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IBACBRASIL
CURSO DE RECICLAGEM 
PARA CONDUTORES
INFRATORES
APOSTILAAPOSTILA
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores – 2018. Todos os direitos 
reservados. IbacBrasil – Instituto Base de Conteúdos e Tecnologias Educacionais 
Ltda. CNPJ: 05974557000147. 
 Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
 (Mônica Catani M. de Souza , CRB-9/807, PR, Brasil) 
C977 Curso de reciclagem para condutores infratores / Instituto 
Instituto Base de Conteúdos e Tecnologias 
Educacionais.  Curitiba : IbacBrasil, 2018. 
ISBN 978-85-62933-04-2
1. Educação no trânsito. I. Instituto Base de
Conteúdos e Tecnologias Educacionais. 
 CDU 376 
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores 
Sumário 
 
Núcleo Temático 1 - Atualização em legislação de trânsito ...................................................... 09 
Unidade de Estudo 1 - O Sistema Nacional de Trânsito – atribuições dos órgãos 
normativos, executivos e rodoviários de trânsito ........................................................... 09 
Objetivo ............................................................................................................................... 09 
Introdução – necessidade de regras para o trânsito .......................................................... 09 
Elementos do trânsito ......................................................................................................... 12 
Sistema Nacional de Trânsito (SNT) ................................................................................... 13 
 
Unidade de Estudo 2 - Penalidades e crimes de trânsito...................................................... 23 
Objetivo ............................................................................................................................... 23 
Infrações .............................................................................................................................. 23 
Penalidades ........................................................................................................................ 24 
Medidas administrativas ..................................................................................................... 28 
 
Unidade de Estudo 3 - Direitos, deveres e responsabilidades do cidadão condutor de 
veículos em relação ao trânsito ...................................................................................... 49 
Objetivo ............................................................................................................................... 49 
O que é cidadania? .............................................................................................................. 49 
Educação para o trânsito .................................................................................................... 50 
A educação infantil para o trânsito .................................................................................... 51 
Comportamento do condutor ............................................................................................. 89 
Imprudência, imperícia e negligência ................................................................................ 53 
Pedestres e condutores de veículos não motorizados ....................................................... 56 
 
Unidade de Estudo 4 - Segurança e atitudes do condutor, passageiros, pedestres e demais 
atores no processo de circulação .................................................................................... 62 
Objetivo ............................................................................................................................... 62 
Segurança no trânsito ......................................................................................................... 62 
Comportamento seguro ou inseguro no trânsito ............................................................... 64 
 
Unidade de Estudo 5 - Formação do condutor, exigências para as categorias de habilitação, 
documentos do condutor e do veículo: apresentação e validade ..................................... 69 
Objetivo ............................................................................................................................... 69 
Habilitação para dirigir ........................................................................................................ 70 
Categorias de habilitação ................................................................................................... 70 
Requisitos obrigatórios para alteração de categorias C,D e E ............................................ 72 
Exames para obtenção da CNH ........................................................................................... 75 
Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) ....................................................... 78 
Direção veicular .................................................................................................................. 79 
Permissão para dirigir ........................................................................................................ 81 
Renovação da CNH e exame psicológico ............................................................................ 81 
Documentação obrigatória do condutor ........................................................................... 82 
Documentação do veículo ................................................................................................... 83 
 
Unidade de Estudo 6 - Normas gerais de circulação e conduta ......................................... 88 
Objetivo ............................................................................................................................... 88 
Trânsito .............................................................................................................................. 88 
Classificação das vias .......................................................................................................... 90 
Normas Gerais de Circulação e Conduta ............................................................................ 95 
Regras para conversões ................................................................................................... 100 
Utilização das luzes do veículo em vias públicas .............................................................. 101 
Outras regras de segurança .............................................................................................. 102 
Condução de veículos por motoristas profissionais ......................................................... 103 
Infrações e penalidades referentes ao estacionamento, parada, circulação, documentação 
do condutor e do veículo .................................................................................................. 105 
 
Unidade de Estudo 7 - Sinalizações de trânsito .............................................................. 110 
Objetivo ............................................................................................................................. 110 
Sinalização de trânsito ...................................................................................................... 110 
Sinalização vertical ............................................................................................................ 111 
Sinalização especial de advertência e indicação ............................................................... 115 
Sinalização horizontal........................................................................................................ 117 
Características da sinalização horizontal .......................................................................... 117 
Dispositivos de sinalização auxiliar ................................................................................... 124 
Gestos dos condutores .....................................................................................................a 2 anos. 
Condutores das 
categorias C, D e E 
deverão realizar 
exame toxicológico 
para a obtenção ou 
renovação da CNH, 
além disso, serão 
submetidos a novo 
exame a cada 2 (dois) 
anos e 6 (seis) meses, 
a partir da obtenção ou 
renovação da CNH. 
Em caso de resultado 
positivo no exame 
ocorre a suspensão do 
direito de dirigir por 3 
(três) meses, 
condicionado o 
levantamento da 
suspensão à inclusão, 
no Renach, de 
resultado negativo em 
novo exame. Caso 
também ultrapassem o 
período de 2 anos e 6 
meses sem realizar 
esse exame, poderão 
ter a CNH suspensa 
por 3 (três) meses 
(art.165-A CTB). A 
imposição da 
penalidade de 
suspensão do direito 
de dirigir elimina a 
quantidade de pontos 
computados, para fins 
de contagem 
subsequente. (art. 261, 
parágrafo 3º, alterado 
pela Lei n. 
14.071/2020). 
De 2 a 7 meses para 
multas agravadas. 
De 2 a 8 meses, exceto 
para as infrações com 
prazo descrito no 
dispositivo infracional e, 
em caso de reincidência 
no período de 12 meses, 
passará de 8 a 18 meses. 
De 4 a 12 meses para 
multas agravadas por 5 
vezes o valor da 
gravíssima. 
De 12 a 24 meses para 
multas agravadas por 10 
vezes o valor da 
gravíssima. 
37
Infração 
Antes da nova lei Depois da Lei n. 
13.281/2016 
Depois da Lei n. 
14.071/20 
Dirigir utilizando telefone 
celular (mesmo que 
somente manuseando) – 
Média – 4 pontos – R$ 
85,13. 
Dirigir utilizando telefone 
celular (mesmo que 
somente manuseando ou 
segurando) – Gravíssima 
– 7 pontos – R$ 293,47. 
Constitui infração de 
trânsito a 
inobservância de 
qualquer preceito 
deste Código ou da 
legislação 
complementar, e o 
infrator se sujeita às 
penalidades e às 
medidas 
administrativas 
indicadas no CTB. 
 
 
Conduzir veículo sem os 
documentos de porte 
obrigatório referidos no 
CTB (CRLV) – Sempre 
obrigatório – Leve – 3 
pontos – R$ 53,20. 
O porte será dispensado 
quando, no momento da 
fiscalização, for possível 
ter acesso ao devido 
sistema informatizado 
para verificar se o veículo 
está licenciado. Caso não 
seja possível, continuará 
sendo uma multa leve. 
Usar o veículo para, 
deliberadamente, 
interromper a circulação 
da via sem autorização 
do órgão – Gravíssima 
20X – 7 pontos – R$ 
3.830,80 
Gravíssima 60X – R$ 
17.608,20 – em caso de 
reincidência no período de 
12 meses aplica-se o 
dobro. 
Parar o veículo sobre 
ciclovia ou ciclofaixa – 
Infração grave. 
Penalidade: multa. 
(Art. 182. XI) 
 
Velocidade nas vias 
Antes da nova lei Depois da Lei n. 
13.281/2016 
Depois da Lei n. 
14.071/20 
110 km/h para 
automóveis, camionetas 
e motocicletas. 
Pista dupla: 110km/h – 
Pista simples: 100 km/h 
Velocidade superior à 
máxima em mais de 
50% – Gravíssima – 
Multa 3X, suspensão 
imediata do direito de 
dirigir e apreensão do 
documento de 
habilitação. (art. 218) 
90 km/h para ônibus e 
micro-ônibus. 
Pista dupla ou simples: 
90km/h 
80 km/h para os demais 
veículos. 
60 km/h nas estradas. Permanece 60 km/h 
 
 
Pontuação 
 
O condutor acrescenta pontos à CNH a cada infração cometida. A Lei n. 
14.071/2020 apresentou mudanças na forma de contagem dos pontos para a 
aplicação da penalidade da suspensão do direito de dirigir. Assim, haverá a 
suspensão sempre que o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a 
seguinte contagem de pontos: 
38
 
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais 
infrações gravíssimas na pontuação; 
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração 
gravíssima na pontuação; 
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma 
infração gravíssima na pontuação 
Brasil, 2020. 
 
Atenção: para condutores que exercem atividade remunerada com o 
veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta quando o 
infrator atingir o limite de 40 (quarenta) pontos, independentemente da 
natureza das infrações cometidas. Será facultado a ele participar de curso 
preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12 (doze) meses, atingir 
30 (trinta) pontos. 
 
É importante lembrar que, para qualquer condutor, a imposição da penalidade 
de suspensão do direito de dirigir elimina a quantidade de pontos computados. 
 
Ao atingir o limite de pontos indicados, em um período de 12 meses, o 
condutor terá o direito de dirigir suspenso por um prazo mínimo de seis 
meses a um ano. No caso de reincidência no período de 12 meses, de 8 meses 
a 2 anos. 
 
A quantidade de pontos que será anotada no cadastro do documento de 
habilitação do infrator dependerá da classificação da infração, conforme 
apresentado no Quadro 2. 
 
Em caso de dúvida sobre algum dos itens citados anteriormente, procure o 
Detran do seu estado e faça a conferência. 
 
Ao cometer uma infração, a CNH fica pontuada por um período de 12 meses. 
Por exemplo: se a infração acontecer em dezembro de 2021, sua CNH ficará 
pontuada até dezembro de 2022, ou em caso de suspensão, quando seus 
pontos serão eliminados. 
39
 
Se o condutor do momento da infração não for identificado, o proprietário do 
veículo terá 15 dias de prazo após a notificação da autuação para indicar o real 
infrator; caso não o faça, será considerado responsável pela infração. 
 
Em 2017 houve uma mudança no CTB no que diz respeito à apresentação 
do condutor. Acompanhe: 
 
Segundo o parágrafo 10° da Lei n. 13.495/17, sancionada pelo Presidente da 
República, a indicação do condutor de forma antecipada já é possível (BRASIL, 
2017a). 
 
Vamos ver o que destaca a regulamentação? 
O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de 
trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após 
aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo 
próprio do cadastro do veículo no Renavam. 
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam: 
I. quando houver transferência de propriedade do veículo; 
II. mediante requerimento próprio ou do proprietário do 
veículo; 
III. a partir da indicação de outro principal condutor. 
Brasil, 2017. 
 
Com essa regulamentação, as empresas e as pessoas físicas poderão 
antecipar as informações evitando punições por infrações que não cometeram! 
Procure o DETRAN do seu estado para fazer o cadastro. 
 
Mas atenção: quando não for imediata a identificação do infrator, o principal 
condutor ou o proprietário do veículo terão o prazo de 30 (trinta) dias, contados 
a partir da notificação da autuação, para se apresentar ao órgão executivo de 
trânsito. 
 
40
Se, transcorrido o prazo, ninguém for indicado, será considerado responsável 
pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário do 
veículo. 
 
Suspensão do direito de dirigir 
 
A suspensão da habilitação é uma penalidade que deixará o condutor sem 
dirigir por um tempo determinado, conforme seu prontuário ou infração. A 
suspensão de habilitação poderá ocorrer por somatória de 20 a 40 
pontos num período de 12 meses ou por infração de suspensão direta. 
São exemplos de infração de suspensão direta, segundo o CTB (BRASIL, 
1997): 
• Dirigir alcoolizado (art. 165); 
• Conduzir veículo sem realizar o exame toxicológico após 30 (trinta) dias 
do vencimento do prazo estabelecido para a renovação da CNH, para 
condutores das categorias C, D ou E (Art. 165-B). 
• Efetuar manobra perigosa (art. 175); 
• Pilotar moto sem capacete ou vestuário aprovado (O colete de 
segurança, com dispositivos retrorrefletivos, obrigatório para o condutor 
de veículo destinado ao transporte remunerado de cargas ou de 
pessoas (artigo 5º, inciso IV, da Resolução Contran n° 356/10).) pelo 
Contran (art. 244, I); 
• Transportar, na moto, passageiro sem o capacete de segurança (art. 
244, II); 
• Conduzir a moto fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em 
uma roda (art. 244, III); 
• Transportar, na moto, criança menor de dez anos (art. 244, V); 
• Transpor bloqueio policial (art. 210); 
• Dirigir ameaçando pedestres (art. 170); 
• Dirigir em velocidade superior a mais de 50% do limite permitido (art. 
218, III); 
• Disputarcorrida por espírito de emulação (art. 173); 
41
• Participar de competição esportiva em via pública sem permissão da 
respectiva autoridade de trânsito (art. 174); 
• Omitir-se de socorrer vítima (art. 176); 
• Forçar passagem entre veículos transitando em sentidos opostos (art. 
191). 
 
Figura 2 – Suspensão do direito de dirigir 
Você sabia que seu veículo poderá ser apreendido em caso de irregularidade 
de trânsito? Vejamos a seguir: 
 
De acordo com o CTB (BRASIL, 1997), o recolhimento do veículo pelas 
autoridades de trânsito acontecerá sempre que o condutor: 
• Disputar corrida em via pública e/ou participar de competição esportiva 
sem autorização; 
• Demonstrar ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem 
ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus; 
• Usar de modo incorreto o alarme do carro, gerando barulhos 
desnecessários e que incomodam as demais pessoas; 
• Ultrapassar o bloqueio da via policial sem autorização; 
42
• Falsificar ou violar o lacre da placa ou a própria placa; 
• Transportar passageiros em compartimento de carga, salvo exceções 
autorizadas pela autoridade competente e na forma estabelecida pelo 
Contran; 
• Dirigir veículo com dispositivo antirradar; 
• Transportar escolares sem portar autorização para esses veículos; 
• Dirigir sem autorização especial para transitar com dimensões 
excedentes; 
• Falsificar ou adulterar a CNH ou o CRLV; 
• Recusar-se a entregar para a autoridade os documentos solicitados; 
• Retirar o veículo retido para fiscalização; 
• Bloquear a via com o veículo; 
• Dirigir sem uma das placas de identificação do veículo (traseira ou 
dianteira); 
• Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor rebocando outro veículo ou 
sem segurar o guidom com ambas as mãos (salvo eventualmente para 
indicação de manobras); 
• Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor sem usar capacete de 
segurança ou vestuário de acordo com as normas e as especificações 
aprovadas pelo Contran ou transportando criança menor de 10 (dez) 
anos de idade ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de 
cuidar da própria segurança; 
• Transportar carga incompatível com suas especificações ou em 
desacordo com o previsto no parágrafo 2.º do art. 139-A do CTB; 
• Efetuar transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o 
previsto no art. 139-A do CTB ou com as normas que regem a atividade 
profissional dos mototaxistas. 
 
Crimes de trânsito 
 
O condutor que praticar homicídio culposo ou lesões corporais 
culposas na condução de um veículo estará cometendo um crime de 
trânsito. A pena prevista vai de suspensão da CNH à detenção do condutor. 
 
43
Quando você é o responsável por um acidente de trânsito com vítima, deve 
prestar atendimento, chamando por socorro. Caso abandone o local, estará 
cometendo o crime de omissão de socorro. Se a vítima falecer, mesmo que o 
socorro tenha sido prestado, você poderá ser responsabilizado por um crime de 
trânsito. Ainda que o condutor não tivesse a intenção, o art. 304 do CTB prevê 
punição para essa situação. 
 
Algumas infrações são caracterizadas como crimes de trânsito e são 
submetidas às Normas Gerais do Código Penal e ao Código de Processo 
Penal. 
 
Para os crimes dolosos, as penalidades são mais severas: 
• Suspensão da CNH; 
• Por um prazo entre 2 meses e 5 anos, é proibido ao condutor obter uma 
nova habilitação; 
• Ao ser punido, o condutor pode, além de pagar as multas, reparar os 
danos causados ao patrimônio público ou a terceiros; 
• Para determinados crimes, as penas podem variar de 6 meses a 5 anos. 
 
A partir de janeiro de 2019, passou a vigorar uma alteração no Código de 
Trânsito Brasileiro, com a inclusão do art. 278-A, que corresponde à Lei n. 
13.80410, de 10 de janeiro de 2019. Esta Lei prevê medidas de repressão 
ao contrabando, ao descaminho, ao furto, ao roubo e à receptação 
(BRASIL, 2019). O motorista infrator envolvido nesse delito terá punição 
do direito de dirigir. Mas essa ação é entendida como um crime. Se 
condenado em juízo perante o Código Penal quanto aos crimes ali 
previstos (arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940, Código Penal) (BRASIL, 1940), o motorista terá sua carteira de 
habilitação cassada, ficando 5 anos sem dirigir e somente 
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames 
necessários, na forma prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro. 
 
10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2019/Lei/L13804.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20medidas%20de%20preven%C3%A7%
C3%A3o,20%20de%20agosto%20de%201977. 
44
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13804.htm#:%7E:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20medidas%20de%20preven%C3%A7%C3%A3o,20%20de%20agosto%20de%201977
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13804.htm#:%7E:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20medidas%20de%20preven%C3%A7%C3%A3o,20%20de%20agosto%20de%201977
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13804.htm#:%7E:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20medidas%20de%20preven%C3%A7%C3%A3o,20%20de%20agosto%20de%201977
Em caso de violação, o infrator pode ser preso por um período de 6 meses a 1 
ano. 
 
Para saber mais sobre os crimes e as consequências para o condutor, leia os 
arts. 291 a 309 do CTB11 (BRASIL, 1997). 
 
Importante: Conheça os crimes de trânsito e as respectivas penalidades12! 
 
Processos administrativos 
 
Em seu capítulo XVIII, o CTB (BRASIL, 1997) apresenta o processo 
administrativo dividido em duas seções: 
• Seção I: Da Autuação. 
• Seção II: Do Julgamento das Autuações e Penalidades. 
 
No art. 280 do CTB (BRASIL, 1997), no que diz respeito à autuação, o 
processo administrativo prevê que, em situações de infração prevista na 
legislação, será lavrado auto de infração, no qual deverá constar: 
1. Tipificação da infração; 
2. Local, data e hora do cometimento da infração; 
3. Caracteres da placa de identificação do veículo, sua 
marca e espécie, e outros elementos julgados 
necessários à identificação; 
4. Prontuário do condutor, sempre que possível; 
5. Identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou 
agente autuador ou equipamento que comprova a 
infração; 
6. Assinatura do infrator, sempre que possível, valendo 
essa como notificação do cometimento da infração. 
 Brasil, 1997. 
 
11 http://www.planalto.gov..br/ccivil_03/lei/l9503.htm 
12 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2192/assets/img/Crimes_e_penalidades.pdf 
45
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
http://www.planalto.gov..br/ccivil_03/lei/l9503.htm
 
A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente 
de trânsito por meio de aparelho eletrônico ou equipamento audiovisual, 
reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, 
previamente regulamentado pelo Contran. 
 
Quando possível, o infrator deverá ser notificado imediatamente sobre a 
infração cometida. Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de 
trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os 
dados a respeito do veículo e qual foi a infração. 
 
Assim, para toda autuação, será aberto um procedimento administrativo, 
para que, ao final, sejam determinadas as penalidades de acordo com o ato 
infracional. 
 
Nas situações em que o infrator não concorda com a autuação, poderá 
interpor recursos, os quais vão da análise do procedimento da autuação 
(recursos administrativos) até a última instância, que seria a interposição de 
recurso ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), ou, ainda, ao Contran, 
dependendo do caso. 
 
Chegamos ao final de mais uma Unidade de Estudos. Esperamos 
que as informações repassadas até aqui tenham sido válidas, e 
que vocêtenha percebido a importância da realização deste curso, 
que traz conhecimentos úteis que, com certeza, serão utilizados em seu dia a 
dia como condutor. Vamos em frente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
46
Referências 
 
BRASIL. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. 
Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Rio de Janeiro, DF, 31 dez. 1940. 
_____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: . 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 12.760, de 20 de dezembro de 2012. Altera a Lei n. 9.503, de 23 
de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 21 dez. 2012. Disponível em: 
. 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 12.971, de 9 de maio de 2014. Altera os arts. 173, 174, 175, 191, 
202, 203, 292, 302, 303, 306 e 308 da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre sanções 
administrativas e crimes de trânsito. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, DF, 12 maio 2014. Disponível em: 
. 
Acesso em: 7 out. 2016. 
_____. Lei n. 13.281, de 4 de maio de 2016. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e a Lei n. 13.146, de 6 de 
julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 maio 
2016. Disponível em: . Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 13.290, de 23 de maio de 2016. Torna obrigatório o uso, nas 
rodovias, de farol baixo aceso durante o dia e dá outras providências. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 maio 2016a. Disponível 
em: . 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 13.495, de 24 de outubro de 2017. Altera dispositivos da Lei nº 
9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para 
47
possibilitar ao proprietário cadastrar o principal condutor do veículo automotor 
no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), para fins de 
responsabilidade. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 25 
out. 2017a. Disponível em: . Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 13.546, de 19 de dezembro de 2017. Altera dispositivos da Lei n. 
9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor 
sobre crimes cometidos na direção de veículos automotores. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 dez. 2017b. Disponível em: 
. Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 13.804, de 10 de janeiro de 2019. Dispõe sobre medidas de 
prevenção e repressão ao contrabando, ao descaminho, ao furto, ao roubo e à 
receptação; altera as Leis n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de 
Trânsito Brasileiro), e 6.437, de 20 de agosto de 1977. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 11 jan. 2019. Disponível em: 
. 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 
out. 2020. Disponível em: . Acesso em: 6 mar. 2021. 
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 624, de 19 
de outubro de 2016. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 
21 out. 2016b. Disponível em: . 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
 
 
48
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 3: Direitos, deveres e responsabilidades do cidadão 
condutor de veículos em relação ao trânsito 
 
Objetivo: Entender os direitos, os deveres e a importância da educação para o 
trânsito. 
 
Tópicos desta Unidade 
• O que é cidadania 
• Educação para o trânsito 
• A educação infantil para o trânsito 
• Comportamento do condutor 
• Imprudência, imperícia e negligência 
• Pedestres e condutores de veículos não motorizados 
 
Olá! Para começar, devemos ter sempre em mente que falar sobre 
o trânsito implica dialogar sobre uma relação cidadã entre pessoas 
que partilham espaços e vias em comum. Nessa relação, todos têm 
direitos, deveres e responsabilidades como condutores ou pedestres e o que 
permite que tudo transcorra bem é a educação para o trânsito que cada um 
recebe, desde a infância, para que o direito de ir e vir possa ser plenamente 
assegurado a todos. 
 
Vamos relembrar alguns tópicos sobre educação, direitos e deveres no 
trânsito? Acompanhe! 
 
Para conversarmos sobre educação para o trânsito, é preciso entender o nosso 
papel de cidadãos. Vamos lá! 
 
O que é cidadania 
 
É a relação de direitos e deveres que o indivíduo vai adquirir em uma 
determinada sociedade. 
49
 
Mas que direitos são esses? 
 
• O direito civil refere-se, por exemplo, ao seu direito de ir e vir, de 
escolher uma religião, entre outros; 
• Já o direito político refere-se ao seu direito de voto livre, de escolha de 
seus governantes e de envolvimento em ações políticas do país; 
• O direito social refere-se a ações coletivas de benefícios para toda a 
comunidade, ou seja, toda a ação que beneficia a sociedade como um 
todo, sem distinção de raça, posição social ou cultural. Podemos citar 
como exemplo a mobilidade urbana e suas condições de uso com ações 
positivas e regras para circular. 
 
 
E os deveres? 
 
 
Os deveres estão relacionados aos princípios éticos e morais do ser humano, 
ou seja, são obrigações relacionadas ao conjunto de regras aceitas para viver 
em sociedade. Respeitar os direitos das outras pessoas, cumprir as leis, 
preservar o meio ambiente, proteger o patrimônio público são deveres de um 
cidadão e isso compreende a necessidade do cumprimento de regras. 
 
Educação para o trânsito 
 
No processo de educação para o trânsito, objetiva-se apresentar as regras 
básicas do trânsito aos pedestres e aos condutores. É fundamental conhecer 
e respeitar os direitos e os deveres, pois isso pode garantir a segurança de 
todos. 
 
A legislação de trânsito apresenta os direitos e deveres que organizam o 
sistema desse âmbito. Mas não basta conhecer as leis, é preciso ter atitudes 
de respeito em relação aos demais condutores e usuários das vias. 
50
Motoristas, ciclistas, condutores de todos os veículos e também os pedestres 
devem reconhecer seu papel social no trânsito e saber que segurança e 
respeito precisam estar em harmonia para garantir a qualidade de vida de 
todos e uma cultura de paz e segurança no trânsito. 
 
 
Figura 1 – Colabore para a boa convivência no trânsito. 
 
A educação infantil para o trânsito 
 
A criança é um ser curioso e atento ao ambiente que frequenta e, quando 
recebe a orientação correta de como agir, passa a perceber rapidamente os 
erros. Portanto, trabalhar educação de trânsito com crianças, além de ser 
fundamental, pode se tornar interessante, pois elas são ágeis para assimilar as 
informações e se envolvem com o assunto. Uma criança estimulada em sua 
educação social será um adulto mais consciente.A Educação Infantil para o trânsito pode ser uma maneira eficaz para 
conscientização dos cidadãos com relação aos seus direitos e deveres no 
trânsito. Ao tomarem conhecimento de algumas regras, as crianças têm o 
poder de influenciar os adultos na tomada de decisões no trânsito e evitar 
riscos desnecessários. 
 
51
A Lei n. 14.071/2020 determinou, inclusive, que os órgãos ou entidades 
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão criar, 
implantar e manter escolas públicas de trânsito, destinadas à educação de 
crianças e adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, 
sinalização e comportamento no trânsito (art. 22, XVII, CTB) (BRASIL, 2020). 
 
Observe, a seguir, atitudes de pedestres e condutores que podem causar 
acidentes de trânsito e o que é preciso fazer para evitar e prevenir esse tipo de 
situação. 
 
Acidentes de trânsito: pedestres e condutores 
 
Tenha sempre em mente que conduzir um veículo é muito mais do que apenas 
dirigi-lo. É preciso considerar todos os aspectos envolvidos nesse contexto. 
O bom convívio social e o respeito são atitudes importantes para condutores 
e pedestres. 
 
Programas e campanhas para a segurança no trânsito surgem com frequência. 
Mas, ainda assim, é grande o número de acidentes de trânsito causados tanto 
por pedestres como por condutores. 
 
O Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 1997) classifica como vítima de 
acidente de trânsito quem necessita de atendimento médico no local do 
acidente, contudo, ainda que não seja necessário acionar o socorro médico, 
devem-se considerar os reflexos que os acidentes causam, pois geram 
prejuízos sociais e financeiros, tanto para o cidadão envolvido quanto para a 
sociedade em geral, e qualquer pessoa pode ser vítima desses infortúnios. 
 
Aposentadorias e mortes precoces, leitos de hospital ocupados por 
acidentados de trânsito e indenizações são alguns dos efeitos negativos que 
um acidente pode causar, portanto devemos nos comprometer com as regras 
para evitar sofrimentos e preservar a vida. 
 
52
Quantas vezes você já presenciou um pedestre correndo para atravessar a rua, 
fora da faixa e com veículos em movimento na via? Isso acontece com muita 
frequência. A pressa diária no trânsito acaba fazendo com que as pessoas 
coloquem a própria vida e a de outras pessoas em risco. 
 
Comportamento do condutor 
 
Acidentes também são provocados por imprudência e mau comportamento do 
condutor. 
 
 
Vamos relembrar algumas dessas atitudes? 
 
• Falta de atenção ao cruzar uma via; 
• Dar marcha à ré inadequadamente; 
• Desrespeito e desatenção à sinalização de trânsito; 
 
A maioria dos acidentes é provocada por falta de atenção e desrespeito 
às normas. Segundo o CTB, “o condutor deve sempre estar bem disposto, 
equilibrado e sóbrio” (BRASIL, 1997) para que possa ter completo domínio 
de suas ações e não se envolver em situações de risco. 
 
Para obter a CNH, o futuro condutor precisa atender a alguns requisitos 
descritos no Código de Trânsito Brasileiro – CTB (BRASIL, 1997), tais como: 
• Ser penalmente imputável (Aquele que pode responder legalmente por 
seus atos; maior de 18 anos); 
• Saber ler e escrever; 
• Possuir CPF (Cadastro de Pessoa Física); 
• Possuir documento de identidade ou equivalente; 
• Estar apto física, mental e psicologicamente (aprovação na avaliação 
psicológica, e no exame de aptidão física e mental); 
• Participar dos cursos teórico e prático para direção veicular; 
• Ter sido aprovado no exame técnico-teórico e de direção veicular. 
53
 
 
Como condutor, você tem o dever de: 
• Saber sobre a legislação de trânsito e sua aplicabilidade; 
• Obedecer e zelar pelo cumprimento da legislação de trânsito; 
• Ter noções de mecânica; 
• Ter conhecimento sobre direção defensiva; 
• Ter controle sobre seu estado emocional (para saber lidar com todas as 
situações no trânsito) e controle técnico do veículo; 
• Promover um trânsito seguro e confiável. 
 
Atualmente, percebe-se um grande número de pedestres que circulam 
utilizando o telefone celular pelas vias, digitando ou falando, e não percebem a 
aproximação dos veículos, colocando a própria vida em risco e podendo causar 
acidentes no trânsito. Assim, é fundamental que o motorista também esteja 
atento a possíveis atitudes dos pedestres. 
 
No trânsito, fique sempre atento ao que está acontecendo à sua volta. 
 
Observe, a seguir, alguns exemplos de atitudes que podem causar acidentes. 
• O pedestre pode surgir de repente pelas laterais da via; 
• O pedestre pode sair de trás de veículos; 
• O pedestre pode não conhecer as regras de circulação em vias públicas 
e, por consequência, não reconhecer os seus respectivos deveres. 
 
Quando você é surpreendido por uma situação imprevista, mas a sua atenção 
está totalmente voltada para a atividade que está desenvolvendo, aumentam 
as chances de tomar uma decisão assertiva. Essa decisão pode ser 
determinante para evitar um acidente. 
 
Imprudência, imperícia e negligência 
 
O condutor que se arrisca de forma desnecessária acredita que tem o domínio 
do carro e do ambiente, não crê na real possibilidade da ocorrência de um 
54
acidente e acaba por desqualificar e negligenciar o outro. Há algumas 
características de condutores que aumentam o risco de acidentes no trânsito, 
por isso é importante ficar atento às regras para poder identificar esse 
comportamento em outros condutores. 
 
São três aspectos negativos que você, como condutor, deve evitar para 
minimizar as chances de se envolver em acidentes ou acabar contribuindo para 
o mau funcionamento do trânsito. Vamos descobrir o que significam? 
 
Negligência 
 
Falta de cuidado, de aplicação, de exatidão, de interesse e de atenção, em 
que há descuido, displicência, desatenção, desleixo, desmazelo ou 
preguiça. O condutor negligente, por exemplo, não tem equipamentos 
obrigatórios no veículo, ou não realiza a correta manutenção desses 
equipamentos, não conduz o veículo respeitando a direção defensiva e não 
tem posse dos documentos do veículo. 
 
Imperícia 
 
Refere-se ao condutor que não tem perícia, não tem competência nem 
habilidade, não tem experiência e não está apto para dirigir. É a falta de 
qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos 
básicos sobre o veículo. Vale lembrar que todo motorista foi aprovado em 
seu exame de direção pela competência teórica e técnica, mas nem todos 
executam com precisão, por isso é importante praticarmos as técnicas para 
ficarmos cada vez mais hábeis. 
 
Imprudência 
 
Refere-se ao condutor que não tem prudência nem cautela. Por exemplo: 
dirigir alcoolizado; conduzir o veículo de forma inadequada; realizar uma 
ultrapassagem não permitida; utilizar equipamentos de segurança do veículo 
55
 
sem condições adequadas de uso; dirigir em velocidade inadequada; 
desrespeitar a sinalização e o pedestre. 
 
Vamos ver quais são as recomendações do CTB para pedestres e condutores 
de veículos não motorizados? Acompanhe! 
 
Pedestres e condutores de veículos não motorizados 
 
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece regras para os elementos do 
trânsito, inclusive para ciclistas, pedestres e veículos de tração animal 
(carroças). Vamos relembrar essas normas! 
 
 
Veículo não motorizado é todo meio de transporte conduzido pela força 
humana (bicicleta) ou por tração animal (carroça). 
 
 
 
 
Figura 2 – Ciclistas conduzindo conforme regras de trânsito 
 
56
Existem normas e leis que orientam pedestres e condutores de veículos não 
motorizados. O CTB (BRASIL, 1997) prevê, nos arts. 68, 69 e 70, as seguintes 
disposições: 
• Art. 68: Garante ao pedestre a qualidade de acesso às vias de 
transição em locais de perímetro urbano e acostamentos nas vias 
rurais. É permitido à autoridade competente utilizar parte do espaço 
destinado à circulação do pedestre para outros fins, desde queessa 
adequação não seja prejudicial ao pedestre; 
• Nas áreas urbanas, quando não houver passeios, ou quando não for 
possível a utilização destes, a circulação de pedestres na pista de 
rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos 
bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela 
sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida; 
• Nas vias rurais, quando não houver acostamento, ou quando não for 
possível a utilização deste, a circulação de pedestres na pista de 
rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos 
bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao 
deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização 
e nas situações em que a segurança ficar comprometida; 
• Art. 69: Apresenta as precauções de segurança para o pedestre, 
como estar atento ao realizar uma travessia; ter visibilidade e noção da 
distância e da velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou 
passagens a ele destinadas, observadas as seguintes disposições: 
o Onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via 
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; 
o Para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou 
delimitada por marcas sobre a pista devem ser observadas as 
seguintes normas: onde houver foco de pedestres, obedecer às 
indicações das luzes e onde não houver foco de pedestres, 
aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o 
fluxo de veículos; 
o Nas interseções e nas proximidades, onde não existam faixas 
de travessia, os pedestres devem atravessar a via na 
57
continuação da calçada, observadas as seguintes normas: não 
deverão adentrar na pista sem antes se certificarem de que podem 
fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos e, uma vez iniciada a 
travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seu 
percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade. 
• Art. 70: Destaca a prioridade de passagem em vias com faixas 
delimitadas, exceto em locais com sinalização semafórica, onde 
deverão ser respeitadas as determinações do CTB. 
 
Vale ressaltar que, nos locais em que houver sinalização semafórica de 
controle de passagem, será dada preferência aos pedestres que não 
tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo, 
liberando a passagem dos veículos. 
 
Diante disso, vemos que o pedestre precisa estar sempre atento, obedecer 
à sinalização e cruzar a via pública somente na faixa própria. E quando 
não houver faixa adequada, a travessia deverá ser feita pela via perpendicular 
à calçada. 
 
Também é dever do pedestre, ao ouvir o alarme sonoro ou avistar a luz 
intermitente de veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de 
polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, aguardar 
no passeio e somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo 
local (art. 29, VII, b, CTB atualizado pela Lei n. 14.071/2020) (BRASIL, 2020). 
 
58
 
Figura 3 – Acidentes de trânsito muitas vezes são causados por pedestres 
 
Você sabia que, no Brasil, desde 1998, com a vigência do CTB, é 
obrigatória a educação para o trânsito em escolas das redes 
pública e privada, desde a Educação Básica até o Ensino Superior, 
numa perspectiva interdisciplinar? 
 
Vamos ver melhor sobre isso a seguir. 
 
O CTB dedica o Capítulo VI à educação para o trânsito. O art. 74 cita que “a 
educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário 
para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito” (BRASIL, 1997). 
 
Já no art. 76 do CTB destaca-se a recomendação para promover a educação 
para o trânsito da Educação Infantil até o Ensino Superior, “por meio de 
planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema 
Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação” (BRASIL, 1997). 
59
O CTB define, ainda, que o Ministério da Educação e do Desporto, mediante 
proposta do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e do Conselho de 
Reitores das Universidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, 
deverá promover: 
I – A adoção, em todos os níveis de ensino, de um 
currículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre 
segurança de trânsito; 
II – A adoção de conteúdos relativos à educação para o 
trânsito nas escolas de formação para o magistério e o 
treinamento de professores e multiplicadores; 
III – A criação de corpos técnicos interprofissionais para 
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao 
trânsito; 
IV – A elaboração de planos de redução de acidentes de 
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários 
de trânsito, com vistas à integração universidades-
sociedade na área de trânsito. 
 Brasil, 1997. 
 
Ainda sobre educação para o trânsito, a Lei n. 14.071/2020 determinou que os 
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal 
deverão criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito, destinadas à 
educação de crianças e adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas 
sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito. 
 
 
Perceba que o país está se adaptando e procurando aprimorar a 
formação dos indivíduos no trânsito de todos os estados. Diante 
disso, a sua conduta como portador da CNH deve ser exemplar, e 
as correções necessárias devem ser realizadas a fim de que você contribua 
para o bom fluxo e funcionamento do trânsito do qual participa. Vamos realizar 
os exercícios e dar sequência aos nossos estudos? Até a próxima Unidade! 
 
60
Referências 
 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: . 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, Brasília, 14 out. 2020. Disponível em: 
. 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
61
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
 
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito (12 horas-aula) 
Unidade de Estudos 4: Segurança e atitudes do condutor, passageiros, 
pedestres e demais atores no processo de circulação 
 
Objetivo: Entender os aspectos centrais da segurança e dos comportamentos 
dos indivíduos participantes do trânsito. 
 
Tópicos desta Unidade 
• Segurança no trânsito 
• Comportamento seguro e inseguro no trânsito 
 
Olá! De que forma você, como condutor, como passageiro ou como pedestre 
está seguro no trânsito? E de que forma, na experiência desses diferentes 
papéis, consegue oferecer segurança aos outros? Nesta unidade de estudo, 
vamos conhecer alguns aspectos importantes sobre a segurança no trânsito. 
Vamos lá? 
 
Segurança no trânsito 
 
De acordo com o Detran-PR (2018), 
 
Existem procedimentos que, quando praticados 
conscientemente, ajudam a evitar acidentes. Podemos 
chamar estes procedimentos de Método Básico da 
Prevenção de Acidentes e aplicá-los em qualquer 
atividade no dia a dia, que envolva riscos. 
 
Com base no exposto acima, podemos entender que devemos estar 
preparados em todos os momentos para atitudes que ajudem na prevenção. 
Isso vai além de conhecer os fatores que podem causar colisões e outros 
graves infortúnios. 
 
62
 
Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e 
responsabilidade são princípios básicos de qualquer 
método de prevenção de acidentes. 
Detran-PR, 2018. 
 
Para compreendermos os princípios básicos da prevençãode acidentes e 
aplicá-los, vamos rever a definição de trânsito. 
 
De acordo com o art. 1º, parágrafo 1º do CTB (Lei n. 9.503/1997) considera-se 
trânsito 
“a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, 
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de 
circulação, parada, estacionamento e operação de carga 
ou descarga.” 
 Brasil, 1997. 
 
Dessa forma, trânsito é a utilização do espaço aberto à circulação, ou seja, a 
movimentação e a imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias 
terrestres. 
 
Mas como tornar essa movimentação e imobilização segura para 
todos? 
 
A maior parte dos acidentes é causada por falha humana. Apesar da 
responsabilidade no trânsito ser um dever de todos, a parcela maior de 
atenção e cuidado cabe aos condutores. 
 
As leis, a engenharia, o esforço legal, a sinalização, a educação e as 
campanhas por um trânsito mais consciente de nada adiantam se não houver a 
colaboração dos cidadãos dentro desse sistema integrado de ações que visam 
a um comportamento ético no trânsito. 
 
É importante que todos conheçam e apliquem as regras de circulação e 
de conduta para uma movimentação segura nas vias públicas. 
63
 
 
Comportamento seguro e inseguro no trânsito 
 
Um comportamento seguro e adequado no trânsito depende de bons 
estímulos, reforços positivos, informações e orientações. Além da formação 
específica que o condutor recebe para ser habilitado, o comportamento seguro 
e adequado também resulta da observação e repetição ou imitação do 
comportamento de outros condutores. Por isso, ao trafegar pelas vias, é 
fundamental estar atento. 
 
Contudo, o comportamento de uma pessoa pode mudar de acordo com as 
condições apresentadas no dia a dia. 
 
A falta de segurança, o nervosismo e a pressa geram, muitas vezes, 
comportamentos agressivos que fazem com que o condutor utilize com 
violência o veículo no trânsito. 
 
O comportamento inseguro no trânsito pode ser gerado também, por 
exemplo, pelo consumo de bebidas alcoólicas ou pelo uso de outras 
substâncias que prejudiquem a capacidade de julgamento, antes de assumir o 
controle de um veículo ou de caminhar próximo a uma via movimentada. 
Condutores, passageiros, pedestres devem resguardar-se mutuamente de 
comportamentos inseguros, afinal todos os usuários do trânsito são 
responsáveis por comportamentos adequados que geram a segurança no 
trânsito. 
 
As emoções são responsáveis por reações e comportamentos, 
estão presentes em pensamentos, hábitos, avaliações e julgamentos, e 
como consequência influenciam escolhas e decisões a cada instante da vida. 
 
O respeito é um princípio fundamental para a boa convivência entre as 
pessoas, e no trânsito não é diferente, pois as atitudes de seus atores 
dependem basicamente desse respeito entre si. 
 
64
O resultado da boa educação no trânsito gera um comportamento correto, que 
promove segurança e tranquilidade para todos. Nesse 
sentido, comportamento é definido como a conduta que o motorista/pedestre 
tem diante das situações vivenciadas no trânsito. 
 
Ao seguir as regras, além de adotar um comportamento adequado no trânsito, 
você contribui para a construção de um ambiente seguro e confiável. 
Transitar faz parte das nossas vidas, em que o trânsito 
nos influencia e nós o modificamos a todo o momento. 
Existe uma relação muito estreita entre 'o que o trânsito 
nos dá' e 'o que damos ao trânsito' ou 'o que damos aos 
outros que, como nós, participam do trânsito'. Há uma 
troca sinérgica de emoções, comportamentos e valores 
éticos de cada pessoa. 
Crivella, 2010, p. 53. 
 
É importante considerarmos que ações não planejadas podem gerar 
resultados danosos em nossas vidas, e isso se reflete no nosso cotidiano 
em todos os setores, inclusive no trânsito. O CTB destaca a importância de se 
preservar a vida e o meio ambiente. 
 
O CTB prevê normas gerais de circulação e conduta relacionadas aos usuários 
das vias. De acordo com o art. 26 do CTB (BRASIL, 1997), esses usuários 
devem: 
I. Abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou 
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de 
animais ou ainda causar danos a propriedades públicas 
ou privadas; 
II. Abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, 
atirando, depositando ou abandonando objetos ou 
substâncias, ou criando qualquer outro obstáculo [na via]. 
 
O art. 27 do CTB também cita que, “antes de colocar um veículo em circulação 
nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas 
65
condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório” 
(BRASIL, 1997), além de conferir se a quantidade de combustível é suficiente 
para chegar ao local de destino. 
 
Já o art. 28 afirma que o condutor deverá ter domínio do próprio veículo, 
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do 
trânsito (BRASIL, 1997). 
 
Devemos relembrar ainda que o parágrafo 2.º do art. 29 do CTB (BRASIL, 
1997) ressalta: 
O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à 
circulação obedecerá às seguintes normas: 
[...] 
§ 2.º Respeitadas as normas de circulação e conduta 
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os 
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela 
segurança dos menores, os motorizados pelos não 
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. 
 
Podemos observar, portanto, que há uma corresponsabilidade no trânsito 
assumida por cada um quando o assunto é segurança. 
 
