aplicações desejadas pelas áreas de negócios. 
São estas aplicações que suportam os processos de negócios dentro da perspectiva do 
alinhamento estratégico.
Segundo os conceitos de sistemas de informação, os autores Stair e Reynolds (2011) mencionam 
que infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, software, bancos de 
dados, telecomunicações, pessoas e procedimentos) de sistemas de informação que forma a base dos 
sistemas computadorizados.
Não obstante, a maior parte dos autores agrupam em quatro os recursos de infraestrutura de TI. 
São eles: hardware, software, bancos de dados e redes. Algumas bibliografias incluem as pessoas como 
recursos de infraestrutura de TI e outros também incluem os serviços, mas nesta disciplina o recorte 
trará os quatro recursos inicialmente mencionados.
O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades de entrada, saída 
e processamento de dados. Neste item estão inclusos os computadores pessoais, notebooks, mainframes, 
dispositivos móveis e suas constituições.
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Unidade I
Os softwares abrangem os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais 
(software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de 
negócios (software aplicativo).
Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, contendo informações dos negócios, 
na forma de arquivos relacionados. Eles são um componente fundamental e valioso para o funcionamento 
dos sistemas computadorizados.
As redes de computadores e as telecomunicações consistem no componente que proporciona a 
comunicação de dados, voz e imagem dentro do negócio, por meio de uma transmissão eletrônica 
de sinais.
1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento
1.2.1 Dado
O entendimento básico de TI abarca a compreensão de três elementos praticamente elementares, 
que são: 
• dado; 
• informação;
• conhecimento.
Segundo O’brien e James (2002), o dado é um elemento bruto, que por si só nada revela ou agrega 
valor, de forma que não leva a uma compreensão sobre uma situação, contexto ou fato. É comum 
afirmar que o dado representa algo não estruturado, ou seja, não relacionado.
Ainda sobre dados, Laudon e Laudon (2011) defendem que os dados se apresentam como correntes 
de fatos brutos que representam eventos existentes nas organizações ou nos ambientes físicos antes de 
terem sido organizados ou arranjados para poderem ser usados.
Entre exemplos de dados, é possível citar uma sequência de letras (a, b, c, d, e, f, g, h, i, j) ou uma 
sequência de números (1, 2, 3, 4, 5, 6). Tanto a sequência de números,
quanto a sequência de letras por 
si só nada representam e nada revelam, ou seja, não agrega um valor, é algo bruto e não estruturado, 
não conduzindo a compreensão de algo.
Outros exemplos poderiam ser um determinado valor de temperatura (20º C), um valor de velocidade 
(30 Km/h). Da mesma forma, a temperatura de 20º C nada revela, porque não podemos afirmar que está 
quente ou frio, ou abafado ou fresco.
O quadro a seguir apresenta tipos de dados encontrados:
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INFORMÁTICA
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Tipos de dados Representado por
Dados alfanuméricos Números, letras e outros caracteres
Dados de imagem Imagens gráficas e figuras
Dados de áudio Som, ruído ou tons
Dados de vídeo Imagens ou figuras em movimento
Fonte: Stair e Reynolds (2011, p. 5).
Os dados de imagem não apresentam caracteres, mas podem ser classificados desta forma, porque 
uma imagem pode ser algo bruto e por si só a nada conduzir.
1.2.2 Informação
Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que podem representar algo 
estruturado. Gordon e Gordon (2006) definem informação como um conjunto de dados processados, 
que foram analisados, filtrados, organizados, formatados e finalizados.
Para melhor exemplificar, lembre-se que na seção anterior mencionaram-se exemplos de dados para 
tentar relacioná-los. Observe:
• Relacionando-se uma temperatura de 20º C, uma velocidade do vento de 30 km/h, céu nublado, 
e entendendo que todos esses dados são da cidade de Recife – PE, resulta-se na informação da 
temperatura no momento em que (guardando as particularidades regionais) está frio.
• Considerando-se que os números 1,0; 2,0; 3,0 e 5,0 foram colhidos de um diário de classe de um 
professor sobre um determinado aluno, tem-se a informação das notas de suas provas.
A figura a seguir esboça o processo de transformação dos dados em informação:
Dados Informação
Processo de 
transformação 
(seleção/ 
organização/ 
manipulação)
Figura 2 
A informação pode exercer três papéis fundamentais nas organizações:
• Recurso: quando servir como um insumo ou um recurso a ser utilizado no processo produtivo de 
bens ou serviços.
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Unidade I
• Ativo: quando ela se torna uma propriedade de uma pessoa ou organização que agrega valor ao 
resultado das corporações.
• Produto: quando ela é o resultado do processo produtivo.
 Observação
A informação tem muito valor nos dias de hoje para as corporações. 
