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CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura CURSO FORMAÇÃO DE 11 FASCÍCULO Igor Peixoto A LEITURA Acessível Gratuito! 162 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE POR UMA LEITURA ACESSÍVEL Agora que você já trilhou vários caminhos rumo à formação de mediador(a) de leitura, vamos convidá-lo(a) para uma experiência diferente. Vamos falar de acessibilidade. Imagine, agora, que você está no mar. O seu barco tem uma vela de tamanho ideal, en- tretanto, não existe vento algum e o barco não tem nenhum remo. O motor também não funciona devido a algum problema que você nem ao menos conseguiu detec- tar. Nenhum vento sopra e, sozinho, você começa a se desesperar: consulta o GPS e o seu celular, mas no meio do oceano nada funciona a contento. Sim, você está meio no mar, fl utuando à deriva e, parece, esperar é tudo que você pode fazer até que o vento resolva soprar ou que outro barco apareça para resgatá-lo(a). A cena que foi apresentada, metaforica- mente, ilustra a situação de um sujeito que mesmo dispondo de algumas ferramentas ou saberes, não consegue “navegar”. Isso pode ser fruto de alguma impossibilidade natural ou imposta, como no caso do vento que não sopra ou do motor com um proble- ma indetectável. Esse exemplo nos leva a refl etir que, quando precisamos desempe- nhar alguma função e a acessibilidade não está disponibilizada de forma plena, perce- bemos que a situação fi ca complicada e nos deparamos com difi culdades que, muitas vezes, parece fácil de ser resolvida para al- guns, e para outros signifi ca limitantes com certo nível de complexidade. É importante frisar que a acessibilidade, independentemente do seu foco, signifi ca antes de qualquer coisa, a capacidade de um produto se comunicar com seus usu- ários. Nesse sentido, tornar uma informa- ção acessível é proporcionar a capacidade de acesso a quem dela necessite, levando em consideração as potencialidades e de- fi ciências dos indivíduos, bem como o seu contexto sociocultural e econômico. Com a leitura não poderia ser diferente, daí a importância de se discutir nesse módu- lo, propostas de inclusão de pessoas com defi ciências em mediações de leitura, para que esse público seja contemplado e incluído nas práticas leitoras de formação. Ninguém aqui abre mão de ninguém. Va- mos ser criativos e explorar possibilidades. Com um pouco de empatia e conhecendo bem o nosso público, inclusive nos seus as- pectos limitantes, e nós já sabemos disso, conseguimos resultados em nosso trabalho com mais facilidade. O mundo agradece! E por falar em acessar, acesse: ava.fdr.org.br CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 163 1. FALANDO DE ACESSIBILIDADE A rigor, acessibilidade é uma forma de ga- rantia de utilização adequada de locais por qualquer pessoa, com limitações temporá- rias ou permanentes. Além do acesso físi- co, a acessibilidade também diz respeito a serviços, usabilidade tecnológica, direito à informação e à leitura. A acessibilidade é um direito garanti- do. Vale lembrar que há inclusive força de lei que a estabelece e a caracteriza. Vejamos o Decreto nº 5.296 de 2004, Art. 8º, inciso I, que descreve a acessibilidade como: [...] condição para utilização, com segu- rança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamen- tos urbanos, das edifi cações, dos ser- viços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e in- formação, por pessoa portadora de de- fi ciência ou com mobilidade reduzida. (BRASIL, 2004). CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leitura 163163163 Em 6 de julho de 2015 foi instituída a lei nº 13.146, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Defi ciência (Estatuto da Pessoa com Defi ciência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com defi ciência, visando à sua inclusão social e cidadania. Para conhecê-la, visite o site: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 2018/2015/Lei/L13146.htm PARA ALÉM DO TEXTO 164 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE Dentre os direitos assegurados no Es- tatuto da Pessoa com Deficiência está o capítulo referente ao direito à Educa- ção, do qual podemos destacar: Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com defi ciên- cia, assegurados sistema edu- cacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possí- vel de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas caracterís- ticas, interesses e necessidades de aprendizagem. Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunida- de escolar e da sociedade assegu- rar educação de qualidade à pes- soa com defi ciência, colocando-a a salvo de toda forma de violên- cia, negligência e discriminação. Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desen- volver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: I - sistema educacional inclu- sivo em todos os níveis e modali- dades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; 164164 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE Dentre os direitos assegurados no tatuto da Pessoa com Deficiência o capítulo referente ao direito à Educa- ção, do qual podemos destacar: Art. 27. direito da pessoa com defi ciên- cia, assegurados sistema edu- cacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida,de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possí- vel de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas caracterís- ticas, interesses e necessidades de aprendizagem. Parágrafo único. Estado, da família, da comunida- de escolar e da sociedade assegu- rar educação de qualidade à pes- soa com defi ciência, colocando-a a salvo de toda forma de violên- cia, negligência e discriminação. Art. 28. público assegurar, criar, desen- volver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: I sivo em todos os níveis e modali- dades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 165 II - aprimoramento dos siste- mas educacionais, visando a ga- rantir co ndições de acesso, per- manência, participação e apren- dizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessi- bi lidade que eliminem as barrei- ras e promovam a inclusão plena; III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adap- tações razoáveis, para atender às características dos estudantes com defi ciência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promo- vendo a conquista e o exercício de sua autonomia. Como vemos, a questão da acessibilida- de na educação torna-se ponto de grande relevância no referido estatuto, o que nos leva a compreender a importância da lei- tura nesse processo, também como um direi to. Assim, a abordagem aqui apresen- tada representa a igualdade de acesso de fato, à leitura, a qualquer indivíduo, com ou sem defi ciência. CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leitura 165165165 Em uma sociedade com tantas formas de se representar e registrar a informação, a acessibilidade ganha importância não ape- nas para melhorar o uso de uma interface, mas ela é de fato o que permite/possibilita a mediação da leitura de forma mais pro- funda, pois sem nos conectar mentalmente ao conteúdo da informação e às diferentes linguagens fi ca mais complicado estabe- lecer vínculos intelectuais, fi losófi cos ou emocionais com o texto e o seu contexto. Você sabia que, segundo o censo brasileiro de 2010, 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de defi ciência? Para saber mais, visite o site: agenciadenoticias.ibge.gov.br/ PUXANDO PROSA 166 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE 2. O MEDIADOR DA LEITURA ACESSÍVEL É importante compreender também qual o papel que o mediador de leitura poderá desenvolver, para que os processos de in- clusão e de compreensão crítica estejam condizentes com o conceito de inclusão. Entende-se por inclusão, [...] processo estabelecido dentro de uma sociedade mais ampla que busca satisfazer necessidades relacionadas com qualidade de vida, desenvolvimen- to humano, autonomia de renda e equi- dade de oportunidades e direitos para os indivíduos e grupos sociais que em algu- ma etapa da sua vida encontram-se em situação de desvantagem com relação a outros membros da sociedade. (PASSE- RINO; MONTARDO, 2007, p.5). O diálogo é o que estabelece os pontos fundamentais na interação dos indivíduos com relação ao meio. É também a maneira com a qual as pessoas deixam de ser margi- nalizadas e podem trilhar seus próprios ca- minhos na busca do que cada sujeito inter- preta como prioritário. Logo, isso signifi ca dizer que a mediação da leitura acessível inclui dois fatores fundamentais: a apro- priação da informação que é inerente ao processo de produção, disseminação e de mediação da informação e o de interfe- rência, que é inerente aos procedimentos de como a informação será destinada, com- preendida e usada pelo usuário. 