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SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL Sua folha de questões Nesta folha você encontra os enunciados da proposta de peça prático- profissional e das quatro questões discursivas, além de espaços para rascunho. Você deve submeter as suas respostas finais na folha de resposta disponível. Fique atento ao tempo Durante o exame oficial você terá 5 horas para realizar a prova. É importante manter esse tempo em mente ao realizar este simulado. Assim você também treina a sua organização para o dia. Faça um bom simulado No dia da prova você não pode se comunicar com outros examinandos; portar qualquer tipo de aparelho eletrônico; utilizar lápis, lapiseira ou corretivo de qualquer espécie. O ideal é que você tente simular o contexto do exame, então, procure um lugar tranquilo, desligue seus eletrônicos e livre-se de distrações antes de começar. Sua folha de respostas Após baixar a prova na área de simulados da plataforma e imprimi-la, use caneta preta ou azul para escrever as respostas em letra legível. Fique atento à caligrafia, ao formato da peça e aos espaços dedicados às respostas. Esses são aspectos considerados pelos corretores e serão levados em conta pela equipe de correção do Saraiva Aprova. Envio para correção Com a prova terminada, você já pode enviá-la para correção. Na área de simulados na plataforma, clique em Upload para Correção. Primeiramente, você fará o envio das questões discursivas e, depois, o envio da peça-processual. Tire uma foto em boa resolução de imagem das páginas do seu simulado. Você pode enviar um arquivo de imagem (jpeg ou png) ou um arquivo de documento (formato pdf). Na plataforma você poderá ver o espaço para upload correspondente a cada questão e peça-processual. Por exemplo, para enviar a questão 1, você deve anexar apenas a resposta da questão 1 e assim por diante. Fique atento à qualidade de imagem do arquivo para que suas respostas estejam visíveis e a correção seja feita sem problemas. Após anexar todos os arquivos, clique em Confirmar Envio. Pronto! A entrega foi feita. A devolução do simulado corrigido leva até 6 dias úteis, contados a partir do dia seguinte à postagem das respostas. Enquanto aguarda o seu resultado, você pode clicar em Ver resolução padrão e conferir o gabarito com as respostas esperadas. Quando a sua correção estiver pronta a sua nota aparecerá na área de correção individualizada, na página inicial dos Simulados. Além de conferir quanto tirou, você poderá clicar em Ver correção e acompanhar os detalhes. No menu que aparece à esquerda, você consegue acompanhar a correção completa das questões discursivas e da peça-processual. Desejamos uma boa prova! SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Em uma operação policial de rotina, Fernanda foi abordada portando 3g (três gramas) de substância análoga ao crack. Em razão da abordagem, os policiais a prenderam em flagrante pela suposta prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/06. Submetida à análise preliminar, constatou-se que as substâncias encontradas com Fernanda condiziam com as suspeitas iniciais, confirmando-se, portanto, o porte da droga. Após a conclusão das investigações, o Ministério Público denunciou Fernanda como incursa nas sanções do art. 33, caput, c/c 40, III, ambos da Lei 11.343/06, pois, no momento da abordagem, Fernanda estava próxima a uma escola, que, no dia dos fatos, não ofertou aulas aos alunos. Fernanda apresentou sua defesa prévia, que, contudo, não impediu o magistrado de receber a denúncia e determinar o início da instrução probatória. Além disso, o magistrado anexou aos autos a certidão de antecedentes criminais de Fernanda. Nela, verificou diversos registros de Fernanda envolvendo o tráfico de drogas, como prisões em flagrante e inquéritos policiais. No dia designado para o início da instrução, realizou-se a audiência una de instrução e julgamento. Nos termos do art. 57 da Lei 11.343/06, procedeu-se primeiramente ao interrogatório da acusada, que confirmou os fatos narrados na denúncia, mas afirmou que as drogas seriam para uso próprio. Posteriormente, realizou-se a oitiva das testemunhas arroladas pela