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Apostila de Dúvidas

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29/12/2018 Apostila de Dúvidas - Documentos Google
https://docs.google.com/document/d/1TG7ofhr1UP45qX482_hZlZZm1D_3beu2IKRiEA7PLQI/edit#heading=h.daua0oo3g29t 1/12
Dólar Futuro - Operacionais 
1. Do ponto de vista de price action, quais padrões funcionam mais no dólar futuro? 
Resposta : O que tem maior grau de confiabilidade é suporte e resistência, pois esse 
conceito independe de gráfico. Suporte é uma região a qual não há interesse 
vendedor, ou esse, se existente, é superado pelo comprador. Resistência é o oposto. 
As linhas de tendência também não deixam de ser interessante. Embora não 
possam ser encaradas como uma regra rígida e um ponto exato, são excelentes 
balizadores se há uma tendência ou não e, melhor ainda, se existe continuidade ou 
não. 
Do ponto de vista de outros padrões gráficos, como figuras de candles, fica um tanto 
quanto mais complicado, pois a confiabilidade seria maior se quem tem lote grande 
no mercado, usasse gráfico e também operasse esses padrões, o que não é uma 
realidade difundida. 
Dessa forma, vale a pena focar sobretudo em suporte, resistência, LTA, LTB e canal 
(que é o mercado trabalhando entre um suporte e uma resistência). As demais, não 
vejo como tão importantes. 
 
2. Opero mini-dólar. Assim como o recomendado no curso, opero o leilão observando o 
cheio. Entretanto, em alguns dias, o mini abre antes do cheio, o que devo fazer? Não 
operar esses dias ou continuar na operação olhando o cheio? 
Resposta: Nos últimos dias, tem sido comum o mini abrir antes do cheio. O leilão 
abre apenas quando o ritmo de adição de ordens diminui drasticamente. Alguns dias 
no cheio, o interesse é enorme, retardando a abertura. De toda forma, é possível sim 
operar no mini, atentando-se a alguns aspectos: 
- Atuar a favor do desbalanço do cheio; 
- Observar o preço atual do mini e o preço atual teórico do cheio; 
- Se o mini estiver mais caro que o cheio, você deve estar vendido (caso contrário, 
zere). Se o mini estiver mais barato que o cheio, você deve estar comprado (caso 
contrário, zere); 
- Observar se há desbalanço no mini também e se ele fomenta o que se vê no cheio; 
- Em alguns momentos, você pode estar vendido no mini aberto enquanto o cheio 
ainda está fechado, mas com desbalanço de venda. Pode ser que você observe que, 
por conta do desbalanço, o preço teórico de abertura do cheio fique cada vez mais 
para baixo (escorregando o preço) e isso possivelmente repercutirá no mini, valendo 
a pena continuar vendido. 
- Observe que se você vender por conta de desbalanço do cheio, o mini abrir e o 
cheio não, você só deve permanecer vendido enquanto o desbalanço persistir. Caso 
ele se desfaça, saia da operação. 
Acima são algumas dicas que podem ser úteis a você. 
 
 
 
29/12/2018 Apostila de Dúvidas - Documentos Google
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3. Quais são os principais pontos importantes? O que você recomenda em relação a 
eles? 
Resposta: Recomendo que o iniciante abra operações sobretudo nas proximidades 
desses pontos, pois o fluxo é mais claro e, portanto, mais fácil de operar. Dificilmente 
alguém que está começando com fluxo terá resultados positivos se ficar girando no 
mercado sem referência. Os principais pontos são: 
- VWAP (Mensal, Semanal e Diário) 
- Ajuste 
- Máxima e Mínima 
- Região de maior volume do pregão anterior 
- Pontos redondos 
- Fechamento do pregão anterior 
- Suportes e resistências notórios 
- Pontos de grande volume (maior volume do dia, zonas de intensa absorção) 
 