166166 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE 2. O MEDIADOR DA LEITURA ACESSÍVEL É importante compreender também qual o papel que o mediador de leitura poderá desenvolver, para que os processos de in- clusão e de compreensão crítica estejam condizentes com o conceito de inclusão. Entende-se por [...] processo estabelecido dentro de uma sociedade mais ampla que busca satisfazer necessidades relacionadas com qualidade de vida, desenvolvimen- to humano, autonomia de renda e equi- dade de oportunidades e direitos para os indivíduos e grupos sociais que em algu- ma etapa da sua vida encontram-se em situação de desvantagem com relação a outros membros da sociedade. (PASSE- RINO; MONTARDO, 2007, p.5). O diálogo fundamentais com relação ao meio. É também a maneira com a qual as pessoas deixam de ser margi- nalizadas e podem trilhar seus próprios ca- minhos na busca do que cada sujeito inter- preta como prioritário. Logo, isso signifi ca dizer que a mediação da inclui dois fatores fundamentais: a priação da informação processo de produção, disseminação e de mediação da informação e o de rência, que é inerente aos procedimentos de como a informação será destinada, com- preendida e usada pelo usuário. CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 167 A pessoa com necessidades especiais, em um ambiente fértil para sua eloquência, um “espaço” ideal para exprimir seus sabe- res, desejos e conquistas, tende a se tornar um mediador também, pois o defi ciente, emancipado, autônomo, livre para se qua- lifi car, produzir e participar ativamente da sociedade da informação se transforma em protagonista de sua vida, contribuindo para que outros indivíduos também se sin- tam incluídos, trazendo mais e mais pesso- as, envolvendo leitores, educadores e fami- liares para serem mais elos desta corrente. Paulo Freire (2005) defende a mediação como uma ação por meio da qual o indiví- duo pode se transformar em protagonista, já que na vivência do processo de mediação se pode refl etir acerca da situação vivida, sobre seus interlocutores, sobre o mundo e sobre si mesmo, experiência que potenciali- za a formação da consciência que faz nascer um ser humano comprometido e capaz de intervir e interferir na realidade, enfi m, contribuir para o protagonismo social. A sociedade há muito tempo deixou de ser pautada no trabalho braçal e passou a ser baseada na criatividade e no desen- volvimento das ideias. Ou seja, não ape- nas na apreensão da informação e da leitu- ra ou nas formas de cultura exercidas pelos seus diversos atores. Ser criativo implica em ir além de aprender objetivamente, ser receptivo, crítico e em todo o momento ser um aprendiz em potencial. Para as pessoas com defi ciências e que, portanto, precisam da acessibilida- de, é de importância ímpar, em uma so- ciedade pautada no conhecimento e na informação, que haja a preocupação com a inclusão,em todos os seus aspectos. As- sim, torna-se imprescindível capacitar in- divíduos para lidarem com os diversos tipos de defi ciências, sejam elas físi- cas, auditivas, visuais ou intelectuais, por exemplo. Os mediadores da leitura precisam estar atentos e capacitados para lidar com a diversidade e as especifi cidades humanas. Cada vez mais essa tem sido uma preocupação, especialmente dos educado- res. No contexto da leitura, essa questão deve estar pautada em um conjunto de fato- res, relacionados, por exemplo, a ambiência (adequação do espaço físico), questões ar- quitetônicas, fatores sonoros (preocupação com os defi cientes auditivos), barreiras vi- suais, tecnologias assistivas, recursos ma- teriais e humanos, bem como as barreiras atitudinais (referentes a comportamentos preconceituosos ou ao bullying). seus diversos