No entanto, o seu valor está diretamente associado ao modo como ela 
suporta a tomada de decisão nas empresas.
1.2.3 Conhecimento
Conhecimento é a compreensão sobre o valor das informações e a consciência sobre a maneira de 
utilizá-las no apoio a tarefas específicas ou para chegar à decisão.
O sucesso de uma corporação depende do conhecimento que ela mantém 
e aplica por meio de seus funcionários, executivos, diretoria e sistemas 
de informação. Construir este corpo de conhecimento corporativo é 
o objetivo primário da maioria dos negócios, que exige um esforço 
concentrado. Se negligenciado, o conhecimento corporativo se concentra 
em certas pessoas, que o obtêm através do tempo e experiência, e torna-se 
inacessível quando essas pessoas saem da organização (STAIR; REYNOLDS, 
2011, p. 411).
Como são sabidos, os dados são fatos brutos que podem ser processados, organizados em conjunto 
com valor a fim de se obter a informação. Por meio das informações alcança-se o conhecimento. 
A figura a seguir ilustra o conceito hierárquico de dados, informação e conhecimento:
Conhecimento
Informação
Dados
Figura 3 
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INFORMÁTICA
Recorrendo aos exemplos das seções anteriores (as que mencionam o conceito de dado e de 
informação), pode-se afirmar que:
• Se em Recife – PE temos a informação de que está frio, o conhecimento ajuda a tomarmos a 
decisão de utilizar agasalhos, desligar os condicionadores de ar e ligar os chuveiros elétricos.
• Se o aluno tem as informações de notas iguais a 1,0; 2,0; 3,0 e 5,0, o conhecimento impulsiona a 
estudar mais, porque as notas estão muito baixas.
No mundo acadêmico e científico encontram-se quatro tipos de conhecimento: 
• conhecimento empírico (adquirido por ações não planejadas); 
• filosófico (fruto de raciocínio e reflexão humana); 
• teológico (revelado pela fé divina); 
• científico (consequência do pensamento racional, sistemático, exato e verificável).
O conhecimento, de modo geral, nas corporações pode ser classificado em conhecimento tácito 
ou explícito. O conhecimento tácito é aquele de propriedade dos indivíduos, não está documentado, 
é composto de suas conclusões pessoais e intimamente ligado às suas experiências. O conhecimento 
explícito é o de maior interesse das corporações, porque está estruturado, documentado, claro para 
todos os envolvidos e que pode ser disseminado.
As corporações trabalham normalmente a transformação do conhecimento tácito e explícito. Esse 
processo passa por quatro passos: 
• Externalização: tem o objetivo de descobrir todo o conhecimento tácito presente na organização.
• Socialização: almeja tornar presente todas as experiências e habilidades técnicas e compartilhá-las 
entre os trabalhadores do conhecimento.
• Combinação de ideias: tem o objetivo de relacionar todas as ideias ao que já existe por meio de 
encontros, reuniões formais, análise de bases de conhecimento, entre outros.
• Internalização: tem o objetivo de internalizar todas as ideias e o conhecimento compartilhado.
É comum também nos dias de hoje se referir à tecnologia da informação como tecnologia do 
conhecimento, porque os recursos e ferramentas de infraestrutura, mais do que entregar um recurso de 
tecnologias da informação, entregam ou favorecem o conhecimento.
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Unidade I
2 INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (PARTE 1)
2.1 Hardware
2.1.1 Conceitos do hardware
Os usuários normalmente não necessitam entender exatamente como um 
computador trabalha para fazerem seu trabalho, não mais do que motoristas 
precisam saber sobre o funcionamento de automóveis para poderem 
dirigi-los. Mas, da mesma forma que motoristas se tornam melhores em 
dirigir e comprar carros na proporção em que entendem de mecânica de 
automóveis, assim também um usuário, comprador e diretor, à medida que 
utiliza computadores em sua organização e conhece mais sobre a maneira 
com que o os computadores trabalham (GORDON; GORDON, 2006, p. 60).
Stair e Reynolds (2011) afirmam que o hardware é qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) 
que contribui com a execução de atividades de entrada, saída, processamento e armazenamento de um 
sistema de informação. O hardware é um dos componentes mais importantes da infraestrutura de TI, 
é por meio dele que o usuário entra em contato com o mundo da TI, e o melhor exemplo é o próprio 
computador, que antes estava nas mesas e agora está nas mãos dos usuários.
Desde o lançamento do primeiro computador, o hardware só se aprimorou. Impulsionado pela 
engenharia eletrônica e pelas tecnologias de construção de circuitos integrados, é considerado um 
grande criador de vantagem competitiva, fazendo com que as empresas queiram investir cada vez mais 
no seguimento.