No art. 52 do CTB consta que os veículos de tração animal ou humana 
deverão ser conduzidos pela direita da pista, junto ao meio-fio ou no 
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada. Nesse 
caso, os condutores devem obedecer às normas de circulação previstas pelo 
CTB e pelas regras fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a 
via (BRASIL, 1997). 
 
O art. 53, por sua vez, determina que os animais isolados ou em grupos só 
poderão circular nas vias quando conduzidos em rebanhos divididos em grupos 
de tamanho moderado e separados uns dos outros por espaços suficientes, a 
fim de não obstruir o trânsito, e os animais que circularem pela pista de 
rolamento deverão ser mantidos junto à borda da pista (BRASIL, 1997). 
66
 
 
O ser humano, seja qual for sua posição ou situação no trânsito 
(condutor, pedestre, passageiro e outros), deve ter em mente a sua 
responsabilidade com os demais usuários da via. 
 
 
O fato de estarmos em trânsito o tempo todo, ora como pedestre, 
ora como ciclista ou dirigindo veículos, nos faz participantes dessa 
dinâmica complexa, portanto seguir as regras é fundamental para 
que sejamos bons cidadãos e, assim, termos garantidos os nossos direitos. 
 
Referências 
 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 24 set. 1997. 
Disponível em: . Acesso 
em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
. 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
CRIVELLA, R. Novos paradigmas na gestão do trânsito gaúcho. In: MARIUZA, 
C. A.; GARCIA, L. F. Trânsito e mobilidade urbana: psicologia, educação e 
cidadania. Porto Alegre: Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do 
Sul, 2010. Disponível em: 
. Acesso em: 7 
mar. 2021. 
DETRAN/PR – Departamento de Trânsito do Paraná. Como prevenir acidentes. 
Detran, 2018. Disponível em: 
67
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htmhttp://www.crprs.org.br/upload/files_publications/arquivo52.pdf
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário eletrônico Houaiss da língua 
portuguesa. Versão 3.0. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss; Objetiva, 
2009. 1 CD-ROM. 
 
68
http://www.detran.pr.gov.br/modules/catasg/servicos-detalhes.php?tema=motorista&id=343
http://www.detran.pr.gov.br/modules/catasg/servicos-detalhes.php?tema=motorista&id=343
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 5: Formação do condutor, exigências para as 
categorias de habilitação, documentos do condutor e do veículo: 
apresentação e validade 
 
Objetivo: Conhecer os requisitos para a obtenção da CNH, suas diferentes 
categorias e os documentos de porte obrigatório. 
 
Tópicos desta Unidade 
• Habilitação para dirigir 
• Categorias de habilitação 
• Requisitos obrigatórios para alteração de categorias C, D e E 
• Identificação do veículo 
• Exames para obtenção da CNH 
• Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) 
• Permissão para dirigir 
• Renovação da CNH e exame psicológico 
• Documentação obrigatória do condutor 
• Documentação do veículo 
 Certificado de Registro de Veículo (CRV) 
 Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV) ou 
Certificado de Licenciamento Anual (CLA) 
 
Olá! Você recorda quais são as categorias de habilitação e os 
requisitos necessários para a obtenção de cada uma delas? Nesta 
Unidade de Estudos, trataremos dos critérios para a liberação da 
primeira licença para dirigir e as demais categorias de habilitação. Falaremos 
também sobre a documentação necessária do condutor e do veículo. Vamos 
lá? 
 
 
 
69
Habilitação para dirigir 
 
Para obter a habilitação e poder conduzir veículo automotor e elétrico, o 
futuro condutor precisa atender a alguns requisitos que estão descritos no CTB 
(BRASIL, 1997) e na Resolução 789/20 do Contran (BRASIL, 2020): 
• Ser penalmente imputável; 
• Saber ler e escrever; 
• Possuir documento de identidade ou equivalente; 
• Possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF. 
O candidato pode requerer simultaneamente a Autorização para Conduzir 
Ciclomotores (ACC), ou seja, a habilitação na categoria A (duas e três rodas), e 
a habilitação na categoria B (a mais comum), submetendo-se a um único 
Exame de Aptidão Física e Mental e Avaliação Psicológica. 
 
De acordo com a Lei n. 14.071/2020, o candidato à habilitação para categorias 
C, D e E, deverá se submeter ao exame toxicológico, além dos exames de 
aptidão física e mental e avaliação psicológica (BRASIL, 2020a). 
 
Categorias de habilitação 
 
Cada categoria refere-se à habilitação para dirigir determinados tipos de 
veículos. As categorias são identificadas por letras que vão de A a E e a 
combinação dessas letras na CNH indicam as habilidades do condutor. 
 
A Autorização para Conduzir Ciclomotor – ACC, que se destina a veículos de 
até 50 cilindradas, não é considerada uma categoria, mas, assim como para a 
obtenção da CNH, requer o cumprimento de exigências legais, havendo 
previsão de penalidades para as infrações cometidas. 
 
No Quadro 1, a seguir, você pode conferir as informações gerais e alguns 
exemplos de veículos referentes à Autorização para Conduzir Ciclomotores – 
ACC, e a cada uma das cinco categorias de habilitação existentes no Brasil. 
 
70
 
 
Quadro 1 – ACC e categorias da CNH 
ACC – Autorização para 
Conduzir Ciclomotores 
 
Autorização para condução de veículos de 2 ou 3 
rodas, com motores de até 50 cilindradas e que 
não excedam à velocidade de 50 km/h. 
 
Categoria A 
 
 
Todos os veículos automotores e elétricos, de 2 
ou 3 rodas, com ou sem carro lateral. 
Categoria B 
 
Veículos automotores e elétricos de 4 rodas cujo 
peso bruto total não exceda a 3.500 kg e cuja 
lotação não excede a 8 lugares, excluído o do 
motorista, contemplando a combinação de 
unidade acoplada, reboque, semirreboque ou 
articulada, desde que não ultrapasse a lotação e 
a capacidade de peso estabelecida para a 
categoria. 
Categoria C 
 
 
Todos os veículos automotores e elétricos 
utilizados em transporte de carga cujo peso bruto 
total excede 3.500 kg; tratores, máquinas 
agrícolas e de movimentação de cargas, motor-
casa, combinação de veículos em que a unidade 
acoplada, reboque e semirreboque ou articulada 
não excede 6.000 kg de PBT; todos os veículos 
abrangidos pela categoria B. 
71
Categoria D 
 
Veículos automotores e elétricos utilizados no 
transporte de passageiros cuja lotação excede 8 
lugares; todos os veículos abrangidos nas 
categorias B e C. 
Categoria E 
 
Combinação de veículos automotores e elétricos 
em que a unidade tratora se enquadra nas 
categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, 
reboque, semirreboque, articulada ou com mais 
de uma unidade tracionada, tenha 6.000 kg ou 
mais de peso bruto total, ou a lotação exceda a 8 
lugares, enquadrados na categoria trailer; todos 
os veículos abrangidos pelas categorias B, C e D. 
Fonte: BRASIL, 1997. 
 
Requisitos obrigatórios para alteração de categorias C, D e E 
 
A alteração de categoria é válida somente para quem já possui uma 
habilitação. O condutor que tem o interesse em habilitar-se em outras 
categorias deverá procurar um Centro de Formação para Condutores e iniciar o 
processo de alteração conforme as normas do CTB. 
 
Além dos requisitos básicos válidos, o condutor que solicitar a alteração 
de habilitação para as categorias C, D e E precisa passar pelo 
exame toxicológico e prestar atenção às seguintes exigências (BRASIL, 
1997): 
 
Categoria C 
 
Estar habilitado há, no mínimo, 1 (um) ano na categoria B e não ter cometido 
infração grave, gravíssima ou ser reincidente em infração média durante os 
últimos 12 (doze) meses. 
 
72
Categoria D 
 
Ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos, estar habilitado há, pelo menos, 2 
(dois) anos na categoria B ou 1 (um) ano na categoria C, e não ter cometido 
infração grave, gravíssima ou ser reincidente em infração média nos últimos 12 
(doze) meses. 
 
Categoria E 
 
Estar habilitado há, no mínimo, 1 (um) ano na categoria C e não ter cometido 
infração grave, gravíssima ou ser reincidente em infração média nos últimos 12 
(doze) meses. O futuro condutor dessa categoria também precisa ter sido 
aprovado em curso especializado, em curso de treinamento de prática veicular 
e em situação de risco, nos termos da normatização do Conselho Nacional de 
Trânsito (Contran). 
 
Além dos requisitos apresentados, o candidato deve realizar novo exame 
médico e nova avaliação psicológica. Se o condutor exercer atividade 
remunerada – EAR, essa informação constará no campo de observação da 
Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 
 
A medida abrange motoristas de caminhão, de ônibus, taxistas, 
mototaxistas, motoboys, ou motofretistas que realizam o transporte de 
pequenas cargas. 
 
Outra regra recente refere-se ao exame toxicológico1, que, de acordo com as 
Resoluções n. 583/2016 e 691/2017, e agora definido pela Lei n. 14.071/2020, 
é obrigatório para as categorias C, D e E, tanto na obtenção quanto na 
renovação da CNH, e o exame deverá ser realizado em laboratórios 
credenciados junto ao Denatran. 
 
 
1 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2195/assets/img/ExameToxicolgicoNT1UE5.pdf 
73
 
Os condutores das categorias C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) 
anos serão submetidos a novo exame a cada período de 2 (dois) anos e 6 
(seis) meses, a partir da obtenção ou renovação da CNH. 
 
Caso o resultado do exame seja positivo, acarretará ao condutor a 
suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, 
condicionado o levantamento da suspensão à inclusão, no Renach, de 
resultado negativoem novo exame. 
 
Para saber mais sobre essas mudanças, acesse a Resolução n. 168/042, art. 
4º, parágrafo 1º, e art. 6º, parágrafo 2º, do Contran. Para compreender as 
alterações do CTB pela Lei n. 14.071/2020, clique aqui. 
 
Identificação do veículo 
A identificação visual do veículo é feita por meio das placas dianteiras e 
traseiras. A dianteira é parafusada, a traseira é lacrada, de acordo com 
especificações e modelos estabelecidos pelo Contran. Já os ciclos (motos) têm 
somente placa traseira lacrada. 
 
A Resolução n. 748, de 30 de novembro de 2018, estabeleceu um novo 
sistema de Placas de Identificação de Veículos no padrão disposto na 
Resolução do Mercosul. Esse padrão é válido em todo o Brasil desde 31 de 
janeiro de 2020. Assim, o novo modelo de placa é obrigatório nos casos de 
primeiro emplacamento. A placa antiga deve ser substituída em caso de troca 
de município ou de troca de propriedade do veículo, ou ainda em caso de furto 
e deterioração deste. 
 
A placa apresenta o padrão com quatro letras e três números, e a cor de 
fundo é totalmente branca. Acompanhe a seguir o significado de cada item 
contido na placa. 
 
 
2 http://www.planalto.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao_contran_168_04_compilada.pdf 
74
http://www.planalto.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao_contran_168_04_compilada.pdf
http://www.planalto.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao_contran_168_04_compilada.pdf
 
Fonte: Quatro Rodas 
 
1 Código bidimensional (QR-Code) 
2 Hot stamp personalizado 
3 Marca d´água 
4 Bandeira do país 
5 Distintivo do Brasil 
6 Selo fiscal Federal (chip) 
7 Ondas sinusoidais 
 
A cor das fontes (letras e números) diferencia o tipo de veículo: cor preta para 
veículos de passeio, vermelha para veículos comerciais, azul para carros 
oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis 
diplomáticos e prateado para os veículos de colecionadores. 
 
Exames para obtenção da CNH 
 
O primeiro passo para o início do processo de formação do condutor é abrir o 
processo de habilitação em um Centro de Formação de Condutores (CFC). A 
partir da abertura do processo nas categorias B ou A (ou então AB), que terá 
validade de um ano, o candidato deverá realizar: 
75
a. Avaliação psicológica; 
b. Exame de aptidão física e mental; 
c. 45 horas de aulas teóricas; 
d. Exame teórico junto ao Detran (Exame escrito sobre a 
integralidade do conteúdo programático desenvolvido em Curso 
de Formação para Condutor, que envolve questões sobre: 
legislação de trânsito, primeiros socorros, funcionamento do 
veículo de duas ou mais rodas, direção defensiva, proteção e 
respeito ao meio ambiente e de convívio social no trânsito); 
e. 20 aulas práticas para categoria B, e 20 aulas práticas para 
categoria A. 
f. Exame de direção veicular (Realizado em via pública, em veículo 
da categoria para a qual esteja se habilitando). 
 
 
 
Na avaliação psicológica (psicotécnico), são realizadas entrevistas diretas 
e individuais; testes psicológicos, que deverão ocorrer conforme as 
resoluções do Conselho Federal de Psicologia (CFP); dinâmicas de grupo e 
intervenções verbais para a avaliação dos seguintes processos psíquicos, de 
acordo com o Contran (BRASIL, 2012): 
 
1 Tomada de informação 
2 Processamento de informação 
3 Tomada de decisão 
4 Comportamento 
5 Autoavaliação do comportamento 
6 Traços de personalidade, equilíbrio psíquico e de aptidões percepto-
reacionais e motoras 
 
No laudo psicológico, deve constar um parecer, que pode ser “apto”, “inapto 
temporariamente” ou “inapto”. Nessa avaliação, não existe o resultado “apto 
com restrições”. 
 
76
javascript:void(0)
No laudo médico do Exame de Aptidão Física e Mental, consta um 
parecer similar ao do laudo psicológico, que pode ser “apto”, “apto com 
restrições”, “inapto temporariamente” ou “inapto”. 
 
Segundo art. 147 do CTB, atualizado pela Lei n. 14.071/20, o exame de aptidão 
física e mental, a ser realizado no local de residência ou domicílio do 
examinado, será preliminar e renovável com a seguinte periodicidade: 
I – a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade 
inferior a 50 (cinquenta) anos; 
II – a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade 
igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 
(setenta) anos; 
III – a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual 
ou superior a 70 (setenta) anos. 
Quando houver indícios de deficiência física ou mental, ou 
de progressividade de doença que possa diminuir a 
capacidade para conduzir o veículo, os prazos previstos 
poderão ser diminuídos por proposta do perito 
examinador. 
Brasil, 2020a. 
 
O Detran oferece uma junta médica especial para a avaliação dos candidatos 
com deficiência. 
 
Após a aprovação nos exames médico e psicológico, o candidato poderá 
realizar o curso teórico-técnico no Centro de Formação de Condutores (CFC). 
Com o curso concluído, será submetido ao Exame Escrito (exame técnico-
teórico), que é constituído por uma prova convencional ou eletrônica de, 
no mínimo, 30 (trinta) questões, as quais incluem todo o conteúdo 
programático equivalente à carga horária de cada disciplina, organizada 
de forma individual, única e sigilosa. Para aprovação, o candidato deve 
obter, no mínimo, 70% de acerto das questões. 
 
77
Caso o candidato reprove no exame escrito sobre legislação de trânsito ou 
de direção veicular, observado o prazo previsto no parágrafo 3º, art. 2º, 
Resolução n. 849/21, poderá repetir o exame a qualquer tempo, sendo 
dispensado do exame no qual tenha sido aprovado. 
 
Após a realização do exame teórico-técnico no Detran e da aprovação do 
candidato nessa etapa, ele receberá a Licença para Aprendizagem de Direção 
Veicular (LADV), e somente com a posse dessa licença é que poderá iniciar as 
aulas práticas de direção. 
 
A seguir, apresentamos uma descrição detalhada sobre essa licença. 
Acompanhe! 
 
Licença para Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) 
 
Para iniciar o aprendizado prático de direção veicular em um CFC, o aluno 
receberá a LADV, expedida pelo Detran do estado. Essa licença serve para 
as seguintes categorias: ACC, A, B, ACC/B e A/B e tem validade de 1 ano, por 
isso o processo de habilitação precisa ser concluído em 1 ano. 
 
Para realizar a prática de direção veicular, o candidato deve portar a LADV 
acompanhada de documento de identidade e estar acompanhado de um 
instrutor. 
 
Se o candidato optar pela mudança de CFC, deverá ser expedida nova LADV. 
Para tanto, devem-se considerar as aulas já ministradas e o prazo de 
validade. O candidato que conduzir o veículo em desacordo com as normas 
referentes à LADV terá a licença suspensa por 6 meses. 
 
Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na aprendizagem poderá 
conduzir apenas mais 1 acompanhante. 
 
 
 
78
Direção veicular 
 
Após a realização do curso prático, o candidato poderá realizar o exame prático 
a fim de obter a CNH para veículos automotores e/ou elétricos de quatro rodas 
ou mais. 
 
Para a realização do Exame de Direção Veicular de categoria B, ao entrar no 
veículo é necessário ajustar o banco e os espelhos, colocar o cinto de 
segurança, verificar se o carro está em ponto morto, dar a partida, 
sinalizar para o lado que vai sair, olhar pelo espelho e para fora, deixar o 
freio de mão inteiramente livre, engatar a marcha e seguir atento ao 
trânsito de acordo com o percurso determinado pelo agente examinador. 
 
O veículo deverá permanecer ligado até o término do exame. 
 
O exame de direção veicular deverá ser realizado: 
I. Em locais e horários estabelecidos pelo [...] [Detran], de 
acordo com a autoridade responsável pela via; 
II. Em veículo da categoria pretendida, com transmissão 
mecânica e duplo comandode freios; 
III. Em veículo identificado como "aprendiz em exame", 
quando não for destinado à formação de condutores. 
Brasil, 2020b. 
 
Esse exame compreenderá duas fases: 
1. A colocação do veículo em uma vaga delimitada por balizas; 
2. A direção do veículo em via pública. 
 
Balizas removíveis 
 
A delimitação da vaga balizada para o Exame de Direção Veicular deve 
atender às seguintes especificações: 
• Comprimento total do veículo, acrescido de 40%; 
79
• Largura total do veículo, acrescido de 40%. 
Avaliação do candidato 
O futuro condutor será aprovado quando: 
• Não ultrapassar as 3 (três) tentativas de manobras na baliza; 
• Não exceder o tempo determinado à colocação do veículo no espaço de 
baliza; 
• Não cometer falta eliminatória; 
• A soma dos pontos negativos não ultrapassar 3 (três). 
 
Para a categoria A, o Exame de Direção Veicular é realizado em um local 
específico destinado para essa atividade e com a utilização de veículo com 
cilindrada acima de 120 cm³. 
 
O exame também deve apresentar obstáculos, tais como: zigue-zague (slalow), 
prancha ou elevação, sonorizadores, duas curvas sequenciais e duas rotatórias 
circulares (BRASIL, 2004). 
 
O candidato é considerado reprovado no Exame de Direção Veicular se 
cometer falta eliminatória ou se a soma dos pontos negativos ultrapassar 
3 (três), conforme cita o parágrafo único do art. 18 da Resolução n. 789/2020. 
 
A pontuação negativa por faltas cometidas durante todas as etapas do exame é 
assim classificada: 
• Uma falta eliminatória: reprovação; 
• Uma falta grave: 3 (três) pontos negativos; 
• Uma falta média: 2 (dois) pontos negativos; 
• Uma falta leve: 1 (um) ponto negativo. 
 
Após todo esse processo, se o candidato for aprovado, receberá a Permissão 
para dirigir (PPD) ou Autorização para conduzir ciclomotores (ACC), provisória 
e válida por um ano. 
 
80
Permissão para dirigir (PPD) 
 
A renovação da permissão para dirigir (PPD) para CNH só será expedida após 
12 (doze) meses da sua emissão. 
O condutor terá prazo de 30 dias para efetivar sua habilitação junto ao Detran. 
Durante esse tempo, poderá continuar dirigindo sem incorrer em infração de 
trânsito. 
 
Lembre-se de que, durante o período da permissão, o condutor não 
poderá incorrer em infrações de natureza grave, gravíssima ou 
ser reincidente em infração média. Caso ocorra uma irregularidade dessa 
natureza, sua habilitação será anulada e terá que iniciar novo processo. 
 
Ao candidato considerado apto para conduzir ciclomotores é conferida a ACC 
(Autorização para Conduzir Ciclomotores) provisória, com validade de 1 ano. 
 
Caso o permissionário cometa uma infração grave, gravíssima, ou seja 
reincidente em uma infração média, deverá reiniciar todo o processo de 
habilitação, precisando, nesse caso, refazê-lo em todas as etapas, conforme o 
parágrafo 4.º do art. 148 do CTB − Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 
(BRASIL, 1997). 
 
Renovação da CNH e exame psicológico 
 
A validade da CNH está relacionada à validade do Exame de Aptidão Física e 
Mental e sua renovação deverá ser realizada de acordo com o art. 147 do CTB, 
atualizado pela Lei n. 14.071/20. 
 
Outros prazos também podem ser estabelecidos a critério médico e, 
dependendo do caso, o exame psicológico também deve ser renovado. 
Entenda melhor esse assunto lendo o art. 147 do CTB e o art. 5.º da Resolução 
n. 789/2020. 
 
81
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
De acordo com o art.150 do CTB e normatização do Contran, o condutor que, 
ao renovar os exames, não tiver curso de direção defensiva e primeiros 
socorros, deverá ser submetido a eles. O curso de direção defensiva e 
primeiros socorros deve ser obrigatoriamente fornecido por empresas que 
utilizam condutores contratados para operar a sua frota de veículos (Parágrafo 
único do art. 150 do CTB) (BRASIL, 1997). 
 
Após o vencimento da CNH, é possível continuar a dirigir durante 30 (trinta) 
dias sem que se configure uma irregularidade de trânsito, mas, após esse 
prazo, dirigir com a CNH fora do prazo de validade constitui uma infração 
gravíssima. Para prevenir essa situação, o processo de renovação pode ser 
iniciado antes da data de vencimento. 
 
Observa-se que a renovação ou a emissão de uma nova via da CNH também 
dependerá da quitação de débitos constantes do prontuário do condutor (art. 
159, parágrafo 8º, CTB) (BRASIL, 1997). 
 
Documentação obrigatória do condutor 
 
Conforme o art. 1.º da Resolução Contran n. 205, de 20 de outubro de 
2006 (BRASIL, 2006), os documentos obrigatórios são: 
I. Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), Permissão para 
Dirigir (PPD) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) originais, 
física ou digital. 
II. Certificado de Registro e Licenciamento Anual de Veículo (CRLV) 
original. 
 
O art. 159 da Lei n. 14.071/2020 define que a Carteira Nacional de Habilitação 
passa a ser expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do condutor e terá 
fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional. 
 
 
 
82
CNH Física CNH Digital 
 
Fonte: Detran-RS Fonte: AEN-PR 
 
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) 
 
 
Importante: de acordo com a Lei n. 13.281 de maio de 2016, o CRLV ou CLA 
continua sendo um documento do veículo de Porte Obrigatório (BRASIL, 
2016). Contudo, poderá ocorrer de o condutor Não Ser Autuado se a 
fiscalização naquele momento puder consultar o sistema informatizado. Caso 
não seja possível, continuará sendo uma Multa Leve, mas há previsão de 
medida administrativa de retenção do veículo até a apresentação do 
documento. 
 
Essa dispensa se restringe ao licenciamento e não é extensiva à PPD ou ACC, 
cujo porte é obrigatório. Já com relação à CNH, o porte do documento de 
habilitação será dispensado quando, no momento da fiscalização, o agente 
conseguir comprovar que o condutor está habilitado por meio de acesso ao 
sistema de verificação. 
 
Documentação do veículo 
 
Tão importante quanto a CNH são os documentos do veículo, não é mesmo? 
Vamos ver quais são eles? 
 
 
83
Certificado de Registro de Veículo (CRV) 
 
Esse documento comprova a propriedade do veículo e oficializa, junto aos 
órgãos de trânsito, uma futura transferência. 
 
Não é necessário estar portando esse documento para dirigir, mas ele precisa 
ser guardado para possíveis e necessárias modificações, como alteração de 
propriedade, mudanças de endereço (município ou estado) ou ainda alterações 
nas características do veículo (rebaixamento da suspensão, alteração de cor, 
de combustível etc.). 
 
Toda e qualquer alteração precisa ser solicitada antecipadamente aos órgãos 
de trânsito responsáveis. Somente após essa autorização é que se executa a 
alteração e, na sequência, se procede à inclusão no documento. 
 
É obrigatória a expedição de novo CRV quando: 
• For transferida a propriedade; 
• O proprietário mudar o município de domicílio ou residência; 
• For alterada qualquer característica do veículo; 
• Houver mudança de categoria. 
 
Qualquer uma dessas alterações deve ser comunicada imediatamente ao 
Detran. O prazo máximo para transferência de propriedade é de 30 dias, e 
ultrapassar esse prazo constitui infração MÉDIA (art. 233 do CTB) (BRASIL, 
1997). 
 
Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV) ou Certificado de 
Licenciamento Anual (CLA) 
 
Esse documento é semelhante ao CRV e deve ser renovado anualmente. 
O envio da nova documentação acontece após terem sido quitados todos os 
débitos do veículo (Taxa de Licenciamento, Seguro Obrigatório, Imposto sobre 
a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e multas vencidas). 
84
Quando houver suspeita de adulteração do documento, o condutor terá o 
Certificado de Licenciamento Anual recolhido. 
Os Detrans devem expedir vias originais do CRLV tantas vezes quantas forem 
solicitadas pelo proprietário do veículo. 
Chegamosao fim de mais uma Unidade de Estudos. Esperamos 
ter contribuído para o esclarecimento de dúvidas acerca dos 
principais critérios para a obtenção da CNH. Vale a pena observar 
algumas informações complementares sobre o processo de habilitação no 
Código de Trânsito, por exemplo, as destacadas nos arts. 140 a 160, assim 
como a Resolução n. 789/2020. Até breve! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: . 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 789, de 18 
de junho de 2020. Consolida normas sobre o processo de formação de 
condutores de veículos automotores e elétricos. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 jun. 2020. Disponível 
em: . Acesso em: 19 abr. 
2021. BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 
849, de 08 de abril de 2021. Altera a Resolução CONTRAN n. 789, de 18 
de junho de 2020, que consolida normas sobre o processo de formação de 
condutores de veículos automotores e elétricos. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 12 abr. 2021. Disponível em: . 
85
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao789-2020.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao789-2020.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao8492021.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao8492021.pdf
Acesso em: 19 abr. 2021. 
 
_____. Lei n. 13.281, de 4 de maio de 2016. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e a Lei n. 13.146, de 6 de 
julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 maio 
2016. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, 14 out. 2020a. Disponível em: 
. 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução Contran n. 
168, de 14 de fevereiro de 2004. Estabelece Normas e Procedimentos para a 
formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos 
exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, 
especializados, de reciclagem e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 22 dez. 2004. 
_____. Resolução Contran n. 205, de 20 de outubro de 2006. Dispõe sobre os 
documentos de porte obrigatório e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 10 nov. 2006. Disponível 
em: . Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Resolução Contran n. 425, de 27 de novembro de 2012. Dispõe sobre 
o exame de aptidão física e mental, a avaliação psicológica e o credenciamento 
das entidades públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e parágrafos 1.º a 
4.º e o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 10 dez. 2012. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
86
_____. Resolução Contran n. 748, de 30 de novembro de 2018. Altera a 
Resolução Contran n. 729, de 06 de março de 2018, que estabelece sistema 
de Placas de Identificação de Veículos no padrão disposto na Resolução 
Mercosul do Grupo Mercado Comum n. 33/2014. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 3 dez. 2018. 
_____. Resolução Contran n. 789, de 18 de junho de 2020, Consolida normas 
sobre o processo de formação de condutores de veículos automotores e 
elétricos. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 jun. 
2020b. Disponível em . 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
DETRAN/PR. Departamento de Trânsito do Paraná. Exame toxicológico. 
Detran, 2018. Disponível
em: . 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
87
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 6: Normas gerais de circulação e conduta 
Objetivo: Entender as regras gerais de circulação e conduta. 
Tópicos desta Unidade 
• Trânsito
• Classificação de vias
• Normas gerais de circulação e conduta
• Regras para conversões
• Utilização das luzes do veículo em vias públicas
• Outras regras de segurança
• Condução de veículos por motoristas profissionais
• Infrações e penalidades referentes ao estacionamento, parada,
circulação, documentação do condutor e do veículo
Olá! Você se recorda das normas que os usuários das vias, tanto 
pedestres quanto condutores, devem seguir para que seu 
comportamento no trânsito seja adequado? É muito importante 
conhecer as normas gerais de circulação e conduta, pois elas definem o 
comportamento dos usuários do trânsito. A compreensão desse assunto 
começa com um bom entendimento do que compõe o trânsito, a classificação 
das vias públicas, os limites de velocidade permitidos e meios de fiscalização, 
entre outros temas relacionados. Vamos iniciar os estudos? 
Trânsito 
Trânsito é sinônimo de movimentação. Segundo o CTB, Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (BRASIL, 1997), trânsito é a “movimentação e 
imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres”, e para 
que flua com tranquilidade e acidentes sejam evitados, há necessidade de 
ordem e regulamentação. 
88
 
Como condutor, passageiro ou pedestre, o ser humano é a figura mais 
importante no trânsito, pois é o único que tem o poder de modificá-lo para 
torná-lo mais seguro e organizado. Contudo, quando deixa de cumprir as 
normas estabelecidas, tem a condição de desorganizá-lo ocasionando graves 
problemas. 
 
Quando um cidadão utiliza um veículo para se locomover, ele deve estar 
seguro, confiante, com bom controle emocional e excelente raciocínio. 
 
Segundo o CTB, a responsabilidade do condutor começa muito antes de 
colocar o veículo para circular em vias públicas. Verificar as condições do 
veículo, a documentação, as condições dos seus passageiros e a sua própria é 
importante para uma direção segura e regular. 
 
A legislação define regras para a utilização do espaço comum, para que todos 
tenham os mesmos direitos. O descumprimento das regras caracteriza infração 
de trânsito, lembrando que, em relação às infrações, quando o condutor ou o 
pedestre for flagrado pelo agente de fiscalização de trânsito ou dispositivo 
eletrônico homologado pelo SNT, será notificado e serão aplicadas as 
penalidades de acordo com a gravidade delas. 
 
Para colaborar com a segurança e a qualidade de vida de todas as pessoas 
que trafegam nas vias, devemos fortalecer atitudes, como: 
• Seguir as regras de sinalização e circulação; 
• Ter conhecimento das atitudes que resultam em infrações de trânsito; 
• Desenvolver a consciência das próprias atitudes no trânsito; 
• Estacionar somente em local permitido; 
• Realizar apenas conversões autorizadas124 
Sinais sonoros .................................................................................................................... 125 
 
Unidade de Estudo 8 - Meio Ambiente .......................................................................... 130 
Objetivo ............................................................................................................................. 130 
O código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente ............................................... 130 
Poluição do ar, da água e do solo ..................................................................................... 132 
Poluição sonora ................................................................................................................ 132 
Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas ...................................................... 132 
Materiais recicláveis ......................................................................................................... 135 
 
Unidade de Estudo 9 - Elementos poluidores e os cuidados para a conservação dos 
veículos ....................................................................................................................... 143 
Objetivo ............................................................................................................................. 143 
Elementos poluidores dos veículos e os cuidados na sua conservação ............................ 143 
Como poluir menos. .......................................................................................................... 144 
Outras soluções para a redução da poluição do ar. .......................................................... 147 
Os 5 Rs para um trânsito melhor. ...................................................................................... 147 
 
Núcleo Temático 2 - Direção defensiva: abordagens do Código de Trânsito Brasileiro – CTB 
para veículos de duas, quatro ou mais rodas .......................................................................... 150 
Unidade de Estudo 1 - Conceito de direção defensiva e condições adversas ................... 150 
Objetivo ............................................................................................................................. 150 
Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e definições .................................... 150 
Categorias e elementos da direção defensiva ................................................................... 152 
Condições adversas ........................................................................................................... 152 
 
Unidade de Estudo 2 - Situações de risco .......................................................................... 165 
Objetivo ............................................................................................................................. 165 
Situação de risco ............................................................................................................... 165 
Situações de risco em ultrapassagens ............................................................................... 166 
Situações de risco em derrapagens ................................................................................... 169 
Situações de risco em pista irregular ................................................................................ 169 
Situações de risco em cruzamentos entre vias ................................................................. 170 
Situações de risco em frenagem normal e de emergência ............................................... 171 
A diferença entre parar e estacionar................................................................................. 173 
 
Unidade de Estudo 3 - Condução, equipamentos de segurança e manutenção de veículos
 .................................................................................................................................... 178 
Objetivo ............................................................................................................................. 178 
Procedimentos adequados do condutor de veículos ........................................................ 178 
Atitudes do motorista ....................................................................................................... 181 
Atitudes do motorista com passageiros............................................................................ 183 
Atitudes do motorista com o transporte de cargas .......................................................... 185 
Condução de veículos ........................................................................................................ 186 
Equipamentos de segurança do condutor ........................................................................ 189 
Equipamentos de segurança para pilotagem de motocicletas ......................................... 191 
Manutenção do veículo ..................................................................................................... 192 
 
Unidade de Estudo 4 - Como evitar acidentes e quais cuidados devem ser tomados na 
direção ........................................................................................................................ 196 
Objetivo ............................................................................................................................. 196 
Medidas integradas para a prevenção de acidentes no trânsito ...................................... 196 
Cuidados na direção .......................................................................................................... 200 
Acidentes de trânsito ........................................................................................................ 204 
 
Unidade de Estudo 5 - Estado físico e mental do condutor ............................................ 210 
Objetivo ............................................................................................................................. 210 
Estado físico e mental do condutor ................................................................................... 210 
Condições que influenciam o modo de dirigir ................................................................... 211 
Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas ....................................................... 214 
 
Núcleo Temático 3 - Noções de Primeiros Socorros ................................................................ 223 
Unidade de Estudo 1 - Sinalização do local do acidente e acionamento de recursos ....... 223 
Objetivo ............................................................................................................................. 223 
Primeiros socorros no trânsito .......................................................................................... 223 
Acidentes de trânsito e omissão de socorro .................................................................... 226 
Consequências dos acidentes .......................................................................................... 228 
Sinalização do local do acidente ....................................................................................... 228 
Acionamento dos recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionaria da via e 
outros ................................................................................................................................ 230 
Tipos de acidentes ............................................................................................................ 233 
Tipos de socorristas .......................................................................................................... 234 
 
Unidade de Estudo 2 -Verificação das condições gerais da vítima ...................................... 239 
Objetivo .............................................................................................................................e seguras; 
• Respeitar a preferência dos pedestres e a dos demais condutores; 
• Respeitar os limites de velocidade; 
• Respeitar todos os usuários das vias públicas, incluindo o agente de 
trânsito. 
 
89
Vamos aprender um pouco mais sobre vias públicas? Acompanhe 
a seguir! 
Classificação das vias 
As vias são locais por onde transitam pessoas, animais e veículos. 
Ruas, avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas e rodovias são 
exemplos de vias. 
Seu uso é regulamentado pelo órgão ou entidade responsável, de acordo com 
a região onde está situada. As vias são classificadas em rurais e urbanas. 
Vias rurais 
São vias abertas na zona rural, divididas em: 
Rodovias Estradas 
Vias pavimentadas Vias não pavimentadas 
90
Vias urbanas 
 
As vias urbanas são classificadas em: 
 
Via de trânsito rápido 
 Vias com acesso de trânsito livre, 
sem interseções em nível, sem 
acessibilidade direta aos lotes 
limítrofes e sem travessia de 
pedestres. 
 
Via arterial 
Caracterizada por interseções em 
nível, geralmente controlada por 
semáforo, com acessibilidade aos lotes 
lindeiros (Lotes lindeiros são terrenos 
ou edificações como casas, prédios, 
áreas comerciais, entradas e saídas de 
veículos, entre outros, que se encontram ao longo e às margens das vias), 
ou seja, terrenos e/ou edificações que se encontram às margens da via, e às 
vias secundárias locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. 
 
Via coletora 
Destinada a coletar e a distribuir o 
trânsito que necessita entrar ou sair 
das vias rápidas ou arteriais, 
possibilitando a circulação dentro das 
regiões da cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
91
Via local 
Caracterizada por interseções em 
nível não semaforizadas e destinada 
apenas ao acesso local a áreas 
restritas. 
Condomínios fechados 
Nas vias internas pertencentes a 
condomínios construídos por 
unidades autônomas, a sinalização 
fica sob a responsabilidade do 
condomínio, após aprovação dos 
projetos pelo órgão ou entidade com 
circunscrição sobre a via. 
Nos arts. 61 e 62, o CTB (BRASIL, 1997) regulamenta a velocidade máxima e 
a mínima das vias. O condutor pode ser penalizado por transitar tanto em 
velocidade inferior à mínima permitida como superior à máxima permitida. 
A velocidade mínima será de 50% do limite máximo estabelecido, e segundo o 
CTB, art. 219, andar abaixo dela constitui infração média (Brasil, 1997). 
O limite máximo estabelecido para a via deverá ser observado em situações 
favoráveis de tempo, via, estado do veículo e demais condições adversas. 
É muito importante que você saiba exatamente a velocidade de circulação 
permitida nos diferentes tipos de via. 
Vamos relembrar as velocidades permitidas nas vias urbanas e 
rurais, onde não há sinalização? Fique atento! 
92
 
Quadro 1 – Velocidade máxima permitida nas vias urbanas e rurais 
(onde não há sinalização) 
Vias urbanas Vias rurais 
Via Velocidade 
máxima 
(qualquer 
veículo) 
Via Tipo de 
veículo 
Velocidade 
Máxima 
Trânsito 
rápido 
80 km/h 
Rodovia 
Automóveis, 
camionetas e 
motocicletas 
Nas rodovias 
de pistas 
duplas - 110 
km/h. 
Nas rodovias 
de pista 
simples – 100 
km/h. 
Arterial 60 km/h Ônibus e 
micro-ônibus 
90 km/h 
Coletora 40 km/h Demais 
veículos 
90 km/h 
Local 30 km/h Estrada Todos os 
veículos 
60 km/h 
Fonte: BRASIL, 1997. 
As velocidades poderão ser superiores ou inferiores às estabelecidas onde não 
existir sinalização de acordo com a regulamentação do órgão ou entidade de 
trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via, seguindo o que determina 
o parágrafo 2º do art. 6º do CTB (BRASIL, 1997).
Lembre-se de que existem também vias e áreas destinadas somente aos 
pedestres. 
Fiscalização eletrônica 
Os órgãos de trânsito se utilizam de tecnologias cada vez mais avançadas para 
o acompanhamento e fiscalização do que ocorre nas vias de circulação visando
o cumprimento das normas de segurança previstas em lei.
93
 
De acordo com o art. 280, parágrafo 2º da Lei n. 9.503 – CTB (BRASIL, 1997), 
“a infração de trânsito deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou 
agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento 
audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente 
disponível previamente regulamentado pelo Contran.” 
Dessa forma, as informações obtidas pelos equipamentos de fiscalização 
eletrônica fundamentam a emissão dos autos de infração. 
O radar é um dos principais equipamentos de fiscalização eletrônica e tem 
auxiliado a comprovar infrações como o descumprimento do limite de 
velocidade, o avanço no semáforo com sinal vermelho e a ocupação da faixa 
de pedestres por veículos, entre outras possibilidades. 
O radar mede a velocidade dos veículos em vias urbanas e rurais e 
registra prova fotográfica da infração em caso de velocidade acima do 
permitido. 
Uma via com fiscalização eletrônica deverá apresentar sinalização vertical 
regulamentada (placa R-19), e seus usuários não deverão ultrapassar a 
velocidade indicada. Caso o radar acuse a infração, o condutor receberá uma 
notificação informando a irregularidade cometida. 
As informações a seguir são registradas por equipamentos: 
• Identificação do equipamento;
• Data, local e hora da infração;
• Identificação do veículo (placa, marca e modelo);
• Velocidade regulamentada;
• Velocidade do veículo.
Na sequência, vamos entender melhor como é a prática das 
normas de circulação e conduta? 
94
Normas Gerais de Circulação e Conduta 
 
Em seu Capítulo III, o CTB (BRASIL, 1997) institui as Normas Gerais de 
Circulação e Conduta. Essas normas devem ser apresentadas a todos os 
candidatos à obtenção da CNH e conhecê-las é fundamental para que todos 
possam circular corretamente. Dessa forma, é possível cumprir a principal 
determinação do CTB: 
 
"transitar sem constituir perigo ou obstáculo a si próprio e aos demais 
elementos do trânsito". 
 
Todas as regras derivam desse conceito. 
 
Usuários das vias terrestres 
 O art. 26 do CTB indica que todos os usuários das vias terrestres 
devem: 
I. abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou 
obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de 
animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas 
ou privadas; 
II. abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo 
perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via 
objetos ou substâncias, ou criando qualquer outro 
obstáculo. 
Brasil, 1997. 
 
Já o art. 27 (BRASIL, 1997) determina que, antes de colocar o veículo em 
circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as 
boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, 
bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao 
local de destino. 
 
 
 
95
Lado da condução na via 
O Brasil adota a Convenção de Viena, de 1968, para definir o lado de 
condução na via. Conforme cita o art. 29 do CTB (BRASIL, 1997), o trânsito de 
veículos nas vias terrestres abertas à circulação deve obedecer às seguintes 
normas: 
• A circulação deve ser feita pelo lado direito da via, admitindo-se as
exceções devidamente sinalizadas;
• O condutor deve manter distância de segurança lateral e frontal
entre o respectivo veículo que está conduzindo e os demais. Deve
também manter distância da borda da pista. Para isso, é necessário
considerar, naquele momento, a velocidade e as condições climáticas,
do local, da circulação e do veículo.
Prioridade de passagem ou regras de preferência 
É muito importante relembrar as normas referentes à prioridade de 
passagem e às regras de preferência. De acordo com o art. 26 e 29 do CTB 
(BRASIL, 1997): 
1. Quando for ingressar numa via procedente de um lote
lindeiro (estacionamento, saída de garagem, entre outros), deve-se dar
preferência aos veículos e pedestres que estejam transitando por ali;
2. Quando veículos, transitandopor fluxos que se cruzam, se aproximarem
de local não sinalizado, terão preferência de passagem:
• No caso de haver somente um fluxo proveniente de rodovia:
aquele que estiver circulando por ela;
• No caso de rotatória: o que estiver circulando por ela;
• Nos demais casos: aquele que vier pela direita do condutor.
Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os 
de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de 
trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em 
serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem 
96
pública, devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme 
sonoro e iluminação vermelha intermitente. 
• Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores é 
infração gravíssima. Penalidade: multa (art. 189, CTB) (BRASIL, 1997); 
• Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de 
passagem devidamente identificado é infração grave. Penalidade: 
multa (art. 190, CTB) (BRASIL, 1997). 
 
Veja outras orientações1 sobre a prioridade de passagem ou regras de 
preferência. 
 
Lembre-se de nunca obstruir o cruzamento. Mesmo quando o sinal estiver 
verde, caso não seja possível passar sem obstrui-lo, aguarde a liberação do 
cruzamento para não impedir o tráfego em caso de congestionamento. 
 
Frenagem e velocidade do veículo 
 
Você deve se lembrar de que nenhum condutor deve frear bruscamente o 
veículo, exceto por motivos de segurança. Para regular a velocidade, o 
condutor deve observar frequentemente as placas de limite de velocidade, as 
condições da via, do veículo e da carga, bem como as condições 
meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo ao limite máximo de 
velocidade permitida para a via (BRASIL, 1997). 
 
Ultrapassagens 
 
Conforme cita o CTB (BRASIL, 1997), a ultrapassagem de outro veículo em 
movimento deve ser feita pela esquerda, obedecendo à sinalização 
estabelecida e às demais normas do CTB. 
 