atores. Ser criativo implica em ir além de aprender objetivamente, ser receptivo, crítico e em todo o momento ser Para as pessoas com defi ciências e que, portanto, precisam da acessibilida- de, é de importância ímpar, em uma so- ciedade pautada no conhecimento e na informação, que haja a preocupação com a inclusão, em todos os seus aspectos. As- capacitar in- divíduos para lidarem com os diversos tipos de defi ciências, sejam elas físi- cas, auditivas, visuais ou intelectuais, Os mediadores da leitura precisam estar atentos e capacitados para lidar Tecnologia Assistiva Termo ainda muito recente utilizado para identifi car todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com defi ciência e, consequentemente, promover vida independente e inclusão. 168 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE A necessidade de se pensar na acessi- bilidade como algo vinculado de maneira indissociável a qualquer manifestação cul- tural é do mesmo tamanho do oceano apre- sentado no início desse fascículo, para não abandonarmos a metáfora. Assim, podemos entender que quando não temos maneiras plenas de navegar nes- se oceano, paralelamente seria como se não houvesse acessibilidade adequada, para o que nos propomos. Deu para entender? 3. A LEITURA ACESSÍVEL Caso nossa necessidade, na condição de pessoa com defi ciência, por exem- plo visual ou auditiva, seja fazer a lei- tura de um texto, de que tipos de fer- ramentas devemos nos apropriar? Que tipo de postura nós devemos adotar? Como podemos ser mediadores entre o conteúdo e quem dele precisa se apoderar? Existem vários tipos de textos que com- põe nossa prática leitora do dia a dia. Somos leitores ávidos, muitas vezes, mesmo sem perceber. Lemos placas, rótulos, revistas, panfl etos, cardápios, sinalizações, bulas de remédios, legendas de fi lmes, revistas, jor- nais e livros, sem contar que com a difusão das mídias sociais e da internet estamos lendo mais e mais coisas no ambiente virtuais e em dispositivos móveis. Caso queiramos penetrar de for- ma mais abrangente no ato da leitura, podemos compreender que a leitura verbal é a mais rapidamente lembra- da, mas existe ao mesmo passo e com a mesma importância, a leitura não verbal. Esta consiste primariamente em entender o No seu convívio familiar, de amigos ou no trabalho, há pessoas com defi ciências? Você já parou para pensar sobre as difi culdades por elas enfrentadas no cotidiano? Você considera que estamos caminhando para uma sociedade inclusiva e acessível? O que podemos fazer para mudar isso? Que comportamento podemos ter? PUXANDO PROSA Caso nossa necessidade, na condição de pessoa com defi ciência, por exem- plo visual ou auditiva, seja fazer a lei- tura de um texto, de que tipos de fer- ramentas devemos nos apropriar? Que tipo de postura nós devemos adotar? Como podemos ser mediadores entre o conteúdo e quem dele precisa se apoderar? Existem vários tipos de textos que com- põe nossa prática leitora do dia a dia. Somos leitores ávidos, muitas vezes, mesmo sem perceber. Lemos placas, rótulos, revistas, panfl etos, cardápios, sinalizações, bulas de remédios, legendas de fi lmes, revistas, jor- nais e livros, sem contar que com a difusão das mídias sociais e da internet estamos lendo mais e mais coisas no ambiente Caso queiramos penetrar de for- ma mais abrangente no ato da leitura, leitura é a mais rapidamente lembra- da, mas existe ao mesmo passo e com a leitura não verbal. Esta consiste primariamente em entender o CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 169 que está a nossa volta e se caracteriza como informações a serem leva- das em conta, mas não estão em formato de leitura com palavras ou pontuações. Por exemplo, lemos o tempo para ver se vai chover, a movimenta- ção dos carros antes de atravessar a rua, as deixas simbólicas de alguém como o sinal de positivo ou uma piscadela, e assim construímos um campo de percepção a nossa volta, que nos faz refl etir e ponderar sobre o que nos cerca, tentando usar ou mitigar essas infl uências ex- ternas que nem sempre são perceptivas. Você já parou para pensar se esses su- portes e possibilidades de leitura e de infor- mação estão acessí- veis às