4. Quando o book de ofertas estiver com níveis de contratos inferiores a 100, quais os 
tamanhos das agressões que são consideradas grandes? 
Resposta: O conceito de agressão grande é sempre relativizado de acordo com a 
profundidade do book de ofertas, conforme você perguntou. Se há mais ofertas no 
book, consequentemente, precisa-se de agressões maiores para que o mercado 
ande. 
Em um mercado no qual você bate o olho no book de ofertas e vê que quase todos 
os níveis de preço possuem apenas 100 contratos cada, agressões acima de 30 
contratos, sobretudo se persistentes, são notórias. 
Eu não gosto de regras fixas, pois o mercado sempre muda, mas um valor de 
referência é mais ou menos 25% da quantidade de contratos média em cada nível 
de preço. 
Portanto, se você tem um book com uma média de 200 ofertas em cada nível de 
preço, agressões recorrentes acima de 50 são mais notórias. 
 
5. Em relação ao volume profile, as marcações de regiões de briga devem ser feitas 
apenas analisando o pregão anterior ou podem ser utilizados outros dias também? 
Resposta: Sim, prioritariamente marco apenas as regiões de maior volume do 
pregão anterior. Se você marcar de muitos outros pregões, ficará com o gráfico 
extremamente poluído, cheio de linhas e ainda cairá no paradoxo do grafista que 
tem “pontos importantes” em todos os lugares do gráfico. As VWAPs semanais e 
mensais já fazem bem esse papel de compilar os dados de volume de outros 
pregões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Como saber o momento certo de entrar em uma inversão de fluxo? No caso, quando 
o mercado para de agredir em um sentido (dando a entender que é exaustão) e 
começa a agredir no sentido contrário? 
Resposta: Primeiramente, o momento certo não existe. Mercado é discricionário, 
fluxo de ordens também. Entendo perfeitamente que sempre estejamos buscando 
forte objetividade, algo que seja perfeito a ponto de ser altamente replicável, 
entretanto, no mercado, e arrisco a dizer que na vida, isso não existe. Não são 
poucas as pessoas que gastam muito tempo e dinheiro na busca do setup perfeito a 
fim de conter esse anseio. 
Indo ao que interessa em relação à pergunta: inversão de fluxo é um operacional 
que tem a seguinte característica: 
Mercado estava em um movimento de alta, por exemplo, com agressões recorrentes 
na compra, preço piorado na compra e players largando saldo na compra. Chega em 
um determinado nível de preço em que você sente que o tamanho das agressões 
está diminuindo, bem como a recorrência e o preço piorado. Você fica alerta para 
uma eventual inversão de fluxo caso surja fluxo vendedor. 
Entretanto, o cenário nem sempre é tão perfeito… Às vezes quando surge o fluxo 
vendedor, o mercado já andou muitos pontos para baixo e não vale mais a pena 
entrar. Assim, tem algumas coisas que podem ajudar: 
Mercado subindo em direção a um ponto importante, por exemplo. Nesse ponto, há 
forte profundidade na venda e você nota uma diminuição do ritmo de compra 
(exaustão de fluxo). Por conta da exaustão, ponto importante e profundidade na 
venda, vale a pena uma venda. Pense comigo: Se eu estou vendo uma exaustão de 
compra na proximidade de um ponto importante, a probabilidade de um rompimento 
é baixa, certo? Ao menos que entre algum player sozinho tentando forçar um 
rompimento, mas, ainda assim, terei profundidade para absorver, pelo menosparcialmente, o impacto dessas agressões. 
Há ainda outro cenários: 
Suponha que o mercado estava em uma determinada região sem muita dominância 
nem de compra, nem de venda. Entretanto, surge um player que, sozinho, agride 
800 contratos na compra. Com o book vazio, o mercado sobe 4 ou 5 pontos… A 
grande tendência é que se esse player não atuar novamente com recorrência, o 
mercado inverta. Você deve ficar ligado. 
Resumo da ópera: 
Idealmente, você deveria entrar quando parecesse de boletar em um sentido (de 
forma grande e persistente) e começassem no outro (também de forma grande e 
persistente). Nem sempre isso será fácil, daí a ideia de também trabalhar os pontos 
importantes e a profundidade no book. 
 