Conforme já mencionado anteriormente, o termo computador remete a um dispositivo com a 
capacidade de executar cálculos, ou seja, um calculador.
É justamente isso que um computador faz, 
cálculos utilizando operações lógicas e matemáticas. Alguns autores se referem a um computador como 
um sistema computacional, por ele ser formado por partes com um objetivo definido, que é efetuar o 
máximo de tarefas em substituição à pessoa humana, por isso que são sempre feitas analogias entre os 
computadores e as pessoas.
Há uma série de diferenças entre as pessoas e os computadores no executar de tarefas, mas a principal 
é a forma como tarefas e operações são executadas e “vistas”. Em primeiro lugar um computador executa 
todas as suas atividades a partir de informações que foram anteriormente prestadas. Em segundo lugar 
o computador só entende bits e bytes.
Um bit é a representação de um dígito numérico no sistema de numeração binário. Um byte é um 
conjunto de oito bits. A partir destes bits e bytes são formados as instruções primitivas e os códigos que 
fazem o computador funcionar. As instruções primitivas são também chamadas de linguagem de máquina, 
o que remete ao nível mais baixo e concreto de uma estrutura de computador, e ela não é “compreensível” 
pelo usuário. O usuário “enxerga” a linguagem de alto nível do computador, que está separada e distante da 
linguagem de baixo nível ou linguagem de máquina.
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INFORMÁTICA
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre computadores, leia o livro:
STALLINGS, W. Organização e arquitetura de computadores. São Paulo: 
Prentice Hall, 2010. p. 51.
Como componente da infraestrutura de TI, o hardware desponta como o item básico para a criação 
de vantagem competitiva. As organizações investem em hardware por diversos motivos, dentre eles:
• aumento da produtividade dos funcionários;
• aumento nas receitas;
• redução de custos de produção;
• melhoria nos serviços entregues aos clientes;
• aumento da velocidade dos processos de negócios;
• aumento da colaboração entre os seus trabalhadores.
2.1.2 Evolução do hardware
Os computadores e todo o hardware utilizado nos dias de hoje não chegam, nem de longe, a 
se assemelhar aos primeiros computadores, sem considerar os primeiros dispositivos de cálculo já 
mencionados anteriormente. Por volta de 1944 Howard Aiken nos Estados Unidos criou o primeiro 
computador digital, elaborado a partir de relés eletromecânicos, chamado de Mark I, sendo o principal 
marco da geração zero dos computadores.
 Lembrete
Diversos dispositivos de cálculos foram inventados antes do surgimento 
do primeiro comprador.
Com a evolução da engenharia eletrônica, que inventou um dispositivo semicondutor denominado 
válvula, deu-se início à primeira geração dos computadores. O primeiro computador dessa geração, 
desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos, foi o Eniac (Eletronic Numerical Integrator and Computer), 
destinado ao uso geral. Esse dispositivo tinha aproximadamente 93 metros quadrados, pesava em 
torno de 30 toneladas, utilizava cerca de 18 mil válvulas e consumia cerca de 140 KW de energia. 
Ele efetuava uma multiplicação envolvendo 10 dígitos em apenas 3 ms, além de efetuar 500 somas 
ou 357 multiplicações por segundo, o que era um grande avanço para aquela época.
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Unidade I
O Eniac era destinado ao uso geral, embora o seu principal objetivo fosse dar uma resposta às necessidades 
americanas dentro do contexto da Segunda Guerra Mundial, por meio de cálculos balísticos de precisão. 
Toda a programação do Eniac era feita a partir do uso de cartões perfurados e configurações por meio de 
chaves e soquetes. Estima-se que o custo envolvido na sua construção foi em torno de meio milhão de dólares, 
além de ter um grande número de técnicos para operá-lo e constantemente trocar válvulas queimadas.
Dentre as curiosidades interessantes envolvendo o Eniac está o fato de ele consumir uma quantidade 
enorme de energia elétrica e operar com uma temperatura interna da ordem 50° C, necessitando assim 
de uma intensa refrigeração.
A figura a seguir apresenta a estrutura básica do Eniac:
Multiplicador Divisor e raiz quadrada
Tabelas e 
funções
Unidade mestre 
de programação
Leitora 
de cartões
Impressora e perfuradora 
de cartões
Acumuladores
(registradores)
Figura 4 
 Observação
O Eniac foi desmontado em 1955 e infelizmente não cumpriu de forma 
eficaz os seus propósitos, no entanto foi ainda utilizado nas pesquisas de 
bombas de hidrogênio.
É nessa primeira geração que a empresa Internacional Business Machines (IBM) começa a se firmar 
no mercado de computadores comerciais, voltados para aplicações científicas. Ela criou um computador 
chamado IBM 701 em 1953 direcionado para aplicações científicas e comerciais; a IBM conseguiu 
comercializar aproximadamente 19 computadores IBM 701.