necessidades específi cas das pesso- as com defi ciência? Para algumas pes- soas, a acessibilidade é muito mais que possibi- litar o acesso à informação. Acessibilidade, não raramente, se faz como única forma com a qual os indivíduos que necessitam dela possam estabelecer elos críticos, sentimentais e identitários com al- guns tipos de conteúdo, inclusive para tor- nar o cotidiano menos complexo. A nossa relação com a leitura e a cultu- ra nos auxilia a estabelecermos laços, per- tencimentos e identifi cação com o meio no qual vivemos, daí ela ser tão importante para a nossa vida e um direito inalienável de todos. A leitura é a principal ferramenta que dispomos para entender o mundo como ele é e como ele se mostra. Mesmo se a representação for falha ou viciada, a leitura crítica pode descortinar interesses e inclina- ções ocultas. Aqui, chamamos a atenção ao fator principal que é o simples ato de ler, que enquanto para algumas pessoas pode ser tão trivial, para outros é algo que necessita de cuidado e de preparação maior. A leitu- ra que é, desde tempos antigos, o elo do homem com sua cultura, a forma com que ele se eterniza, passando para seus descen- dentes suas descobertas e impressões, para alguns indivíduos ainda hoje é algo quase impossível e inacessível. Apropriar-se da leitura, para alguém com seus sentidos todos funcionais é uma atividade que requer concentração que está a nossa volta e se caracteriza como informações a serem leva- das em conta, mas não estão em formato de leitura com palavras ou pontuações. Por exemplo, lemos o tempo para ver se vai de alguém como o sinal de positivo ou uma piscadela, e assim construímos um campo de percepção a nossa volta, que nos faz refl etir e ponderar sobre o que nos cerca, tentando usar ou mitigar essas infl uências ex- ternas que nem sempre são perceptivas. Você já parou para pensar se esses su- portes e possibilidades de leitura e de infor- veis às necessidades específi cas das pesso- as com defi ciência? soas, a acessibilidade é muito mais que possibi- litar o acesso à informação. 170 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE e relativa prática para ser íntimo do texto ao ponto de entender suas entrelinhas. Entretanto, para uma pessoa com defi ci- ência visual severa, por exemplo, é preciso que haja não apenas maior comprometi- mento, pois não raramente estará usando o tato, para compreender as marcações em primeira pessoa e precisará saber fazer a transcrição do alfabeto romano para os pontosdo Braille. Ainda nos referindo à defi ciência visual, existe outro tipo de relacionamento entre os defi cientes com reduzida visão e que usam esse resíduo que têm para internali- zarem o que leem. E outros movimentos de apreender o conteúdo texto-informacional acontecem quando alguém lê ou declama o texto, contando uma história e fazendo o enredo ganhar vida. A voz e seu timbre, tempo e tom fazem as honras desse tipo de leitura. Essa relação é diferente de alguém que depende de ouvir o texto por um sinte- tizador, com a voz robótica. A forma na qual as pessoas com defi - ciência auditiva podem interagir, se apro- priando de textos, é primariamente através da leitura, mas aqui é necessária a lembran- ça que o conteúdo textual pode não ser in- teiramente compreendido, pois existem pa- lavras que não são traduzidas em perfeito paralelo a Libras, que normalmente é a for- ma mais usada na comunicação geral dos surdos no Brasil. Portanto deve-se fazer uso de fi guras, ilustrações e indicações gráfi cas para sustentar e auxiliar o texto em questão. PUXANDO PROSA Em nosso curso, disponibilizamos os audiofascículos, um instrumento de acessibilidade, e também apostamos nos podcasts/radioaulas, com ricas entrevistas e bate-papos sobre o tema de cada módulo. Para não usarmos a voz monótona e fria dos sintetizadores (a tal “voz robótica”), por respeito aos nossos alunos, contratamos uma profi ssional jornalista para realizar a leitura, de forma calorosa e humana, contribuindo para a leitura acessível e ao mesmo tempo afagando aqueles que não dispõem na sua rotina de muito tempo para leitura e/ou que conseguem absorver melhor o conteúdo com essa leitura assistida. Esperamos