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AULA 2
1.2 Formação e Requisitos dos Contratos;
1.3 Classificação dos Contratos
1. Formação do Contrato
A doutrina mais recente distingue entre a formação instantânea do consentimento, que ocorre quando se inicia e se cumpre o processo em um trato de tempo cuja duração é praticamente indivisível.
Na formação sucessiva o contrato exige um processo de amadurecimento denominado iter contractus ou iter consensus, mediante três fases identificadas pela doutrina, a saber:
 negociações preliminares
Proposta ou policitação e
aceitação
1.1 Negociações preliminares: o Código Civil não dedicou nenhum dispositivo para tratar especificamente das negociações preliminares, também conhecida como fase de pontuação. Contudo, a falta de disposições expressas para regular o assunto não diminuem a importância do tema na prática. A doutrina tradicional nunca atribui qualquer consequência jurídica a este momento. Todavia atualmente o direito evoluiu para atribuir responsabilidade a determinadas condutas que levassem, injustificadamente, à frustração do contrato e a prejuízos para quem depositou fundada confiança na conclusão do contrato.
As negociações preliminares podem ser formais (minutas escritas) ou informais (feitas de forma verbal). Não há contrato ainda, por isso inexiste exigibilidade, porém, há necessidade de respeito à boa-fé e à função social.
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. INCONFORMISMO DA RÉ. PROPOSTA DE COMPRA DE IMÓVEL FORMULADA PELO AUTOR JUNTO À IMOBILIÁRIA. NEGOCIAÇÃO QUE NÃO ULTRAPASSOU O ÂMBITO DAS MERAS TRATATIVAS PRELIMINARES. AUSÊNCIA DE QUALQUER ESPÉCIE DE GARANTIA PARA ASSEGURAR A CONCRETIZAÇÃO DO NEGÓCIO. CONTRATO NÃO PERFECTIBILIZADO, NOS TERMOS DO ART. 482 DO CÓDIGO CIVIL. VENDA DO BEM A TERCEIRO. FRUSTRAÇÃO DO PRETENSO ADQUIRENTE. SITUAÇÃO QUE GEROU AO DEMANDANTE MEROS DISSABORES. ABALO ANÍMICO NÃO CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO AFASTADA. REFORMA DA SENTENÇA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. De ordinário, o descumprimento contratual não viabiliza o pleito de indenização por danos morais. Com muito mais razão não se pode reconhecer tal espécie de prejuízo quando derivado de simples tratativas ou negociações preliminares, que não equivalem a contrato preliminar ou pré-contrato, delas não emergindo qualquer caráter vinculativo. (TJSC, Apelação n. 0032900-91.2008.8.24.0008, de Blumenau, rel. Des. Jorge Luis Costa Beber, j. 30-06-2016).
Fundamento = ilícito civil art. 186 do CC
 INDENIZATÓRIA. DESCUMPRIMENTO DE AVENÇA CONTRATUAL. DANOS MATERIAIS, LUCROS CESSANTES E DANOS MORAIS. PARCIAL PROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO DA EMPRESA DEMANDADA. ALEGAÇÃO DE FASE PRÉ-CONTRATUAL QUE NÃO GERA DEVER DE INDENIZAR. INEXISTÊNCIA DE INSTRUMENTO CONTRATUAL ASSINADO PELAS PARTES, TODAVIA, DEMONSTRAÇÃO DE FORMAÇÃO DE AVENÇA CONTRATUAL. CONTRATO VERBAL DEMONSTRADO QUE ATESTA EXIGÊNCIAS DA DEMANDADA E DISPÊNDIO DA AUTORA PARA CUMPRI-LAS. DEVER DE INDENIZAR. Verificada que a etapa das negociações preliminares estava em estágio avançado, possível a existência de lesão geradora do dever de indenizar, em decorrência da inobservância dos deveres de lealdade e boa-fé, os quais devem estar presentes também nas fases pré e pós-contratual. DANOS MATERIAIS DEVIDAMENTE COMPROVADOS. A pretensão de indenização por danos materiais depende de prova robusta dos prejuízos alegados. Os danos materiais foram devidamente comprovados por meio de documentos que atestam o dispêndio econômico da empresa autora para cumprir com as solicitações da empresa