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Direito Penal Mastigado

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Prévia do material em texto

Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal Geral 
Mapeado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
 
NOTA 
Esse material foi desenvolvido com base nas anotações feitas ao longo dos estudos. Muitos 
deles têm como referência o livro do Rogério Sanches. Os comentários das questões são meus 
e de outros colegas do QC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
1. Aplicação da lei penal. 
1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade. 
 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 
Princípio da legalidade : trata-se de real limitação ao poder estatal de interferir na esfera de 
liberdades individuais. 
Princípio da anterioridade : a criação de tipos e a cominação de sanções exige lei anterior, 
proibindo-se a retroatividade maléfica. 
 
Como decorrência do princípio da legalidade , aplica-se, em regra, a lei penal vigente ao 
tempo da realização do fato criminoso ( tempus regit actum). Excepcionalmente , no entanto, 
será permitida a retroatividade da lei penal para alcançar fatos passados, desde que benéfica 
ao réu. 
 
Para esse instituto dá-se o nome de extra-atividade, o qual é dividida em: 
 Retroatividade : capacidade que a lei penal tem de ser aplicada a fatos praticados 
antes da sua vigência. 
 Ultra -atividade : representa a possibilidade de aplicação da lei penal mesmo após a 
sua revogação ou cessação de efeitos. 
 
(CESPE-PF-2014) Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou 
a viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro 
foi levado a julgamento pelo cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado 
terá de se fundamentar no instituto da retroatividade em benefício do réu para aplicar a 
lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y . 
A questão trata da EXTRA-ATIVIDADE da lei penal. 
Pode ser o instituto da retroatividade ou da ultraatividade. 
Retroatividade : A lei nova retroage para fatos que aconteceram antes de sua vigência. 
Ultratividade : A lei anterior (mais benéfica) continua em vigor para fatos que ocorreram 
durante sua vigência. 
 
A questão aborda o instituto da ultratividade. 
Gabarito: ERRADO 
 
(CESPE-CBMCE) O princípio da ultratividade da lei penal refere-se à aplicação da lei mais 
benéfica para fatos ocorridos antes e depois de sua vigência . 
Esse é o princípio da EXTRATIVIDADE!!! 
a ultratividade apenas é aplicada posteriormente a sua vigência 
 
GABARITO: ERRADO 
 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
 
1.2 A Lei penal no tempo e no espaço . 
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
 
(FUNIVERSA-AGEPEN-DF) Segundo o disposto no Código Penal (CP), a lei posterior que, 
de qualquer modo, favorecer o agente se aplica aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Trata-se do princípio da 
novatio legis in mellius . 
 
Novatio legis in prejus : Não incrimina novas condutas, aumenta a pena do tipo (é 
desfavorável ao réu) 
Novatio legis in mellius : Não incrimina novas condutas, diminui a pena do tipo (é favorável ao 
réu) 
Novatio legis incriminadora : Define nova conduta como incriminadora (é desfavorável ao réu) 
 
GABARITO: CERTO 
 
 
1.3 Tempo e lugar do crime. 
TEMPO DO CRIME 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja 
o momento do resultado. 
Adota-se a teoria da atividade . 
Lugar do crime 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
 
(CESPE-PCAL) A teoria da atividade, adotada pelo Código Penal Brasileiro, considera 
praticado o crime no momento em que ocorre o resultado 
 
1.ª Teoria da atividade, ou da ação : Lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta 
(ação ou omissão); 
2.ª Teoria do resultado, ou do evento : Lugar do crime é aquele em que se produziu ou 
deveria produzir-se o resultado, pouco importando o local da prática da conduta; e 
3.ª Teoria mista ou da ubiquidade : Lugar do crime é tanto aquele em que foi praticada a 
conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. Foi adotada pelo Código Penal, em seu art. 6.º 
 
FONTE: CLEBER MASSON 
 
GABARITO: ERRADO 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
1.4 Lei penal excepcional, especial e temporária . 
Lei excepcional ou temporária 
 Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. 
Lei temporária (ou temporária em sentido estrito ): é aquela instituída por um prazo 
determinado, ou seja, é a lei que criminaliza determinada conduta, porém prefixando no seu 
texto lapso temporal para a sua vigência. 
Lei excepcional (ou temporária em sentido amplo) : é editada em função de algum evento 
transitório, como estado de guerra, calamidade ou qualquer outra necessidade estatal. Perdura 
enquanto persistir o estado de emergência. 
Possuem duas características essenciais: 
 Autorrevogabilidade 
 Ultra-atividade 
Podemos afirmar que as leis temporárias e excepcionais não se sujeitam aos efeitos da abolitio 
criminis (salvo se houver lei expressa com esse fim ). 
 
(CESPE-PCDF) A lei penal que, de qualquer modo, beneficia o agente tem, em regra, 
efeito extra-ativo, ou seja, pode retroagir ou avançar no tempo e, assim, aplicar-se ao 
fato praticado antes de sua entrada em vigor, como também seguir regulando, embora 
revogada, o fato praticado no período em que ainda estava vigente. A única exceção a 
essa regra é a lei penal excepcional ou temporária que, sendo favorável ao acusado, terá 
somente efeito retroativo . 
A lei penal excepcional ou temporária, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, mesmo 
não sendo favorável ao réu, são consideradas ultrativas. 
GABARITO: ERRADO 
 
(FUNIVERSA-AGEPEN/DF) As leis temporárias, diversamente das leis excepcionas, têm 
ultra-atividade. 
A lei penal excepcional ou temporária, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, mesmo 
não sendo favorável ao réu, são consideradas ultrativas. 
GABARITO: ERRADO 
1.5 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal . 
Territorialidade 
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
 § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro 
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo 
correspondente ou em alto-mar. 
 § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimespraticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território 
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do 
Brasil. 
(CESPE-PCDF) A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo 
território argentino, Andrés, cidadão guatemalteco, disparou dois tiros contra Daniel, 
cidadão uruguaio, no decorrer de uma discussão. Contudo, em virtude da inabilidade de 
Andrés no manejo da arma, os tiros atingiram Hernando, cidadão venezuelano que 
também estava a bordo. Nessa situação, em decorrência do princípio da territorialidade, 
aplicar-se-á a lei penal brasileira . 
Como o avião é da Força Aérea Brasileira, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro, considera-se extensão do território brasileiro. 
GABARITO: CERTO 
 (CESPE-DEPEN) A lei penal brasileira será aplicada aos crimes cometidos no território 
nacional ainda que praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de propriedade privada 
em voo no espaço aéreo correspondente, sem prejuízo de convenções, tratados e regras 
de direito internacional . 
GABARITO: CERTO 
Extraterritorialidade 
 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
 I - os crimes: (INCONDICIONADA) 
 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (PRINCÍPIO DA DEFESA) 
 b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de 
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou 
fundação instituída pelo Poder Público; (PRINCÍPIO DA DEFESA) 
 c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (PRINCÍPIO DA DEFESA) 
 d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; ( PRINCÍPIO DA 
JUSTIÇA UNIVERSAL) 
 II - os crimes: (CONDICIONADA) 
 a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; ( PRINCÍPIO DA 
JUSTIÇA UNIVERSAL) 
 b) praticados por brasileiro; (PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE ATIVA) 
 c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (PRINCÍPIO DA 
REPRESENTAÇÃO) 
 § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que 
absolvido ou condenado no estrangeiro. 
 § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das 
seguintes condições: 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
 a) entrar o agente no território nacional; 
 b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
 c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
 d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; ( 
 e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
 § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro 
fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
(HIPERCONDICIONADA) (PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE PASSIVA) 
 a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
 b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
(FUNIVERSA-AGEPEN/DF) Consoante o princípio da nacionalidade ou da personalidade, 
os crimes contra a vida ou a liberdade do presidente da República, ainda que cometidos 
no estrangeiro, sujeitam-se à lei brasileira . 
A questão trata do princípio da defesa . 
 Princípio da territorialidade : aplica-se a lei penal do local do crime, não importando a 
nacionalidade do agente, da vítima ou do bem jurídico. 
 Princípio da nacionalidade ativa : aplica-se a lei do país a que pertence o agente, 
pouco importando o local do crime, a nacionalidade da vítima ou do bem jurídico 
violado. 
 Princípio da nacionalidade passiva : aplica-se a lei penal da nacionalidade do 
ofendido. 
 Princípio da defesa real ou real : aplica-se a lei penal da nacionalidade do bem 
jurídico lesado (ou colocado em perigo), não importando o local da infração penal ou a 
nacionalidade do sujeito ativo. 
 Princípio da justiça universal : o agente fica sujeito à lei do país onde for encontrado, 
não importando a sua nacionalidade, do bem jurídico lesado ou do local do crime. Esse 
princípio está normalmente presente nos tratados internacionais de cooperação de 
repressão a determinados delitos de alcance transnacional. 
GABARITO: ERRADO 
1.6 Pena cumprida no estrangeiro. 
1.7 Eficácia da sentença estrangeira. 
 
