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Curitiba
2016
Legisla o 
de Tr nsito II
Sumário
 Carta ao aluno | 5
1. Vias públicas | 7
2. Sinalização de trânsito | 15
3. Regras de circulação e conduta | 49
4. Infrações, penalidades e crimes de trânsito | 69
 Conclusão | 101
Prezado(a) aluno(a),
Nesta disciplina Legislação de Trânsito II, vamos mais 
longe no seu conhecimento sobre como o trânsito brasileiro está 
organizado. Na primeira parte, Legislação de Trânsito I, você conhe-
ceu os órgãos e todos os processos para emitir carteira de habilita-
ção, manter o veículo regularizado e contribuir para a educação para 
o trânsito.
Carta ao aluno
– 6 –
Legislação de Trânsito II
Agora vamos a fundo para compreender como se distribuem as vias 
públicas para fazer fluir o tráfego, especialmente nas grandes cidades. Depois, 
você vai conhecer detalhes de toda a sinalização – vertical, horizontal, sema-
fórica, por sinais sonoros e com dispositivos auxiliares – e descobrir por que a 
padronização ajuda a informar o usuário.
Muito importantes também são as regras de circulação e conduta, 
baseadas muito no bom senso e na civilidade, sem as quais seria impossível 
determinar, por exemplo, quem tem preferência de passagem em um cru-
zamento. Longe de “engessar” o comportamento das pessoas, essas regras 
visam a criar um ambiente tranquilo, em que todos sabem de seus direitos 
e deveres.
Se, ainda assim, houver atitudes inadequadas que levem a acidentes, 
o Código de Trânsito Brasileiro, em sua versão mais recente (de 1997), 
inova ao trazer um capítulo inteiro tipificando os crimes de trânsito e 
imputando penalidades. Esse é o último assunto da disciplina de Legisla-
ção de Trânsito.
Bons estudos!
1.1 Definição
Via é a superfície por onde transitam veículos, pessoas e ani-
mais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e can-
teiro central.
Por trânsito entende-se a utilização das vias para circulação, 
parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Cabe aos 
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito a atuação para garantir o 
direito de ir e vir dos cidadãos, de maneira segura.
O Código de Trânsito Brasileiro só se aplica nas vias terrestres 
abertas à circulação, em todo o território nacional, definidas pelo 
Artigo 2o:
Vias públicas
1
– 8 –
Legislação de Trânsito II
Art. 2o. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logra-
douros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão 
seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre 
elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias 
terrestres as praias abertas à circulação pública e as vias internas per-
tencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas.
Existem também vias e áreas destinadas exclusivamente à circulação de 
pedestres, normalmente calçadas, onde só é permitido acesso de veículos de 
emergência e transporte de valores.
1.2 Classificação das vias
O Código de Trânsito Brasileiro (Capítulo III, artigo 60) estabelece dife-
rentes tipos de vias:
a) vias urbanas: vias de trânsito rápido, vias arteriais, vias coletoras, 
vias locais.
b) vias rurais: rodovias, estradas.
1.2.1 Vias urbanas
Ruas, avenidas, vielas ou caminhos e similares abertos à circulação 
pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuí-
rem imóveis edificados ao longo de sua extensão.
1.2.1.1 Vias de trânsito rápido
As vias de trânsito rápido são aquelas em que há trânsito livre, sem cru-
zamentos ou interseções que interrompam o fluxo de veículos. Essas vias não 
pressupõem a circulação ou travessia de pedestres em nível (somente por pas-
sarelas) nem permitem acesso direto a terrenos ou construções às suas mar-
gens (“lotes lindeiros”).
Embora sejam vias de perímetro urbano, se assemelham a rodovias, com 
várias faixas e velocidade mais alta. Como exemplos temos a Linha Vermelha, 
no Rio de Janeiro, e alguns trechos da Marginal Pinheiros, em São Paulo.
– 9 –
Vias públicas
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 80 km/h.
1.2.1.2 Vias arteriais
As vias arteriais são as principais avenidas da cidade, destinadas à ligação 
entre um bairro e outro e com grande fluxo de trânsito, podendo ter inclu-
sive corredores exclusivos para ônibus, metrô de superfície ou subterrâneo. 
Geralmente têm semáforos e conexão com vias coletoras e locais, bem como 
permitem acesso aos imóveis às suas margens.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 60 km/h.
1.2.1.3 Vias coletoras
As vias coletoras permitem o trânsito dentro de cada região da cidade, 
garantindo também acesso a vias arteriais ou rápidas para chegar ou partir 
dessas regiões ou bairros.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 40 km/h.
1.2.1.4 Vias locais
Sem semáforos e com pouco fluxo de trânsito, as vias locais são ruas 
de pequeno porte utilizadas normalmente para circulação local e acesso a 
áreas restritas.
Onde não houver sinalização específica, a velocidade máxima permitida 
é de 30 km/h.
1.2.2 Vias rurais
1.2.2.1 Rodovias
As rodovias são vias rurais asfaltadas, com limites de velocidade defini-
dos de acordo com o tipo de veículo:
 2 110 Km/h para automóveis, camionetas (“perua” ou “station 
wagon”) e motocicletas;
– 10 –
Legislação de Trânsito II
 2 90 Km/h para ônibus e micro-ônibus;
 2 80 Km/h para demais veículos (caminhões, caminhonetes/picapes, 
etc.)
1.2.2.2 Estradas
As estradas são vias rurais não asfaltadas, com pavimento de terra, para-
lelepípedos, pedras etc. A velocidade máxima permitida onde não houver 
sinalização é de 60 Km/h.
1.3 Usos específicos
É possível utilizar as vias para fins além da circulação de veículos, como 
desfiles, passeatas e eventos esportivos. Para tanto, é preciso solicitar auto-
rização do órgão com autoridade sobre a via, conforme determina o artigo 
67 do CTB.
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, 
em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia 
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e 
dependerão de:
I – autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de 
entidades estaduais a ela filiadas;
II – caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via; con-
trato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros;
III – prévio recolhimento do valor correspondente aos custos opera-
cionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá.
IV – Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via 
arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de 
seguro.
1.4 Limites de velocidade
Os limites de velocidade existem para garantir a segurança e ao mesmo 
tempo possibilitar a fluidez do tráfego.
– 11 –
Vias públicas
Segundo a Organização Mundial de Saúde, velocidades altas (isto é, 
dirigir acima do limite permitido) e inadequadas (dirigir rápido demais 
para as condições do momento) são os principais fatores que contribuem, 
no mundo todo, tanto para o número quanto para a gravidade das colisões 
no trânsito.
Situações que podem afetar o controle do motorista sobre o veículo (e 
devem obrigá-lo a reduzir a velocidade):
 2 mau funcionamento do veículo,
 2 chuva ou neblina,
 2 pedestres às margens da via
 2 trânsito intenso (congestionamento)
Manter uma distância segura do veículo da frente também é importante. 
Isso permite, por exemplo, uma frenagem de emergência que não compro-
meta nem o veículo nem os passageiros.
Para estabelecer os limites de velocidade, é preciso primeiramente definir 
a função da via: trânsito rápido, arterial, local, ou seé uma estrada, e assim 
por diante. Quem define isso é o órgão ou entidade de trânsito com circuns-
crição sobre aquela via.
De acordo com essa classificação, os artigos 61 e 62 do Código de Trân-
sito Brasileiro determinam as velocidades padrão. No entanto, o órgão ou 
entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regu-
lamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àque-
las estabelecidas pela lei, de acordo com condições particulares da via. Por 
isso, é preciso conferir em cada via qual é a velocidade autorizada, já que não 
há uma regra única.
É importante lembrar que, segundo o artigo 62 do CTB, a velocidade 
mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, 
respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via. Motoristas que 
conduzirem em velocidade acima da máxima permitida ou abaixo da veloci-
dade mínima poderão ser multados.
– 12 –
Legislação de Trânsito II
1.4.1 Distância de parada de um veículo
O estabelecimento de limites de velocidade é calculado também em fun-
ção do tempo que um veículo leva para parar completamente após o aciona-
mento dos freios.
Do momento em que o olho humano percebe um obstáculo e o cérebro 
transfere essa informação para o pé pisar no freio, leva-se de 1 a 2 segundos. 
Esse tempo de reação varia de pessoa para pessoa e é muito afetado por con-
dições como fadiga, nível de álcool no sangue, baixa acuidade visual e outros. 
A distância percorrida durante o tempo de reação (DTR) depende da velo-
cidade do veículo.
Depois que o condutor aciona o freio, o veículo leva mais algum tempo 
até parar completamente, durante o qual é percorrida uma certa distância, 
chamada de distância de frenagem (DF). Essa extensão será maior ou menor 
dependendo de:
1. as condições do sistema de freios do veículo,
2. a velocidade e
3. a aderência do veículo sobre a pista, de acordo com as condições 
desta (seca, molhada, com óleo, com acúmulo de água etc.).
Assim, pode-se dizer que a distância total (DT) que um veículo vai per-
correr desde o momento em que o motorista percebe um obstáculo até que o 
veículo pare totalmente é a soma da distância percorrida durante o tempo 
de reação e da distância de frenagem.
DT = DTR + DF
1.4.1.1 Distância total de parada
Quanto maior a velocidade, maior a distância necessária para parar 
um veículo e, portanto, maior o risco de ocorrer uma colisão. Com a pista 
molhada, essa distância aumenta.
– 13 –
Vias públicas
Quadro I – Velocidade x distância de parada
Fonte: Organização Mundial da Saúde – “Gestão da velocidade – manual de 
segurança”, adaptado da Agência Australiana de Segurança em Transporte
2.1 Definição
A sinalização de trânsito é o conjunto de informações para 
orientar, advertir e informar condutores e pedestres, ordenando e 
controlando a adequada circulação em vias terrestres, visando sem-
pre a segurança e a fluidez no trânsito.
Sinalização de trânsito
2
– 16 –
Legislação de Trânsito II
São vários os tipos de sinais de trânsito, conforme o Código de Trânsito 
Brasileiro (Anexo II):
 2 verticais (placas de sinalização)
 2 horizontais (no chão: faixa de pedestre, faixa contínua na estrada etc.)
 2 luminosos (semáforo)
 2 sonoros (apitos de agentes de trânsito, por exemplo)
 2 gestuais (quando o condutor ou agente de trânsito faz sinais com 
os braços)
 2 dispositivos de sinalização auxiliar (cones, cavaletes).
2.2 A utilização da sinalização de trânsito
Diz o Artigo 88 do Código de Trânsito Brasileiro: “Nenhuma via pavi-
mentada poderá ser entregue após sua construção, ou reaberta ao trânsito 
após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devida-
mente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições 
adequadas de segurança na circulação.”
Todas as sinalizações deverão ser perfeitamente visíveis e legíveis de dia e 
à noite, e essa visibilidade não pode ser comprometida por placas de publici-
dade, vegetação, mobiliário urbano, luzes ou inscrições que possam confun-
dir ou dificultar a compreensão.
O CTB, em seus artigos 80 a 88, especifica as condições em que devem 
ser instaladas e mantidas as sinalizações.
2.3 Sinalização vertical
O conjunto de placas de trânsito forma a sinalização vertical, com 
padronização de cor, formato e dimensões, a fim de permitir que qualquer 
pessoa as reconheça imediatamente.
O Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro, validado pela Resolução 
160/04, apresenta todas as placas em vigor, assim como o Manual Brasileiro 
– 17 –
Sinalização de trânsito
de Trânsito, elaborado pelo DENATRAN, que dispõe sobre a interpreta-
ção, o uso e a colocação da sinalização vertical de trânsito nas vias públicas.
Essas placas se sinalização podem ser de regulamentação, advertência 
ou indicação.
2.3.1 Sinalização de regulamentação
Indicam as condições, proibições, obrigações ou restrições quando se 
está circulando em via pública. Desrespeitar suas indicações constitui infra-
ção de trânsito passível de multa.
A forma básica das placas de regulamentação é redonda, com fundo 
branco e borda vermelha, e os símbolos, números e legendas em cor preta. 
Em alguns casos, para indicar proibição, apresentam também uma tarja ver-
melha diagonal. No total, são 49 placas com essa configuração, acrescidas de 
mais duas com desenho diferente:
 2 Dê a preferência = um triângulo invertido, com fundo branco e 
bordas vermelhas
 2 Parada obrigatória = um octógono com fundo vermelho com a 
palavra PARE escrita em letras brancas.
Placas de regulamentação
R-1
Parada
obrigatória
R-2
Dê a
preferência
R-3
Sentido
proibido
R-4a
Proibido
virar à esquerda
R-4b
Proibido
virar à direita
R-5a
Proibido
retornar à esquerda
R-5b
Proibido
retornar à direita
R-6a
Proibido
estacionar
R-6b
Estacionamento
regulamentado
R-6c
Proibido
parar e estacionar
– 18 –
Legislação de Trânsito II
R-7
Proibido
ultrapassar
R-8a
Proibido mudar
de faixa ou
pista de trânsito
da esquerda
para direita
R-8b
Proibido mudar
de faixa ou
pista de trânsito
da direita
para esquerda
R-9
Proibido trânsito
de caminhões
R-10
Proibido trânsito
de veículos
automotores
R-11
Proibido trânsito
de veículos de
tração animal
R-12
Proibido trânsito
de bicicletas
R-13
Proibido trânsito
de tratores e
máquinas de obras
R-14
Peso bruto total
máximo permitido
R-15
Altura máxima
permitida
R-16
Largura máxima
permitida
R-17
Peso máximo
permitido por eixo
R-18
Comprimento
máximo permitido
R-19
Velocidade máxima
permitida
R-20
Proibido acionar
buzina ou sinal sonoro
R-21
Alfândega
R-22
Uso obrigatório
de correntes
R-23
Conserve-se
à direita
R-24a
Sentido de
circulação
da via/pista
R-24b
Passagem
obrigatória
R-25a
Vire
à esquerda
R-25b
Vire
à direita
R-25c
Siga em frente
ou à esquerda
R-25d
Siga em frente
ou à direita
R-26
Siga
em frente
– 19 –
Sinalização de trânsito
R-27
Ônibus, caminhões e
veículos de grande
porte mantenham-se
à direita
R-28
Duplo sentido
de circulação
R-29
Proibido trânsito
de pedestres
R-30
Pedestre,
ande pela esquerda
R-31
Pedestre,
ande pela direita
R-32
Circulação
exclusiva de ônibus
R-33
Sentido de
circulação na
rotatória
R-34
Circulação
exclusiva de bicibletas
R-35a
Ciclista, transite
à esquerda
R-35b
Ciclista, transite
à direita
R-36a
Ciclistas à esquerda,
pedestres à direita
R-36b
Pedestres à esquerda,
ciclistas à direita
R-37
Proibido trânsito
de motocicletas,
motonetas e
ciclomotores
R-38
Proibido trânsito
de ônibus
R-39
Circulação exclusiva
de caminhão
R-40
Trânsito proibido
acarros de mão
2.3.1.1 Placas de informações 
complementares à regulamentação
Às vezes é necessário acrescentar informações às placas de regulamenta-
ção, a fim de comunicar horários, condições de estacionamento, restrições a 
certos veículos e outras características.
Para isso, deve ser utilizada uma placa retangular que reúna em um só 
conjunto a regulamentação e a informação complementar, nas mesmas cores.
– 20 –
Legislação de Trânsito II
Não se admite acrescentar informação aos sinais de Parada Obrigatória 
e de Dê a Preferência.
CAMINHÕES
E ÔNIBUS
OBRIGATÓRIO
FAIXA DA
DIREITA
INÍCIO TÉRMINO TÁXI
NA FAIXA BRANCA
EXCLUSIVO
DEFICIENTE
FÍSICO
2ª a 6ª 7 - 10h
EXCETO ÔNIBUS
SÓ
ÔNIBUS
2.3.2 Sinalização de advertência
Indicam a existência de perigo ou situação inesperada na via, como con-
dições do terreno, desvios e obras. Parte delas é usada mais comumente em 
estradas, rodovias e periferia das cidades. De formato quadrado, posicionadas 
com uma das diagonais na vertical, essas placas têm fundo amarelo, borda 
preta e símbolos ou letras também em preto.
As exceções são as seguintes placas:
 2 as que indicam “sentido único” e “sentido duplo”, que são retangu-
lares, com fundo e orla externa em amarelo, orla interna e símbolos 
em preto.
 2 a “Cruz de Santo André”, que indica cruzamento em nível com 
linha férrea, em formato de cruz na diagonal, com fundo amarelo 
e bordas pretas.
 2 a sinalização de “obras na pista” ou condições da via, cujo fundo 
é laranja.
– 21 –
Sinalização de trânsito
2.3.2.1 Placas de advertência
– 22 –
Legislação de Trânsito II
2.3.2.2 Sinalização especial de advertência
Estes sinais são empregados quando a situação não se enquadra na sina-
lização mais comum e é necessário chamar uma atenção especial de pedestres 
e motoristas.
O formato adotado é retangular, de tamanho variável em função das 
informações contidas em cada placa, e suas cores são amarela e preta. Na 
sinalização de obras, o fundo e a borda externa devem ser na cor laranja.
Exemplos:
 2 sinalização especial para faixas ou pistas exclusivas de ônibus
 