que tenham gostado. Você sabia que as pessoas com defi ciência auditiva são consideradas surdas? “Surdo-mudo” não é um termo adequado, pois o fato de uma pessoa ser surda, não signifi ca que ela não possa falar. Vamos ter esse cuidado? CURIOSIDADE Estes aspectos respeitados e promovidos estão ligados à parte operacional do exercí- cio, mas a principal iniciativa para o surdo é fazer com que estas ferramentas e iniciativas possam promover a apreensão e imersão ao enredo, ao contexto e à informação. Quando lidamos com pessoas que têm pouca mobilidade de locomoção, podemos cair na armadilha de pensar ser fácil promo- ver a inserção delas em práticas de media- ção da leitura. Temos que ter em mente que, normalmente, as pessoas com difi culdade de mobilidade já possuem uma condição corporal diferenciada no que tange à pos- tura, forma de sentar, tempo de concentra- ção, por exemplo. Isso pode afetar sobre- maneira o acesso ao texto, ao contexto e às práticas e, consequentemente com a leitura, modifi cando o seu relacionamento com a obra literária, com o grupo e o media- dor. São fatores que devem ser observados ao conhecer o perfi l dos leitores que irão fa- zer parte da mediação. É importante ressaltar que há, ainda, pessoas com defi ciências múltiplas e de- fi ciências severas e que, por um motivo ou pelo outro, nunca são protagonistas de suas vidas. Será que isso é justo? Se por um lado, muitas vezes não temos como resolver e mesmo aliviar as necessidades que estas pessoas deveriam receber em diversos as- pectos que lhes são subtraídos, pelo menos devemos estar atentos para não nos furtar de oferecer-lhes aquilo que nos compete e nos é possível. Assim, os mediadores da leitura deverão exercer toda a sua sensi- bilidade para conhecer e reconhecer a diversidade do público, bem como desen- volver todos os esforços para a inclusão. Segundo George R. R. Martin, um dos autores mais lidos dos últimos anos e autor da série As Crônicas de Gelo e Fogo, “um ho- mem só tem direito a viver uma vida, mas o leitor pode viver mil vidas” (2010). Jamais uma pessoa pode ser excluída ou penalizada de alguma forma pela falta de acessibilidade aos suportes informacionais e de leitura. Mesmo que seja alguém para emprestar a voz e o tempo para uma boa lei- tura ou conversa. A acessibilidade, vale des- tacar, está longe de ser exclusivamente algo CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 171 172 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE172172 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 173 relativo apenas às possibilidades ferramen- tais de se estabelecer uma relação física com o que se está lendo. A partir da mediação acessível e da leitura possível do mundo que precede a leitura da palavra (FREIRE, 1984), outras possibilidades se apresentam e con- vidam os leitores a participar de um ambien- te cheio de descobertas e soluções criativas para os males do cotidiano e da alma. Outro fator que deve ser mencionado é relativo ao percurso que o sujeito fez e faz durante sua vida. No qual ele, sem se dar conta, se contrapõe frente ao conteúdo que lê, tudo que existe no “banco de dados” da memória, impressões relativas ao que foi lido, ao que foi aprendido, adaptado aos conceitos outrora percebidos e pondera- dos. Das experiências vividas, nascem mui- tas histórias, aprendizado e conhecimento. Essas refl exões advindas do que foi viven- ciado na “timeline” da vida, é infl uente no que se compreende como a forma de in- terpretar e modifi car um texto, levando em consideração fatores intrínsecos e transver- sais ao vivido. O contexto sócio histórico, por exemplo, faz o invólucro do arranjo in- formacional interno ao leitor. Os fatores ex- ternos também são determinantes e fazem parte do que leva um individuo a perceber e o que ele pode extrair do que é lido. Mediar a leitura de forma acessí- vel e sensível, mais do que propor para um individuo conhecimentos do que está descrito, dito e escrito é apresentar a possibilidade autônoma e inclusiva de estabelecer e desbravar seus pró- prios caminhos, uma vez que os elos com os conteúdos que são gerados por terceiros acabam por se assemelharem a “pontes” que levam ou