 Pena cumprida no estrangeiro 
 Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo 
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 Eficácia de sentença estrangeira 
 Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: 
 I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
 II - sujeitá-lo a medida de segurança. 
 Parágrafo único - A homologação depende: 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
 a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; 
 b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja 
autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da 
Justiça. 
Percebe-se que o artigo 8° do Código Penal revela clara exceção ao princíio do non bis in 
idem. Explicam Luiz Flávio Gomes e Antônio Molina: 
“Por força do princípio do ne bis in idem penal (material) ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime. 
Essa regra, entretanto, não é absoluta. É relativa. A exceção está precisamente na hipótese de extraterritorialidade da 
lei penal brasileira: nesse caso, pode o país onde se deu o crime condenar o agente e o Brasil também. São duas 
condenações pelo mesmo fato. Por força do art. 8° do CP, a pena cumprida no estrangeiro deve ser compensada na 
pena fixada no Brasil.” 
 
(CESPE-TJ/AC) Considere que Maria seja condenada ao pagamento de multa por crime 
praticado no estrangeiro, e, pelo mesmo delito, seja igualmente condenada no Brasil a 
pena privativa de liberdade. Nessa situação, a pena de multa executada no estrangeiro 
tem o condão de atenuar a pena imposta pela justiça brasileira . 
 PENAS DIVERSAS – ATENUA (diminuída) imposta no Brasil 
 PENAS IDÊNTICAS – COMPUTADA (subtraída) na pena imposta. 
GABARITO: CERTO 
1.10 Interpretação da lei penal. 
1.11 Analogia. 
 
Interpretação extensiva Interpretação analógica Analogia 
É forma de interpretação É forma de interpretação É forma de integração 
Existe norma para o caso 
concreto 
Existe norma para o caso 
concreto 
NÃO Existe norma para o 
caso concreto 
Amplia-se o alcance da 
palavra (não importa no 
surgimento de uma nova 
norma) 
Utilizam-se exemplos 
seguidos de uma fórmula 
genérica para alcançar outras 
hipóteses 
Cria-se nova norma a partir 
de outra (analogia legis) ou 
do todo do ordenamento 
jurídico (analogia iuris) 
Prevalece ser possível sua 
aplicação no Direito Penal in 
bonam ou in malam partem. 
É possível sua aplicação no 
Direito Penal in bonam ou 
malam partem. 
É possível sua aplicação no 
Direito penal somente in 
bonam partem. 
Ex: a expressão “arma” no 
crime de roubo majorado. 
Ex:homicídio mediante paga 
ou promessa de recompensa, 
ou por outro motivo torpe. 
Ex: isenção de pena, prevista 
nos crimes contra o 
patrimônio, para o cônjuge e, 
analogicamente, para o 
companheiro. 
 
(CESPE-PM/CE) Conforme o Supremo Tribunal Federal, é vedada no direito penal a 
aplicação da interpretação extensiva, em face da observância do princípio da legalidade, 
embora seja admitida a subsunção dos fatos ao tipo penal . 
Segundo o CESPE NÃO CABE INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA NA VISÃO DO STF, mas fora 
desse contexto é possível. 
GABARITO: CERTO 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
(CESPE-TRF) A interpretação extensiva é admitida em direito penal para estender o 
sentido e o alcance da norma até que se atinja sua real acepção . 
Segundo a doutrina, a letra escrita da lei ficou aquém da sua vontade (a lei disse menos do que 
queria e, por isso, a interpretação vai ampliar o seu significado. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-TRF) A interpretação analógica não é admitida em direito penal porque prejudica 
o réu. 
A interpretação analógica não só é admitida, como é positivada em muitos artigos. 
Exemplo : artigo 121 do CP, §2º, III. 
Art. 121. Se o homicídio é cometido: 
§2º, III- Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou 
cruel, ou de que possa resultar perigo comum . 
A parte grifada é uma interpretação analógica, e DESFAVORECE o réu . 
GABARITO: ERRADO 
 
(CESPE-TJ/DF) Pela analogia, meio de interpretação extensiva, busca-se alcançar o 
sentido exato do texto de lei obscura ou incerta, admitindo-se, em matéria penal, apenas 
a analogia in bonam partem . 
 
A analogia é diferente de interpretação extensiva , ademais ela é uma forma de integração e 
não de interpretação. 
GABARITO: ERRADO 
 
1.12 Irretroatividade da lei penal. 
Súmula 711 : 
"A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência." 
(CESPE-TCU) A lei penal que, de qualquer modo, beneficie o agente deve retroagir, 
desde que respeitado o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
A partir do momento em que vem ao mundo jurídico uma lei que beneficie o agente, esta deve 
ser aplicada, ainda que já tenha ocorrido o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
Isso, inclusive, é um direito fundamental do acusado. 
Art. 5º, CF (...) XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Art. 2º, CP (...) Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
GABARITO: ERRADO 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
(CESPE-PC/CE) Aplica-se a novatio legis in mellius aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado, sem que haja violação à 
regra constitucional da preservação da coisa julgada . 
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda 
que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
GABARITO: CERTO 
1.13 Conflito aparente de normas penais. 
Princípio da especialidade: entende-se como lei especial aquela que contém todos os 
elementos da norma geral, acrescida de outros que a tornam distinta (chamados de 
especializantes). O tipo especial preenche integralmente o tipo geral, com a adição de 
elementos particulares. 
Legislação especial 
 Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, 
se esta não dispuser de modo diverso. 
Princípio da subsidiariedade: uma lei tem caráter subsidiário relativamente a outra (principal) 
quando o fato por ela incriminado é também incriminado por outra, tendo um âmbito de 
aplicação comum, mas abrangência diversa. A relação entre as normas (subsidiária e principal) 
é de maior ou menor gravidade (e não de espécie e gênero, como na especialidade). 
Princípio da alternatividade : A norma descreve várias formas de realização da figura típica, 
onde a ação de uma ou de todas configura crime. São os chamados tipos alternativos, que 
descrevem crimes de ação múltipla. 
Princípio da consunção : também conhecido como princípio da absorção, verifica-se a 
continência de tipos, ou seja, o crime previsto por uma norma (consumida) não passa de uma 
fase de realização do crime previsto por outra (consuntiva) ou é uma forma normal de transição 
para o último (crime progressivo). 
(CESPE-PRF) Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da 
subsidiariedade, que incide no caso de a norma descrever várias formas de realização 
da figura típica, bastando a realização de uma delas para que se configure o crime. 
A questão trata do princípio da alternatividade. 
GABARITO: ERRADO 
 
(CESPE-PF) Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no 
princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime 
constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, 
aplica-se a norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de 
falsificação de documento para a prática do crime de estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, este absorve aquele . 
 
