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Aula 19 (DIPu) Domínio Público Internacional

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Bens Protegidos
Patrimônio Público Internacional 
Mar
2º semestre de 2018
Direito Internacional Público
Graduação em 
Relações Internacionais
Rios Internacionais
Espaço Aéreo
Espaço Sideral
Antártica
Patrimônio da Humanidade
1
 INTERNACIONAL
UNIDADE XX:
Propriedade
2
XX. Domínio Público Internacional 
3
Denomina-se domínio público internacional os espaços físicos cuja utilização é interessante a mais de um Estado soberano ou a toda a comunidade internacional, mesmo que, em certos casos, tais espaços estejam sujeitos à soberania de um Estado.
São de domínio público internacional, dentre outros, o mar (e suas subdivisões legais), os rios internacionais, o espaço aéreo, o espaço sideral e o continente antártico. Recentemente, surgiram argumentos a favor e contra considerar a internet como domínio público internacional.
Parte da doutrina prefere conceituar como 
aquelas regiões localizadas no globo terrestre e ou espaciais em que nenhum Estado exerce soberania, podendo ser utilizadas pela sociedade internacional de acordo com tratados e convenções. 
Não podemos afirmar que o domínio público internacional é “terra de ninguém”.
XX. Domínio Público Internacional 
4
MAR
XX. Domínio Público Internacional 
5
O mar sempre foi a principal forma de comunicação entre os Estados distantes, entre os colonos. 
O mar tem tantas utilidades, desde a exploração dos recursos minerais até a energia que se retira das águas, o trânsito.
Durante muito tempo o Direito do Mar foi um direito de caráter costumeiro. Acreditava-se que, nesse tempo, o mar era uma grande “terra nullius”. Hoje, se fôssemos aplicar os conceitos de Direito Civil ao mar ele talvez fosse considerado res communis, um grande condomínio. 
Essas noções estão, entretanto, obsoletas. 
XX. Domínio Público Internacional 
6
Celebraram-se em Genebra, 1958, diversas convenções sobre os assuntos atinentes ao direito do mar, as quais, infelizmente, mostraram-se em descompasso com a realidade a evoluir.
 
No ano de 1982, em Montego Bay, Jamaica, firmou-se a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ratificada pelo Brasil em dezembro de 1988, entrando em vigor em 16 de novembro de 1994, quando o quórum mínimo de sessenta Estados ratificantes se efetivou.
O mar é uma unidade. 
Mas, juridicamente, o mar é dividido em faixas, e cada uma delas tem um regime jurídico diferente.
XX. Domínio Público Internacional 
7
XX. Domínio Público Internacional 
8
Artigo 3.º Largura do mar territorial 
Todo o Estado tem o direito de fixar a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas marítimas, medidas a partir de linhas de base determinadas de conformidade com a presente Convenção. 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
Artigo 6.º Recifes 
No caso de ilhas situadas em atóis ou de ilhas que têm cadeias de recifes, a linha de base para medir a largura do mar territorial é a linha de baixa-mar do recife que se encontra do lado do mar, tal como indicada por símbolo apropriado nas cartas reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro.
Artigo 8.º Águas interiores 
1 - Excetuando o disposto na parte IV, as águas situadas no interior da linha de base do mar territorial fazem parte das águas interiores do Estado. […] 
Artigo 9.º Foz de um rio 
Se um rio desagua directamente no mar, a linha de base é uma recta traçada através da foz do rio entre os pontos limites da linha de baixa-mar das suas margens.
9
Artigo 10.º Baías 
[…] 2 - Para efeitos da presente Convenção, uma baía é uma reentrância bem marcada, cuja penetração em terra, em relação à largura da sua entrada, é tal que contém águas cercadas pela costa e constitui mais que uma simples inflexão da costa. Contudo, uma reentrância não será considerada como uma baía, se a sua superfície não for igual ou superior à de um semicírculo que tenha por diâmetro a linha traçada através da entrada da referida reentrância. 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
Artigo 11.º Portos 
Para efeitos de delimitação do mar territorial, as instalações portuárias permanentes mais ao largo da costa que façam parte integrante do sistema portuário são consideradas como fazendo parte da costa. As instalações marítimas situadas ao largo da costa e as ilhas artificiais não são consideradas instalações portuárias permanentes.
10
Artigo 33.º Zona contígua 
1 - Numa zona contígua ao seu mar territorial, denominada «zona contígua», o Estado costeiro pode tomar as medidas de fiscalização necessárias a: 
a) Evitar as infracções às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários no seu território ou no seu mar territorial; 
b) Reprimir as infracções às leis e regulamentos no seu território ou no seu mar territorial. 