Com o intuito de substituir as válvulas, os transistores inauguram uma nova geração, que é a 
segunda geração dos computadores, que vai de 1955 até 1965. Devido às dimensões dos transistores 
serem bem menores que as válvulas e com uma vida útil bem maior, os computadores dessa época 
diminuíram drasticamente de tamanho e houve um aumento nas capacidades computacionais. Ainda 
nessa época o Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu o primeiro computador, que 
recebeu o nome de TX0. No entanto, foi a IBM e a empresa Digital Equipment Corporation (DEC) 
marcaram essa geração, com as suas disputas por “fatias do mercado” e uma série de computadores 
para aplicações científicas e comerciais.
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Uma das invenções da DEC foi o PDP-1, um computador com metade da capacidade de processamento 
do famoso IBM 7090. Enquanto os computadores da IBM eram muito caros, os da DEC eram mais 
acessíveis sob o aspecto financeiro, favorecendo ainda mais a luta entre as duas empresas.
A terceira geração dos computadores vai de 1965 até 1980 e é conhecida como geração dos circuitos 
integrados (chip que substituía muitos transistores em um circuito eletrônico). Esses chips permitiram a 
miniaturização dos sistemas computacionais; nessa época a IBM liderava o mercado de computadores 
com os modelos IBM7094 e o IBM1401. Eram duas máquinas diferentes e incompatíveis, o que forçou a 
IBM a substituí-las em um único produto já com circuito integrado, a família System/360.
As tecnologias com computadores de grande porte, também conhecidos por mainframes, surgiram 
nesse tempo por meio da família System/360 da IBM. A empresa, que já tinha uma base de clientes, 
entrou no mercado com um conceito de família e modelos distintos, mas compatíveis. Em um cenário 
como esse, empresas com necessidades mais modestas tinham acesso à mesma tecnologia que as 
grandes corporações, o que mudava era o tempo de resposta dos equipamentos. O modelo foi de tal 
sucesso que a empresa chegou a deter 70% do mercado da época; com algumas atualizações, essa 
arquitetura permanece nos dias atuais.
A DEC ainda lutava para permanecer no mercado e desenvolveu o modelo PDP-11, que teve grande 
penetração no meio universitário, apresentando melhorias em relação a outros modelos outrora 
comercializados pela DEC. A Unisys foi uma das empresas que durante um bom tempo disputaram 
mercado de mainframe com a IBM, mas sendo rapidamente superada por ela.
A quarta geração dos computadores vai de 1980 até os dias de hoje; é conhecida pela integração 
em larga escala, ou seja, a inclusão de milhares de transistores em um chip de circuito integrado. 
Essa integração promoveu o surgimento do computador pessoal e o surgimento de grandes empresas 
de
tecnologia da informação, por exemplo, a Microsoft e a Apple (fundadas por Steve Jobs e Steve 
Wozniak). Nessa época percebe-se o favorecimento de grandes inovações em software, que foram 
habilitadas pelo desenvolvimento de hardware. Um bom exemplo foi o desenvolvimento de softwares 
editores de texto que substituíram as máquinas de escrever.
A miniaturização favoreceu também a fabricação e comercialização de computadores portáteis, laptops, 
smartphones, causando uma verdadeira revolução nos sistemas computacionais. Com o surgimento dos 
servidores nessa época e sua popularização nos dias de hoje é que se permitiu a tecnologia de computação 
das nuvens, que dispensa o uso de computadores de alta capacidade de armazenamento por parte do 
usuário, de modo que eles deixem tudo armazenado em poderosos centros de dados.
Os principais computadores criados no início dessa época foram:
• Altair 8800: utilizado para processar textos e planilhas.
• Apple I: popular entre os usuários domésticos e escolas, fazendo da Apple Computadores um 
participante sério no mercado da noite para o dia.
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• IBM PC: funcionando com o sistema operacional MS-DOS da Microsoft.
• Macintosh: primeiro computador com interface gráfica para o usuário, permitindo maior interação.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a evolução dos computadores, leia 
o livro:
TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. 5. ed. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
O quadro a seguir mostra uma relação entre as gerações de computadores e suas respectivas 
velocidades de operação:
Quadro 2 
Geração Tecnologia de Eletrônica Velocidade
Primeira Válvula 40.000 operações por segundo
Segunda Transistor 200.000 operações por segundo
Terceira Circuito Integrado 1.000.000 operações por segundo
Quarta Circuito Integrado 1.000.000.000 operações por segundo
Adaptado de: Stalling (2010, p. 27).
