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�PAGE � �PAGE �22� DIREITO CONSTITUCIONAL CONCEITO Segundo José Afonso da Silva, o Direito Constitucional “configura-se como Direito Público Fundamental por referir-se diretamente à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura política”. Em outras palavras, seria um ramo do Direito Público interno, que estuda a Constituição como LEI de organização do Estado, em seus aspectos FUNDAMENTAIS: Forma de Estado; Forma de Governo; Sistema de Governo; Modo de aquisição, exercício e perda do poder político; Órgãos de atuação do Estado; Principais postulados da ordem econômica e social; Limites à atuação do Estado; NATUREZA JURÍDICA Ocupa posição central de nosso ordenamento pátrio, cerne do direito público interno. Fundamenta o sistema de Hierarquia das Normas. OBJETO Constituição política do Estado, ou seja, estudo sistematizado das normas fundamentais da organização do mesmo, bem como a investigação de seus valores, eficácia, interpretação e dinâmica socio-cultural. PREÂMBULO CR/88 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e indivíduais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na Harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. CONSTITUIÇÃO CONCEITO Lei fundamental e suprema de um Estado, quem contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO Sentido sociológico Sentido político Sentido jurídico Conceito no sentido sociológico “... a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade” (Ferdinand Lassale) Conceito no sentido político “... só se refere à decisão política fundamental (estrutura e órgãos do Estado, direitos individuais, vida democrática etc.)” (Carl Schimitt) Conceito no sentido jurídico (Kelsen) Fruto da vontade racional do homem e não das lei naturais. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES Quanto à origem: Outorgada Promulgada Cesarista Pactuada Quanto à forma: Escrita ou instrumental: Conjunto de regras sistematizadas e organizadas num documento Não escrita, costumeira ou consuetudinária: Formada por vários textos esparsos reconhecidos como fundamentais; baseia-se nos usos, costumes, jurisprudência, convenções etc. Quanto à extensão: Sintética, concisa, breve, sumária ou suscinta: veicula apenas princípios fundamentais e estruturais do Estado (similar ao conceito de Constituição de Schimitt) Analítica, ampla, extensa, larga ou prolixa: trata de todos os assuntos que o Poder Constituinte entendeu como fundamental. Quanto ao conteúdo: Material: texto que contém as normas fundamentais e estruturais do Estado. Constituição de 1824. Formal: elege-se a forma como elemento de atribuição de ser ou não norma Constitucional. Constituição de 1988, exemplo art. 242, §2º da CR/88 Misto: Art. 5º, §3º, da CR/88 ( matéria (direitos humanos) + forma (aprovação por 3/5 de cada casa, em 2 turnos) = emenda constitucional Quanto ao modo de elaboração: Dogmática: elaborada de uma só vez (ex. Assembléia Constituinte). Sempre escritas; Histórica: constitui-se em um lento e contínuo processo de formação ao longo do tempo. Via de regra não escritas. Quanto à alterabilidade (mutabilidade, estabilidade ou consistência): Rígidas: exigem um processo legislativo mais solene, mais difícil, para sua alteração do que as normas não constitucionais. Constituição de 1988, 3/5 em cada casa, em 2 turnos; Flexíveis ou Plásticas: não possui um processo legislativo solene para sua alteração, pode ser alterada pelo mesmo processo de alteração das leis não constitucionais. Semi-rígidas ou semi-flexíveis: parte da Constituição é rígida e parte é flexível Constituição de 1824 (art. 178) Imutáveis: Não podem ser alteradas. CLASSIFICAÇÃO:Outros critérios: Constituição garantia: procura garantir a liberdade, limitando o poder. Constituição dirigente: apresenta um projeto de Estado (inspiração marxista). ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES A Constituição é um todo harmônico. Elementos orgânicos Elementos limitativos Elementos sócio-ideológicos Elementos de estabilização constitucional Elementos formais de aplicabilidade O PODER CONSTITUINTE CONCEITO Corresponde ao poder de elaborar uma nova Constituição, bem como de reformar a que se encontra vigente. Titularidade: Segundo Emmanuel Joseph Sieyès ( nação Segundo a doutrina moderna ( POVO ESPÉCIES Originário (inicial, inaugural, instituidor, primário ou de primeiro grau):Instaura nova ordem jurídica. Subdivisão: Histórico: o que estrutura pela primeira vez o Estado; Revolucionário: todos os posteriores, rompem com a antiga ordem e instaura