acusação, que apenas confirmaram o teor da abordagem, sem acrescentar nenhuma informação acerca da vida pregressa de Fernanda. Finda a instrução, o Ministério Público foi intimado, oportunidade na qual pugnou pela condenação da agente nos exatos termos registrados na denúncia. A defesa, por sua vez, requereu o que entendeu cabível. Sobreveio, então, a sentença condenatória, por meio da qual Fernanda foi condenada como incursa nas sanções do art. 33, caput, c/c art. 40, III, ambos da Lei 11.343/06. Na fundamentação, o magistrado entendeu incontroversa a posse da droga por parte da ré, como ela mesma afirmou em seu interrogatório. Assim, Fernanda foi condenada às penas totais de 7 (sete) anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, por força do art. 2º, §1º, da Lei 8.072/90, e pagamento de 700 (setecentos) dias-multa. Na primeira fase da dosimetria, o magistrado elevou as penas-base em razão dos maus antecedentes da Fernanda, consubstanciados nas diversas passagens pela polícia registradas na ficha de antecedentes criminais da ré. Além disso, elevou as penas em razão das drogas apreendidas, quais sejam, o crack, substância de alto poder viciante. Assim, fixou as penas no patamar de 6 (seis) anos de reclusão e 600 (seiscentos) dias-multa. Na terceira fase da dosimetria, aplicou a causa de aumento prevista no art. 40, III, da lei Antidrogas, elevando as penas em 1/6 (um sexto), totalizando, dessa forma, 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa. O valor dos dias-multa foi fixado em 3 (três) vezes o salário mínimo vigente à SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL época dos fatos, patamar que o magistrado entendeu suficiente para a reprovação do delito. Por fim, foi concedido à ré o direito de recorrer em liberdade. O Ministério Público foi intimado da sentença, mas manteve-se inerte. O advogado de Fernanda foi intimado, em 11/07/2018, segunda-feira útil em todo o país, para requerer o que entender cabível. Com base no caso acima, e na condição de advogado de Fernanda, redija a peça cabível no último dia do prazo, alegando tudo o que for de interesse da ré. PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115116 117 118 119 120 121 91 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL QUESTÃO 1 Pedro, primário, atualmente desempregado e passando por sérias dificuldades financeiras, deixou de pagar a pensão alimentícia judicialmente acordada a seu filho, em razão da situação econômica em que se encontra. No curso da ação de execução de alimentos, Maria, ex companheira de Pedro, relatou ameaças sofridas por ele, proferidas com o objetivo de Maria desistir da cobrança dos alimentos. Por essa razão, Pedro foi denunciado pelos crimes de abandono material e coação no curso do processo. Após o trâmite processual, que progrediu sem qualquer vício ou nulidade, Pedro foi, inicialmente, absolvido pelo delito de coação no curso do processo, em razão da insuficiência de provas. Posteriormente, na mesma decisão, foi condenado pelo crime de abandono material, às penas totais de 1 (um) ano e 3 (três) meses de detenção, em regime inicialmente aberto, e pagamento de 15 (quinze) dias-multa, fixados em 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos. O Ministério Público não recorreu da sentença, ao contrário da defesa, que, neste momento, deve apresentar as razões ao recurso de apelação. Considerando as informações narradas, na condição de advogado de Pedro, responda aos itens a seguir: A) Qual tese de direito processual pode ser alegada em favor de Pedro para desconstituir a condenação pelo delito de abandono material? B) Subsidiariamente, qual tese de direito material pode ser apresentada em busca da absolvição de Pedro? QUESTÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL QUESTÃO 2 No dia 10/10/2016, Pedro foi preso em flagrante pela suposta prática do crime previsto no art. 157, caput, do Código Penal. Assim que os autos foram remetidos ao juízo competente, sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Oferecida a denúncia, o Ministério Público limitou-se a narrar o fato criminoso e, por consequência, pedir a condenação do agente pela prática do crime de roubo simples. Nenhum