2.1.3 Estrutura básica do hardware
A ideia mais atual de estrutura básica de um sistema computacional vem desde o tempo do Eniac, 
quando John Von Neumann criou a arquitetura básica apresentada na figura a seguir:
Barramento
Memórias 
primária e 
secundária
Entrada 
e saída
CPU
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O sistema computacional básico é formado por: 
• unidade central de processamentos; 
• memórias; 
• dispositivos de entrada e sápida
• barramento. 
Grande parte desses componentes estão instaladas na placa-mãe em um computador comum. 
O primeiro item do sistema computacional a ser mencionado é o processador ou unidade 
central de processamento (UCP), conhecida também como CPU, que é o seu acrônimo em inglês. 
É o processador, o coração de todo o sistema, responsabilizando-se pela execução das instruções 
dos programas de computador.
A função básica da CPU é executar programas por meio da busca de uma instrução na memória, 
interpretação da instrução, busca de dados, processamento de dados e escrita de dados. 
De forma geral, a CPU é composta de três componentes: 
• unidade lógica e aritmética (ULA); 
• unidade de controle; 
• registradores. 
A unidade de controle é responsável por buscar informações na memória principal, a unidade lógica e 
aritmética é responsável por realizar os cálculos e comparação entre os valores. Os registradores compõem 
uma memória de alta velocidade (interna à CPU) utilizada para armazenar resultados temporários e para 
o controle do fluxo de informações.
Os processadores evoluíram muito desde os primeiros, da categoria 8086; lançado em 1970, 
trabalhava a uma velocidade de 5 MHz e tinha apenas um núcleo de processamento; e até os famosos 
i5/i7, que trabalhavam com diversos núcleos e com uma velocidade da ordem de 4,7 GHz.
 Observação
De forma errada, algumas pessoas se referem ao gabinete do computador 
(artefato metálico onde se situam todas as placas e componentes de 
hardware) como CPU. CPU é um circuito integrado (chip).
O segundo componente do sistema computacional é a memória. Considerada como um item da 
estrutura interna do computador, ela armazena programas e dados, apresentando-se sob diversos tipos, 
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Unidade I
quanto à hierarquia, proximidade do CPU e características próprias. Dentre todas as características das 
memórias, duas são fundamentais para o bom funcionamento do computador no que tange a sua 
dependência das memórias: tempo de acesso e capacidade armazenamento.
O tempo de acesso, também conhecido como latência, é o tempo gasto para realizar uma operação 
de leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo da memória, e a operação 
de escrita segue o mesmo preceito. A outra característica importante é a capacidade, que expressa a 
quantidade de bytes que podem ser armazenados na memória.
A figura a seguir apresenta uma hierarquização de memória:
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Co
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do
Lin
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De
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do
Registradores
Cache nível 1
Cache nível 2
Memória principal
Disco rígido fixo
Discos óticos (vitrolas automáticas)Fita magnética (bibliotecas robotizadas)
Mais barato
Mais caro
Tempos 
de acesso
1ns → 2ns
3ns → 10ns
25ns → 50ns
30ns → 90ns
5ms → 20ms
100ms → 5s
10s → 3m
Figura 6 
Os principais tipos de memórias são:
• Armazenamento temporário, conhecida como memória RAM (random access memory), que 
representa a memória de acesso aleatório. Quando o computador é desligado tudo que estava na 
memória é apagado.
• Apenas de leitura, conhecida como memória ROM (read only memory), representa a memória 
apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do que estava na memória é perdido.
 O terceiro elemento do sistema computacional é o barramento. Eles representam os caminhos 
elétricos, que provêm da ligação de dois ou mais dispositivos. Na história da computação existiram 
diversos tipos de barramentos, alguns já estão em desuso, enquanto outros continuam sendo utilizados 
por diversas placas.
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Os barramentos podem ser classificados em:
• Barramento do processador: interliga a entrada e saída de dados de uma unidade central de processamento.
• Barramento de cache: interliga a unidade central de processamento à memória cache (memória 
de acesso rápido).
• Barramento de memória: interliga a memória à unidade central de processamento.
• Barramento I/O padrão: interliga dispositivos de entrada e saída mais lentos.
• Barramento I/O local: interliga dispositivos de entrada e saída mais rápidos.
Os barramentos são compostos de três partes distintas: barramento de dados, de endereços e de 
controle. No barramento de dados trafegam os dados do sistema computacional. No barramento 
de endereço trafegam as informações das posições de memória em que estão situados os dados. 
Pelo barramento de controle trafegam informações de controle do sistema.
Os principais barramentos são: ISA (industry standard architecture), PCI (peripheral component 
interconnect), AGP (accelerated graphics port), AMR (audio modem riser), CNR (communications and 
network riser), ACR (advanced communications riser), Sata (serial advanced technology attachment), 
SCSI (small computer system interface) e USB (universal serial bus).
