Buscar

Das_Forças_Armadas

Prévia do material em texto

DAS FORÇAS ARMADAS (CF, artigos 142 e 143)
	
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela MARINHA, pelo EXÉRCITO e pela AERONÁUTICA, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
	Efetivos do Exército em tempo de paz (Lei n.º 8.071/90)
	
§1º. Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
	
	Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999
	
	Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Da Destinação e Atribuições
        Art. 1o As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
[...]
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO
Seção I
Das Forças Armadas
        Art. 3o As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias.
        Art. 3o-A. O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão de assessoramento permanente do Ministro de Estado da Defesa, tem como chefe um oficial-general do último posto, da ativa ou da reserva, indicado pelo Ministro de Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, e disporá de um comitê, integrado pelos chefes de Estados-Maiores das 3 (três) Forças, sob a coordenação do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.      (Incluído pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
[...]
CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO
        Art. 12.  O orçamento do Ministério da Defesa contemplará as prioridades definidas pela Estratégia Nacional de Defesa, explicitadas na lei de diretrizes orçamentárias.     (Redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
[...]
CAPÍTULO IV
DO PREPARO
        Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo Ministro da Defesa.
        § 1o O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento, organização e articulação, instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas específicas, inteligência e estruturação das Forças Armadas, de sua logística e mobilização.      (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
     [...]
CAPÍTULO V
DO EMPREGO
        Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:
       [...]
        Art. 20. Os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão transformados em Comandos, por ocasião da criação do Ministério da Defesa.
      [...]
        Art. 23. Revoga-se a Lei Complementar no 69, de 23 de julho de 1991.
        Brasília, 9 de junho de 1999; 178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
	
§2º. Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
	
	
	
	
	 
	
"A legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, pode ser discutida por meio de habeas corpus. Precedentes." (RHC 88.543, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 3-4-2007, Primeira Turma, DJ de 27-4-2007).
"Não há que se falar em violação ao art. 142, § 2º, da CF, se a concessão de habeas corpus, impetrado contra punição disciplinar militar, volta-se tão somente para os pressupostos de sua legalidade, excluindo a apreciação de questões referentes ao mérito." (RE 338.840, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19-8-2003, Segunda Turma, DJ de 12-9-2003).
	 
	 
	
"O sentido da restrição dele quanto às punições disciplinares militares (art. 142, § 2º, da CF). (...) O entendimento relativo ao § 2º do art. 153 da EC 1/1969, segundo o qual o princípio de que nas transgressões disciplinares não cabia habeas corpus, não impedia que se examinasse, nele, a ocorrência dos quatro pressupostos de legalidade dessas transgressões (a hierarquia, o poder disciplinar, o ato ligado à função e a pena susceptível de ser aplicada disciplinarmente), continua válido para o disposto no § 2º do art. 142 da atual Constituição que é apenas mais restritivo quanto ao âmbito dessas transgressões disciplinares, pois a limita às de natureza militar." (HC 70.648, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 9-11-1993, Primeira Turma, DJ de 4-3-1994).
	 
	 
	
	
	
§3º. Os membros das Forças Armadas são denominados militares aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
[...]
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
V – o militar enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;
[...]
	
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
	
§1º. Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximir de atividades de caráter essencialmente militar.
CF, art. 5º, inciso VIII.
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
[...]
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
Lei n.º 8.239/91 (Prestação de serviço alternativo).
	
§2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
	
	Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.239, DE 4 DE OUTUBRO DE 1991.
	
	Regulamenta o art. 143, §§ 1º e 2º da Constituição Federal, que dispõem sobre a prestação de Serviço Alternativo ao Serviço Militar Obrigatório.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
        Art. 1º O Serviço Militar consiste no exercício de atividades específicas, desempenhadas nas Forças Armadas - Marinha, Exército e Aeronáutica.
        Art. 2º O Serviço Militar inicial tem por finalidade a formação de reservas destinadas a atender às necessidades de pessoal das Forças Armadas no que se refere aos encargos relacionados com a defesa nacional, em caso de mobilização.
        Art. 3º O Serviço Militar inicial é obrigatório a todos os brasileiros, nos termos da lei.
        § 1º Ao Estado-Maior das Forças Armadas compete, na forma da lei e em coordenação com os Ministérios Militares, atribuir Serviço Alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
        § 2° Entende-se por Serviço Alternativo oexercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militar.
        § 3º O Serviço Alternativo será prestado em organizações militares da ativa e em órgãos de formação de reservas das Forças Armadas ou em órgãos subordinados aos Ministérios Civis, mediante convênios entre estes e os Ministérios Militares, desde que haja interesse recíproco e, também, sejam atendidas as aptidões do convocado.
§ 4o  O Serviço Alternativo incluirá o treinamento para atuação em áreas atingidas por desastre, em situação de emergência e estado de calamidade, executado de forma integrada com o órgão federal responsável pela implantação das ações de proteção e defesa civil.     (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
 § 5o  A União articular-se-á com os Estados e o Distrito Federal para a execução do treinamento a que se refere o § 4o deste artigo.     (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
        Art. 4º Ao final do período de atividade previsto no § 2º do art. 3º desta lei, será conferido Certificado de Prestação Alternativa ao Serviço Militar Obrigatório, com os mesmos efeitos jurídicos do Certificado de Reservista.
        § 1º A recusa ou cumprimento incompleto do Serviço Alternativo, sob qualquer pretexto, por motivo de responsabilidade pessoal do convocado, implicará o não fornecimento do certificado correspondente, pelo prazo de dois anos após o vencimento do período estabelecido.
        § 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, o certificado só será emitido após a decretação, pela autoridade competente, da suspensão dos direitos políticos do inadimplente, que poderá, a qualquer tempo, regularizar sua situação mediante cumprimento das obrigações devidas.
        Art. 5º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do Serviço Militar Obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, de acordo com suas aptidões, a encargos do interesse da mobilização.
        Art. 6º O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas baixará, no prazo de cento e oitenta dias após a sanção desta lei, normas complementares a sua execução, da qual será coordenador.
        Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
        Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
        Brasília, 4 de outubro de 1991; 170º da Independência e 103º da República.
FERNANDO COLLOR
DA SEGURANÇA PÚBLICA (CF, art. 144)
CF, art. 144. Dever do Estado e responsabilidade de todos (direito à segurança). Observe-se que o direito à segurança não se refere àquela prevista no caput do artigo 5º da CF. Ainda, não se refere ao direito da segurança.
Finalidade: exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e patrimônio.
Organização:
	Polícia Federal;
	Polícia Rodoviária Federal;
	Polícia Ferroviária Federal;
	Polícias civis;
	Polícias militares e corpo de bombeiros militares.
Municípios: possibilidade destes entes federativos de instituírem guardas municipais. Objetivo: proteção de seus bens, serviços e instalações.
Direito Administrativo da Segurança (MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo).
	A segurança é instrumental para a ordem. Neste sentido, defende Diogo de Figueiredo Moreira Neto que é “uma condição existencial, tanto dos indivíduos como da sociedade”.
“A segurança é, portanto, uma garantia, e, por extensão, vem a ser um conjunto de atividades que a salvaguardam em favor dos indivíduos, grupos, nações, Estados e grupos de Estados, contra tudo que lhes possa oferecer perigo à sua existência e a seu progresso”.
Atividades de prevenção (previsão) e repressão (provisão) no Direito Administrativo da Segurança.
	Repressão política na segurança interna: decretação de intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.

Continue navegando