Crime Progressivo : se dá quando o agente para alcançar um resultado/crime mais grave 
passa, necessariamente, por um crime menos grave. Por exemplo, no homicídio, o agente tem 
que passar pela lesão corporal, um mero crime de passagem para matar alguém. 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
Progressão criminosa : o agente substitui o seu dolo, dando causa a resultado mais grave . O 
agente deseja praticar um crime menor e o consuma. Depois, delibera praticar um crime maior 
e o também o concretiza, atentando contra o mesmo bem jurídico . Exemplo de progressão 
criminosa é o caso do agente que inicialmente pretende somente causar lesões na vítima, 
porém, após consumar os ferimentos, decide ceifar a vida do ferido, causando-lhe a morte. 
Somente incidirá a norma referente ao crime de homicídio, artigo 121 do Código Penal, ficando 
absorvido o delito de lesões corporais. 
 
Crime progressivo , portanto, não se confunde com progressão criminosa : no crime 
progressivo o agente, desde o princípio, já quer o crime mais grave. Na progressão, primeiro o 
sujeito quer o crime menos grave (e consuma) e depois decide executar outro, mais grave. Em 
ambos o réu responde por um só crime. 
 
Aplica-se o princípio da consunção . 
 
GABARITO: CERTO 
2 Infração penal: elementos; espécies; sujeito ativo e sujeito passivo. 
Sistemas de Crimes 
 Sistema Francês (Tricotômico) 
CRIME ≠ DELITO ≠ CONTRAVENÇÃO 
 Sistema Italiano (Dicotômico) ADOTADO PELO BRASIL 
CRIME = DELITO ≠ CONTRAVENÇÃO 
 
Sujeito Ativo do crime: é a pessoa que pratica a infração penal. 
Sujeito passivo é a pessoa ou ente que sofre as conseqüências da infração penal. 
o Sujeito Passivo constante (mediato, formal, geral ou genérico ): será sempre o 
Estado, interessado na manutenção da paz pública e da ordem social. 
o Sujeito passivo eventual (imediato, material, particular ou acidental ): é o titular do 
interesse penalmente protegido. 
 
 Objeto material é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. 
 Objeto jurídico do delito revela o interesse tutelado pela norma, o bem jurídico 
protegido pelo tipo penal. 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
3 O fato típico e seus elementos. 
 
Elementos do fato típico: 
 Conduta 
 Nexo causal Resultado 
 Tipicidade 
Para a conduta é adotada a teoria finalista . 
(CESPE-PCDF) O crime culposo advém de uma conduta involuntária . 
A conduta, não importando a teoria adotada (causalista, neokantista, finalista, social da ação 
ou funcionalista) tem um denominador comum: movimento humano voluntário (dominável 
pela vontade). 
A conduta humana deve ser voluntária . Se o comportamento praticado, ainda que previsto 
em um tipo penal, não for precedido da vontade do seu agente, não haverá conduta, e, 
consequentemente, desfigurado estará o fato típico (substrato do crime), faltando seu primeiro 
elemento. 
GABARITO: ERRADO 
 
São causas de exclusão da Conduta: 
 Caso Fortuito ou de Força Maior 
 Involuntariedade 
 Coação física irresistível; 
COAÇÃO FÍSICA COAÇÃO MORAL 
Força física externa impossibilitando o 
coagido de praticar movimento de acordo 
com sua vontade. É conduzido sem 
vontade . 
Grave ameaça, retirando do coagido a 
liberdade de escolha. Pratica conduta, com 
vontade viciada 
Se irresistível, exclui a conduta. Se irresistível, há conduta, mas não livre, 
excluindo a culpabilidade. 
 
(CESPE-TJ/AC) A coação irresistível, que constitui causa de exclusão da culpabilidade, é 
a coação moral, porquanto a coação física atinge diretamente a voluntariedade do ato, 
eliminando, se irresistível, a própria conduta . 
GABARITO: CERTO 
Do crime doloso. 
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Crime doloso 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo ; 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
Tipos de Dolo 
Dolo Direto : configura-se quando o agente prevê um resultado, dirigindo a sua conduta na 
busca de realizar esse mesmo resultado. 
 1°grau : O agente, com consciência e vontade, persegue determinado resultado (fim 
desejado). 
 2°grau : O resultado é certo que vai acontecer. Ex: Quero matar A. A está com B. Jogo 
uma bomba e mato os 2. 
Dolo eventual : O agente não quer o resultado mais grave, mas assume o risco de produzi-lo. 
O dolo eventual só é possível em razão da consagração da teoria do consentimento. 
Nos termos do CP, a caracterização de uma conduta dolosa prescinde da consciência ou do 
conhecimento da antijuridicidade dessa conduta e requer apenas a presença dos elementos 
que compõem o tipo objetivo 
Dolo normativo Dolo natural 
 Adotado pela teoria clássica/causal e 
pela neokantista 
 Integra a culpabilidade 
 Tem 3 elementos: 
a) Consciência (sabe o que faz) 
b) Vontade (querer ou aceitar) 
c) Consciência atual da 
ilicitude (sabe da ilicitude do 
seu comportamento). 
 Adotado pela teoria finalista 
 Integra o fato típico 
 Tem dois elementos: 
a) Consciência (sabe o que faz) 
b) Vontade (querer ou aceitar) 
Obs: a consciência da ilicitude é questão 
afeta a culpabilidade . 
 
(CESPE-CD) Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, detonou, por mecanismo 
remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo do qual sabia que 
Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave 
morreram. Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no 
cometimento do delito contra Maurício e dolo direto de segundo grau no do delito contra 
todos os demais passageiros do avião . 
GABARITO: CERTO 
 Crime culposo 
 II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia. 
 Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato 
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
Elementos do crime culposo: 
 Conduta humana voluntária 
 Violação de um dever de cuidado objetivo 
I. Imprudência : atua sem os cuidados que o caso requer (ação positiva) 
II. Negligência : é a ausência de precaução (ação negativa) 
III. Imperícia : é a falta de aptidão técnica 
 Resultado naturalístico involuntário 
 Nexo entre conduta e resultado 
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 Resultado (involuntário) previsível 
 Tipicidade 
Espécies de culpa: 
a) Culpa consciente : o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra 
b) Culpa inconsciente : o agente não prevê o resultado, que, entretanto era previsível 
c) Culpa própria : é aquela em que o agente não quer e não assume o risco de produzir o 
resultado, mas acaba lhe dando causa por negligência, imprudência e imperícia 
d) Culpa imprópria : o agente, por erro evitável, imagina certa situação de fato que, se 
presente, excluiria a ilicitude do seu comportamento. 
 