novo Estado. Características: Inicial Autônomo Ilimitado juridicamente Incondicionado e soberano na tomada de suas decisões Derivado (instituído, constituído, secundário, ou de segundo grau): é criado ou instituído pelo Poder Constituinte Originário Subdivisão: Reformador (competência reformadora): modificar a constituição por procedimento específico ( emendas constitucionais; Decorrente: estruturar a Constituição do Estado-membro, decorre da auto-organização [art. 25 CR/88], do autogoverno [arts. 27, 28 e 125 CR/88] e da auto-administração [arts. 18 e 25-28]; Revisor: revisar a Constituição, é condicionado e limitado às regras instituídas [art. 3º ADCT] Características: Secundário Subordinado limitado juridicamente Condicionado na tomada de suas decisões LIMITES DO PODER CONSTITUINTE Cláusulas Pétreas Forma federativa de Estado; Voto direto, secreto, universal e periódico; Separação dos Poderes; Direitos e garantias individuais. Limitações temporais: Na Constituição Imperial havia previsão de que somente após um certo tempo estabelecido, é que ela poderia ser reformada ( no caso 4 anos). Limitações circunstanciais: Desde 1934, estabeleceu-se que não se procederá à reforma na vigência do estado de sítio; a CF vigente veda emendas na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou estado de sítio. Limatações materiais Limitações procedimentais EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS Vigência X Eficácia Constituição de 67, promulgação 24/01/67, vigência (art. 189) 15/03/67; Constituição atual: vigência = promulgação (5/10/88) Vacatio constitutionis: período compreendido entre a promulgação até a entrada em vigor. Similar ao vacatio legis. CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA E INTEGRAL São as que logo após sua promulgação podem ser aplicadas. Independem de regulamentação. Desde a promulgação produzem efeitos. NORMAS DE EFICÁCIA CONTIDA, RESTRINGIDA, APLICABILIDADE DIRETA, IMEDIATA E POSSIVELMENTE NÃO INTEGRAL Têm eficácia a partir da promulgação, no entanto esta eficácia pode ser reduzida pôr uma lei superveniente. Parte de seu texto tem eficácia plena, imediata, porém uma lei pode vir e restringir seus efeitos NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA, APLICABILIDADE INDIRETA, MEDIATA E REDUZIDA Produzem de pronto efeito negativo, porque não admite nenhuma norma contrária a ela. Depende de norma regulamentadora para produzir seus efeitos positivos, maspodem ser parâmetro para controle de constitucionalidade. Podem ser: institutivas ou organizativas:prevêem a criação de órgãos públicos programáticas ou dirigentes: as que traçam programas-ordem social e ordem econômica, vinculadas ao principio da legalidade PRINCÍPIO DA RECEPÇÃO Normas infra-constitucionais, pretéritas à constituição, que com ela não conflitem materialmente, continuarão em vigência. Recepciona as normas não incompatíveis. As demais são inconstitucionais. TEORIA DA REPRISTINAÇÃO Quando a lei revogadora é revogada, a lei original volta a ter vigência. É proibida pela nossa CF, salvo quando a lei expressamente prevê o retorno da lei. DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO Doutrina não aceita. É quando uma norma constitucional passada, que não foi expressamente prevista ou atingida pela atual, recebe força de lei ordinária. TEORIA DA REVOGAÇÃO O ordenamento constitucional anterior é totalmente revogado. É o aceito no Brasil. DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS Classificação do gênero direitos e garantias fundamentais (Título II, CR/88) direitos individuais (art. 5º); direitos coletivos (art. 5º); direitos sociais (arts. 6º e 193 e ss.); direitos à nacionalidade (art. 12); direitos políticos/partidos políticos (arts. 14 a 17) DIREITOS FUNDAMENTAIS Aqueles considerados INDISPENSÁVEIS À PESSOA HUMANA, necessários para assegurar a todos uma exixtência digna, livre e igual. Logo, têm por finalidade a defesa da dignidade humana em toda sua amplitude. EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Dentre vários critérios adotados pela doutrina, classificam-se os direitos fundamentais em GERAÇÕES DE DIREITOS, quais sejam: Direitos de Primeira Geração (direitos civis e políticos): Liberdade Direitos de Segunda Geração (direitos econômicos, sociais e culturais): igualdade Direitos de Terceira Geração (direitos de solidariedade e fraternidade): fraternidade Direitos de Quarta Geração: geração de direitos decorrentes da evolução científica e da dinâmica global (engenharia genética, direito à informação, direito à democracia e ao