A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com
memórias 
secundárias. Permitiu a comunicação mais rápida, simples e que permitia a qualquer usuário colocar 
dispositivos no computador para utilizá-lo.
O quarto componente do sistema computacional é o conjunto de dispositivos de entrada e 
saída, que são responsáveis por fazer a interface de ele com o mundo exterior, ou seja, com o 
usuário. Os dispositivos de entrada e saída são conhecidos como periféricos e são conectados ao 
restante do sistema computacional por meio de barramentos e portas de comunicação.
Dentre os principais dispositivos de entrada e saída, é possível citar:
• Teclado: considerado um dos mais antigos, é composto de teclas que representam um sinal único 
quando pressionadas.
• Mouse: permite realizar atividades não relacionadas à digitação, funcionando como um apontador 
para selecionar opções, efetuar desenhos etc.
• Scanner: permite realizar a digitalização de documentos, hoje muito integrado a impressoras, e 
recebe o nome de multifuncional.
• Leitor de código de barras: dispositivo que efetua leitura de código de barras a partir da 
utilização de feixes de laser.
• Câmera: utilizado para capturar imagens estáticas ou em movimento.
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• Microfone: utilizado para captação de ondas sonoras.
• Monitores de vídeo: utilizados para apresentar o resultado de um processamento por meio de 
uma imagem; e em suas versões touch screen servem como dispositivo de entrada.
• Impressora: dispositivo que apresenta resultado de processamento em documentos impressos.
• Dispositivos de armazenamento externo: responsáveis por armazenar dados externamente a 
memórias principais e secundárias do computador. Um bom exemplo são os gravadores de fita 
magnética, de DVD/CD e os dispositivos de memória USB.
Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. 
A função principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo o 
acesso ao barramento.
Em geral, as empresas desejam dispositivos de entrada que permitam colocar 
rapidamente os dados em um sistema computacional, e querem dispositivos 
de saída que produzam resultados em tempo hábil. Quando selecionam os 
dispositivos de entrada e saída, as empresas também precisam considerar a 
forma da saída que desejam, a natureza dos dados necessários para gerar 
essa saída e a velocidade e exatidão de que necessitam para ambas. Algumas 
organizações têm necessidades muito específicas para a entrada e saída, 
exigindo dispositivos que desempenhem funções específicas. Quanto mais 
especializado o aplicativo, mais especializados são os dispositivos de entrada 
e saída do sistema associado. A velocidade e as funções dos dispositivos de 
entrada e saída devem ser equilibradas em relação a seu custo, controle 
e complexidade. Dispositivos mais sofisticados podem tornar mais fácil a 
entrada de dados ou as informações da saída, mas eles são geralmente mais 
caros, menos flexíveis e mais suscetíveis ao mau funcionamento (STAIR; 
REYNOLDS, 2011, p. 95).
 Lembrete
Todos os componentes do sistema computacional são controlados de 
modo geral pela CPU.
2.1.4 Tipos de computadores
Existe hoje no mercado diversos tipos de computadores. Os autores atribuem diversas classificações, mas 
de forma geral os classificam como: computadores pessoais, computadores portáteis, supercomputadores, 
mainframes, supercomputadores, servidores e smartphones.
Os computadores pessoais, também conhecidos como desktops, são os famosos computadores de 
mesa ou PCs. O primeiro deles foi projetado por John Blankenbaker em 1971 e o seu nome era Kenbak-1, 
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não possuía processador, sendo formado por chips em uma placa de circuito; foram comercializados 
apenas quarenta equipamentos. 
O Micral 1973 foi o primeiro computador pessoal com um processador (utilizou o processador 
Intel 8080). Desenvolvido por Thi Truong, foi comercializado por U$ 1.750,00 e nunca penetrou no 
mercado americano. O Altair 8800 foi lançado em 1975 com uma capacidade bem superior que 
o anterior, projetado por Ed Roberts, que cunhou pela primeira vez o termo computador pessoal. 
Ele custava U$ 297,00 e teve alta entrada no mercado americano.
Por volta de 1976 Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple e projetaram o Apple I e, logo após, 
em 1977, o Apple II, computador pessoal um pouco mais parecido com a ideia de desktop que se tem 
hoje. O Apple III foi o PC projetado para concorrer com a IBM em 1981, que já comercializava os seus 
PCs; em 1984 a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador com interface gráfica.
É bem verdade que atualmente o uso de desktops tem diminuído, cedendo espaço para os notebooks e 
smartphones, mas ainda existe uma parcela considerável de mercado que enxerga a relação custo/benefício 
favorável. Um bom exemplo seriam os usuários de jogos digitais. Um outro tipo de computador é o portátil, 
assim chamado por satisfazer os interesses de mobilidade dos usuários. Os notebooks, netbooks e tablets 
figuram entre estes. Despontaram em 1981 pelas mãos de Adam Osborne; o primeiro recebeu o nome de 
Osborne 1, e não se parecia muito com os modelos atuais, mais modernos e parrudos.
Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas diferentemente dos 
mainframes são utilizados em aplicações específicas, que exigem capacidades computacionais extensas 
e rápidas. Entre as aplicações do mainframe, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres 
naturais, pesquisas nas áreas de saúde, dentre outros.
Seymour Cray (co-fundador da Empresa Control Data) projetou em 1960 o primeiro supercomputador 
e, logo depois, em 1972, ele fundou a empresa Cray Research Inc., responsável pela fabricação de diversos 
supercomputadores até os dias de hoje.
 Saiba mais
Para conhecer a lista dos mais potentes supercomputadores do mundo, 
acesse o site:
 <www.top500.org>.
O maior supercomputador do Brasil está em Salvador e ocupa a posição 
95 do ranking.
Os mainframes, ainda não completamente obsoletos, são computadores potentes de alto desempenho 
e capacidade, desenvolvidos nos anos 1960 pela IBM para muitas corporações, mas hoje restritos a um 
número menor de modelos de negócios, tais como: bancos, varejistas, seguradoras, companhias aéreas, 
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empresas de cartões de crédito, governos, entre outros. Normalmente são mantidos em centros de 
dados com acesso restrito e processam grandes quantidades de transações.
É comum uma certa confusão entre os conceitos e aplicabilidades dos supercomputadores e os 
mainframes. A chave para o entendimento das diferenças entre um e outro reside em primeiro lugar 
compreender que os mainframes processam dados de várias aplicações de usuários ao mesmo tempo.
Aos poucos os mainframes têm perdido espaço para os servidores, que cumprem um papel 
relativamente parecido, mas em um contexto diferente. Os servidores são computadores responsáveis 
pelo gerenciamento de uma rede de computadores e o fornecimento de serviços.
Outro tipo de computador extremamente utilizado nos dias de hoje são os smartphones, que têm 
alcançado grande popularidade, principalmente a partir da universalização do acesso à internet e quantidade 
de aplicações disponíveis nas mais diversas plataformas que podem ser acessadas pelos smartphones.
2.2 Software
2.2.1 Introdução ao software
O software é indispensável a qualquer sistema de computador e às pessoas que 
o utilizam. Sem o software
de sistema, os computadores não seriam capazes 
de dar entrada aos dados através do teclado, fazer cálculos ou imprimir 
resultados. O software de aplicação é a chave para ajudá-lo a atingir as metas 
de sua carreira. Os vendedores utilizam software para dar entrada nos pedidos 
de compras e ajudam seus clientes a obter o que desejam. Operadores de ações 
e títulos utilizam o software para tomar decisões em frações de segundo, que 
envolvem milhões de dólares. Os cientistas utilizam software para analisar a 
ameaça do aquecimento global. Independentemente de seu trabalho, você 
também provavelmente utilizará software para ajudá-lo a avançar em sua 
carreira e ganhar melhores salários. Hoje muitas organizações não poderiam 
funcionar sem software de contabilidade para imprimir cheques de pagamento, 
dar entrada em pedidos de compra e enviar faturas. Pode-se usar o software 
para ajudar na preparação de seu imposto de renda, manter um orçamento e 
jogar jogos divertidos (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 122).
O software é o componente da infraestrutura de TI que de fato faz o hardware funcionar. Eles são 
programas que comandam a operação do computador e disponibilizam para o usuário aplicações para 
serem utilizadas em suas tarefas diárias. Esses programas são um conjunto de instruções que dizem o 
que, quando e como devem ser realizadas as operações pelo sistema computacional.
O software praticamente surgiu junto com o hardware, quando ele foi entendido não 
apenas como um instrumento para fazer cálculos. O primeiro programa surgiu no instrumento 
computacional criado por Charles Babbage, por volta de 1800; esse programa foi criado por 
uma jovem de nome Ada Augusta Lovelace, considerada a primeira programadora do mundo. 
No entanto, é importante ressaltar que esse programa tem pouca relação com o que se conhece 
de moderno nos dias de hoje.
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Por volta de 1950, o que se compreendia sobre software eram os poucos programas disponíveis no 
mercado feitos especificamente para cada sistema computacional. Tratava-se de um conjunto de instruções 
agrupadas em lotes para processamento. Só em 1960 que os softwares, com as características conhecidas 
nos dias de hoje, foram desenvolvidos. Com o desenvolvimento de forma artesanal, com linguagens muito 
próximas das linguagens de máquina, os softwares eram praticamente voltados para automação de tarefas 
manuais, principalmente administrativas e financeiras. Nessa época, a ideia de processamento em tempo real 
(ao contrário do processamento batch, por lote) começa a ser percebida como importante.