(CESPE-CD) Age com dolo eventual o agente que prevê possíveis resultados ilícitos 
decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de 
evitá-los. 
O dolo eventual se caracteriza quando o agente prevê o resultado, mas assume o risco! 
A questão trata na verdade da culpa consciente , quando o agente prevê o resultado, mas 
acredita sinceramente que pode evitá-lo. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-DPE/DF) Para a caracterização do crime culposo, a culpa consciente se equipara 
à culpa inconsciente ou comum . 
Não há tal distinção no nosso Código Penal. 
O crime culposo , previsto no art. 18, II, do Código Penal, consiste numa conduta voluntária 
que realiza um evento ilícito não querido ou aceito pelo agente, mas que lhe era previsível 
(culpa inconsciente ) ou excepcionalmente previsto ( culpa consciente ) e que podia ser 
evitado se empregasse a cautela esperada. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-PF) A culpa inconsciente distingue-se da culpa consciente no que diz respeito à 
previsão do resultado: na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, 
acredita sinceramente que pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o resultado, embora 
previsível, não foi previsto pelo agente . 
GABARITO:CERTO 
 
Do crime preterdoloso 
O agente pratica delito distinto do que havia projetado cometer, advindo da conduta dolosa 
resultado culposo mais grave do que o projetado. 
É figura criminosa híbrida. 
Há concurso de dolo e culpa no mesmo fato. 
(Dolo no antecedente – conduta – e culpa no conseqüente – resultado) 
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(CESPE-CD) Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do 
qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado 
posterior, é necessário que este seja previsível . 
Basta observar os elementos do crime culposo: conduta voluntária, violação de um dever de 
cuidado objetivo, resultado naturalístico involuntário, nexo causal, resultado previsível e 
tipicidade. 
GABARITO: CERTO 
TEORIA DO ERRO 
 Erro sobre elementos do tipo 
 Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas 
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
 Descriminantes putativas 
 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe 
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o 
erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
 Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
 Erro sobre a pessoa 
 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não 
se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra 
quem o agente queria praticar o crime. 
 Erro sobre a ilicitude do fato 
 Art. 21 - O desconhecimentoda lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se 
inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência 
da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
 
ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO 
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO 
Há falsa percepção da realidade que circunda 
o agente. 
O agente percebe a realidade, equivocando-
se sobre regra de conduta. 
O agente não sabe o que faz. O agente sabe o que faz , mas ignora ser 
proibido. 
“A” sai de festa com guarda-chuva pensando 
ser seu, mas logo percebe que errou, ois o 
objeto é de terceiro. 
“A” encontra um guarda-chuva na rua e 
acredita que não tem obrigação de devolver, 
porque “achado não é roubado”. 
 
Erro de tipo 
 Essencial : o erro recai sobre os dados principais do tipo penal, se avisado do erro, o 
agente para de agir criminosamente 
 Acidental : recai sobre os dados secundários, se avisado do erro, o agente corrige os 
caminhos ou sentido da conduta e continua agindo de forma ilícita. 
 
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Erro de tipo essencial a) Inevitável : configura o erro imprevisível, 
excluindo o dolo e culpa 
b) Evitável : cuida-se do erro previsível, só 
exclui o dolo, mas punindo a culpa. 
Erro de tipo acidental a) Sobre o objeto 
b) Sobre a pessoa 
c) Na execução 
d) Resultado diverso do pretendido 
e) Sobre o nexo causal 
 
Erro sobre o objeto  Não há previsão legal. A conseqüência é a punição do agente pela 
conduta praticada, respondendo pelo delito considerando-se o objeto material efetivamente 
atingido. 
Erro sobre a pessoa Erro na execução 
Há equívoco na representação da vítima 
pretendida 
Representa-se bem a vítima pretendida 
A execução do crime é correta (não há 
falha operacional) 
A execução do crime é errada (ocorre falha 
operacional) 
A pessoa visada não corre perigo , pois 
confundida com outra. 
A pessoa visada corre perigo , não sendo 
confundida. 
 Nos dois casos o agente responde pelo crime cometido considerando as qualidades da 
vítima virtual pretendida. 
ERRO NA EXECUÇÃO 
Tipo de erro Aberractio Ictus Aberratio Criminis 
Previsão legal Art. 73 do CP Art. 74 do CP 
Conceito O agente, apesar do erro, 
atinge o mesmo bem jurídico 
de pessoa diversa. 
O resultado produzido (vida) 
coincide com o resultado 
pretendido (vida). 
O agente, em razão do erro, 
atinge bem jurídico diverso. 
Resultado produzido diverso 
(vida) do resultado pretendido 
(patrimônio). 
Relação Há uma relação pessoa X 
pessoa 
Há uma relação coisa X 
pessoa 
 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL DELITO PUTATITO POR ERRO DE TIPO 
Há uma falsa percepção da realidade. O agente não sabe o que faz. 
O agente imagina praticar um indiferente penal. 
Acha estar agindo licitamente 
O agente imagina praticar fato típico. Acha estar 
agindo ilicitamente . 
O agente ignora a presença de uma elementar 
(“alguém”) no delito “matar alguém” 
O agente ignora a ausência da elementar (pois o 
boneco não é “alguém”). 
O agente pratica o tipo penal sem querer. O agente pratica um fato atípico sem querer 
(crime imaginário). 
Ex: O agente atira contra pessoa imaginando ser 
boneco de cera 
Ex: O agente atira contra estátua de cera 
imaginando ser pessoa. 
 
(CESPE-PC/BA) Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por 
desconhecimento invencível de algum elemento do tipo quanto a conduta do agente que 
age acreditando estar autorizado a fazê-lo ensejam como consequência a exclusão do 
dolo e, por conseguinte, a do próprio crime . 
A questão trata da diferença entre erro de tipo e erro de proibição. Naquele é dividido em erro invencível 
(excluindo-se o dolo e a culpa) e erro vencível (excluindo-se apenas o dolo, punindo a culpa). Enquanto 
no outro o agente sabe o que faz, mas ignora ser proibido, portanto sua conduta será punida. 
GABARITO: ERRADO 
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(CESPE-PGE/BA) Em direito penal, conforme a teoria limitada da culpabilidade, as 
discriminantes putativas consistem em erro de tipo, ao passo que, de acordo com a 
teoria extremada da culpabilidade, elas consistem em erro de proibição . 
Nosso atual Código Penal adotou a Teoria Limitada da Culpabilidade. Desta forma, as 
descriminantes putativas fáticas são tratadas como erro de tipo (art. 20, §1º, CP), enquanto as 
descriminantes putativas por erro quanto a permissividade da norma, são consideradas erro de 
proibição (art. 21 CP) 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-STF) Considerando o disposto no Código Penal brasileiro, quanto à matéria do 
erro, é correto afirmar que, em regra, o erro de proibição recai sobre a consciência da 
ilicitude do fato, ao passo que o erro de tipo incide sobre os elementos constitutivos do 
tipo legal do crime . 
Erro de tipo – falsa percepção da realidade - O agente não sabe o que faz, exclui o crime, mas 
permite punição por culpa 
Erro de proibição – perfeita percepção da realidade - O agente acha que sua conduta é legal, 
quando na verdade é ilegal, isenta de pena. 
GABARITO: CERTO 
CRIME COMISSIVO --- CRIME OMISSIVO 
Comissivo : é a realização (ação) de uma conduta desvaliosa proibida pelo tipo penal 
incriminador. Viola um tipo proibitivo . 
 Admite participação por omissão 
Omissivo : é a não realização (não fazer) de determinada conduta valiosa (comportamento 
ideal) a que o agente estava juridicamente obrigado e que lhe era possível concretizar. Viola 
um tipo mandamental . É dividido em omissivos próprios e impróprios . 
 Admite coautoria 
TIPO PROIBITIVO TIPO MANDAMENTAL 
Descreve conduta desvaliosa Descreve conduta valiosa 
É violado por ação (o agente realiza o que o 
tipo proíbe). 
É violado por omissão (o agente não realiza 
o que o tipo manda). 
 