pluralismo) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: HISTORICIDADE UNIVERSALIDADE LIMITABILIDADE CONCORRÊNCIA IRRENUNCIABILIDADE DIFERENCIAÇÃO ENTRE DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS ANÁLISE INICIAL: Normas declaratórias: estabelecem direitos; Normas assecuratórias: garantias, que asseguram o exercício de tais direitos; CONCEITOS DIREITOS são bens e vantágens prescritos na norma constitucional. GARANTIAS são os instrumentos através dos quais se assegura o exercício dos aludidos direitos ou prontamente os repara, caso violados. Art. 5°, VI – CR/88 – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos- (direito) e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;(garantias) Art. 5°, XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;(norma declaratória) Art. 5° XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;(garantia) – direito ao juízo natural (direito) ABRANGÊNCIA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Art. 5º caput cr/88, estabelece: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes(...) de seus 77 incisos. Análise do art. 5° § 3º, CR/88 : Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (EC 45) DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS O art. 5° de nossa Constituição Federal enuncia os direitos individuais e coletivos, que passamos a examinar: DIREITO À VIDA Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: PRINCÍPIO DA IGUALDADE (isonomia) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ( ART.5°, II ) II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; PROIBIÇÃO DA TORTURA III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; LIBERDADE DA MANIFESTAÇÃO DE PENSAMENTO IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; LIBERDADE DE ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA OU DE COMUNICAÇÃO E INDENIZAÇÃO EM CASO DE DANO IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; INVIOLABILIDADE DOMICILIAR XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) Sigilo bancário Sigilo das comunicações telegráficas Sigilo de correspondência Sigilo fiscal Sigilo das comunicações telefônicas LIBERDADE DE PROFISSÃO XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; LIBERDADE DE INFORMAÇÃO XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; DIREITODE REUNIÃO XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; DIREITO DE ASSOCIAÇÃO XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; DIREITO DE PROPRIEDADE XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; DIREITO DE HERANÇA E ESTATUTO SUCESSÓRIO XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; PROPRIEDADE INTELECTUAL XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; DEFESA DO CONSUMIDOR XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; DIREITO DE PETIÇÃO E OBTENÇÃO DE CERTIDÕES XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; LIMITES À RETROATIVIDADE DA LEI XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL OU LEGAL XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; TRIBUMAL PENAL INTERNACIONAL § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) TRIBUNAL DO JURI XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; SEGURANÇA JURÍDICA EM MATÉRIA CRIMINAL XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveispor sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; DEVIDO PROCESSOLEGAL, CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; PROVAS ILÍCITAS LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL E GRATUITA LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; ERRO JUDICIÁRIO LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; GRATUIDADE DE CERTIDÕES DE NASCIMENTO E DE ÓBITO LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; GRATUIDADE NAS AÇÕES LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. CELERIDADE PROCESSUAL LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Direito de petição: Define-se como direito que pertence a uma pessoa de invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou situação, seja para denunciar uma lesão concreta, e pedir reorientação da situação, seja para solicitar uma modificação do direito em vigor do sentido mais favorável à liberdade (art. 5º, XXXIV). Direito a certidões: Está assegurado a todos, no art. 5º, XXXIV, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direito e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. Habeas corpus: É um remédio destinado a tutelar o direito de liberdade de locomoção, liberdade de ir e vir, parar e ficar; tem natureza de ação constitucional penal. (art. 