 2 sinalização especial para pedestres
 
 2 sinalização especial de advertência somente para rodovias, estradas 
e vias de trânsito rápido
 
– 23 –
Sinalização de trânsito
2.3.2.3 Placas de informações complementares à advertência
Se houver necessidade de complementar os sinais de advertência com 
informações específicas, estas devem ser inscritas em placa adicional ou incor-
porada à placa principal formando um só conjunto, em formato retangular. A 
única exceção é para a placa adicional que indica o número de linhas férreas 
que cruzam a pista. As cores da placa adicional devem ser as mesmas dos 
sinais de advertência: fundo amarelo e letras e símbolos na cor preta.
Se a informação complementar se referir a obras na pista, o fundo e a 
orla externa devem ser na cor laranja, com letras e símbolos em preto.
2.3.3 Sinalização de indicação
As placas indicativas têm a função de informar percursos, destinos, 
locais de interesse, distâncias e serviços auxiliares disponíveis ao longo de vias 
urbanas ou rurais. Podem também servir a fins educativos.
A sinalização de indicação divide-se em:
 2 Identificação
 2 Orientação de destino
 2 Educação
 2 Serviços auxiliares
 2 Atrativos turísticos
– 24 –
Legislação de Trânsito II
As placas educativas, de serviços e de atrativos turísticos se valem de 
pictogramas, imagens que traduzem a informação e facilitam a visualização 
à distância.
2.3.3.1 Placas de identificação
Auxiliam o condutor ao longo de seu deslocamento, para que ele tenha 
referências sobre sua posição (em que estrada está, qual ponte está atraves-
sando, em que município ou estado está entrando etc.).
 2 identificação de rodovias e estradas:
 
 2 identificação de municípios:
 2 identificação de regiões de interesse de tráfego e logradouros:
 2 identificação nominal de pontes, viadutos, túneis e passarelas:
 
– 25 –
Sinalização de trânsito
 2 identificação quilométrica:
 
 2 identificação de limite de municípios/divisa de estados/ fronteira/
perímetro urbano:
 
 2 placas de pedágio:
2.3.3.2 Placas de orientação de destino
Fornecem ao condutor informações que o ajudam a chegar a seu des-
tino (em que direção deve ir, quantos quilômetros faltam para determinada 
localidade etc.)
 2 placas indicativas de sentido (direção):
 
– 26 –
Legislação de Trânsito II
 2 placas indicativas de distância:
 
 2 placas diagramadas:
 '
2.3.3.3 Placas educativas
Têm a função de conscientizar os usuários da via para um comporta-
mento adequado e seguro no trânsito. Suas mensagens em geral reforçam 
normas de circulação e conduta. Exemplos:
 
 
– 27 –
Sinalização de trânsito
2.3.3.4 Placas de serviços auxiliares
Indicam os locais onde os usuários das vias podem obter determinados 
serviços, como postos de combustíveis, pronto socorro ou serviço mecânico. 
Comumente adotam pictogramas para facilitar a visualização. Quando se 
pode encontrar mais de um tipo de serviço em um local, a placa indicativa 
pode agrupar os pictogramas correspondentes.
Alguns exemplos de pictogramas:
– 28 –
Legislação de Trânsito II
 2 placas para condutores:
 
 2 placas para pedestres:
2.3.4.5 Placas de Atrativos Turísticos
Apontam atrativos naturais, históricos e culturais, de lazer, esporte ou 
recreação, e outros pontos de interesse do turista em trânsito. Ícones padroni-
zados traduzem o tipo de atração.
Exemplos de pictogramas:
 2 atrativos naturais
 
 2 atrativos históricos e culturais
 
– 29 –
Sinalização de trânsito
 2 área para a prática de esportes
 
 2 áreas de recreação
 
 2 locais de interesse turístico
 
Outras placas de identificação de atrativos turísticos indicam direção 
e distância.
 
2.4 Sinalização horizontal
A sinalização horizontal é tudo aquilo que se utiliza de linhas, marcações, 
símbolos e palavras pintadas no pavimento da via, seja ela urbana ou rural.
– 30 –
Legislação de Trânsito II
Uma de suas principais funções é organizar o fluxo de 
veículos, controlando e orientando o tráfego (por exemplo, 
usando faixas para delimitar o espaço para cada veículo, per-
mitir ou não ultrapassagens e direcionar o trânsito de veí-
culos quando há dificuldades de topografia ou obstáculos).
Complementa os sinais verticais de regulamentação, 
advertência ou indicação, tendo utilidade também para 
pedestres (no caso da faixa de travessia).
Esse conjunto de sinais no pavimento, também cha-
mado de marcas viárias, apresenta cores e características 
diferentes, dependendo da mensagem que se quer passar.
Com o mesmo padrão no mundo todo, as marcas viárias 
podem ser utilizadas em diferentes tipos de vias, em combina-
ção ou não com a sinalização vertical.
Uma vantagem adicional das marcas viárias é que elas permitem trans-
mitir uma informação ao condutor sem que ele precise desviar os olhos e a 
atenção da via.
2.4.1 Características da sinalização horizontal
Existem padrões de cor e traçado para orientar, delimitar e ordenar 
o trânsito.
2.4.1.1 Traçados
a) linha contínua – sem interrupção no trecho da via que demar-
cam; podem ser pintadas ao longo da via ou na transversal. Exem-
plo: a linha que separa a pista de rolamento do acostamento, em 
uma rodovia.
b) linha tracejada ou seccionada – linha feita de traços de igual compri-
mento, com espaços entre eles que devem ser do mesmo tamanho ou 
maiores que os traços. Exemplo: separação de faixas em uma avenida.
c) símbolos e legendas – informações escritas ou desenhadas no 
chão, indicando uma situação ou complementando sinalização 
– 31 –
Sinalização de trânsitovertical existente. Exemplo: faixa de pedestres, estacionamento 
reservado a deficientes.
2.4.1.2 Cores
a) amarela: utilizada na regulação do fluxo de veículos em sentidos 
opostos, na delimitação de espaços proibidos para estacionamento 
e/ou parada e na marcação de obstáculos.
b) vermelha: adotada para delimitar o espaço destinado ao deslo-
camento de bicicletas (ciclovias) e em símbolos ligados à área de 
saúde, como a cruz que indica hospitais e farmácias.
c) branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido; na deli-
mitação de espaços especiais ou trechos de vias destinados ao esta-
cionamento regulamentado de veículos; na marcação de faixas para 
travessia de pedestres; na pintura de símbolos e legendas.
d) azul: destinada à pintura de símbolos em áreas de estacionamento 
ou de parada para embarque e desembarque, em especial para ido-
sos e deficientes.
e) preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e 
a pintura.
2.4.2 Convenções quanto ao padrão de traçado e cor
A combinação entre cor e traçado determina o tipo de mensagem que a 
sinalização passa e o comportamento exigido do motorista. Por convenção, 
estabeleceu-se o seguinte:
a) linha segmentada na cor amarela: divide a via em duas direções 
(“mãos”) de sentidos opostos e permite a ultrapassagem;
b) linha contínua na cor amarela: divide a via em duas em duas dire-
ções (“mãos”) de sentidos opostos e não permite a ultrapassagem;
– 32 –
Legislação de Trânsito II
c) linha contínua dupla na cor amarela: divide a via em duas dire-
ções (“mãos”) de sentidos opostos e não permite a ultrapassagem 
em nenhum dos sentidos;
d) linha contínua e segmentada na cor amarela: divide a via em 
duas mãos direcionais de sentidos opostos e permite a ultrapassa-
gem no lado tracejado, mas não no lado de faixa contínua;
e) linha segmentada na cor branca: via de mão única, permitindo 
mudança de faixa;
f ) linha contínua na cor branca: via de mão única, mas não permite 
mudança de faixa.
2.4.3 Classificação da sinalização horizontal
A sinalização horizontal é classificada em:
 2 marcas longitudinais; 
 2 marcas transversais; 
 2 marcas de canalização;
 2 marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada;
 2 inscrições no pavimento.
2.4.3.1 Marcas longitudinais
Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista 
destinada ao rolamento, a sua divisão em faixas, a divisão de fluxos opostos, 
– 33 –
Sinalização de trânsito
as faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo e as reversíveis, além de esta-
belecer as regras de ultrapassagem.
De acordo com sua função, as marcas longitudinais são divididas em:
a) linhas de divisão de fluxos opostos (cor amarela);
b) linhas de divisão de fluxos de mesmo sentido (cor branca);
c) linhas de bordo (cor branca, exceto em vias com canteiro central 
muito estreito, quando então são amarelas, separando fluxos opostos);
d) linha de continuidade (cor branca dá continuidade a linhas bran-
cas; cor amarela quando dá continuidade a linhas amarelas).
2.4.3.2 Marcas transversais
Ordenam o deslocamento de veículos, considerando que há outros veí-
culos na via e também pedestres e ciclistas. Em outras palavras, harmonizam 
o fluxo, indicando locais de parada ou redução de veloci-
dade, de modo a garantir a segurança de todos.
De acordo com a sua função, as marcas longitudinais 
são divididas em:
a) linhas de retenção (cor branca);
b) linhas de estímulo à redução de velocidade 
(transversais à via – cor branca);
c) linha de “Dê a Preferência”;
d) faixas de travessia de pedestres (cor branca);
e) marcação de cruzamento com ciclovia (cor 
vermelha);
f ) marcação de área de conflito, que indica onde 
os motoristas não podem parar, prejudicando a 
circulação (cor amarela);
g) marcação de área de cruzamento com faixa exclu-
siva (cor amarela ou branca).
– 34 –
Legislação de Trânsito II
 