OMISSÃO PRÓPRIA OMISSÃO IMPRÓPRIA 
O agente tem dever genérico de agir (porque 
é um dever que atinge a todos 
indistintamente, em razão do dever de 
solidaderiedade). 
O agente tem o dever jurídico 
especial/específico de agir para evitar o 
resultado. 
A omissão está descrita no tipo penal 
mandamental. 
A omissão está descrita em cláusula geral 
(prevista no art. 13, §2° do CP) e não no 
tipo penal. 
Não há personagens próprios. Pressupondo dever específico, atinge o 
garantidor, deinido no art. 13, §2º, do CP. 
O agente responde por crime omissivo . NÃO 
ADMITE TENTATIVA. 
O agente responde por crime comissivo 
(praticado por omissão). ADMITE 
TENTATIVA. 
Ocorre uma subsunção direta entre o fato Ocorre uma subsunção indireta entre fato 
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(omissão) e a norma (tipo que descreve uma 
omissão). 
(omissão) e norma (tipo que descreve uma 
ação). 
Para haver a subsunção indireta é sempre 
necessária a aplicação combinada do art. 13, 
§2° do CP com o tipo penal referente ao 
resultado ocorrido (morte, no homicídio). 
 
(CESPE-PC/DF) É possível, do ponto de vista jurídico-penal, participação por omissão 
em crime comissivo . 
Participação por omissão : A participação por omissão é possível, desde que o omitente, além 
de poder agir no caso concreto, tenha o dever de agir para evitar o resultado, por se enquadrar 
em alguma das hipóteses delineadas pelo art. 13, § 2º, do CP. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-PF) Os crimes comissivos por omissão - também chamados de crimes 
omissivos impróprios - são aqueles para os quais o tipo penal descreve uma ação, mas 
o resultado é obtido por inação . 
Nas hipótesesde omissão impura o tipo penal infringido pelo omitente descreve conduta 
comissiva, como se tivesse causado o resultado. O omitente conquista o evento 
comissivamente incriminado por meio de um não fazer, de uma abstenção ou omissão . 
GABARITO: CERTO 
CRIMES MATERIAIS x CRIMES FORMAIS 
CRIME DESCRIÇÃO DO 
TIPO PENAL 
IMPORTÂNCIA DO 
RESULTADO À 
CONSUMAÇÃO 
EXEMPLO 
CRIME MATERIAL O tipo penal descreve 
conduta mais resultado 
naturalístico. 
O resultado é 
indispensável à 
consumação. 
Homicídio 
CRIME FORMAL O tipo penal também 
descreve conduta mais 
resultado naturalístico. 
O resultado 
naturalístico é 
dispensável , pois a 
consumação ocorre 
com a conduta. 
Obs: se, apesar de 
dispensável, ocorrer o 
resultado naturalístico, 
há exaurimento do 
crime . 
Extorsão mediante 
seqüestro (o crime se 
consuma com a 
privação da liberdade, 
não com a obtenção da 
vantagem indevida) 
CRIME DE MERA 
CONDUTA 
O tipo penal descreve 
apenas a conduta. 
Não há resultado 
naturalístico. 
Omissão de socorro. 
 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 
TEORIAS 
 Teoria da causalidade adequada; 
 Teoria da relevância jurídica; 
 Teoria da equivalência dos antecedentes causais; ( ADOTADA PELO CP ) 
 
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CAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES 
ESPÉCIE EXEMPLO RESPONSABILIZAÇÃO 
PREEXISTENTE “A” atira em “B” que antes já 
havia sido envenenado por 
“C”, morrendo em razão do 
envenenamento. A morte de “B”, em todos os 
exemplos, ocorreria como 
ocorreu independentemente 
da conduta de “A”. “C” Será 
punido por homicídio 
consumado. “A” responde por 
tentativa de homicídio. 
CONCOMITANTE Enquanto “A” envenena a 
vítima “B”, o matador de 
aluguel “C” entra no local e 
atira contra “B”, que morre 
em razão dos disparos da 
arma de fogo. 
SUPERVENIENTE Depois de “A” envenenar “B”, 
“B” é vítima de um disparo 
praticado por “C”, que tira a 
vida da vítima. 
 
CAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES 
ESPÉCIE EXEMPLO RESPONSABILIZAÇÃO 
PREEXISTENTE 
“A” atira para matar “B”, atingindo seu pé. 
Contudo, “B”, por ser hemofílico, morre em 
razão da hemorragia. 
O agente responde pelo 
resultado causado. 
“A” responde por 
homicídio consumado. 
Concomitante 
“A”, com intenção de matar, atira em “B”, 
mas não atinge o alvo. A vítima, entretanto, 
assutando, tem um colapso cardíaco e 
morre. 
SUPERVENIENTE 
Que não por si só 
produz o resultado 
“A” atira em “B” que 
é levado ao hospital 
e morre em 
decorrência de erro 
médico. 
Que por si só 
produz o resultado. 
“A” atira em “B” que 
morre no hospital 
por conta de 
incêndio que 
assolou o local. 
“A” responde pelo seu 
dolo e não pelo seu 
resultado (novo curso 
causal) 
“A” responde por 
tentativa de homicídio. 
 
(CESPE-TJ/SE) Considere que Alfredo, logo depois de ter ingerido veneno com a 
intenção de suicidar-se, tenha sido alvejado por disparos de arma de fogo desferidos por 
Paulo, que desejava matá-lo. Considere, ainda, que Alfredo tenha morrido em razão da 
ingestão do veneno. Nessa situação, o resultado morte não pode ser imputado a Paulo . 
A questão trata de uma concausa absolutamente independente preexistente. 
Como Alfredo se envenenou antes, a causa efetiva não se origina da causa concorrente 
(disparo de arma de fogo), logo a causa concorrente não foi determinante para o resultado, 
visto que morreu envenenado. 
Paulo responde por tentativa de homicídio. 
GABARITO: CERTO 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
(CESPE-PC/BA) As causas ou concausas absolutamente independentes e as causas 
relativamente independentes constituem limitações ao alcance da teoria da equivalência 
das condições . 
 Relação de causalidade 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a 
quem lhe deu causa . Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. 
 Superveniência de causa independente 
 § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, 
por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-AGU) Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito 
brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da causalidade adequada, também 
conhecida como teoria da equivalência dos antecedentes causais . 
Teoria da equivalência dos antecedentes causais ; teoria da condição simples; teoria da 
condição generalizada; teoria da conditio sine qua non : Causa é toda e qualquer conduta que 
de alguma forma interferir no resultado, pouco importando o grau, tamanho, importância dessa 
interferência. (Regra) 
Teoria da causalidade adequada; teoria individualizadora; teoria da condição qualificada : 
Causa é a conduta que por si só tem a capacidade de produzir o resultado. (Exceção) 
GABARITO: ERRADO 
CAUSAS SUPRALEIGAIS DE EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO . 
 Princípio da insignificância 
 Principio da adequação social. 
 