demandada. DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO ACORDADO. MERO ABORRECIMENTO. DANO MORAL AFASTADO. O descumprimento de avenças, por não afetar o estado anímico da vítima, seja relacionado à honra, à liberdade, à imagem, à intimidade, à vida ou à incolumidade física e psíquica, não autoriza a condenação em dano moral. LUCROS CESSANTES. DANO HIPOTÉTICO. RUBRICA QUE NÃO É DEVIDA. Para haver lugar à responsabilização por lucros cessantes deve estar configurada a probabilidade objetiva de prejuízo acarretado. Alegações destituídas de qualquer forma probatória não ensejam a condenação da parte causadora do ilícito. DESPESAS PROCESSUAIS. ADEQUAÇÃO NECESSÁRIA EM DECORRÊNCIA DA ALTERAÇÃO DO PROVIMENTO JURISDICIONAL. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. Comparando a extensão dos pedidos com o provimento jurisdicional exarado, necessário reconhecer a sucumbência recíproca, o que determina a distribuição dos ônus processuais, tanto no que concerne às custas processuais e aos honorários advocatícios, em adequação às disposições do art. 21 do Código de Processo Civil/73. COMPENSAÇÃO. HONORÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A verba honorária pertence ao advogado, não se podendo falar em compensação, a teor da Súmula 306 do Superior Tribunal de Justiça, porque não ocorrentes, no caso, os requisitos do art. 368 do Código Civil. A solução apontada na Súmula 306 do STJ encontra-se em franco retrocesso, tanto que o art. 85, § 14, do novo CPC vem a dispôr que "os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial". RECURSO DO DEMANDADO PARCIALMENTE PROVIDO; APELO ADESIVO DA AUTORA NÃO PROVIDO. (TJSC, Apelação n. 0302117-88.2014.8.24.0022, de Curitibanos, rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira, j. 07-06-2016).
1.2 Proposta: também denominada oferta ou policitação foi tratada nos arts. 427 a 429 do CC. Ela tem uma particular natureza, que é a de constituir um projeto completo de contrato, projeto que se destina a ser transformado em contrato, mediante a simples aceitação da pessoa a quem for dirigida. 
É uma declaração receptícia de vontade dirigida pelo policitante (proponente) ao oblato (aquele que poderá aceitar a proposta). 
A oferta traduz uma vontade definitiva de contratar nas bases oferecidas, não estando mais sujeita a estudos ou discussões, mas dirigindo-se à outra parte para que esta aceite ou não; é portanto, um negócio jurídico unilateral, constituindo elemento de formação contratual.
 A proposta de um contrato deve obedecer três requisitos fundamentais:
Completa: deve incluir todas as matérias que devam ficar estipuladas no contrato. O sentido de completude da proposta torna-se claro se atender a que a proposta deve ser o molde a que a simples aceitação provoque a conclusão do contrato, tal como querido pelo proponente
Firme: deve expressar uma vontade série e inequívoca de contratar nos precisos moldes projetados na proposta. Não respeitam este requisito as declarações que reservem para o proponente alguma margem de liberdade quanto à conclusão, ou não, do contrato, ou quanto ao seu contéudo.
Formalmente eficiente: deve revestir uma forma que satisfaça a exigência formal do contrato proposto.
1.2.1 Força obrigatória da proposta
Afirma o CC (art. 427) que a regra é a obrigatoriedade da proposta;
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Atenção A doutrina distingue entre a obrigatoriedade da proposta e sua irrevogabilidade, permitindo ao proponente que, salvo manifestação da vontade em contrário, revogue a proposta, respondendo, todavia, por perdas e danos se tiver causado algum prejuízo ao outro contratante.