7. Em um ponto importante, o que ajuda a ter uma leitura de rompimento ou 
inversão? 
Resposta : Vamos supor que o ajuste está no 3.775,00 e o mercado chegou (vindo 
de baixo) no ponto, o que fala a favor de um rompimento? 
- Preço piorado na compra 
- Largada de saldo na compra 
- Profundidade do book na compra 
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- Absorção de venda 
- Rápido consumo de lotes grandes que surjam na venda 
- Pouca profundidade na venda, ou se houver, que o mercado vá para cima e 
faça uma agressão logo na compra, demonstrando que tem urgência e que 
se aproveita da liquidez na compra 
- A forma como o mercado chegou até o ponto: Com lotes grandes e 
recorrência (cenário mais propício a rompimento) ou manipulado por um 
único player deu duas ou três grandes boletadas (cenário mais propício a 
inversão)? 
E o que fala a favor de uma inversão? 
- Profundidade na venda e desinteresse comprador pelos lotes 
- Exaustão de compra 
- Mercado que foi até o ponto de forma “forçada” como explicado no último 
item do tópico de rompimento 
- Parceria na venda 
- Absorção de compra e consequente exaustão de compra, mostrando que os 
vendedores são mais fortes 
- Constantes renovadas de fila na venda 
- Lote escondido na venda 
- Preço piorado na venda 
- Largada de saldo na venda 
 
 
8. É recomendável fazer trades de escora? 
Resposta : Tenho visto que muitos alunos buscam realizar trade de escora no dia a 
dia, talvez por conta da simplicidade desse operacional. Basta, em tese, observar o 
book de ofertas, posicionar-se sobre ele e usá-lo como defesa. Entretanto, a 
realidade não é bem por aí... 
Entendo que o tempo inteiro estejamos buscando padronizações e formulações, e o 
operacional de escora se encaixa nisso, a questão é que seria trivial demais e 
altamente replicável. Se algo altamente replicável e simples funcionasse no 
mercado, todos seriam ganhadores. 
A aula de escora está ali mais para você entender que em alguns momentos, 
grandes lotes no book podem ter papel determinante na direcionalidade do mercado. 
No entanto, o que noto, ao ver vídeos e planilhas, é que muitos de vocês veem um 
lote grande e tchablau, entram! Esquecem-se do contexto, que é o mais importante. 
Em um mercado altamente comprador, com parceria, preço piorado, boletas grandes 
e recorrentes na compra, um grande lote na venda pode até ser bem vindo (afinal, ali 
os compradores encontram liquidez em um único nível de preço). É óbvio que, nesse 
contexto, o lote da venda será consumido brutalmente, valendo a pena até observar 
se não ocorrerá um rompimento, sobretudo se colocarem um grande lote na compra 
no nível de preço que tinha lote grande na venda. 
Agora se você nota que o mercado está indo a uma região com dois ou três níveis 
de preço carregados na venda e ao se aproximar diminuir o ritmo de compra, pode 
ser interessante uma venda. Veja que não é nem um nível de preço específico 
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apenas, mas sim um contexto de um book naquela região mais vendedor que 
comprador. 
Outra coisa... blefes... são extremamente comuns. 
Supõe que sou um grande player que preciso comprar, mas não quero comprar em 
diferentes níveis de preço. Posso, por exemplo, pendurar vendas a fim de atrair 
outros vendedores e comprar deles. Entretanto, minhas ofertas de venda não são 
fatídicas e não quero executá-las... Quando o mercado chegar perto do nível de 
preço em que coloquei minha oferta fake de venda, o que farei? Tirarei o lote ou 
mudarei ele para um nível de preço mais afastado do atual (observe esse 
comportamento). 
Mercado não é trivial só porque você quer que seja, lembrem-se sempre disso. 
 