2.4.3.3 Marcas de canalização
Também chamadas de “zebrado ou sargento”, orientam os fluxos de trá-
fego em uma via, direcionando a circulação de veículos ao marcar áreas do 
pavimento que não devem ser utilizadas.
Podem ser na cor branca quando direcionam fluxos de mesmo sentido e 
na cor amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos.
– 35 –
Sinalização de trânsito
2.4.3.4 Marcas de delimitação e controle 
de estacionamento e/ou parada
Servem para indicar e delimitar os locais de esta-
cionamento ou parada de veículos, conforme o tipo de 
veículo, e são normalmente pintadas junto ao meio-fio:
a) linha de indicação de proibição de estaciona-
mento e/ou parada (cor amarela);
b) marca delimitadora de parada de veículos 
específicos, como ônibus (cor amarela);
c) marca delimitadora de estacionamento permi-
tido ao longo da via (cor branca);
2.4.3.5 Inscrições no pavimento
Ajudam o condutor a perceber melhor as condições de operação da via, 
para que ele possa tomar as decisões adequadas no tempo certo.
As inscrições são pintadas no pavimento, na cor branca, e podem ser:
a) setas direcionais – indicam o caminho que se deve seguir (exem-
plo: setas que indicam obrigatoriedade de fazer conversão à direita 
ou à esquerda se o veículo estiver naquela faixa)
– 36 –
Legislação de Trânsito II
b) símbolos – sinais de advertência para redobrar a atenção e garantir 
a segurança (exemplo: triângulo de “dê a preferência”)
c) legendas – palavras e/ou números que apresentam condições espe-
ciais da via (exemplo: “atenção: pedestres” ou “devagar: escola”) 
2.5 Dispositivos de sinalização auxiliar
Esses dispositivos existem para chamar a atenção do motorista para obstá-
culos, tornando mais segura a operação da via. Tornam-se ainda mais importan-
tes à noite e em situações de baixa visibilidade, sinalizando perigos ou mudan-
ças no trajeto da pista, quando há maior risco de colisão ou perda de direção.
Em diferentes formatos, tamanhos e materiais, esses dispositivos podem 
estar sobre o pavimento da via ou às suas margens, e são especialmente usados 
em rodovias e estradas.
Tanto nas vias urbanas quanto rurais, são empregados em conjunto com 
o restante da sinalização horizontal e vertical.
2.5.1 Dispositivos delimitadores
Alertam o condutor sobre os limites do espaço destinado à circulação e o 
trajeto a seguir, melhorando a visibilidade sobre a pista. Por serem capazes de 
refletir a luz dos farois dos veículos, são úteis especialmente à noite.
São dispositivos delimitadores:
– 37 –
Sinalização de trânsito
2.5.1.1 Balizadores
Cilindros verticais com capacidade refletiva colocados às margens da 
pista, utilizados para delimitar alterações no trajeto, como curvas e entronca-
mentos. Utilizados em rodovias e vias urbanas de trânsito rápido.
2.5.1.2 Balizadores refletivos de pontes e viadutos
Espécie de “adesivo” colocado em pilares de pontes e outras obras 
arquitetônicas, especialmente rodoviárias, para alertar sobre o trajeto da 
pista de rolamento.
2.5.1.3 Delineadores
Normalmente acompanham faixas e sinalizações horizontais, “dese-
nhando” o trajeto que os veículos devem seguir. Podem ser botões, tachas, 
tachões, calotas e prismas.
a) botões – popularmente conhecidos como “olho de gato”, são 
pequenos dispositivos refletivos aplicados sobre marcas longitudi-
nais na pista, colaborando para que o motorista visualize o trajeto 
a seguir com facilidade.
b) tachas e tachões – fixados ao pavimento, com superfície refletiva, 
de formato quadrado ou arredondado. Seu objetivo é dificultar a 
mudança de trajeto dos veículos, reforçando a sinalização vertical, 
como por exemplo em locais de ultrapassagem proibida ou para 
delimitar faixas de circulação exclusiva.
c) calotas – de formato semiesférico, não possuem capacidade de 
reflexão da luz e são normalmente usadas em áreas urbanas, deli-mitando espaços.
d) prismas – de formato trapezoidal, servem para estabelecer guias 
para o trânsito onde não houver faixas e outras delimitações. Sua 
principal função é evitar que veículos transponham determinado 
local ou faixa de tráfego. Também são chamados de dispositivos de 
canalização, uma vez que sua altura impede que os veículos passem 
por cima.
– 38 –
Legislação de Trânsito II
2.5.2 Dispositivos de sinalização de alerta
Utilizados para chamar a atenção quanto a obstáculos 
ou situações geradoras de perigo potencial, na via ou às suas 
margens.
São dispositivos de alerta: marcadores de perigo, mar-
cadores de obstáculos e marcadores de alinhamento.
2.5.2.1 Marcadores de obstáculos
Pintura aplicada diretamente sobre obstáculos de gran-
des dimensões como pilares de viadutos, confere maior visi-
bilidade a algo que pode afetar a segurança do motorista.
2.5.2.2 Marcadores de perigo
São destinados a alertar o condutor quando da iminên-
cia de um possível empecilho ao seu deslocamento ou situa-
ção de perigo potencial.
São usados junto a obstáculos como pilares de viadu-
tos, cabeceiras de pontes, “narizes” de bifurcações e ilhas.
Estes marcadores são afixados em suportes e colocados imediatamente à 
frente dos obstáculos ou imediatamente após o limite físico dos “narizes” de 
bifurcações e ilhas.
Obstáculos
com passagem
só pela direita
Obstáculos com
passagem por
ambos os lados
Obstáculos
com passagem
só pela esquerda
Utilizado na
parte superior
do obstáculo
– 39 –
Sinalização de trânsito
2.5.2.3 Marcadores de alinhamento
Usados principalmente em curvas, são importantes dispositivos para 
alertar quanto à mudança no alinhamento da pista. Podem também ser ado-
tados em retornos, acessos, desvios e interseções.
Estes marcadores – placas refletivas, de fundo de cor amarela e com 
uma seta preta no sentido que o motorista deve seguir – devem ser visíveis 
a uma distância de 150 metros e devem ser colocados ao longo de todo 
o trecho em curva, no lado externo desta, com sua ponta voltada para o 
lado interno.
2.5.3 Alterações nas características do pavimento
Mudar a textura ou a cor do pavimento serve para chamar a atenção do 
motorista para situações de maior alerta, por exemplo:
 2 a necessidade de reduzir a velocidade;
 2 o cuidado de manter-se dentro dos limites da faixa de rolamento, 
especialmente em longas retas em que o motorista pode ficar sono-
lento e distraído.
Os pavimentos especiais podem ser usados para substituir ou comple-
mentar as mensagens transmitidas pela sinalização horizontal. São pavimen-
tos especiais: pavimentos coloridos, pavimentos rugosos, pisos franjados e 
ondulações transversais.
As ondulações transversais (lombadas) são colocados acima do pavi-
mento e têm por objetivo a redução da velocidade dos veículos. As cores 
destas ondulações devem ser preta e amarela, em listras alternadas, ou então 
inteiramente amarela.
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Legislação de Trânsito II
2.5.4 Dispositivos de proteção contínua
São elementos colocados de forma contínua e permanente ao longo da 
via, feitos de material flexível ou rígido, com o objetivo de evitar que veículos 
e/ou pedestres transponham determinado local.
Para os pedestres, os tipos de proteção contínua são os gradis de canali-
zação e retenção, e os dispositivos de contenção e bloqueio. Para os veículos, 
são utilizadas defesas metálicas, barreiras de concreto e dispositivos anti-ofus-
camento (espécie de cerca colocada em vias de mão dupla e intenso tráfego, 
para separar as pistas e evitar ofuscamento pelo farol do veículo trafegando 
em sentido contrário).
2.5.5 Dispositivos luminosos
Equipamentos luminosos e eletrônicos que complementam, com men-
sagens de texto e indicações numéricas, as informações sobre a via. Também 
têm o objetivo de educar os condutores sobre comportamentos adequados, 
controlar a velocidade, orientar em praças de pedágio e estacionamentos e 
outras utilidades.
2.5.5.1 Painel eletrônico
São dispositivos eletrônicos normalmente suspensos acima da pista de rola-
mento, para transmitir informações sobre as condições da via, como por exemplo:
a) advertência de situação inesperada à frente (obras na pista, interdi-
ção parcial da via, desvios, lentidão no trânsito, neblina, etc);
b) mensagens educativas relacionadas ao comportamento dos usuá-
rios da via (“motociclista, use capacete”, “use o cinto de segurança”, 
entre outros);
c) alertas de restrição de velocidade em função do volume de veículos 
ou de situações perigosas à frente;
d) mensagens sobre pátios públicos de estacionamento (“estaciona-
mento central lotado, utilize o estacionamento da Rua X”);
e) mensagens sobre intensidade do tráfego nas vias principais, orien-
tando o motorista a utilizar rotas alternativas.
– 41 –
Sinalização de trânsito
2.5.5.2 Barreira eletrônica
São dispositivos eletrônicos, também conhecidos como “radares”, desti-
nados a medir a velocidade dos veículos. Podem ser fixos, estáticos, móveis ou 
portáteis, dependendo da finalidade a que se destinam.
a) fixo: medidor de velocidade instalado em local definido e em cará-
ter permanente, também conhecido como “lombada eletrônica”. É 
um totem que costuma ser colocado em locais com intenso tráfego 
de pedestres, forçando os veículos a diminuir a velocidade;
b) estático: medidor de velocidade instalado em veículo parado ou 
em suporte apropriado;
c) móvel: medidor de velocidade instalado em veículo em movi-
mento, procedendo a medição ao longo da via;
d) portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o 
veículo alvo, normalmente operado por um agente de trânsito.
Todos esses equipamentos para controle e fiscalização da velocidade são 
capazes de gerar multas a quem ultrapassar a velocidade permitida, que sem-
pre deve ser indicada pela sinalização vertical e horizontal na via.
A Resolução 396/11 do CONTRAN especifica os requisitos técnicos 
das barreiras eletrônicas.
2.5.6 Dispositivos de uso temporário
Como o próprio nome diz, são elementos utilizados apenas em situa-
ções especiais e temporárias, como obras e situações de emergência ou perigo. 
Destinam-se a canalizar o trânsito e proteger pedestres e trabalhadores.
São exemplos os cones, cilindros, balizadores, cavaletes, tapumes, fitas 
zebradas, barreiras, gradis, bandeiras e faixas, entre outros.
2.6 Sinalização semafórica
Um equipamento instalado nos cruzamentos de vias, ao qual se dá o 
nome de semáforo (ou sinaleiro, farol ou sinal, dependendo da região do 
Brasil), é o que controla e organiza o fluxo de trânsito nesses locais.
– 42 –
Legislação de Trânsito II
O semáforo utiliza-se de indicações luminosas que são transmitidas para 
motoristas e pedestres, alternando o direito de passagem dos veículos e garan-
tindo a travessia segura dos pedestres, em interseções de duas ou mais vias.
2.6.1 Semáforo veicular
Estas indicações luminosas destinadas a veículos são um conjunto de 
duas, três ou quatro luzes, nas cores vermelha, amarela e verde.
Cada cor tem um significado, a saber:
 2 luz vermelha: significa “pare” e exige que o condutor pare comple-
tamente o veículo antes da linha de retenção e, consequentemente, 
antes da faixa de pedestres. Deve permanecer parado até que a indi-
cação luminosa passe para verde, ou até que um policial de trânsito 
dê autorização para seguir.
 2 luz amarela: significa “atenção” e antecipa a chegada da luz ver-
melha (“pare”), exigindo que o condutor pare completamente o 
veículo antes da linha de retenção e, consequentemente, antes da 
faixa de pedestres. A única exceção permitida para atravessar o cru-
zamento sob a luz amarela é quando o condutor percebe que não 
conseguirá frear antes da faixa de pedestres, o que poderia colocar 
em risco a vida de outras pessoas.
– 43 –
Sinalizaçãode trânsito
 2 luz verde: significa “siga” e permite colocar ou seguir com o veículo 
em movimento na via, com preferência de passagem sobre veículos 
que cruzam transversalmente. Antes de arrancar com o veículo a 
partir da linha de retenção de uma faixa de pedestres, o condutor 
deve se certificar de que não há mais ninguém atravessando a rua, a 
quem será dada preferência.
2.6.2 Semáforo para pedestres
É um dispositivo para orientar os pedestres para o momento mais seguro 
para atravessar uma via, liberando sua passagem ao mesmo tempo em que 
interrompe a dos carros, já que está sincronizado com o semáforo veicular.
A indicação é feita por luzes com representação humana, na forma de 
um boneco verde e um boneco vermelho, significando respectivamente “siga” 
e “pare” ou “espere”.
Se houver um policial de trânsito no local, suas orientações estão acima 
do semáforo para pedestres e do semáforo veicular e deverão ser respeitadas.
 2 boneco com luz de cor verde fixa: o pedestre pode atravessar a via;
 2 boneco com luz de cor vermelha intermitente: se já estiver cru-
zando a via, o pedestre deve prosseguir, caso contrário, deve esperar 
na calçada até que a luz verde se acenda novamente;
 2 boneco com luz de cor vermelha fixa: o pedestre não deve atraves-
sar a via, devendo aguardar que a luz verde se acenda novamente.
– 44 –
Legislação de Trânsito II
 Você sabia
Por que as luzes de PARE são vermelhas? Luzes de freio, semáfo-
ros, alertas em vias férreas e outros indicativos para parar são sempre 
com luzes vermelhas. A universalização da cor, como uma conven-
ção internacional compreendida em qualquer país, pode ser um dos 
motivos. No entanto, existe uma explicação científica. Cada cor pos-
sui um “raio” de alcance, que varia de cor para cor. Alguns raios atin-
gem maiores distâncias antes de se dispersarem e ficarem invisíveis. 
A cor vermelha é a que possui o raio mais longo, capaz de ser visto a 
enormes distâncias. Daí a sua escolha – para permitir que as pessoas 
vejam de longe e possam agir mais rapidamente e parar a tempo.
(Fonte: Ciência em pauta)
2.6.3 Preferência de passagem
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, deve-se dar preferência 
de passagem aos pedestres que estiverem atravessando a via transversal na qual 
se vai entrar, aos que ainda não hajam concluído a travessia, quando houver 
mudança de sinal, e aos que se encontrem nas faixas a eles destinados, onde 
não houver sinalização.
2.7 Sinalização de obras
A sinalização de obras pode combinar elementos de sinalização vertical, 
horizontal, semafórica e dispositivos auxiliares para deixar muito clara a situ-
ação na pista.
Assim, essa sinalização específica deve ser capaz de:
 2 advertir os usuários sobre a intervenção realizada e seu caráter 
temporário;
 2 garantir condições de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade;
 2 orientar os usuários para caminhos alternativos;
– 45 –
Sinalização de trânsito
 2 isolar áreas de trabalho, de forma a evitar a deposição e/ou lança-
mento de materiais sobre a via.
Ao sinalizar uma obra na pista, as placas de advertência ganham as cores 
laranja e preto, com ícones (pictogramas) específicos. O restante da sinaliza-
ção vertical (de regulamentação), horizontal e semafórica, bem como os dis-
positivos auxiliares de sinalização, segue seu padrão normal. Formas, dimen-
sões, símbolos, números e letras ficam mantidos.
Curva acentuada 
à esquerda
Curva acentuada 
à direita
Passagem 
de pedestres
Altura 
limitada
Início de 
pista dividida
Rua sem 
saída
Estreitamento 
de pista ao centro
Estreitamento de 
pista à esquerda
Estreitamento 
de pista à direita
Mão dupla 
adiante
Obras
2.8 Sinalização por gestos
2.8.1 Sinais por gestos do agente de trânsito
Os gestos utilizados por uma autoridade legal de trânsito (policial de trânsito) 
em uma via prevalecem sobre todas as outras sinalizações e regras de circulação.
Em outras palavras, as ordens do agente de trânsito são mais importan-
tes e devem ser respeitadas acima de todos os outros indicativos em uma via.
– 46 –
Legislação de Trânsito II
Os gestos representam:
 2 ordem de parada para todos os veícu-
los que venham de direções que cortem 
perpendicularmente a direção indicada 
pelos braços estendidos, qualquer que 
seja o sentido de seu deslocamento.
 2 ordem de parada obrigatória a todos os 
veículos. Quando executadas em inter-
seções, os veículos que já se encontrarem 
nela não são obrigados a parar.
 2 ordem de parada para todos os veícu-
los que venham de direções que cortem 
perpendicularmente a direção indicada 
pelo braço estendido, qualquer que seja 
o sentido de seu deslocamento.
 2 ordem de parada para todos os veícu-
los que venham de direções que cortem 
perpendicularmente a direção indicada 
pelo braço estendido, qualquer que seja 
o sentido de seu deslocamento.
2.8.2 Sinais por gestos do motorista
– 47 –
Sinalização de trânsito
Também os condutores de veículos ou bicicletas podem usar gestos com 
as mãos para indicar as manobras que vão executar. O Anexo II do Código de 
Trânsito Brasileiro convenciona os seguintes gestos:
 2 braço esquerdo erguido e parado com o cotovelo dobrado, de modo 
que o braço e o antebraço façam um ângulo de 90 graus, indica que 
o condutor pretende virar à direita;
 2 braço esquerdo parado, apontando em linha reta para a esquerda, 
significa que o condutor fará uma conversão à esquerda;
 2 braço esquerdo movimentado para cima e para baixo várias vezes 
significa que o condutor reduzirá a velocidade e possivelmente irá 
até parar o veículo.
2.9 Sinais sonoros
2.9.1 Sinais sonoros do agente de trânsito
Utilizados em conjunto com os gestos, servem para controlar o fluxo de 
veículos. O agente de trânsito usa um apito para marcar as orientações.
Quadro II – Sinais sonoros
Sinal Significado Emprego
Um silvo breve Siga 
Liberar o trânsito em direção/
sentido indicado pelo agente. 
Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatória. 
Um silvo longo Diminua a marcha 
Quando for necessário fazer os 
veículos reduzirem a velocidade. 
Fonte: Código de Trânsito Brasileiro, Art. 87
2.9.2 Sinais sonoros feitos pelos motoristas
Os motoristas podem fazer uso da buzina do veículo – sempre soando 
com um breve toque apenas – para alertar outros motoristas e pedestres.
– 48 –
Legislação de Trânsito II
O uso da buzina é regulado pelo artigo 41 do CTB:
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde 
que em toque breve, nas seguintes situações:
I – para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II – fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um 
condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
2.10 Ordem de prevalência de sinalização
Em locais onde haja mais de um tipo de sinalização e porventura elas 
sejam conflitantes, isto é, indicando diferentes ações a serem tomadas, é 
importante seguir a ordem de prevalência, ou seja, a que tem mais valor ou 
autoridade do que a outra.
O Artigo 89 do CTB determinar essa hierarquia:
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
I – as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e 
outros sinais;
II – as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
III – as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.
3.1 Condições básicas
As regras de circulação e conduta existem para manter a har-
monia, a fluidez e a segurança no trânsito. O Código de Trânsito 
Brasileiro explica, em seu Capítulo III, quais são os procedimentos 
corretos para circular e se portar nas vias públicas.
O comportamento adequado no trânsito é uma combina-
ção de boa educação e conhecimentos, aliada à capacidade do moto-
rista de perceber o que se passa à sua volta.Regras de 
circulação e conduta
3
– 50 –
Legislação de Trânsito II
Assim, duas condições são essenciais e exigem pleno domínio das facul-
dades mentais e sensoriais:
 2 ter reflexos rápidos para perceber situações novas a todo momento, 
bem como ter reações adequadas;
 2 aprender de maneira eficiente e permanente as normas que 
regem o trânsito, entendendo que elas proporcionam organiza-
ção e confiança.
3.2 Comportamento do condutor
O direito de utilização das vias públicas para se locomover ou para esta-
cionar pressupõe o respeito às leis e ao bom senso. Em outras palavras, limites 
