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Por Antônio Paulino da Costa Netto INTRODUÇÃO Produção de Energia Função Compostos Intermediários Anaerobiose C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O Mitocôndria 6CO2 + 12 H2O Glicólise Partes Constituintes Ciclo de Kreb´s Cadeia de Transporte de Elétrons (CTE) No citosol e nos plastídeos, existe uma outra maneira de se oxidar a glicose a RPF. • Os substratos respiratórios podem ser carboidratos, lipídeos, ác. orgânicos e ocasionalmente proteínas. • A glicose é quantitativamente, o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos. AmidoAmido • Pode ser obtida Sacarose • A sacarose glicose + frutose • O amido αααα amilases glicose • Lipídeos lipases ββββ oxidação e glioxilato Aceti – CoA ATP • Proteínas peptidases AA GLICÓLISE • A glicólise pode ser dividida em 4 etapas: I) Dupla fosforilação da glicose (2 ATP), originando outra hexose com dois grupos fosfato. II) Clivagem dessa hexose, produzindo duas trioses fosforiladas interconvertíveis.trioses fosforiladas interconvertíveis. III) Oxidação e nova fosforilação das trioses fosfato, formando duas moléculas de um intermediário com dois grupos fosfato. IV) Transferência dos grupos fosfato deste intermediário para ADP, formando 4 ATP e 2 piruvato. C6 C6 C C 2 ATP 2 ADP P P I II C3 C3 C3 C3 P P P P 2 Pi 2 (H + e) 4 ADP 4 ATP III IV • Estas quatro etapas constam de 10 reações seqüênciais que compõe a glicólise. • Etapa I – a primeira reação da glicose é a conversão de glicose a glicose – 6 P. Essa reação é catalisada pela enzimaEssa reação é catalisada pela enzima hexoquinase é irreversível e consome ATP. A glicose 6 – P é incapaz de atravessar a mambrana plasmática, o que garante a sua permanência dentro das células. • Segue – se a isomerização da glicose 6 – P a frutose 6 – P, por ação de uma isomerase a fosfoglicoisomerase. • Uma nova fosforilação, utilizando ATP e também irreversível, é catalisada pela enzimatambém irreversível, é catalisada pela enzima fosfofrutoquinase. • Essa etapa termina com a produção de uma hexose com dois grupos fosfato: a frutose 1,6-bisfosfato. • Etapa II – a frutose 1,6-bisfosfato é clivada em diidroxiacetona fosfato e gliceraldeído 3- P, por ação da aldolase. • Essas duas trioses fosforiladas são isômeras e são interconvertidas, pela catálise da enzima triose-fosfato-isomerase.catálise da enzima triose-fosfato-isomerase. • A conversão de diidroxiacetona fosfato em gliceraldeído 3-P, possibilita então, a formação de 2 moléculas de gliceraldeído 3- P – a partir de uma glicose. • A partir dessa reação, a via terá todos os seus intermediários duplicados. • Etapa III – as duas moléculas de gliceraldeído 3-P obtidas por fosforilação – são novamente fosforiladas por Pi. • Essa complexa reação é catalisada pela enzima gliceraldeído 3-P desidrogenase. • Dessa maneira são produzidas 2 moléculas de 1,3 Bisfosfoglicerato. • Etapa IV – compreende dois eventos de formação de ATP. • No primeiro, na reação catalizada pela fosfogliceratoquinase, o grupo fosfato da ligação do 1,3-bisfosfoglicerato é suficiente- mente rico em energia para poder gerar ATP.mente rico em energia para poder gerar ATP. • No segundo, a síntese de ATP depende da conversão de uma ligação éster fosfato em uma ligação fosfoenol, rica em energia. • Esta conversão é catalisada pela enzima fosfoglicerato mutase, que desloca o grupo éster fosfato do gliceraldeído 3-P, do carbono 3 para o carbono 2. • Em seguida, a enolase promove a desidratação do 2-fosfoglicerato, originandodesidratação do 2-fosfoglicerato, originando o fosfoenolpiruvato. • A formação deste composto rico em energia possibilita a síntese de ATP na reação subseqüente, irreversível, catalisada pela piruvato quinase. v i a G l i c o l í t i c a Hexoquinase Fosfoexoisomerase Fosfofrutoquinase Aldolase Triose fosfato isomerase Glicceraldeído 3 P desidrogenaseGlicceraldeído 3 P v i a G l i c o l í t i c a Glicceraldeído 3 P desidrogenase Fosfo Glicerato Cinase Fosfo Glicerato Cinase Fosfo Glicerato Mutase Fosfo Glicerato Mutase Piruvato CinasePiruvato Cinase Anoxia e Hipoxia PDC ADHLDH MITOCÔNDRIA MITOCÔNDRIA CONVERSÃO DE PIRUVATO A ACETIL-CoA • O