9. Em relação ao saldo de agressão: 
Considerando a seguinte situação hipotética: Digamos que em um determinado nível 
de preço houve uma absorção de venda, fazendo com que o saldo ficasse negativo. 
Após a absorção de venda, o mercado sobe aproximadamente 15 pontos, tem 
exaustão de fluxo e inversão na venda. Tudo isso em um período de 15 minutos. 
A. Aquela região que antes absorveu venda pode atuar como um suporte, levando 
em consideração o saldo de agressão (não havia outros importantes na 
proximidade)? 
Resposta : Sim, pois ali houve absorção de venda e também uma inversão de fluxo. 
Regiões as quais ocorrem grandes inversões tendem a funcionar como 
suporte/resistência. Além disso, quanto mais negativo o saldo na venda, significa 
que mais vendas foram absorvidas (nesse caso, como o mercado acabou invertendo 
para cima depois, demonstra forte interesse/defesa compradora). Evidentemente, o 
que confirmará se a região será suporte ou não será o fluxo. Para confirmar suporte, 
você deve notar cenário de exaustão ou absorção de venda, com progressivo 
aumento de compra. 
B. Caso o mercado volte e ocorra um rompimento da região de absorção de venda 
e, após isso, continue caindo, eventualmente quando voltar a essa região ela poderá 
atuar agora como uma resistência? Já que o saldo é negativo, mostrando que houve 
ali grande quantidade de venda. 
Resposta : Você pode considerar como uma resistência mais pelo fato dali ter 
acontecido uma grande inversão, entretanto, uma resistência fraca. Na ordem dos 
acontecimentos: absorveu muita venda, ocorreu exaustão de venda, mercado 
inverteu 15 pontos para cima. Provavelmente, quem tinha posição na venda stopou. 
Quando o mercado volta, rompe para baixo, sem defesa de compra ou briga de 
venda, significa que aquela região já não tem mais grande importância. 
Dólar Futuro - Teoria 
1. No caso em dias de PTAX Oficial, isto é, vencimento do contrato, quais são os meus 
pontos de referência? Devo marcar e observar os pontos do contrato anterior que 
era operado na véspera ou, além de marcar, devo adicionar o juros do período? 
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Resposta: O melhor nesses casos é não adicionar nenhum ponto. Os dias de PTAX 
oficial costumam ter grande volatilidade e respeitar muito pouco os pontos prévios, já 
que há um interesse maior em defenderas janelas e rolar contrato. Recomendo 
notar apenas resistências e suportes muito importantes, como os pontos redondos 
(atualmente R$ 3,70 e R$ 3,80). Eu, francamente, não sou fã de dia de PTAX oficial. 
É um dia pouco direcional, muito imprevisível. Conheço traders profissionais que não 
operam o dia pelo aumento da imprevisibilidade. 
 
2. Quais são os contratos de dólar vigente em cada mês? 
Resposta: Para nós que fazemos daytrade no dólar futuro, devemos operar sempre 
o contrato mais negociado, que é aquele que vence no primeiro dia do mês 
subsequente ao atual. 
Lembrar que quando falamos de dólar ou mini-dólar, o código do ativo é o seguinte: 
 
Para dólar cheio: DOLX18 
● DOL = Sigla para dólar 
● X = Mês de vencimento do contrato (nesse caso, novembro) 
● 18 = Dois últimos números do ano, em 2019, por exemplo, será 19 
Para dólar mini: WDOX18 
● WDO = Sigla para mini dólar 
● X = Mês de vencimento do contrato (nesse caso, novembro) 
● 18 = Dois últimos números do ano, em 2019, por exemplo, será 19 
 
Sobre as letras de cada contrato, elas seguem a seguinte tabela: 
 