(CESPE-TJ/SE) Conforme o STF, para que incida o princípio da insignificância e, 
consequentemente, seja afastada a recriminação penal, é indispensável que a conduta 
do agente seja marcada por ofensividade mínima ao bem jurídico tutelado, reduzido grau 
de reprovabilidade, inexpressividade da lesão, e nenhuma periculosidade social . 
1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, para se caracterizar hipótese 
de aplicação do denominado “princípio da insignificância” e, assim, afastar a 
recriminação penal, é indispensável que a conduta do agente seja marcada por 
OFENSIVIDADE MÍNIMA AO BEM JURÍDICO TUTELADO, REDUZIDO GRAU DE 
REPROVABILIDADE, INEXPRESSIVIDADE DA LESÃO e NENHUMA 
PERICULOSIDADE SOCIAL . 
GABARITO: CERTO 
 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
(CESPE-CD) O princípio da insignificância, com previsão legal expressa na parte geral 
do Código Penal (CP), é causa excludente da ilicitude do crime e exige, nos termos da 
jurisprudência do STF, mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma 
periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e 
inexpressividade da lesão jurídica provocada . 
Há dois erros na questão. 
Primeiro: não há previsão legal do princípio da insignificância, apenas jurisprudência e 
doutrinas. 
Segundo: esse princípio é exclui o fato típico e não a ilicitude. 
No restante a questão está correta. 
GABARITO: ERRADO 
ANTIJURIDICIDADE 
Causas da exclusão 
1. Estado de necessidade 
2. Legítima defesa 
a) Moderação 
b) Meios necessários 
c) Injusta agressão (não é necessário ser um crime) 
d) Atual ou iminente 
e) Direito próprio/Terceiro 
3. Estrito cumprimento do dever legal 
4. Exercício regular de direito 
 
 Leg. Def. antecipada não é aceita na doutrina e na jurisprudência. 
Estado de Necessidade 
Teorias 
 Unitária (Justificante) : bem jurídico sacrificado é de igual valor ou de valor inferior. 
ADOTADA PELO CP 
 Diferenciadora 
1. Justificante : BJ sacrificado é de valor inferior ao preservado 
2. Exculpante OU Supralegal : BJ sacrificado é de valor igual ao preservado ou 
superior. EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE 
 
(CESPE-AGU) A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é 
aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão injusta e tenha 
optado livremente pelo seu enfrentamento . 
Prevalece o entendimento de que, em relação à legítima defesa, o direito não poderia obrigar 
alguém a ser covarde, a fugir de um ataque injusto quando pode legitimamente defender. 
GABARITO:ERRADO 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
(CESPE-CD) Haverá isenção de pena se o agente praticar o fato em estrito cumprimento 
de dever legal . 
O estrito cumprimento do dever legal é excludente de ilicitude e não de culpabilidade. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-PCDF) Na teoria penal, o estado de necessidade se diferencia do estado de 
necessidade supralegal, haja vista, no primeiro, o bem sacrificado ser de menor valor 
que o do bem salvaguardado e, no segundo, o bem sacrificado ser de valor igual ou 
superior ao do bem salvaguardado. Na segunda hipótese, não estaria excluída a ilicitude 
da conduta, mas a culpabilidade . 
O código penal adotou a teoria unitária , na qual prevê que se o bem sacrificado for de menor 
valor que o bem salvaguardado, estará excluída a ILICITUDE da conduta . 
A questão nos traz a teoria diferenciadora , na qual prevê que se o bem sacrificado for de 
valor igual ou superior ao bem salvaguardado, estará excluída a CULPABILIDADE da conduta . 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-PF) Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um 
desconhecido, também maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do 
agressor com um guarda - chuva e continue desferindo nele vários golpes, mesmo 
estando o desconhecido desacordado. Nessa situação hipotética, João incorre em 
excesso intensivo . 
No excesso intensivo a reação imoderada ocorre ainda quando a agressão injusta está em 
curso. Ex. agressor com faca é desarmado pela vítima, que intensifica a reação e dá várias 
facadas no agressor. 
No excesso extensivo aquele que reage excede sua reação após o agressor ter cessado a 
agressão. Ex. exatamente como no enunciado. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-ABIN) Considere a seguinte situação hipotética. Ana estava passeando com o 
seu cão, da raça pitbull, quando, por descuido, o animal soltou-se da coleira e atacou 
uma criança. Um terceiro, que passava pelo local, com o intuito de salvar a vítima do 
ataque, atingiu o cão com um pedaço de madeira, o que causou a morte do animal. 
Nessa situação hipotética, ocorreu o que a doutrina denomina de estado de necessidade 
agressivo . 
O ESTado de necessidade é divido em: 
 Agressivo : sacrifica bem jurídico de 3° inocente; 
 Defensivo : sacrifica bem jurídico do próprio causador do perigo; 
A questão trata do estado de necessidade defensivo. 
GABARITO: ERRADO 
 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
CULPABILIDADE 
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE 
I. IMPUTABILIDADE 
a) Critério Biológico (Adotado com exceção para os menores de 18 anos). 
b) Critério Psicológico 
c) Critério Biopsicológico (ADOTADO PELO CP) 
II. Potencial consciência da ilicitude 
III. Exigibilidade da conduta diversa 
 
CAUSAS DE EXCLUSÃO 
 Inimputabilidade 
 Coação moral irresistível 
 Obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal 
 Erro de proibição invencível (Escusável) 
 Falta da consciência da ilicitude, se inevitável 
 
TÍTULO III 
DA IMPUTABILIDADE PENAL 
 Inimputáveis 
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude 
de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não 
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. 
 Menores de dezoito anos 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos 
às normas estabelecidas na legislação especial. 
 Emoção e paixão 
 Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
 I - a emoção ou a paixão; 
 Embriaguez 
 II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 
 § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender 
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a 
plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
(CESPE-PF) Considere que Bartolomeu, penalmente capaz e mentalmente são, tenha 
praticado ato típico e antijurídico, em estado de absoluta inconsciência, em razão de 
estar voluntariamente sob a influência de álcool. Nessa situação, Bartolomeu será 
apenado normalmente, por força da teoria da actio libera in causa . 
A embriaguez voluntária não exclui a culpabilidade. 
Por actio libera in causa entende-se a situação em que o sujeito se autocoloca 
voluntariamente em situação de inimputabilidade ou incapacidade de agir, de tal modo que, 
posteriormente, ao cometer um comportamento criminoso, padecerá da capacidade de 
entender a ilicitude do ato ou de se autocontrolar. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-TJDFT) Se um indivíduo que rotineiramente se embriaga cometer crime em 
momento de intoxicação aguda, ele deverá ser declarado inimputável . 
Somente a embriaguez resultante de caso fortuito ou força maior tem a capacidade de excluir a 
culpabilidade do agente por embriaguez . 
 
Há a figura da Embriaguez Patológica , que é o vício do álcool, droga ou qualquer outra 
substância. Segundo a OMS, é uma doença mental , logo, o agente poderá ser enquadrado 
no art. 26, caput do CP, se restar comprovado que ele não entende o caráter ilícito da conduta 
ou que não é capaz de comportar-se conforme tal entendimento. Note-se que ele será 
inimputável por doença mental e não por embriaguez . 
 
GABARITO: ERRADO 
 
(CESPE-TCU) São causas de exclusão da culpabilidade, expressamente previstas no 
Código Penal brasileiro, a coação moral irresistível e a ordem não manifestamente ilegal 
de superior hierárquico . 
 Coação irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a 
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico , só é punível o autor da coação 
ou da ordem. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-CD) Será isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de 
caso fortuito, culpa ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento . 
 
É isento de pena proveniente de CASO FORTUITO ou FORÇA MAIOR . Não há que se falar 
em CULPA . 
 
GABARITO: ERRADO 
 
 
 
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(CESPE-PF) O Código Penal, ao dispor que "é isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou 
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento", adotou o critério biológico de exclusão da 
imputabilidade . 
 
O Código Penal adotou o critério biopsicológico, o qual é a junção dos critérios biológico e 
psicológico. 
 
Já o critério biológico é adotado com exceção para os menores deidade. 
 