Assim, o legislador reconhece a perda da eficácia cogente de proposta, nas seguintes condições:
 A não obrigatoriedade resultar dos termos dela mesma – É o caso de o proponente salientar, quando da sua declaração de vontade (oferta), que reserva o direito de retratar-se ou arrepender-se de concluir o negócio
Não obrigatoriedade resultar da natureza do negócio = Cite-se o exemplo das chamadas “propostas abertas aos público, que se consideram limitadas ao estoque existente”
Não obrigatoriedade resultar das circunstâncias do caso – Aplica-se o princípio da razoabilidade
Perda da força vinculante da proposta, por força do decurso de lapso temporalentre a proposta e a aceitação . É o chamado prazo de validade da proposta (art. 428 do CC)
OBS: art. 428 do CC
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
O art. 428 trata de algumas situações peculiares que podem liberar o proponente, liberando-o.
Se feita entre presentes, sem concessão de prazo, o policitante está obrigado apenas naquele momento. É pegar ou largar, e se o oblato não responde logo, dano pronta aceitação, caduca a proposta. Aqui merece atenção a utilização de ligação telefônica ou internet.
Se feita entre ausentes, o proponente não pode pretender resposta instantânea. Há de se admitir um compasso de espera, que será o tempo necessário a que sua oferta seja recebida, ponderada, e a ela dada resposta. Se esta não for expedida no prazo dado, não prevalece a proposta. E se nenhum prazo tiver sido expressamente concedido, há de o policitante aguardar um tempo que seria suficiente para que o oblato dê seu pronunciamento. Trata-se de um prazo que varia de acordo com o negócio jurídico, nem tão estreito, nem tão exagerado.
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE PRECEITO COMINATÓRIO COMBINADO COM PEDIDO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CONTRATO DE CREDENCIAMENTO E ADESÃO DE ESTABELECIMENTO AO SISTEMA REDECARD. COBRANÇA DA TAXA DE CONECTIVIDADE. PROPOSTA DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS, ACASO HOUVESSE A ADESÃO DE 100% (CEM POR CENTO) DAS LOJAS INTEGRANTES DO CONDOMÍNIO. APRESENTAÇÃO, PELA APELANTE, DE FOTOCÓPIA DE ALGUNS DOS CONTRATOS, COM FORTES SINAIS DE INSERÇÃO INDEVIDA DE DIZERES. INTERPRETAÇÃO DO NEGÓCIO CELEBRADO QUE SE FAZ À LUZ DAS REFORÇA VINCULANTE DA PROPOSTA EM RELAÇÃO AO QUE A FORMULA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. 1. Na interpretação do negócio jurídico o juiz leva em conta a boa-fé e os usos do lugar da celebração. 2. A proposta validamente apresentada vincula aquele que a formula. GRAS ENCONTRADAS NOS ARTIGOS 113 E 427 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. (TJSC, Apelação Cível n. 2011.003048-5, de Brusque, rel. Des. Jânio Machado, j. 03-10-2013).
1.3 Aceitação: o ato fundamental a ser praticado pelo policitante é proposta, enquanto o ato principal do oblato é a aceitação. Tal aceitação há de ser feita nos exatos termos da proposta. Assim, aceitação consiste, na formulação da vontade concordante do oblato, feita dentro do prazo e envolvendo adesão integral à proposta recebida. (conceito de Silvio Rodrigues).
Para produzir efeito de aperfeiçoar o contrato, a aceitação deve ser pura e simples.Se apresentada fora do prazo, com adições, restrições ou modificações, importará nova proposta. Chama-se contraproposta. (Art. 431 do CC). 
2. Requisitos de formação do Contrato
Pode-se dizer que os requisitos do contrato se dividem em 03 grupos
SUBJETIVOS OBJETIVOS FORMAIS
No requisitos subjetivos temos:
Capacidade genérica: regra geral, não podem praticar atos da vida civil aqueles considerados absolutamente ou relativamente incapaz (vide Lei 13.146/2015)
Capacidade específica para contratar: as partes devem possuir um requisito especial para contratar, como corre na doação, na transação, na alienação onerosa, que exigem a capacidade ou poder de disposição das coisas ou dos direitos que são objeto do contrato. Outras vezes, embora não seja incapaz, depende de outorga uxória (apara alienar bem imóvel, art. 1.647 e ss), consentimento dos descendentes (para venda a outros descendentes: art. 496) , etc.