e respeito ao próximo.
Por causa disso, o uso racional desse ambiente público deve ser ampa-
rado por certas atitudes, entre elas:
 2 respeitar a sinalização e seguir na prática as regras de circulação;
 2 ter consciência de que o não cumprimento dessas normas pode 
levar a infrações de trânsito e acidentes;
 2 estacionar somente onde for permitido; 
 2 fazer conversões de acordo com o que é necessário e seguro;
 2 respeitar o pedestre, pois este sempre tem a preferência;
 2 respeitar os demais condutores;
 2 acatar as ordens do policial de trânsito.
 Você sabia
No Brasil, dizemos “carteira de motorista” ou “carteira de habilita-
ção”, enquanto em inglês se diz “licença para dirigir”. Com isso, 
temos a impressão de impunidade, já que a licença pode ser cas-
sada com facilidade, em comparação com diploma ou carteira.
– 51 –
Regras de circulação e conduta 
3.3 Trânsito e relações sociais
No Brasil que herdou comportamentos da época da escravatura, em que 
os que obedeciam eram “inferiores” (escravos), seguir as leis pode parecer, 
para alguns, estar “abaixo” dos demais.
Então, para posicionar-se “acima”, como “superior”, alguns motoristas 
adotam atitudes que chamamos de egoístas. Também chamamos essas atitudes 
de “falta de educação” nas ruas, como sinônimo de “não pensar nos outros”.
Na verdade, essa postura é aristocrática, uma herança da época de coro-
néis senhores de escravos. Por exemplo, estacionar em fila dupla ou em vaga 
para deficiente “só por cinco minutinhos”, como se o seu tempo ou a sua 
necessidade fossem mais importantes que os das demais pessoas.
Para o antropólogo Roberto DaMatta, autor do livro “Pé na tábua e 
fé em Deus: ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil”, o com-
portamento agressivo do brasileiro no trânsito reflete esse antigo sistema de 
relações sociais, em que se pensa “eu estou acima dos outros”. É por isso que é 
muito comum que se exija punição para os erros dos outros, ao mesmo tempo 
em que se negocia flexibilidade para os seus próprios erros.
Então surgem o “jeitinho brasileiro” de burlar a lei, junto com a clássica 
“você sabe com quem está falando?” como tentativa de intimidar o outro, 
contribuindo para um desrespeito generalizado às regras.
Para melhorar esse quadro, é preciso investir em conscientização e edu-
cação para o trânsito e a cidadania.
3.4 O sistema de trânsito e os acidentes
O sistema de trânsito, cujo objetivo é permitir o deslocamento das pes-
soas, só será eficiente e efetivo quando todos os seus agentes – motoristas, 
pedestres, ciclistas – entenderem seus papeis e respeitarem as regras. Que exis-
tem não para atrapalhar, e sim para facilitar o tráfego e melhorar a segurança 
de todos.
Dos três elementos do trânsito – o homem, o veículo e a via – é o homem 
o que, obviamente, influencia os acontecimentos. É ele que tem a inteligência 
– 52 –
Legislação de Trânsito II
e o raciocínio, seja como condutor, passageiro ou pedestre; projetista ou fabri-
cante de veículos; projetista, construtor ou mantenedor de vias; responsável 
pela elaboração de leis, sinalização ou fiscalização.
Se, por exemplo, adotar um comportamento inadequado como moto-
rista ou pedestre, certamente provocará acidentes. A Organização Mun-
dial de Saúde (OMS) relata que, anualmente, há cerca de 50 mil mortes e 
500 mil feridos no trânsito no Brasil, colocando o país em quarto lugar no 
mundo em número de mortes nas ruas, atrás de China, Índia e Nigéria. Os 
dados são de 2013.
3.4.1 Principais causas de acidentes
Acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte no mundo, 
segundo a OMS, vitimando 1,3 milhão de pessoas por ano, principalmente 
em países pobres. Os países de baixa e média renda detêm 54% da frota de 
veículos mundial, mas respondem por 90% das mortes no trânsito.
Os acidentes podem ser causados por :
 2 fator humano: imprudência, desatenção, imperícia etc.
 2 infraestrutura: defeito na pista, falta de sinalização etc.
 2 falha no veículo: problemas mecânicos, elétricos etc.
No Brasil, estatísticas do DENATRAN apontam que 90% dos acidentes 
são causados pelo comportamento imprudente do condutor, como dirigir em 
alta velocidade, alcoolizado ou falando no celular. Outros 6% são motivados 
pelas más condições da pista e apenas 4% são consequência de falhas mecâ-
nicas nos veículos.
Principais causas de acidentes no Brasil, segundo a OMS:
 2 não usar cinto de segurança,
 2 não usar capacete,
 2 ultrapassar o limite de velocidade,
 2 falta de itens de segurança para crianças (cinto, cadeirinha etc),
 2 ingestão de bebida alcoólica antes de dirigir.
– 53 –
Regras de circulação e conduta 
 Você sabia
Quando um carro bate em um obstáculo, três colisões acontecem 
ao mesmo tempo: a do carro em si contra o obstáculo, a dos passa-
geiros contra o interior do veículo (bancos, portas) e a dos órgãos 
internos dos passageiros contra a parede do corpo. Quanto maior 
a velocidade, maiores esses impactos.
3.5 Normas Gerais de Circulação e Conduta
Esse é o título do Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro, que 
estabelece as regras de convivência nas ruas e estradas do país. Em vários 
artigos (26 ao 59), o CTB detalha como se deve ultrapassar, a preferência nos 
cruzamentos, a destinação das faixas de rolamento, a prioridade de passagem 
de veículos de emergência e outras situações.
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I – abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo 
para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar 
danos a propriedades públicas ou privadas;
II – abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, 
depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela 
criando qualquer outro obstáculo.
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públi-
cas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de 
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como 
assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao 
local de destino.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu 
veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segu-
rança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação 
obedecerá às seguintes normas:
I – a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exce-
ções devidamente sinalizadas;
– 54 –
Legislação de Trânsito II
II – o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal 
entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da 
pista, considerando-se, no momento a velocidade e as condições do 
local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
III – quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se apro-
ximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele 
que estiver circulando por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
IV – quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circu-
lação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamentodos veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa 
especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem 
e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;
V – o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos 
só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas 
especiais de estacionamento;
VI – os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passa-
gem, respeitadas as demais normas de circulação; 
– 55 –
Regras de circulação e conduta 
VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os 
de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, 
além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacio-
namento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente 
identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e ilu-
minação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximi-
dade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passa-
gem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se 
necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no 
passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado 
pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha 
intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de 
serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar 
com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, 
obedecidas as demais normas deste Código;
VIII – os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando 
em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no 
local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, 
devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN;
IX – a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita 
pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais nor-
mas estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultra-
passado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
X – todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, cer-
tificar-se de que:
– 56 –
Legislação de Trânsito II
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra 
para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o 
propósito de ultrapassar um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão sufi-
ciente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o 
trânsito que venha em sentido contrário;
XI – todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz 
indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencio-
nal de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de forma 
que deixe uma distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, 
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto 
convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não 
pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou;
XII – os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de 
passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.
§ 1o. As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso 
X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser 
realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita.
– 57 –
Regras de circulação e conduta 
§ 2o. Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas 
neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão 
sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados 
pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o 
propósito de ultrapassá-lo, deverá:
I – se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa 
da direita, sem acelerar a marcha;
II – se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na 
qual está circulando, sem acelerar a marcha. 
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão 
manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os 
ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança.
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de 
transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desem-
barque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com aten-
ção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres.
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com 
duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em 
aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e 
viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinaliza-
ção permitindo a ultrapassagem.
– 58 –
Legislação de Trânsito II
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá 
efetuar ultrapassagem.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certi-
ficar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da 
via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua 
posição, sua direção e sua velocidade.
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um desloca-
mento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara 
e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção 
de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição 
de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição 
de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um 
lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres 
que por ela estejam transitando.
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a 
operação de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde 
estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à 
direita, para cruzar a pista com segurança.
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em 
lotes lindeiros, o condutor deverá:
– 59 –
Regras de circulação e conduta 
I – ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do 
bordo direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;
II – ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível 
de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate 
de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, 
tratando-se de uma pista de um só sentido.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o con-
dutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que 
transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, res-
peitadas as normas de preferência de passagem.
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos 
locais para isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela 
existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofe-
reçam condições de segurança e fluidez, observadas as características 
da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação 
de pedestres e ciclistas.
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes deter-
minações:
I – o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz 
baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de ilumi-
nação pública;
– 60 –
Legislação de Trânsito II
II – nas viasnão iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao 
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
III – a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto 
período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só 
poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo 
que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança 
para os veículos que circulam no sentido contrário;
IV – o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do 
veículo quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V – o condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações: 
a) em imobilizações ou situações de emergência; 
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
VI – durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz 
de placa;
VII – o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando 
o veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de 
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, 
quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos moto-
rizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde 
que em toque breve, nas seguintes situações:
I – para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II – fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um 
condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, 
salvo por razões de segurança.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constan-
temente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições 
meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites 
máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de:
I – não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem 
causa justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida;
II – sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá 
antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes 
para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente;
– 61 –
Regras de circulação e conduta 
III – indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinali-
zação devida, a manobra de redução de velocidade.
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condu-
tor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em 
velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segu-
rança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito 
de preferência.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favo-
rável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver 
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruza-
mento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal.
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um 
veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá ser provi-
denciada a imediata sinalização de advertência, na forma estabelecida 
pelo CONTRAN.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá 
restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque 
de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veí-
culos ou a locomoção de pedestres.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada 
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada 
estacionamento.
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estaciona-
mentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, para-
lelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-
-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
§ 1o. Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacio-
nados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados 
fora da pista de rolamento.
– 62 –
Legislação de Trânsito II
§ 2o. O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas será 
feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a 
ela, salvo quando houver sinalização que determine outra condição.
§ 3o. O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor 
poderá ser feito somente nos locais previstos neste Código ou naque-
les regulamentados por sinalização específica.
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do 
veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem 
de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre 
do lado da calçada, exceto para o condutor.
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às 
estradas e rodovias obedecerá às condições de segurança do trânsito 
estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituí-
dos por unidades autônomas, a sinalização de regulamentação da 
via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após 
aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição 
sobre a via.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela direita 
da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento, sempre 
que não houver faixa especial a eles destinada, devendo seus conduto-
res obedecer, no que couber, às normas de circulação previstas neste 
Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com 
circuns- crição sobre a via.
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias 
quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:
I – para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos 
em grupos de tamanho moderado e separados uns dos outros por 
espaços suficientes para não obstruir o trânsito;
II – os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser 
mantidos junto ao bordo da pista;
Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rola-
mento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo 
direito da pista sempre que não houver acostamento ou faixa própria a eles 
destinada. É proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as 
calçadas das vias urbanas.
– 63 –
Regras de circulação e conduta 
As bicicletas devem circular por ciclovias, ciclofaixas ou acostamento. 
Na ausência destas, deverão rodar pelos bordos da faixa de rolamento, sempre 
no mesmo sentido do tráfego de veículos, que deverão manter distância de 
1,5 metro no momento da ultrapassagem.
3.6 Regras para conversões
As conversões – à direita ou à esquerda – devem ser executadas sempre 
com muita cautela e o condutor sempre deve se lembrar de usar a seta indica-
dora de mudança de direção com antecedência.
3.6.1 Conversões à direita
Para fazer uma conversão à direita, o procedimento do condutor deve ser:
a) passar com a maior antecedência possível para a faixa da direita;
b) ao fazer a curva, manter-se o mais próximo possível da margem 
direita da via.
 