 
1 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2196/assets/img/Recomendacoes_sobre_ultrapassagem.pdf 
97
 
A ultrapassagem pode ser realizada pela direita quando o veículo a ser 
ultrapassado sinalizar o propósito de entrar à esquerda. Porém, antes de 
efetuar essa ultrapassagem, é preciso certificar-se de que: 
1 Pode fazê-la sem criar uma situação de perigo para outros usuários 
da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, devendo, 
nesse caso, considerar a posição, direção e velocidade. 
2 Nenhum motorista que esteja atrás de você iniciou uma manobra 
para ultrapassá-lo. 
3 O condutor que o precede na mesma faixa de trânsito não indicou o 
propósito de ultrapassar um terceiro veículo. 
4 A faixa de trânsito que vai tomar está livre numa extensão suficiente 
para que a manobra não coloque em perigo ou obstrua o trânsito que 
vem em sentido contrário. 
5 Indicou com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz 
indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional 
de braço. 
6 Afastou-se do condutor ou condutores aos quais ultrapassa, de tal 
maneira que deixe livre uma distância lateral de segurança. 
7 Retomou a faixa de trânsito de origem após a efetivação da manobra, 
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto 
convencional de braço, além de adotar os cuidados necessários para 
não colocar em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que 
ultrapassou. 
E quando se percebe que outro veículo que está atrás de você tem o propósito 
de ultrapassá-lo, o que você deve fazer? Veja a seguir algumas orientações. 
Se o veículo estiver circulando pela faixa da esquerda, você deve sinalizar 
e deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. 
Se o condutor estiver circulando pelas demais faixas, você deve manter-se 
naquela na qual está circulando, também sem acelerar a marcha. Além disso, 
os veículos mais lentos, quando estiverem em fila, devem manter uma 
distância suficiente entre si para possibilitar que veículos que queiram 
ultrapassá-los possam se intercalar na fila com segurança. 
Quando o condutor pretende ultrapassar um veículo de transporte coletivo 
que está parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, ele 
deve diminuir a velocidade e dirigir com muita atenção ou parar o veículo para 
proporcionar segurança aos pedestres. “Porém, antes de efetuar essa 
98
ultrapassagem, é preciso certificar-se de que: - indicou com antecedência a 
manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por 
meio de gesto convencional de braço; - retomou a faixa de trânsito de origem 
após a efetivação da manobra, acionando a luz indicadora de direção do 
veículo ou fazendo gesto convencional de braço, além de adotar os cuidados 
necessários para não colocar em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que 
ultrapassou”. 
 
 
E quando é proibido ultrapassar, quais são as orientações? 
 
Segundo o CTB (BRASIL, 1997), é proibido ultrapassar em vias que têm 
duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em 
aclives sem que o condutor consiga visualizar, nas passagens de nível, 
nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver 
sinalização que permita a ultrapassagem e em interseções e suas 
proximidades. 
A linha dupla contínua indica proibição de ultrapassagem. Observe 
no exemplo a seguir. 
 
Figura 1 – Linha dupla contínua: proibição de ultrapassagem 
99
 
Para melhor organizar o sistema de trânsito, há também regras 
para conversões. Vamos conhecê-las? 
Regras para conversões 
As conversões podem ser realizadas para a direita ou para a esquerda. 
Popularmente, as pessoas se referem às conversões como “virar à esquerda” e 
“virar à direita”. 
Antes de executar uma conversão, verifique a possibilidade de realizá-
la. Observe a sinalização, as condições do trânsito e as posições dos 
outros veículos. Sinalize com antecedência, pois deixar de sinalizar é infração 
de trânsito de natureza grave. 
A seguir, algumas providências devem ser tomadas para cada conversão. 
Acompanhe! 
Conversões à direita 
O condutor deve permanecer na faixa da direita com a maior antecedência 
possível, sinalizar a intenção e, ao manobrar, deve entrar na via à direita o 
mais próximo possível da borda da pista. Além disso, deve respeitar a 
sinalização de trânsito e jamais se esquecer de dar preferência ao pedestre. 
Lembre-se: agora é livre o movimento de conversão à direita diante de 
sinal vermelho do semáforo onde houver sinalização indicativa que 
permita essa conversão (Lei n. 14.071/20). 
100
Conversões à esquerda 
O condutor deve sinalizar para a esquerda, diminuir a velocidade e aproximar o 
carro da linha divisória da rua. Quando alinhar o veículo à linha pontilhada da 
rua em que deseja entrar, deve girar o volante para a esquerda e entrar na via. 
Lembre-se de que, nas vias rurais providas de acostamento, a conversão à 
esquerda e a manobra de retorno devem ser feitas nos locais apropriados. 
Quando estes não existirem, o condutor deve aguardar no acostamento, à 
direita, para cruzar a pista com segurança. 
Em todas essas situações, é importante que o condutor observe as condições 
atuais do trânsito naquele local e respeite os pedestres e demais veículos. 
Como devemos proceder para utilizar corretamente as luzes do 
veículo e o pisca-alerta? 
Utilização das luzes do veículo em vias públicas 
O motorista deverá manter os faróis do veículo acesos e usar lu z baixa 
durante a noite e durante o dia nos túneis que tenham iluminação pública, ou 
quando estiver conduzindo sob chuva, neblina ou cerração, e nas rodovias. 
Já nas vias não iluminadas, o motorista deverá utilizar luz alta, exceto ao cruzar 
com outro veículo ou se estiver seguindo-o. 
A troca de luz baixa e alta, de maneira intermitentee por curto período de 
tempo, com vistas a advertir outros motoristas, poderá ser usada apenas para 
indicar a intenção de ultrapassagem do veículo que segue à frente ou para 
apontar a existência de risco à segurança aos demais veículos que circulam no 
sentido contrário. 
Veja outras orientações para uso da luz do veículo: 
101
 
• Sob chuva forte, neblina ou cerração, o condutor deverá manter acesas,
ao menos, as luzes de posição do veículo;
• Durante a noite, em circulação, o motorista deverá manter acesa a luz
de placa;
• À noite, quando o motorista estiver parado para embarque ou
desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias,
deverá manter acesas as luzes de posição.
Vale relembrar que os ciclos motorizados e os veículos de transporte 
coletivo de passageiros, quando circularem em faixas a eles destinadas, 
deverão utilizar farol de luz baixa durante o dia e à noite. 
Quanto ao pisca-alerta, só deverá ser utilizado em imobilizações ou situações 
de emergência, e quando a regulamentação da via determinar o uso. 
O CTB ainda estabelece outras regras de segurança e normas para a 
condução de veículos. Vamos continuar com o estudo sobre esse assunto? 
Outras regras de segurança 
Os arts. 54, 55, 64 e 65 do CTB (BRASIL, 1997) trazem determinações para a 
segurança dos condutores e dos passageiros. 
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e 
ciclomotores só poderão circular nas vias: 
I. Utilizando capacete de segurança, com viseira ou
óculos protetores;
II. Segurando o guidom com as duas mãos;
III. Usando vestuário de proteção, de acordo com as
especificações do Contran.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e
ciclomotores só poderão ser transportados:
I. Utilizando capacete de segurança;
102
II. Em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento
suplementar atrás do condutor;
III. Usando vestuário de proteção, de acordo com as
especificações do Contran.
[...]
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos
que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e
cinco centímetros) de altura devem ser transportadas nos
bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado
para cada idade, peso e altura, salvo exceções
relacionadas a tipos específicos de veículos
regulamentadas pelo Contran.
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para
condutor e passageiros em todas as vias do território
nacional, salvo em situações regulamentadas pelo
Contran.
As regras de segurança são claras e muito importantes, não é 
mesmo? Vamos prosseguir! 
Condução de veículos por motoristas profissionais 
A Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015, no sentido de melhorar as regras de 
segurança, alterou a Lei n. 12.619, de 30 de abril de 2012 (BRASIL, 2012), 
que incluiu, no CTB no Capítulo III-A, as normas para condução de veículos 
por motoristas profissionais de transporte rodoviário de cargas e de 
transporte rodoviário coletivo de passageiros. 
De acordo com o art. 67-C do CTB, “é vedado ao motorista profissional 
dirigir veículos de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de 
transporte rodoviário de cargas por mais de 5 (cinco) horas e meia 
ininterruptas” (BRASIL, 1997). 
103
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.103-2015?OpenDocument
Para a condução de veículo de transporte de carga, serão observados 30 
(trinta) minutos para descanso dentro de cada 6 (seis) horas, sendo facultado o 
seu fracionamento e o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 
(cinco) horas e meia contínuas no exercício da condução. 
Na condução de veículo rodoviário de passageiros, serão observados 30 
(trinta) minutos para descanso a cada 4 (quatro) horas, sendo facultado o seu 
fracionamento e o do tempo de direção. 
Para situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de direção, 
devidamente registradas, esse tempo poderá ser elevado pelo período 
necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar que 
ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja 
comprometimento da segurança rodoviária, de acordo com o parágrafo 2º. 
De acordo com o CTB (BRASIL, 1997), 
“O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte 
e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) 
horas de descanso, que podem ser fracionadas, 
usufruídas no veículo e coincidir com os intervalos acima 
mencionados”. 
Entende-se como tempo de direção ou de condução apenas o período em que 
o condutor está efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o
destino.
O parágrafo 6º do art. 67-C do CTB determina que o condutor somente poderá 
iniciar uma viagem após o cumprimento integral do intervalo de descanso 
(BRASIL, 1997). 
De acordo com o parágrafo 7º do art. 67-C do CTB (BRASIL, 1997), 
Nenhum transportador de cargas ou coletivo de 
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, 
operador de terminais de carga, operador de transporte 
104
multimodal de cargas ou agente de cargas ordenará a 
qualquer motorista a seu serviço, ainda que 
subcontratado, que conduza veículo referido no caput 
sem a observância do disposto no § 6º. 
De acordo com o Art. 67-E, da Lei n. 13.103 (BRASIL, 2015), o motorista 
profissional é responsável por controlar e registrar o tempo de condução 
estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita observância. Leia o conteúdo 
completo da norma2. 
Infrações e penalidades referentes ao estacionamento, parada, circulação, 
documentação do condutor e do veículo 
Veja, a seguir, outras normas que devem ser seguidas pelos condutores 
(BRASIL, 1997): 
• O condutor deve ter o pleno domínio do veículo, conduzi-lo com atenção
e cuidado, visando à segurança no trânsito, portanto deve estar bem
equilibrado, disposto e sóbrio (art. 165, 165-A, penalidade: multa e
suspensão do direito de dirigir).
• O condutor não deve conduzir veículo para o qual seja exigida
habilitação nas categorias C, D ou E, sem realizar o exame toxicológico
previsto (art. 165-B, infração gravíssima; multa e suspensão do direito
de dirigir);
• É preciso verificar o porte da documentação obrigatória e sua
validade (art. 232, com penalidade: multa e medida administrativa
retenção do veículo);
• É obrigatório o uso de dispositivo apropriado para crianças conforme a
idade (art. 168, com penalidade multa, medida administrativa e retenção
do veículo);
• Deve usar calçados que se firmem aos pés e não comprometam a
utilização dos pedais (art. 252, IV, com penalidade: multa);
2 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2196/assets/img/Art-67-
E.pdf
105
 
• Se observado na CNH, deve usar lentes corretivas de visão, próteses ou 
adaptações ao veículo (art. 162, penalidade multa e retenção do 
veículo); 
• Não pode dirigir com partes do corpo para fora do veículo nem permitir 
que seus passageiros o façam (art. 252, I, penalidade multa); 
• Não pode arremessar nem deixar que seus passageiros 
arremessem objetos para fora do veículo (art. 172, penalidade multa); 
• Deve verificar se há combustível suficiente e se todos os equipamentos 
obrigatórios do veículo estão funcionando devidamente (art. 180, 
penalidade multa); 
• As condições do veículo também são de responsabilidade do 
proprietário e condutor (art. 230, penalidade multa e medida 
administrativa, retenção do veículo); 
• Verificar os equipamentos obrigatórios, combustível suficiente e a 
documentação é imprescindível à segurança (art. 105, penalidade multa 
e medida administrativa retenção do veículo); 
• Não estacionar em locais proibidos, em esquinas, faixas de pedestres, 
calçadas e demais locais que atrapalham a circulação de veículos e 
pedestres (art. 181, XVIII, art. 181, I, art. 181, VIII, com penalidade de 
multa e medida administrativa remoção do veículo); 
• Não parar em fila dupla, locais de proibido parar, faixas de pedestres, 
cruzamentos de vias, na pista de rolamentoe outros locais que 
aumentam o risco de acidentes (art. 181, XI, art. 181, XIX, art. 182, VI, 
art. 182, VII, art. 182, V, com penalidade multa e medida administrativa 
remoção do veículo). 
 
A negligência pode gerar acidentes. O descumprimento a qualquer uma 
dessas regras é considerado infração de trânsito. 
 
Todas essas regras de circulação têm como objetivo orientar o condutor para 
a utilização correta das vias públicas e auxiliar para o bom 
comportamento no trânsito. Seguindo-as, o condutor contribuirá para um 
trânsito mais seguro. 
106
É muito importante recordar: 
• Nenhum condutor poderá obstruir a marcha normal dos demais veículos
em circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade
anormalmente reduzida;
• Sempre que o condutor quiser diminuir a velocidade de veículo, deverá,
antes, certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes
para os outros condutores, a não ser que haja perigo iminente;
• Todo condutor deverá indicar a manobra de redução de velocidade de
forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida;
• Nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do
cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito
transversal, mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja
favorável.
Segundo o CTB (BRASIL, 1997), quando o condutor está em circulação com 
um veículo e se aproxima de qualquer tipo de cruzamento, é preciso ter 
prudência e transitar em velocidade moderada, a fim de parar o veículo com 
segurança para dar preferência aos pedestres e veículos. 
Normas de circulação para pedestres 
Lembre-se de que existem também vias e áreas destinadas aos pedestres 
e normas de circulação para eles: 
• Quando o ciclista está desmontado e empurrando a bicicleta, ele é
considerado um pedestre;
• As travessias devem ser feitas pela faixa de segurança e
somente quando o sinal do semáforo estiver favorável para o pedestre.
• Em vias urbanas, os pedestres devem utilizar os passeios e as
calçadas. Quando não houver passeios ou quando não for possível sua
utilização, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita
com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única,
107
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a 
segurança ficar comprometida; 
• Em vias rurais, os pedestres devem usar o acostamento no sentido
contrário do fluxo de veículos e em uma única fila. Quando não houver
acostamento ou quando não for possível sua utilização, a circulação de
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os
veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao
deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e
nas situações em que a segurança ficar comprometida.
Condutor: além de seguir essas normas e condutas estabelecidas 
pelo CTB, é preciso estar sempre atento às condutas dos demais 
motoristas e pedestres, pois um simples descuido poderá gerar um 
grave acidente. Respeite as normas, respeite o trânsito! Bons estudos e até a 
próxima Unidade de Estudos. 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: . 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da 
profissão de motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, 
aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis n. 9.503, 
de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 5 de 
janeiro de 2007 (empresas e transportadores autônomos de carga), para 
disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; 
altera a Lei n. 7.408, de 25 de novembro de 1985; revoga dispositivos da Lei 
n. 12.619, de 30 de abril de 2012; e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2015. Disponível em:
.
Acesso em: 7 mar. 2021.
108
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 
out. 2020. Disponível em: . Acesso em: 4 jan. 2020. 
CARVALHO, R. O manual para encontrar a posição de dirigir correta. Revista 
Quatro Rodas, 14 mar. 2017. Disponível em: 
. Acesso em: 8 nov. 2018. 
COMUNIDADE E TRÂNSITO. Educar para o trânsito. Trânsito, cidadania e 
meio ambiente. Curitiba: Tecnodata, 2006. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
LOTE lindeiro. Dicionário Informal, 2014. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 
2021. 
109
 
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 7: Sinalizações de trânsito 
Objetivo: Relembrar as sinalizações de trânsito de acordo com o Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB). 
Tópicos desta Unidade 
• Sinalização de trânsito
• Sinalização vertical
• Sinais sonoros
• Sinalização especial de advertência e indicação
• Sinalização horizontal
• Características da sinalização horizontal
• Dispositivos de sinalização auxiliar
• Gestos dos condutores
Olá! Nesta Unidade de Estudos, vamos relembrar as sinalizações de trânsito. 
Fique atento a todas as recomendações e aplique esses conhecimentos em seu 
dia a dia. Preparado para começar? Então, vamos lá! 
Sinalização de trânsito 
A sinalização é de fundamental importância para o deslocamento regular e 
seguro em vias urbanas. Além de orientar a movimentação, ela também 
propicia a organização do trânsito que fica temporariamente imobilizado em 
breves paradas ou em estacionamentos. Por isso, precisamos conhecer e 
praticar a leitura e a identificação de seus símbolos para que possamos utilizar 
os espaços de trânsito corretamente. 
Quem desrespeita a sinalização está cometendo uma infração de trânsito! 
A sinalização indica regras de trânsito por meio de formas, cores e símbolos, 
orientando o condutor a adotar uma conduta mais segura. É o conjunto de 
sinais e dispositivos de segurança colocados na via pública com 
informações direcionadas a condutores e pedestres. Envolve placas, linhas, 
110
legendas, gestos e outros, que servem para orientar o condutor e o pedestre 
quanto ao seu deslocamento. A sinalização orienta e oferece segurança e 
conforto aos usuários da via, além de melhorar o fluxo no trânsito. 
Segundo o art. 87 do CTB, os sinais de trânsito classificam-se em: 
I. verticais;
II. horizontais;
III. dispositivos de sinalização auxiliar;
IV. luminosos;
V. sonoros;
VI. gestos do agente de trânsito e do condutor.
Brasil, 1997. 
Quando a sinalização for insuficiente ou estiver incorreta, não serão aplicadas 
as sanções previstas no CTB. 
Em uma ordem hierárquica, primeiramente devemos obedecer às ordens do 
agente de trânsito sobre a circulação e demais sinais; depois, as indicações do 
semáforo sobre os demais sinais; em seguida, as indicações dos sinais sobre as 
outras normas de trânsito. 
Vamos ver agora os conjuntos de sinalização. Acompanhe! 
Sinalização vertical 
É um subsistema de sinalização viária posicionado verticalmente, 
normalmente em placa, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista. Tem 
como função transmitir mensagem de caráter permanente e, eventualmente, 
variável, por meiode legendas e/ou símbolos pré-reconhecidos e legalmente 
instituídos. 
As placas de sinalização vertical podem ser de: 
• regulamentação;
• advertência;
• indicação.
111
Vamos relembrar, a seguir, cada um desses modelos? 
Sinalização de regulamentação 
Esse tipo de sinalização indica condições, proibições, obrigações ou 
restrições relacionadas ao que podemos ou não fazer na via. São 51 placas 
diferentes (anexo II do CTB) que se encontram nos perímetros urbano e rural. 
As placas de regulamentação1 apresentam mensagens imperativas, e o 
desrespeito a elas constitui infração (com penalidade de multa). Essas placas 
representam obrigações (29 placas) e proibições (20 placas). Quando cortadas 
por uma tarja vermelha, a ação nelas representada é proibida. Sem a tarja, a 
ação nelas representada constitui-se em uma obrigação. 
Figura 1 – Placas de regulamentação 
Com relação ao formato das placas de regulamentação, às 49 placas somam-se 
duas exceções: a R-1(octogonal) informando a “Parada obrigatória” em 
cruzamentos e a R-2 (triangular) informando “Dê a preferência” no encontro de 
vias. Essas placas apresentam formato diferenciado a fim de serem 
reconhecidas de qualquer ângulo; as demais são circulares e posicionadas do 
lado direito das vias, de frente para o condutor. 
1 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2197/assets/img/Placas_regulamentacao_nt1_ue7.pdf
112
https://www.plataformajornada.com.br/aulas/aulasTemp/NT_13/UE_59/regulamenta%C3%A7%C3%A3o_nt2_ue7.pdf
Figura 2 – Placas de regulamentação de formatos diferentes 
Sinais de regulamentação podem ter informações complementares, tais como 
período de validade, características e uso do veículo e condições de 
estacionamento. Devem estar em uma placa adicional ou incorporada à placa 
principal, formando um só conjunto, na forma retangular, com as mesmas cores 
do sinal de regulamentação. Essas informações adicionais precisam ser lidas 
com atenção, pois podem trazer períodos de permissão ou de proibição, acesso 
restrito, tempo de permanência nas vagas etc. 
Observe o exemplo a seguir: 
Figura 3 – Sinalização de regulamentação com informações complementares 
Sinalização de advertência 
Tem por finalidade alertar os usuários da via para condições 
potencialmente perigosas, indicando sua natureza. A forma padrão dos 
113
sinais de advertência é quadrada, e uma das diagonais deve estar na posição 
vertical. À sinalização de advertência estão associadas as cores amarela e 
preta. 
Veja em detalhes, as placas de sinalização de advertência2 e seus respectivos 
significados. 
As placas de “Sentido único”, “Sentido duplo” e “Cruz de Santo André” são as 
exceções dos formatos apresentados como padrão. Observe: 
Figura 4 – Placas de advertência com formato diferentes 
No caso de sinalização especial de advertência para obras, utiliza-se a forma 
padrão. O que muda é apenas a cor (de amarelo para laranja). 
Figura 5 – Sinalização de advertência para obras 
 Você Sabia? 
A explicação para a placa A-4, que adverte ao condutor a existência 
de cruzamento de linha férrea, ser conhecida como Cruz de Santo 
André é de caráter religioso, pois André, seguidor de Jesus Cristo, irmão dos 
discípulos Pedro e Tiago, foi crucificado em uma cruz do tipo Crux Decussata, 
em forma de X. Ao longo dos séculos, esse tipo de cruz, em X, ficou conhecido 
como Cruz de Santo André. 
2 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2197/assets/img/Placas_Advertencia_nt1_ue7.pdf
114
Sinalização especial de advertência 
Tem a função de chamar atenção dos condutores de veículos para a 
existência de perigo na via ou nas proximidades. Ela pode ser: 
1. Especial para faixas ou pistas exclusivas de ônibus;
2. Especial para pedestres;
3. Especial de advertência somente para rodovias, estradas e vias de trânsito
rápido.
Caso seja necessário incluir informações complementares aos sinais de 
advertência, estas devem ser inscritas em placa adicional ou incorporadas à 
placa principal, formando um só conjunto. 
Sinalização de indicação 
Indica as vias e os locais de interesse, a fim de orientar os condutores 
quanto aos percursos, destinos, distâncias e serviços auxiliares. Essas 
sinalizações têm caráter informativo ou educativo e são divididas nos 
seguintes grupos: 
Placas de identificação: têm por finalidade identificar as vias e os locais de 
interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto a percursos, 
destinos, distâncias, serviços auxiliares e também ter como função a educação 
do usuário. Posicionam o condutor ao longo do deslocamento ou com relação a 
distâncias ou locais de destino. 
Placas de identificação de rodovias e estradas: 
a. Placas de identificação de municípios;
b. Placas de identificação de interesse de tráfego e logradouros;
c. Placas de identificação nominal de pontes, viadutos,
d. Placas de identificação quilométrica;
e. Placas de pedágio.
115
a. Placas indicativas de sentido (direção);
b. Placas indicativas de distância;
c. Placas diagramadas.
Placas educativas para pedestres e condutores. 
Placas de serviços auxiliares, que, em geral, apresentam as cores azul, branca 
e preta. 
Placas de atrativos turísticos, cujo fundo e legenda devem ter respectivamente 
as cores marrom e branca. 
Confira exemplos dessas placas a seguir. 
1 Placas de identificação de rodovias e estradas 
2 Placas de orientação de destino 
3 Placas educativas para pedestres e condutores 
4 Placas de serviços auxiliares 
5 Placas de atrativos turísticos 
Saiba mais sobre a sinalização de indicação e as placas de serviços auxiliares3. 
3 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2197/assets/img/Manual_vol_III.pdf
116
Placas de orientação de destino: 
A sinalização horizontal é composta por linhas, marcações, símbolos e 
legendas, que são pintados ou colocados nas vias com o objetivo de organizar 
o trânsito e complementar a sinalização vertical de regulamentação, advertência
ou indicação.
O conjunto composto por linhas, marcações, símbolos e legendas é chamado
de marca viária e tem a função de regulamentar, advertir, informar ou
indicar ao condutor e ao pedestre qual é o comportamento ideal naquela
via.
Características da sinalização horizontal 
No Quadro 1, a seguir, você pode conferir alguns dos padrões de traçados e 
cores da sinalização horizontal. 
Quadro 1 – Tipos de traçados e cores utilizados na sinalização horizontal 
Traçado Significado 
Contínuo Linhas simples e contínuas, longitudinais ou 
transversais: Proibida a ultrapassagem em ambos os 
sentidos. 
Tracejada ou 
seccionada 
Linhas simples com espaçamentos de extensão igual ou 
maior que o traço: Permitida a ultrapassagem em ambos 
os sentidos. 
Símbolos e 
legendas 
Informações escritas ou desenhadas complementares à 
sinalização: Parar, permitido para cadeirante. 
Cores Utilização 
Amarela 1. Separar movimentos veiculares de fluxos
opostos.
2. Regulamentar ultrapassagem e deslocamento
lateral.
3. Delimitar espaços proibidos para estacionamento
e/ou parada.
4. Demarcar obstáculos transversais à pista
(lombada).
Vermelha 1. Demarcar ciclovias ou ciclofaixas.
2. Inscrever símbolo (cruz).
117
Sinalização horizontal 
Branca 1. Separar movimentos veiculares de mesmo
sentido.
2. Delimitar áreas de circulação, linha de bordo.
3. Delimitar trechos das pistas destinados ao
estacionamento regulamentado de veículos em
condições especiais.
4. Regulamentar faixa de travessia de pedestres.
5. Regulamentar linha de transposição e
ultrapassagem.
6. Demarcar linha de retenção e linha de “Dê a
preferência”.
7. Inscrever setas, símbolos e legendas.
Azul 1. Inscrever símbolo em áreas especiais de
estacionamento ou de parada para embarque e
desembarque para pessoas com deficiência
física.
Preta 1. Informações escritas ou desenhadas
complementares à sinalização: Parar, permitido
para cadeirante.
Fonte:Brasil, 1997. 
A sinalização horizontal pode ser classificada em: 
Marcas transversais 
Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam com o 
deslocamento de outros veículos e pedestres. São subdivididas em: 
118
Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo. 
Linhas de estímulos à redução de velocidade 
Conjunto de linhas paralelas que, pelo efeito visual, induzem o condutor a 
reduzir a velocidade do veículo. 
119
Linha de retenção 
Direcionam a circulação de veículos pela marcação de área de pavimento 
não utilizável. 
Faixas de travessia de pedestres 
Regulamentam o local de travessia dos pedestres. 
Marcação de cruzamentos rodocicloviários 
Regulamenta o local de travessia dos ciclistas. 
120
Marcas de canalização 
Indica a área em que o condutor não deve parar ou estacionar o veículo para 
não prejudicar a circulação. 
Marca de área de cruzamento com faixa exclusiva 
Indica ao condutor a existência de faixa exclusiva. 
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – CONTRAN, 2007. 
Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada 
Delimitam e proporcionam melhor controle das áreas nas quais o 
estacionamento e a parada de veículos são proibidos ou regulamentados; são 
complementares à sinalização vertical quando no bordo da via. Em casos 
específicos, têm poder de regulamentação. Essas marcas são subdivididas em: 
1 Linhas de indicação de proibição de estacionamento e/ou parada (cor 
amarela): delimitam a extensão da pista ao longo da qual se aplica a 
proibição. 
2 Marca delimitadora de parada de veículos específicos (cor amarela): 
delimita a extensão da pista destinada exclusivamente à parada. 
3 Marca delimitadora de estacionamento regulamentado (cor branca): delimita 
a extensão da pista onde é permitido estacionar. As marcas podem ser em 
paralelo ao meio-fio ou em ângulo. 
121
Marcação de área de conflito 
Constituem-se em setas, símbolos e legendas que melhoram a percepção do 
condutor quanto às condições de operação da via, facilitando a tomada de 
decisão no tempo adequado. São subdivididas nos seguintes tipos: 
Símbolos 
direcionais 
Indicam mudança obrigatória de faixa ou movimentos em curva, 
minirrotatória. 
Símbolos Indicam e alertam o condutor sobre situações específicas na via. 
Ex.: símbolo de vaga prioritária para pessoas com deficiência. 
Legendas advertem acerca das condições particulares de operação de via e 
complementam sinais de regulamentação e advertência. Ex.: 
PARE. 
Além disso, as marcas viárias podem apresentar diversos padrões que 
transmitem diferentes significados. Observe: 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: 
simples contínua 
Não permite ultrapassagem e deslocamentos 
laterais. 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: 
simples seccionada 
Permite ultrapassagem e deslocamentos 
laterais. 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: 
dupla contínua 
Não permite ultrapassagem e deslocamentos 
laterais. 
122
Inscrições no pavimento 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: 
contínua e seccionada 
Permite a ultrapassagem para um único 
sentido, aquele em que está seccionado. 
Linha de divisão de fluxos opostos amarela: 
dupla seccionada 
Permite ultrapassagem. 
Linha de divisão de fluxos de mesmo 
sentido branca: contínua 
Não permite ultrapassagem e transposição de 
faixa de trânsito. 
Linha de divisão de fluxos de mesmo 
sentido branca: seccionada 
Permite ultrapassagem e transposição de faixa 
de trânsito. 
Linha de bordo branca 
Delimita, com linha contínua, a parte da pista 
destinada ao deslocamento dos veículos. 
Linhas de continuidade amarela ou branca 
Dá continuidade visual às marcações 
longitudinais (cor branca, quando dá 
continuidade a linhas brancas; cor amarela, 
quando dá continuidade a linhas amarelas). 
Sinalização horizontal 
Fonte: Brasil, 2007d. 
123
Na sinalização horizontal, a marca que indica ao condutor o local limite em que 
se deve parar o veículo é chamada de Linha de Retenção! 
Dispositivos de sinalização auxiliar 
Esses dispositivos são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela ou 
nos obstáculos próximos, com a finalidade de tornar mais eficiente e segura a 
operação da via. 
Compostos de cores, formas e materiais diversos, dotados ou não de 
refletividade, suas funções são: reduzir a velocidade praticada; oferecer proteção 
aos usuários; incrementar a visibilidade da sinalização, do alinhamento da via e 
de obstáculos à circulação; bem como alertar os condutores para situações de 
perigo potencial, de caráter permanente, temporário ou emergencial. 
Os seguintes dispositivos também podem ser elencados como auxiliares da 
sinalização de trânsito: 
Pavimentos 
Coloridos, rugosos, pisos franjados e ondulações transversais. 
Dispositivos de proteção contínua 
Gradis de canalização e retenção, dispositivos de contenção e bloqueio, 
defesas metálicas, barreiras de concreto e dispositivos antiofuscamento. 
Dispositivos luminosos 
Painel eletrônico, barreira eletrônica e semáforos, cuja função é coordenar o 
trânsito alternando a passagem de veículos e pedestres. 
Dispositivos de uso temporário 
Cones, cilindros, balizadores, cavaletes, tapumes, fitas zebradas, barreiras, 
gradis, bandeiras e faixas. 
Sinalização semafórica para pedestres 
Orientação para travessia dos pedestres. A cor vermelha indica que os 
veículos estão se deslocando e está proibida a travessia de pedestres. A 
cor verde indica que o pedestre pode atravessar. E a cor vermelha 
intermitente avisa que os pedestres não devem iniciar travessia, pois a via 
será liberada aos veículos. 
Gestos dos condutores 
Os sinais por gestos servem para reforçar ou substituir a sinalização 
deficiente do veículo. Muitos motoristas perderam o hábito do uso de gestos, 
mas os veículos de tração humana não apresentam dispositivos luminosos de 
124
sinalização, como as bicicletas, por exemplo, portanto seus condutores usam 
frequentemente os gestos. Veja, na imagem a seguir, alguns exemplos desses 
sinais. 
Dobrar à esquerda Dobrar à 
direita 
Diminuir a 
marcha ou 
parar 
Sinais por gestos realizados pelos condutores 
Sinais sonoros 
São utilizados junto aos gestos dos agentes na coordenação do fluxo. Os 
silvos, como são chamados, servem para chamar a atenção de motoristas sobre 
a atuação do agente de trânsito. 
O agente de trânsito é a autoridade máxima no momento em que está atuando. 
Desobedecer às ordens do agente de trânsito, conforme o art. 195 do CTB, 
constitui infração grave (BRASIL, 1997). 
A buzina dos veículos é o sinal sonoro utilizado pelos condutores. 
Ela pode ser usada para alertar situações incomuns no trânsito, como um 
pedestre que está atravessando a rua em meio ao fluxo de veículos. 
Veja, no Quadro 2, os tipos de sinais usados pelos agentes de trânsito. 
Quadro 2 – Tipos de sinais sonoros usados pelos agentes de trânsito 
Sinais de apito Significado Emprego 
Um silvo breve Siga Liberar o trânsito em 
direção/sentido indicado 
pelo agente. 
Dois silvos breves Pare Indicar parada 
obrigatória. 
125
Um silvo longo Diminua a marcha Quando for necessário 
fazer diminuir a marcha 
dos veículos. 
Fonte: Adaptado de BRASIL, 1997. 
 
Algumas inserções de sinalização definidas pelas Leis n. 10.048/2000 e 
10.098/2000 
 
As Leis n. 10.048, de 8 de novembro de 2000 (BRASIL, 2000a), e n. 10.098, de 
19 de dezembro de 2000 (BRASIL, 2000b), estabelecem normas gerais e 
critérios básicos para a promoção de acessibilidade a pessoas com deficiência 
ou com mobilidade reduzida. Com isso, outras orientações surgiram na área de 
sinalização. 
 
No Capítulo III, a Lei n. 10.098/2000 (BRASIL, 2000b) dispõe a respeito do 
desenho e da localização do mobiliário urbano: 
Art. 8.º Os sinais de tráfego, semáforos, postes de 
iluminação ou quaisquer outros elementos verticais de 
sinalização que devam ser instalados em itinerário ou 
espaço de acesso para pedestres deverãoser dispostos de 
forma a não dificultar ou impedir a circulação, e de modo 
que possam ser utilizados com a máxima comodidade. 
Art. 9.º Os semáforos para pedestres instalados nas vias 
públicas deverão estar equipados com mecanismo que 
emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, 
ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou 
orientação para a travessia de pessoas portadoras de 
deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a 
periculosidade da via assim determinarem. 
Art. 10.º Os elementos do mobiliário urbano deverão ser 
projetados e instalados em locais que permitam sejam eles 
utilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou com 
mobilidade reduzida. 
Brasil, 2000b. 
 
126
Além disso, a Resolução do Contran n. 304, de 18 de dezembro de 2008 
(BRASIL, 2008), discorre sobre as vagas de estacionamento destinadas 
exclusivamente a veículos que transportam pessoas com necessidades 
especiais e com dificuldade de locomoção4. 
O art. 81 do CTB institui que, nas vias públicas e nos imóveis, é proibido colocar 
luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que possam gerar 
confusão, interferir na visibilidade da sinalização e comprometer a segurança do 
trânsito (BRASIL, 1997). O grande acúmulo de anúncios que desviam a atenção 
dos condutores nas ruas é chamado de poluição visual. 
No Anexo I da Resolução n. 3045 do Contran (BRASIL, 2008) está disponível o 
modelo de sinalização vertical de regulamentação das vagas de estacionamento 
exclusivas para esses veículos. 
Algumas sinalizações, como painéis ou faixas, poderão complementar as já 
existentes de forma a auxiliar o cidadão em relação a regras, restrições, 
possíveis congestionamentos e acidentes. As câmeras de monitoramento 
urbano também auxiliam a fiscalização no controle de problemas e 
irregularidades. 
As imagens captadas pelas câmeras são projetadas em um painel e, com base 
nelas, os operadores enviam informações rápidas aos painéis de trânsito por 
meio de computadores. Assim, os condutores recebem informações em tempo 
real sobre o trânsito e orientações a respeito das vias públicas. 
Finalizamos esta unidade de estudos e esperamos que você tenha 
atualizado seus conhecimentos sobre os tipos de sinalização de 
trânsito. Agora, é só observar atentamente as sinalizações e cumprir 
4 As vagas destinadas exclusivamente a veículos que transportam pessoas com deficiências e com 
dificuldade de locomoção também são dispostas em espaços comerciais que seguem esse mesmo 
critério de acessibilidade. A lei 13.281/16, mudou a penalidade de quem descumpre a regra das vagas 
especiais. 
A infração passou a ser gravíssima e sete pontos na CNH. No espaço público, o infrator poderá ter seu 
veículo removido pela autoridade competente. 
5 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2197/assets/img/Resolucao304.pdf
127
http://www.plataformajornada.com.br/aulas/aulasTemp/NT_396/UE_1762/nt2ue7link.pdf
seu papel de cidadão, seja pedestre ou condutor. Até a próxima Unidade de 
Estudos! 
Referências 
BARBOSA, R. E. Dispositivos auxiliares e sinalização temporária. Brasília: 
Denatran, Ministérios das Cidades, 2014. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2021. 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: . Acesso 
em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 10.048, de 8 de novembro de 2000. Dá prioridade de atendimento 
às pessoas que especifica, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 nov. 2000a. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e 
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de 
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 20 dez. 2000b. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 13.281, de 4 de maio de 2016. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e a Lei nº 13.146, de 6 de 
julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 jun. 
2016. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em:
128
. 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Resolução n. 304, de 18 de dezembro de 2008. Dispõe sobre as vagas 
de estacionamento destinadas exclusivamente a veículos que transportem 
pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 22 dez. 2008. Disponível 
em: em: . Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Resolução n. 236, de 11 de maio de 2007. Aprova o Volume IV – 
Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Diário 
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 21 maio, 2007. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Placas de Indicação e Placas de Atrativos Turísticos. DER – 
Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas, S.d. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 
2021. 
_____. Manual brasileiro de sinalização de trânsito. Volume III – Sinalização 
vertical de indicação. Brasília: Denatran, 2014. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
129
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 8: Meio ambiente 
 
Objetivo: Compreender a legislação de trânsito que prevê infrações e 
penalidades a fim de auxiliar na proteção ambiental. 
 
Tópicos desta Unidade 
• O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente 
• Poluição do ar, da água e do solo 
• Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas 
• Materiais recicláveis 
• Poluição sonora 
 
Olá! Nesta Unidade, você terá a oportunidade de relembrar a 
legislação de trânsito e a relação desta com o meio ambiente. 
Vamos iniciar? Bons estudos! 
 
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente 
 
Você já presenciou algum condutor ou passageiro arremessando 
objetos pela janela de um veículo? 
 
Essa situação é passível de penalidade, conforme prevê o CTB − Lei n. 9.503, 
de 23 de setembro de 1997 (BRASIL, 1997). 
 
Falar sobre trânsito e meio ambiente parece, a princípio, um assunto distante 
um do outro, mas não é. Depois das fábricas, o carro é o maior agente poluidor 
dos centros urbanos, pois o grande número de veículos e a emissão constante 
de seus resíduos fazem dele um vilão para o meio ambiente. 
 
Todos os anos são realizadas reuniões, no Brasil e no mundo, sobre meio 
ambiente e sobre os impactos causados pela sua destruição, com o objetivo de 
130
elaborar e efetivar acordos que garantam modos de vida mais sustentáveis e 
mecanismos para um equilíbrio consciente entre o ser humano ea natureza. 
Mas quando se fala sobre a relação ser humano-meio ambiente-veículo, todas 
as pessoas podem contribuir para a preservação ambiental. Ações como lavar 
o veículo com o uso de uma mangueira pode provocar grande desperdício de
água, por isso o ideal é levar o veículo em lugares especializados para esse
serviço, dando preferência às lavagens a seco com produtos biodegradáveis
que não poluam o meio ambiente.
Por meio de acordos internacionais, os códigos ambientais estabelecidos no 
Brasil objetivam o controle de emissão de poluentes, a pesquisa e a 
qualidade de vida. 
O Contran, juntamente com outros órgãos, estabelece punição para quem 
descumpre as normas de controle ambiental direcionado aos veículos. A 
finalidade é garantir e preservar a vida, a saúde e o meio ambiente. 
A Legislação de Trânsito define as responsabilidades em relação à 
proteção ao meio ambiente, além de apresentar infrações e penalidades. 
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é o conjunto de órgãos e entidades 
da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios, que têm a 
finalidade de exercer as atividades que envolvem o trânsito (BRASIL, 
1997), além de priorizar ações em defesa da vida, incluindo a preservação do 
meio ambiente e a fiscalização do nível de emissão de poluentes e ruídos. 
A poluição ambiental agride o ar, a água e o solo, contaminando todas as 
formas de vida. Existem vários tipos de poluição resultantes das atividades 
humanas, entre as quais: 
131
Poluição do ar 
 
A queima incompleta de combustíveis é a principal causa de poluição do ar; 
entre os principais poluidores do meio ambiente destacam-se as indústrias, as 
usinas e os veículos. Os veículos a combustão emitem alguns gases poluentes, 
como o monóxido de carbono, o chumbo e o nitrogênio. O nível elevado de 
poluição no ar pode ser sentido pelos seres humanos por meio de alguns 
sintomas, como a ardência nos olhos, náuseas e dificuldade de respirar. 
 
Poluição da água e do solo 
 
Os veículos contribuem para esse tipo de poluição, principalmente pela troca 
de óleo e lubrificantes mal acondicionados e por produtos utilizados em sua 
lavagem periódica. 
 
Poluição sonora 
 
Alguns sons emitidos pelos veículos são responsáveis pela redução da 
qualidade de vida, portanto recomenda-se manter o motor regulado, o 
escapamento em bom estado e evitar o uso desnecessário da buzina. 
 
Poluição atmosférica: emissão de gases e partículas 
 
A poluição atmosférica nas grandes cidades afeta a saúde das pessoas e 
impacta diretamente na qualidade de vida delas. Os altos índices de poluição 
no ar têm uma parcela importante na emissão de poluentes produzidos pelos 
veículos automotores, porém as indústrias e as queimadas também contribuem 
substancialmente para esse quadro. 
 
O art. 104 do CTB (BRASIL, 1997) estabelece que os veículos em 
circulação terão as condições de segurança, de controle de emissão de 
gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será 
obrigatória, na forma e na periodicidade estabelecidas pelo Conselho Nacional 
132
de Trânsito (Contran), para os itens de segurança, e pelo Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (Conama), para emissão de gases poluentes e ruídos. 
A emissão irregular de gases produzida por veículos é infração de 
natureza grave. Em seu parágrafo 5.º, o CTB prevê que será “aplicada a 
medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de 
segurança e na emissão de gases poluentes e ruído” (BRASIL, 1997). 
Poluição emitida pelas indústrias Poluição emitida pelos automóveis 
Leia, a seguir, algumas informações que podem ajudar a reduzir a poluição e 
também gastar menos combustível: 
• Trocar a marcha na rotação correta;
• Evitar reduções constantes de marcha, acelerações bruscas e freadas
em excesso;
• Desligar o veículo em caso de longas paradas.
Manter o veículo sempre em boas condições mecânicas contribui 
para a preservação do meio ambiente! 
E o que o CTB prevê em relação à atuação do condutor e à proteção do meio 
ambiente? 
Art. 172: Atirar do veículo ou abandonar na via objetos 
ou substâncias: 
• Infração: média.
• Penalidade: multa
Brasil, 1997. 
133
Figura 1 – Dê o destino certo a cada tipo de resíduo que recolher em seu veículo 
É necessário manter as vias de trânsito limpas e em condições de uso. O 
consumismo desenfreado impacta diretamente o equilíbrio ambiental, 
principalmente pelo grande aumento da produção de materiais 
descartados. Por isso, é importante identificar os produtos que podem ser 
reutilizados com outra função e aqueles que podem ser reciclados, ou seja, 
transformados em novos materiais. Lixo será somente aquilo que não puder ser 
reutilizado ou reciclado. 
A seguir, alguns exemplos de materiais e o tempo que levam para se degradar: 
134
Figura 2 - Tempo de degradação para deixar de causar danos ao meio ambiente 
Fonte: DETRAN-PR, S.d. 
Nunca jogue lixo e outros objetos pela janela do carro, não retire flores e 
folhagens das margens da via e, quando for à praia ou ao parque, recolha 
o seu lixo.
E quanto aos materiais recicláveis? 
Materiais recicláveis 
Você já sabe que, daquilo que comumente chamamos de lixo, grande parte 
pode ser reciclada e reutilizada. O material reciclável pode ser reutilizado e 
transformado em novos objetos. Portanto, para que isso aconteça, o lixo deve 
ser separado. 
Praticamente todos os materiais descartados podem ser reciclados. 
Entretanto, antes de separá-los, é necessário tomarmos alguns cuidados, como 
retirar os resíduos de alimentos que ficam nas embalagens, para evitar a 
contaminação e não estragar o material. 
135
Figura 3 – Você é responsável pelo destino que dá aos resíduos que produz 
De modo geral, os meios de transportes, como carros, motos, caminhões e 
ônibus, também produzem lixo durante sua vida útil. Essa produção de 
resíduos ocorre nas trocas de fluidos, materiais e peças. Por isso, é importante 
saber que os resíduos produzidos pelos veículos são do tipo industrial e 
devem ser descartados em locais apropriados. 
Os pneus, quando chegam ao final da vida útil, devem ser levados a um local 
apropriado, como uma revenda de pneus, uma borracharia ou um ponto de 
coleta de pneus da Prefeitura Municipal. Os pneus descartados podem ser 
reaproveitados de diversos modos, por exemplo, como combustível alternativo 
para indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapatos, borrachas de 
vedação, pavimentação de vias públicas etc. 
136
 
 
Figura 4 – Pneus descartados incorretamente 
 
Separe o lixo orgânico (alimentos e também o lixo de banheiro) dos recicláveis 
(vidros, papéis, plásticos e latas), faça o descarte correto dos materiais e 
colabore com a saúde do meio ambiente! 
 