pedido adicional foi realizado. Após o recebimento da denúncia, deu-se início à instrução processual, oportunidade em que os fatos narrados foram integralmente confirmados pela vítima. Além disso, o ofendido narrou que o celular roubado não foi recuperado. Intimado a apresentar as alegações finais, o órgão acusador requereu a condenação de Pedro nos termos da inicial da acusatória, sem qualquer pedido adicional. Apresentadas as alegações finais pela defesa do réu, que permaneceu preso desde a conversão da prisão em flagrante em preventiva, o Juiz de Direito competente prolatou a sentença condenatória, impondo a Pedro as penas de 4 (quatro) anos e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto (nos temos do art. 33, §2º, ‘b’, do CP) além do pagamento de 20 (vinte) dias-multa, no valor unitário mínimo. Ademais, fixou um valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, já que o celular da vítima não foi recuperado. Por fim, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. A sentença foi prolatada no dia 10/10/2017. Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado de Pedro, responda aos itens a seguir: O que pode ser alegado em favor de André para atenuar a forma de cumprimento da reprimenda imposta? O juiz prolator da decisão agiu corretamente ao fixar o valor mínimo para a reparação dos danos causados pelo crime? QUESTÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL QUESTÃO 3 André foi denunciado pelo crime de furto, previsto no art. 155, caput, do Código Penal. De acordo com a peça acusatória, que foi recebida em 15/03/2008, André teria subtraído um celular da vítima, sem que esta notasse a subtração. No decorrer da instrução, entretanto, descobriu-se que o crime, na verdade, foi realizado com violência e grave ameaça, exercida com emprego de simulacro de arma de fogo. Assim, em alegações finais, o Ministério Público pugnou pela aplicação do instituto da emendatio libelli e, como consequência, pela condenação do réu como incurso nas sanções do art. 157, caput, do CP. Após a apresentação das alegações finais defensivas, o magistrado competente, por meio da sentença publicada em 16/03/2016, condenou o réu nos termos requeridos nas alegações derradeiras do parquet às penas de 4 (quatro) anos de reclusão e pagamento de 10 (dez) dias-multa. O Ministério Público não recorreu da sentença, ao contrário da defesa, que foi intimada para a apresentação das razões recursais em 21/06/2016. Considerando as informações narradas, na condição de advogado de André, responda aos itens a seguir: A) Qual tese de direito processual pode ser alegada em favor de André e qual a consequência do acatamento desta tese? B) Além da preliminar arguida, qual argumento de direito material pode ser apresentado para evitar o cumprimento de pena pelo réu? QUESTÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 SIMULADO 3 – DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL QUESTÃO 4 No dia 26/06/2018, Patrícia estava em um ônibus a caminho de seu trabalho. No meio do trajeto, sentiu algo escorrendo pelo seu rosto. Quando se virou para o que o era, percebeu que um homem, Cristiano, ejaculara em seu rosto. Diante da revolta causada pelo episódio, Patrícia chamou a polícia, para que tomasse as providências cabíveis contra Cristiano. Diante do relato dos fatos, confirmado integralmente por várias testemunhas, Cristiano foi preso em flagrante pelo crime de estupro, previsto no art. 213 do Código Penal. Após a lavratura do Auto de Prisão, os autos foram enviados para o Ministério Público, que, em virtude da gravidade do evento, opinou pela conversão da prisão em flagrante de Cristiano em preventiva. Os autos estão, atualmente, conclusos para o juízo competente. Considerando as informações narradas, na condição de advogado de Cristiano, responda aos itens a seguir: A) Qual tese deve ser alegada para impedir a conversão da prisão em flagrante de Cristiano em preventiva? B) Além das consequências atinentes à prisão, qual outra consequência processual será inevitável com o acolhimento da tese apresentada? QUESTÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
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