Se o motorista iniciar a curva com as rodas do veículo muito próximas à 
borda da via, elas baterão na guia; se abrir em demasia o ângulo da conversão, 
ele invadirá a outra faixa da via onde se pretende entrar.
3.6.2 Conversões à esquerda
Quando o condutor desejar executar uma conversão à esquerda, sua 
atenção deve ser redobrada; além disso, deve tomar as seguintes providências:
a) conversão à esquerda, em uma via de mão única para outra de 
mão dupla:
– 64 –
Legislação de Trânsito II
O condutor deve aproximar-se da faixa da esquerda e fazer a con-
versão entrando à esquerda do ponto de interseção, tomando a 
faixa da direita da outra via.
b) conversão à esquerda, de uma via de mão única para outra viatam-
bém de mão única:
O condutor deve aproximar-se pela faixa da esquerda, obedecendo 
às mesmas regras para a conversão à direita com relação à distância 
da borda da pista, completando a conversão ao entrar na faixa da 
esquerda.
Se o condutor iniciar a conversão com as rodas do veículo muito 
próximas à borda da via, elas baterão na guia; se o condutor abrir 
em demasia o ângulo da conversão, ele invadirá a outra faixa da via, 
onde se pretende entrar.
c) conversão à esquerda, de uma via de mão dupla para outra também 
de mão dupla:
– 65 –
Regras de circulação e conduta 
O condutor deve aproximar-se com as rodas esquerdas do veículo o 
máximo possível do centro da via. O condutor deve prestar atenção 
porque ele entrará na faixa da direita da outra via; desta forma, fará 
a conversão passando à esquerda do ponto de interseção.
d) conversão à esquerda, de uma via de mão dupla para outra de 
mão única:
O condutor deve aproximar-se o máximo possível do centro da via, 
fazendo a conversão antes de chegar ao centro da interseção.
O condutor deve deixar o cruzamento pela faixa esquerda da via 
em que ele está entrando.
e) conversão à esquerda, de uma via de mão dupla para outra via com 
quatro faixas (duas faixas em cada direção):
– 66 –
Legislação de Trânsito II
O condutor deve aproximar-se com as rodas do veículo o máximo do 
centro da via. A conversão será feita após chegar ao centro do cruza-
mento, sendo que, desta forma, o condutor não entrará na contramão:
 2 quando o condutor completar a conversão poderá estar na 
faixa de ultrapassagem (a faixa da esquerda); sendo assim, se o 
tráfego permitir, o condutor deverá deixar esta faixa e entrar 
na faixa da direita;
 2 não havendo pista de aceleração (ou quando ela é muito 
curta), o condutor deve parar e esperar um espaço suficiente 
para entrar acelerando, não atrapalhando desta forma o fluxo 
e não provocando acidentes.
3.7 Regras de segurança
Além das normas de circulação, também é preciso atender determina-
ções que visam zelar pela segurança de condutores e passageiros.
Elas estão especificadas nos artigos 54, 55, 64 e 65 do Código de Trân-
sito Brasileiro.
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só 
poderão circular nas vias:
– 67 –
Regras de circulação e conduta 
I – utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II – segurando o guidom com as duas mãos;
III – usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações 
do CONTRAN.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só 
poderão ser transportados:
I – utilizando capacete de segurança;
II – em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar 
atrás do condutor;
III – usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações 
do CONTRAN.
O uso de cinto de segurança (tanto para o condutor quanto para os 
passageiros) é obrigatório em todos os veículos em circulação no território 
nacional (Art. 65).
Outro ponto essencial da segurança estipula que as crianças com menos 
de dez anos de idade devem ser transportadas obrigatoriamente apenas no 
banco traseiro, e as com até três anos de idade, em assentos ou cadeirinhas 
especiais (Art. 64).
O desrespeito às leis de trânsito sujeita o infrator a penalida-
des, sejam administrativas, cíveis ou até penais.
As infrações mais comuns são punidas com multa e pontua-
ção na carteira de habilitação – o Artigo 259 do CTB atribui pontos 
a cada tipo de infração, e a soma de 20 pontos provoca a cassação 
do documento.
Infrações, penalidades 
e crimes de trânsito
4
– 70 –
Legislação de Trânsito II
Quadro III – Gravidade das infrações e pontuação
Categoria Pontuação na CNH
Gravíssima sete
Grave cinco
Média quatro
Leve três
Fonte: Código de Trânsito Brasileiro
4.1 Penalidades
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece, em seu artigo 256, as diversas 
penalidades que podem ser impostas aos condutores que cometerem infrações. 
No entanto, o CTB também diz que, quando a sinalização for incorreta ou 
insuficiente, as autoridades de trânsito não podem multar o condutor (Art. 90).
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabe-
lecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às 
infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
I- advertência por escrito; (ver também Art. 267 do CTB)
II – multa; (ver também Art. 257 do CTB)
III – suspensão do direito de dirigir; (Resolução 182/05 – CONTRAN)
IV – apreensão do veículo; (Resolução 53/98 – CONTRAN)
V- cassação da Carteira Nacional de Habilitação; (Resolução 168/04 
– CONTRAN)
VI – cassação da Permissão para Dirigir; (Art. 148 do CTB)
VII – frequência obrigatória em curso de reciclagem; (Art. 268 do 
CTB e Resolução 168/04 – CONTRAN)
4.2 Suspensão do direito de dirigir
Ao somar 20 pontos, o condutor terá sua CNH suspensa, perdendo 
temporariamente o direito de dirigir. Para retomar o direito, deverá participar 
de cursos de reciclagem.
– 71 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Algumas infrações são tão graves que provocam a suspensão direta e 
imediata do direito de dirigir:
 2 dirigir sob a influência de álcool ou substância tóxica;
 2 dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via ou 
demais veículos;
 2 disputar corrida ou fazer manobras perigosas por exibicionismo;
 2 promover ou participar de competição esportiva sem autorização, 
como corridas de carros em vias públicas;
 2 deixar de prestar socorro à vítima em um acidente que provocou, 
deixar de sinalizar o local ou deixar de auxiliar a polícia;
 2 transitar em velocidade superior a máxima permitida para a via em 
20% nas vias de trânsito rápido, arterial e rodovia e em 50% nas 
demais vias;
 2 transpor, sem autorização, bloqueio viário policial.
4.3 Medidas administrativas
Além de multas e pontuações na CNH, o infrator ainda pode ser punido 
com medidas administrativas que serão aplicadas com base no Art. 269 do CTB.
 2 retenção do veículo;
 2 remoção do veículo;
 2 recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
 2 recolhimento da Permissão para Dirigir;
 2 recolhimento do Certificado de Registro de Veículo (DUT);
 2 recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
 2 transbordo do excesso de carga;
 2 realização de teste de dosagem de alcoolemia (“teste do bafômetro”);
 2 recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias;
– 72 –
Legislação de Trânsito II
 2 realização de exames de aptidão física e mental, de legislação, de 
prática de primeiros socorros e de direção veicular.
4.4 Apreensão do veículo
O CTB prevê a apreensão do veículo quando o condutor dirigir sem 
possuir Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir, ou dirigir 
mesmo que seus documentos tenham sido suspensos ou cassados, ou ainda 
quando dirigir veículo de categoria diferente da mencionada em sua CNH 
ou Permissão para Dirigir.
O veículo também poderá ser apreendido se o condutor se portar inade-
quadamente, com ações como:
 2 disputar corrida por rivalidade (“rachas”) ou outra competição 
esportiva sem autorização, em via pública;
 2 utilizar o veículo para exibir manobra perigosa;
 2 usar indevidamente aparelho de alarme;
 2 transpor, sem autorização, bloqueio viário policial;
 2 usar dispositivos anti-radar;
 2 transportar escolares sem autorização para isso ou transportar pas-
sageiros em compartimentos de carga;
 2 transitar com um veículo com dimensões excedentes mas em desa-
cordo com autorização especial para isso.
Outras práticas que podem levar à apreensão do veículo incluem:
 2 falsificar ou adulterar a CNH ou CRV/CRLV;
 2 não portar as placas de identificação (mesmo que seja apenas uma);
 2 falsificar ou violar o lacre (selo)da placa;
 2 não apresentar à autoridade os documentos, quando solicitado; 
 2 retirar do local o veículo retido para fiscalização; 
 2 bloquear a via com veículo.
– 73 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
4.5 Cassação da CNH
O artigo 263 do CTB descreve as situações em que um motorista poderá 
ter sua CNH cassada.
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:
I – quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qual-
quer veículo;
II – no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações pre-
vistas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
III – quando condenado judicialmente por delito de trânsito, obser-
vado o disposto no art. 160.
§ 1o Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na 
expedição do documento de habilitação, a autoridade expedidora 
promoverá o seu cancelamento.
§ 2o Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de 
Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, subme-
tendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma esta-
belecida pelo CONTRAN.
A reincidência mencionada no artigo 263 inciso II refere-se a cometer 
mais de uma vez, em menos de 12 meses, uma das seguintes infrações:
 2 dirigir veículo de categoria diferente da autorizada por sua CNH;
 2 dirigir embriagado ou sob efeito de substância tóxica;
 2 disputar corrida por estímulo ou emulação;
 2 promover competição esportiva ou dela participar;
 2 utilizar o veículo para exibir manobras perigosas;
 2 entregar o veículo a pessoa:
 2 que não possua a CNH ou Permissão para dirigir;
 2 com categoria para qual não está habilitado ou autorizado;
 2 com a CNH ou a Permissão para Dirigir cassada ou suspensa;
 2 com a CNH vencida há mais de 30 dias;
 2 que não esteja usando lentes, aparelho de audição, prótese 
física ou as adaptações do veículo exigidas em sua CNH.
– 74 –
Legislação de Trânsito II
4.6 Cassação da Permissão para Dirigir
A Permissão para Dirigir é o documento provisório com o qual um 
motorista iniciante circula durante um ano, antes de obter a Carteira Nacio-
nal de Habilitação definitiva.
Nesse período, que funciona como um “estágio probatório”, o motorista 
poderá ter sua Permissão cassada se cometer infrações de natureza grave ou 
gravíssima, ou se reincidir em infração média. Isso está estipulado no Art. 148 
do Código de Trânsito Brasileiro.
Se tiver sua Permissão cassada, a pessoa deverá reiniciar o processo para 
habilitação desde o princípio.
4.7 Obrigatoriedade de curso de reciclagem
O condutor será obrigado a cumprir um curso de reciclagem em algumas cir-
cunstâncias, conforme o Art. 268 do CTB e a Resolução 168/04 do CONTRAN:
 2 quando for um infrator contumaz e for necessária sua reeducação 
para o trânsito;
 2 quando tiver seu direito de dirigir suspenso;
 2 quando se envolver em um acidente grave para o qual tenha 
contribuído;
 2 quando for condenado judicialmente por delito de trânsito;
 2 a qualquer tempo, se o condutor estiver colocando em risco a segu-
rança do trânsito;
 2 em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN.
4.8 Apreensão da CNH ou da 
Permissão para Dirigir
A Carteira Nacional de Habilitação e/ou a Permissão para Dirigir pode-
rão ser confiscadas ou apreendidas pela autoridade de trânsito, mediante 
recibo, em casos de suspeita de que o documento é falso ou foi adulterado, 
segundo o Art. 272 do CTB.
– 75 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
4.9 Listagem geral das infrações, 
penalidades e medidas administrativas
Art.161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer 
preceito deste Código, da legislação complementar ou das resoluções 
do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas 
administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas 
no Capítulo XIX.
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às resoluções do 
CONTRAN terão suas penalidades e medidas administrativas defini-
das nas próprias resoluções.
Quadro IV – Infrações gravíssimas
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Dirigir veículo OU Entregar a direção do 
veículo OU Permitir que pessoa venha a 
dirigir sem possuir Carteira Nacional de 
Habilitação ou Permissão para Dirigir. 
Multa (três 
vezes) e 
apreensão 
do veículo. 
162 I 
OU 163 
OU 164 
Dirigir veículo OU Entregar a direção do 
veículo OU Permitir que pessoa venha a 
dirigir com Carteira Nacional de Habilita-
ção ou Permissão para Dirigir cassada ou 
com suspensão do direito de dirigir. 
Multa (cinco 
vezes) e 
apreensão 
do veículo. 
162 II 
OU 163 
OU 164 
Dirigir veículo OU Entregar a direção do 
veículo OU Permitir que pessoa venha a 
dirigir com Carteira Nacional de Habili-