Código Vencimento 
F Janeiro 
G Fevereiro 
H Março 
J Abril 
K Maio 
M Junho 
N Julho 
Q Agosto 
U Setembro 
V Outubro 
X Novembro 
Z Dezembro 
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Entretanto, tome cuidado! 
Negociamos sempre o contrato que vence no primeiro dia útil do mês subsequente, 
lembra? Logo, em setembro, por exemplo, operamos a letra V (que vencerá no 
primeiro pregão de outubro). Essa letra será operada até o penúltimo pregão de 
setembro, sendo que no último pregão, já se deve operar a próxima letra (no caso, 
X), pois passará a ser o contrato mais negociado. 
Portanto, para nós, do ponto de vista prático, um contrato de dólar tem vigência 
desde o último pregão de um mês até o penúltimo pregão do mês subsequente. 
Em novembro de 2018, por exemplo… No último pregão de outubro, você opera o 
DOLZ18. E operará esse contrato até o penúltimo pregão de novembro. Sendo que 
no último pregão de novembro de 2018, se operará o DOLF19. 
 
3. Na data do vencimento do contrato de SWAP Cambial, há alguma interferência na 
bolsa? Por exemplo: O dealer ficou vendido em dólar futuro, no vencimento, ele 
deveria zerar essa posição, isto é, comprar, certo? 
Resposta: A fim de evitar que entre um fluxo de compra agressivo no mercado por 
conta da zeragem de um hedge de SWAP Cambial, o BC comumente coloca o 
vencimento de SWAP próximo à data de vencimento do contrato de dólar futuro. 
Assim, o dealer não precisará, no vencimento, fazer uma compra para encerrar a 
posição, basta ele segurar a posição até o término do contrato, onde será liquidado. 
O que comumente acontece é a rolagem dos contratos de SWAP, isto é, o BC adia o 
vencimento. Nesses casos, o dealer precisa fazer uma operação estruturada na data 
de rolagem do contrato de dólar futuro, zerando a posição no antigo contrato e 
remontando no novo. 
Essa pressão de venda no contrato novo por rolagem de SWAP Cambial acaba 
equilibrando a rolagem das posições de compra do contrato antigo e equilibrando o 
mercado. 
Dinâmica de Mercado 
1. Há alguma correlação entre índice e dólar? 
Resposta: Não há uma correlação direta entre os dois ativos. Direta no sentido de, 
por exemplo, uma operação estruturada de arbitragem de comprar um e vender o 
outro. Entretanto, ambos têm alguns elementos incomum, como, por exemplo, o 
risco intrínseco de operações no Brasil. 
Em um eventual cenário de deterioração fiscal, por exemplo, o que você espera? 
Saída de capital estrangeiro da bolsa e do país, desvalorização das ações e 
consequente queda do Ibov. A própria saída de capital estrangeiro pressiona o dólar 
para acima, pois aumenta a demanda pela moeda. Nesse caso, índice desce, dólar 
sobe. 
Imagine o contrário: uma situação boa para o país, como o aumento da nota por 
uma agência de crédito/rating. É de se esperar uma valorização cambial não só por 
fins de especulação, mas também porque o país se torna mais atrativo para 
investimentos, portanto, mais entrada de capital estrangeiro (aumenta a oferta de 
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dólar => valorização do real). Esse capital tende também a se alocar em bolsa, logo, 
índice sobe. Nesse cenário, índice subiu, dólar caiu. 
De modo geral, portanto, observe que dólar e índice têm uma forte correlação pelos 
fatores macro-econômico. 
Entretanto, é plenamente possível que em algum cenário dólar e índice trabalhem 
em alta, por exemplo. Imagine um dia com dois acontecimentos: a) balanço 
extremamente positivo de empresas brasileiras; e b) presidente do FED, nos 
Estados Unidos, dizendo que aumentará taxa de juros acima do esperado. 
O evento A pode repercutir nos papéis à vista com forte alta, consequentemente 
repassando para o índice. 
Por outro lado, o evento B tende a pressionar o dólar para cima contra todas as 
moedas, já que os treasuries estadunidenses são os títulos mais seguros do mundo. 
Nesse cenário, a despeito do otimismo com os balanços, é provável que o dólar 
trabalhe em alta. 
Não é uma relação 100%, mas, claro, muitas vezes ambos adotam sentidos opostos. 
Sugestão: Se você opera dólar, coloque, na grade de cotações, o índice futuro e 
atente-se à variação. Use como um termômetro de mercado e não como um 
operacional. 
 
