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TEORIA DO LABELLING APPROACH 1. NOMENCLATURAS 1.1. LABELLING APPROACH; 1.2. ETIQUETAMENTO; 1.3. ROTULAÇÃO; 1.4. INTERACIONISTA; 1.5. REAÇÃO SOCIAL. 2. CONTEXTO HISTÓRICO DO LABELLING APPROACH: 2.1. Lutas pelos Direitos Civis dos Negros nos EUA; 2.2. Surgimento do Movimento Feminista nos EUA; 2.3. Guerra do Vietnã; 2.4. Pacifismo; 2.5. Movimento Hippie; 2.6. Revolta Estudantil na França: Maio de 1968; 2.7. Golpes Militares na América Latina; 2.8. Guerra-Fria: EUA vs. URSS; 2.9. Exaurimento do Estado do Bem-Estar Social ou Welfare State após longos anos de prosperidade econômico-financeira dos EUA; 2.10. Quebra do mito americano cuja sociedade não apresentaria fissuras e diferenças entre os membros e entre as classes sociais, tendo em vista o objetivo comum de todos contra o inimigo externo: o comunismo bélico da URSS. 3. Ao invés de perguntar: 3.1. “Por que o criminoso comete crimes?” 3.2. Pergunta-se: 3.3. “Por que algumas pessoas são tratadas como criminosas?” 3.4. “Quais as consequências desse tratamento?” e 3.5. “Qual a fonte de sua legitimidade?” 4. CONCEITOS BÁSICOS REFERENTES AO LABELLING APPROACH: 4.1. REAÇÃO SOCIAL: a criminalização de condutas é um processo de reação da sociedade diante de certos grupos de pessoas (geralmente minorias étnicas, sociais, religiosas, raciais etc.); 4.2. CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA: ato político em que as leis penais são escolhidas (seletividade da lei penal); 4.3. CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA: aplicação concreta da lei penal ao fato delituoso: envolve a força policial, a acusação do ministério público, a interpretação dada pelo juiz à lei penal, o sistema penitenciário (cerimônia de degradação); 4.4 ESTIGMATIZAÇÃO DO DELINQUENTE: o crime marca a pessoa pelo resto da vida, o que prejudicará sua reinserção na sociedade. a partir desse processo de estigmatização, o desviante vê a si mesmo, como os outros o veem: “se os outros me veem como criminoso, mesmo não sendo ou não querendo ser, devo agir da forma como os outros me veem”; 4.5. REINCIDÊNCIA: as criminalizações primária e secundária levam a mais violência e, consequentemente, à reincidência. 5. Principais Características: 5.1. Escola teórico-criminal surgida nos EUA no início dos anos 60; 5.2. Ao contrário das escolas surgidas no bojo da sociologia do consenso, em que há um grande acesso das grandes massas a cotas consideráveis de bem-estar social, este pensamento é calcado na sociologia do conflito; 5.3. Mudou a forma de analisar o crime, deixando de focar o fenômeno delituoso, passando a valorar a reação social do criminoso, ou seja, o CONTROLE SOCIAL; 5.4. Raúl Eugênio Zaffaroni diz que “cada um de nós se torna aquilo que os outros veem em nós, ou seja, a pessoa rotulada como delinquente assume o papel que lhe é determinada pela sociedade”; 5.5. A prisão passa a funcionar como elemento de criminalização; 5.6. A criminalização primária produz a rotulação a qual, por sua vez, produz a criminalização secundária (a reincidência); 5.7. O Labelling caracteriza-se: 5.7.1. pelo relativismo jurídico e moral; 5.7.2. pela acentuação do pluralismo cultural; e 5.7.3. pela manifesta simpatia para com as minorias mais desclassificadas. 6. A proposta da política dos quatro “D”: 6.1. Descriminalização: Deve-se criminalizar o menos possível; aplicação efetiva do princípio da subsidiariedade do Direito Penal 6.2. Diversão: A sociedade deve promover às crianças educação, cultura, esporte e lazer para que não cheguem ao etiquetamento; 6.3. Devido processo legal: A pessoa, que caiu no filtro do processo penal, deve ser mais desestigmatizada possível, prevalecendo sempre o princípio da presunção da inocência e o da proteção à intimidade e privacidade do condenado. 6.4. Desinstitucionalização (separar a instituição “presídio” do indivíduo egresso): o Estado deve, após o condenado sair do sistema penitenciário, deve promover efetivamente sua reinserção na sociedade, de forma que ele não venha a delinquir novamente. 6.5. Ou seja, no plano jurídico, propôs a não intervenção ou direito penal mínimo; 6.6. Enfim, para tal teoria deve sempre existe uma tendência garantista de não prisionização, progressão de regimes, abollitio criminis etc.
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