tação ou Permissão para Dirigir de cate-
goria diferente da do veículo que esteja 
conduzindo. 
Multa (três 
vezes) e 
apreensão 
do veículo. 
Recolhimento 
do documento 
de habilitação. 
162 III 
OU 163 
OU 164 
Dirigir veículo OU Entregar a direção do 
veículo OU Permitir que pessoa venha a 
dirigir com CNH vencida há mais de 30 
dias. 
Multa. 
Recolhimento da 
CNH e retenção do 
veículo até a apre-
sentação de con-
dutor habilitado. 
162 V 
OU 163 
OU 164 
– 76 –
Legislação de Trânsito II
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Dirigir veículo OU Entregar a direção do 
veículo OU Permitir que pessoa venha 
a dirigir:sem usar lentes corretoras de 
visão, aparelho auxiliar de audição, de 
prótese física ou as adaptações do veículo 
impostas por ocasião da concessão ou da 
renovação da licença para conduzir. 
Multa. 
Retenção do 
veículo até o 
saneamento da 
irregularidade 
ou apresenta-
ção de condutor 
habilitado. 
162 VI 
OU 163 
OU 164 
Dirigir sob a influência de álcool ou qual-
quer substância psicoativa que determine 
dependência. 
Multa (cinco 
vezes) e 
suspensão 
do direito de 
dirigir por 
12 meses. 
Retenção do 
veículo até a apre-
sentação de con-
dutor habilitado 
e recolhimento 
do documento 
de habilitação. 
165 
Confiar ou entregar a direção de veículo 
a pessoa que, mesmo habilitada, por seu 
estado físico ou psíquico, não estiver em 
condições de dirigi-lo com segurança. 
Multa. 166 
Transportar crianças em veículo automotor 
sem observância das normas de segurança 
especiais estabelecidas neste Código. 
Multa. 
Retenção do 
veículo até que 
a irregularidade 
seja sanada. 
168 
Dirigir ameaçando os pedestres que este-
jam atravessando a via pública, ou os 
demais veículos. 
Multa e 
suspensão 
do direito 
de dirigir. 
Retenção do 
veículo e reco-
lhimento do 
documento de 
habilitação. 
170
Disputar corrida por espírito de emulação. 
Multa (três 
vezes), 
suspensão 
do direito 
de dirigir e 
apreensão 
do veículo. 
Recolhimento do 
documento de 
habilitação e remo-
ção do veículo. 
173
– 77 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Promover na via competição esportiva, 
eventos organizados, exibição e demons-
tração de perícia em manobra de veículo, 
ou deles participar como condutor, sem 
permissão da autoridade de trânsito com 
circunscrição sobre a via. 
Multa (cinco 
vezes), 
suspensão 
do direito 
de dirigir e 
apreensão 
do veículo. 
Recolhimento do 
documento de 
habilitação e remo-
ção do veículo. 
174
Utilizar-se de veículo para, em via pública, 
demonstrar ou exibir manobra perigosa, 
arrancada brusca, derrapagem ou frena-
gem com deslizamento ou arrastamento de 
pneus. 
Multa, 
suspensão 
do direito 
de dirigir e 
apreensão 
do veículo.Recolhimento do 
documento de 
habilitação e remo-
ção do veículo. 
175
Deixar o condutor envolvido em acidente 
com vítima: de prestar ou providenciar 
socorro à vítima, podendo fazê-lo; de 
adotar providências, podendo fazê-lo, no 
sentido de evitar perigo para o trânsito 
no local; de preservar o local, de forma a 
facilitar os trabalhos da polícia e da perí-
cia; de adotar providências para remover o 
veículo do local, quando determinadas por 
policial ou agente da autoridade de trân-
sito; de identificar-se ao policial e de lhe 
prestar informações necessárias à confec-
ção do boletim de ocorrência. 
Multa (cinco 
vezes) e 
suspensão 
do direito 
de dirigir. 
Recolhimento 
do documento 
de habilitação. 
Estacionar o veículo na pista de rolamento 
das estradas, das rodovias, das vias de trân-
sito rápido e das vias dotadas de acostamento. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
Transitar pela contramão de direção em 
vias com sinalização de regulamentação 
de sentido único de circulação. 
Multa. 
– 78 –
Legislação de Trânsito II
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Deixar de dar passagem aos veículos pre-
cedidos de batedores, de socorro de incên-
dio e salvamento, de polícia, de operação e 
fiscalização de trânsito e às ambulâncias, 
quando em serviço de urgência e devida-
mente identificados por dispositivos regu-
lamentados de alarme sonoro e iluminação 
vermelha intermitentes. 
Multa. 
Forçar passagem entre veículos que, tran-
sitando em sentidos opostos, estejam na 
iminência de passar um pelo outro ao rea-
lizar operação de ultrapassagem. 
Multa. 
Transitar com o veículo em calçadas, pas-
seios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, 
ilhas refúgios, ajardinamentos, canteiros 
centrais e divisores de pista de rolamento, 
acostamento, marcas de canalização, gra-
mados e jardins públicos. 
193 
Ultrapassar pela direita veículo de trans-
porte coletivo ou de escolares, parado para 
embarque ou desembarque de passageiros, 
salvo quando houver refúgio de segurança 
para o pedestre. 
200 
Ultrapassar pela contramão outro veículo: 
nas curvas, em aclives e declives, sem visi-
bilidade suficiente; nas faixas de pedestre; 
nas pontes, viadutos ou túneis; parado em 
fila junto a sinais luminosos, porteiras, 
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro 
impedimento à livre circulação; onde hou-
ver marcação viária longitudinal de divi-
são de fluxos opostos do tipo linha dupla 
contínua ou simples contínua amarela. 
203 I a V 
– 79 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Executar operação de retorno: em locais 
proibidos pela sinalização; nas curvas, 
em aclives, declives, pontes, viadutos 
e túneis; passando por cima de calçada, 
passeio, ilhas, ajardinamento ou cantei-
ros de divisões de pista de rolamento, 
refúgios e faixas de pedestres e nas de 
veículos não motorizados; nas interse-
ções, entrando na contramão de direção 
da via transversal; com prejuízo da livre 
circulação ou da segurança, ainda que 
em locais permitidos. 
206 I a V 
Avançar o sinal vermelho do semáforo ou 
o de parada obrigatória. 
208 
Transpor, sem autorização, bloqueio viário 
policial. 
Remoção do 
veículo e reco-
lhimento do 
documento de 
habilitação. 
210 
Deixar de parar o veículo antes de transpor 
linha férrea. 
212 
Deixar de parar o veículo sempre que a 
respectiva marcha for interceptada por 
agrupamento de pessoas, como préstitos, 
passeatas, desfiles e outros. 
213 I 
Deixar de dar preferência de passagem a 
pedestre e a veículo não motorizado: que se 
encontre na faixa a ele destinada; que não 
haja concluído a travessia mesmo que ocorra 
sinal verde para o veículo; portadores de defi-
ciência física, crianças, idosos e gestantes. 
214 I 
a III 
– 80 –
Legislação de Trânsito II
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Transitar em velocidade superior à 
máxima permitida para o local, medida 
por instrumento ou equipamento hábil, em 
rodovias, vias de trânsito rápido, vias arte-
riais e demais vias – quando a velocidade 
for superior à máxima em mais de 50%. 
(Redação dada pela Lei 11334/2006). 
Deixar de reduzir a velocidade do veí-
culo de forma compatível com a segu-
rança do trânsito quando se aproximar de 
passeatas, aglomerações, cortejos, prés-
titos e desfiles. 
Deixar de reduzir a velocidade do veículo 
de forma compatível com a segurança do 
trânsito nas proximidades de escolas, hos-
pitais, estações de embarque e desembar-
que de passageiros ou onde haja intensa 
movimentação de pedestres. 
Conduzir o veículo: com o lacre, a ins-
crição do chassi, o selo, a placa ou qual-
quer outro elemento de identificação do 
veículo violado ou falsificado; transpor-
tando passageiros em compartimento de 
carga, salvo por motivo de força maior, 
com permissão da autoridade compe-
tente e na forma estabelecida pelo CON-
TRAN; com dispositivo anti-radar; sem 
qualquer uma das placas de identifica-
ção; que não esteja registrado e devida-
mente licenciado; com qualquer uma das 
placas de identificação sem condições de 
legibilidade e visibilidade. 
Remoção do 
veículo. 
– 81 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Transitar com o veículo danificando a via, 
suas instalações e equipamentos; derra-
mando, lançando ou arrastando sobre a via: 
carga que esteja transportando; combustível 
ou lubrificante que esteja utilizando; qualquer 
objeto que possa acarretar risco de acidente. 
Retenção do 
veículo para 
regularização. 
Transitar com o veículo excedendo a 
capacidade máxima de tração.(A infração 
poderá ser de média a gravíssima) 
Retenção do veí-
culo e transbordo 
de carga excedente. 
Falsificar ou adulterar documento de habi-
litação e de identificação do veículo. 
Remoção do 
veículo. 
Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito 
ou a seus agentes, mediante recibo, os docu-
mentos de habilitação, de registro, de licen-
ciamento de veículo e outros exigidos por lei, 
para averiguação de sua autenticidade. 
Remoção do 
veículo. 
Retirar do local veículo legalmente retido 
para regularização, sem permissão da auto-
ridade competente ou de seus agentes. 
Remoção do 
veículo. 
Fazer falsa declaração de domicílio para fins 
de registro, licenciamento ou habilitação. 
Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomo-
tor: sem usar capacete de segurança com 
viseira ou óculos de proteção e vestuário 
de acordo com as normas e especificações 
aprovadas pelo CONTRAN; transportando 
passageiro sem o capacete de segurança, na 
forma estabelecida no inciso anterior, ou fora 
do assento suplementar colocado atrás do 
condutor ou em carro lateral; fazendo mala-
barismo ou equilibrando-se apenas em uma 
roda; com os faróis apagados; transportando 
criança menor de sete anos ou que não tenha, 
nas circunstâncias, condições de cuidar de 
sua própria segurança. 
Recolhimento 
do documento 
de habilitação. 
– 82 –
Legislação de Trânsito II
Infrações gravíssimas = 
7 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre 
circulação, a segurança de veículo e pedes-
tres, tanto no leito da via terrestre como na 
calçada, ou obstaculizar a via indevidamente. 
Bloquear a via com veículo. 
Remoção do 
veículo. 
Fonte: CTB
Quadro V – Infrações graves
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Deixar o condutor ou passageiro de usar 
o cinto de segurança, conformeprevisto 
no art. 65. 
Multa 
Retenção do 
veículo até colo-
cação do cinto 
pelo infrator. 
167 
Deixar o condutor de prestar socorro à 
vítima de acidente de trânsito quando soli-
citado pela autoridade e seus agentes. 
Multa. 177 
Fazer ou deixar que se faça reparo em 
veículo na via pública, salvo nos casos de 
impedimento absoluto de sua remoção e 
em que o veículo esteja devidamente sina-
lizado em pista de rolamento de rodovias e 
vias de trânsito rápido. 
Multa. Remoção do veículo. 179 I 
Estacionar o veículo afastado da guia da 
calçada (meio-fio) a mais de um metro. Multa. 
Remoção do 
veículo. 181 III 
Estacionar o veículo no passeio ou sobre 
faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia 
ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refú-
gios, ao lado ou sobre canteiros centrais, 
divisores de pista de rolamento, marcas de 
canalização, gramados ou jardim público. 
Multa. Remoção do veículo. 181 VIII 
– 83 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Estacionar o veículo ao lado de outro veí-
culo em fila dupla. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 XI 
Estacionar o veículo na área de cruza-
mento de vias, prejudicando a circulação 
de veículos e pedestres. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181XII 
Estacionar o veículo nos viadutos, pontes 
e túneis. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 XIV 
Estacionar o veículo em aclive ou declive, 
não estando devidamente freado e sem calço 
de segurança, quando se tratar de veículo 
com peso bruto total superior a 3.500kg. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 XVI 
Estacionar o veículo em locais e horários de 
estacionamento e parada proibidos pela sina-
lização (placa – Proibido Parar e Estacionar). 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 XIX 
Parar o veículo na pista de rolamento das 
estradas, das rodovias, das vias de trân-
sito rápido e das demais vias dotadas de 
acostamento. 
Multa. 182 V 
Transitar com o veículo na faixa ou pista da 
esquerda regulamentada como de circulação 
exclusiva para determinado tipo de veículo. 
Multa. 184 II 
Transitar pela contramão de direção em vias 
com duplo sentido de circulação, exceto para 
ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo 
necessário, respeitada a preferência do veículo 
que transitar em sentido contrário. 
Multa. 186 I
Seguir veículo em serviço de urgência, 
estando este com prioridade de passagem 
devidamente identificados por dispositi-
vos regulamentares de alarme sonoro e 
iluminação vermelha intermitentes. 
Multa. 190
– 84 –
Legislação de Trânsito II
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Deixar de guardar distância de segurança 
lateral e frontal entre o seu veículo e os 
demais, bem como em relação ao bordo 
da pista, considerando-se, no momento, 
a velocidade, as condições climáticas do 