2 - A zona contígua não pode estender-se além de 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
11
Artigo 57.º Largura da zona económica exclusiva 
A zona económica exclusiva não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
Artigo 56.º Direitos, jurisdição e deveres do Estado costeiro na zona económica exclusiva 
1 - Na zona económica exclusiva, o Estado costeiro tem: 
a) Direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo e no que se refere a outras actividades com vista à exploração e aproveitamento da zona para fins económicos, como a produção de energia a partir da água, das correntes e dos ventos; 
b) Jurisdição, de conformidade com as disposições pertinentes da presente Convenção, no que se refere a: 
i) Colocação e utilização de ilhas artificiais, instalações e estruturas; 
ii) Investigação científica marinha; 
iii) Protecção e preservação do meio marinho; 
c) Outros direitos e deveres previstos na presente Convenção. 
2 - No exercício dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres na zona económica exclusiva nos termos da presente Convenção, o Estado costeiro terá em devida conta os direitos e deveres dos outros Estados e agirá de forma compatível com as disposições da presente Convenção. 3 - Os direitos enunciados no presente artigo referentes ao leito do mar e ao seu subsolo devem ser exercidos de conformidade com a parte VI da presente Convenção. 
12
Artigo 76.º Definição da plataforma continental 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
Artigo 88.º Utilização do alto mar para fins pacíficos 
O alto mar será utilizado para fins pacíficos. 
FUNDOS MARINHOS
Artigo 136.º Património comum da humanidade 
A área e seus recursos são património comum da humanidade.
Artigo 133.º Termos utilizados 
Para efeitos da presente parte: 
a) «Recursos» significa todos os recursos minerais sólidos, líquidos ou gasosos in situ na área, no leito do mar ou no seu subsolo, incluindo os nódulos polimetálicos; 
b) Os recursos, uma vez extraídos da área, são denominados «minerais».
13
Artigo 87.º Liberdade do alto mar 
1 - O alto mar está aberto a todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral. A liberdade do alto mar é exercida nas condições estabelecidas na presente Convenção e nas demais normas de direito internacional. Compreende, inter alia, para os Estados quer costeiros quer sem litoral: 
a) Liberdade de navegação; 
b) Liberdade de sobrevoo; 
c) Liberdade de colocar cabos e ductos submarinos nos termos da parte VI; 
d) Liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas pelo direito internacional, nos termos da parte VI; 
e) Liberdade de pesca nos termos das condições enunciadasna secção 2; 
f) Liberdade de investigação científica, nos termos das partes VI e XIII. 
2 - Tais liberdades devem ser exercidas por todos os Estados, tendo em devida conta os interesses de outros Estados no seu exercício da liberdade do alto mar, bem como os direitos relativos às actividades na área previstos na presente Convenção. 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
14
Artigo 90.º Direito de navegação 
Todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral, têm o direito de fazer navegar no alto mar navios que arvorem a sua bandeira.
 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Montego Bay (1982)
Artigo 20.º Submarinos e outros veículos submersíveis 
No mar territorial, os submarinos e quaisquer outros veículos submersíveis devem navegar à superfície e arvorar a sua bandeira.
Artigo 91.º Nacionalidade dos navios 
1 - Todo o Estado deve estabelecer os requisitos necessários para a atribuição da sua nacionalidade a navios, para o registo de navios no seu território e para o direito de arvorar a sua bandeira. Os navios possuem a nacionalidade do Estado cuja bandeira estejam autorizados a arvorar. Deve existir um vínculo substancial entre o Estado e o navio. 
2 - Todo o Estado deve fornecer aos navios a que tenha concedido o direito de arvorar a sua bandeira os documentos pertinentes. 
Artigo 29.º Definição de navios de guerra 
Para efeitos da presente Convenção, «navio de guerra» significa qualquer navio pertencente às forças armadas de um Estado, que ostente sinais exteriores próprios de navios de guerra da sua nacionalidade, sob o comando de um oficial devidamente designado pelo Estado cujo nome figure na correspondente lista de oficiais ou seu equivalente e cuja tripulação esteja submetida às regras da disciplina militar.
15
RIOS
XX. Domínio Público Internacional 
INTERNACIONAIS
16
Diz-se internacional um rio que banha mais de um Estado soberano. 
Limítrofes, contíguos, ou de fronteira, são os cursos d'água 
que servem como linha divisória entre duas soberanias; 
Sucessivos são aqueles cujo curso começa num Estado e passa por outro. 
Esses dois tipos não se excluem: pode muito bem haver um rio internacional sucessivo que, em certa área, também sirva como fronteira entre dois Estados.