possibilitam im- pressões hermeticamente fechadas com impressões cheias de ideologias de quem as proporcionou, seja pelo tom de voz de uma leitura, ou por comentários feitos em uma nota de rodapé e/ou a partir de uma forma de se expressar ou da facili- dade de chegar naquela estante, em uma biblioteca. O fato é que, nesse caso, a lei- tura tenderá a ser viciada. Por outro lado, a mediação leitora e acessível que despreze a ponte e tome a forma de uma rede, de uma teia, compre- ende que o mundo está irremediavelmente enfronhado em ligações que infl uenciam e reverberam umas nas outras, tessituras que para além de nos ligar, dita como somos, nas formas como também podemos nos posicionar frente aos delírios e vicissitudes da vida cotidiana, de suas artimanhas, de- sejos, construções e conquistas. Estar à deriva no oceano de informa- ções é não ter ferramentas para esta-belecer relacionamentos com a água. Sem a navegabilidade, o mar torna-se obstáculo, ao invés de plataforma de lo- comoção. Acessibilidade para leitura é permitir a mediação do conteúdo, de for- ma que as ferramentas que o sujeito dis- põe sejam sinérgicas para que a constru- ção do texto, verbal e não verbal, se faça componente de um ciclo cujas partes são formadas pela cultura do indivíduo e suas relações com o meio em que vive, pelo que ele apreende do texto, segundo sua trajetória de vida e das reflexões que este sujeito pode fazer de acordo com suas capacidades. A inserção qualitativa na chamada so- ciedade da informação está na equida- de (igual tratamento e disponibilidade) de oportunidades, com uma visão inclu- siva e acessível a todos. Nessa sociedade, onde a aprendizagem continua ao longo de nossas vidas, a educação não deve apenas distribuir informação, mas tam- bém, construir autoconfiança, critici- dade e habilidades sociais, bem como ajudar as pessoas a se realizar através da identificação de seus talentos, possibili- dade e ideias criativas (BELLUZZO, 2007). 174 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE De posse de tantos conhecimentos adquiridos nesse curso, que tal você organizar uma prática de leitura que possa ser acessível para pessoas com necessidades especiais? Busque conhecer o perfi l das pessoas que fazem parte de sua comunidade. Há pessoas com defi ciências visuais, motoras, auditivas, intelectuais? Como você pode contribuir para que elas tenham acessibilidade na mediação da leitura? DESAFIOO ciclo de aprendizagem e desenvolvi-mento é basilar para o êxito de uma civiliza- ção autônoma, crítica e democrática, esta- belecendo a valoração dos signifi cados das palavras competência, equidade, direito, inclusão e autoconfi ança. Garantir que um suporte informacional tenha o tratamento adequado para ser usa- do de forma qualitativa pelos leitores com sua peculiaridade sensorial, entre outros ganhos, faz a autoconfi ança ser valorizada, apresentando para a pessoa com defi ciên- cia que existem condições para que ela, se- gundo seus próprios conhecimentos, tam- bém possa ser autônoma em sua busca por informação e de leitura. Com a acessibilidade, as pessoas com defi ciência podem navegar, não como me- ros tripulantes ou passageiros, mas assu- mem a posição de comandantes de suas embarcações, entendendo os ventos e as marés, decidindo o destino e lendo o caminho nos mapas, se orientando pelas estrelas e es- colhendo por quais caminhos seguir. E se quiser seguir. 174174 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE De posse de tantos conhecimentos De posse de tantos conhecimentos adquiridos nesse curso, que tal você organizar uma prática de leitura que possa ser acessível para pessoas com necessidades especiais? Busque conhecer o perfi l das pessoas que fazem parte de sua comunidade. Há pessoas com defi ciências visuais, motoras, auditivas, intelectuais? Como você pode contribuir para que elas tenham acessibilidade na mediação da leitura?acessibilidade na mediação da leitura? DESAFIOO ciclo de aprendizagem e desenvolvi-mento é basilar para o êxito de uma civiliza- ção autônoma, crítica e democrática, esta- belecendo a valoração dos signifi cados das palavras competência, equidade, direito, inclusão e autoconfi