local da circulação e do veículo. 
Multa. 192
Transitar em marcha à ré, salvo na dis-
tância necessária a pequenas manobras e 
de forma a não causar riscos à segurança. 
Multa. 194 
Desobedecer às ordens emanadas da 
autoridade competente de trânsito ou de 
seus agentes. 
Multa. 195 
Deixar de indicar com antecedência, 
mediante gesto regulamentar de braço ou 
luz indicadora de direção do veículo, o 
início da marcha, a realização da mano-
bra de parar o veículo, a mudança de dire-
ção ou de faixa de circulação. 
Multa. 196 
Ultrapassar outro veículo pelo acosta-
mento ou em interseções e passagens 
de nível. 
Multa. 
202 I 
e II 
Deixar de parar o veículo no acostamento 
à direita, para aguardar a oportunidade de 
cruzar a pista ou entrar à esquerda, onde 
não houver local apropriado para opera-
ção de retorno. 
Multa. 204 
Executar operação de conversão à direita 
ou à esquerda em locais proibidos pela 
sinalização. 
Multa. 207 
– 85 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Transpor, sem autorização, bloqueio viário 
com ou sem sinalização ou dispositivos 
auxiliares, deixar de adentrar às áreas des-
tinadas à pesagem de veículos ou evadir-se 
para não efetuar o pagamento do pedágio. 
Multa. 209 
Ultrapassar veículos em fila, parados em 
razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio 
viário parcial ou qualquer outro obstáculo, 
com exceção dos veículos não motorizados. 
Multa. 211
Deixar de parar o veículo sempre que a 
respectiva marcha for interceptada por 
agrupamento de veículos, como cortejos, 
formações militares e outros. 
Multa. 213 II
Deixar de dar preferência de passagem 
a pedestre e a veículo não motorizado: 
quando houver iniciado a travessia mesmo 
que não haja sinalização a ele destinada; 
que esteja atravessando a via transversal 
para onde se dirige o veículo. 
Multa. 
214 IV 
e V
Deixar de dar preferência de passagem em 
interseção não sinalizada: a veículo que 
estiver circulando por rodovia ou rotatória; 
a veículo que vier da direita; nas interse-
ções com sinalização de regulamentação 
de Dê a Preferência. 
Multa. 
215 I 
e II
Transitar em velocidade superior à 
máxima permitida para o local, medida 
por instrumento ou equipamento hábil, em 
rodovias, vias de trânsito rápido, vias arte-
riais e demais vias: quando a velocidade 
for superior à máxima em mais de 20% até 
50%. (Redação dada pela Lei 11334/2006) 
Multa. 218 II
– 86 –
Legislação de Trânsito II
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Deixar de reduzir a velocidade do veículo 
de forma compatível com a segurança do 
trânsito: nos locais onde o trânsito esteja 
sendo controlado pelo agente da autoridade 
de trânsito, mediante sinais sonoros ou 
gestos; ao aproximar-se da guia da calçada 
(meio-fio) ou acostamento; ao aproximar-
-se de ou passar por interseção não sinali-
zada; nas vias rurais cuja faixa de domínio 
não esteja cercada; nos trechos em curva 
de pequeno raio; ao aproximar-se de locais 
sinalizados com advertência de obras ou 
trabalhadores na pista; sob chuva, neblina, 
cerração ou ventos fortes; quando houver 
má visibilidade; quando o pavimento se 
apresentar escorregadio, defeituoso ou ava-
riado; à aproximação de animais na pista; 
em declive; ao ultrapassar ciclista. 
Multa. 
Transitar com o farol desregulado ou com 
o facho de luz alta de forma a perturbar a 
visão de outro condutor. 
Multa. 
Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir 
os demais condutores e, à noite, não manter 
acesas as luzes externas ou omitir-se quanto 
a providências necessárias para tornar visí-
vel o local, quando: tiver que remover o veí-
culo da pista de rolamento ou permanecer no 
acostamento; a carga for derramada sobre a 
via e não puder ser retirada imediatamente. 
Multa. 
Usar no veículo equipamento com som em 
volume ou frequência que não sejam auto-
rizados pelo CONTRAN. 
Multa. 
– 87 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Conduzir o veículo com a cor ou caracte-
rística alterada; sem ter sido submetido à 
inspeção de segurança veicular, quando 
obrigatória; sem equipamento obrigató-
rio ou estando este ineficiente ou inope-
rante; com equipamento obrigatório em 
desacordo com o estabelecido pelo CON-
TRAN; com descarga livre ou silenciador 
de motor de explosão defeituoso, defi-
ciente ou inoperante; com equipamento 
ou acessório proibido; com equipamento 
do sistema de iluminação e de sinaliza-
ção alterados; com registrador instantâneo 
inalterável de velocidade e tempo viciado 
ou defeituoso, quando houver exigência 
desse aparelho; com inscrições,adesivos, 
legendas e símbolos de caráter publici-
tário afixados ou pintados no para- brisa 
e em toda a extensão da parte traseira do 
veículo, excetuadas as hipóteses previstas 
neste Código; com vidros total ou parcial-
mente cobertos por películas refletivas ou 
não, painéis decorativos ou pinturas; com 
cortinas ou persianas fechadas, não auto-
rizadas pela legislação; em mau estado de 
conservação, comprometendo a segurança, 
ou reprovado na avaliação de inspeção de 
segurança e de emissão de poluentes e 
ruído, prevista no artigo 104; sem acionar 
o limpador de para-brisa sob chuva. 
Multa. 
Conduzir o veículo sem portar a autoriza-
ção para condução de escolares, na forma 
estabelecida no art. 136. 
Multa e apreen-
são do veículo. 
– 88 –
Legislação de Trânsito II
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Transitar com o veículo produzindo 
fumaça, gases ou partículas em níveis 
superiores aos fixados pelo CONTRAN; 
com suas dimensões ou de sua carga supe-
riores aos limites estabelecidos legalmente 
ou pela sinalização, sem autorização. 
Multa. 
Transitar com o veículo em desacordo 
com a autorização especial, expedida 
pela autoridade competente para transitar 
com dimensões excedentes, ou quando a 
mesma estiver vencida. 
Multa e apreen-
são do veículo. 
Deixar de efetuar o registro de veículo no 
prazo de trinta dias, junto ao órgão exe-
cutivo de trânsito, ocorridas as hipóteses 
previstas no art. 123. 
Multa. 
Conduzir pessoas, animais ou carga nas 
partes externas do veículo, salvo nos casos 
devidamente autorizados. 
Multa. 
Transitar com o veículo em desacordo com 
as especificações, e com falta de inscrição 
e simbologia necessárias à sua identifica-
ção, quando exigidas pela legislação. 
Multa. 
Deixar o responsável de promover a baixa 
do registro de veículo irrecuperável ou 
definitivamente desmontado. 
Multa. 
Deixar a empresa seguradora de comuni-
car ao órgão executivo de trânsito compe-
tente a ocorrência de perda total do veículo 
e de lhe devolver as respectivas placas e 
documentos. 
Multa. 
– 89 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações graves = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Utilizar a via para depósito de mercado-
rias, materiais ou equipamentos, sem auto-
rização do órgão ou entidade de trânsito 
com circunscrição sobre a via. 
Multa. 
Transportar em veículo destinado ao trans-
porte de passageiros carga excedente em 
desacordo com o estabelecido no art. 109. 
Multa. 
Fonte: CTB
Quadro VI – Infrações médias
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
usar o veículo para arremessar sobre os 
pedestres ou veículos, água ou detritos. Multa. 171 
Atirar do veículo ou abandonar na via 
objetos ou substâncias. Multa. 172 
Deixar o condutor, envolvido em aci-
dente sem vítima, de adotar providências 
para remover o veículo do local, quando 
necessária tal medida para assegurar a 
segurança e a fluidez do trânsito. 
Multa. 178 
Ter seu veículo imobilizado na via por 
falta de combustível. Multa. 
Remoção do 
veículo. 180 
Estacionar o veículo nas esquinas e a 
menos de cinco metros do bordo do ali-
nhamento da via transversal. 
Multa. Remoção do veículo. 181I 
Estacionar o veículo em desacordo com 
as posições estabelecidas neste Código. Multa. 
Remoção do 
veículo. 181 IV 
Estacionar o veículo junto ou sobre hidran-
tes de incêndio, registro de água ou tampas 
de poços de visita de galerias subterrâneas, 
desde que devidamente identificados, con-
forme especificação do CONTRAN. 
Multa. Remoção do veículo. 181 VI 
– 90 –
Legislação de Trânsito II
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Estacionar o veículo onde houver guia de 
calçada (meio-fio) rebaixada destinada à 
entrada ou saída de veículos. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 IX 
Estacionar o veículo impedindo a movi-
mentação de outro veículo. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 X 
Estacionar o veículo onde houver sinali-
zação horizontal delimitadora de ponto de 
embarque ou desembarque de passageiros 
de transporte coletivo ou, na inexistência 
desta sinalização, no intervalo compreen-
dido entre dez metros antes e depois do 
marco do ponto. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 
XIII 
Estacionar o veículo na contramão de dire-
ção. 
Multa. 
181 
XV 
Estacionar o veículo em locais e horários 
proibidos especificamente pela sinaliza-
ção (placa – Proibido Estacionar). 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 
XVIII 
Parar o veículo nas esquinas e a menos de 
cinco metros do bordo do alinhamento da 
via transversal. 
Multa. 182 I 
Parar o veículo afastado da guia da cal-
çada (meio-fio) a mais de um metro. 
Multa. 182 III 
Parar o veículo na área de cruzamento de 
vias, prejudicando a circulação de veícu-
los e pedestres. 
Multa. 
182 
VII 
Parar o veículo nos viadutos, pontes e 
túneis. 
Multa. 
182 
VIII 
Parar o veículo na contramão de direção. Multa. 182 IX 
Parar o veículo em local e horário proi-
bidos especificamente pela sinalização 
(placa – Proibido Parar). 
Multa. 182 X 
– 91 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Parar o veículo sobre a faixa de pedestres 
na mudança de sinal luminoso. 
Multa. 183 
Quando o veículo estiver em movimento, 
deixar de conservá-lo na faixa a ele destinada 
pela sinalização de regulamentação, exceto 
em situações de emergência nas faixas da 
direita, os veículos lentos e de maior porte. 
Multa. 
185 I 
e II 
Transitar em locais e horários não permiti-
dos pela regulamentação estabelecida pela 
autoridade competente para todos os tipos 
de veículos. 
Multa. 187 I 
Transitar ao lado de outro veículo, inter-
rompendo ou perturbando o trânsito. 
Multa. 188 
Deixar de deslocar, com antecedência, o 
veículo para a faixa mais à esquerda ou 
mais à direita, dentro da respectiva mão 
de direção, quando for manobrar para um 
desses lados. 
Multa. 197 
Deixar de dar passagem pela esquerda, 
quando solicitado. 
Multa. 198 
Ultrapassar pela direita, salvo quando o 
veículo da frente estiver colocado na faixa 
apropriada e der sinal de que vai entrar à 
esquerda. 
Multa. 199 
Deixar de guardar a distância lateral de um 
metro e cinquenta centímetros ao passar 
ou ultrapassar bicicleta. 
Multa. 201 
Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar 
adequadamente posicionado para ingresso 
na via e sem as precauções com a segu-
rança de pedestres e de outros veículos. 
Multa. 216 
– 92 –
Legislação de Trânsito II
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Entrar ou sair de fila de veículos estacio-
nados sem dar preferência de passagem a 
pedestres e a outros veículos. 
Multa. 217 
Transitar com o veículo em velocidade 
inferior à metade da velocidade máxima 
estabelecida para a via, retardando ou obs-
truindo o trânsito, a menos que as condi-
ções de tráfego e meteorológicas não o per-
mitam, salvo se estiver na faixa da direita. 
Multa. 219 
Portar no veículo placas de identificação 
em desacordo com as especificações e 
modelos estabelecidos pelo CONTRAN. 
Multa. 
Retenção do 
veículo para 
regularização 
e apreensão 
das placas 
irregulares. 
221 
Deixar de manter ligado, nas situações 
de atendimento de emergência, o sistema 
de iluminação vermelha intermitente dos 
veículos de polícia, de socorro de incêndio 
e salvamento, de fiscalização de trânsito e 
das ambulâncias, ainda que parados. 
Multa.222 
Deixar de retirar todo e qualquer objeto 
que tenha sido utilizado para sinalização 
temporária da via. 
Multa. 226 
Usar indevidamente no veículo aparelho 
de alarme ou que produza sons e ruído que 
perturbem o sossego público, em desacordo 
com normas fixadas pelo CONTRAN. 
Multa e apreen-
são do veículo. 
Remoção do 
veículo. 229 
Conduzir o veículo de carga com falta de 
inscrição da tara e demais inscrições pre-
vistas neste Código, com defeito no sis-
tema de iluminação ou de sinalização ou 
com lâmpadas queimadas. 
Multa. 
230 
XXI e 
XXII 
– 93 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Transitar com o veículo com excesso de 
peso, admitido percentual de tolerância 
quando aferido por equipamento, na forma 
a ser estabelecida pelo CONTRAN. 
Multa acrescida 
a cada 200kg 
ou fração de 
excesso de peso 
apurado, cons-
tante em tabela 
própria deter-
minada pelo 
CONTRAN. 
Retenção do 
veículo e trans-
bordo da carga 
excedente. 
231 V 
Transitar com o veículo com lotação exce-