Além do lixo descartado de forma incorreta, há outros fatores que 
podem causar a poluição ambiental. Vamos conhecê-los? 
 
Queimadas 
 
As queimadas nos centros urbanos e no perímetro rural ainda são realidade em 
nosso país. Apesar de proibido, o homem continua usando desse mau hábito 
para se livrar de matérias que se acumulam em terrenos públicos ou privados. 
Essa prática pode ser muito perigosa, pois as queimadas podem sair do 
controle e causar grandes danos ao ambiente e à população, causando 
acidentes e trazendo prejuízos irreversíveis. 
 
Fogueiras, queima de materiais e bitucas de cigarro podem causar 
grandes incêndios. 
137
 
Ao longo das vias, a fumaça das queimadas pode prejudicar a visão do 
motorista e provocar dificuldade de respiração, o que aumenta o risco de 
acidentes, além de danos que podem ser irreversíveis à natureza. Qualquer ato 
que possa provocar uma queimada deve ser evitado, especialmente se o 
tempo estiver seco, o que possibilita que o fogo se alastre rapidamente e cause 
ainda mais prejuízo. 
Vegetação local e animais silvestres 
Além dos cuidados com a vegetação local, os animais silvestres também 
requerem atenção e o lugar primordialdeles é nas matas. Ajude a preservar a 
natureza! 
Respeite a sinalização em todos os lugares, principalmente nas estradas. 
A sinalização de animais silvestres nas proximidades indica que a 
velocidade do veículo deve ser reduzida. 
Poluição sonora 
A poluição sonora no trânsito tem origem em diversos fatores: motores de 
veículos desregulados, escapamentos furados ou fora do padrão, buzinas, 
alarmes e equipamentos de som com volume acima do permitido. Vamos 
ver algumas dessas causas de poluição. 
Uso de buzina, outros sons e ruídos 
A buzina é um equipamento obrigatório, mas quando usada 
indiscriminadamente é considerada poluição sonora e pode causar problemas 
auditivos, além de distrair o motorista e até ocasionar acidentes. A buzina deve 
ser usada sempre em toque breve e somente quando for necessário. 
É comum observarmos o uso da buzina em várias situações do dia a dia, por 
exemplo, quando um condutor encontra uma pessoa conhecida em seu trajeto, 
138
quando quer chamar a atenção por algum motivo ou para expressar a 
impaciência enquanto aguarda por algo ou alguém. 
O art. 227 do CTB (BRASIL, 1997) cita que é expressamente proibida a 
utilização da buzina: 
I. em situação que não a de simples toque breve como
advertência ao pedestre ou a condutores de outros
veículos;
II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III. entre (22h) vinte e duas e (6h) seis horas;
IV. em locais e horários proibidos pela sinalização;
V. em desacordo com os padrões e as frequências
estabelecidas pelo Contran.
• Infração: leve.
• Penalidade: multa.
Para saber mais, acesse a Resolução 7641, de 20 de dezembro de 2018. 
Até outubro de 2016, a legislação que dava conta do tema era 
a Resolução Contran n. 204/06. Após essa data, a Resolução Contran n. 
624/162 passou a determinar as regras nesse âmbito. 
E o que acontece com um condutor que for pego dirigindo com equipamento 
de som com volume e/ou frequência acima do permitido? 
1 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf 
2 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf 
139
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao204_06.pdf
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/RESOLU%C3%87%C3%83O_624-2016.pdf
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/RESOLU%C3%87%C3%83O_624-2016.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf
De acordo com o art. 228. do CTB, 
Usar no veículo equipamento com som em volume ou 
frequência que não sejam autorizados pelo Contran gera: 
• Infração: grave.
• Penalidade: multa.
• Medida administrativa: retenção do veículo para
regularização.
Brasil, 1997. 
O som do carro é considerado som ambiente, ou seja, quando propagado para 
fora do veículo, torna-se irregular, causando desconforto a terceiros. 
A altura excessiva do volume do som não permite que o condutor perceba 
riscos e emergências à sua volta, além de causar danos ao aparelho auditivo, 
por isso é necessário deixar o som em um volume audível apenas no interior 
do veículo. Assim, o motorista poderá perceber alarmes de emergência, como 
a sirene do carro de bombeiros, da ambulância e da polícia, entre outros tipos 
de alerta. 
O CTB prevê a proibição do uso de qualquer equipamento que 
produza poluição sonora, tais como: 
• roncos de motor;
• escapamentos abertos;
• buzinas estridentes;
• aparelhos de som em volume alto.
Além disso, o uso irregular de aparelhos de alarme e outros 
dispositivos que produzem sons e ruídos que perturbam o sossego público é 
140
fiscalizado pelo Contran e está definido no art. 229 do CTB (BRASIL, 1997). 
Em caso de desacordo com essa regulamentação, o indivíduo estará sujeito a: 
• Infração: média;
• Penalidade: multa e apreensão do veículo;
• Medida administrativa: remoção do veículo.
Carros com alto-falantes, trios elétricos e outros veículos que produzam sons e 
barulhos acima do limite necessitam de autorização especial para essa função 
e devem estar regulamentados pela lei. 
Como você sabe, os limites de barulho são regulamentados por lei. Então, é 
importante a atenção às placas de sinalização e aos limites de ruídos para o 
dia e para a noite, principalmente em lugares próximos a hospitais e escolas. 
Pequenos detalhes do dia a dia fazem a diferença no momento de dirigir e 
colaboram com o meio ambiente. Para que todos os usuários tenham 
qualidade no trânsito, é importante que cada um reflita a respeito de suas 
respectivas atitudes, sem agredir o meio ambiente. 
O art. 231 do CTB (BRASIL, 1997) determina algumas penalidades para quem 
transitar com o veículo: 
I. danificando a via, suas instalações e equipamentos;
II. derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
a) carga que esteja transportando;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente.
• Infração − gravíssima.
• Penalidade – multa.
• Medida administrativa − retenção do veículo para
regularização.
III. produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
superiores aos fixados pelo Contran;
141
IV. com suas dimensões ou de sua carga superiores aos 
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem 
autorização. 
• Infração − grave. 
• Penalidade – multa. 
• Medida administrativa − retenção do veículo para 
regularização. 
 
 
Nesta unidade, você relembrou que é preciso manter as vias 
públicas, as calçadas e os recantos em perfeitas condições, além 
de respeitar o direito de silêncio. Agora é com você! Preservar o 
meio ambiente e respeitar o trânsito são atos de responsabilidade individual e 
coletiva de toda a sociedade. Até a próxima Unidade! 
 
Referências 
 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 
set. 1997. Disponível em: . 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
. 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
DETRAN-PR. Detran na escola – Manual do professor. Ensino Fundamental 1, 
3º ano. DetranPR, S.d. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
 
142
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 9: Elementos poluidores e os cuidados para a 
conservação dos veículos 
Objetivos: 
• Entender os elementos dos veículos que podem poluir o meio ambiente;
• Conhecer os cuidados para conservar os veículos.
Tópicos desta Unidade 
• Elementos poluidores dos veículos e os cuidados na sua conservação
• Como poluir menos
• Outras soluções para a redução da poluição do ar
• Os 5 Rs para um trânsito melhor
Olá! Nesta última Unidade deste núcleo temático, você vai 
perceber que é necessário conservar o veículo para diminuir a 
poluição e também que algumas atitudes no dia a dia podem 
ajudar na preservação do meio ambiente. Vamos em frente? 
Elementos poluidores dos veículos e os cuidados na sua conservação 
Adulteração de combustíveis, alémde ser crime no Brasil, é sempre um 
assunto polêmico, pois afeta não só o desempenho do veículo, mas também a 
economia e o meio ambiente. 
Você sabe como é realizada essa adulteração? 
Geralmente são adicionados à gasolina produtos mais baratos e não 
autorizados. Esse procedimento faz com que aumente a lucratividade no 
momento da venda, mas traz grandes prejuízos ao consumidor e ao meio 
ambiente. Normalmente, são adicionados etanol, óleo diesel, solventes, 
143
aguarrás, querosene, entre outros. Na queima, esses elementos liberam gases 
altamente tóxicos e nocivos à natureza. 
Com relação aos veículos, comprometem o motor afetando sua autonomia e o 
desgaste de peças, exigindo uma manutenção mais frequente e, 
consequentemente, gerando mais despesas. 
Figura 1 – Ao abastecer o veículo, você é consumidor. Procure por combustíveis com garantias de qualidade. 
Como poluir menos? 
Algumas ações realizadas no dia a dia fazem diferença no momento de dirigir e 
colaboram para a diminuição da poluição do meio ambiente. Para termos um 
trânsito de boa qualidade e sem agressão ao meio ambiente, é importante que 
cada um reflita sobre as suas próprias atitudes como motorista e como 
pedestre. 
144
Você Sabia? 
É possível economizar até 10% de combustível com a 
verificação frequente de velas e pneus e com a manutenção 
correta do veículo. 
Acompanhe as dicas a seguir e veja como é possível economizar combustível 
e reduzir a poluição: 
• Troque a marcha na rotação correta do motor;
• Observe e acompanhe a vida útil de alguns elementos do veículo como
os filtros de óleo e de ar, o óleo e o catalisador. Esses componentes são
importantes para o controle da poluição.
• Evite reduções constantes de marcha, acelerações e freadas bruscas;
• Desligue o veículo em caso de longas paradas;
• Procure manter velocidades constantes enquanto trafega;
• Não se deve ficar acelerando quando o veículo estiver parado;
• Faça sempre a manutenção e a revisão do veículo, conforme
especificado pelo fabricante (consulte o manual do proprietário do
veículo);
• Faça sempre a manutenção preventiva do escapamento, sistema de
injeção e purificador de ar, conforme especificado pelo fabricante
(consulte o manual do veículo);
• Em veículos (antigos) com afogador, acione-o somente se necessário
para dar a partida, e lembre-se de desativá-lo em seguida.
Lembre-se de orientar os passageiros para que guardem os descartes
(lixo) do carro. Tenha sempre um porta-lixo para o descarte correto de qualquer 
item. 
145
Figura 2 – Condutor: oriente os passageiros para o descarte correto de resíduos no interior do veículo 
O crescimento e o desenvolvimento urbano e rural dependem da uma 
infraestrutura adequada de vias (estradas, ruas) que permitam o transporte de 
pessoas e produtos de modo a afetar o meio ambiente minimamente, por isso o 
equilíbrio entre trânsito e meio ambiente torna-se fundamental. Os órgãos 
executivos rodoviários, como o Departamento de Estradas de Rodagem 
(DER) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), 
dispõem de programas de atuação ambiental, visando à manutenção e à 
preservação do espaço. 
Os impactos negativos podem ser evitáveis e inevitáveis. Quando é identificado 
um impacto negativo evitável, os órgãos responsáveis executam programas 
que visam reduzir a sua extensão e intensidade. Podemos citar como exemplo 
os Programas de Salvamento da Flora, que coletam plantas em extinção nas 
áreas a serem desflorestadas e as replantam em áreas de preservação. Nos 
impactos inevitáveis, o desflorestamento da área onde é construída uma via é 
compensado: novas florestas são plantadas em outras áreas. 
146
Várias ações são desenvolvidas ou exigidas pelos órgãos responsáveis para 
que a natureza seja compensada com as alterações, por exemplo, implantação 
de recantos, manutenção de viveiros, paisagismos, canteiros. 
Lembre-se de que a preservação do meio ambiente depende não só de ações 
governamentais mas também da ação direta do ser humano. 
Outras soluções para a redução da poluição do ar 
Com o intuito de manter o ar o mais limpo possível, pode-se promover: 
• A instalação de filtros em indústrias (que devem ficar distantes dos
centros populosos);
• A criação de áreas verdes em centros urbanos;
• A verificação da quantidade de emissão de poluentes pelos veículos;
• A verificação dos níveis de poluição do ar;
• Investimentos em transportes coletivos e em veículos menos poluentes.
Utilizar mais o transporte público pode ajudar o meio ambiente, pois diminui o 
número de veículos em circulação e contribui para a redução da emissão de 
poluentes. 
Visando à redução na emissão de poluentes, já existem ônibus, em São Paulo 
e Curitiba, por exemplo, que utilizam energias alternativas, tais como o 
biocombustível, o etanol e a energia elétrica. 
Os 5 Rs para um trânsito melhor 
Cinco palavras iniciadas com a letra R representam em síntese o que se pode 
e se deve fazer para a melhoria da qualidade e do desenvolvimento sustentável 
do trânsito. Repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar são propostas de 
ação e reflexão para todos os atores envolvidos de alguma forma com o 
trânsito em todos os lugares e principalmente nos grandes centros urbanos. 
147
Aplicar os 5Rs implica agir como um consumidor consciente e refletir sobre os 
impactos que os objetos de consumo causarão no meio ambiente e, portanto, 
nas cidades e no trânsito. Exige a definição de um posicionamento. Dizer “não” 
para o que se sabe que é desnecessário, para o que consome muita energia e 
recursos naturais não renováveis impõe-se como um dever para as pessoas, 
em todos os âmbitos de suas vidas, inclusive no trânsito. 
A maioria dos plásticos é derivada do petróleo. Quando o plástico é descartado 
no meio ambiente, leva em torno de 50 anos para se decompor, pois sua 
estrutura é composta por polímeros, os quais podem ser naturais (por exemplo, 
a borracha ou a celulose que existem na natureza); ou artificiais, produzidos 
em laboratórios utilizando-se do petróleo (por exemplo, pneus, sacolas, 
silicone, entre outros). 
Nesta Unidade, você estudou sobre a importância do meio 
ambiente e a necessidade de um posicionamento responsável para 
o aumento da qualidade e da segurança no trânsito. O próximo
Núcleo Temático lhe permitirá aprofundar os estudos sobre o trânsito e ficar 
muito bem preparado! Até breve! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: . 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 
out. 2020. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2021. 
148
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE 
TRANSPORTES. Meio ambiente. DNIT, 3 maio 2012. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
PAES, J. L.; SILVA, J. N.; GALVARRO, S. F. S. Considerações sobre a 
poluição do ar em grandes metrópoles. Revista Ponto de Vista, Viçosa, Minas 
Gerais, v. 5, n. 1, 15 out. 2008. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
PETROBRAS DISTRIBUIDORA. De olho no combustível. BR, 2018. Disponível 
em: 
. 
Acesso em: 7 mar. 2021. 
PORTAL BRASIL. Meio Ambiente: melhoria na gestão de resíduos sólidos no 
Brasil. Ministério do Meio Ambiente, 14 maio239 
Avaliação das condições gerais da vítima de acidente de trânsito ................................... 239 
O que são sinais vitais? ..................................................................................................... 240 
Avaliação inicial ou primária ............................................................................................. 241 
Avaliação secundária ......................................................................................................... 244 
Massagem cardíaca ........................................................................................................... 245 
 
Unidade de Estudo 3 - Cuidados com ferimento, hemorragias, choque, convulsão, 
desmaio, fraturas, queimaduras, intoxicação e choque elétrico ..................................... 248 
Objetivo ............................................................................................................................ 248 
A função dos primeiros socorros ...................................................................................... 249 
Fraturas ............................................................................................................................ 249 
Imobilização do Local Fraturado ...................................................................................... 250 
Fratura de crânio .............................................................................................................. 254 
Fratura do pescoço ou da coluna vertebral ..................................................................... 255 
Queimadura ..................................................................................................................... 256 
Intoxicação ........................................................................................................................ 258 
Choque elétrico ................................................................................................................ 258 
Ferimentos abertos e fechados ........................................................................................ 259 
Hemorragia ....................................................................................................................... 262 
Estado de choque .............................................................................................................. 265 
Convulsão ......................................................................................................................... 266 
Desmaio ............................................................................................................................ 267 
Amputação ....................................................................................................................... 268 
 
Unidade de Estudo 4 - Cuidados com a vítima (o que não fazer) ................................... 270 
Objetivo ............................................................................................................................. 270 
Ações que devem ser executadas diante da ocorrência de acidentes de trânsito .......... 270 
Extintor de incêndio: regras vigentes ............................................................................... 272 
Comportamentos inadequados em acidentes de trânsito ............................................... 274 
Cuidados para não movimentar a vítima de acidentes .................................................... 275 
 
Núcleo Temático 4 - Relacionamento Interpessoal ................................................................. 279 
Unidade de Estudo 1 - Cidadania e relacionamento interpessoal ................................... 279 
Objetivo ............................................................................................................................. 279 
Ser humano: trânsito, cidadania e meio ambiente .......................................................... 279 
Indivíduo, grupo e sociedade ........................................................................................... 280 
Necessidades do ser humano no convívio social .............................................................. 281 
Educação para o trânsito .................................................................................................. 282 
Relação homem, via e veículo ........................................................................................... 283 
Comunicação no trânsito .................................................................................................. 284 
Relacionamento social no trânsito ................................................................................... 286 
Comportamento solidário no trânsito .............................................................................. 286 
 
Unidade de Estudo 2 – Características e perfil psicológico do condutor ............................. 288 
Objetivo ............................................................................................................................. 288 
Características do condutor .............................................................................................. 288 
Perfil psicológico do condutor .......................................................................................... 291 
Comportamentos do condutor e respeito às normas de trânsito .................................... 293 
 
Unidade de Estudo 3 - Fatores causadores de estresse .................................................. 296 
Objetivo ............................................................................................................................. 296 
Fatores que influenciam as relações no trânsito .............................................................. 296 
Fatores causadores do estresse ....................................................................................... 297 
Fatores que podem diminuir o estresse no trânsito ......................................................... 300 
 
Unidade de Estudo 4 - Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do 
processo de circulação ................................................................................................. 303 
Objetivo ............................................................................................................................. 303 
Responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo de circulação
 ........................................................................................................................................... 303 
Deveres e direitos dos motociclistas ................................................................................. 309 
Seguro DPVAT ................................................................................................................... 311 
 
Unidade de Estudo 5 - Papel dos agentes da autoridade de trânsito .............................. 314 
Objetivo ............................................................................................................................. 314 
A fiscalização de trânsito ................................................................................................... 314 
Quem é o agente da autoridade de trânsito? .................................................................. 315 
Função do agente de trânsito .......................................................................................... 316 
Infração ............................................................................................................................ 317 
Autuação .......................................................................................................................... 317 
O papel da Polícia Militar no trânsito ................................................................................ 318 
O registro do bom condutor — Registro Nacional Positivo de2020. Disponível em: 
. Acesso em: 7 mar. 2021. 
RECICLOTECA – Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente. 
Orgânicos: definição, composto e como fazer a compostagem. Recicloteca, 
2013. Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2021. 
149
Núcleo temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de Trânsito 
Brasileiro - CTB 
Unidade de Estudos 1 – Conceito de direção defensiva e condições 
adversas 
Objetivo: Identificar as formas adequadas de dirigir e os fatores que podem 
influenciar no desempenho do condutor. 
Tópicos desta Unidade 
• Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e definições
• Categorias e elementos da direção defensiva
• Condições adversas
Olá! Você sabia que é possível prevenir os principais acidentes de 
trânsito? Podemos evitar situações de risco praticando a direção 
defensiva. Nesta Unidade de Estudos, você vai conhecer os 
comportamentos corretos para dirigir com mais segurança. Preparado? Então, 
vamos lá! 
Direção defensiva e motorista defensivo: conceitos e definições 
Dirigir defensivamente é conduzir o veículo com segurança, de maneira a 
evitar acidentes, independentemente das ações incorretas dos outros 
usuários do trânsito ou de condições adversas que se apresentem para o 
momento. 
Um motorista que pratica a direção defensiva está sempre atento a tudo o 
que acontece no trânsito. Ele observa a movimentação de veículos e 
pedestres, presta atenção na sinalização, nas condições do tempo, enfim, em 
todos os elementos à sua volta. Com isso, consegue antecipar situações e 
evitar acidentes. 
150
 A educação do condutor faz toda a diferença! 
Figura 1 – O motorista defensivo está sempre atento ao trânsito 
Para o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a direção defensiva refere-se à 
postura do condutor, a fim de chamar sua atenção para a responsabilidade e a 
necessidade de se cumprir a lei, a fim de se evitar o mal maior, que seria, no 
caso, um acidente de trânsito. 
Já a legislação de trânsito, refere-se a uma questão infracional, ou seja, ao 
cometer uma infração, o cidadão será punido com multas e penalidades 
previstas em lei. 
Você se considera um motorista defensivo? 
151
Categorias e elementos da direção defensiva 
A direção defensiva pode ser dividida em duas categorias: 
Preventiva 
É a atitude do motorista que permanece atento para evitar situações de risco. 
Corretiva 
É a atitude que o motorista deve ter quando está diante de um possível 
acidente, corrigindo situações que não estavam previstas. 
O motorista defensivo sabe analisar os riscos, avaliar problemas, observar 
comportamentos e situações para evitar acidentes, apesar das condições 
adversas. 
Acompanhe a seguir os elementos da direção defensiva: 
Conhecimento 
Para que você possa conduzir o seu veículo com segurança, é 
necessário ter conhecimento prático, ou seja, saber dirigir. É 
importante conhecer também: 
• Os seus direitos e deveres como condutor e como
pedestre;
• As leis de trânsito;
• As normas;
• Os trajetos;
• As sinalizações;
• O veículo.
•
Esses conhecimentos são necessários para que você possa 
tomar boas decisões no trânsito e com agilidade, sempre que 
necessário. Isso evita danos ao motorista e ao seu carro, aos 
outros usuários e à via pública. 
Atenção 
Ao conduzir o seu veículo, esteja sempre alerta! Fique atento e 
consciente desde o momento em que entrar no veículo até 
chegar ao seu destino. O risco de acidente pode diminuir 
quando o condutor está atento! 
Previsão 
Previsão é a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e 
reagir rapidamente. Prever não é a mesma coisa que adivinhar! 
152
 
Quando o motorista está atento e analisa tudo o que acontece 
ao seu redor, ele consegue identificar os riscos, prevendo 
possíveis acidentes. Assim, ele tem mais tempo para tomar 
atitudes seguras. 
A previsão também pode ser usada em outras situações que 
previnem possíveis ocorrências mais distantes, como quando o 
motorista realiza antecipadamente a revisão do veículo e a 
verificação dos equipamentos obrigatórios, evitando, assim, que 
o carro apresente problemas em via pública.
Decisão 
É a capacidade de analisar rapidamente a situação e escolher 
que ação deve ser tomada. A decisão no trânsito requer uma 
iniciativa imediata, pois, ao identificar uma situação de perigo, o 
condutor precisa decidir o que fazer a tempo de evitar um 
acidente. 
Habilidade 
A habilidade está relacionada à experiência do condutor e pode 
ser desenvolvida com a prática. O motorista é considerado hábil 
para conduzir e manobrar o seu veículo quando tem 
conhecimentos teóricos e práticos e desenvolve atenção, 
previsão e a capacidade de decisão. 
Quanto mais o condutor exercitar os elementos da direção defensiva, 
mais habilidoso e apto estará para as adversidades que o trânsito 
apresenta. 
Todos, pedestres a motoristas, devem colaborar para um trânsito mais seguro. 
Agora que você relembrou os elementos da direção defensiva, é só contribuir 
para um trânsito melhor! 
Ls de trânsito: causas 
O site TrânsitoBR (2013) define acidente de trânsito como “todo evento 
danoso que envolva o veículo, a via, o homem e/ou animais, e para 
caracterizar-se é necessária a presença de dois desses fatores”. Nesse 
153
http://www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=9
 
sentido, é importante que as pessoas tenham consciência de que acidentes 
podem ser evitados desde que condutores e pedestres 
tenham responsabilidade e atenção. 
Você já parou para pensar nas causas de um acidente? Pesquisas 
indicam que a maioria dos acidentes de trânsito ocorre por falha humana, 
ou seja, podem ser evitados. 
Acompanhe os números a seguir, indicados pelo Observatório Nacional de 
Segurança Viária (2017) e que revelam dados sobre as causas dos acidentes 
de trânsito: 
• 90% dos acidentes são ocasionados por falha humana;
• 5% por problemas com veículo;
• 5% por problemas com a via.
154
Veja a seguir como se reflete o comportamento dos condutores de veículos e 
as falhas humanas que podem levar a um acidente de trânsito! 
Negligência 
É o motorista que age com descaso, não observa e é desatento (por 
exemplo: não cuida da manutenção do veículo; entrega a direção do veículo 
a pessoas não habilitadas). 
Imperícia 
É a falta de habilidade ou de conhecimento ao dirigir que decorre 
principalmente da formação inadequada do condutor (exemplo: não sabe agir 
em situações de emergência). 
Imprudência 
Ocorre quando o condutor conhece a lei, mas desobedece às regras de 
conduta (exemplo: excede a velocidade da via; dirige sob a influência de 
álcool; não respeita as regras e os sinais de trânsito). 
É preciso que essas falhas sejam enfrentadas com seriedade e que 
negligência, imperícia e imprudência possam tornar-se precaução, bom senso 
e sabedoria para um trânsito mais respeitoso. 
Condições adversas 
Condições adversas são situações e fatores que atrapalham e/ou 
interferem na forma de dirigir. Portanto, é preciso estar atento e preparado 
para, diante delas, agir de forma adequada e tomar a decisão mais acertada a 
fim de evitar acidentes. 
Atitudes como obedecer à sinalização, não ultrapassar o limite de velocidade e 
respeitar os outros motoristas e pedestres são maneiras de se precaver de 
condições adversas. 
Veja, a seguir, algumas condições adversas que podem prejudicar a forma de 
dirigir. 
Luz 
As condições de iluminação são muito importantes na direção defensiva. 
155
A ausência de luz ocasiona a penumbra, e geralmente ocorre ao anoitecer, 
amanhecer, no interior de túneis, viadutos e durante tempestades. 
Quando acontece uma penumbra, o condutor deve redobrar a atenção, manter 
a luz baixa ligada e reduzir a velocidade. 
Figura 2 – Penumbra 
Excesso de luz naturalpode causar ofuscamento momentâneo da visão do 
motorista. 
156
Figura 3 – Excesso de luz natural 
Excesso de luz artificial pode prejudicar a visão do condutor tornando a direção 
insegura. 
Figura 4 – Excesso de luz artificial 
É importante ver e ser visto, por isso algumas atitudes devem ser tomadas: 
• manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento;
• usar óculos de sol ou a pala de proteção do veículo para motorista;
157
 
• não utilizar luz alta em vias iluminadas à noite;
• em caso de ofuscamento, orientar-se pela margem direita da via,
utilizando as linhas da borda da pista;
• utilizar os faróis baixos à noite ou sob chuva forte.
À noite, é mais difícil enxergar detalhes, por isso é importante reduzir a 
velocidade para ter mais tempo na avaliação de obstáculos, por exemplo, 
animais, buracos ou pessoas. 
Tempo 
As condições atmosféricas também podem dificultar a visão do condutor, 
prejudicando o correto uso do veículo no trânsito. 
Chuva, vento, granizo, neve, neblina e até calor excessivo diminuem 
muito a capacidade de o condutor ver e avaliar as condições reais da 
estrada e do veículo. 
Além da dificuldade visual, as condições adversas de tempo causam 
problemas nas estradas, como barro, areia e desmoronamento, tornando-as 
mais lisas e perigosas, o que pode causar derrapagens e acidentes. 
E o que fazer diante desse tipo de condição adversa? 
Deve-se reduzir a marcha, acender as luzes do veículo e, se necessário, 
procurar um local adequado, sem riscos (como um recanto, posto rodoviário ou 
posto de gasolina), e esperar que as condições do tempo melhorem. Observe 
outros procedimentos a seguir. 
158
Neblina, cerração ou nevoeiro 
 
Nesses casos, o condutor deve usar luz baixa, diminuir a velocidade e ter mais 
atenção para conduzir o veículo. 
Em caso de visibilidade nula, pare em um lugar seguro e aguarde. 
 
Os procedimentos corretos são: 
• reduzir a velocidade; 
• não ultrapassar; 
• ligar o limpador de para-brisa; 
• parar em lugar seguro e aguardar, se necessário; 
• evitar parar na via, mas, se for necessário, usar sempre o acostamento, 
e posicionar o triângulo de segurança em local visível; 
• se precisar parar, ligar o pisca-alerta que não deve ser utilizado com o 
carro em movimento; 
• ligar os faróis do veículo, utilizando a luz baixa, conforme item “b” do 
inciso I, art.40 do CTB, atualizado pela Lei Federal n. 14.071/2020. 
 
Ventos fortes 
 
Os ventos fortes podem desequilibrar os veículos. Confira como o condutor 
deve agir quando se deparar com essa situação: 
• Ventos transversais: o condutor deve abrir os vidros, reduzir a 
velocidade e manter o volante firme; 
• Ventos frontais: o condutor deve fechar os vidros, reduzir a velocidade, 
segurar o volante com firmeza e manter o alinhamento do veículo. 
 
Chuva 
 
O perigo de conduzir um veículo na chuva começa nos primeiros pingos, pois 
eles se misturam à fuligem, à poeira e aos resíduos de borracha dos pneus 
formando uma camada fina sobre a pista, deixando-a escorregadia. 
 
159
A alta velocidade e o tempo de vida dos pneus podem ampliar as chances de 
acidente, portanto reduza a velocidade, mantenha os pneus em excelentes 
condições e fique a uma distância segura do veículo à sua frente. 
A Lei Federal n. 14.071/2020 tornou obrigatório, para qualquer motorista que 
conduza sob chuva, mesmo de dia, ligar os faróis do veículo utilizando a luz 
baixa, conforme item “b” do inciso I, art.40. 
A desobediência a essa obrigação, conforme art. 250 do CTB, é considerada 
uma infração média. 
Aquaplanagem ou hidroplanagem 
A aquaplanagem ocorre quando uma fina camada de água impede a 
aderência dos pneus ao solo. Em alta velocidade, o veículo pode perder o 
contato com o asfalto e derrapar. Para evitar esse fenômeno, o procedimento 
correto é tirar o pé do acelerador, não acionar o freio, não virar o volante para a 
direita ou para a esquerda e não usar marcha de força. 
Outro fator que ocorre como efeito da chuva são os alagamentos. Nessa 
situação, é necessário parar em um lugar alto e seguro e aguardar o nível da 
água baixar. 
Se o motorista se deparar com alguma dessas situações ao conduzir o veículo, 
deve manter a atenção redobrada e, se possível, evitar dirigir em condições 
inseguras. 
Via 
Ao longo do trajeto, é possível que o condutor encontre várias adversidades no 
pavimento que poderão desestabilizar o veículo. Por conta disso, a atenção 
direcionada aos elementos da pista ou via ajudará a controlar situações de 
risco. 
160
O condutor deve ficar atento às mudanças no pavimento, à ausência de 
asfalto, aos buracos, às ondulações, aos desníveis e à sinalização 
ausente ou deficiente. Manter velocidade compatível com as condições da via 
evita acidentes e avarias ao veículo como a quebra de suspensão ou danos 
aos pneus. 
Trânsito 
O grande movimento de veículos nos horários de pico nas vias urbanas das 
grandes cidades, ou em período de férias ou feriados prolongados nas 
estradas e rodovias, deixa o trânsito muito carregado. 
Para evitar o tráfego intenso, é importante o condutor pesquisar o trajeto com 
antecedência, programar sua saída, conhecer opções de caminhos alternativos 
para evitar dificuldades e congestionamentos. Também é muito importante que 
o condutor mantenha o controle e tenha paciência nessas situações.
Veículo 
A condição do veículo pode ser responsável por um número considerável de 
acidentes de trânsito que podem envolver outros veículos, pedestres, animais 
e patrimônio público/privado. 
Por isso, é necessário manter o veículo em condições adequadas para transitar 
e que permita reagir instantânea e eficientemente a todos os comandos 
necessários. 
Confira o que condutor deve verificar periodicamente. 
161
 
1. Pneus e roda sobressalente (estepe): devem estar com sulco de até
1,6 milímetros (Resolução Contran n. 558 /1980, art. 4.º) e com
calibragem adequada; é importante calibrá-los regularmente.
2. Rodas: devem ser alinhadas e balanceadas.
3. Motor: deve estar bem regulado, pois evita o consumo excessivo de
combustível e óleo. Os níveis de óleo e temperatura (água) podem ser
acompanhados pelo painel do veículo e conferidos periodicamente.
4. Retrovisores internos e externos: devem estar limpos, firmes e bem
regulados.
5. Bateria: carga da bateria e cabos devem ser conferidos periodicamente.
6. Cintos de segurança: verificar se todos os cintos de segurança do
veículo estão funcionando adequadamente, possibilitando a regulagem e
o engate.
Um veículo em mau estado de conservação pode sofrer penalidade 
prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997, e caracterizar-se como infração de natureza grave e perda 
de 5 pontos na CNH. 
Lembre-se: realizar revisões no veículo conforme a indicação do 
fabricante é a melhor maneira de garantir a sua conservação colaborando 
com a segurança no trânsito e cumprindo a legislação. 
162
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
 
Figura 5 - Mantenha o seu veículo em perfeito estado para locomoção. 
 
Motorista 
 
Todo condutor deverá dirigir seu veículo estando bem disposto, equilibrado e 
sóbrio, o que significa que a responsabilidade vai além de portar a CNH. Cabe 
ao motorista assumir a condição de direção e a responsabilidade pela sua 
segurança e dos demais. 
 
Lembre-se de que a causa de muitos acidentes depende de como o motorista 
conduz o veículo. 
 
 
Chegamos ao final desta Unidade de Estudos. Aqui, você relembrou a 
importância da direção defensiva e de como o condutor pode identificar as 
condições adversas e evitar acidentes. Analisando e refletindo sobre as 
informações até aqui repassadas, você estará ainda mais preparado para 
identificar situações de risco e contribuir para um trânsito melhor. Até a 
próxima! 
 
163
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 desetembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: 
. Acesso em: 6 fev. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro). Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
. 
Acesso em: 6 fev. 2021. 
BRASIL. Ministério das Cidades. Direção defensiva: trânsito seguro é um 
direito de todos. Brasília, DF, 2005. Disponível em: 
. Acesso em: 
6 fev. 2021. 
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 558, de 15 de abril 
de 1980. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 abr. 1980. 
Disponível em: . Acesso em: 6 fev. 2021. TRÂNSITOBR. 
Acidentes: causas. Disponível em: . Acesso em: 2 nov. 2016. 
90% DOS ACIDENTES são causados por falhas humanas, alerta 
observatório. ONSV – Observatório Nacional de Segurança Viária, 15 jul. 
2017. Disponível em: . Acesso em: 2 nov. 2018. 
164
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao5582015.pdf
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao5582015.pdf
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de 
Trânsito Brasileiro - CTB 
Unidade de Estudos 2 – Situações de risco 
Objetivo: Reconhecer as situações de risco do trânsito nas cidades e rodovias, 
como cruzamentos, curvas, ultrapassagens, frenagens, buracos, ondulações, 
entre outros, a fim de prevenir acidentes. 
Tópicos desta Unidade 
• Situações de risco
• Situações de risco em ultrapassagens
• Situações de risco em derrapagens
• Situações de risco em pista irregular
• Situações de risco em cruzamentos entre vias
• Situações de risco em frenagem normal e de emergência
• A diferença entre parar e estacionar
Olá! Como você deve saber, a maioria dos acidentes de trânsito é 
causada pelo excesso de velocidade, mas outras ações também 
colocam a vida de muitas pessoas em risco e são frequentemente 
praticadas por motoristas que não respeitam as normas de trânsito e acabam 
provocando acidentes. Vamos estudar aqui sobre as situações de risco a que 
somos submetidos no trânsito, e como podemos preveni-las e evitá-las. 
Situações de risco 
É uma situação na qual há uma possibilidade (ou chance) de algo não sair 
conforme o esperado ou de algo perigoso acontecer. 
São diversos os perigos e os obstáculos encontrados no percurso, no dia a dia 
no trânsito. 
165
 
De modo geral, o risco é a probabilidade de que o perigo ocorra. Mas quando 
se aumenta a percepção sobre as situações de risco que se pode correr, 
aprende-se a evitar o perigo. 
No trânsito, acontecimentos inesperados podem resultar em situações de risco. 
Ações imprudentes mais comuns que levam a situações de risco: desrespeito à 
sinalização, excesso de velocidade, desatenção com o fluxo viário (erro de 
distância), ultrapassagens perigosas e ultrapassagem de mais de um veículo 
por vez (o que faz aumentar o tempo de permanência na via de sentido 
contrário), entre outros. 
Veja, a seguir, algumas situações que colocam condutor, passageiros e 
pedestres em risco. 
Situações de risco em ultrapassagens 
As situações de risco em ultrapassagens são ocasionadas pelo 
descumprimento das regras que objetivam a segurança de todos. Ao dominar 
essas regras, o motorista defensivo amplia sua percepção sobre essas 
situações. 
O CTB nos apresenta algumas regras de ultrapassagem segura. O Anexo I do 
Código de Trânsito Brasileiro – CTB (BRASIL, 1997) traz a definição de duas 
situações diferentes: 
Passagem por outro veículo 
É o movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca no 
mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. 
Ultrapassagem 
É o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo 
sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando 
sair e retornar à faixa de origem. 
Atenção e cuidado são elementos fundamentais para uma boa condução. 
Fique atento! 
166
 