primeiro passo para a oxidação total do piruvato é a sua conversão a acetil-CoA. • Nas células eucarióticas o piruvato é transportada transportado do citossol para atransportada transportado do citossol para a mitocôndria (permease específica). • Na mitocôndria ele é transformado em acetil- CoA, conectando a glicólise com o ciclo de Krebs. • O piruvato origina acetil-CoA, por descarboxilação oxidativa (irreversível). • A coezima A então produzida, possui função de transportar grupos acila, os quais se encontram ligados por tioéster que é rico em energia.energia. • A reação de formação de acetil-CoA a partir de piruvato ocorre em etapas seqüênciais, catalizadas por um sistema multienzimático, chamado complexo piruvato desidrogenase. PIRUVATO ACETIL - CoA COMPLEXO PIRUVATO DESIDROGENASE (E1 + E2 + E3) Micrografia eletrônica de complexos de piruvato desidrogenase Citrato Isocitrato Malato Oxaloacetato Piruvato NADH2 CO2 C I C L O D E K R E B S piruvato desidrogenase citrato sintase aconitase isocitrato fumarease malato desidrog. Enz. Málica NAD Succinato αααα Cetoglutarato Succinil CoA Fumarato C I C L O D E K R E B S isocitrato desidrog. αααα-cetoglutarato desidrogenase succinil-CoA sintetase succinato Desidrog. fumarease ATP ADP • A maioria das reações do ciclo de Krebs é reversível, mas o sentido do ciclo é determinado pela irreversibilidade das reações catalisadas, pela citrato sintase e αααα- cetoglutarao desidrogenase. • Em células animais o cilo de Krebs produz• Em células animais o cilo de Krebs produz apenas GTP; em células vegetais ocorre a formação de ATP. • Os NADH e FADH2 produzidos no ciclo de krebs seguem para a cadeia de transporte de elétrons. CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA • A oxidação das coenzimas reduzidas produzidas pelo ciclo de Krebs acontece na CTE, que as retorna na forma oxidada. • A partir dessa re-oxidação, a energia nelas conservada pode ser empregada pela células para sintetizar ATP. • Células aeróbias, produzem a maior parte do seu ATP por oxidação das coenzimas pelo O2 – através da CTE. • Esta síntese consiste na fosforilação do ADP (ADP + Pi ATP). • E, por se utilizar a energia derivada da oxidação das coenzimas, é então denominada FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA. • A estratégia usada pelas células consiste em transformar a energia contida nas coenzimas reduzidas em um gradiente de prótons, utilizando esse gradiente para a síntese de ATP. CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS • A maioria dos componentes que formam a CTE, se encontram agrupados em quatro complexos denominados de I, II, III, IV. • Cada complexo é constituído por diversas subunidades proteicas, associadas a grupossubunidades proteicas, associadas a grupos prostéticos diferentes: FMN, centros Fe – S, grupos heme, e íons Cu. • Sem fazer parte de comlexos aparecem ainda, dois componentes móveis da CTE: A coenzima Q (conexão dos complexos I e II) e o citocromo C (coneção dos complexos III e IV). Dois elétrons do NADH Complexo I Coenzima Q Complexo III Transferência de e- Complexo III Citocromo C Complexo IV O2 • Os elétrons do succinato temuma entrada especial na cadeia de transporte de elétrons: Complexo II Coenzima Q Complexo III Transferência de e- Complexo III Citocromo C Complexo IV O2 Esquema geral de “fosforilação oxidativa” pela cadeia repiratória (Fosforilação de ADP, oxidação de NADH e FADH2 ) ESPAÇO INTERMEMBRANAS MATRIZ Então temos por mol de Glicose e Sacarose: 8 NADH2 24 ATP 16 NADH 2 ATP 2 ATP 4 ATP 2 FADH2 4 ATP 4 FADH2 30 ATP 50 ATP Somando-se o ganho da Glicólise de 6 e 10 ATP respectiv. 