5º, LXVIII) Remédios Constitucionais Mandado de segurança individual: Visa amparar direito pessoal líquido e certo; só o próprio titular desse direito tem legitimidade para impetrá-lo, que é oponível contra qualquer autoridade pública ou contra agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas, com o objetivo de corrigir ato ou omissão ilegal decorrente do abuso de poder. (art. 5º, LXIX) Mandado de injunção: Constitui um remédio ou ação constitucional posto à disposição de quem se considere titular de qualquer daqueles direitos, liberdades ou prerrogativas inviáveis por falta de norma regulamentadora exigida ou suposta pela Constituição; sua finalidade consiste em conferir imediata aplicabilidade à norma constitucional portadora daqueles direitos e prerrogativas, inerte em virtude de ausência de regulamentação (art. 5º, LXXI). Habeas data: Remédio que tem por objeto proteger a esfera íntima dos indivíduos contra usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais e ilícitos, introdução nesses registros de dados sensíveis (origem racial, opinião política. etc) e conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei (art. 5º, LXXII). Ação popular: (art. 5º, LXXIII) Qualquer cidadão é investido de legitimidade para o exercício de um poder de natureza essencialmente política, e constitui manifestação direta da soberania popular consubstanciada no art.1º, da CF; defesa do interesse da coletividade, mediante a provocação do controle jurisdicional corretivo de atos lesivos do patrimônio público, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural. Ação Civil Pública: Proteger direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos relativos ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, não pode sobre matéria tributária, cabe liminar , porém só pode ser concedida após ouvido em 72 horas, o representante judicial da Pessoa Jurídica de Direito público interessada. Legitimidade: Ministério Público, administração direta e indireta e associações com mais de 1 ano de existência. DA NACIONALIDADE, CIDADANIA, DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS X - Nacionalidade, Cidadania e Partidos Políticos Os brasileiros natos: (art. 12, I) : os nascidos no Brasil, quer sejam filhos de pais brasileiros ou de pais estrangeiros, a não ser que estejam em serviço oficial; os nascidos no exterior, de pai ou mãe brasileiros, desde que qualquer deles esteja a serviço do Brasil; os nascidos no exterior, de pai ou mãe brasileiros, desde que venham a residir no Brasil antes da maioridade e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira; os nascidos no exterior, registrados em repartição brasileira competente. X - Nacionalidade, Cidadania e Partidos Políticos Os brasileiros naturalizados: o art. 12, II, processo de naturalização, só reconhece a naturalização expressa, aquela que depende de requerimento do naturalizando, e compreende 2 classes: ordinária: é a concedida ao estrangeiro residente no país, que preencha os requisitos previstos na lei de naturalização, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral (art. 12, I, a); extraordinária: é reconhecida aos estrangeiros, residente no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. X - Nacionalidade, Cidadania e Partidos Políticos Condição jurídica do brasileiro naturalizado: as limitações aos brasileiros naturalizados são as previstas nos arts. 12, § 3º, 89, VII, 5º, LI, 222. Perda de nacionalidade brasileira: tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; adquirir outra nacionalidade (art. 12, § 4º), salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; e imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente no Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para exercício de direitos civis (redação da ECR-3/94). X - Nacionalidade, Cidadania e Partidos Políticos Re-aquisição da nacionalidade brasileira: salvo se o cancelamento for feito em ação rescisória, aquele que teve a naturalização cancelada nunca poderá recuperar a nacionalidade brasileira perdida; o que a perdeu por naturalização voluntária poderá readquiri-la ,por decreto do Presidente, se estiver domiciliado no Brasil (Lei 818/49, art. 36); a re-aquisição da nacionalidade opera a partir do decreto que a conceder, não tendo efeito retroativo, apenas recupera a condição que perdera. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ORGANIZAÇÃO DO ESTADO/ POLÍTICO-ADMINISTRATIVA IV - Organização do Estado Brasileiro IV.1 - Forma de Estado Federal [princípio do federalismo] existência de órgãos governamentais próprios; posse de competências exclusivas. IV.2 - Sistema de Governo República [princípio republicano] Presidencialista IV.3 - Fundamentos [art. 1º CR/88] IV.4 - Objetivos [art. 3º CR/88] IV - Organização do Estado Brasileiro IV.5 - ESTADO FEDERATIVOdescentralização política. Pode nascer de agregação (movimento centrípeto) ou segregação (movimento centrífugo). Brasil: segregação (movimento centrifugo). IV - Organização do Estado Brasileiro IV.6 - Características das Federações: descentralização política; Pode nascer de agregação (movimento centrípeto) ou segregação (movimento centrífugo). Brasil: segregação (movimento centrifugo). constituição rígida como base jurídica (princípio da estabilidade constitucional); inexistência do direito de secessão (princípio da indissolubilidade do vínculo federativo); soberania do Estado Federado (princípio da soberania); auto-organização dos Estados-Membros; órgão representativo dos Estados-Membros (Brasil: Senado); guardião da Constituição (Brasil: STF) IV - Organização do Estado Brasileiro IV.6 - REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL pessoa jurídica de direito público externo. Aparece nas relações com outros países. UNIÃO “dupla personalidade”: pessoa jurídica de direito público interno. pessoa jurídica de direito público externo. ESTADOS MEMBROS pessoa jurídica de direito público interno. DISTRITO FEDERAL pessoa jurídica de direito público interno. MUNÍCIPIOS pessoa jurídica de direito público interno. IV.7 - A UNIÃO Autonomia financeira, administrativa e política Bens: art. 20 da CR/88 (* atenção com emenda 46/05.) Lei 8.617/93: Mar territorial: 12 milhas marítimas; Zona contígua: das 12 às 24 milhas marítimas; Zona econômica exclusiva das 12 às 200 milhas marítimas; Plataforma continental: 200 milhas marítimas. Faixa de fronteira: 150 km ao longo das fronteiras terrestres (art. 20, §2º, CR/88) Competência administrativa, material ou não legislativa exclusiva (art. 21 da CR/88); comum, cumulativa ou paralela (art. 23 da CR/88). Competência legislativa privativa (art. 22 da CR/88) concorrente (art. 24 da CR/88) não revogação e suspensão da eficácia tributária expressa (art. 153 da CR/88) tributária residual (art. 154, I, da CR/88) tributária extraordinária (art. 154, II, da CR/88) IV.8 - OS ESTADOS-MEMBROS Auto-organização (art. 25 da CR/88), autogoverno (art. 27, 28 e 125 CR/88), auto-administração e autolegislação (art. 15 e 25~28 da CR/88) Incorporação, subdivisão ou desmembramento para anexação em outro ou formar novo: Plebiscito; Projeto de Lei Complementar; Audiência das Assembléias Legislativas; Aprovação pelo Congresso Nacional. Bens: art. 26 da CR/88 Competência administrativa, material ou não legislativa comum, cumulativa ou paralela (art. 23 da CR/88); Residual, remanescente ou reservada (art. 25, §1º da CR/88). Competência legislativa Expressa (art. 25, caput, da CR/88) Residual, remanescente ou reservada (art. 25, §1º da CR/88) Delegada pela União (art. 22 da CR/88) Concorrente (art. 24 da CR/88) Suplementar (art. 24, §§ 1º~4º da CR/88) Tributária expressa (art. 155 da CR/88) IV.9 - OS MUNICÍPIOS Auto-organização (Lei Orgânica), autogoverno, auto-administração e autolegislação Criação, incorporação, fusão e desmembramento: estudo de viabilidade municipal; plebiscito; lei complementar federal; lei estadual Competência administrativa, material ou não legislativa comum, cumulativa ou paralela (art. 23 da CR/88); privativa ou enumerada (art. 30, III a IX, da CR/88). Competência legislativa Expressa (art. 29, caput, da CR/88) Interesse local (art. 30, I, da CR/88) Suplementar (art. 30, II, da CR/88) Plano diretor (art. 182, §1º, cidades com + 20mil habitantes) Tributária expressa (art. 156 da CR/88) IV.10 - O DISTRITO FEDERAL Auto-organização (Lei Orgânica), autogoverno, auto-administração e autolegislação Características: Impossibilidade de divisão (art. 32, caput, da CR/88); Autonomia parcialmente tutelada pela União (art. 32, §4º, art. 144, §6º da CR/88) Competência administrativa, material ou não legislativa comum, cumulativa ou paralela (art. 23 da CR/88); Competência legislativa Expressa (art. 32, caput, da CR/88) Residual (art. 25, §1º, da CR/88) Delegada pela União (art. 22 da CR/88) Concorrente (art. 24 da CR/88) Suplementar (art. 24, §§ 1º~4º da CR/88) Interesse local (art. 30, I, c/c art. 32, §1º da CR/88) Tributária expressa (art. 155 da CR/88) IV.11 - OS TERRITÓRIOS FEDERAIS Natureza jurídica: Desprovido de autonomia política. Descentralização administrativo-territorial da União. Natureza da autarquia (art. 