 
Sobre a passagem de veículos, é importante ressaltar que o CTB (1997) 
determina que a circulação dos veículos obedeça a uma série de regras. 
Confira: 
A Lei Federal n. 14.071/2020 alterou as regras e destacou como obrigatório 
que todo motorista deixe livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para 
a direita da via e parando, se necessário, toda vez que veículos destinados a 
socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de fiscalização e operação de 
trânsito, e ambulâncias estiverem com alarme sonoro e iluminação intermitente 
acionados (BRASIL, 2020). 
O condutor deverá manter a velocidade constante para permitir a 
ultrapassagem assim que perceber que outro veículo irá realizá-la. 
Lembre-se: uma ultrapassagem só deve ser feita quando a sinalização o 
permitir. 
Acompanhe situações consideradas corretas para a realização de uma 
ultrapassagem. Observe o vídeo. 
A ultrapassagem é permitida: 
• Quando indicada pela sinalização e em locais apropriados;
• Quando há plenas condições de segurança;
• Quando o condutor tiver total visibilidade da via;
• Somente pela esquerda.
Lembre-se: ultrapassagens não devem ocorrer em curvas, túneis, 
viadutos, aclives, lombadas, cruzamentos, pontes ou pontos inseguros. 
Ultrapassagens sem segurança podem causar colisões com veículos que estão 
em sentido contrário e ocasionar acidentes graves que podem resultar em 
mortes. 
167
Você se lembra dos cuidados básicos necessários para ultrapassar 
um veículo? 
Vamos recordar. 
• Manter distância do veículo que segue à sua frente para não perder o
ângulo de visão;
• Sinalizar com antecedência, pois o motorista que segue à frente e o que
segue atrás precisam saber de suas intenções;
• Conferir o ângulo de visão pelo retrovisor e a situação do tráfego;
• Verificar se há espaço suficiente à frente do veículo que será
ultrapassado e se há condição de segurança para a manobra;
• Ao retornar à faixa, realizar o mesmo procedimento: conferir o espelho
retrovisor, sinalizar e retornar mantendo distância.
Ao se deparar com a placa “Proibido ultrapassar”, seja responsável. 
Respeite-a e evite acidentes! 
Figura 1 – Placa de sinalização: Proibido ultrapassar 
Fonte: BRASIL, 1997. 
168
Situações de risco em derrapagens 
A derrapagem, ou arrastamento de pneus, é causada pela falta de 
aderência da borracha com o piso. Essa situação caracteriza-se como de 
alto risco, pois o condutor perde o domínio do veículo. 
O condutor deve conferir a qualidade dos pneus e mantê-los sempre calibrados 
conforme as recomendações do fabricante. Se notar qualquer deformação, 
como furos ou desgaste irregular, deve procurar assistência técnica ou trocar 
os pneus. 
O desgaste irregular nos pneus, a calibragem incorreta, o piso molhado ou 
escorregadio por causa de areia, pedras, fuligem ou até grãos podem causar 
derrapagens. 
Você sabe o que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê para derrapagens 
realizadas de propósito? Observe: 
Art. 175. Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir 
manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com 
deslizamento ou arrastamento de pneus [é]: 
• Infração: gravíssima;
• Penalidade: multa, suspensão do direito de dirigir e apreensão do
veículo;
• Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e
remoção do veículo.
Brasil, 1997. 
Situaçõesde risco em pista irregular 
Você sabia que a qualidade da pista pode comprometer o percurso 
do condutor, a qualidade do percurso e a segurança dos usuários? 
169
Veículos com carga acima do peso permitido danificam as pistas (ruas ou 
rodovias) causando deformações e ondulações no pavimento; esses buracos 
e desníveis podem tirar o motorista da sua trajetória. Outros fatores que podem 
causar acidentes graves são obras, cortes na pista e alterações de nível, 
portanto o condutor deve verificar o mapeamento das obras, reduzir a 
velocidade e observar a sinalização. 
Situações de risco em cruzamentos entre vias 
As placas de regulamentação e/ou semáforos determinam a preferência 
no momento da passagem. Portanto, ao se aproximar de um cruzamento, o 
motorista deve diminuir a velocidade do veículo e observar a sinalização. 
Em um cruzamento com sinalização falha ou nula, a preferência é sempre do 
veículo que se aproxima pela direita; essa regra está no Código de Trânsito 
Brasileiro (Brasil,1997). 
Vamos fixar essas regras? 
• São as placas de regulamentação e/ou os semáforos que determinam a
preferência da passagem no cruzamento entre vias;
• Ao se aproximar de um cruzamento, o motorista deve diminuir a
velocidade e observar a sinalização;
• Em um cruzamento com sinalização falha ou nula, a preferência de
passagem é sempre do veículo que se aproxima pela direita;
• Em uma rotatória, a preferência de passagem será sempre do veículo
que já estiver circulando por ela;
• Antes de passar, o motorista deve observar se é possível atravessar a
via para seguir em frente;
• Em todas as situações, o motorista deve respeitar a sinalização.
170
Situações de risco em frenagem normal e de emergência 
Frenagem é o acionamento do sistema de freios para diminuir a 
velocidade de um veículo ou pará-lo. Ao realizar a frenagem, o veículo ainda 
percorre certa distância. Por isso, o motorista precisa estar atento e manter 
distância do veículo que está à frente. 
Em uma emergência, para o sistema de freios convencional, quando o 
condutor aciona os freios fortemente, o Portanto, deve-se tomar cuidado ao 
frear, evitando as derrapagens. 
Figura 4 – Frenagem de emergência 
A distância de frenagem aumenta de acordo com a velocidade do veículo, 
conforme pode ser visto na Figura 3. Dessa forma, quanto maior a velocidade 
do veículo, maior será a distância percorrida por ele até que pare efetivamente. 
Tanto para diminuir a velocidade quanto parar um veículo, leva-se em conta o 
tempo de reação do condutor, ou seja, a tomada de decisão para acionar o 
171
freio, a desaceleração do veículo e as condições, por exemplo, pista molhada 
ou escorregadia. 
Figura 3 - Distância aproximada de frenagem 
Fonte: O Desenho de Cidades Seguras (2015) 
Perceba que respeitando sempre os limites de velocidade, o motorista terá 
possibilidade de realizar manobras mais seguras. 
Você Sabia? 
O sistema de freios do veículo precisa ter manutenção constante 
para poder funcionar e proporcionar segurança ao motorista 
e aos passageiros. O sistema de freios tem muitos componentes, tais como: 
lona de freio, pastilhas de freio, óleo de freio, pedais, etc., que podem variar de 
carro para carro. Além da manutenção dos componentes do sistema de freios, 
é necessário verificar a condição dos pneus, pois eles interferem diretamente 
na frenagem. 
172
Quando for possível, o condutor deve procurar conhecer o tipo e a qualidade 
da via que irá percorrer. Quando não se conhece bem a via, deve-se ficar ainda 
mais atento à velocidade e à distância mantida dos demais veículos. 
Importante: segundo a legislação vigente, é obrigatório aos veículos, saídos 
de fábrica a partir de 2014, um sistema de freios chamado ABS (sigla para Anti-
lock Braking System), que evita que as rodas sejam bloqueadas durante a 
frenagem (quando o pedal de freio é acionado fortemente) e ocorra o 
descontrole do veículo. 
A diferença entre parar e estacionar 
Você sabe qual é a diferença entre parada e estacionamento? 
Muitos motoristas têm dúvidas com relação ao procedimento e, por conta disso, 
acabam cometendo infração de trânsito. 
O CTB determina que a parada é a imobilização do veículo com a finalidade 
e pelo tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou 
desembarque de passageiros; ou seja, em local apropriado e devidamente 
sinalizado com a placa de regulamentação que permita a parada do veículo 
apenas para esses fins. Após efetuar embarque ou desembarque, o condutor 
deve retirar o veículo do local, respeitando, assim, a fluidez do trânsito. 
Parar em local proibido para atender ao telefone ou efetuar carga e 
descarga é considerado estacionamento (ou seja, uma infração de trânsito 
média) e gera 4 pontos na CNH e medida administrativa de remoção do 
veículo. 
Mas quando e onde você deve parar? 
173
• Antes de uma via preferencial;
• Antes de passar uma via férrea;
• Para a passagem de ambulâncias, veículos batedores (aqueles que
realizam escolta), caminhões do Corpo de Bombeiros e veículos da
polícia;
• Quando o sinal do semáforo estiver vermelho;
• Em cruzamentos com faixa de retenção (a faixa que fica a 1 metro de
distância da faixa de pedestres);
• Em travessias de via pública para pessoas com necessidades físicas
especiais, idosos, crianças e demais pedestres;
• Quando houver placa de parada obrigatória;
• Conforme a ordem do agente de trânsito.
E onde você não deve parar? 
• Em túneis;
• Pontes;
• Viadutos;
• Na contramão;
• A menos de 5 metros de esquinas;
• Em calçadas;
• Longe da borda da pista;
• Sobre a pista de rolamento (via);
• Sobre os canteiros divisores da pista.
174
Estacionamento regulamentado (permitido). 
Proibido estacionar. 
Proibido parar e estacionar. 
E o que é estacionar? 
Estacionar é parar um veículo num determinado lugar e mantê-lo imobilizado 
por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de 
passageiros. 
Condutor, você sabe onde é proibido estacionar? 
Em lugares onde houver sinalização proibindo estacionar, tais como: 
• pontos de ônibus;
• próximo a hidrantes;
• em túneis;
• viadutos;
• pontes;
• acostamentos;
• portas e portões particulares ou de repartições públicas;
• em calçadas;
175
• longe da borda da pista;
• sobre a pista de rolamento (via);
• sobre os canteiros divisores da pista;
• na contramão;
• em entradas ou saídas de veículos com guias de calçada rebaixadas
(meio-fio).
Nesta Unidade de Estudos, você relembrou como deve agir em 
situações de risco no trânsito, certo? Então, a partir de agora, siga 
todas essas orientações para garantir a sua segurança e a dos 
demais usuários do trânsito. 
Até a próxima! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em: . 
Acesso em: 6 fev. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
. 
Acesso em: 4 jan. 2020. 
BRASIL. Ministério das Cidades. Denatran. Direção defensiva: trânsito seguro 
é um direito de todos. Brasília: Ministério das Cidades, 2005. Disponível em: 
. Acesso 
em: 6 fev. 2021. 
176
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
http://vias-seguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_denatran
http://vias-seguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_denatran
CZERWONKA, M. Ultrapassagem: o grande risco nas estradas.Portal do 
Trânsito, 9 set. 2012. Disponível em:
. Acesso em: 6 fev. 2021. 
177
http://portaldotransito.com.br/noticias/reportagens-especiais/ultrapassagem-o-grande-risco-nas-estradas
http://portaldotransito.com.br/noticias/reportagens-especiais/ultrapassagem-o-grande-risco-nas-estradas
Núcleo temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de Trânsito 
Brasileiro - CTB 
Unidade de Estudos 3 – Condução, equipamentos de segurança e 
manutenção de veículos 
Objetivo: Reconhecer os cuidados necessários para a condução de veículos 
com passageiros e/ou cargas. 
Tópicos desta Unidade 
• Procedimentos adequados do condutor antes da movimentação de
veículos
• Atitudes do motorista
• Atitudes do motorista com passageiros
• Atitudes do motorista com o transporte de cargas
• Condução de veículos
• Equipamentos de segurança do condutor e passageiros
• Equipamentos de segurança para pilotagem de motocicletas
• Manutenção de veículos
Olá! Seja bem-vindo a mais uma Unidade de Estudos do Curso de 
Reciclagem para Condutores Infratores. Você tem levado o seu 
carro regularmente para a revisão? A manutenção prévia do 
veículo contribui para a segurança do condutor, dos passageiros e dos demais 
usuários da via. Nesta Unidade, você poderá relembrar os cuidados 
necessários para a condução de veículos com passageiros e cargas, além dos 
equipamentos de segurança obrigatórios. Vamos iniciar? Bons estudos! 
Procedimentos adequados do condutor antes da movimentação de 
veículos 
Ao pensar em segurança no trânsito, o principal agente é o condutor do 
veículo. Para que se possa dirigir tranquilamente, é preciso 
estar concentrado e seguir os procedimentos da direção defensiva. O 
178
planejamento prévio do percurso pode evitar transtornos. Antes de partir, 
recomenda-se verificar as condições do tempo e do trânsito por onde pretende 
seguir. E se for utilizar o GPS (Global Positioning System), traçar a rota antes 
de colocar o veículo em movimento. 
Vamos relembrar a forma adequada de se posicionar no veículo? 
Sente corretamente no veículo 
O primeiro passo é sentar-se corretamente no banco com os pés alcançando 
os pedais, mas deixando os joelhos semiflexionados, as costas retas e os 
punhos alcançando o volante, de maneira que os braços também fiquem 
semiflexionados. Você deve estar confortável, não ficar muito perto nem 
longe do volante, pois é preciso ter espaço suficiente para manobrar. 
Posição adequada dos pés 
Regule os espelhos retrovisores internos e externos 
Antes de sair, o condutor deve ajustar o retrovisor interno do carro de forma 
que visualize a maior parte do vidro traseiro. O segundo passo é alinhar os 
retrovisores externos para que eles mostrem mais da via e menos do seu 
próprio carro, por isso deve abrir o espelho até que seu veículo saia do seu 
campo de visão. 
179
Regulagem dos espelhos retrovisores 
Ajuste o cinto de segurança 
Após sentar e ajustar os espelhos, chegou a hora de colocar o cinto de 
segurança, que é item obrigatório! Você deve travá-lo e certificar-se de que 
seus passageiros também estejam usando esse dispositivo. 
Cinto de segurança é item obrigatório de segurança 
Verifique se o câmbio está em ponto neutro 
Depois, você já pode acionar a chave de partida. Então, com o carro ligado, você 
deve observar o painel e certificar-se de que não há luzes vermelhas acionadas, 
além da luz do freio de estacionamento. 
180
Câmbio em ponto neutro 
Com o posicionamento correto, o condutor estará pronto para dirigir! 
Atitudes do motorista 
A atitude correta do motorista é o primeiro passo para a segurança de todos. O 
motorista consciente respeita as regras e as normas de trânsito, é 
responsável e sabe se comportar com segurança quando está dirigindo. 
Atitudes simples do condutor podem contribuir para a prevenção de 
acidentes beneficiando o tráfego e a sociedade. Observe algumas dessas 
atitudes: 
Respeitar o limite de velocidade indicado nas placas de 
sinalização. 
Respeitar os sinais de trânsito. 
Nunca falar ao celular enquanto estiver dirigindo. 
Acender o farol de luz baixa ao dirigir à noite, pois a escuridão 
dificulta a visibilidade e mesmo durante o dia, nas rodovias e em 
túneis e sob chuva, neblina ou cerração. 
181
 
De acordo com a Lei 14.071/20, Art. 40, parágrafo 1°, os veículos 
de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em 
faixas ou pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas 
e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o 
dia (BRASIL, 2020). 
Quando estiver sob chuva forte, garoa, neblina ou cerração, 
acender o farol de luz baixa, diminuir a velocidade e redobrar a 
atenção. 
Em manobras, avaliar os tipos de parada e a distância entre os 
veículos (usar as setas indicadoras ou o braço para sinalizar. 
Depois, manter as duas mãos no volante e realizar a manobra). 
Lembre-se: a manobra deve ser realizada com segurança, mas com a 
rapidez possível para não atrapalhar o trânsito. 
Ponto cego 
Ao realizar conversão em uma esquina, o condutor deve mover a cabeça para 
olhar o que acontece à sua volta. Apenas desviar o olhar, na maioria das vezes 
não é suficiente, pois a coluna do para-brisa pode ocultar um veículo ou um 
pedestre que esteja próximo. 
Esse ponto em que os objetos e as pessoas não podem ser facilmente vistos 
pelo condutor é chamado de ponto cego. É importante estar atento a ele 
para diminuir os riscos de acidente, especialmente em manobras realizadas em 
esquinas e cruzamentos. 
Todos os veículos apresentam pontos cegos, sendo o mais comum a 
coluna do para-brisa. As cargas também podem bloquear a visão do 
condutor. 
Esses pontos atrapalham a visão do motorista dificultando a visualização de 
pedestres, motocicletas, bicicletas e outros veículos. Por isso, é importante 
conhecê-los e reconhecê-los no momento de manobrar. 
182
 
Saiba como identificar o ponto cego e a importância de ajustar os 
retrovisores nesta reportagem1. 
Atitudes do motorista com passageiros 
Durante o transporte dos passageiros, a responsabilidade é, primeiramente, do 
condutor. 
Antes de iniciar o percurso, o motorista deve conferir se todos os passageiros 
estão usando cinto de segurança. 
Desordem dentro do veículo, passageiros, alterados, irritados, embriagados e 
assuntos que distraiam o condutor podem comprometer a sua atenção e 
interferir na dirigibilidade. 
É também dever do condutor atentar para o número de passageiros, para não 
ultrapassar o limite da capacidade do veículo. 
Agora, vamos falar de um assunto de extrema importância: o transporte 
de crianças! Acompanhe! 
Crianças menores de 10 anos devem ser transportadas no banco traseiro dos 
veículos nos dispositivos de retenção projetados especificamente para cada 
faixa etária, levando-se em conta o peso e altura da criança. Esses 
dispositivos são o bebê-conforto, a cadeirinha e o assento de elevação. 
Eles foram criados para proteger as crianças no caso de ser necessário reduzir 
repentinamente a velocidade do veículo ou, inevitavelmente, no caso de uma 
colisão. 
1 https://www.youtube.com/watch?v=0m7loEQ_o6o&app=desktop 
183
https://www.youtube.com/watch?v=0m7loEQ_o6o&app=desktop
https://www.youtube.com/watch?v=0m7loEQ_o6o&app=desktop
Até 1 ano De 1 a 4 anos Dos 4 aos 7 
anos e meio 
Dos 7 anos e 
meio aos 10 
anos 
A partir dos 
10 anos 
Bebê 
conforto, 
instalado de 
costas para o 
banco 
dianteiro. 
Cadeirinha, 
voltada para a 
frente do 
veículo. 
Assento de 
elevação 
voltado para a 
frente do 
veículo e 
cinto de 
segurança de 
três pontos. 
Banco 
traseiro com 
cinto de 
segurança de 
três pontos. 
Banco 
traseiro ou 
dianteiro com 
cinto de 
segurança de 
três pontos. 
É muito importante considerar, além da idade, o peso e a altura da criança, 
pois cada uma tem um ritmo de crescimento diferente. 
Sobreo limite de altura e idade, a Lei n. 14.071/20 regulamenta, em seu art. 
64, que as crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido 
1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser 
transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado 
para cada idade, peso e altura, conforme quadro acima. 
Caso a quantidade de crianças menores de 10 anos exceda a capacidade do 
banco traseiro, aquela que tiver maior estatura poderá ser transportada no 
banco dianteiro, com o devido dispositivo de segurança. 
Em veículos que disponham somente de banco dianteiro, o transporte de 
crianças menores de 10 anos poderá ser realizado, com o uso do dispositivo de 
segurança correspondente. 
184
Atitudes do motorista com o transporte de cargas 
De modo geral, o transporte de cargas obriga o condutor a dirigir com 
mais segurança e atenção. Uma carga, independentemente do tamanho, 
pode provocar acidentes se estiver mal distribuída, mal embalada e sem a 
imobilização correta. 
Ao transportar cargas, o condutor deve atentar para as seguintes orientações: 
• Respeitar o limite de peso, pois volume e peso devem ser compatíveis
com a capacidade do veículo e da via;
• Nunca transportar passageiros no compartimento de carga;
• Conferir se a carga está imobilizada corretamente para seguir viagem;
• Aproveitar as paradas para conferir as condições da carga.
Figura 1 – Cuidados especiais para o transporte de cargas 
185
Com o ritmo agitado da vida moderna, dirigir se tornou uma necessidade. Mas 
é importante saber que essa ação precisa ser segura. 
Vamos relembrar com você, caro condutor, alguns dos procedimentos 
necessários para uma boa condução do veículo. Fique atento e coloque em 
prática sempre! 
Parar 
Quando estiver em uma via urbana, o veículo deve ser parado próximo à 
borda da pista; nesse caso, é preciso observar a permissão para parar. 
Como vimos anteriormente, considera-se parada o tempo necessário para 
embarque e desembarque de passageiros e qualquer tempo além desse 
caracteriza o veículo como estacionado. 
Estacionar 
O motorista só pode estacionar seu veículo em locais permitidos. Estacionar 
onde só é permitido parar pode ocasionar multa, além de gerar 4 pontos na 
CNH. 
Preferência 
Ao se aproximar de um cruzamento não sinalizado, a preferência será do 
veículo que vier pela direita. 
Conversão 
A Lei n. 14.071/20 permite que o movimento de conversão à direita, quando 
o condutor estiver diante de sinal vermelho do semáforo, será livre, desde
que haja sinalização indicativa (BRASIL, 2020).
Entrada em rodovias 
O condutor deve esperar a oportunidade segura para entrar na via, sinalizar, 
utilizar a faixa de aceleração e acelerar de acordo com o fluxo da rodovia. 
Saída de rodovias 
O condutor deve sinalizar, desacelerar e utilizar a faixa de desaceleração. 
Mas o que são faixas de aceleração e desaceleração? 
As faixas de aceleração e desaceleração são faixas de trânsito projetadas 
exclusivamente para que a entrada (convergência) e a saída (divergência) de 
veículos em uma via principal (rodovias, por exemplo) possam ser feitas de 
modo seguro e satisfatório para as operações de tráfego. 
A faixa de aceleração possibilita que o tráfego que está entrando em uma via 
principal aumente a velocidade até um valor que se aproxima daquele que irá 
encontrar nessa via (velocidade diretriz). Por outro lado, a faixa de 
186
Condução de veículos 
desaceleração possibilita ao tráfego que está saindo, reduzir sua 
velocidade de acordo com as restrições do alinhamento do ramo (velocidade 
da curva de saída), sem prejudicar o tráfego de passagem da via principal. 
 
Figura 2 − Faixas de aceleração e desaceleração 
 
 Curvas 
 
Numa curva, entra em ação a força centrífuga que impulsiona o veículo para 
fora do trajeto. Para realizar uma curva de maneira segura e evitar acidentes 
são necessários alguns cuidados: 
• Calcular a velocidade necessária para fazer a curva. Quanto mais 
fechada a curva, mais deve-se reduzir a velocidade; 
187
• Frear ou diminuir a velocidade sempre antes de entrar na curva (entrar
com excesso de velocidade é perigoso, e, ao frear bruscamente, o carro
pode derrapar);
• Pisar de leve no acelerador ao fazer a curva. A aceleração aumenta a
aderência. Normalmente, é necessário reduzir a marcha nesse ponto.
Marcha à ré 
Considera-se uma manobra perigosa, pois a visibilidade pode ficar 
comprometida pela própria estrutura do veículo. 
É imprescindível ter muito cuidado ao sair da área de estacionamento em 
lugares com grande movimentação de pedestres e veículos. 
Pessoas de baixa estatura, crianças, muretas e outros obstáculos abaixo da 
altura do porta-malas do automóvel dificultam a manobra e podem 
comprometer a dirigibilidade do condutor. 
O condutor deve observar atrás do veículo antes de manobrar, solicitar 
ajuda em caso de baixa visibilidade, e lembrar-se de que, dependendo da 
forma de execução da manobra, poderá cometer uma infração de trânsito. 
Para realizar uma marcha à ré segura, é necessário respeitar as seguintes 
recomendações: 
• É proibido transitar longos percursos em marcha à ré;
• Não se deve retornar em marcha à ré em esquinas, curvas e outros
locais que não ofereçam visibilidade segura.
Aclives e declives (ladeiras) 
Nos aclives, o condutor deve acelerar o veículo ao começar a subir e 
ir reduzindo as marchas conforme a necessidade. 
188
Nesses locais, a visibilidade é reduzida, portanto a ultrapassagem não deve ser 
realizada. 
 
Em declives, para auxiliar e intensificar a frenagem, é preciso manter a marcha 
do veículo engrenada. 
 
Equipamentos de segurança do condutor 
 
Os equipamentos de segurança servem para proteger o condutor e seus 
passageiros, pois eles aumentam as chances de sobrevida em caso de 
acidente, desde que usados de forma correta. 
 
O encosto do banco dianteiro deve ficar na posição 125º, para que o encosto 
de cabeça do banco possa inibir o efeito chicote em caso de acidente. 
 
 
Figura 3 – Encosto do banco em ângulo de até 125º 
 
O encosto de cabeça deve estar regulado no mínimo na altura dos olhos, 
pois, em caso de acidente, ele protegerá contra lesões na coluna cervical e no 
pescoço. 
189
As crianças devem estar sentadas e retidas em seus dispositivos próprios para 
a idade, ou usando diretamente o cinto de segurança no banco traseiro do 
veículo. 
Os ocupantes do veículo, inclusive os passageiros do banco traseiro, devem 
utilizar o cinto de segurança de forma individual. A falta desse equipamento, 
além de perigoso, é uma infração de trânsito grave. 
O objetivo do cinto de segurança é reter os passageiros e o motorista dentro do 
veículo em caso de parada súbita, tombamento ou capotamento, diminuindo as 
lesões e aumentando as chances de sobrevivência. 
Os cintos de segurança são classificados em três tipos: 
Subabdominal 
Foi o primeiro tipo de cinto adotado em veículos, e ainda é utilizado. Esse 
cinto segura apenas pelo abdome e impede que o passageiro seja lançado 
para fora do veículo, porém não protege o tórax nem a cabeça. 
Diagonal 
Esse cinto transpassa o corpo do indivíduo do ombro até o quadril. Ele 
diminui o impacto, impedindo o choque do tórax e da cabeça. Mas, em caso 
de acidente, o corpo pode passar por baixo do cinto. 
Três pontos 
É o cinto que oferece maior segurança, pois a faixa diagonal transpassa do 
ombro até o quadril e a faixa subabdominal protege o abdome. Ele impede 
que o corpo seja arremessado para fora do veículo, além de proteger o tórax 
e a cabeça. A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, 
sem tocar o pescoço. 
Além dos equipamentos apresentados acima, existem também outros 
dispositivos de segurança, indicados no art. 105 do CTB (BRASIL, 1997) que 
são os equipamentos suplementares de retenção (air bag frontal/lateral para o 
condutor e para o passageiro do banco dianteiro) 
Outro equipamento de segurançado veículo que se torna obrigatório a partir 
da Lei n. 14.071/20 são as luzes de rodagem diurna (BRASIL, 2020). 
190
Equipamentos de segurança para pilotagem de motocicleta 
Para pilotar uma motocicleta, é de fundamental importância o uso dos 
equipamentos de segurança descritos a seguir, além de alguns cuidados 
importantes. Acompanhe: 
• Capacete: de uso obrigatório, deve ser usado corretamente. É o
equipamento de maior importância para o motociclista, pois pode evitar a
morte em caso de acidente grave;
• Viseira ou óculos: é muito importante o uso de óculos ou viseira para
proteger os olhos, pois um simples cisco pode fazer com que o condutor
perca o controle da motocicleta e ocasione um acidente. A Lei n.
14.071/20 prevê infração média para o ato de trafegar sem viseira ou
com a viseira levantada;
• Vestimenta: a utilização de vestimenta correta e de material
resistente pode ajudar a diminuir o risco de lesões em caso de acidente.
Utilizar roupas próprias para motociclistas, além de luvas, que protegem
as mãos e evitam que escorreguem das manoplas (aquela parte que fica
no guidão da moto e onde o condutor segura para pilotar). Segundo o
art. 244 da Lei n. 14.071/20, é infração gravíssima o ato de conduzir
motocicleta, motoneta ou ciclomotor sem usar capacete de segurança ou
vestuário de acordo com as normas e as especificações aprovadas pelo
Contran (BRASIL, 2020);
• Botas: é o calçado mais indicado para quem pilota uma motocicleta;
ela garante maior firmeza na hora de pilotar e protege os pés e os
tornozelos;
• Postura: conhecer a postura correta para pilotar uma motocicleta é
importante, principalmente para realizar manobras, desvios e oferecer
um pouco mais de conforto para o piloto.
O motociclista deve lembrar-se sempre das regras que se aplicam a esse 
condutor. 
191
Crianças: o motociclista não pode transportar criança menor de 10 (dez) anos 
de idade ou que não tenha condições de cuidar da própria segurança, sendo tal 
ato uma infração gravíssima, levando a penalidades, como multa e suspensão 
do direito de dirigir e até mesmo à retenção do veículo até regularização e 
recolhimento do documento de habilitação; 
 
Uso do farol: motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de 
farol de luz baixa durante o dia e à noite, em qualquer circunstância. 
 
Obedecer às regras e à sinalização é fazer do trânsito um lugar melhor tanto 
para você quanto para os outros condutores e pedestres. 
 
Manutenção do veículo 
 
Manutenção é o controle e o cuidado frequente com o veículo. A manutenção 
adequada contribui para o bom desempenho do veículo, aumenta a vida útil 
dos componentes e contribui para evitar a ocorrência de acidentes. 
 
Leia as orientações a seguir sobre esses cuidados. 
• Conferir e calibrar os pneus, inclusive o estepe; 
• Verificar o nível do óleo do motor e de acordo com a necessidade, trocá-
lo ou completá-lo; 
• Completar o nível da água do reservatório de expansão ou do radiador; 
• Verificar o funcionamento dos limpadores de para-brisa e, se necessário, 
trocar as palhetas; 
• Realizar o alinhamento da direção e o balanceamento das rodas; 
• Verificar o funcionamento da buzina; 
• Conferir faróis, lanternas e pisca-alerta; 
• Verificar o estado das pastilhas e o nível do fluido de freio. Pastilhas 
novas demoram a frear o carro, por isso, o condutor deve dirigir com 
cuidado redobrado após trocá-las; 
Pastilhas novas demoram a frear o carro, por isso o condutor deve dirigir com 
cuidado redobrado após trocá-las. 
192
Luzes obrigatórias do veículo 
Além de desempenhar sua função principal, que é iluminar quando necessário, 
as luzes são um importante meio de comunicação entre os condutores no 
trânsito. 
Conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação é uma infração 
média. 
A partir da Lei n. 14.071/20, passou a ser obrigatório o uso de luz baixa durante 
o dia em rodovias somente de pistas simples. O não cumprimento dessa regra
acarreta em infração média.
Lâmpada-piloto: localizadas no painel, indicam que determinados dispositivos 
no veículo estão funcionando de maneira normal, defeituosa ou com falhas. 
Faróis: são de cor branca ou amarela. Sua utilização é necessária do 
entardecer até o amanhecer ou em ocasiões de baixa iluminação. 
Fique atento ao perceber luzes vermelhas acesas no painel, pois essa cor 
indica a necessidade de parada imediata do veículo até que se resolva o 
problema. 
Selecione as figuras a seguir e confira as luzes obrigatórias e suas respectivas 
utilizações. 
Faróis de luz alta – devem ser usadas à noite, em vias sem 
iluminação. Iluminam uma grande distância à frente do veículo. 
Faróis de luz baixa – facho de luz destinado a iluminar a via 
diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodos 
injustificáveis aos outros condutores e usuários da via que 
venham em sentido contrário. 
Faróis de luz de neblina – luz do veículo destinada a 
aumentar a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte 
ou nuvens de pó. 
193
Luz de posição (lanterna) – deve ser utilizada com chuva forte, 
neblina ou cerração. Indica a presença e a largura do veículo. 
Lanterna indicadora de direção (setas ou pisca-pisca) – 
alerta a intenção de mudar a direção do veículo. Deixar de 
indicar as manobras com antecedência é infração grave. 
Pisca-alerta – só deverá ser utilizado quando o veículo estiver 
imobilizado ou em situação de emergência. Utilizá-lo em outra 
situação constitui infração média (art. 251-l). 
Freio de estacionamento – trava as rodas traseiras; é 
acionado geralmente por uma alavanca manual. Sua finalidade 
principal é manter o veículo parado, quer com o motor ligado 
ou não. 
Lâmpada piloto de funcionamento defeituoso do sistema 
de freio – sinaliza a falta de fluido de freio. 
Fique atento, pois todos os veículos que circulam em rodovias por todo o 
país, incluindo as que cortam os centros urbanos, devem acionar a luz baixa 
do farol durante o dia. 
Vale lembrar que o farol baixo faz parte dos equipamentos obrigatórios nos 
veículos e, nesse caso, o acionamento de faroletes, faróis de milha ou 
auxiliares não poderão substituir esse dispositivo. 
Não utilizar o farol baixo em rodovias durante o dia gera infração de trânsito de 
peso médio, 4 pontos no prontuário do condutor e multa. Leia a lei na íntegra2. 
De acordo com normas do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, 
veículos que forem fabricados a partir de 2021 deverão contar com as luzes de 
rodagem diurna ou DRL (Daytime Running Lamp) que já ocorrem em alguns 
2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13290.htm 
194
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13290.htm
modelos. Diferentemente dos faróis de acionamento mecânico, as DRL são 
ligadas automaticamente com o carro. 
 
Nesta unidade de estudos, você reviu a importância de seguir os 
procedimentos adequados para a condução de veículos com 
passageiros e com carga, a conferência dos equipamentos de 
segurança e a revisão mecânica. Agora é com você! Siga todas as orientações 
apresentadas e dirija com segurança. Até a próxima unidade! 
 
Referências 
 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em:. 
Acesso em: 6 fev. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 
out. 2020. Disponível em: . Acesso em: 4 jan. 2020. 
DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito. Contran altera norma para 
o transportede crianças em veículos antigos. JusBrasil, 2010. Disponível em: 
. Acesso em: 6 fev. 2021. 
_____. Direção defensiva: trânsito seguro é um direito de todos. Brasília: 
Denatran, 2005. Disponível em: . Acesso 
em: 6 fev. 2021. 
195
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
http://vias-seguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_denatran
http://vias-seguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_denatran
Núcleo temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de Trânsito 
Brasileiro - CTB 
Unidade de Estudos 4 – Como evitar acidentes e quais cuidados devem 
ser tomados na direção 
Objetivo: Compreender elementos que podem evitar acidentes de trânsito e os 
cuidados que devem ser tomados durante a direção. 
Tópicos desta Unidade 
• Medidas integradas para a prevenção de acidentes no trânsito
• Cuidados na direção
• Acidentes de trânsito
Olá! Você sabe que atualmente as pessoas estão quase sempre 
com pressa, seja para chegar ao trabalho, em casa ou a outros 
lugares. Nesses momentos, em que as pessoas querem chegar ao 
seu destino ou desviar de um congestionamento, é que geralmente ocorre a 
maioria dos acidentes de trânsito. Nesta Unidade de Estudos, vamos refletir 
sobre quais cuidados devem ser tomados quando você está na direção de um 
veículo e como evitar acidentes. Bons estudos! 
Medidas integradas para a prevenção de acidentes no trânsito 
O trânsito requer a união de esforços de diferentes áreas do conhecimento 
humano para dar conta de toda a sua complexidade. Por isso, para o seu 
planejamento e prevenção de acidentes, são previstas medidas integradas que 
envolvem a educação, a engenharia de tráfego, o policiamento, entre outras 
frentes de atuação. 
Educação para o trânsito 
A educação para o trânsito é amparada pelo capítulo VI da Lei n. 9.503/97, 
quando foi sancionado o atual Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 1997). 
196
 
A educação para o trânsito tem como principal função orientar todos os 
usuários das vias sobre seus direitos e deveres no trânsito. Crianças, 
jovens e adultos devem estar conscientes da responsabilidade de promover um 
trânsito mais seguro, que é dever de todos. No caso das crianças, estas 
precisam saber dos riscos, dos perigos, das causas e das consequências dos 
acidentes de trânsito (por exemplo: quando uma criança estiver aprendendo a 
atravessar uma rua, deve ser orientada de que é necessário olhar para os dois 
lados de uma via e conferir se existe algum veículo se aproximando). 
 
A Lei n. 14.071/2020 prevê, inclusive, que os Estados e o Distrito Federal 
deverão levar a educação de trânsito às escolas públicas de trânsito, 
destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio de aulas teóricas 
e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito. Essas 
escolas, entre outras ações, capacitam monitores que realizam formações 
educativas. 
 
Muitas campanhas ganharam destaque com temas como "O respeito à faixa 
de pedestres", "O uso do cinto de segurança" e "A não ingestão de 
bebidas alcoólicas antes de dirigir". Mas a educação para um trânsito mais 
seguro e pacífico deve acontecer também dentro de casa, com diálogo 
constante e bons exemplos. 
197
 
Figura 1 – Educação é uma forma de promover a paz no trânsito 
Atenção, condutor: não basta conhecer as leis; é necessário respeitá-las! 
Engenharia de tráfego 
O objetivo da engenharia de tráfego vai além da sinalização, pavimentação e 
calçadas. Engenheiros, administradores e outros técnicos especialistas nessa 
área planejam e desenvolvem projetos para melhorar os dispositivos de 
segurança do trânsito e das vias, a fim de facilitar o deslocamento. 
198
 
Figura 2 – O engenheiro de tráfego ajuda no planejamento das vias 
 
Planejar o trânsito é pensar em infraestrutura que garanta a mobilidade de 
todos os seus usuários de maneira inteligente, sustentável e inclusiva, 
garantindo sua fluidez em condições seguras e adequadas. 
 
Policiamento 
 
Os agentes de trânsito e os policiais têm a função de orientar os usuários das 
vias, organizar e fiscalizar o trânsito para que haja o cumprimento das leis e a 
diminuição de acidentes e de abusos no trânsito. 
 
Esses profissionais devem policiar, fiscalizar, notificar e autuar1 os 
infratores. 
 
 
1 É um ato administrativo realizado pela autoridade de trânsito ou pelos seus agentes. Uma vez que foi 
constatada a infração de trânsito, a autuação é executada, devendo ser formalizada por meio da 
lavratura do auto da infração. 
199
Figura 3 – O Agente de Trânsito é responsável pela manutenção e pela segurança das vias 
Cuidados na direção 
Quando estiver dirigindo na cidade ou perímetro urbano, o condutor deve ter os 
seguintes cuidados: 
Observar e respeitar a sinalização e o espaço. 
Respeitar a velocidade do local. Vias urbanas exigem 
velocidades reduzidas, portanto, deve-se estar atento. 
Verificar a presença de ciclistas, pedestres e animais. 
Utilizar as luzes do veículo de forma adequada, não deixando de 
sinalizar suas manobras. 
Utilizar sempre o cinto de segurança. 
200
Acionar a buzina em breves toques somente para alertar 
motoristas e pedestres. 
Não estacionar ou parar em locais proibidos para não 
prejudicar a circulação. 
Figura 4 – O uso do cinto de segurança pode salvar vidas 
Nas estradas, muitos acidentes ocorrem devido a imprudências e incertezas; 
para evitá-los, o condutor deve tomar os seguintes cuidados: 
• Não realizar ultrapassagens em curvas nem em faixa contínua;
• Quando o veículo estiver em uma descida, atrás de um caminhão, o
motorista deve ponderar a ultrapassagem. Nesse momento, o caminhão
pode estar embalado, o que aumenta a dificuldade de ultrapassagem;
• O motociclista deve tomar cuidado para não ser puxado pelo ar que se
forma nas proximidades dos caminhões. Isso pode ocasionar acidentes
fatais;
• Nunca dirigir cansado. Em uma viagem longa, é interessante o
condutor efetuar algumas paradas para descansar. Quando houver um
acompanhante que também seja motorista e que esteja com a
documentação em dia, verificar a possibilidade de revezar a direção;
201
• Não conduzir o veículo em alta velocidade, pois um animal ou
pedestre pode cruzar a pista sem que haja tempo para frear,
ocasionando um acidente;
• Sempre olhar os retrovisores antes de realizar uma ultrapassagem;
• Manter uma distância de segurança dos carros. Isso é importante
para evitar colisões;
• Antes de sair do acostamento, acionar a luz indicadora de direção,
verificar o tráfego, acelerar no acostamento até uma velocidade
compatível com a via, e entrar na faixa de tráfego.
Vamos conhecer os cuidados que os condutores devem ter com os 
motociclistas? 
Acompanhe na sequência! 
O motorista deve ficar alerta em relação aos condutores de motocicleta, 
motoneta e ciclomotores, a fim de aumentar a distância de seguimento sempre 
que possível. 
Na ultrapassagem, deve ser observada a mesma distância que o motorista 
manteria se estivesse ultrapassando um carro. 
Em situações de chuva, o motorista não deve ultrapassar veículos de duas 
rodas próximos a poças de água. Com o peso dos pneus do carro, a água 
empoçada pode esguichar na direção daquele condutor e causar acidentes. 
Distância de segurança 
A distância de segurança (ou distância de seguimento) é o espaço que um 
veículo deve ter em relação ao outro. Esse cálculo varia conforme as 
adversidades que se colocam no itinerário, como trânsito, via, tempo, peso do 
veículo e condições do condutor. 
202
Confira o que o CTB determina como norma referente à distância de 
segurança: 
Capítulo III - DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA 
Art. 29. O trânsito de veículosnas vias terrestres abertas à circulação 
obedecerá às seguintes normas: 
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as 
exceções devidamente sinalizadas; 
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal 
entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, 
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da 
circulação, do veículo e as condições climáticas; 
Brasil, 1997. 
É importante saber que a distância de segurança tem que ser suficiente para 
frenagem em caso de parada de emergência. 
Não há uma determinação exata para a distância a ser guardada, a não ser 
quando o condutor estiver passando ou ultrapassando um ciclista, pois, nesse 
caso, o art. 201 estabelece a distância de 1 m e 50 cm (BRASIL, 1997). 
Mesmo não havendo uma determinação legal sobre a distância exata a ser 
mantida do veículo frontal, existe uma recomendação da direção defensiva, 
conhecida como regra dos dois segundos. Para confirmar que está mantendo 
uma distância segura do veículo à sua frente, o condutor deve mentalizar um 
ponto fixo pelo qual este veículo passou e contar pelo menos dois segundos. 
Caso ele passe pelo ponto em tempo inferior aos dois segundos deverá reduzir 
sua velocidade para que fique a uma distância adequada e segura. 
Esse procedimento ajuda o condutor a manter-se longe o suficiente dos outros 
veículos em trânsito, possibilitando fazer manobras de emergência ou paradas 
bruscas necessárias sem o perigo de uma colisão. Essa recomendação é 
apenas de um referencial e não é válida para fins de sanção administrativa da 
infração do art. 192 (infração grave), que tem multa como penalidade (BRASIL, 
1997). 
203
 
Atenção: essa contagem só é válida para veículos pequenos (até 6 m), na 
velocidade de 80 e 90 km, em condições normais do veículo, com o tempo 
seco, sem que a via esteja molhada e não seja uma descida. 
 
Outro modo conhecido de marcar o distanciamento de segurança é, estando a 
20 km/h, considerar o espaço de 1 veículo à frente; para 40km/h afastar-se 
tomando como base o tamanho de 2 veículos e assim sucessivamente. 
 
Relembre os tipos de distâncias 
 
Distância de reação 
 
É a distância de segurança percorrida por um veículo desde o momento em 
que seu condutor percebe algum tipo de perigo até o momento em que aciona 
o freio. 
 
Distância de frenagem 
 
É a distância a ser percorrida desde o ato de pressionar o pedal do freio até a 
parada total do veículo. Varia de acordo com a velocidade e a carga do veículo; 
quanto maiores forem a carga e a velocidade maior será a distância de 
frenagem. 
 
Distância de parada 
 
Corresponde à distância percorrida desde o momento em que o condutor vê o 
perigo até ele parar o veículo. Varia de acordo com a velocidade. Corresponde 
à soma da distância de reação mais a distância de frenagem. 
 
 
Acidentes de trânsito 
 
204
Você já aprendeu a definição de acidente de trânsito. Agora, você vai 
aprender quando um acidente pode ser evitado. Vamos lá? 
Como vimos, acidente de trânsito é todo evento danoso que envolve o 
veículo, a via, o ser humano e/ou os animais. Os acidentes de trânsito são 
classificados em evitáveis e não evitáveis. 
Os acidentes evitáveis são aqueles que poderiam ter sido evitados por 
uma manobra ou por uma decisão correta do condutor. Grande parte dos 
acidentes pode ser evitada, pois é causada por falha humana, ou seja, o 
condutor deixa de fazer algo que poderia evitá-los. Portanto, para que não 
ocorram esses acidentes, o motorista deve manter-se atento, respeitar a 
sinalização do local, verificar a segurança e as condições dos seus passageiros 
e, principalmente, sua própria condição e manter o veículo revisado! 
Figura 5 – Preste atenção em suas condições. Se estiver com sono, não dirija. 
Os acidentes não evitáveis (ou inevitáveis) são aqueles causados 
por situações que independem do condutor, como por exemplo, problemas 
súbitos na pista ou relacionados às condições climáticas, entre outros. Neste 
205
caso, por mais prudente que seja a ação do condutor o acidente não será 
evitado. 
Respeitar os limites de velocidade, a sinalização, utilizar os equipamentos 
obrigatórios de segurança e seguir a legislação são atitudes essenciais para a 
segurança no trânsito e evitar acidentes. 
Quanto mais conhecimentos você puder internalizar sobre as normas de 
trânsito e, como condutor, agir de modo coerente a elas, mais terá condições 
de evitar acidentes e representar um bom exemplo para outros motoristas. 
Como evitar acidentes de trânsito? 
Atualmente, dirigir pode ser estressante para algumas pessoas devido ao 
grande número de veículos que transitam pelas ruas, o que pode comprometer 
a segurança e o bem-estar de todos. 
Para ter uma melhor qualidade de condução no trânsito, além de se manter 
calmo, o condutor deve usar o método básico de prevenção de acidentes, 
que consiste em três ações ligadas entre si: 
Prever o perigo 
Programar seu itinerário antes de sair. Lembrar-se dos obstáculos do 
percurso e do comportamento irregular de outros motoristas e pedestres. 
Encontrar a solução 
Praticar a direção defensiva, antecipar os problemas e buscar soluções 
práticas e inteligentes. Ser cortês, evitar conflitos, ter paciência e ser 
prudente. 
Agir a tempo 
Não esperar que somente o outro tome a atitude de evitar o erro ou o 
acidente. Perceber o risco, e agir a tempo de evitá-lo. 
206
O que se deve fazer diante de acidentes de trânsito? 
Sempre que se envolver em um acidente de trânsito em que houver vítima, 
ou presenciar um acidente com terceiros, o condutor deve: 
• Sinalizar o local do acidente (ligar o pisca-alerta e colocar o triângulo a
uma distância segura de, no mínimo, 30 metros); no caso do acidente
ser em uma curva ou após a mesma o triângulo deve ser colocado antes
da curva;
• Ligar para o número 193 para acionar socorro médico;
• Preservar o local, não movimentar os veículos;
• Não movimentar as pessoas feridas;
• Aguardar a chegada do socorro médico e da Polícia de Trânsito.
Quando no acidente não houver vítimas: 
• Retirar os veículos da via para que o trânsito não seja interrompido;
• Anotar informações e dados dos condutores e veículos que estiverem
envolvidos, local e horário do acidente;
• Realizar o boletim de ocorrência (B.O.).
Em acidentes sem vítimas não é necessário chamar a autoridade de trânsito. A 
Polícia Militar atende a acidentes sem vítimas, porém são priorizados os 
acidentes com feridos. 
Mesmo não sendo obrigatória a realização do B.O., em caso de acidentes sem 
vítimas, a orientação é que sempre o realize, pois se o acordo entre as partes 
não for cumprido conforme o que foi firmado amigavelmente, o B.O. será um 
documento fundamental para um processo judicial. 
Caso seja observado, nos condutores envolvidos, a suspeita de crimes de 
trânsito, como embriaguez, falta de habilitação, entre outros, a Polícia Militar 
207
deve ser acionada (190), e os condutores devem permanecer no local até a 
chegada da viatura. 
Em casos de acidentes com queda de cabo de alta tensão sobre o veículo, é 
necessário tomar alguns cuidados antes de sair de seu interior, ou se 
aproximar dele, caso esteja prestando socorro. A Puget Sound Energy produziu 
um vídeo2 esclarecedor sobre como proceder nesses casos. Assista ao vídeo 
que pode salvar vidas. 
Fonte: Puget Sound Energy, S.d. 
Seguindo essas recomendações, você estará colaborando para um trânsito 
mais seguro para todos. Seja cuidadoso e esteja sempre atento, pois uma 
atitude simples como dirigir dentro do limite de velocidade pode salvar uma 
vida. Dirija com respeito e atenção! Até a próxima! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em:.Acesso em: 6 fev. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
. 
Acesso em: 7 fev. 2021. 
COMO dirigir: cuidados. Direção Defensiva, S.d. Disponível em: 
. Acesso em: 7 fev. 
2021. 
2 https://www.youtube.com/watch?v=IxXVsAFQEsk 
208
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
DIREÇÃO defensiva: como evitar acidentes agindo proativamente. Tudo sobre 
Segurança, S.d. Disponível em: . Acesso em: 2 nov. 2018. 
PSE – Puget Sound Energy. Disponível em: . Acesso em: 7 
fev. 2021. 
WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012: os novos padrões da violência 
homicida no Brasil. São Paulo: Instituto Sangari, 2012. 
 