2. Como calcular balanço e frequência de mercado? 
Resposta: O balanço e frequência de mercado é calculado mês a mês, isto é, toda 
vez que o mês vira. Em contratos que não vencem mensalmente, você pode calcular 
a frequência de acordo com os vencimentos do contrato. Por exemplo, o índice 
vence a cada dois meses, você pode, portanto, calcular a frequência a cada dois 
meses. Minha sugestão pessoal é que você calcule mensalmente. Um período 
menor que um mês pode fazer com que seu cálculo fique muito suscetível a um dia 
que o mercado oscilou fora do normal (outlier), já períodos maiores que um mês 
podem fazer com que a leitura fique muito grotesca e os pontos distantes do valor 
médio. 
Para calcular a frequência é bem simples, pois utilizamos o cálculo de média e 
depois porcentagem. Veja os passos abaixo: 
- Ao virar o mês, observe os pregões do mês anterior 
- Anote a oscilação entre máxima e mínima de todos os pregões do mês 
anterior (em um dado dia: máxima 70, mínima 30 => a oscilação é, portanto, 
40 pontos, faça isso com todos os dias do mês) 
- Some todos os valores de oscilação obtido e divida pela quantidade de 
pregões do mês (normalmente de 20 a 22) 
- Agora você tem em mãos o valor médio de oscilação entre máxima e mínima 
- 10% desse valor médio de oscilação entre máxima e mínima denomina-se 
frequência de mercado. Esse dado pode servir para ajustar seu gráfico P, por 
exemplo. Se a média deu, por exemplo, 40 pontos, 10% equivale a 4 pontos 
(isto é, 8 ticks). Nesse cenário, o gráfico P recomendávelé o 8P. Eu, 
particularmente, não gosto muito de alterar mês a mês a configuração do 
gráfico P, pois acredito que perco um pouco de sensibilidade de mercado 
quando mudo o período gráfico. 
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- 5% do valor médio de oscilação ou metade do valor de frequência de 
mercado é o que denominamos balanço de mercado. Balanço é quanto 
naturalmente o mercado oscila para cima ou para baixo em torno de um 
ponto qualquer. No nosso exemplo, o balanço é de 2 pontos. O balanço é um 
ótimo balizador para stop. 
Agilidade Operacional e Montagem de Tela 
1. Há alguma configuração que facilite a visualização do Times & Trades e book de 
ofertas no dólar? 
Resposta: As principais recomendações são: 
- Focar sobretudo no Times & Trades agrupados; 
- Filtrar para acima de 2 lotes (isto é, agressões maiores ou igual a 10 contratos); 
- No book de ofertas aberto, pode filtrar para acima de 4 lotes (isto é, ofertas maiores 
ou iguais a 20 contratos). 
Esses filtros deixarão o fluxo mais limpo. 
Ademais, é o tempo de tela e a prática. 
 
3. Há alguma configuração que facilite a visualização do Times & Trades e book de 
ofertas no índice? 
Resposta: Sim, há uma configuração que facilita a visualização do contexto no 
mercado. 
Como se sabe, quando operamos índice, precisamos ficar mais atento tanto aos 
dados do mini quanto do cheio, dessa forma, abaixo, faremos um overview pelas 
principais ferramentas e seus respectivos filtros que tornam a leitura menos poluída: 
● Cheio 
○ Times & Trades 
■ Aba negócios agrupados (tryd) ou ordem original (profit) 
■ Filtrar agressões maiores ou igual a 2 lotes (10 contratos) 
○ Book de ofertas aberto 
■ Filtrar ofertas maiores ou igual a 2 lotes (10 contratos) 
● Mini 
○ Times & Trades 
■ Aba negócios agrupados (tryd) ou ordem original (profit) 
■ Filtrar agressões maiores ou igual a 50 mini-contratos 
○ Book de ofertas aberto 
■ Filtrar ofertas maiores ou igual a 2 lotes (10 contratos) 
 