Consentimento: requisito de ordem especial, próprio dos contratos, é o consentimento recíproco ou acordo de vontades
Nos requisitos objetivos temos:
Licitude de seu objeto: objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes. Ex. contrato para cumprimento de obrigação pertinente a aposta e jogo do bicho. 
Possibilidade física ou jurídica do objeto: Impossibilidade física: colocar agua dos oceanos em um copo da agua/ ou jurídica: herança de pessoa viva. 
Determinação de seu objeto: o objeto do negócio jurídico deve ser determinado ou determinável.
No requisitos formais temos:
Outro requisitos de validade é a forma, que é o meio de revelação da vontade. Deve ser a prescrita ou não defesa em lei. No direito brasileiro (CC art. 107),prevalece a forma livre, ou seja, qualquer meio de manifestação de vontade da vontade. Entretanto, determinados negócios jurídicos requerem forma especial ou solene.
2. Classificação dos contratos 
Quanto ao numero de relações obrigacionais:
Contratos unilaterais
Éaquele em que apenas um dos contratantes assume deveres em face do outro. Doação
Contratos bilateraisou SINALAGMÁTICOS
Os contratantes são simultaneamentee reciprocamente credores e devedores uns dos outros, produzindo direitos e obrigações para ambos.Ex: compra e venda
Contratos plurilaterais
Éaquele que envolve várias pessoas, trazendo direitos e deveres para todos, na mesma proporção.Ex: constituição de uma sociedade , seguro de vida em grupo
Podem ser apontadas algumas vantagens práticas da distinção entre contratos unilaterais e bilaterais:
 A exceptio non adimpleti contractus e a cláusula resolutiva tácita somente se amoldam ao contrato bilateral, que requer prestações simultâneas, não podendo um dos contratantes, antes de cumprir sua obrigação, exigir o implemento da do outros (art. 476 do CC)
A teoria dos riscos só é aplicável ao contrato bilateral, no qual deverá ser apurar qual dos contraentes sofrerá as consequências da perda da coisa devida ou da impossibilidade da prestação
No contrato bilateral pode uma das partes recusar-se à prestação que lhe incumbe, se depois de concluído o contrato, sobrevier ao outro contratante, diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou (art. 477 do CC)
Quanto ao resultado patrimonial (vantagem jurídica):
Em regra, os contratos onerosos são bilaterais e os gratuitos unilaterais
Contratos gratuitos (benéficos)
É aquele que onera somente uma das partes, proporcionando à outra vantagem sem qualquer prestação.
Contratos onerosos
Éaquele que traz vantagens para ambos os contratantes. Ambas as partes assumem deveres e obrigações, havendo um direito subjetivo de exigi-lo. A onerosidade não pode ser excessiva de forma a gerar o enriquecimento sem causa de uma parte em relação á outra.
Quanto ao momento de aperfeiçoamento:
Contratos consensuais
São aqueles negócios que têm aperfeiçoamento pela simples manifestação de vontade das partes envolvidas.
Contratos reais
São aqueles que apenas se aperfeiçoam com a entregada coisa de uma contratante para outro. Nessas figuras contratuais, antes da entrega da coisa tem-se apenas uma promessa de contratar
Quanto aos riscos que envolvem a prestação (equilíbrio da prestação):
Contratos comutativos (pré-estimados)
São aqueles em que não há qualquer fator de risco envolvendo a prestação. No momento da contratação, as partes sabem, exatamente quais serão as prestações e contraprestações. Assim, ocorre, por exemplo, na locação de imóveis, em que locador e locatário sabem qual será o imóvel alugado e o valor do aluguel.
Contratos aleatórios
Ocorre quandoa prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no momento da celebração do negócio jurídico pelo fato de depender do fator sorte, da álea, que é um fator desconhecido
Leitura complementar 
Demais classificação dos contratos
Quanto à previsão legal :
Contratostípicos
Èaquele que a lei regulamenta, estabelecendoregras específicas de tratamento lhe concedendo umnomemjuris
Contratos atípicos
É aquele não disciplinadopelo ordenamento jurídico, embora lícito, pelo fato de restar sujeito às normas gerais do contrato e pelo fato de não contrariara lei, nem os bons costumes, nem os princípios gerais do direito. Pouco importa se tem ou não um nome, porque este não é característica da sua essência conceitual; seu traço característico próprio é o fato de não estar sujeito a uma disciplina própria. O art. 425 estabelece que é lícito estipular contratos atípicos.
