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Trypanosoma cruzi – Doença de Chagas / Tripanossomíase americana Sarcomastigophora (flagelo ou pseudópodes) – Mastigophora (flagelos) – Trypanosomatidae Ciclo heteroxênico – zoonose Contaminativo – estercorária – sai junto com as fezes e urina do inseto vetor Fase aguda: Alta parasitemia Anticorpo de fase aguda: IgM Anticorpo de fase crônica: IgG Forma infectante para o hospedeiro invertebrado: Amastigota e Tripomastigota Vetores: → Rhodnius sp → Triatoma infestans → Panstrongylus megistus Exames: Gota espessa, RIFI e ELISA – procura-se anticorpo IgM anti-trypanosoma cruzi Forma de contágio O inseto não sabe quando vai haver uma próxima refeição, então ele suga o máximo de sangue possível, e isso causa um pressionamento do tubo digestivo levando a defecação e micção. O inseto introduz a sua probócide na pele do hospedeiro, o que gera uma solução de continuidade, a partir desse momento há uma ferida na pele e perto dessa ferida existe as fezes do inseto, que vão entrar nessa ferida passivamente. Na saliva há substâncias anestésicas e anticoagulantes para a melhor sucção de sangue. Tais substâncias, no hospedeiro vertebrado são antígenos que causam reação inflamatória acompanhada de prurido (coceira), e é nesse momento que as fezes contendo a forma infectante do trypanosoma cruzi penetram passivamente na solução de continuidade da pele, logo, esse contágio não é inoculação, e sim contaminativo. Formas de apresentação Amastigota → Encontrado no hospedeiro vertebrado a nível intracelular, Começa a se reproduzir intensamente dentro de vários tipos celulares, fazendo com que a célula se rompa, indo para o interstício e de lá para a corrente sanguínea. Essa forma não resiste na corrente sanguínea, tendo que haver uma adaptação bioquímica, molecular e morfológica, a forma PROMASTIGOTA. A forma amastigota pode formar aglomerações dentro das células, o que se chama ninho de amastigotas. Tripomastigota → Encontrado na corrente sanguínea do hospedeiro vertebrado, fase aguda. Epimastigota → Encontrado no tubo digestivo do inseto vetor, está em intensa reprodução por divisão binária longitudinal, até produzir uma forma altamente infectante que passa pelo processo de metaciclogênese, e no final do tubo digestivo há a tripomastigosta metacíclica. Tripomastigota Metacíclica → Encontrado no final do tubo digestivo do inseto, forma altamente infectante, alta motilidade (flagelo e membrana ondulante). Pode fazer penetração ativa pelas mucosas em caso de contaminação dos dedos e seguido de contato com os olhos, por exemplo. Formas de Transmissão Vetorial Transfusão sanguínea / Transplante de órgãos Congênita (DCC) – Formas amastigotas ou tripomastigotas podem se localizar no estroma vilositário; células de Hofbauer e a partir disso, podem atingir a circulação fetal. Exame do RN: Pesquisa de IgM anti-trypanosoma cruzi no soro do RN Por que não de IgG? Porque ela atravessa a barreira placentária, podendo significar que a mãe passou para o feto, logo, é inconclusiva. Transplacentária ou vertical Oral – Caldo de cana (gambás são reservatórios e também hospedeiro “invertebrado”, logo, quando ele marca território em canaviais, a urina leva com ela formas tripomastigotas metacíclicas); açaí (os insetos gostam de ficar nas palmeiras de açaí→esmagamento→penetração ativa na mucosa oral pelo tripomastigota) Sinais e Sintomas Fase aguda sintomática: Costuma ser mortal para crianças Normalmente cursa com meningoencefalite, também pode cursar com uma miocardite aguda difusa, hepatoesplenomegalia, edema nos membros, insuficiência cardíaca. Sinal de Romaña / Complexo oftalmoganglionar de Mazza → lesão patognomônica da Doença de Chagas. Acomete a conjuntiva do olho e os nódulos linfáticos satélites (Adenopatia satélite–enfartamento dos nódulos linfáticos regionais). Edema bipalpebral unilateral. N. satélites: -Nódulos parotídeos (pré-auriculares) -Nódulos submandibulares Chagoma de inoculação / Complexo cutâneoganglionar de Basso – Normalmente aparecem exatamente no local de inoculação das formas tripomastigotas metacíclicas, também com adenopatia satélite Fase crônica pode ser assintomática (indeterminada) ou sintomática Não poderá ser diagnosticada e tratada; A presença de parasitos determina a formação de anticorpos líticos, que começam a destruir tecidos. Na forma sintomática há a forma Cardiaca; Digestiva e Cardiodigestiva ou mista Cardíaca: o coração começa a apresentar sinais de insuficiência. A atividade desses anticorpos líticos pode provocar a destruição de fibras e fascículos, o que pode levar a substituição por tecidos cicatriciais, podendo levar á hierniação do ápice dos ventrículos – aneurisma de ponta. Lesão do nodo sinusal-poderá haver 2 tipos de distúrbios que poderão ser primários: Arritmias Extrassístoles Em qualquer outro ponto pode haver um bloqueio AV (átrio ventricular). Lesão do ramo direito do feixe de Hiss-lesão patognomônica da doença de chagas cardíaca. Consequências: Insuficiência cardíaca → Edema → Anasarca Insuf. Cardíaca →Hipertrofia→Cardiomegalia (compensatória) – causa uma compressão das terminações nervosas do coração, e o indivíduo começa a tossir (tosse seca e improdutiva). Pode levar á morte súbita por edema pulmonar Arritmia pode causar trombos, pelo sangue “correr” mais lento nos vasos e ativar a cascata de coagulação, e pode levar o indivíduo á morte súbita. Digestivo: Condição clínica chamada Mega (megaesôfago e megacólon)→ dilatação permanente e difusa de uma víscera oca, não provocada por obstrução mecânica e cujo substrato fisiopatológico é a despopulação neuronal intrínseca do órgão, causando déficit na secreção de neurotransmissores fazendo com que a musculatura lisa perca seu tônus muscular intrínseco e aumente de volume. Logo, há perda da peristase: Aperistalse ou Discinesia. Consequências do mega-esôfago: Disfagia Odinofagia (dor na deglutição) Tosse Soluço Pirose Cianose Consequências do mega-cólon: Obstipação Ruptura → choque séptico Fecaloma – fezes petrificadas, só cirurgicamente pode retirar. Diagnóstico Esfregaço sanguíneo no método da gota espessa RIFI ELISA Fase crônica não adianta fazer exame de sangue, porém pode-se usar tanto o RIFI quanto o ELISA para pesquisa de anticorpo de fase crônica: IgG anti trypanosoma cruzi. Xenodiagnóstico- coloca-se ninfas no antebraço do paciente, e o conteúdo intestinal delas é analisado em laboratório, a forma encontrada será a epimastigota, a presente no intestino do hospedeiro invertebrado. Critério de cura: não há como saber se o indivíduo está curado ou não. Tratamento Nifurtimox – age contra formas sanguíneas (tripomastigotas) e parcialmente contra formas teciduais (amastigotas). ps: retirado do mercado Benzonidazol – apenas contra formas sanguíneas ps: retirado do mercado O que não deve ser feito? Isoniazida Tetraciclinas Corticoides _ dexametazona Porque eles agravam os sintomas da doença. Corticoide – derivado do cortisol – imunossupressor Profilaxia Melhoria das habitações humanas Uso de inseticidas (combate ao vetor) Controle dos bancos de sangue ( RIFI, ELISA e LHA)
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