GABARITO: ERRADO 
ITER CRIMINIS 
FASES DO CRIME 
 Cogitação (Não ultrapassa o intelecto do agente) NÃO É PUNÍVEL 
 Preparação – NÃO É PUNÍVEL, SALVO ALGUMAS EXCEÇÕES . 
 Execução 
 Consumação 
Para que se verifique o exaurimento do crime, é necessário que, depois de sua 
consumação, o delito atinja suas últimas conseqüências. 
DA Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à 
vontade do agente. 
ESPÉCIES 
 Branca ou incruenta : não consegue causar lesão ao objeto material protegido pela 
norma penal 
 Vermelha ou cruenta : atingiu o objeto material 
 Perfeita (acabada ou crime falho ou crime frustrado) : exaure todo o processo 
executório, mas não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias à sua 
vontade. 
 Imperfeita (ou inacabada): o agente é impedido de prosseguir no seu intento, 
deixando de praticar todos os atos executórios à sua disposição. 
INFRAÇÕES QUE NÃO ADIMITEM TENTATIVA 
I. CRIMES CULPOSOS 
II. CRIMES PRETERDOLOSOS 
III. CRIMES UNISSUBISISTENTES 
IV. CRIMES HABITUAIS 
V. OMISSIVOS PRÓPRIO 
VI. CRIMES DE ATENTADO 
VII. CONTRAVENÇÃO PENAL 
 
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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (DESISTÊNCIA 
VOLUNTÁRIA) ou impede que o resultado se produza (ARREPENDIMENTO EFICAZ), só 
responde pelos atos já praticados. 
PONTE DE OURO  O agente está diante de um fato cujo resultado material é erfeitamento 
alcançável, mas, até que ocorra a consumação, abre-se a possibilidade (ponte de ouro) para 
que o agente retorne à situação de licitude, seja desistindo de prosseguir na execução, seja 
atuando positivamente no intuito de impedir a ocorrência do resultado. 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Exige voluntariedade Exige voluntariedade e eficácia 
Ocorre durante a execução Ocorre após a execução 
O agente abandona o seu dolo antes de 
esgotar os atos executórios 
O agente esgota os atos executórios, mas 
consegue impedir o resultado 
O crime não se consuma por circunstâncias inerentes à vontade do agente 
 
Pune-se pelos atos já praticados 
 
 Arrependimento posterior 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o 
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Requisitos: 
 Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa; 
 Restituição da coisa ou a reparação do dano; (DEVE SER TOTAL E NÃO PARCIAL) 
 Voluntariedade 
 Antes do recebimento da denúncia ou da queixa-crime 
A reparação do dano é circunstância objetiva, devendo comunicar-se aos demais réus . 
 Desistência 
Voluntária 
Arrependimento 
eficaz 
Arrependimento 
posterior 
Previsão Legal Art. 15, 1ª parte, CP (tentativa qualificada) Art. 16, CP 
Natureza Jurídica Causa de extinção da 
punibilidade (há 
divergência) 
 Causa geral de 
diminuição de pena. 
Momento em que 
ocorre 
O agente abandona o 
intento antes de 
esgotar os atos 
executórios . 
O agente, depois de 
esgotar os atos 
executórios 
abandona o intento. 
Ocorre depois da 
consumação. 
Quanto à 
consumação 
Não consumação por circunstâncias 
inerentes à vontade do agente . 
Há consumação do 
crime. 
Consequência O agente responde pelos atos até então 
praticados 
Há redução da pena 
de 1/3 a 2/3. 
 
 
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CRIME IMPOSSÍVEL (QUASE-CRIME ou CRIME OCO ) 
Duas são as formas: 
Por ineficácia absoluta do meio : a inidoneidade absoluta do meio se verifica quando falta 
potencialidade causal, pois os instrumentos postos a serviço da conduta não são eficazes, em 
hipótese alguma, para a produção do resultado. 
Exemplo: JOÃO, para matar ANTONIO, se vale (sem saber) de uma arma de brinquedo. 
POR IMPROPRIEDADE ABSOLUTA DO OBJETO : quando a pessoa ou a coisa que 
representa o ponto de incidência da ação delituosa (objeto material) não ser à consumação do 
delito. A inidoneidade do objeto se verifica tanto em razão das circunstâncias em que se 
encontra (objeto impróprio) quanto em razão da sua inexistência (objeto inexistente). 
Ex: JOÃO tenta praticar aborto contra mulher que não está grávida. 
(CESPE-AGU) O CP permite a aplicação de causa de diminuição de pena quando o 
arrependimento posterior for voluntário, não exigindo que haja espontaneidade no 
arrependimento . 
Para a sua configuração, basta que o agente haja de modo voluntário, pouco importando se o 
arrependimento tenha sido espontâneo, ou seja, tenha surgido sponte própria, no âmago do 
agente. 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-TJ/SE) Mesmo quando o agente, de forma espontânea, desiste de prosseguir 
nos atos executórios ou impede a consumação do delito, devem ser a ele imputadas as 
penas da conduta típica dolosa inicialmente pretendida . 
Nesse caso, só responde pelos atos já praticados, conforme disposição expressa no Código 
Penal. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-CD) Denomina-se arrependimento eficaz a reparação do dano ou a restituição 
voluntária da coisa antes do recebimento da denúncia, o que possibilita a redução da 
pena, em se tratando de crimes contra o patrimônio . 
A questão traz o instituto do arrependimento posterior. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-TJ/CE) O instituto do arrependimento posterior pode ser aplicado ao crime de 
lesão corporal culposa . 
A Doutrina entende que o requisito de “ausência de violência à pessoa”, previsto para a 
caracterização do arrependimento posterior (art. 16 do CP), estará materializado quando 
houver, apenas, lesões corporais culposas, de forma que admitiria o arrependimento posterior. 
GABARITO: CERTO 
 
 
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(CESPE-TRE/GO) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir 
atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta . 
A tentativa é dividida quanto ao resultado produzido na vítima em: 
Incruenta ou branca : golpe desferido não atinge o corpo da vítima, não gerando lesão efetiva, 
palpável à integridade corporal do ofendido 
Cruenta ou vermelha : a vítima é efetivamente atingida. 
A questão trata exatamente da incruenta . 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-PF) Considere que Aldo, penalmente capaz, após ser fisicamente agredido por 
Jeremias, tenha comprado um revólver e, após municiá-lo, tenha ido ao local de trabalho 
de seu desafeto, sem, no entanto, o encontrar. Considere, ainda, que, sem desistir de 
seu intento, Aldo tenha se posicionado no caminho habitualmente utilizado por 
Jeremias, que, sem nada saber, tomou direção diversa. Flagrado pela polícia no 
momento em que esperava por Jeremias, Aldo entregou a arma que portava e narrou que 
pretendia atirar em seu desafeto. Nessa situação, Aldo responderá por tentativa 
imperfeita de homicídio, com pena reduzida de um a dois terços . 
Aldo não chegou nem a executar o crime, portanto não há que se falar em tentativa de 
homicídio. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-TCU) Um crime é enquadrado na modalidade de delito tentado quando, 
ultrapassada a fase de sua cogitação, inicia-se, de imediato, a fase dos respectivos atos 
preparatórios, tais como a aquisição de arma de fogo para a prática de planejado 
homicídio . 
A questão baseia-se no iter criminis, o qual tem as seguintes fases: cogitação, preparação, 
execução e consumação. 
O delito só é tentando quando inicia-se a execução. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-AGU) O direito penal brasileiro não admite a punição de atosmeramente 
preparatórios anteriores à fase executória de um crime, uma vez que a criminalização de 
atos anteriores à execução de delito é uma violação ao princípio da lesividade . 
Os atos preparatórios, em regra, são impuníveis . Excepcionalmente, todavia, merecem 
punição, configurando delito autônomo . É o que ocorre, por exemplo, com o crime de 
associação criminosa. Aquele que se reúne com três ou mais pessoas para planejar a prática 
de crimes está em plena fase de preparação (dos crimes futuros), mas já executando a 
formação de um grupo criminoso, comportamento esse que o legislador entendeu grave o 
suficiente para justificar tipificação autônoma e independente dos delitos visados pela 
associação. 
GABARITO: ERRADO 
 
 
 
 
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CONCURSO DE PESSOAS 
REQUISITOS 
 Pluralidade de agentes e de condutas 
 Relevância causal das condutas 
 Identidade de infração penal 
 Liame subjetivo entre os agentes 
Não há necessidade de acordo prévio para ocorrer o concurso de pessoas 
Não haverá participação dolosa em crime culposo e vice-versa. Ou todos os agentes agem 
com dolo ou todos agem com culpa para que ocorra concurso de pessoa . 
 