Na década de 1970 os sistemas de informação (primeiras aplicações estruturadas) surgem de forma 
marcante nas empresas, fomentando o aumento no volume de desenvolvimento de software, bem 
como as exigências em relação aos produtos construídos. Os desenvolvedores passam a considerar os 
conceitos de desenvolvimento organizacional e seus papéis como algo estratégico para a organização 
e para o melhor desenvolvimento de software. É bem verdade também que a redução de custos com a 
aquisição de computadores nessa época favoreceu o aumento do uso de softwares.
Da era artesanal, passou-se ainda pelo uso dos sistemas ERP (Planejamento de Recursos 
Empresariais), sistemas CRM (Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente) até chegar ao 
momento vivido nos dias de hoje: a era da qualidade do software. Por volta da década de 1980, 
com o aumento da capacidade de processamento dos computadores, surgem diversas tecnologias 
para desenvolvimento de software, favorecendo a grande disseminação de seu uso na operação, 
na tomada de decisão, nas estratégias etc.
Hoje o processo de software é enxergado, de certo modo, como um processo produtivo, principalmente 
com os conceitos de fábrica de software e de linha de produto de software.
Hoje, o conceito de fábrica de software já está razoavelmente difundido no 
mercado, inclusive com fábricas dispersas geograficamente pelo país e pelo 
mundo que usam o mesmo processo operacional. Entretanto, um novo 
conceito surgiu no final da década de 1990, denominado software product line 
(SPL), que tem por objetivo criar uma manufatura de software nos mesmos 
moldes de uma linha de montagem de automóveis, o que vem resolver a 
questão da fábrica de componentes. Esperamos que esse conceito comece a ser 
adotado, à medida que as novas plataformas de ambientes distribuídos se 
disseminem de forma generalizada e que surjam novas ferramentas de apoio 
ao desenvolvimento (TEIXEIRA; FERNANDES, 2004, p. 24).
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre os conceitos e como funciona um 
fábrica de software, consulte o livro:
TEIXEIRA, D. S.; FERNANDES, A. A. Fábrica de software. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2004.
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2.2.2 Tipos de software
De forma geral, os softwares são classificados em software de sistemas e software de aplicação. 
O quadro a seguir mostra uma relação entre o software de aplicação e o software de sistemas:
Quadro 3 
Característica Software de aplicação Software de sistemas
Tarefa Satisfazer necessidades do negócio
Administrar o 
ambiente computacional
Usuários Profissionais do negócio Profissionais do negócio e profissionais de computação
Subtipos
Processadores de texto, 
planilhas, geradores de 
apresentação etc.
Sistemas operacionais, 
utilitários etc.
Adaptado de: Stair e Reynolds (2011, p. 123).
Os softwares de sistemas comandam o hardware, gerenciando e coordenando as suas funcionalidades, 
fazendo a interface entre as aplicações (software de aplicação) e todo o aparato de hardware. O melhor 
exemplo de software de sistemas são os sistemas operacionais. 
O sistema operacional é um conjunto de programas que controla o hardware do computador, dos 
recursos de entrada e saída, de armazenagem dos programas e de dados, agindo como interface com os 
softwares aplicativos, conforme ilustrado na figura a seguir:
Software 
de aplicação
Software 
de sistemas
Hardware
• Processadores de textos
• Planilhas eletrônicas
• Geradores de apresentação
• Sistema operacional
• Memória
• Processador
• Dispositivos de entrada e saída
Figura 7 
Normalmente o sistema operacional está armazenado em um disco; lá, logo após a inicialização 
do sistema computacional, partes do sistema operacional são carregadas na memória do computador. 
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A efetividade do computador está diretamente ligada à atuação do sistema operacional; devido a isso, 
é de suma importância a escolha do sistema operacional alinhado ao sistema computacional para que 
as necessidades tanto de hardware quanto de software estejam aderentes.
Stair e Reynolds (2011) destacam que um sistema operacional desempenha as seguintes tarefas:
• Execução de funções comuns de hardware: conversão da necessidade básica dos aplicativos 
em instruções inteligíveis de hardware, possibilitando acesso a dispositivos de entrada e saída.
• Fornecimento de interface entre usuário e os dispositivos de entrada e saída: o usuário 
enxerga todo o sistema computacional por meio da interface fornecida pelo sistema operacional.
• Fornecimento de independência de hardware em determinado nível: o projeto de aplicação 
e de hardware caminha sem independência um do outro.
• Gerenciamento do sistema de memória do computador: o sistema operacional gerencia a 
quantidade de memória acessada e maximiza a memória e o armazenamento disponíveis.
• Gerenciamento de tarefas

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