dente efetuando transporte remunerado de 
pessoas ou bens, quando não for licenciado 
para esse fim, salvo casos de força maior ou 
com permissão da autoridade competente. 
Multa. Retenção do veículo. 
231 
VII e 
VIII 
Transitar com o veículo desligado ou 
desengrenado, em declive. Multa. 
Retenção do 
veículo. 231 IX 
Rebocar outro veículo com cabo flexível 
ou corda, salvo em casos de emergência. Multa. 236 
Conduzir motocicleta, motoneta e ciclo-
motor: rebocando outro veículo; sem 
segurar o guidom com ambas as mãos, 
salvo eventualmente para indicação de 
manobras; transportando carga incompa-
tível com suas especificações. 
Multa. 244 VI a VIII 
Conduzir motocicleta, motoneta e ciclo-
motor: aplica-se aos ciclomotores transi-
tar em vias de trânsito rápido ou rodovias, 
salvo onde houver acostamento ou faixas 
de rolamento próprias; 
Multa. 244 § 2o. 
Deixar de conduzir pelo bordo da pista de 
rolamento, em fila única, os veículos de 
tração ou propulsão humana e os de tração 
animal, sempre que não houver acosta-
mento ou faixa a eles destinados. 
Multa. 247 
– 94 –
Legislação de Trânsito II
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Deixar de manter acesas, à noite, as luzes 
de posição, quando o veículo estiver 
parado, para fins de embarque ou desem-
barque de passageiros e carga ou descarga 
de mercadorias. 
Multa. 249 
Quando o veículo estiver em movimento: 
deixar de manter acesa a luz baixa: durante 
a noite; de dia, nos túneis providos de ilumi-
nação pública; de dia e de noite, tratando-se 
de veículo de transporte coletivo de passa-
geiros, circulando em faixas ou pistas a eles 
destinadas; de dia e de noite, tratando-se de 
ciclomotores; deixar de manter acesas pelo 
menos as luzes de posição sob chuva forte, 
neblina ou cerração; deixar de manter a 
placa traseira iluminada, à noite. 
Multa. 250 I à III 
Utilizar as luzes do veículo:o pisca-alerta, 
exceto em imobilizações ou situações de 
emergência; baixa e alta de forma inter-
mitente, exceto nas seguintes situações: a 
curtos intervalos, quando for conveniente 
advertir a outro condutor que se tem o pro-
pósito de ultrapassá-lo; em imobilizações 
ou situações de emergência, como adver-
tência, utilizando pisca-alerta; quando 
a sinalização de regulamentação da via 
determinar o uso do pisca-alerta. 
Multa. 251 I e II 
Transitar em velocidade superior à 
máxima permitida para o local, medida 
por instrumento ou equipamento hábil, em 
rodovias, vias de trânsito rápido, vias arte-
riais e demais vias: quando a velocidade 
for superior à máxima em até 20%. (Reda-
ção dada pela Lei no 11334/2006) 
Multa 218 I 
– 95 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações médias = 
5 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Dirigir o veículo: com o braço do lado 
de fora; transportando pessoas, animais 
ou volume à sua esquerda ou entre os 
braços e pernas; com incapacidade física 
ou mental temporária que comprometa a 
segurança do trânsito; usando calçado que 
não se firme nos pés ou que comprometa 
a utilização dos pedais; com apenas uma 
das mãos, exceto quando deva fazer sinais 
regulamentares de braço, mudar a mar-
cha do veículo, ou acionar equipamentos 
e acessórios do veículo; utilizando-se de 
fones nos ouvidos conectados a aparelha-
gem sonora ou de telefone celular. 
Multa. 
252 I 
à VI 
Conduzir bicicleta em passeios onde não 
seja permitida a circulação desta, ou de 
forma agressiva, em desacordo com o dis-
posto no parágrafo único do art. 59. 
Multa. 
Remoção 
da bicicleta, 
mediante 
recibo para 
o pagamento 
da multa. 
255 
Fonte: CTB
Quadro VII – Infrações leves
Infrações leves = 
3 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Dirigir sem atenção ou sem os cuidados 
indispensáveis à segurança. 
Multa. 169 
Fazer ou deixar que se faça reparo em veí-
culo na via pública, salvo nos casos de impe-
dimento absoluto de sua remoção e em que 
o veículo esteja devidamente sinalizado nas 
vias arteriais, coletoras, locais e estradas. 
Multa. 179 II 
– 96 –
Legislação de Trânsito II
Infrações leves = 
3 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Estacionar o veículo afastado da guia da 
calçada (meio fio) de cinquenta centíme-
tros a um metro. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 II 
Estacionar o veículo nos acostamentos, 
salvo motivo de força maior. 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 
VII 
Estacionar o veículo em desacordo com 
condições regulamentadas especifica-
mente pela sinalização (placa Estaciona-
mento Regulamentado). 
Multa. 
Remoção do 
veículo. 
181 
XVII 
Parar o veículo afastado da guia da cal-
çada (meio fio) de cinquenta centímetros 
a um metro. 
Multa. 182 II 
Parar o veículo em desacordo com as 
posições estabelecidas neste Código. 
Multa. 182 IV 
Parar o veículo no passeio ou sobre faixa 
destinada a pedestre, nas ilhas, refúgios, 
canteiros centrais e divisores de pista de 
rolamento e marcas de canalização. 
Multa. 182 VI 
Transitar com o veículo na faixa ou pista 
da direita, regulamentada como de cir-
culação exclusiva para determinado tipo 
de veículo, exceto para acesso a imóveis 
lindeiros ou conversões à direita. 
Multa. 184 I 
Ultrapassar veículo em movimento que 
integre cortejo, préstito, desfile e for-
mações militares, salvo com autoriza-
ção da autoridade de trânsito ou de seus 
agentes.
Multa. 205 
Fazer uso do facho de luz alta dos faróis 
em vias providas de iluminação pública. 
Multa. 224 
– 97 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
Infrações leves = 
3 Pontos
Penalidades
Medidas 
administrativas
Artigo 
do ctb
Usar buzina: em situação que não a de 
simples toque breve como advertência 
ao pedestre ou a condutores de outros 
veículos; prolongada e sucessivamente 
a qualquer pretexto; entre as 22h00 e as 
06h00; em locais e horários proibidos 
pela sinalização; em desacordo com 
os padrões e frequências estabelecidas 
pelo CONTRAN. 
Multa. 
227 I 
à V 
Conduzir o veículo sem os documen-
tos de porte obrigatório referidos neste 
Código. 
Multa. 
Retenção do 
veículo até a 
apresentação 
do documento. 
232 
Deixar de atualizar o cadastro de registro 
do veículo ou de habilitação do condutor. 
Multa. 241 
É proibido ao pedestre: permanecer ou 
andar nas pistas de rolamento, exceto 
para cruzá-las onde for permitido; cruzar 
pistas de rolamentos nos viadutos, pontes 
ou túneis, salvo onde exista permissão; 
atravessar a via dentrodas áreas de cru-
zamento, salvo quando houver sinalização 
para esse fim; utilizar-se da via em agru-
pamentos capazes de perturbar o trânsito, 
ou para a prática de qualquer folguedo, 
esporte, desfiles e similares, salvo em 
casos especiais e com a devida licença 
da autoridade competente; andar fora da 
faixa própria, passarela, passagem aérea 
ou subterrânea; desobedecer à sinalização 
de trânsito específica. 
Multa em 50% 
do valor da 
infração de 
natureza leve. 
254 I 
à VI 
Fonte: CTB
– 98 –
Legislação de Trânsito II
4.10 Crimes de trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro que entrou em vigor em 1997 trouxe 
várias inovações em comparação com o código anterior, de 1966. Uma 
delas é a caracterização de crimes de trânsito e o estabelecimento de puni-
ções específicas. Até então, era preciso enquadrar os crimes no Código 
Penal (CP), de 1940, ou no Código de Contravenções Penais, de 1941.
Em matéria penal, o CTB em vigor desde 1997 tem um capítulo inteiro 
sobre o tema: “Capítulo XIX – Dos crimes de trânsito”, dividido em duas 
partes: Disposições gerais (art. 291 a 301), que trata dos aspectos processuais, 
e Crimes em espécie (art. 302 a 312), que trata dos delitos e das penas.
Alguns pontos do CTB merecem destaque:
4.10.1 Homicídio culposo e lesão corporal culposa
 2 O CTB só trata de crimes culposos (cometidos sem intenção de 
matar), deixando para o Código Penal a punição por homicídios 
dolosos e lesões dolosas (com intenção de matar/ferir) cometidos 
na direção de veículo automotor.
 2 O CTB aplica penas mais severas aos crimes de homicídio culposo e 
lesão corporal culposa cometidos na direção de veículo automotor, em 
comparação às penas de crimes homônimos descritos no Código Penal.
 2 Mesmo que o crime não ocorra em via pública, o CTB pode ser 
aplicado se o infrator estiver na direção de um veículo automotor, 
pois o que norteia a aplicação da lei é o bem que ela preserva: a vida 
e a incolumidade física.
 2 Se o motorista, com uma única conduta culposa, provocar morte 
ou lesão corporal em duas ou mais vítimas, aplica-se a regra do con-
curso formal (art. 70 do CP), ou seja, aplica-se a pena mais grave, 
ou uma só pena, se idênticos os crimes.
4.10.2 Agravantes das penas
Os crimes recebem punições mais severas dependendo da situação. 
Entre os exemplos de agravantes de homicídios e lesões culposos, segundo os 
Art. 302 e 304 do CTB, estão:
– 99 –
Infrações, penalidades e crimes de trânsito
 2 Quando o motorista não possui Permissão para Dirigir ou Carteira 
de Habilitação, ou se possuir em categoria diferente do veículo que 
estiver conduzindo;
 2 Quando o veículo utilizado estiver sem placas, ou com placas falsas 
ou adulteradas;
 2 Quando o veículo tiver equipamentos ou características adultera-
dos, que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento;
 2 Quando for cometido sobre a faixa de pedestre ou na calçada – por 
serem lugares destinados a proporcionar segurança ao pedestre, dei-
xam claro o desrespeito do motorista sobre as pessoas;
 2 Quando houver omissão de socorro por parte do motorista após 
acidente causado por ele.
 2 Para o CTB, não é considerada omissão de socorro quando o 
condutor poderia ter se colocado em risco para salvar a vítima 
(por exemplo, em um carro em chamas) ou quando a vítima é 
socorrida de imediato por terceiros.
 2 Se o condutor não teve culpa do acidente, mas ainda assim 
não prestar ajuda, ele pode ser enquadrado no crime de omis-
são de socorro previsto no Código Penal;
 2 Quando o crime é cometido por motorista profissional exercendo 
atividade de transporte de passageiros, visto que é um tipo de pro-
fissão que exige cuidado redobrado por parte de quem a exerce;
Outros pontos relevantes do capítulo sobre crimes de trânsito tratam 
da influência do álcool e outros comportamentos considerados inadequa-
dos e imprudentes.
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com 
concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 
(seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: (redação dada pela Lei No 
11.705/2008).
Penas – detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão 
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir 
veículo automotor.
– 100 –
Legislação de Trânsito II
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com funda-
mento neste Código:
Penas – detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposi-
ção adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de 
entregar, no prazo estabelecido no § 1o do art. 293, a Permissão para 
Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, 
de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada 
pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à inco-
lumidade pública ou privada:
Penas – detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida 
Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito 
de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Conclusão
– 102 –
Legislação de Trânsito II
Duas coisas são muito evidentes no Brasil: brasileiro adora carro e o 
trânsito nas grandes cidades está cada vez mais caótico. O carro é um espaço 
privado circulando em ambiente público, uma extensão da sua casa e da sua 
personalidade (algumas pessoas até dão nomes aos seus carros!). Como sím-
bolo de status e poder, o carro individual ganha ares de superioridade – outros 
veículos são “inimigos”, conduzidos por pessoas que estão “atrapalhando” o 
meu direito de ir e vir como eu quiser.
Esse “jeitinho brasileiro” de se achar o dono da rua, dispondo do espaço 
público como se fosse somente seu -- tão bem explicado pelo antropólogo 
Roberto DaMatta -- é um fenômeno sociocultural que ocorre a despeito do 
conjunto de leis e regras que procuram organizar o trânsito no país. 
No entanto, conhecer as características das vias públicas e as convenções 
da sinalização, respeitando regras de circulação e comportamento, é o que 
confere a uma pessoa o status de cidadão, capaz de conviver de maneira edu-
cada e consciente com outras pessoas. E não só porque existem penalidades 
no caso de descumprir a lei – o ideal é que cada um internalize o que é certo 
e o que é errado, agindo dentro da lei mesmo que não haja ninguém olhando 
ou multando.
Ao concluir esta disciplina de Legislação de Trânsito II, do curso de 
Gestão de Trânsito, você teve uma visão abrangente e completa de toda a 
regulamentação do Sistema Nacional de Trânsito e certamente amadureceu 
sua visão sobre a importância do cumprimento das leis.

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