Ansiedade e Comportamento 
1. 1.Meu maior problema atualmente é a ansiedade. Além do TET (Tempo entre trades) 
de 5 minutos, o que você recomenda? 
Resposta : A ansiedade é um dos grandes problemas não só dos traders, mas de 
quase toda população mundial. O tempo entre trades de 5 minutos é essencial, pois 
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lhe dá uma pausa para respirar, repensar e focar, alinhando-se para novas 
oportunidades. 
Por definição e simplificação, a ansiedade seria um forte anseio sobre o futuro. Evite 
entrar no mercado já pensando em meta ou loss. Mantenha os pés nos chãos. 
Crie um roteiro operacional, cheque algumas variáveis antes de entrar, como 
profundidade, proximidade de ponto importante e se não há notícias no horário: 
ajudará a evitar os trades por pura ansiedade. 
Pratique a técnica da visualização. Se a ansiedade é provocada pela expectativa 
criada no futuro, a visualização ajuda a tornar o dia a dia como trader algo mais 
frequente e cotidiano, ajudando também a eliminar a carga de ansiedade. 
Por fim, práticas alternativas como meditação, esportes e uma boa noite de sono 
ajudam muito. 
Quando o dia amanhecer, pegue uma folha e liste todas as suas atividades do dia. 
Evite operar quando essa lista estiver muito cheia ou ainda atividades tiverem que 
ser feitas simultaneamente ao mercado. 
Por fim, acho sempre válido antes do mercado abrir fazer um checklist mental 
consigo mesmo, refletindo sobre sua condição mental e psicológico: estou com 
sono? estou preocupado? 
Gerenciamento de Risco & Custos Operacionais 
1. Quando eu estiver na conta real, você recomenda que qual porcentagem seja 
destinado a orçamento pessoal, como uma espécie de salário? 
Resposta : Enquanto você estiver na conta real construindo caixa para chegar ao 
contrato cheio, não recomendo fazer retiradas de valores. Exceto por alguma 
pontualidade ou outra a fim de se premiar por ter respeitado o plano, batido meta e 
etc (reforço positivo). 
Um bom caixa é extremamente importante para operar com maior tranquilidade. 
Assim, deve, com toda certeza, ser prioridade do trader. 
Após chegar ao contrato cheio, aí sim você pode começar em viver desses 
rendimentos. 
Se na fase de aprendizado e aumento de contratos você começar a retirar dinheiro 
do mercado para pagar contas, por exemplo, criará uma grande pressão e não verá 
mais os stops de forma natural, podendo prejudicar o aprendizado. 
 