209
Núcleo temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de Trânsito 
Brasileiro - CTB 
Unidade de Estudos 5 – Estado físico e mental do condutor 
Objetivo: Entender aspectos do estado físico e mental do condutor e as 
consequências do uso de bebidas alcoólicas e substâncias psicoativas. 
Tópicos desta Unidade 
• Estado físico e mental do condutor
• Condições que influenciam o modo de dirigir
• Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas
Olá! Você deve saber que muitos acidentes de trânsito são 
causados por motoristas que não estão em condições de dirigir 
naquele momento. Isso se deve ao fato de esses motoristas não 
estarem em seu melhor estado físico ou mental devido a diversos fatores, 
como estresse, fadiga, consumo de bebidas alcóolicas e/ou substâncias 
psicoativas lícitas ou ilícitas. Nesta Unidade de Estudos, vamos apresentar a 
você como esses fatores podem influir alterando temporariamente o humor, a 
percepção, a atenção, o comportamento e a consciência, ou seja, o estado 
físico e mental do motorista. Preparado? Então, vamos lá! 
Estado físico e mental do condutor 
Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas também a mais fácil 
de ser evitada, pois se trata do estado em que o condutor se encontra 
física e mentalmente no momento em que faz uso do veículo no trânsito. 
São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do condutor 
(doenças, deficiências físicas, problemas emocionais, entre outros), as quais 
podem ser momentâneas, passageiras ou definitivas. 
210
 
Uma pessoa em desequilíbrio emocional, que pode ser causado por inúmeros 
fatores, pode sofrer irritações, mal-humor, tornar-se retraída ou ansiosa e ter 
atitudes impulsivas que podem ser prejudiciais. Aprender a lidar com as 
situações e desconfortos, refletir sobre as próprias atitudes pode proporcionar 
maior controle, segurança e bem-estar. Sabemos que, diante de tantas 
pressões no trânsito, no trabalho, na vida social, é difícil manter um bom 
controle das emoções, mas é preciso exercitar, pois os efeitos das atitudes 
impulsivas são extremamente danosos quando estamos dirigindo. 
 
Condutor, lembre-se de que você é o responsável por sua própria 
segurança e pela dos demais indivíduos que estiverem no veículo, e que 
dirigir sem boas condições físicas ou emocionais pode colocar a sua vida 
e a de outras pessoas em risco. 
 
Como condutor habilitado, cabe a você avaliar suas reais condições ao se 
propor a dirigir um veículo, e ter o bom senso para evitar envolver-se em 
situações de risco. 
 
Condições que influenciam o modo de dirigir 
 
Existem inúmeras condições adversas das quais o condutor deve ter 
consciência antes de assumir a direção de um veículo. Acompanhe a seguir. 
 
Essas condições advêm de fatores que influenciam a forma como o condutor 
age no trânsito. Selecione os pontos na imagem para conhecer os fatores 
físicos. 
 
211
1 Fadiga: é a sensação de cansaço permanente, mesmo quando se está 
descansando. A fadiga diminui a atenção, a concentração e a 
possibilidade de reação imediata às adversidades, por isso é tão 
prejudicial. É preciso reequilibrar a rotina dormindo mais, alimentando-
se melhor, praticando esportes, e incluir momentos de lazer e 
relaxamento nas atividades do dia a dia. 
2 Atenção: a dificuldade em se manter atento às condições do tráfego 
aumenta a possibilidade de envolvimento em acidentes e coloca a vida 
do condutor e a de terceiros em risco. A dificuldade em manter a 
concentração nas atividades do dia a dia pode trazer várias 
consequências, como erro de cálculo, atrasos e esquecimentos. É 
importante fazer uma coisa de cada vez, assim é possível direcionar a 
atenção para que a atividade seja realizada com sucesso. 
3 Audição: no trânsito, as pessoas devem estar atentas e a audição é um 
fator importante na percepção de situações de risco. Entretanto, nos 
casos de condutores surdos os veículos, devem ser identificados com 
adesivos nos vidros dianteiros e traseiros. 
4 Visão: os condutores com indicação para uso de óculos ou lentes, 
conforme definido em exame para obtenção de sua CNH, devem 
sempre usá-los para dirigir. Em dias ensolarados, recomenda-se que os 
motoristas, de modo geral, se utilizem de óculos escuros ou usem a 
pala de proteção do veículo. 
Dirigir o veículo sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de 
audição, próteses físicas ou adaptações do veículo, impostas por ocasião da 
renovação ou da concessão da licença para conduzir, é infração gravíssima 
(art. 162, VI, CTB,) (BRASIL,1997). 
212
Outros fatores de ordem emocional que podem causar acidentes: 
Inexperiência 
É um dos fatores que colaboram para a ocorrência de acidentes, além 
de contribuir para que o condutor tome decisões precipitadas e 
tenha comportamento equivocado. 
Familiaridade com a via 
Ao trafegar por uma via muito familiar, o excesso de confiança reduz a 
atenção do condutor, levando-o, muitas vezes, a cometer erros. Quando a 
via é desconhecida, é provável que ele não tenha condições de prever e 
planejar suas ações. Nesse caso, o condutor também deve ficar bastante 
atento. 
Excitação ou depressão 
A capacidade de decisão e a atenção ficam prejudicadas, o que provoca 
comportamentos inadequados e colabora para que ocorram acidentes. 
Dirigir com pressa ou sob pressão 
As situações de risco tendem a aumentar, pois os fatores expostos levam 
o condutor a ações impensadas.
Incapacidade de reação e ações inconsequentes 
A falta de reação no momento necessário ou um ato irresponsável colocam 
em risco a vida do condutor e a dos usuários da via. 
Fatores temporários 
Fome, raiva, dor, calor, frustração e insegurança também são fatores que 
prejudicam a direção. 
O condutor não deve comprometer suas condições físicas e emocionais antes 
de dirigir. Não pode beber ou consumir drogas ou medicamentos que afetem 
sua capacidade neurológica e nem permitir que alguém dirija nessas 
condições. 
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB (BRASIL, 1997) afirma que o condutor 
deve estar em plenas condições físicas, mentais e psicológicas para dirigir. 
Veja o que o dispõe o art. 166 do CTB (BRASIL, 1997): 
Art. 166 – Confiar ou entregar a direção do veículo a pessoa que, mesmo 
habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de 
dirigi-lo com segurança a punição será: 
Infração − gravíssima; 
Fique atento! Conforme o artigo citado acima, o proprietário do veículo estará 
sujeito a penalidades caso confie ou entregue a direção do veículo a pessoa 
que não esteja em condições para dirigir. 
213
O candidato à habilitação é amplamente avaliado em suas aptidões físicas e 
mentais, conforme art. 147 do CTB, atualizado pela Lei n. 14.071/2020, que 
determina que o órgão executivo de trânsito submeta oCondutores (RNPC) ......... 318 
 
 
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 1: O Sistema Nacional de Trânsito – atribuições dos 
órgãos normativos, executivos e rodoviários de trânsito 
Objetivo: Compreender a legislação de trânsito como fenômeno de evolução 
histórica e as atribuições dos órgãos que constituem o Sistema Nacional de 
Trânsito. 
Tópicos desta Unidade 
• Introdução – necessidade de regras para o trânsito
• Elementos do trânsito
• Sistema Nacional de Trânsito (SNT)
Olá! Seja bem-vindo ao Curso de Reciclagem para Condutores 
Infratores! Ao realizar esse curso, você ampliará seus 
conhecimentos sobre os temas que envolvem o trânsito e a direção 
de um veículo, vindo a ter condições de realizar a sua efetiva mudança como 
condutor. Neste primeiro Núcleo Temático, vamos apresentar a atualização da 
legislação de trânsito e as competências dos órgãos normativos, consultivos, 
executivos, rodoviários e de fiscalização que constituem o Sistema Nacional de 
Trânsito. Este Núcleo ajudará você a entender como funcionam esses órgãos 
que regem nossas regras e condutas. Vamos começar? 
Introdução – necessidade de regras para o trânsito 
Antes do advento das máquinas, em especial dos automóveis, a locomoção 
dos seres humanos era facilitada por cavalos e carroças. Assim que o tráfego 
dos automóveis começou a se intensificar, as sinalizações tornaram-se 
necessárias, além da instituição de direitos e deveres para os envolvidos nesse 
sistema. 
A invenção do automóvel e sua inserção no dia a dia despertaram a 
curiosidade e a paixão das pessoas por meios de locomoção inovadores, o que 
9
fez surgir a necessidade da criação de regras sociais de uso dessas máquinas 
em espaços comuns. 
O primeiro automóvel foi criado na França, em 1771, pelo francês Nicholas 
Cugnot. O mundo jamais seria o mesmo após essa grande invenção! O 
veículo automotor chegou ao Brasil no início do século XX 
acompanhando o surgimento da industrialização. Acompanhe a evolução. 
São Paulo recebeu o primeiro carro trazido para o nosso país. Com o tempo e 
a inserção dos veículos no cotidiano das cidades, foram criadas regras de 
direção e de comportamento adequado nas vias públicas, o que pode ser 
constatado no Decreto n. 8.324 de 27 de outubro de 1910 que regulamentava o 
transporte de pessoas e mercadorias por automóveis industriais (BRASIL, 
1910): 
“Art. 21. O motorneiro deve estar constantemente senhor da velocidade de 
seu veículo, devendo diminuir a marcha ou mesmo parar o movimento, 
todas as vezes que o automóvel possa ser causa de acidentes.” 
Observa-se que as orientações sobre as responsabilidades do condutor (na 
época chamado motorneiro) em relação à velocidade obtida pelo veículo 
sempre estiveram presentes. 
10
 
 
Além do fator velocidade, que propiciou emoção, mas ocasionou muitos 
acidentes, ao longo dos anos, o automóvel também se tornou símbolo 
de status e de poder. 
 
Desde o início e atualmente, muitos condutores usam seus veículos como 
forma de demonstrar a classe social a que pertencem e deixam de exercitar o 
que aprenderam durante o processo para obtenção da Carteira Nacional de 
Habilitação - CNH. 
 
Esse cenário contribui para o aumento expressivo do número de 
acidentes de trânsito com vítimas. 
 
Baseando-nos nesse pressuposto, é possível considerar a necessidade de 
mobilizar a sociedade brasileira para que um novo posicionamento no 
trânsito seja adotado. Essa mobilização deve envolver condutores, 
passageiros e pedestres, pois é dever de todo cidadão cumprir as normas, 
exercitar a educação no trânsito e colaborar para a segurança de todos. Nesse 
contexto, a legislação, por sua vez, tem por objetivo garantir a segurança dos 
envolvidos no trânsito, seja nas vias ou nos veículos. 
 
Conheça um resumo dos Códigos de Trânsito: 
 
O primeiro Código Nacional de Trânsito foi instituído pelo Decreto Lei nº 2.994 
de 28 de janeiro de 1941. Esse Código regularizava a circulação de veículos 
nas vias terrestres em todo o país, mas foi revogado. No mesmo ano entrou em 
vigência pelo Decreto Lei nº. 3.651 de 25 de setembro de 1941, o novo e 
segundo Código Nacional de Trânsito que criou o Conselho Nacional de 
Trânsito (CONTRAN). 
O terceiro Código Nacional de Trânsito foi instituído pela Lei n. 5.108/1966 e foi 
vigente até 1997, ano em que se promulgou o Código de Trânsito Brasileiro 
atual, considerando-se suas atualizações até 2020. 
O Código Nacional de Trânsito foi atualizado em 2020, pela Lei n. 14.071/2020. 
 
11
Elementos do trânsito 
 
O trânsito é composto por tudo o que envolve a circulação nas vias: pessoas, 
veículos ou animais, de maneira isolada ou em grupos, para operações de 
carga, descarga, circulação e estacionamento. 
 
Conheça os elementos essenciais do trânsito e as especificidades de cada um. 
 
O ser humano 
 
O ser humano pode ter muitas reações no trânsito. O comportamento do 
condutor, do passageiro ou do pedestre reflete sua educação e formação 
humana desde a infância. Pessoas com maior flexibilidade e capacidade de 
aceitar normas se comprometem mais com as regras; já pessoas com 
ansiedade e medo podem colocar em risco a própria segurança e a de outras 
pessoas, além da predisposição para cometer infrações e provocar acidentes. 
Vale lembrar que a ética faz do homem um ser capaz de se adaptar às regras e 
de cumpri-las, tornando o ambiente social mais seguro e confortável para todos 
os envolvidos. O conhecimento das leis de trânsito, o controle das situações e 
o reconhecimento de riscos dependem diretamente do comportamento do 
usuário do trânsito. 
 
O veículo 
 
Criado para transportar pessoas e cargas, os veículos atendem à necessidade 
de ir e vir dos usuários. É considerado veículo todo meio de transporte que tem 
capacidade de se locomover por meio de impulso produzido por motor, 
combustão interna, eletricidade, que se move por si mesmo, tração animal, 
reboque e semirreboque. Os veículos classificam-se em automóvel, 
motocicleta, motoneta, bicicleta, carroça, carro de mão, entre outros. 
 
 
 
 
12
A via 
 
Superfície em que ocorre o fluxo de trânsito. Além da pista de rolamento, a via 
compreende calçadas, acostamentos, ilhas e canteiros. 
 
Sistema Nacional de Trânsito (SNT) 
 
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é o conjunto de órgãos e entidades de 
trânsito seja normativo, consultivo ou executivo, pertencente à União, aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, que se integram, com a finalidade de 
exercício das seguintes atividades: 
• planejamento; 
• administração; 
• normatização; 
• pesquisa;1 
• registro e licenciamento de veículos; 
• formação; 
• habilitação e reciclagem dos condutores; 
• educação; 
• engenharia; 
• operação do sistema viário; 
• policiamento; 
• fiscalização; 
• julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidade. 
 
A coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito, é exercida pelo 
Ministério da Infraestrutura, conforme Decreto n. 9.676/20191. O SNT, formado 
por órgãos e entidades da União, dos estados e Distrito Federal e dos 
municípios, tem por objetivo estabelecer as diretrizes da Política Nacional de 
Trânsito. O Conselho Nacional de Trânsito – Contran é o órgão máximo do 
Sistema Nacional de Trânsito que atua normativa e consultivamente e sua 
 
1 http://www.antp.org.br/noticias/clippings/governo-bolsonaro-retoma-composicao-original-
do-contran.html 
13
atuação é regida pela Resolução n. 446/2013 do Contran e a Portaria no 
660/2014. 
 
A segurança, o fluxo, o conforto, a defesa ambiental, a educação para o 
trânsito e a fiscalização são de competência do SNT. Conforme o art. 5.º do 
Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Brasil, 1997), é ele que estabelece: 
• Atividades de planejamento, administração, normatização e pesquisa;condutor a exames, 
como: 
O exame de aptidão física e mental, a ser realizado no local de 
residência ou domicílio do examinado, será preliminar e renovável 
com a seguinte periodicidade: 
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior a 50 
(cinquenta) anos; 
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou 
superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos; 
III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou 
superior a 70 (setenta) anos. 
Brasil, 2020. 
O condutor deve avaliar suas condições sempre que for dirigir e entregar 
a direção para alguém mais capacitado, caso entenda que não será possível 
conduzir com qualidade. Além disso, deve também dividir a direção em viagens 
longas, programar paradas para descanso, dormir um pouco e cuidar com a 
alimentação e a hidratação. 
Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas 
Álcool 
O consumo de bebidas alcoólicas é antigo e tem história entre muitas 
culturas e povos. 
Comum em muitas civilizações, a bebida alcoólica tornou-se um grande 
problema para sociedade atual, pois alterou o comportamento do povo 
contemporâneo. É comprovado que o álcool afeta o sistema nervoso e 
impede a pessoa de reagir adequadamente diante do perigo, alterando a 
concentração, a tomada de decisão e a coordenação motora. 
214
Importante: o condutor comete infração gravíssima ao dirigir sob a 
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa. 
O consumo abusivo de álcool é considerado um fator decisivo para o 
aumento dos índices de morbimortalidade1 em nosso país. 
De acordo com o art. 165 da Lei n. 11.705, de 19 de junho de 2008 (a 
Lei Seca): 
“Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei n. 11.705, de 
2008) 
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei n. 11.705, de 2008) 
Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 
(doze) meses. (Redação dada pela Lei n. 12.760, de 2012) 
Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e 
retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, 
de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada 
pela Lei n. 12.760, de 2012) 
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso 
de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei n. 
12.760, de 2012)” 
Brasil, 2008. 
Para os condutores com habilitação nas categorias C, D ou E, a Lei n. 
14.071/20 apresenta a obrigatoriedade de realizar o exame toxicológico para 
a obtenção e a renovação da Carteira Nacional de Habilitação. Caso o 
exame não seja realizado em até 30 dias do prazo legal, incorrerá em infração 
gravíssima com a suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses, 
condicionando o levantamento da suspensão do resultado negativo em novo 
exame. 
1 Refere-se a incidência das doenças e/ou óbitos numa população. 
215
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Efeitos do álcool sobre o condutor 
 
O álcool na corrente sanguínea provoca o afrouxamento da percepção e o 
retardamento dos reflexos. Dosagem excessiva conduz à perigosa diminuição 
da percepção e à total lentidão dos reflexos, diminuindo a consciência do 
perigo. Todo condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete 
gravemente sua segurança, a dos demais usuários da via e a dos passageiros, 
que estão apostando suas próprias vidas, 100% nas condições deste motorista. 
 
O processo de absorção do álcool é relativamente rápido: 90% em 1 hora. Isso 
não acontece com a eliminação, que demora de 6 a 8 horas, pelo fígado 
(90%), pela respiração (8%) e pela transpiração (2%). 
 
A concentração de álcool no sangue depende, entre outros fatores, da 
quantidade ingerida, do peso da pessoa e da alimentação. A intoxicação por 
outras drogas leva, em média, de 2 a 4 horas para ser eliminada pelo 
organismo. 
• 1 a 2 decigramas (dg): Sem efeito (não produz efeito aparente); 
• 3 a 5 dg: Problemas na percepção da distância e velocidade; 
• 6 a 8 dg: Reação mais lenta, início de euforia; 
• 9 a 15 dg: Reflexos muito lentos, condução perigosa; 
• 16 dg: Visão dupla, desorientação, condução impossível. 
 
Importante: com qualquer concentração de álcool por litro de sangue, o 
condutor terá cometido uma infração, considerada gravíssima. 
 
Fiscalização 
 
A Lei n. 12.760/2012, que reforça a Lei Seca n. 11.705/2008, juntamente com 
a Resolução n. 432, de 23 de janeiro de 2013, dispõe sobre os procedimentos 
que devem ser adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes 
216
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=250598
na fiscalização do consumo de álcool ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência, e tem como objetivo: 
Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de 
trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de outra 
substância psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto 
nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 – 
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 
Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores de veículos 
automotores, de bebidas alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que 
determinem dependência deve ser procedimento operacional rotineiro dos 
órgãos de trânsito. 
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão 
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine 
dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes 
procedimentos a serem realizados no condutor de veículo automotor: 
I – exame de sangue; 
II – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo 
órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso 
de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência; 
III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar 
alveolar (etilômetro); 
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade 
psicomotora do condutor. 
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também poderão ser
utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova 
em direito admitido. 
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a utilização do
teste com etilômetro. 
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade
psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação dessa situação por meio 
do teste de etilômetro e houver encaminhamento do condutor para a realização 
do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o 
resultado desses exames para fins de autuação administrativa. 
Brasil, 2013. 
217
O agente da autoridade de trânsito poderá constatar os sinais de alteração da 
capacidade psicomotora e descrever no auto de infração, ou em termo 
específico que contenha as informações mínimas, que deverá acompanhar o 
auto de infração. 
Vamos conhecer os sinais de alteração observados pelo agente 
fiscalizador? Acompanhe! 
Quanto à aparência, o fiscalizador irá observar se o condutor apresenta: 
• sonolência;
• olhos vermelhos;
• vômito;
• soluços;
• desordem nas vestes;
• odor de álcool no hálito.
Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
• agressividade;
• arrogância;
• exaltação;
• ironia;
• falante;
• dispersão.
Quanto à orientação, se o condutor:
• sabe onde está;
• sabe a data e a hora.
Quanto à memória, se o condutor:
• sabe seu endereço;
• lembra-se dos atos cometidos.
Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta:
• dificuldade no equilíbrio;
• fala alterada.
218
Além desses dados que deverão ser preenchidos no auto de infração, o agente 
fiscalizador deve preencher o item “Afirmação expressa”, de acordo com as 
características verificadas. 
Exemplo: De acordo com as características acima descritas, constatei que o 
condutor acima qualificado está:• ( ) Sob influência de álcool.
• ( ) Sob influência de substância psicoativa.
O condutor:
• ( ) Se recusou.
• ( ) Não se recusou a realizar os testes, exames ou perícia que
permitiriam certificar o seu estado quanto à alteração da capacidade
psicomotora.
Lembre-se sempre: no caso de ingestão de bebida alcoólica, o condutor deve 
passar a direção do veículo para outro motorista devidamente habilitado e que 
esteja sóbrio. 
Você Sabia? 
Atenção! Doses pequenas também interferem nas habilidades do 
condutor. Por isso, não seja passageiro de alguém que tenha consumido 
bebida alcoólica. Quando sair para se divertir com seus amigos ou parentes, é 
importante escolher o “motorista da rodada”, que assumirá a direção do veículo 
no retorno. O escolhido deve estar sóbrio, sem ter consumido álcool. Outra 
possibilidade é solicitar um táxi. 
219
Figura 2 – Motorista da rodada bebe água 
Uso de substâncias psicoativas 
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que agem 
diretamente no cérebro, alterando comportamento, cognição e humor da 
pessoa. Como exemplo, podemos citar as drogas permitidas, como remédios 
controlados, o fumo e o álcool, e qualquer droga ilícita. Tenha em mente que 
essas substâncias podem causar dependência, o que é altamente prejudicial. 
Mesmo o consumo de medicamentos por indicação médica pode alterar o 
estado geral (físico e mental) da pessoa e atrapalhar o desempenho na 
condução do veículo. 
Você Sabia? 
Quando o condutor faz a ingestão de substâncias para se manter 
acordado, por exemplo, ele está somente impedindo que o sono chegue dentro 
220
de algumas horas. Entretanto, assim que o efeito da substância passar, o 
cérebro manifestará a necessidade de descanso, o que pode fazer com que o 
condutor durma ao volante e ocasione um acidente, muitas vezes fatal. 
Lembre-se: dormir é a única solução para o sono! 
Com os estudos desta Unidade, você compreendeu que estar 
física e mentalmente bem é importante para evitar acidentes. Dirigir 
sem estar em condições pode colocar a sua vida e a de outras 
pessoas em risco. Por isso, se estiver cansado e precisar dirigir, descanse 
antes. E lembre-se de que bebida, drogas e direção não combinam! Até a 
próxima! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 
1997. Disponível em:. 
Acesso em: 6 fev. 2021. 
_____. Lei n. 11.705, de 19 de junho de 2008. Altera a Lei no 9.503, de 23 de 
setembro de 1997, que ‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’, e a Lei n. 
9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à 
propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, 
terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição 
Federal, para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo 
automotor, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 20 jun. 2008. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
221
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
. 
Acesso em: 7 fev. 2021. 
CONTRAN − CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução n. 339, 25 
de fevereiro de 2010. Permite a anotação dos contratos de comodato e de 
aluguel ou arrendamento não vinculado ao financiamento do veículo, junto ao 
Registro Nacional de Veículos Automotores. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 1 mar. 2010. Disponível em: 
. Acesso em: 7 fev. 2021. 
DETRAN/PR − DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO PARANÁ. Educação 
para o trânsito. Curitiba: Detran PR, 2006. Disponível em: 
. Acesso em: 9 nov. 2016. 
_____. Educação para o trânsito – Motorista – Orientações. Detran, S.d.a. 
Disponível em: . 
Acesso em: 7 fev. 2021. 
_____. Educação para o trânsito – Motociclista seguro. Detran, S.d.b. 
Disponível em: . 
Acesso em: 7 out. 2016. 
222
Núcleo Temático 3: Noções de Primeiros Socorros 
Unidade de Estudos 1: Sinalização do local do acidente e 
acionamento de recursos 
Objetivo: Entender as noções básicas de primeiros socorros no trânsito, como 
se faz a sinalização do local do acidente e o acionamento de recursos. 
Tópicos desta Unidade 
• Primeiros socorros no trânsito
• Acidentes de trânsito e omissão de socorro
• Consequências dos acidentes
• Sinalização do local do acidente
• Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância,
concessionária da via e outros
• Tipos de acidentes
• Tipos de socorristas
Olá! Vamos dar início a mais um núcleo temático do Curso de 
Reciclagem para Condutores Infratores. Você sabe quais são as 
responsabilidades de quem provoca ou se envolve 
involuntariamente em um acidente de trânsito? E quais podem ser as 
consequências desse acidente? Nesta unidade de estudo, vamos aprender 
sobre acidentes de trânsito e quais procedimentos devem ser realizados no local. 
Preparado? Então, vamos lá! 
Primeiros socorros no trânsito 
São denominados primeiros socorros os cuidados imediatos dispensados a uma 
pessoa acidentada, ferida ou doente até o momento da chegada de um 
recurso profissional. 
223
 
Os primeiros socorros envolvem algumas medidas que visam preservar a 
integridade da vítima e evitar que suas condições piorem. Esse atendimento 
inicial pode incluir o apoio psicológico para pessoas abaladas emocionalmente 
por um acidente. 
Aqui vamos falar especificamente sobre primeiros socorros em acidentes 
ocorridos no trânsito. Acidentes de trânsito são definidos como qualquer evento 
que envolva prejuízo, sofrimento ou morte. 
Prestar socorro de maneira adequada pode salvar vidas. Por isso, é 
importante ter noções de primeiros socorros para que o atendimento seja 
correto e o mais cuidadoso possível. 
Figura 1 - Em caso de acidente de trânsito com vítima(s) sinalize o local 
Você saberia prestar os primeiros atendimentos a uma vítima de 
acidente de trânsito? 
Em um acidente, cada pessoa tem uma reação: há aquelas que conseguem lidar 
com essa situação e tomam atitudes, mas há também quem entre em desespero 
224
 
 
e quem fique sem reação diante da vítima, entre outros comportamentos. E você, 
já pensou qual seria a sua reação diante de um acidente de trânsito? 
Ao se deparar com um acidente de trânsito, o importante é manter a calma, 
analisar a situação e procurar ajuda. 
No caso de um acidente de trânsito com vítima(s), os passos principais para 
os primeiros socorros são os seguintes: 
1 Garantir a segurança: sinalizar o local. 
2 Pedir socorro: acionar o socorro especializado. 
3 Conter a situação: manter a calma. 
4 Analisar a situação: localizar, proteger e examinar as vítimas. 
Figura 2 – Enquanto aguarda-se o atendimento especializado, deve-se avaliar as condições da(s) vítima(s). 
Quem deve prestar os primeiros socorros à(s) vítima(s) é quem estiver mais 
próximo, mas é preciso estar capacitado para realizar um bom 
atendimento. 
225
 
Acidentes de trânsito e omissão de socorro 
O Código Penal Brasileiro e o CTB determinam que qualquer pessoa, diante de 
um acidente com vítima(s) necessitando de amparo imediato, tem por obrigação 
prestar atendimento, principalmente se tiver envolvimento diretocom o fato. 
Leia as determinações do CTB quanto à responsabilidade civil e criminal dos 
envolvidos em acidentes de trânsito: 
Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: I – de prestar ou 
providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo; II – de adotar providências, 
podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local; III – de 
preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; IV – de 
adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por 
policial ou agente da autoridade de trânsito; V – de identificar-se ao policial e de 
lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência: 
Infração – gravíssima. Penalidade – multa (cinco vezes) e suspensão do direito 
de dirigir. Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação. 
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito 
quando solicitado pela autoridade e seus agentes: Infração – grave. Penalidade 
– multa. Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de
que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança,
se prestar pronto e integral socorro àquela.
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar 
imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, 
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas – detenção, de seis 
meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. 
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, 
ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com 
morte instantânea ou com ferimentos leves. 
226
 
 
 
No art. 304, o CTB (BRASIL, 1997) expõe que a omissão de socorro acontece 
quando o condutor deixa, “na ocasião do acidente, de prestar imediato 
socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, 
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública”. 
 
Nesses casos, as penas são de detenção, de seis meses a um ano, ou multa, 
se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Essa pena pode aumentar 
se a vítima morrer em razão do acidente. Ou seja, o indivíduo que se envolver 
em um acidente de trânsito jamais deverá abandonar o local ou as vítimas 
que estão necessitando de ajuda, pois a omissão de socorro é considerada 
crime (BRASIL, 1997). 
 
Por isso, é importante saber identificar as condições de saúde da vítima, a 
fim de ajudar a salvar a vida dela e evitar possíveis sequelas. 
 
 
Figura 3 – Deve-se solicitar ajuda à vítima, mesmo sem estar diretamente envolvido no acidente 
 
227
A seguir, vamos analisar as consequências de um acidente e a maneira 
adequada de se comportar nesses casos. 
Consequências dos acidentes 
Acidentes de trânsito podem resultar em consequências graves, algumas 
irreparáveis. Por isso, é muito importante o cuidado no atendimento a uma 
situação de emergência. São várias as consequências que um acidente de 
trânsito pode ocasionar: 
• Óbito;
• Invalidez;
• Sequelas físicas, psicológicas e perda de qualidade de vida;
• Ferimentos, lesões ou traumas físicos;
• Sofrimento da família;
• Prejuízo financeiro, econômico e social;
• Processos judiciais.
Como estacionar corretamente para prestar socorro 
Se um condutor estiver dirigindo e se deparar com um acidente na via, o 
procedimento correto é: 
• Estacionar em um local seguro a pelo menos 30 metros do local do
acidente;
• Sinalizar o local do acidente (triângulo, pisca-alerta, lanternas, entre
outros);
• Avaliar as condições das vítimas;
• Chamar o socorro especializado.
Sinalização do local do acidente 
Para evitar que aconteçam mais acidentes, é necessário iniciar rapidamente 
a sinalização e impedir que outros condutores colidam com o veículo envolvido 
no acidente, o que pode gerar engavetamento. 
228
Para sinalizar o local do acidente, deve-se colocar corretamente 
o triângulo (equipamento obrigatório, que tem por finalidade indicar que há um
veículo parado na via), ligar o pisca-alerta e usar também outros recursos,
como galhos de árvores e lanternas, ou utilizar panos para acenar para os
demais condutores.
A sinalização deve ser iniciada em um ponto em que os outros motoristas ainda 
não consigam enxergar o acidente. Isso faz com que eles redobrem a atenção e 
tenham maior visibilidade. 
Quadro 1 – Distância do acidente para início da sinalização 
Tipo da via Velocidade 
máxima 
permitida 
Em pista seca Em caso de 
chuva, neblina, 
fumaça ou à 
noite. 
Vias coletoras 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos 
Arteriais 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos 
Vias de trânsito 
rápido 
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos 
Rodovias 110 km/h 100 passos 
longos 
200 passos longos 
Fonte: IbacBrasil, 2016. 
Os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se o condutor não puder 
fazê-lo, deve pedir a outra pessoa para medir a distância. 
Conforme o Quadro 1, existem casos nos quais as distâncias deverão ser 
dobradas, como à noite, com chuva, neblina ou fumaça. 
Casos que comprometem a visibilidade do acidente (curvas, topo de elevação 
ou lombadas): 
229
Quando estiver contando os passos e encontrar uma curva, deve-se parar a 
contagem, caminhar até o final da curva e, então, recomeçar a contar a partir do 
zero. A mesma coisa deve ser feita quando o acidente ocorrer no topo de uma 
elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo. 
Se estiver escuro, deve-se iluminar o local com as luzes do veículo ou com 
lanternas disponíveis (o ideal é ter sempre uma lanterna no veículo). 
Jamais se deve utilizar fósforo, isqueiro ou qualquer outro objeto que 
emita chama de fogo, pois isso poderá ocasionar um incêndio. Ou 
seja, além do acidente de trânsito, outro grave acidente pode ser 
gerado. Já pensou nisso? 
Depois que o local do acidente for sinalizado, é preciso acionar os recursos 
especializados. Vamos ver como se faz isso? Acompanhe! 
Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária 
da via e outros 
Após sinalizar o local, um breve levantamento do acidente deve ser feito para 
repassar as informações necessárias à equipe de socorro. 
Em seguida, deve-se chamar o serviço médico especializado. É importante 
ter sempre por perto os números do SAMU, da Polícia Militar e do Corpo de 
Bombeiros, pois são esses serviços que poderão ajudar nesse momento. 
Nas rodovias, há placas com números de telefones úteis para o caso de 
acidente. Nas rodovias em que é cobrado o pedágio, os serviços de primeiros 
socorros com equipes técnicas especializadas, guincho, entre outros, são 
direitos do condutor que paga o pedágio. Deve-se, antes de iniciar o percurso, 
verificar os meios de contato com a Concessionária que administra a rodovia. 
Nas cidades, os números para contato em caso de acidente de trânsito são 
divulgados em canais de rádio e televisão, na internet, em jornais e revistas. É 
preciso prestar atenção a eles! 
230
 
 
Veja os serviços e números de telefones mais comuns para atendimento 
a emergências: 
 
• 191 (Polícia Rodoviária Federal) 
• 192 (Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 
• 193 (Corpo de Bombeiros) 
• 190 (Polícia Militar) 
 
 
 
Você sabe como se comportar na hora de uma ocorrência? 
 
 
Ao entrar em contato com as autoridades para comunicar um acidente de 
trânsito, as recomendações abaixo devem ser seguidas. 
• Manter a calma; 
• Transmitir as informações com clareza e precisão; 
• Responder às perguntas do atendente também de maneira clara e 
objetiva; 
• Ao se referir ao local da ocorrência, fornecer o endereço completo, além 
de um ponto de referência de fácil localização e visualização (uma loja 
conhecida, uma praça, uma avenida etc.); 
• Fornecer dados sobre as vítimas (número de pessoas, sexo, idade 
aproximada); 
• Informar o estado de consciênciadas vítimas e o grau dos ferimentos; 
• Comunicar as condições do trânsito no local; 
• Informar se há vítimas presas em ferragens. 
 
Caso ocorra vazamento de alguma substância na pista, é 
necessário acionar o Corpo de Bombeiros. 
 
 
 
231
 
Após a chegada dos bombeiros, é necessário: 
• Descrever a ocorrência;
• Informar os primeiros socorros que foram aplicados;
• Fornecer ajuda, se necessário.
Além disso, é necessário informar aos socorristas a localização das vítimas e a 
quantidade. Em um acidente de trânsito, as vítimas podem ser lançadas para 
fora do veículo, podem estar presas nas ferragens, caídas na pista de rolamento, 
entre outras situações. 
A presença de cabos eletrificados, o derramamento ou vazamento de 
combustíveis, incêndios e materiais tóxicos podem deixar vítimas e socorristas 
sob riscos de novos acidentes. Nesses casos, é preciso afastar o perigo o mais 
rápido possível. 
Ao ajudar em um acidente, procure se proteger de doenças 
infectocontagiosas, usando luvas ou pedaços de pano. Essas doenças são 
transmitidas pelo contato com fluidos corporais, como sangue e saliva. 
Se há um acidente perto de você, e os veículos socorristas estão buscando 
passagem, lembre-se de que os veículos destinados a socorro de incêndio e 
salvamento, de polícia, e os de fiscalização e operação de trânsito e as 
ambulâncias possuem livre circulação, estacionamento e parada, devendo-
se dar preferência à passagem destes, conforme art. 29, inciso VII, da Lei n. 
14.071/2020 (BRASIL, 2020). 
Essa preferência ocorre quando os dispositivos de alarme sonoro e 
iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos 
veículos, assim todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa 
da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário. 
Vamos estudar agora sobre os tipos de acidentes e socorristas. 
232
Tipos de acidentes 
 
Os acidentes de trânsito podem ocorrer de diversas maneiras. 
 
Colisão 
 
Se um automóvel colide a 60 km/h contra um elemento fixo, por exemplo, haverá 
uma desaceleração quase instantânea de 60 km/h para zero. 
 
Nesse tipo de colisão, o veículo sofre parada brusca, desaceleração imediata e 
os corpos em seu interior continuam em movimento, sofrendo grande impacto. 
A cabeça e o tórax se projetam para frente, por isso a importância do cinto de 
segurança e do encosto de cabeça na altura regular. 
 
As consequências desse tipo de acidente podem ser agravadas em relação à 
velocidade, à falta do uso de equipamentos de segurança ou à fragilidade das 
vítimas. As lesões mais comuns são: traumatismo craniano, lesão na coluna 
cervical, ferimento nos olhos e pernas. 
 
Colisão traseira 
 
Com o impacto, o veículo é lançado para frente, assim o condutor e os 
passageiros são arremessados na mesma direção. Nesse momento, pode 
ocorrer a hiperextensão do pescoço e o risco de lesão na medula espinhal. A 
situação fica agravada se a velocidade no momento do impacto for alta e se os 
ocupantes não estiverem usando os equipamentos de segurança, como cinto, 
cadeirinha para crianças e encosto de cabeça. As consequências podem ser 
lesão na cervical e traumatismo craniano, lesão no abdômen e pernas, 
entre outras. Por esse motivo, utilizar os itens de segurança é fundamental. 
 
Atropelamento 
 
Normalmente, é dividido em três tipos 
 
233
 
1 2 3 
Impacto do veículo 
contra as pernas e 
quadril da pessoa. 
Impacto do tronco da 
vítima contra o capô e 
para-brisa do veículo. 
Impacto da vítima 
contra o solo. 
Os atropelamentos causam fraturas múltiplas, por isso todo o cuidado é 
pouco. Deve-se levar em conta a velocidade no momento do impacto do veículo 
com relação ao corpo, o arremesso da vítima, a queda no solo, a idade e a 
fragilidade. As consequências desse tipo de acidente são chamadas 
de politraumatismos. 
E já que estamos falando de atendimento às vítimas de acidente de 
trânsito, não podemos nos esquecer dos socorristas, não é? Vamos 
conhecê-los? 
Tipos de socorristas 
Primeiros Socorros são os cuidados imediatos dispensados à pessoa vítima de 
acidente ou mal súbito Socorrista é toda pessoa que presta socorro a alguém. 
Eles estão divididos em três tipos: os sobreviventes, o pessoal destreinado e 
o pessoal treinado.
O socorrista sabe o que fazer, como fazer, quando fazer e o que não fazer. 
O objetivo do primeiro socorro não é tratar a pessoa, mas sim evitar danos 
maiores à vítima. 
É importante que as pessoas tenham cuidado com as boas intenções após 
o acidente, pois, em vez de ajudar, podem acabar agravando o estado das
vítimas, levando-as a óbito, ou, ainda, incapacitando-as temporária ou
definitivamente.
Um exemplo disso são os acidentes que envolvem motociclistas. Nesses casos, 
o capacete da vítima não deve ser removido, pois há uma forma correta para
234
 
essa remoção, que, se não for feita por um socorrista capacitado, pode causar 
uma lesão na coluna vertebral do motociclista acidentado. 
Sendo assim, lembre-se: não se deve retirar o capacete da vítima, pois essa 
é uma ação para profissionais capacitados. 
Vamos ver as especificidades de cada socorrista? 
Sobreviventes 
São as pessoas que estavam no acidente e que sobreviveram. Esses 
indivíduos identificam o estado geral deles mesmos e decidem ajudar os demais 
envolvidos no acidente. 
Pessoal destreinado 
São aquelas pessoas que estão próximas ao local do acidente e, assim que 
o percebem, iniciam o atendimento. Mas, apesar da boa intenção, muitas vezes
a falta de conhecimento técnico específico também pode gerar consequências
graves às vítimas.
O ideal é que esses cidadãos não treinados estejam acompanhados da liderança 
de um socorrista treinado. Dessa maneira, os procedimentos podem ser mais 
efetivos. 
Pessoal treinado 
São os profissionais que dominam as técnicas de atendimento com o 
objetivo de evitar riscos. Como exemplo, podemos citar os bombeiros, 
os profissionais da Defesa Civil, os policiais rodoviários e as organizações 
emergenciais. 
235
Figura 4 – Em caso de acidente de trânsito com vítima, chame o socorro especializado. 
Papel do socorrista 
O principal objetivo de um socorrista é salvar vidas. Além disso, ele pode 
evitar que as lesões se agravem, preparando a vítima e o local para atendimento 
médico. 
Dessa forma, o socorrista deve: 
1 Conhecer as próprias limitações e ter bom senso. 
2 Ter conhecimento sobre primeiros socorros. 
3 Ter habilidade manual, saber como fazer o que deve ser feito. 
4 Ter iniciativa, autocontrole, calma, autoconfiança, senso de 
observação. 
Características de um socorrista 
Esse profissional precisa ser capaz de controlar o seu estado emocional, 
independentemente de qualquer situação, pois é ele o responsável por transmitir 
segurança e tranquilidade à vítima. O socorrista precisa tomar uma posição de 
236
 
líder, ter controle e assumir a situação, além de demonstrar agilidade, 
educação, inteligência, calma e solidariedade. 
Um socorrista deve sempre saber o que fazer, como fazer, quando fazer e 
o que não fazer.
Chegamos ao final de mais uma unidade de estudo! Esperamos que 
você tenha compreendido a importância da sinalização no local do 
acidente e o acionamento de recursos especializados. Lembre-se 
de que você poderá ajudar em um acidente, mas é preciso ficar atento, pois 
algumas ações só podem ser realizadas por profissionais capacitados. Agora, 
faça os exercícios para melhor fixação do conteúdo e até a próxima unidade! 
Referências 
ABRAMET. Noções de primeiros socorros no trânsito. São Paulo: 
ABRAMET, 2005. 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: . Acesso 
em: 16 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembrode 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em:
. 
Acesso em: 16 mar. 2021. 
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S.; FRANCO, F. M. M. Dicionário Houaiss da língua 
portuguesa. Versão 1.0. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss; Objetiva, 
2001. 1 CD-ROM. 
237
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
SEGURADORA Líder-DPVAT pagou mais de 434 mil indenizações às vítimas 
de acidentes de trânsito em 2016. Cobertura, 28 jun. 2017. Disponível em: 
https://www.revistacobertura.com.br/2017/06/28/seguradora-lider-dpvat-pagou-
mais-de-434-mil-indenizacoes-as-vitimas-de-acidentes-de-transito-em-2016/ 
. Acesso em: 16 mar. 2021. 
238
Núcleo Temático 3: Noções de Primeiros Socorros 
Unidade de Estudos 2: Verificação das condições gerais da vítima 
de acidente de trânsito 
Objetivo: Compreender as noções básicas para verificação das condições 
gerais de saúde da vítima de acidente de trânsito e a maneira correta de realizar 
os primeiros socorros. 
Tópicos desta Unidade 
• Avaliação das condições gerais da vítima de acidente de trânsito
• O que são sinais vitais
• Avaliação inicial ou primária
• Avaliação secundária
• Massagem cardíaca
Olá! Seja bem-vindo(a) a mais uma unidade de estudo. Você sabia 
que identificar as condições de saúde da vítima de acidente de 
trânsito pode ajudar a salvar a vida dessa pessoa, além de evitar 
possíveis sequelas? Mas será que você está preparado para identificar essas 
condições? Nesta unidade de estudo, você vai conhecê-las e aprender a maneira 
correta e adequada de prestar atendimento à vítima. Bons estudos! 
Avaliação das condições gerais da vítima de acidente de trânsito 
A avaliação das condições gerais da vítima deve ser feita de 
forma rápida e precisa. Por isso, é necessário manter a calma para agir 
corretamente e transmitir confiança. É preciso afastar os curiosos, evitar 
comentários (trágicos) sobre o estado de saúde do ferido e ter sempre em mente 
que a avaliação correta se inicia com a verificação dos sinais vitais da vítima. 
A prioridade no atendimento deve ser à(s) vítima(s) que corre(m) maior 
risco de morte. Quem está prestando socorro deve tomar muito cuidado e 
239
limitar-se a fazer o mínimo necessário com a vítima, que deve permanecer 
imobilizada até que socorristas profissionais possam transportá-la, se for o caso. 
 