36 ATP x 8 Kcal 288 Kcal / 60 ATP 480 Kcal Na Respiração Anaeróbica temos: 2 ATP x 8 Kcal 16 Kcal Podemos concluir que a respiração aeróbica possui um rendimento energético muito superior ao da respiração anaeróbica, possuindo rendimento de 42 e 2 % respectivamente. INTER – RELAÇÕES ENTRE A RESPIRAÇÃO E DEMAIS PROCESSOS CELULARES É a relação entre o CO2 liberado e o O2 consumido durante o processo respiratório. CR = CO2 (Liberado) / O2 (Consumido) COCIENTE RESPIRATÓRIO A) C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O (CR = 1) (Glicose) B) C18H36O2 + 26 O2 18 CO2 + 18 H2O (CR = 0,69) (Ácido Oleico) C) C4H4O5 + 2,5 O2 4 CO2 + 2 H2O (CR = 1,6) (A.O.A.) • Em vários tecidos vegetais, existe uma “respiração resistente aos venenos respiratórios” como o cianeto e a azida por exemplo. • Esse processo é denominado “respiração RESPIRAÇÃO ALTERNATIVA • Esse processo é denominado “respiração alternativa”, inexistente nos animais. • Os elétrons nesse caso, são canalizados para o oxigênio por intermediação da OXIDASE ALTERNATIVA – OXA. • No entanto, a OXA pode ser inibida por vários compostos, como por exemplo o Ác. Salicílico Hidroxâmico. • O fluxo de elétrons da via OXA, gera no máximo 7 ATP por hexose, ou seja, 28% do total de ATP produzidos na respiração aeróbica. • Em algumas circunstâncias a OXA pode representar 40% da respiração da planta. • A sua maior atividade está relacionada com a disponibilidade de altos teores de açúcares e sob condições de estresse. • Dessa forma a OXA serve para dissipar a energia potencial dos produtos respiratóriosenergia potencial dos produtos respiratórios reduzidos (NADH e FADH2). • Evita – se ainda a produção de radicais livres como o íon hidroxil, ânion superóxido dentre outras formas de EROS. • A atividade individual das enzimas da respiração depende de um controle macro e um fino. • O controle macro implica mudanças na concentração da enzima, através de REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO concentração da enzima, através de alterações na taxa de síntese e proteólise. • O controle fino, atua em enzimas preexistentes e consiste na modulação da atividade enzimática, ajustando – a a requerimentos metabólicos temporários. • Esse controle é exercido pelas enzimas que catalisam as reações envolvidas na conversão de hexose para hexose – P: A) Hexoquinase Glicose Glicose 6 – P. B) FosfofrutoquinaseB) Fosfofrutoquinase Frutose 6 – P Frutose 1,6 difosfato. C) Piruvato quinase Fosfoenol piruvato Piruvato. variações na concentração de substratos e co – fatores, mecanismos de pH, Modulação metabólitos reguladores,metabólitos reguladores, Ativ. Enz. associação e dissociação dos componentes das enzimas, formação de complexos de várias enzimas que atuam em seqüência. • Variações na concentração de substratos e co-fatores: A ativação inicial da piruvato quinase, está condicionada a a disponibilidade de ATP e Pi. A escassez de Pi limita a atividade da enzima, que também pode ser inibida por citrato ou Ca. A enzima pode ser estimulada por K ou Mg. • Mecanismos/variação do pH: Importante mecanismo de regulação do citosol e dos plastídeos. A atividade da fosfofrutoquinase do cloroplast. é induzida pela alcalinização do estroma após a iluminação.após a iluminação. Durante o processo de fermentação, quando ocorre a mudança da produção do lactato para etanol está relacionada com queda do pH do citossol. • Metabólitos reguladores: Este mecanismo de controle refere – se aos metabólitos que possuem efeito feedback no controle da atividade enzimática. A fosfofrutoquinase, por exemplo, é regulada pela relação PEP:Pi, onde o PEP é um forte inibidor e o Pi um forte indutor. • Associação e dissociação de subunidades e formação de complexos: Muitas enzimas reguladoras podem dissociar – se em subunidades de forma reversível. Por exemplo a fosfofrutoquinase. Outras enzimas podem formar complexos multienzimáticos, que consiste na associação de enzimas em complexos de duas ou mais. Por exemplo a piruvato desidrogenase. REGULAÇÃO DA GLICÓLISE • Disponibilidade de Substrato: Disponibilidade de CH2O oriundos principalmente da FS. • Disponibilidade de Oxigênio: Efeito Pasteur FATORES QUE AFETAM A RESPIRAÇÃO • Disponibilidade de CO2: Mais importante nas partes radiculares que na parte aérea. Pode diminuir a atividade respiratória e conseqüentemente reduzir a síntese de compostos essenciais ao crecimento vegetal.vegetal. • Luz: Pode afetar a taxa de respiração de tecidos fotossintetizantes e a fotorrespiração. • Temperatura: Afeta a atividade enzimática a difusão de gases e a integridade das membranas. • Tipo e Idade da Planta: Respiração de Crescimento Respiração de Manutenção FRUTOS CLIMATÉRICOS PUMP
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