2. Não estou sabendo alongar os trades de forma correta. Muitas vezes, coloco o stop 
no breakeven (ponto entrada) quando o mercado anda dois pontos a favor, mas 
frequentemente depois disso o mercado vai até o ponto, aciona o stop e volta a 
andar a favor. O que você sugere? 
Resposta : Primeiro, quero começar desmistificando um mito muito comum por aí! 
Costuma-se dizer que você deve sempre buscar fazer operações em que seu ganho 
seja 3 para 1 (isto é, seu ganho deve ser 3x maior que o stop planejado). É uma 
falácia, pois se esquece de um elemento muito importante: a taxa de acerto. Se você 
tem uma taxa de acerto de 90%, por exemplo, pode tranquilamente ter uma relação 
risco/ganho de 1:1, ou, dependendo, até menor. Vamos supor que você faça 10 
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operações e sua taxa de acerto seja 90%. Em 9, você pegou 1.5 pontos. Na que 
você stopou, perdeu 3 pontos. Apesar disso, o seu saldo é de 10,5 pontos. 
Note como um gerenciamento 1:2 com uma boa taxa de acerto funciona. 
Estou falando desse ponto porque ele é importante para responder a pergunta. Noto 
que muitas vezes vocês não se contentam com poucos pontos, querem buscar mais, 
querem alongar e acabam minando a taxa de acerto por isso. Trades que poderiam 
dar 1,5 a 2 pontos tranquilamente, acabam sendo stopados porque simplesmente 
não quis aceitar o que o mercado, naquele momento, deu. 
Essa questão é extremamente importante. Notar que 4 trades de 1.5 pontos já é 
uma meta! 
Minha recomendação, a priori, é: No início, você vai ter dificuldades para alongar, 
pois com um único contrato tudo é mais complicado. Conforme você tem mais 
contratos, vai saindo com a maior parte quando o mercado “trava” e o resto, 
conforme o mercado dá pequenos sinais, aposta no benefício da dúvida e tenta 
alongar. Com o tempo, esse feeling fica mais purado em perceber sinais que falam a 
favor de alongar e quase todas às vezes que você tentar segurar um pouco, terá 
sucesso. 
Nesse início, entrou na operação, andou 1,5 pontos a favor e travou? Saia com 
esses pontos. Lembre que mais três operações assim, é meta batida. 
Convenhamos, é muito mais fácil acertar um trade de 1.5 pontos do que um trade de 
10 pontos, não? Sobretudo operando fluxo. 
Quando for olhar seus resultados, questione-se da seguinte maneira: Se eu tivesse 
aceitado os pontos todavez que mercado andou 1.5 ou 2 pontos a meu favor e 
travou, eu teria ficado positivo ou negativo? Provavelmente, positivo. 
Entretanto, via de regra, os pontos mais fáceis para alongar são os pontos 
importantes, rompimento ou inversão principalmente em: VWAPs e ajuste. 
 
3. No dólar, quando abrimos uma operação na conta real, quais são os custos? 
Resposta : Os custos são, em média, 1 real por contrato, explicando melhor: 
Custos B3 (Emolumentos + Registros): É a remuneração da bolsa de valores por 
você utilizar a estrutura de negociação dela. O valor é variável de acordo com o nível 
de preço que você abre e fecha a operação. Entretanto, essa variação é pequena e 
o valor médio dos custos B3 é de 0,80 centavos por contrato operado. 
Taxa de corretagem: Dependerá da sua corretora e a taxa acordada em seu plano. 
Entretanto, não aceite pagar, de forma alguma, mais que 20 centavos de 
corretagem. Lembrar que a taxa de corretagem é cobrada por ordem executada. Um 
contrato são duas operações, uma de abertura (ex: compra) e outra de fechamento 
(ex: venda). Assim, com uma corretagem de 0,15 centavos, seus custos seriam de 
0,30 centavos. 
ISS (Imposto sobre serviços): É calculado sobre o valor da corretagem. Algumas 
corretoras não cobram ISS, outras cobram. Se a taxa de corretagem for zero, 
certamente não haverá cobrança de taxa de ISS. Entretanto, se cobrado, o valor é 
baixo, no máximo 0,05 centavos. 
Resumo: 
Custos Operacionais = Custos B3 + (Taxa de Corretagem x 2) + ISS 
Custos Operacionais = 0,80 + 0,30 + 0,05 = R$ 1,15 (aproximadamente). 
29/12/2018 Apostila de Dúvidas - Documentos Google
https://docs.google.com/document/d/1TG7ofhr1UP45qX482_hZlZZm1D_3beu2IKRiEA7PLQI/edit#heading=h.daua0oo3g29t 12/12
PS: Mesmo que você feche a operação no zero a zero (isto é, sem ganhos ou 
perdas) o valor será cobrado. 
Lembrar que, além disso, 1% do lucro líquido (após descontar essas taxas), se 
houver, será retido como forma de imposto de renda retido na fonte (IRRF). 
Sendo obrigatório, caso você esteja positivo no daytrade, o recolhimento mensal de 
DARF de 19% sobre o valor líquido de ganho. Explico melhor essa questão em 
vídeo, clique aqui para assistir .

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