O que são sinais vitais 
 
São aqueles sinais que mostram o funcionamento ou as alterações das 
funções do corpo. Para avaliar a condição de saúde da vítima, é necessário 
verificar se os sinais vitais estão normais. 
 
Veja, a seguir, quais são esses sinais, como identificá-los e as características de 
cada um deles. 
 
De modo geral, considerando uma vítima adulta, as condições consideradas 
normais para pulsação (frequência cardíaca), respiração (frequência 
respiratória), pressão arterial e temperatura corporal podem ser: 
Pulso 
60 a 100 batimentos por minuto. 
 
 
 
 
 
Respiração 
12 a 20 respirações por minuto. 
 
 
 
240
Pressão arterial 
120 x 80 mmHg. 
Temperatura corporal 
36 °C a 37 °C 
Em crianças, os movimentos respiratórios por minuto tendem a ser mais rápidos. 
Avaliação inicial ou primária 
Para fazer a avaliação inicial, é preciso verificar, de modo rápido, se a vítima 
está consciente (acordada) e se respira, ou se está com dificuldade para 
respirar. 
Para tal avaliação, é necessário examinar a vítima seguindo obrigatoriamente 
a sequência: 
1º Vias aéreas e coluna cervical. 
2º Respiração. 
3º Circulação, controle de hemorragia e do choque. 
4º Nível de consciência, fraturas. 
5º Exposição, proteção da vítima e queimaduras. 
241
Isso deve ser feito da seguinte forma: 
No caso de a vítima estar acordada ou consciente, é preciso aproximar-se 
dela e, com cuidado, efetuar os seguintes procedimentos: 
• Conversar com a vítima, dizendo quem você é e que está ali para ajudá-
la;
• Utilizar luvas de silicone para evitar contato com sangue ou saliva;
• Caso a vítima esteja acordada, deve-se acalmá-la e solicitar que não se
mova;
• Apoiar a mão sobre a testa da vítima, sem fazer força, somente para
impedir que ela faça movimentos bruscos;
• Verificar se ela está com dificuldade para respirar;
• Verificar a circulação colocando 2 dedos sobre a artéria radial localizada
no pulso;
• Conversar com a vítima para verificar seu nível de consciência;
• Proteger a vítima, cobrindo-a com mantas e casacos.
No caso de a vítima estar desacordada ou inconsciente, o procedimento é 
diferente: 
• Ajoelhado ao lado da vítima, a pessoa que está prestando socorro deve
colocar uma das mãos em sua testa e a outra sobre o ombro contrário ao
do seu corpo;
• Depois de verificar se a vítima está consciente e se está respirando, deve-
se conferir o pulso (não deve levar mais que 10 segundos para
verificar, pois qualquer demora pode ser fatal).
Para esse procedimento, devem ser seguidos os seguintes passos: 
1. Colocar os dedos no centro do pescoço da vítima (onde está localizada a
traqueia);
2. Em seguida, deslizar os dedos lateralmente no pescoço e procurar o
pulso.
242
Figura 1 – Verificação do pulso carotídeo 
Se a vítima estiver com dificuldade para respirar devido a algum objeto ou 
líquido que esteja obstruindo as vias áreas, ela pode morrer ou vir a ter 
problemas graves no cérebro. Sendo assim, é preciso desobstruir as vias aéreas, 
ou seja, liberar a passagem do ar. 
Mas e se a vítima estiver sem pulsação? 
É necessário ligar imediatamente para a equipe de Urgência e Emergência: 
Quadro 1 – Telefones dos serviços de Urgência e Emergência 
Serviço Nº 
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) 192 
Corpo de Bombeiros 193 
Percebeu a necessidade de saber algumas das técnicas para avaliar as 
243
condições de saúde da vítima? Agora, você vai conhecer alguns procedimentos 
aplicados em casos mais graves. 
Avaliação secundária 
Feita a avaliação inicial ou primária, é preciso verificar a extensão dos 
ferimentos, a quantidade de sangue perdido, as fraturas e outras lesões. 
Passa-se, então, a fazer uma avaliação secundária. A partir disso, podem-se 
iniciar os procedimentos adequados para cada caso, de acordo com as 
prioridades, mas cuidando sempre da manutenção dos sinais vitais. 
É preciso ter consciência de que lesões aparentes nem sempre são as mais 
graves. 
Como identificar os sinais vitais: 
Parada respiratória 
Ausência de movimentos respiratórios causando inconsciência; lábios, língua e 
unhas de cor azuladas (arroxeados); sem movimentação de respiração no peito. 
Parada cardíaca 
Ausência de batimentos cardíacos causando inconsciência; aparência 
excessivamente pálida; sem pulsação (sem batimentos do coração). 
Quando a vítima apresentar uma parada respiratória, é necessário realizar 
a respiração artificial. Ela pode ser feita das seguintes formas: 
• Boca a boca: deve-se tapar as narinas do acidentado com os dedos para
não haver escape de ar, colocar a boca na boca da vítima e soprar até
perceber que o tórax dela está levantando. Essa operação deve ser
repetida até a vítima respirar normalmente.
244
Quando o socorrista não possui uma máscara para realizar a 
ventilação artificial boca a boca, esse procedimento não é 
obrigatório. 
• Manual: essa técnica é recomendada quando não foi possível praticar a
anterior.
• Boca-nariz-boca: os procedimentos são idênticos aos do método boca a
boca, sendo que nesse caso a sua boca devera cobrir também o nariz.
Primeiramente, é preciso verificar se há fraturas na vítima.
Colocá-la deitada de costas. Segurar os braços da vítima pelos pulsos,
cruzando-os e comprimindo-os contra a parte inferior do peito. Em
seguida, puxar os braços da vítimapara cima, para fora e para trás.
Massagem cardíaca 
Quando for constatada a ausência de batimentos no coração da vítima, deve 
ser realizada a massagem cardíaca. Esse procedimento faz com que o 
coração e o pulmão voltem a funcionar normalmente. Para realizar tal 
procedimento, devem-se seguir as seguintes recomendações: 
• Deitar a vítima de costas em superfície rígida, apoiar a mão sobre a
parte inferior do tórax, colocar a outra mão em cima da primeira e fazer
compressões;
• As compressões torácicas devem ser iniciadas em uma frequência de 100
a 120 vezes por minuto ou mais rápido;
• Em crianças com 2 (dois) anos ou mais, os procedimentos são os
mesmos, porém, deve-se utilizar somente uma das mãos para realizar
as compressões;
• Em crianças com menos de 2 (dois) anos e bebês, os procedimentos
também são os mesmos, mas deve-se utilizar o polegar para realização
das compressões.
245
 
Figura 2 – Localização para compressão torácica 
É comum ocorrer ao mesmo tempo a parada respiratória e a parada cardíaca, 
denominada parada cardiorrespiratória. Se isso ocorrer, é preciso realizar a 
respiração artificial e a massagem cardíaca. 
É necessário fazer essa manobra até a chegada do serviço médico de 
emergência ou de outras pessoas preparadas para assumir o cuidado da vítima. 
Não se deve oferecer líquido para uma pessoa acidentada, principalmente 
se ela estiver com dificuldade para respirar. 
Todas as noções básicas aqui apresentadas são importantes, necessárias e 
ajudam a salvar muitas vidas. Mas é preciso ter em mente que a melhor pessoa 
para realizar o atendimento a uma vítima de acidente de trânsito será sempre 
um profissional capacitado. 
Nosso objetivo nesta Unidade de Estudos não é transformar você em um 
profissional da saúde ou em um especialista em atendimentos de urgência e 
emergência, mas facilitar sua função como cidadão que deve prestar os 
246
primeiros socorros a vítimas de acidente de trânsito de maneira segura, 
adequada e eficaz quando for necessário. Até a próxima Unidade! 
Referências 
AHA – American Heart Association. Destaques das diretrizes da American 
Heart Association 2010 para RCP e ACE. São Paulo: AHA, 2010. Disponível 
em: . Acesso em: 
17 mar. 2021. 
BRASIL. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em:
. 
Acesso em: 17 mar. 2021. 
247
Núcleo Temático 3: Noções de Primeiros Socorros 
Unidade de Estudos 3: Cuidados com as vítimas de acidente de 
trânsito que sofrem ferimentos graves 
 
Objetivo: Entender os principais cuidados com as vítimas de acidente de trânsito 
que sofrem fraturas, queimaduras, intoxicação, choque elétrico, ferimentos, 
hemorragias, estado de choque, convulsão, desmaio e amputação. 
 
Tópicos desta Unidade: 
• A função dos primeiros socorros 
• Fraturas 
• Imobilização do local fraturado 
• Fratura do crânio 
• Fratura do pescoço ou da coluna vertebral 
• Queimaduras 
• Intoxicação 
• Choque elétrico; 
• Ferimentos abertos e fechados 
• Hemorragia 
• Estado de choque 
• Convulsão 
• Desmaio 
• Amputação 
 
Olá! Vamos dar início a mais uma Unidade de Estudos. A condição 
básica para ajudar uma vítima a sobreviver após um acidente de 
trânsito é saber a maneira correta de prestar os primeiros 
atendimentos. A partir de agora, você vai conferir os principais cuidados nas 
situações mais comuns de acidentes de trânsito. Vamos iniciar? Bons estudos! 
 
 
 
 
248
A função dos primeiros socorros 
Os primeiros socorros ajudam a evitar o agravo das condições gerais de 
saúde em que se encontra a vítima de acidente de trânsito, podendo 
auxiliar na diminuição da dor e representar apoio emocional. 
As lesões que não ameaçam a vida da vítima podem ser tratadas, inicialmente, 
no próprio local onde aconteceu o acidente. Para tanto, é preciso fazer 
a avaliação secundária e verificar se há ferimentos, hemorragias, fraturas, 
convulsões, desmaios, estado de choque, entre outras decorrências 
possíveis de um acidente. 
Vamos conhecer mais sobre esse assunto? 
Podemos definir a avaliação secundária como a observação de 
lesões na cabeça, no pescoço, tronco, membros superiores e inferiores e 
na coluna; e a verificação de ferimentos, hemorragias, convulsões, desmaio 
e estado de choque. Para fazer essa avaliação na vítima, é necessário observar 
essas regiões do corpo e verificar se há inchaço, deformidades ou 
arroxeamento na parte machucada, pois podem ser sinais de lesão interna. 
Em acidentes de trânsito, é comum encontrar vítimas com ferimentos e fraturas, 
mas também com queimaduras, intoxicação e choque elétrico. E o que fazer até 
o atendimento especializado chegar? É o que veremos a seguir!
Fraturas 
A fratura pode ser definida como a quebra parcial ou total de um ou mais 
ossos do corpo. De modo geral, ela provoca muita dor e inchaço no local. Elas 
podem ser abertas ou fechadas de acordo com a lesão (ou ruptura) da pele. Em 
acidentes de trânsito, as mais comuns são as dos ossos das pernas e dos 
249
braços. Especialmente os motociclistas, em caso de colisão e/ou queda, estão 
sujeitos a fraturas. 
 
 
Como identificar uma fratura? 
 
 
Deve-se observar se a vítima apresenta dificuldade para movimentar 
determinada região do corpo, se há deformidade no local afetado, 
sangramento em grande quantidade, sensação de atrito ou aparecimento do 
osso fraturado (fratura exposta). 
 
A fratura aberta ou exposta ocorre quando o osso se quebra atravessando e 
rompendo a pele ou existe uma ferida que se estende do osso fraturado até a 
pele. Em uma fratura fechada, há a ruptura do osso, mas a pele e/ou o músculo 
não foram rompidos. 
 
Após identificar a região da fratura, deve-se prestar o seguinte atendimento à 
vítima: 
ACIONAR 
imediatamente o Serviço Médico de Atendimento de Urgência e Emergência, 
como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). 
ACALMAR 
a vítima e não deixar que ela se mova. 
IMOBILIZAR 
o local fraturado. 
 
Imobilização do local fraturado 
 
A imobilização (deixar parado, imóvel) impede que a vítima movimente o 
membro fraturado. 
 
250
Em caso de fraturas expostas nunca se deve alinhar o membro fraturado. O 
procedimento correto é fazer curativo com gaze ou pano limpo e imobilizar o 
membro na posição em que se encontra (a imobilização deve ser feita para além 
da lesão, envolvendo a articulação anterior e posterior à lesão). 
Veja a seguir os procedimentos adequados para a imobilização dos membros 
superiores (ombro, braço, antebraço, punho e mão): 
1 Manter a vítima deitada. 
2 Providenciar imediatamente uma tala, ou seja, qualquer objeto limpo 
que permita paralisar o membro. A medida da tala precisa ser 
adequada, indo um pouco além das articulações da vítima para 
oferecer imobilização e sustentação. 
3 Amarrar a tala, no mínimo em três lugares, com faixas não muito 
finas, sem deixá-las muito apertadas. 
4 Se não for possível o uso de uma tala, deve-se amarrar o braço junto 
ao corpo da vítima. Nesse caso, é importante usar um objeto para 
separá-los, a fim de impedir que o braço se encoste ao corpo. 
Figura 1 – Exemplo de imobilização de membro superior (braço) 
251
Para realizar a imobilização dos membros inferiores (quadril, coxa, perna e pé) 
utilizam-se os mesmos procedimentos da imobilização dos membros superiores, 
porém com algumas especificidades. Acompanhe a seguir. 
Figura 2 – Exemplo de imobilização de membro inferior (perna) 
Atenção: além do exemplo de imobilização do membro inferior (perna),apresentado, também é possível amarrar uma perna à outra, usando um objeto 
para separá-las (um pedaço de papelão ou uma tábua). 
Imobilização do fêmur 
Providenciar duas talas. Uma deve ficar entre as pernas e a outra deve 
passar a região do quadril (bacia). Tomar muito cuidado, pois a 
movimentação da vítima deve ser restrita. 
Imobilização das costelas 
Movimentar a vítima o mínimo possível e somente se houver necessidade, 
sempre com muita calma. 
252
Uma costela quebrada pode perfurar o pulmão e causar 
um pneumotórax1. Imobilize o tórax da vítima enfaixando o peito e colocando os 
braços dela cruzados na região central do tórax. 
A imobilização de quadril é um tipo de fratura exige maior atenção, pois a vítima 
será totalmente imobilizada. 
Caso o socorrista não esteja preparado para lidar com esse tipo de situação, é 
imprescindível solicitar ajuda. Nesse tipo de fratura, a vítima deve ser colocada 
em uma tábua larga (do tipo prancha), que irá proteger a vítima por inteiro e 
imobilizar o tórax e os tornozelos. 
Figura 3 – Imobilização de quadril 
1 Acúmulo anormal de ar entre o pulmão e a pleura (membrana que reveste o pulmão). 
253
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Fratura do crânio 
O crânio é uma estrutura muito forte, difícil de fraturar, mas quando um de seus 
ossos é lesionado, rompido ou fraturado, a vítima corre o risco de morrer ou de 
ficar com sequelas. 
Para identificar esse tipo de fratura, deve-se observar se a vítima está consciente 
e se apresenta dor de cabeça intensa e em excesso, além de: 
• Vômito;
• Sangramento pela boca, nariz e/ou orelhas;
• Convulsões;
• Paralisia nas pernas e nos braços.
E o que fazer com a vítima depois de identificar esses sintomas? 
Acompanhe o procedimento: 
• Deitar a vítima com a cabeça um pouco mais alta que o corpo;
• Cuidar do ferimento enfaixando a cabeça (não muito apertado) com tiras
de pano limpo ou gaze2;
• Imobilizar o pescoço com uma toalha ou algo semelhante;
• Cuidar para que a vítima não se afogue com o próprio vômito ou com o
excesso de sangue acumulado na boca;
• Não transportar a vítima e não oferecer líquidos a ela. O transporte só
deve ser feito pelo Serviço Médico de Atendimento de Urgência e
Emergência.
2 Tira de tecido, geralmente esterilizada, que é utilizada em curativos. 
254
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Figura 4 – Imobilização do crânio 
Fratura do pescoço ou da coluna vertebral 
A coluna vertebral é formada por ossos chamados vértebras, as quais são 
providas de um canal por onde passa a medula. É a medula que liga o cérebro 
ao restante do corpo. Se a medula for atingida, a vítima pode perder os 
movimentos do corpo. 
Por ser considerada uma fratura delicada, o socorrista precisa de muita 
habilidade no atendimento a vítimas nessas condições. Para identificar esse tipo 
de fratura, é preciso observar alguns sinais e sintomas, tais como: 
• Dor intensa na região do pescoço ou próximo à coluna cervical;
• Paralisia das pernas e dos dedos das mãos e dos pés;
• Formigamento nos membros;
• Perda total ou parcial da sensibilidade.
Ao identificar esses sinais e sintomas, o socorrista deve: 
• Verificar se há sangramento e solicitar atendimento com urgência;
255
• Verificar os sinais vitais (frequência cardíaca e respiratória, temperatura,
pulso);
• Providenciar o transporte da vítima (deverá ser feito pelo Serviço Médico
de Atendimento de Urgência e Emergência).
Caso o acidente seja com uma motocicleta, não retire o capacete da(s) 
vítima(s). Esse tipo de socorro, se realizado incorretamente, poderá causar a 
lesão da coluna vertebral e/ou agravar outras lesões. A retirada do capacete é 
considerada uma ação de risco e requer a habilidade de socorristas profissionais. 
Inicia-se com a abertura da viseira para fazer o contato visual com a vítima, 
desde que a coluna cervical (parte da coluna vertebral que fica na região do 
pescoço) tenha sido estabilizada pelo socorrista. É preciso verificar se a vítima 
está com dificuldade para respirar. E atenção: não movimente o corpo do 
motociclista. 
Queimaduras 
São lesões causadas pelo contato entre a pele e o fogo, agentes químicos, 
radiação e eletricidade. As vítimas com queimaduras correm sérios riscos de 
entrar em óbito. 
256
As queimaduras são classificadas em três níveis: 
 
Queimadura de 1º grau 
Causa dor leve ou moderada no local, a pele fica avermelhada e bastante 
quente. Um exemplo desse tipo de queimadura é aquela provocada pelo Sol. 
A queimadura de 1º grau não apresenta bolhas. 
 
Queimadura de 2º grau 
 
A pele fica avermelhada e com bolhas e a vítima sente muita dor. Como exemplo, 
podemos citar uma queimadura provocada por água fervente, mas em pouca 
quantidade. 
A queimadura de 2º grau sempre apresenta bolhas. 
 
Queimadura de 3º grau 
 
Não causa dor, pois os nervos são destruídos pela alta temperatura. Como 
exemplo, podemos citar uma vítima que, conduzindo o seu veículo, bate em um 
poste, o carro explode e ela não consegue sair a tempo, tendo o seu corpo inteiro 
queimado. 
Na queimadura de 3.º grau, a pele é arrancada. 
 
 
Depois de identificar as queimaduras na vítima, o que deve ser feito? 
 
 
 
 
 
 
257
Acompanhe as especificidades do procedimento. 
• Acionar o Serviço Médico de Atendimento de Urgência e Emergência;
• Em caso de fogo em veículo com vítima, deve-se apagá-lo com água e
cobrir o ferido com cobertor o mais rápido possível − começando sempre
pela cabeça − ou rolar a vítima no chão. Não deixar a vítima correr;
• Retirar as roupas queimadas quando possível (as roupas que estiverem
grudadas no corpo da vítima não devem ser retiradas);
• Não perfurar as bolhas das queimaduras e não esfregar o local atingido;
• Utilizar água corrente, pano limpo ou compressa umedecida em água em
temperatura ambiente, ou soro fisiológico, no local atingido pela
queimadura.
Intoxicação 
A fumaça de um veículo contém substâncias tóxicas que fazem mal à saúde. 
Gases como o monóxido de carbono (CO), óxidos de enxofre (SOx), óxidos de 
nitrogênio (NOx), se absorvidos pelo sistema respiratório, podem causar grave 
intoxicação e até levar à morte, pois reduzem a capacidade de oxigenação do 
sangue. Se a vítima estiver em uma garagem fechada, a fumaça pode prejudicar 
seriamente a respiração e causar problemas muito sérios. Os sintomas de 
intoxicação por monóxido de carbono são delírios e alucinações. 
Atualmente, além do aperfeiçoamento dos combustíveis, os automóveis 
possuem catalisadores que reduzem as substâncias tóxicas emitidas no ar. 
Choque elétrico 
O choque elétrico acontece quando o corpo entra em contato com uma 
corrente elétrica. Nesse tipo de situação, o socorrista deve desligar a fonte de 
energia (com segurança) ou solicitar o desligamento para a companhia 
responsável o mais urgente possível, além de verificar se o chão está seco e 
utilizar calçado com solado de borracha. 
258
 
Atenção! Antes de tocar na vítima, o socorrista precisa retirar todos os 
objetos que possam gerar eletricidade, pois, a qualquer momento, a vítima 
poderá descarregar toda a energia nele. 
Lembre-se: o socorrista deve realizar esse procedimento sempre com o máximo 
de segurança possível. Por isso, os recursos especializados devem sempre ser 
acionados. Se o socorrista não estiver preparado, não deve realizar os 
primeiros socorros! 
E quanto às feridas, sangramentos, estado de choque, convulsões e desmaios? 
Acompanhe a seguir cada uma dessas situações. 
Ferimentos abertos e fechados 
O ferimento aberto é aquele em que a pele é rompida, ou seja, ela se abre, 
expondo sangue ou até órgãos internos. 
No ferimento fechado, não há rompimento da pele. Em casos mais graves, 
esse tipo de ferimento pode prejudicar órgãos internos, sendo, muitas vezes, 
fatal. 
Durante o atendimento é necessário: 
• Sempre usar luvas para evitar possível contágio de doenças;
• Nunca retirar qualquer material estranho que esteja preso aos ferimentos;
• Nãoapertar demais a atadura3 quando for colocá-la, para não interromper
a circulação.
Veja os cuidados que devem ser tomados com os ferimentos de acordo com sua 
localização no corpo da vítima. 
Ferimentos nos membros superiores e inferiores 
Se forem identificados ferimentos nas pernas ou nos braços da vítima, o ideal é: 
3 Tipo de tecido próprio para curativos. 
259
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• Fazer uma compressão leve sobre o ferimento, com pano limpo ou gaze;
• Prender o ferimento com uma faixa (pode-se usar um lenço, uma gravata
ou uma tira de pano limpo), sem pressionar muito para não interromper a
circulação do sangue;
• Se o ferimento for no cotovelo ou no joelho, colocar, no lado interno da
articulação (atrás do joelho ou em cima do cotovelo), um chumaço de
gaze ou papel e prender com uma atadura.
Ferimentos na cabeça 
Nesse caso, é necessário: 
• Deitar a vítima com as costas no chão e com a cabeça mais alta do que o
restante do corpo;
• Afrouxar as roupas da vítima;
• Colocar panos limpos, compressas ou gaze sobre o ferimento;
• Manter a vítima aquecida;
• Nunca oferecer líquido a ela.
Ferimentos no tórax 
Em caso de ferimentos no tórax: 
• A vítima deve ficar deitada de costas;
• Verificar se existe ar passando pelo ferimento (se isso estiver
acontecendo, o acidente pode ter provocado uma perfuração no pulmão);
• Pressionar o ferimento com um pedaço de pano limpo, gaze ou com a
própria mão (sempre utilizando luvas);
• O ideal é realizar o curativo de três pontos, que pode ser visto logo a
seguir.
260
Curativo de três pontos 
Ferimento no abdome 
Quando houver um ferimento no abdome: 
• Realizar o atendimento somente se a vítima estiver com o ferimento
aberto;
• Manter a vítima deitada de costas;
• Comprimir levemente o ferimento com um pano ou compressa fria;
• Se houver exposição de órgãos, protegê-los com um pano limpo ou
compressa e, se for possível, umedecer esses materiais com água ou
soro fisiológico.
261
Ferimento nos olhos 
Na ocorrência de ferimentos nos olhos: 
• Evitar que a vítima esfregue os olhos;
• Se a vítima puder, pedir a ela para piscar os olhos várias vezes para que
os corpos estranhos sejam expelidos;
• Não tentar retirar o corpo estranho se ele estiver cravado no(s) olho(s) da
vítima;
• Cobrir o(s) olho(s) com um pedaço de pano limpo ou gaze;
• Se possível, passar uma tira de pano sobre o(s) olho(s) da vítima
e amarrá-la atrás da cabeça.
Hemorragia 
A hemorragia é definida como a perda de sangue por rompimento de uma 
veia ou artéria e é muito comum em acidentes de trânsito. A perda de sangue 
leva à diminuição da pressão sanguínea e à diminuição da oxigenação dos 
tecidos, podendo levar à morte se não for controlada. 
Evite contato com o sangue ou com qualquer secreção das vítimas nos 
acidentes. 
Tipos de hemorragias e os cuidados específicos. Acompanhe a seguir. 
Hemorragia interna 
Esse tipo de hemorragia é difícil de ser identificada, pois o sangramento não é 
aparente. Ela acontece devido a ferimentos em órgãos internos que tiveram 
veias ou artérias rompidas. Para identificar uma hemorragia interna, deve-se 
estar atento aos seguintes sinais e sintomas que expressam um estado de 
choque: 
262
a. Pele fria; 
b. Pulso fraco; 
c. Muita palidez; 
d. Suor frio e excessivo; 
e. Boca pálida; 
f. Tontura; 
g. Vômito; 
h. Sede; 
i. Inconsciência; 
j. Golfadas de sangue. 
 
 
Figura 5 – Hemorragia interna 
 
Hemorragia externa 
 
Essa hemorragia é mais fácil de visualizar e identificar, pois o sangue é 
extravasado para fora da pele. Ele pode escorrer por alguma abertura natural do 
corpo, como pele, boca, nariz, ânus, vagina etc. 
 
263
Quando o sangue escorre pela pele, a hemorragia é externa. 
Figura 6 – Hemorragia externa 
Hemorragia arterial 
Causada pelo rompimento de uma artéria, produz sangramento abundante em 
jatos fortes. É uma situação grave em que a vítima corre risco de morte, portanto 
necessita de atendimento imediato. 
Hemorragia venosa 
Ocorre quando uma veia é atingida; o sangue é vermelho escuro e sai de forma 
lenta e contínua. 
Hemorragia nasal 
 Perda de sangue pelo nariz. Nesse tipo de hemorragia, o melhor a ser feito é: 
264
 
a. Abaixar a cabeça da vítima inclinando-a para frente; 
b. Comprimir a narina por aproximadamente 1 (um) minuto (deve-se tomar 
cuidado para não deixar a vítima sem ar); 
c. Solicitar à vítima que respire pela boca; 
d. Se o sangramento não parar, colocar gaze ou pano umedecido em água 
ou soro fisiológico na narina da vítima; 
e. Não permitir que a vítima assoe o nariz. 
 
Atenção: se a vítima de hemorragia estiver inconsciente, ela pode estar em 
estado de choque. 
 
Estado de choque 
 
Uma vítima entra em estado de choque quando há diminuição do fluxo de 
oxigênio para as células de seu corpo e para os órgãos vitais (coração, 
cérebro, rins, fígado e pulmões). Se o coração e outro órgão vital não receber 
oxigênio em quantidade suficiente, não funcionará normalmente e a vítima corre 
o risco de morrer. 
 
Esse problema é bastante comum em vítimas que apresentam hemorragias 
(principalmente as internas), que levaram choque elétrico, estão com ferimentos 
graves e/ou fraturas expostas. Com a pressão arterial muito baixa, as células do 
organismo não recebem sangue e, portanto, não recebem oxigênio em 
quantidade suficiente. 
 
Pessoas que sofreram fortes emoções ou que passaram por grandes cirurgias 
podem também ficar em estado de choque. 
 
 
Você conhece os sintomas e os sinais de um estado de choque? 
 
 
 
265
São os seguintes: 
• Inconsciência;
• Suor excessivo;
• Pele fria e úmida;
• Náusea;
• Vômito;
• Pulso fraco;
• Respiração irregular;
• Lábios arroxeados;
• Sensação de frio e de tremor.
E o que fazer nessa situação? O ideal é: 
• Tentar eliminar a causa do estado de choque. Por exemplo: conter a
hemorragia ou cuidar dos ferimentos;
• Manter a vítima deitada com a cabeça mais baixa do que o tronco, a
menos que ela apresente fraturas no crânio ou na coluna ou hemorragia
nasal;
• Afrouxar as roupas da vítima, deixando-lhe livre a cintura, o peito e o
pescoço;
• Manter a vítima aquecida e com as vias áreas desobstruídas.
Agora, vamos falar sobre outro assunto muito importante: você já se deparou 
com situações de convulsões e desmaios? É necessário saber lidar com elas, 
pois são bastante comuns no dia a dia do trânsito. 
Convulsão 
A convulsão é a contração involuntária dos músculos do corpo; pode 
provocar a perda da consciência e movimentos involuntários e descoordenados. 
266
Os sinais e sintomas dessa crise são: 
• Inconsciência;
• Salivação excessiva;
• Olhos virados para cima;
• Lábios de cor azulada e cabeça inclinada para trás;
• Contrações involuntárias no corpo todo.
Depois de identificar os sintomas, deve-se virar a vítima de lado (a fim de evitar 
a obstrução das vias aéreas), proteger a cabeça para evitar lesões e retirar 
de perto qualquer objeto que possa machucá-la. Se a vítima estiver usando 
óculos, colares, anéis e relógio, é preciso retirá-los. 
Assim que as convulsões terminarem, deve-se procurar ajuda médica e 
manter a vítima deitada até que fique consciente novamente. 
Desmaio 
O desmaio ocorre quando a pessoa perde temporariamente os sentidos do 
corpo, não conseguindo ficar em pé. Os sintomas são: 
• Palidez;
• Corpo amolecido e sem força;
• Sensação de frio;
• Tontura;
• Suor excessivo;
• Inconsciência;
• Pulso fraco;
• Respiração fraca.
Em caso de desmaio, deve-se colocar a vítima deitada com as pernas para 
cima, afrouxar suas roupas e verificar respiração e pulsação. Depois que ela 
estiver consciente, é necessário conversar com a vítima e acalmá-la. 
267
Amputação 
É quando a vítima apresenta um membro ou parte dele totalmente separado 
do resto do corpo. 
O que fazer: 
• Guardar o membro em um saco plástico limpo e deixá-lo bem fechado;
• Colocar o saco dentro de outro com gelo e deixá-loigualmente bem
fechado;
• Quando o socorro chegar, a vítima deverá ser removida juntamente com
o saco que contém o membro.
É muito importante saber que, nesses casos, é necessário evitar que a vítima se 
agite ou faça movimentos. Entretanto, existem situações em que a 
movimentação se torna necessária − e só deverá ser feita para afastar o 
acidentado de um perigo maior, como risco de atropelamento, de incêndio e de 
afogamento. 
Nesta Unidade de Estudos, você aprendeu a respeito dos primeiros 
atendimentos que devem ser prestados a vítimas de acidentes de 
trânsito. Esperamos que você tenha compreendido a importância da 
prestação desses atendimentos e a necessidade de acionar imediatamente o 
socorro médico. Agora realize as atividades propostas. Até a próxima Unidade! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 
de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a 
composição do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das 
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em: 
268
. 
Acesso em: 17 mar. 2021. 
DETRAN/RJ – DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO RIO DE 
JANEIRO. Coordenadoria de Educação. Renovação da CNH. Conteúdos e 
provas simuladas. Rio de Janeiro: Detran, 2016. Disponível em: 
. Acesso em: 
17 mar. 2021. 
269
Núcleo Temático 3: Noções de Primeiros Socorros 
Unidade de Estudos 4: Cuidados com a vítima (o que não fazer) 
Objetivo: Diferenciar as ações adequadas das não adequadas nos primeiros 
socorros com vítimas de acidentes de trânsito. 
Tópicos desta Unidade: 
• Ações que devem ser executadas na ocorrência de acidentes de trânsito
• Extintor de incêndio: regras vigentes
• Comportamentos inadequados em acidentes de trânsito
• Cuidados para não movimentar a vítima de acidentes
Olá! Você sabe que um descuido pode ser fatal no momento do 
socorro, não é? Quando um acidente ocorre, sinalizar o local e 
chamar o atendimento especializado são as primeiras providências 
a serem tomadas. Mas o que fazer e o que não fazer até a chegada dos 
socorristas profissionais? Isso é o que vamos ver nesta Unidade de Estudos. 
Preparado? Então, vamos começar! 
Ações que devem ser executadas na ocorrência de acidentes de trânsito 
O sucesso no atendimento e o cuidado com uma vítima de acidente de trânsito 
dependem de ações adequadas e realizadas corretamente. 
Ações básicas que podem salvar vidas: 
• Acionar os recursos especializados, como o Corpo de Bombeiros, o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o atendimento
emergencial especializado das concessionárias de rodovias;
• Sinalizar e isolar a área do acidente o mais rápido possível;
• Avaliar o local para identificar riscos, como alta tensão, vazamento de
combustível e instabilidade do veículo (o carro pode se movimentar a
qualquer momento provocando novos acidentes);
270
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• Identificar os riscos e adotar medidas de segurança para quem está 
prestando socorro, para a(s) vítima(s) e para os demais presentes no 
local; caso o socorrista identifique pontos cortantes (como cacos de 
vidro ou objetos pontiagudos) nas proximidades do local do acidente (na 
calçada, por exemplo), é ideal que os cubra para evitar exposição direta 
e, assim, evitar um novo acidente com outras pessoas; 
• Proteger o local do acidente de curiosos e impedir que retirem a vítima 
do local antes da chegada do atendimento especializado; 
• Se a vítima apresentar lesões, deve-se providenciar atendimento e 
procurar as causas; 
• Não movimentar a vítima, pois isso pode provocar outros ferimentos ou 
fraturas ainda maiores (no caso de haver alguma); 
• Evitar o pânico no local (não entrar em pânico também, porque isso 
assustará a vítima); 
• Não fumar ou fazer qualquer uso de fogo no local do acidente; 
• Com segurança, desligar a chave de ignição dos veículos envolvidos 
no acidente (no caso de vazamento de combustível); 
• É importante estar preparado para utilizar o extintor de incêndio, se for 
o caso de um veículo cujo uso é obrigatório ou de um veículo que 
tenha feito a opção de tê-lo; 
 
Figura 1 – Socorristas atuando na movimentação da vítima 
 
271
Extintor de incêndio: regras vigentes 
O uso do extintor de incêndio tornou-se facultativo para automóveis, utilitários, 
camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada; porém é considerado 
um grande aliado no combate ao início de incêndio em veículos automotores 
em caso de acidente. Ele deve ser instalado na parte dianteira do habitáculo do 
veículo, ao alcance do condutor. 
Os proprietários de veículos que optarem por utilizar o extintor de incêndio 
deverão seguir as normas dispostas na Resolução CONTRAN n. 556, de 20151. 
É obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão, caminhão-trator, 
micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, 
líquidos, gasosos, e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de 
passageiros (BRASIL, 2015). 
Não basta somente equipar o veículo com o extintor; é necessário saber 
manuseá-lo corretamente, caso seja preciso utilizá-lo. O próprio equipamento 
vem com instruções para o manuseio adequado. 
Veja como deve ser feito o manuseio e o uso desse equipamento. 
Para saber como utilizar esse equipamento, é preciso levar em conta o tipo de 
combustível que está sendo queimado. Observe a classificação: 
Classe "A" Classe "B" Classe "C" 
Sólidos inflamáveis líquidos e combustíveis 
inflamáveis 
Equipamento 
eletroeletrônico 
energizado. 
1 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-
18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
272
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
 
Você sabe qual é o agente extintor exigido pela legislação de 
trânsito? 
O agente triclasse (pó químico seco), presente nos extintores, pode ser usado 
nas três classes de incêndio mais difundidas (classes A, B e C). Para combater 
um princípio de incêndio em veículos automotores, é necessário cuidar com o 
manuseio adequado do extintor e seguir alguns passos: 
a. Retirar o extintor do suporte;
b. Levá-lo ao local do incêndio;
c. Manter distância de segurança do fogo;
d. Posicionar-se a favor do vento (quando bater nas costas);
e. Retirar a trava do gatilho (válvula) para romper o lacre;
f. Pressionar o gatilho e direcionar o jato do agente extintor para a base do
fogo, movimentando-o em leque e criando uma nuvem, pois o pó químico
seco extingue o fogo por abafamento.
g. Conferir a validade e a pressão do extintor de incêndio do veículo
regularmente, mesmo que não tenha sido utilizado. E, quando o extintor
for utilizado, providenciar sua reposição imediatamente.
Deve-se manter o extintor carregado e com a pressão adequada. 
As autoridades de trânsito, ou seus agentes, deverão fiscalizar os extintores de 
incêndio nos veículos cujo uso é obrigatório, verificando os seguintes itens 
(redação dada pela Resolução n. 556, de 17 de setembro de 20152, que altera o 
art. 9º da Resolução n. 157/2004): 
I. O indicador de pressão não pode estar na faixa vermelha;
II. Integridade do lacre;
III. Presença da marca de conformidade do INMETRO;
IV. Os prazos da durabilidade e da validade do teste hidrostático do extintor
de incêndio não devem estar vencidos;2 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-
18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
273
http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao5562015.pdf
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32858075/do1-2015-09-18-resolucao-n-556-de-17-de-setembro-de-2015-32858050
V. Aparência geral externa em boas condições (sem ferrugem, amassados
ou outros danos);
VI. Local da instalação do extintor de incêndio.
Caso o extintor não apresente esses itens, o condutor estará sujeito à aplicação 
das sanções previstas no art. 230, incisos IX e X do Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB). 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
................ 
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este 
ineficiente ou inoperante; 
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o 
estabelecido pelo CONTRAN; 
...................... 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para 
regularização; 
Brasil, 1997. 
Agora que você viu os passos para o sucesso de um atendimento e como usar 
e manusear adequadamente o extintor de incêndio, é preciso relembrar os tipos 
de comportamento que não são adequados em um acidente de trânsito. 
Comportamentos inadequados em acidentes de trânsito 
Sempre que possível, é importante não adotar atitudes que possam prejudicar o 
atendimento ou agravar as condições de saúde da vítima, por exemplo: 
• Abandonar o local do acidente e a vítima;
• Omitir socorro;
• Remover a vítima que está presa nas ferragens;
• Tumultuar o local;
• Deixar de colaborar com as autoridades (elas podem solicitar testemunho
ou remoção de um ferido para outro local).
274
 
Com base no que você viu até agora, o atendimento à vítima fica 
mais fácil, não é? Mas o que fazer para não movimentar o ferido no 
momento do socorro? É o que você vai ver a seguir. 
Cuidados para não movimentar a vítima de acidente de trânsito 
A recomendação é clara: não remover e não mexer na vítima, pois a remoção e 
a movimentação são ações de responsabilidade do SAMU. 
Essa recomendação só não vale em casos de risco iminente para a vítima, 
como incêndio, afogamento ou outras situações que ofereçam risco de 
morte caso se permaneça no local do acidente. Nessas situações, as 
vítimas que estão no interior do veículo devem ser retiradas. Mas lembre-
se: não se deve remover a vítima se não estiver preparado, e jamais deixar 
de acionar os recursos especializados! 
E como o socorrista deve remover a vítima em situações de extremo 
risco, como em um incêndio imediato? 
Deve-se: 
• Abraçar o tronco da vítima pelas costas e aproximá-la até o seu tórax
(peito);
• Apoiar a cabeça da vítima em seu ombro, imobilizando o pescoço e
evitando que ela o movimente (fazer isso com calma para não machucar
a vítima);
• Após realizar esses procedimentos, levar a vítima até um local seguro e
deixá-la deitada em uma superfície plana, mantendo a imobilização da
cabeça e do pescoço.
275
 
O que é importante lembrar 
1 Se a vítima estiver consciente, deve-se perguntar nome, número de 
telefone para contato e endereço. 
Se a vítima estiver consciente, é muito importante realizar a 
verificação do seu estado por meio da entrevista, pois isso auxilia 
no controle dos sinais vitais e traz conforto emocional. O socorrista 
deve apresentar-se à vítima, dizer seu nome, fazer perguntas objetivas 
para obter respostas diretas e rápidas, criar um vínculo de diálogo com 
ela e prestar atenção às suas respostas. Se a vítima parar de falar, 
esquecer o que houve ou não souber o próprio nome, endereço ou 
referências, isso pode ser sinal de lesões ou choque emocional. 
 
2 Se a vítima estiver inconsciente, deve-se abrir os olhos dela e verificar 
suas pupilas. 
• Pupilas normais: significam, geralmente, que não existem 
lesões neurológicas aparentes e há oxigenação; 
• Pupilas diferentes: quando uma está normal e a outra dilatada 
significa presença de lesão neurológica. Deve-se intensificar a 
avaliação, pois pode haver parada cardiorrespiratória; 
• Pupilas dilatadas: significam parada cardiorrespiratória. É 
possível que haja também lesão neurológica. 
 
Sempre que a vítima estiver inconsciente, deve-
se suspeitar de lesões na coluna, traumatismo 
craniano ou hemorragias graves. É importante não movimentar a 
vítima, manter a calma, verificar os sinais vitais e repassar informações 
sobre as condições do acidentado ao socorro especializado. 
 
3 Em hipótese alguma retirar qualquer corpo estranho dos ferimentos. 
4 Mesmo que a vítima pareça estar bem, é indispensável encaminhá-la 
para um profissional de saúde. 
5 Se houver mais de uma vítima no acidente, os casos mais graves 
devem ser atendidos primeiramente. 
276
6 Caso o acidente seja com uma motocicleta, não se deve retirar o 
capacete da(s) vítima(s). 
Esse tipo de socorro, se realizado incorretamente, poderá causar uma 
lesão da coluna vertebral. Somente será permitida a retirada do 
capacete quando a respiração estiver dificultada. Mas atenção: não 
se deve movimentar o corpo da vítima. 
Chegamos ao final de mais um Núcleo Temático! Esperamos que 
você tenha compreendido a importância de estar seguro e 
consciente no momento de prestar socorro a uma vítima. Sempre 
que se encontrar em uma emergência, lembre-se dos cuidados que você deve 
tomar e dos comportamentos inadequados que devem ser evitados para diminuir 
as chances de agravamento do estado de saúde da vítima. Até o próximo Núcleo 
Temático! 
Referências 
BRASIL. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 set. 1997. 
Disponível em: . Acesso 
em: 17 mar. 2021. 
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de 
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição 
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 14 out. 2020. Disponível em:
. 
Acesso em: 17 mar. 2021. 
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional do Trânsito. Resolução Contran n. 
556, de 17 de setembro de 2015. Torna facultativo o uso do extintor de incêndio 
277
para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine 
fechada. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 18 set. 2015. 
Disponível em: . 
Acesso em: 17 mar. 2021. 
278
Núcleo Temático 4: Relacionamento Interpessoal 
Unidade de Estudos 1: Cidadania, relacionamento interpessoal e 
comportamento solidário no trânsito 
Objetivo: Ampliar conhecimentos sobre cidadania e relacionamento 
interpessoal, a fim de reconhecer a necessidade de comportamentos solidários 
no trânsito e ações de proteção à vida e ao meio ambiente. 
Tópicos desta Unidade 
• Ser humano: trânsito, cidadania e meio ambiente
• Indivíduo, grupo e sociedade
• Necessidades do ser humano no convívio social
• Educação para o trânsito
• Relação homem, via e veículo
• Comunicação no trânsito
• Relacionamento social no trânsito
• Comportamento solidário no trânsito
Olá! Você conhece seus direitos e deveres como cidadão? E tem 
ideia de como suas ações se refletem no trânsito no dia a dia? Nesta 
Unidade, você poderá ampliar sua compreensão sobre o conceito 
de cidadania, verificar de que maneira o relacionamento interpessoal influencia 
as atitudes das pessoas e reconhecer o valor e a necessidade de 
comportamentos mais solidários no trânsito.• Registro e licenciamento de veículos; 
• Formação, habilitação e reciclagem de condutores; 
• Educação e engenharia de tráfego; 
• Operação do sistema viário; 
• Policiamento; 
• Fiscalização; 
• Julgamento de infrações e de recursos; 
• Aplicação de penalidades. 
 