Contratos mistos
Resulta da combinação de umcontrato típico com cláusulas criadas pela vontade das partes. Deixa de ser típico, mas não se transforma em atípico.
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C INDENIZAÇÃO POR LUCROS CESSANTES. CONTRATO DE PARCERIA DE TERMINAÇÃO DE SUÍNOS. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DO AUTOR. PLEITO DE APLICAÇÃO DA LEI N. 4.504/1964 (ESTATUTO DA TERRA) E DECRETO N. 59.566/1966. PRAZO MÍNIMO DE 3 ANOS DE VIGÊNCIA DO CONTRATO. DESCABIMENTO. CONTRATO ATÍPICO QUE NÃO SE ENQUADRA COMO PARCERIA AGRÍCOLA. INCIDÊNCIA DAS NORMAS DO CÓDIGO CIVIL DE 1916, VIGENTE À ÉPOCA. RECURSO DESPROVIDO NO PONTO. "O contrato celebrado entre o agricultor e a companhia de alimentos, para o fim de criação e engorda de suínos, não está submetido ao Estatuto da Terra. E porque se trata de negócio atípico, submete-se às regras gerais do Código Civil de 1916, a legislação em vigor à época." (Apelação Cível n. 2003.005071-0, de Concórdia, rel. Des. Jânio Machado, j. 19-10-2009). APELANTE QUE REQUER INDENIZAÇÃO PELOS SUÍNOS QUE DEIXOU DE CRIAR DURANTE O PERÍODO DE EFETIVO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES. LUCROS CESSANTES. ALEGAÇÃO DE QUE A RÉ/APELADA ENVIAVA MENOS ANIMAIS DO QUE O CONVENCIONADO E OS RETIRAVA PARA ABATE APÓS O PRAZO PACTUADO. DESCABIMENTO. PROVA DOS AUTOS QUE NÃO CORROBORA AS ALEGAÇÕES DO DEMANDANTE. ART. 333, I, DO CPC/1973 (ART. 373, I, DO CPC/2015). RECURSO DESPROVIDO NO PONTO. Se aquele que tem o ônus de demonstrar o fato constitutivo do seu direito não consegue se desincumbir satisfatoriamente de tal encargo, e se aprova atinente aos seus interesses não vem aos autos por qualquer outro meio, não há como proclamar um édito de procedência em seu favor. (...) (TJSC, Apelação Cível n. 0001388-15.2003.8.24.0025, de Gaspar, rel. Des. Jorge Luis Costa Beber, j. 26-01-2017).
Quanto à negociação do conteúdo :
Contratosparitários
É aquele tradicional, onde as partes discutem livremente as condições (par a par)
Contratos de adesão
Não resultam do livre debate entre as partes,mas provêm do fato de uma delas aceitar tacitamente cláusulas e condições previamente estabelecidas
Quanto à presença das formalidades :
Contratosformais /solenes
Celebrado com características especiais previstas em lei. Exemplo: contrato translativo de imóveis acima de 30 salários mínimos (art. 108 do CC); doação (documento escrito por essência, cf. art. 541 do CC)
Contratos informais/não solenes
São aqueles que admitem a forma livre, como por exemplo nomandato, que pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito (art. 656 do CC)
Quanto à independência do contrato :
ContratoPrincipal
São independentes, existem por si só, não havendo relação de dependência em relação a outro pacto.
Contrato Acessório
São aqueles cuja validade dependede um outro negócio. Tudo o que ocorre no contrato principal repercute no acessório. Exemplo: fiança (acessoriedadeestá implícita no art. 818 do CC)
Quanto ao momento do cumprimento :
Contratoinstantâneo (execução única)
Tem aperfeiçoamento e cumprimento imediato, por exemplo compra e venda à vista.
Contrato Execução diferida (retardada)
Tem o cumprimento previsto de uma só vez no futuro
Contratode execução continuada (trato sucessivo)
Tem o cumprimento previsto de forma sucessiva ou periódica no tempo.

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