ança. Garantir que um suporte informacional tenha o tratamento adequado para ser usa- do de forma qualitativa pelos leitores com sua peculiaridade sensorial, entre outros ganhos, faz a autoconfi ança ser valorizada, apresentando para a pessoa com defi ciên- cia que existem condições para que ela, se- gundo seus próprios conhecimentos, tam- bém possa ser autônoma em sua busca por informação e de leitura. Com a acessibilidade, as pessoas com defi ciência podem navegar, não como me- ros tripulantes ou passageiros, mas assu- mem a posição de comandantes de suas embarcações, entendendo os ventos e as marés, decidindo o destino e lendo o caminho nos mapas, se orientando pelas estrelas e es- colhendo por quais caminhos seguir. E se quiser seguir. REFERÊNCIAS BELLUZZO, R. C. B. Construção de mapas: de- senvolvendo competências em informação e comunicação. 2. ed. rev. e ampl. Bauru: Cá Entre Nós, 2007. BRASIL. Decreto nº 5. 296, de 2 de dezembro de 2004. Diário Ofi cial da União, Brasília, 3 dez. 2004. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/ d5296.htm> Acesso em: 5 abr 2018. FREIRE, P. Extensão ou comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. ______. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2005. MARTI N, George R. R. A guerra dos tronos: crônicas de gelo e fogo. Rio de Janeiro: Leya, 2015. PASSERINO, L. M.; MONTARDO, S. P. Inclusão social via acessibilidade digital: proposta de inclusão digital para pessoas com necessidades especiais. E-Compós, Brasília, v. 8, 18 p., 2007. Disponível em: < http://www.e-compos.org. br/e-compos/article/view/144/145> Acesso em: 25 jun. 2018. CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leitura 175 REFERÊNCIAS BELLUZZO, R. C. B. Construção de mapas: senvolvendo competências em informação e comunicação Entre Nós, 2007. BRASIL. Decreto nº 5. 296, de 2 de dezembro de 2004. 2004. Disponível em: < gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/ d5296.htm FREIRE, P. Janeiro: Paz e Terra, 1983. ______. Janeiro: Paz e terra, 2005. MARTI N, George R. R. crônicas de gelo e fogo. Rio de Janeiro: Leya, 2015. PASSERINO, L. M.; MONTARDO, S. P. Inclusão social via acessibilidade digital: proposta de inclusão digital para pessoas com necessidades especiais. Disponível em: < br/e-compos/article/view/144/145 25 jun. 2018. CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE CURSO FORMAÇÃO DE mediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leituramediadores de leitura Igor Peixoto Torres Girão (Autor) É bibliotecário, graduado em Biblioteconomia e mestre em Ciência da Informação, ambos pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É pesquisador na área de Mediação, Inclusão e Acessibilidade. Rafael Limaverde (ilustrador) É ilustrador, chargista e cartunista (premiado internacionalmente) e xilogravurista. Formado em Artes Visuais pelo Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (IFCE). Escreve e possui livros ilustrados nas principais editoras do Ceará e em editoras paulistas. RealizaçãoApoio EXPEDIENTE: FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) João Dummar Neto Presidente André Avelino de Azevedo Diretor Administrativo-Financeiro Raymundo Netto Gestor de Projetos Emanuela Fernandes Analistade Projetos Tainá Aquino Estagiária UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE Viviane Pereira Gerente Pedagógica Luciola Vitorino Analista Pedagógica CURSO FORMAÇÃO DE MEDIADORES DE LEITURA Raymundo Netto Coordenador Geral e Editorial Lidia Eugenia Cavalcante Coordenadora de Conteúdo Emanuela Fernandes Assistente Editorial Amaurício Cortez Editor de Design e Projeto Gráfico Marisa Marques de Melo Diagramadora Rafael Limaverde Ilustrador ISBN: 978-85-7529-893-0 (Coleção) ISBN: 978-85-7529-904-3 (Fascículo 11) Este fascículo é parte integrante do Programa Fortaleza Criativa, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha e a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza, sob o nº 05/2018. Todos os direitos desta edição reservados à: Fundação Demócrito Rocha Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax (85) 3255.6271 fdr.org.br fundacao@fdr.org.br
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