Conforme o art. 6.º do CTB, o SNT tem como objetivos gerais: 
 
I – Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à 
segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o 
trânsito, e fiscalizar seu cumprimento. 
II – Fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios 
técnicos, financeiros e administrativos para a execução das atividades de 
trânsito. 
III – Estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações 
entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo 
decisório e a integração do Sistema. 
Brasil, 1997. 
 
O objetivo do Sistema Nacional de Trânsito - SNT é implantar uma política em 
todo o território nacional, com regras, para atender à segurança, fluidez, 
conforto e educação no trânsito. (Lei 14.071/20). 
 
14
O SNT padroniza os critérios técnicos, financeiros e administrativos, fixando 
normas comuns em todos os Estados para a execução das atividades de 
trânsito além de estabelecer canais de comunicação entre órgãos e entidades 
que compõe o SNT. 
 
Os órgãos são divididos de acordo com a sua competência, conforme vemos a 
seguir: 
 
Órgãos normativos e consultivos 
 
São os responsáveis por regulamentar e controlar as normas de trânsito. 
 
Órgãos executivos 
 
Cabe aos órgãos executivos de trânsito fazer cumprir a legislação e as normas 
de trânsito. Há órgãos executivos nas esferas federal, estadual e municipal. 
 
A seguir, os órgãos e as entidades que compõem o SNT, conforme art. 7.º do 
CTB (BRASIL,1997): 
 I - o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, coordenador do Sistema 
e órgão máximo normativo e consultivo; 
 II - os Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN e o Conselho de 
Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e 
coordenadores; 
 III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios; 
 IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios; 
 V - a Polícia Rodoviária Federal; 
 VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e 
 VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI. 
Brasil, 1997. 
15
 
Todo cidadão precisa saber como funciona o Sistema Nacional de Trânsito. No 
quadro a seguir, observe com atenção sua organização e suas atribuições. 
 
Quadro 1 – Órgãos e as entidades que compõem o SNT 
Órgãos Normativo / Consultivo 
CONTRAN É o órgão máximo do SNT e sua função principal é 
estabelecer normas regulamentares para o CTB e 
diretrizes para a Política Nacional de Trânsito. Esse órgão 
também é responsável pela coordenação dos órgãos do 
SNT. 
CETRAN É a organização responsável pelo SNT na área estadual. 
Cada estado do Brasil dever ter um Cetran, que tem 
caráter normativo e consultivo de sua circunscrição. 
CONTRANDIFE Atua apenas no Distrito Federal e é de sua competência 
regular o SNT. Assim com ocorre nos estados, também é 
normativo e consultivo. 
CÂMARA 
TEMÁTICA 
São órgãos técnicos vinculados ao Contran, compostos 
por especialistas de várias áreas de trânsito que são 
responsáveis por estudar e apresentar sugestões e 
embasamento técnico sobre temas específicos para a 
tomada de decisões do Contran. 
Executivos Federais 
DENATRAN É o Órgão Executivo da União responsável por 
supervisionar, coordenar, controlar e fiscalizar a execução 
da Política do Programa Nacional de Trânsito. Os 
Departamentos Estaduais de Trânsito (Detran) estão sob 
a circunscrição desse órgão. Nos casos em que o Detran 
apresenta deficiências técnicas ou dificuldades 
operacionais que impedem a prestação de serviços 
corretamente, o Denatran atua como órgão corregedor. 
Brasília – DF é sua cidade-sede, porém sua área de 
atuação abrange todo o território nacional. Ele também 
16
tem autonomia técnica e administrativa para conduzir o 
SNT. 
DNIT É um órgão executivo rodoviário que realiza atividades 
associadas à construção, manutenção e à operação da 
infraestrutura dos segmentos do Sistema Federal de 
Viação (SFV) sob a administração direta da União nos 
modais: rodoviário, ferroviário e aquaviário. Para cada 
órgão executivo ou rodoviário de trânsito há uma Jari para 
julgar as interposições. 
POLÍCIA 
RODOVIÁRIA 
FEDERAL 
É o órgão responsável pela supervisão das rodovias e das 
estradas federais e pela fiscalização do cumprimento às 
normas de trânsito por parte dos condutores. Tais 
atividades são realizadas por meio de patrulhamento 
ostensivo nas rodovias federais. 
JARI Esse órgão funciona junto a cada um dos organismos que 
realizam fiscalização e/ou autuação no trânsito, e cabe a 
ele julgar os recursos contrários às penalidades aplicadas 
pelos órgãos executivos ou rodoviários. Contra decisões 
de uma JARI que funcione junto a um órgão executivo de 
trânsito municipal, cabe recurso ao CETRAN. 
Executivos Estaduais 
DETRAN É uma entidade executiva de trânsito dos estados; há 
uma em cada capital brasileira. Cabe ao Detran a 
administração e o controle do registro da frota de veículos 
no estado, além de ser o responsável por fornecer o 
emplacamento, por verificar os itens de segurança 
obrigatórios dos veículos automotores e também pela 
formação, pela habilitação e pelo controle dos condutores. 
17
CIRETRAN Funcionam como se fossem filiais nos municípios do 
interior e sua existência também se remete ao antigo CNT 
(artigo 3º), com regras de criação estabelecidas pela 
Resolução do Contran n. 379/67 (atualmente revogada). 
DER A atribuição deste departamento é executar o programa 
rodoviário de acordo com diretrizes gerais e específicas 
que regem a ação governamental. Também é sua função 
programar, executar e controlar todos os serviços técnicos 
e administrativos concernentes a estudos, projetos, obras, 
conservação, operação e administração das estradas e 
obras de artes rodoviárias compreendidas no Plano 
Rodoviário Estadual, nos planos complementares e nos 
programas anuais especiais definidos pela Secretária de 
Infraestrutura e Logística. 
POLÍCIA MILITAR Entre as diversas responsabilidades, as polícias militares 
dos estados e do Distrito Federal têm como dever 
“fiscalizar o trânsito, quando e conforme convênio firmado, 
como agente do órgão ou entidade executiva de trânsito 
ou executivos rodoviários, concomitantemente com os 
demais credenciados” (BRASIL, 1997). 
DEPARTAMENTO 
DE TRÂNSITO 
DOS 
MUNICÍPIOS 
Cada município deve dispor de um órgão responsável por 
fiscalizar o trânsito no âmbito de sua circunscrição. 
JARI Esse órgão funciona junto a cada um dos organismos que 
realizam fiscalização e/ou autuação no trânsito, e cabe a 
ele julgar os recursos contrários às penalidades aplicadas 
pelos órgãos executivos ou rodoviários. Contra decisões 
de uma JARI que funcione junto a um órgão executivo de 
trânsito municipal, cabe recurso ao CETRAN. 
 
 
18
 
Conheça a composição do CONTRAN de acordo com o artigo 10 da Lei n. 
14.071 de 13 de Outubro de 2020: 
 
“Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no Distrito 
Federal, tem a seguinte composição: 
II- A - Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá; 
III - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações; 
IV - Ministro de Estado da Educação; 
V - Ministro de Estado da Defesa; 
VI - Ministro de Estado do Meio Ambiente; 
XXII - Ministro de Estado da Saúde; 
XXIII - Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública; 
XXIV - Ministro de Estado das Relações Exteriores; 
XXV - (revogado);Vamos lá? 
Ser humano: trânsito, cidadania e meio ambiente 
O homem é o ser vivo que mais modifica o meio ambiente em que vive. As 
alterações que produz provocam desequilíbrios ambientais e, como 
consequência, geram a devastação da biosfera do planeta. O ser humano tem 
a responsabilidade de cuidar do ambiente e zelar pela sua conservação, 
preservação e reconstrução. 
279
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece uma relação entre o 
comportamento dos cidadãos para com o meio ambiente, a sociedade e o 
cumprimento das regras de trânsito. Em seu capítulo XIV, art. 148, parágrafo 1º, 
o CTB define que “a formação de condutores deverá incluir obrigatoriamente,
curso de direção defensiva e de conceitos básicos de proteção ao meio ambiente
relacionados com o trânsito.” (BRASIL, 1997).
Figura 1 – Cidadania e meio ambiente 
Indivíduo, grupo e sociedade 
Se você observar com atenção, verá que as pessoas estão quase sempre em 
grupos. Ainda que alguém more ou viva sozinho, pertencerá a um ou mais 
grupos. Assim, podemos dizer que o ser humano é um ser social, porque vive 
em sociedade, ou seja, em grupos. 
Estudos realizados por cientistas e pesquisadores apontam que os seres 
humanos se desenvolveram vivendo dessa maneira, reunidos à beira do fogo 
para se aquecer, morando em cavernas e em outros abrigos. 
280
Viver em sociedade faz parte da natureza humana, pois é no relacionamento 
com outros indivíduos e com o meio ambiente que o ser humano alcança a 
satisfação e a realização pessoal, se renova e se adapta a novos ambientes e 
isso colabora com a satisfação de suas necessidades sociais. 
Já o individualismo, o isolamento ou a vida em grupos rígidos pode pôr em risco 
uma convivência pautada na vontade geral, no respeito às diferenças e em 
outros princípios da sociedade em um Estado democrático de direitos e deixar 
as pessoas vulneráveis a riscos. É importante ter com quem contar. 
Necessidades do ser humano no convívio social 
É da natureza do ser humano ter necessidades que só podem ser satisfeitas no 
convívio com outras pessoas. Como exemplos, podemos citar: 
A busca por novas experiências e sensações diferentes 
daquelas vivenciadas no cotidiano. 
A busca por simpatia, amor e amizade no convívio com outras 
pessoas. 
A segurança diante de perigos e incertezas. 
O reconhecimento e a aceitação pelos demais indivíduos. 
A satisfação em ajudar o próximo. 
281
 
 
Você Sabia? 
A dignidade da pessoa humana é o princípio universal do qual 
derivam os direitos humanos e os valores e atitudes fundamentais para o 
convívio social. 
Educação para o trânsito 
Para ser condutor de um veículo não basta conhecer regras, normas ou leis, pois 
o trânsito exige além disso. Estar habilitado para dirigir envolve assumir uma
postura correta como condutor e como passageiro.
É importante que o condutor saiba que o bom convívio social e o respeito 
aos demais usuários da via são fundamentais. 
O CTB dispõe sobre a inserção de educação de trânsito nas escolas como 
conteúdo interdisciplinar. O objetivo é formar cidadãos mais engajados e 
conscientes nas questões relativas ao trânsito. A aproximação da criança, dos 
adolescentes e jovens, com a realidade do trânsito, nos anos de escolarização, 
favorece de forma significativa a formação de um futuro condutor responsável e 
comprometido com a segurança, com a preservação do meio e com a prevenção 
de acidentes. 
O respeito mútuo e a cooperação são princípios essenciais para o 
convívio e a segurança no trânsito. 
O objetivo da educação para o trânsito é incentivar condutores e pedestres 
a desenvolver atitudes e comportamentos corretos e seguros. 
A educação para o trânsito ganhou ainda mais força com a Lei n. 14.071/20, que 
permite aos Estados e ao Distrito Federal criar, implantar e manter escolas 
públicas de trânsito, destinadas à educação de crianças e adolescentes, por 
meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento 
no trânsito (BRASIL, 2020). 
282
Cabe ao condutor colaborar para um trânsito seguro e respeitar as normas a fim 
de valorizar não só a sua segurança e a própria vida, mas a segurança e a vida 
de todos. 
Figura 2 – Educação para o trânsito 
Relação homem, via e veículo 
Você já parou para pensar em como ocorre essa relação entre o 
homem, a via e o veículo? 
Alguns valores sociais ficam claros nessa relação, tais como: 
• O homem é quem comanda as ações no trânsito;
• A responsabilidade deve ser assumida pelo homem;
• É por meio da ação do homem que a via é transformada;
• É o homem quem manobra o veículo.
283
 
 
O comportamento humano e os conflitos entre as pessoas interferem no 
trânsito. Atitudes de desordem em um veículo comprometem a segurança 
de todos. 
Sabendo disso, é importante refletir sobre as relações do ser humano com os 
temas referentes ao trânsito. 
Comunicação no trânsito 
Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo 
e trocando experiências, ideias, sentimentos e informações. Sem ela, cada um 
viveria em um mundo isolado. 
Comunicar é transmitir ou compartilhar uma informação. 
As mensagens podem ser representadas por palavras, gestos, olhares, 
movimentos do corpo e sinais, e o ser humano também faz uso desses 
recursos para atender às suas necessidades de deslocamento com segurança. 
Nesse sentido, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) colabora de forma 
fundamental apresentando diferentes formas de comunicação para orientar o 
trânsito. 
Essas orientações contidas no CTB são fundamentais para o processo de 
comunicação no trânsito, mas a eficácia desse processo depende dos valores 
pessoais, aqueles que as pessoas trazem desde a infância, desde os primeiros 
anos escolares, mas também aprendem ao longo da vida com as experiências, 
exemplos e orientações. 
Por isso, é importante o condutor entender que os seus valores podem ser 
diferentes dos valores dos demais condutores. Dessa forma, todos podem se 
tornar mais tolerantes, tentando resolver as situações por meio de um processo 
de comunicação eficiente, que priorize o respeito ao outro. 
284
 
De acordo com o CTB (BRASIL, 1997), o espaço público pertence a todos. 
Assim, todos têm direitos e deveres no trânsito que precisam ser cada vez 
mais respeitados. Essa constatação reforça a importância e a necessidade de 
se iniciar a educação voltada ao trânsito desde a idade escolar, pois somente 
por meio da educação a sociedade poderá contar com cidadãos: pedestres, 
ciclistas, motociclistas e condutores cada vez mais conscientes e preparados. 
Como já visto anteriormente, no trânsito, quanto maior e mais potente for 
o veículo, maior é a responsabilidade do condutor, assim como os
condutores de veículos motorizados são responsáveis pelos não
motorizados, e todos esses são responsáveis pelos pedestres.
A dificuldade de locomoção no trânsito e a falta de 
comunicação podem gerar conflitos. Os condutores, às vezes, podem não 
fazer questão de entender o que os demais estão tentando comunicar e podem 
não ser claros em relação ao que desejam fazer. Isso acarreta atitudes 
impulsivas e em infrações graves e gravíssimas no trânsito, por exemplo: 
Estacionar em local 
proibido 
Avançar o sinal 
vermelho 
Dirigir acima do limite 
permitido pela via 
A desarmonia e a falta de comunicação podem, muitas vezes, causar 
acidentes graves, motivados principalmente por problemas de 
relacionamento social no trânsito. 
285
 
Relacionamento social no trânsito 
Para favorecer o convívio com outras pessoas, principalmente no trânsito, é 
necessário que o condutor respeite os direitos e os deveres de cada ser 
humano. 
A boa conduta envolve valores morais, éticos e sociais, entre outros, que 
influenciam o comportamento das pessoas. 
Comportamento solidário no trânsito 
O respeito ao próximo vem muito antes das leis de trânsito. Acompanhe 
algumas ações valiosas que podem colaborar paraXXVI - Ministro de Estado da Economia; e 
XXVII - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
§ 4º Os Ministros de Estado deverão indicar suplente, que será servidor de 
nível hierárquico igual ou superior ao nível 6 do Grupo-Direção e 
Assessoramento Superiores - DAS ou, no caso do Ministério da Defesa, 
alternativamente, Oficial-General. 
§ 5º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União 
atuar como Secretário-Executivo do Contran. 
§ 6º O “quórum de votação e de aprovação no Contran é o de maioria 
absoluta.” 
19
Além das atribuições dos órgãos normativos e executivos no Sistema Nacional 
de Trânsito, temos as Câmaras Temáticas, que são órgãos técnicos 
vinculados ao Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, as quais têm 
como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre 
assuntos específicos para decisões do Conselho nos termos do art. 13 do 
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 
 
Atualmente, há seis Câmaras: 
 
I. Assuntos Veiculares; 
II. Educação para o Trânsito e Cidadania; 
III. Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via; 
IV. Esforço Legal: infrações, penalidades, crimes de trânsito, policiamento e 
fiscalização de trânsito; 
V. Formação e Habilitação de Condutores; 
VI. Saúde e Meio Ambiente no Trânsito. 
 
Cada Câmara é constituída por especialistas representantes de órgãos e 
entidades executivos da União, dos estados e do Distrito Federal e dos 
municípios, em igual número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, 
além de especialistas representantes dos diversos segmentos da sociedade 
relacionados com o trânsito, todos indicados segundo regimento específico 
definido pelo Contran e designados pelo ministro ou dirigente coordenador 
máximo do Sistema Nacional de Trânsito. 
 
A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por representantes do 
órgão máximo executivo de trânsito da União ou dos Ministérios representados 
no Contran, conforme definido no ato de criação de cada Câmara Temática. 
 
Para conhecer as competências dos órgãos do SNT, acesse o CTB, Lei n. 
9.503/19972, atualizado pela Lei n. 14.071/2020, e leia os seguintes artigos: 
 
2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm 
 
20
• Art. 12: Competências do Contran; 
• Art. 13: Objetivos das Câmaras Temáticas e órgãos técnicos vinculados 
ao Contran; 
• Art. 14: Competências dos Cetran e Contrandife; 
• Art. 17: Competências das Jari; 
• Art. 19: Competências do órgão máximo executivo da União; 
• Art. 20: Competências da Polícia Rodoviária Federal e suas jurisdições; 
• Art. 21: Competências dos órgãos e entidades executivos rodoviários da 
União; 
• Art. 22: Competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito da 
União; 
• Art. 23: Competências das Polícias Militares dos Estados e Distrito 
Federal; 
• Art. 24: Competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos 
municípios em sua jurisdição; 
• Art. 25: Distribuição de atividades pelos órgãos e entidades executivos 
do SNT. 
 
 
Nesta Unidade de Estudos, discorremos sobre os elementos do 
trânsito, fizemos uma breve explicação sobre o histórico da 
legislação no Brasil e apresentamos os órgãos responsáveis pelo 
trânsito. Até a próxima unidade! 
 
Referências 
 
BRASIL. Decreto n. 8.324, de 27 de outubro de 1910. Aprova o regulamento 
para o serviço subvencionado de transportes por automóveis. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Rio de Janeiro, 23 nov. 1910. Disponível em: 
. Acesso em: 6 mar. 2021. 
_____. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito 
Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 24 set. 1997. Disponível em: 
. Acesso em: 6 mar. 2021. 
21
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
_____. Lei n. 14.071, de 13 de outubro de 2020. Diário Oficial da União, 
Brasília, 14 out. 2020. Altera a Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 
(Código de Trânsito Brasileiro), para modificar a composição do Conselho 
Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das habilitações; e dá 
outras providências. Disponível em: 
. 
Acesso em: 6 mar. 2021. 
BRASIL. Ministério das Cidades. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. 
Resolução Contran n. 357, de 2 de agosto de 2010. Estabelece diretrizes para 
elaboração do Regimento Interno das Juntas Administrativas de Recursos de 
Infrações – JARI. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 
ago. 2010. Disponível em: . Acesso em: 6 mar. 2021. 
BRASIL. Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito, Conselho 
Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. 100 anos de 
Legislação de Trânsito no Brasil: 1910 – 2010. Brasília: Ministério das 
Cidades, 2010. Disponível em: 
 Acesso em: 6 mar. 2021. 
ITT – INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO 
(Coord.). Capacitação de Recursos Humanos. Curitiba: ITT, 2001. Apostila 
do Curso de Formação de Instrutor de Trânsito. Módulo IV. Parte A. Legislação 
de Trânsito. Curso a distância. Versão 10.10.01 
 
22
Núcleo Temático 1: Atualização em legislação de trânsito 
Unidade de Estudos 2: Penalidades e crimes de trânsito 
 
Objetivo: Conhecer as infrações e os crimes que ocorrem no trânsito e as 
respectivas penalidades para quem comete esses atos. 
 
Tópicos desta Unidade 
• Infrações 
• Penalidades 
• Medidas administrativas 
 Retenção e remoção do veículo 
 Advertência por escrito 
 Multas 
 Pontuação 
 Suspensão do direito de dirigir 
 Crimes de trânsito 
 Processos administrativos 
 
Olá! Continuando nossos estudos sobre atualização em legislação 
de trânsito, nesta unidade abordaremos as penalidades, as 
medidas administrativas, os crimes de trânsito e o processo 
administrativo para esses casos, de acordo com as determinações do Código 
de Trânsito Brasileiro (CTB). Para iniciar, vamos relembrar o conceito de 
infração de trânsito. 
 
Infrações 
 
De acordo com o art. 161 do CTB, a Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 
(BRASIL, 1997), infração de trânsito é: 
 
“a inobservância a qualquer preceito da legislação deste Código, da legislação 
complementar ou das resoluções do Contran, sendo o infrator sujeito às 
23
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das 
punições previstas no Capítulo XIX.” 
Brasil, 1997. 
 
Portanto, é importante conhecer a legislação, acompanhar regularmente 
atualizações e ficar atento à sinalização e ao trânsito de modo geral. Todo o 
condutor que não cumprir as normas definidas pela legislação estará 
cometendo uma infração de trânsito. 
 
Você sabe qual é o órgão que regulamenta as infrações e as 
penalidades a elas atribuídas? 
 
É o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que cria mecanismos para a 
regulamentação das infrações e as respectivas penalidades. 
 
Acesse1 um quadro de multas de trânsito com as principais infrações de acordo 
com cada gravidade. 
 
Para comprovar uma infração, as autoridades de trânsito ou os agentes podem 
utilizar aparelhos eletrônicos ou audiovisuais, aparelhos que produzem reações 
químicas e outros meios tecnológicos disponíveis. Além disso, a palavra do 
agente da autoridade de trânsito apresenta o princípio de presunção de 
veracidade, pois tudo o que ele observar no trânsito e constatar como uma 
infração não precisará de uma comprovação. 
 
Penalidades 
 
Você sabe o que é uma penalidade? 
 
 
Penalidade é um sistema ao qual se recorre para punir o condutor ou o 
proprietário do veículo que desobedeçaà legislação de trânsito. Há 
 
1 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_507/UE_2192/assets/img/NT1_UE2_Tabelas_Infracoes_e_Penalidades.pdf 
24
diversos tipos de penalidades, os quais variam de acordo com a infração e 
somente as autoridades de trânsito podem aplicá-los. 
 
Tendo ocorrido uma infração de trânsito, o condutor ou proprietário do veículo 
poderá interpor recurso na Junta Administrativa de Recursos de Infrações – 
JARI, abrindo processo administrativo dentro do prazo legal. Após análise do 
recurso, conforme o caso, serão impostas as penalidades decorrentes da 
infração cometida. Na sequência da nossa unidade de estudo, falaremos sobre 
elas de forma individual. Então, vamos começar? 
 
O art. 256 do CTB (BRASIL, 1997) estabelece diversas formas de 
penalidades que as autoridades de trânsito podem aplicar aos condutores 
infratores, aos proprietários de veículos e também ao embarcador e ao 
transportador: 
 
Advertência por escrito 
 
Penalidade aplicada pela autoridade de trânsito que substitui uma punição de 
multa por uma advertência por escrito – isso faz com que a multa para aquela 
infração deixe de existir. Poderá ser aplicada às infrações de natureza leve ou 
média, caso o infrator não tenha cometido outra infração da mesma natureza 
nos últimos 12 meses. 
 
Multa 
 
Penalidade pecuniária aplicada na maioria das infrações. É geralmente 
acompanhada de registro de pontos na CNH do condutor (Leve – 3 pontos. 
Média – 4 pontos. Grave – 5 pontos. Gravíssima – 7 pontos). É o resultado do 
processo administrativo cujo valor pecuniário já consta no artigo de 
enquadramento da irregularidade cometida, juntamente com a formalização 
dos pontos ao prontuário do infrator, que será computado e ficará mantido por 
12 meses para somatória. Mas após esse período, permanecerá por 5 anos no 
prontuário não vigente para avaliação de recursos e crimes. 
Suspensão do direito de dirigir 
25
 
O condutor estará suspenso do direito de dirigir quando, no período de 12 
meses, atingir 20, 30 ou 40 pontos em seu prontuário, ou quando o condutor 
cometer uma infração de suspensão direta, por exemplo: dirigir embriagado. O 
período de suspensão dependerá da infração cometida; quando suspenso, o 
condutor deverá entregar sua CNH e realizar o Curso de Reciclagem, 
cumprindo toda sua penalidade. Após o curso e o período de suspensão, o 
documento poderá ser retirado no Detran do estado. Essas informações 
constam no art. 261 do CTB: 
“Art. 261.................................................................................................... 
I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259 deste Código, o 
infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos: 
a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na 
pontuação; 
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação; 
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na 
pontuação; 
.......................................................................................................................... 
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir elimina a 
quantidade de pontos computados, prevista no inciso I do caput ou no § 5º 
deste artigo, para fins de contagem subsequente. 
........................................................................................................................... 
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a 
penalidade de suspensão do direito de dirigir de que trata o caput deste artigo 
será imposta quando o infrator atingir o limite de pontos previsto na alínea c do 
inciso I do caput deste artigo, independentemente da natureza das infrações 
cometidas, facultado a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre 
que, no período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme 
regulamentação do Contran. 
......................................................................................................................... 
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se refere o inciso II 
do caput deste artigo deverá ser instaurado concomitantemente ao processo 
de aplicação da penalidade de multa, e ambos serão de competência do órgão 
ou entidade responsável pela aplicação da multa, na forma definida pelo 
Contran. 
..................................................................................................................” (NR) 
Brasil, 1997. 
26
 
Cassação do documento de habilitação 
 
Cancelamento total do documento de habilitação. Ocorre quando o condutor, 
estando suspenso do direito de dirigir, comete nova infração ou crime de 
trânsito. Essa penalidade prevê a perda definitiva do documento CNH por 2 
(dois) anos, podendo o infrator reiniciar o processo de habilitação somente 
após esse período. O mesmo artigo prevê a perda da permissão para dirigir 
(PPD). O permissionário que cometer, no período de 12 meses, qualquer 
infração de natureza grave, gravíssima ou reincidência em média perderá seu 
direito à renovação, podendo reiniciar seu novo processo de habilitação já na 
sequência da extinção da anterior. Artigos que enquadram a cassação da CNH: 
quando o condutor for flagrado dirigindo e estiver com esse direito suspenso; o 
infrator conduzir qualquer outro veículo; reincidência às mesmas infrações 
gravíssimas previstas nos artigos 163, 164, 165, 173, 174 e 1752 e no inciso II 
do art. 162 do CTB, no prazo de 12 meses; condenado judicialmente por delito 
de trânsito observado no art. 160: 
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a 
novos exames para que possa voltar a dirigir, de acordo com as normas 
estabelecidas pelo CONTRAN, independentemente do reconhecimento da 
prescrição, em face da pena concretizada na sentença. 
 § 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido poderá ser 
submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo da autoridade executiva 
estadual de trânsito, assegurada ampla defesa ao condutor. 
 § 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva estadual de 
trânsito poderá apreender o documento de habilitação do condutor até a sua 
aprovação nos exames realizados. 
Brasil, 1997. 
 
 
 
2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm 
27
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm
Cassação da permissão para dirigir 
 
O condutor terá a permissão cassada se cometer uma infração grave ou 
gravíssima. 
 
Curso de reciclagem 
É obrigatório para o condutor envolvido em acidente grave e condenado por 
delito de trânsito, ou quando o infrator recebe a penalidade de suspensão do 
direito de dirigir. Sempre que o condutor for suspenso do direito de dirigir, terá 
obrigatoriamente que realizar o curso de reciclagem. Essas informações 
constam no art. 268 e na Resolução n. 168 do Contran. 
 
Se você estiver com o direito de dirigir suspenso e for pego dirigindo, a sua 
CNH será cassada e somente após dois anos da cassação poderá requerer 
sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, 
na forma estabelecida pelo CONTRAN. 
 
É importante lembrar-se de que o agente de trânsito autua o infrator, contudo 
isso ainda não é a multa. Somente após a tramitação dessa verificação pelo 
agente da autoridade e após ter passado por todos os períodos de recurso é 
que as penas serão aplicadas; a imposição da multa é a última etapa desse 
processo. 
 
Medidas administrativas 
 
Segundo o art. 269 do CTB (BRASIL, 1997), dependendo da infração, poderão 
ser aplicadas as seguintes medidas administrativas: 
 
Retenção do veículo 
 
Consiste na manutenção do veículo no local em que se encontra (conforme art. 
270) ou em um pátiodesignado para retenção, com a finalidade de que a 
irregularidade constatada seja sanada pelo condutor do veículo. Caso não seja 
possível saná-la, o veículo deve ser liberado mediante o recolhimento do 
28
 
Certificado de Licenciamento Anual após a regularização da situação por parte 
do condutor em um prazo razoável. Algumas infrações pedem a retenção do 
veículo no momento em que é constatada a irregularidade pelo agente da 
autoridade. Saiba mais quais são essas infrações: 
Algumas infrações pedem a retenção do veículo no momento em que é 
constada a irregularidade pelo agente da autoridade. A retenção ocorrerá 
quando: 
 o veículo portar placas de identificação em desacordo com o 
estabelecido pelo Contran; 
 o veículo estiver com cor ou qualquer outra característica alterada, com 
falta de equipamento obrigatório ou acessório proibido; com vidros total 
ou parcialmente cobertos por película refletiva (não autorizadas); em 
mau estado de conservação e segurança ou reprovado em teste de 
inspeção veicular; 
 o veículo estiver derramando carga, combustível ou lubrificante; 
 o condutor estiver sem os documentos de porte obrigatório, dentre 
outros; 
 o condutor promover ou participar de competição ou manobra perigosa 
na via sem autorização; 
 o condutor pilotar motocicleta sem capacete, com passageiro sem 
capacete ou com criança menor de 10 anos; 
 o condutor, no caso de acidente com vítima, deixar de prestar socorro, 
de providenciar tarefas para evitar perigo ao trânsito local e de preservar 
o local para a perícia. 
 
 
Remoção do veículo 
 
Ocorre quando o veículo está estacionado de forma irregular e sem a presença 
do condutor (por exemplo, estacionar o veículo na calçada). Sempre que 
houver prejuízo à circulação, o veículo em questão será removido para a 
29
 
 
regularização. Saiba mais sobre as infrações que trazem a remoção do veículo 
como medida: 
O art. 181 estabelece quais dessas infrações trazem como medida a remoção 
do veículo, são elas: 
 quando o veículo estiver estacionado nas esquinas a menos de 5 metros 
do alinhamento da pista transversal; afastado mais de meio metro da 
guia da calçada; junto a hidrantes ou registros de água sinalizados; nos 
viadutos, pontes e túneis, salvo quando houver autorização na entrada 
e/ou saída dos veículos; nos lugares de passeios e em faixas destinadas 
a pedestres e nos pontos de embarque e desembarque de coletivos; 
 quando o veículo estiver imobilizado na via por falta de combustível; 
 quando a infração cometida demandar a apreensão do veículo. 
 
Recolhimento da permissão para dirigir ou da CNH, do Certificado de Registro 
e Licenciamento do Veículo (CRLV) 
 
Ocorre mediante recibo, além dos casos previstos no CTB, quando houver 
suspeita de sua autenticidade ou adulteração. 
 
Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual (CLA) 
 
Será realizado mediante recibo, além dos casos previstos no CTB. Saiba mais: 
 
Lei n.14.071/20. 
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo 
licenciado, vinculado ao Certificado de Registro de Veículo, em meio físico e/ou 
digital, à escolha do proprietário, de acordo com o modelo e com as 
especificações estabelecidos pelo Contran. 
............................................................ 
§ 4º As informações referentes às campanhas de chamamento de 
consumidores para substituição ou reparo de veículos não atendidas no prazo 
de 1 (um) ano, contado da data de sua comunicação, deverão constar do 
Certificado de Licenciamento Anual. 
§ 5º Após a inclusão das informações de que trata o § 4º deste artigo no 
Certificado de Licenciamento Anual, o veículo somente será licenciado 
mediante comprovação do atendimento às campanhas de chamamento de 
consumidores para substituição ou reparo de veículos.” (NR) 
30
Transbordo do excesso de carga para outro veículo 
 
Medida administrativa que ocorre quando há transferência do excesso de carga 
de um veículo para outro. 
 
Realização do teste de dosagem de alcoolemia 
 
Medida administrativa, entendida como perícia de substância entorpecente ou 
que determine dependência física ou psíquica. 
 
Recolhimento de animais 
 
Que se encontram soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação. 
 
Realização de exames de aptidão física e mental 
 
De legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. 
 
 
Figura 1 – A remoção do veículo é uma medida administrativa 
31
 
Vamos ver algumas condições que afetam a aplicação das penalidades e das 
medidas administrativas? Analise-as a seguir! 
 
Você sabia que nenhuma penalidade pode ser aplicada quando a sinalização 
na via estiver insuficiente ou incorreta? Essa determinação está prevista no art. 
90 do CTB (BRASIL, 1997). Para saber mais, acesse o art. 903. 
 
Retenção e remoção do veículo 
A retenção ocorrerá quando: 
• O veículo portar placas de identificação em desacordo com o 
estabelecido pelo Contran; 
• O veículo estiver com cor ou qualquer outra característica alterada, com 
falta de equipamento obrigatório ou acessório proibido; com vidros total 
ou parcialmente cobertos por película refletiva (não autorizadas); em 
mau estado de conservação e segurança ou reprovado em teste de 
inspeção veicular; 
• O veículo estiver derramando carga, combustível ou lubrificante; 
• O condutor estiver sem os documentos de porte obrigatório, por 
exemplo: CNH e CRLV. 
• O condutor promover ou participar de competição ou manobra perigosa 
na via sem autorização; 
• O condutor pilotar motocicleta sem capacete, com passageiro sem 
capacete ou com criança menor de 7 anos; 
• O condutor, no caso de acidente com vítima, deixar de prestar socorro, 
de providenciar tarefas para evitar perigo ao trânsito local e de preservar 
o local para a perícia. 
Remoção do veículo 
A remoção do veículo ocorrerá quando: 
• O veículo estiver estacionado nas esquinas a menos de 5 metros do 
alinhamento da pista transversal; afastado mais de meio metro da guia 
 
3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm 
32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
da calçada; junto a hidrantes ou registros de água sinalizados; em 
viadutos, pontes e túneis, salvo quando houver autorização na entrada 
e/ou saída dos veículos; em lugares de passeios, em faixas destinadas a 
pedestres e em pontos de embarque e desembarque de passageiros de 
coletivos; 
• Quando o condutor deixar de efetuar o registro do veículo no prazo de 
30 dias junto ao órgão executivo (ocorridas as hipóteses previstas no art. 
123 do CTB), a medida administrativa relativa à infração é a de remoção 
do veículo. 
• O veículo estiver imobilizado na via por falta de combustível. 
 
É importante ressaltar que, de acordo com o art. 271 do CTB, com redação 
dada pela Lei n. 14.071/2020, não caberá remoção do veículo nos casos em 
que a irregularidade for sanada pelo condutor ainda no local da infração 
(BRASIL, 2020). 
 
Advertência por escrito 
 
A advertência por escrito pode ser imposta em substituição à penalidade de 
multa para infração de natureza leve ou média se o infrator não tiver cometido 
nenhuma infração nos últimos 12 meses. 
 
Multas 
 
Quando o condutor comete uma infração de trânsito, recebe uma multa 
como penalidade; ela é classificada em quatro categorias de acordo com a 
gravidade, cada uma com o respectivo valor pecuniário, conforme estabelecido 
no art. 258 do CTB (BRASIL, 1997). 
 
A medida provisória n. 1973-67 extinguiu a UFIR (Unidade Fiscal de 
Referência) e, em virtude disso, a Resolução n. 136 do Contran atualizou os 
valores das infrações. 
 
33
O art. 259 do CTB institui a pontuação para a infração, dependendo de sua 
classificação (BRASIL, 1997). 
 
Na tabela a seguir, confira a pontuação de cada multa, de acordo com a 
legislação atual. Fique sempre atento quantoao valor e as atualizações de 
valores das multas. Consulte o Detran de sua cidade. 
 
Tabela 1 – Classificação das infrações 
Gravidade Pontuação 
Leve 3 pontos 
Média 4 pontos 
Grave 5 pontos 
Gravíssima 7 pontos 
Fonte: BRASIL, 2016. 
Ao condutor identificado será atribuída pontuação pelas infrações de sua 
responsabilidade, exceto quando a penalidade for uma medida 
administrativa, como retenção do veículo, ou quando a infração for punível de 
forma específica com suspensão do direito de dirigir, nos termos do art. 259 do 
CTB, atualizado pela Lei n. 14.071/2020 (BRASIL, 2020). 
 
E por falar em infrações, você sabe quais foram as normas de 
trânsito alteradas nos últimos anos? 
 
Então, confira as mudanças: 
 
A Lei Seca n. 12.760/2012 trouxe novas regras com detalhes de verificação da 
irregularidade por parte do agente de trânsito e penalidades na confirmação da 
infração. É importante ter ciência das normas para que possamos respeitá-las 
conforme o Código de Trânsito determina. A penalidade para a infração de 
alcoolemia continua sendo gravíssima e valendo sete pontos no prontuário do 
condutor, gerando 12 meses de suspensão de sua CNH. 
 
34
A combinação de direção + álcool, além de implicar penalidades estabelecidas 
pelo Código de Trânsito, pode causar diversos riscos aos usuários da via. 
 
Ainda em relação à necessidade de compreender e respeitar a Lei Seca, é 
importante que você saiba que a Lei n. 13.5464, de 19 de dezembro de 2017, 
modificou a penalidade aplicada, no caso do condutor que dirigir com sua 
capacidade alterada, em razão da influência do álcool ou substância psicoativa, 
o que é considerado crime (BRASIL, 2017b). A lei determina que, se deste 
crime resultar lesão corporal culposa de natureza grave ou gravíssima, após o 
julgamento, o condutor poderá pegar prisão entre 2 a 5 anos. 
 
Outra regra para a qual é preciso estar atento é sobre a ultrapassagem. A Lei 
n. 12.971/2014 estabelece valores mais pesados para as multas e penalidades 
mais severas aos infratores (BRASIL, 2014). 
 
Mas uma das leis muito comentadas quando surgiu foi a Lei do Farol Baixo, n. 
13.290/2016, que estabeleceu o uso obrigatório do farol baixo nas rodovias 
brasileiras durante o dia, inclusive em trechos de perímetro urbano (BRASIL, 
2016a). Quem deixar de cumprir essa norma estará sujeito à multa de peso 
médio, sendo adicionados 4 pontos ao prontuário do infrator. 
 
Fique atento! A Resolução n. 624, que altera o art. 228 do CTB, foi 
publicada pelo Contran em 2016. Vamos ver sobre o que fala essa 
regra? 
 
Se for possível ouvir o som do carro do lado externo do veículo, 
independentemente do volume, e isso perturbar o sossego público, o 
motorista será autuado por infração grave. Além da multa, o motorista 
também somará cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). 
 
Conforme a Resolução n. 624 do Contran, o agente de trânsito deverá 
registrar, no campo de observações do auto de infração, a forma de 
 
4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13546.htm 
35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13546.htm
constatação do fato (BRASIL, 2016b). A infração está prevista no art. 228 do 
Código de Trânsito Brasileiro. 
 
A exceção vale para ruídos produzidos por buzinas, alarmes, sinalizadores de 
marcha à ré, sirenes e outros componentes obrigatórios do próprio veículo. 
Também não serão multados pelo som excessivo carros de som utilizados para 
publicidade, entretenimento e comunicação e veículos de competição, desde 
que estejam autorizados pelo órgão de trânsito. 
 
Quer conferir na íntegra todas essas redações? 
 
• Lei n. 12.7605, de 20 de dezembro de 2012. 
• Lei n. 12.9716, de 9 de maio de 2014. 
• Lei n. 13.2907, de 23 de maio de 2016. 
• Resolução n. 6248, de 19 de outubro de 2016. 
• Lei n. 14.0719, de 13 de outubro de 2020. 
 
Acompanhe o Quadro a seguir e observe o processo de mudanças nas normas 
de trânsito com a Lei n. 13.281/2016 e com a Lei n. 14.071/2020. 
 
 
 
 
 
5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12760.htm#:~:text=Altera%20a%20Lei%20n%C2%BA%209.503,eu%20sanciono%20a%
20seguinte%20Lei%3A&text=270%20da%20Lei%20n%C2%BA%209.503,do%20C%C3%B3digo%20d
e%20Tr%C3%A2nsito%20Brasileiro. 
6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l12971.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2012.971%2C%20DE%209%20DE%20MAIO
%20DE%202014.&text=Altera%20os%20arts.,administrativas%20e%20crimes%20de%20tr%C3%A2nsi
to. 
7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2016/Lei/L13290.htm#:~:text=Torna%20obrigat%C3%B3rio%20o%20uso%2C%20nas,Art. 
8 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=330053#:~:text=Resolve%3A,vias%20terrestres%20abertas
%20%C3%A0%20circula%C3%A7%C3%A3o. 
9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm 
36
http://www.plataformajornada.com.br/aulas/aulasTemp/NT_13/UE_54/Link001lei12760.html
http://www.plataformajornada.com.br/aulas/aulasTemp/NT_396/UE_1757/Link002lei12971.html
http://www.plataformajornada.com.br/aulas/aulasTemp/NT_396/UE_1757/linknt2ue2.html
http://www.plataformajornada.com.br/aulas/aulasTemp/NT_396/UE_1757/Link004res624.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm#:%7E:text=Altera%20a%20Lei%20n%C2%BA%209.503,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=270%20da%20Lei%20n%C2%BA%209.503,do%20C%C3%B3digo%20de%20Tr%C3%A2nsito%20Brasileiro
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm#:%7E:text=Altera%20a%20Lei%20n%C2%BA%209.503,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=270%20da%20Lei%20n%C2%BA%209.503,do%20C%C3%B3digo%20de%20Tr%C3%A2nsito%20Brasileiro
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm#:%7E:text=Altera%20a%20Lei%20n%C2%BA%209.503,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=270%20da%20Lei%20n%C2%BA%209.503,do%20C%C3%B3digo%20de%20Tr%C3%A2nsito%20Brasileiro
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm#:%7E:text=Altera%20a%20Lei%20n%C2%BA%209.503,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=270%20da%20Lei%20n%C2%BA%209.503,do%20C%C3%B3digo%20de%20Tr%C3%A2nsito%20Brasileiro
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm#:%7E:text=LEI%20N%C2%BA%2012.971%2C%20DE%209%20DE%20MAIO%20DE%202014.&text=Altera%20os%20arts.,administrativas%20e%20crimes%20de%20tr%C3%A2nsito
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm#:%7E:text=LEI%20N%C2%BA%2012.971%2C%20DE%209%20DE%20MAIO%20DE%202014.&text=Altera%20os%20arts.,administrativas%20e%20crimes%20de%20tr%C3%A2nsito
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm#:%7E:text=LEI%20N%C2%BA%2012.971%2C%20DE%209%20DE%20MAIO%20DE%202014.&text=Altera%20os%20arts.,administrativas%20e%20crimes%20de%20tr%C3%A2nsito
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12971.htm#:%7E:text=LEI%20N%C2%BA%2012.971%2C%20DE%209%20DE%20MAIO%20DE%202014.&text=Altera%20os%20arts.,administrativas%20e%20crimes%20de%20tr%C3%A2nsito
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13290.htm#:%7E:text=Torna%20obrigat%C3%B3rio%20o%20uso%2C%20nas,Art
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13290.htm#:%7E:text=Torna%20obrigat%C3%B3rio%20o%20uso%2C%20nas,Art
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=330053#:%7E:text=Resolve%3A,vias%20terrestres%20abertas%20%C3%A0%20circula%C3%A7%C3%A3o
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=330053#:%7E:text=Resolve%3A,vias%20terrestres%20abertas%20%C3%A0%20circula%C3%A7%C3%A3o
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm
 
Quadro 2 – Mudanças nas normas de trânsito 
Suspensão 
Antes Depois da Lei n. 
13.281/2016 
Depois da Lei n. 
14.071/20 
De 1 a 3 meses para 
somatória de pontos. 
De 6 a 12 meses para 
somatória de pontos em 
caso de reincidência, de 8 
meses

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