18, §2º, da CR/88), e integra a União. Criação (art. 15, §2º, da CR/88): lei complementar plebiscito Características: lei federal dispor sobre organização administrativa e judiciária (art. 33, caput); possibilidade de divisão em municípios (art. 33, §1º, da CR/88); executivo: governador nomeado pelo Presidente da República (art. 84, XIV, da CR/88); fiscalização das contas pelo Congresso Nacional, mediante parecer prévio do TCU (art. 32, §2º, da CR/88) polícia civil e militar, corpo de bombeiros (EC 19/98 excluiu da União), todavia, o Território integra a União Legislativo: Câmara Territorial (art. 33, §3º, da CR/88) sistema de ensino organizado pela União (art. 211, §1º. Da CR/88) DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER - TRIPARTIÇÃO DE PODERES V - Separação e Organização dos Poderes Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, são Legislativo, Executivo e Judiciário. V.1 - UNIÃO Legislativo: a função legislativa consiste na edição de regras gerais (leis), abstratas, impessoais e inovadoras da ordem pública; Executivo: a função executiva (Administração) resolve os problemas concretos e individualizados, de acordo com as leis; Judiciário: a função jurisdicional tem por objeto aplicar o direito aos casos concretos a fim de dirimir conflitos de interesse. V.2 - ESTADOS MEMBROS pessoa jurídica de direito público interno. Legislativo: Assembléia Legislativa Executivo: Governador Judiciário: Tribunal de Justiça V.3 - DISTRITO FEDERAL pessoa jurídica de direito público interno. Legislativo: Câmara Legislativa Executivo: Governador Judiciário, Tribunal de Justiça, pertence ao quadro do Judiciário Federal V.4 - MUNÍCIPIOS pessoa jurídica de direito público interno. Legislativo: Câmara dos Vereadores Executivo: Prefeito Judiciário, Juiz de Direito, pertence ao quadro do Judiciário Estadual. V.5 - Congresso Nacional ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (Art. 53 a 56). Prerrogativas: a CF/88 restituiu aos parlamentares suas prerrogativas básicas, especialmente a inviolabilidade e a imunidade, mantendo-se o privilégio de foro e a isenção do serviço militar e acrescentou a limitação do dever de testemunhar. a inviolabilidade é a exclusão de cometimento de crime por parte de parlamentares por suas opiniões, palavras e votos (53); a imunidade não exclui o crime, antes o pressupõe, mas impede o processo; privilégio de foro os parlamentares só serão submetidos a julgamento, em processo penal, perante o STF (53, § 4º); limitação ao dever de testemunhar os parlamentares não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações (53, § 5º); isenção do serviço militar mesmo que o congressista queira incorporar-se às Forças Armadas, em tempo de guerra, não poderá fazê-lo por sua exclusiva vontade, salvo se renunciar o mandato. V.6 - Presidente da República Prerrogativas: a imunidade: na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções (§4º, art. 86); privilégio de foro: Prévia admissão da acusação por 2/3 da Câmara dos Deputados (art. 86); perante o Senado: crimes de responsabilidade (art. 85); perante o STF: crimes comuns(art. 86); V - Separação e Organização dos Poderes Sistema de freios e contra-pesos. DA ORDEM SOCIAL XVI - Ordem Constitucional Social Tem por base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça social. DA SEGURIDADE SOCIAL Conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social; rege-se pelos princípios da universalidade de cobertura e do atendimento, da igualdade, da unidade de organização e da solidariedade financeira; será financiada por toda a sociedade de forma direta ou indireta (art. 195). Saúde: ações e serviços ficam inteiramente sujeitos à regulamentação, fiscalização e controle do Poder Público, nos termos da lei; o SUS rege-se pelos princípios da descentralização, do atendimento integral e da participação da comunidade. Previdência social: organizada sob forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória; compreende prestações de 2 tipos: benefícios e serviços; os benefícios são prestações pecuniárias aos assegurados e a qualquer pessoa que contribua na forma dos planos previdenciários, e são os seguintes: auxílios (art. 201, I a III), seguro-desemprego (art. 7º, II, 201, III. e 239), salário família e auxílio reclusão, pensão por morte e a aposentadoria. Assistência social: não depende de contribuição; os benefícios e serviços serão prestados a quem deles necessitar; é financiada com recursos do orçamento da seguridade social, além de outras fontes.
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