SITUAÇÕES QUE NÃO EXISTE CONCURSO DE PESSOAS 
 Autoria colateral : quando dois ou mais agentes, um ignorando a contribuição do outro, 
concentram suas condutas para o cometimento da mesma infração penal. Nota-se, no 
caso, a ausência de vínculo subjetivo entre os agentes, que, se presente, faria incidir 
as regras do concurso de pessoas. 
 Autoria mediata : Autor domina a vontade alheia e, desse modo, serve-se de outra 
pessoa que atua como instrumento. 
 
(CESPE-TRE/GO) Caso um indivíduo obtenha de um amigo, por empréstimo, uma arma 
de fogo, dando-lhe ciência de sua intenção de utilizá-la para matar outrem, o amigo que 
emprestar a arma será considerado partícipe do homicídio se o referido indivíduo 
cometer o crime pretendido, ainda que este não utilize tal arma para fazê-lo e que o 
amigo não o estimule a praticá-lo . 
A participação é dividida em: 
 Moral 
a) Induzir (criar a idéia) 
b) Instigar (reforçar a idéia já existente) 
 Material (auxiliar) 
No caso, não houve a participação material, pois a arma emprestada não foi a mesma utilizada 
no crime. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE-TJ/SE) Para um coautor cujas ações tiverem resultado em crime mais grave, 
apesar de ele ter desejado participar de crime de menor gravidade, a pena aplicada deve 
ser a referente ao crime menos grave, que deve ser aumentada até a metade no caso de 
o resultado mais grave ter sido previsível quando as ações foram realizadas . 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, 
na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um 
terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a 
pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o 
resultado mais grave . 
GABARITO: CERTO 
 
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(CESPE-TJ/SE) Em se tratando de autoria colateral, não existe concurso de pessoas . 
 
Isso mesmo, a autoria colateral é quando os agentes não conhecem a intenção um do outro. 
Exemplo: 
A atira pra matar B e do outro lado da rua C atira em direção a B, ambos com Animus Necandi, 
e sem conhecer a conduta um do outro. 
Se os disparos de ambos causarem a morte, ambos respondem por homicídio . 
Se a vítima morreu apenas da decorrência da conduta de um, o outro responde por tentativa . 
(AUTORIA INCERTA) 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-PRF) Em relação ao concurso de pessoas, o CP adota a teoria monista, segundo 
a qual todos os que contribuem para a prática de uma mesma infração penal cometem 
um único crime, distinguindo-se, entretanto, os autores do delito dos partícipes . 
São três as teorias sobre o concurso de pessoas, são elas: 
a) teoria unitária (OU MONISTA ): quando mais de um agente concorre para a prática da 
infração penal, mas cada um praticando conduta diversa do outro, obtendo, porém, um só 
resultado. Neste caso, haverá somente um delito. Assim, todos os agentes incorrem no mesmo 
tipo penal. Tal teoria é adotada pelo Código Penal. 
 
b) teoria pluralista : Os agentes respondem por crimes diferentes (ADOTADA COM 
EXCEÇÕES). Ex: aborto e corrupção. 
c) teoria dualista : 
 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-TJ/DFT) Se determinada pessoa, querendo chegar rapidamente ao aeroporto, 
oferecer pomposa gorjeta a um taxista para que este dirija em velocidade acima da 
permitida e, em razão disso, o taxista atropelar e, consequentemente, matar uma pessoa, 
a pessoa que oferecer a gorjeta participará de crime culposo . 
 
Não há participação em crime culposo. 
GABARITO: ERRADO 
 
CONCURSO DE CRIMES 
TIPO Requisitos Sistema 
Adotado 
Aumento 
Concurso 
Material 
 Pluralidade de condutas 
 Pluralidade de crimes 
Cúmulo 
material 
As penas são 
somadas 
Concurso 
formal (próprio) 
 Unidade de condutas 
 Pluralidade de crimes 
Exasperação 1/6 até ½ 
Concurso 
formal 
(impróprio) 
 Unidade de conduta 
 Pluralidade de crimes 
 Desígnios autônomos 
Cúmulo 
material 
As penas são 
somadas 
Crime 
continuado 
genérico 
 Pluralidade de condutas 
 Pluralidade de crimes da 
mesma espécie 
 Elo de continuidade 
Exasperação 1/6 até 2/3 
Direito Penal Geral - Mapeado 
 
 
Crime 
continuado 
específico 
 Os mesmos do continuado 
genérico 
 Crimes dolosos 
 Vítimas diferentes 
 Violência ou grave ameação 
À pessoas 
Exasperação 1/6 até 3x 
 
(CESPE-DPE/PE) O concurso formal próprio distingue-se do concurso formal impróprio 
pelo elemento subjetivo do agente, ou seja, pela existência ou não de desígnios 
autônomos. 
Divide-se o concurso formal, ainda, em perfeito e imperfeito. 
Perfeito, ou próprio, é a espécie de concurso formal em que o agente realiza a conduta típica, 
que produz dois ou mais resultados, sem agir com desígnios autônomos. 
Desígnio autônomo, ou pluralidade de desígnios, é o propósito de produzir, com uma única 
conduta, mais de um crime. É fácil concluir, portanto, que o concurso formal perfeito ou próprio 
ocorre entre crimes culposos, ou então entre um crime doloso e um crime culposo. 
Imperfeito, ou impróprio , é a modalidade de concurso formal que se verifica quando a 
conduta dolosa do agente e os crimes concorrentes derivam de desígnios autônomos. 
Portanto, envolve crimes dolosos, qualquer que seja sua espécie (dolo direto ou dolo eventual). 
Gabarito: CERTO 
(CESPE-MPE/PI) O roubo perpetrado com violação de patrimônios de diferentes vítimas 
da mesma família, em um único evento delituoso, configura concurso formal de crimes. 
STJ - ROUBO QUALIFICADO. CONCURSO FORMAL. CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO ÚNICA. 
VÍTIMAS DIFERENTES. AINDA QUE DA MESMA FAMÍLIA. CP, ARTS. 70 E 157, § 2º, I E II. 
«Configura-se concurso formal, quando o agente, mediante uma só ação, pratica crimes de 
roubo contra vítimas diferentes, ainda que da mesma família, eis que caracterizada a violação 
a patrimônios distintos.»(...) 
GABARITO: CERTO 
(CESPE-SEGESP) Se uma pessoa com um único disparo de arma de fogo matar duas 
pessoas, poderá responder por concurso formal impróprio de crimes . 
O concurso de crimes pode ser FORMAL ou MATERIAL 
Material : 2 ou mais condutas, que geram 2 ou mais resultados. 
Enquanto que concurso formal é dividido entre PRÓPRIO e IMPRÓPRIO 
Próprio : O agente tinha o dolo de praticar um crime,e os demais foram por culpa 
Ex> João atira em maria (dolo), por culpa atinge pedro. 
Impróprio : É o famoso "Dois coelhos com uma cajada só" (Fato da questão) 
GABARITO: CERTO 
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