O texto a regular os rios internacionais é a Convenção Sobre a Liberdade do Transito (Convenção de Barcelona), de 1921, estatuindo os princípios de liberdade de navegação e igualdade no tratamento de terceiros. Não obstante, os Estados ribeirinhos podem decidir como administrar o rio, da maneira que lhes convenha, desde que não criem óbices à navegação. 
XX. Domínio Público Internacional 
17
Artigo 2
Sem prejuízo das demais disposições do presente Estatuto, as medidas tomadas pelos Estados Contratantes para a regulação e encaminhamento de tráfego através de um território sob sua soberania ou autoridade deve facilitar o livre trânsito por transporte ferroviário ou navegação em rotas em uso conveniente para o trânsito internacional. Não será feita qualquer distinção, que é baseada na nacionalidade das pessoas, o pavilhão dos navios, o local de origem, de saída, entrada, saída ou destino, ou em quaisquer circunstâncias relativas à propriedade dos bens ou dos vasos, coaching ou bens de estoque ou outros meios de transporte.
A fim de assegurar a aplicação das disposições do presente artigo, os Estados Contratantes permitirá o trânsito de acordo com as condições habituais e reservas através de suas águas territoriais.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Barcelona (1921)
http://www.wipo.int/wipolex/en/other_treaties/text.jsp?file_id=201915
18
São exemplos de rios internacionais, o Danúbio na Europa, o Rio da Prata e o Amazonas na América do Sul. 
Como a Convenção de Barcelona é muito genérica e não chega a regimentar um conjunto de normas sobre os rios, Rezek afirma que o regime jurídico dos rios internacionais forma um direito casuístico. São feitos tratados entre os países, tratados bilaterais (entre os dois países cujo percursso do rio encontra-se em seu território) ou até mesmo tratados unilaterais, onde apenas um dos países aplicou regras para seu uso	
Há acordos pontuais, como o Tratado da Bacia do Prata, de 1969 (Decreto 67.084/70) e o Tratado de Cooperação Amazônica, de 1978 (Decreto 85.050/80).
XX. Domínio Público Internacional 
O princípio básico que regula os rios internacionais é o da soberania dos Estados sobre os trechos que correm dentro de seus respectivos limites.
19
ESPAÇO
XX. Domínio Público Internacional 
AÉREO
20
À porção da atmosfera localizada sobre o território ou mar territorial de um Estado dá-se o nome de espaço aéreo. 
O direito internacional reconhece a soberania exclusiva do Estado sobre o espaço aéreo sobrejacente. Tal espaço, diferentemente do mar territorial, não comporta direito de passagem inocente, razão pela qual, em princípio, uma aeronave estrangeira somente pode sobrevoar o território de determinado Estado com o consentimento deste.
A Convenção de Chicago, de 1944, e seus tratados acessórios estabeleceram os princípios e conceitos básicos da aviação civil internacional e instituíram a Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO), existente desde 1947.
XX. Domínio Público Internacional 
21
Com isso, a navegação de aeronave estrangeira sobre o território de um Estado depende da permissão desde concedida caso a caso ou a partir de um tratado do qual façam parte o Estado de nacionalidade da aeronave e o Estado de sobrevoo. 
Nesse sentido, não há um direito de passagem inocente no espaço aéreo, devendo todo o sobrevoo ser objeto de autorização.
XX. Domínio Público Internacional 
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Artigo 1° Soberania
Os Estados contratantes reconhecem ter cada Estado a soberania exclusiva e absoluta sôbre o espaço aéreo sôbre seu território.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Chicago (1944)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21713.htm
Artigo 2° Territórios
Para os fins da presente Convenção, considera-se como território de um Estado, a extensão terrestre e as águas territoriais adjacentes, sob a soberania, jurisdição, proteção ou mandato do citado Estado.
Artigo 17 Nacionalidade das aeronaves
As aeronaves terão a nacionalidade do Estado em que estejam registradas.
23
Artigo 12 Regras de tráfego
Cada um dos Estados contratantes se comprometer a tomar as medidas necessárias para assegurar que tôdas aeronaves que vôem sôbre seu território, ou manobrem dentro dele e todas as aeronaves que levem o distintivo de sua nacionalidade, onde quer que se encontrem, observem as regras e regulamentos que regem vôos e manobras de aeronaves. Cada um dos Estados contratantes se comprometem a manter seus próprios regulamentos tanto quanto possível, semelhantes aos que venham a ser estabelecidos em virtude desta Convenção. Cada um dos Estados contratantes se compromete a processar todos os infratores dos regulamentos em vigor.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Convenção de Chicago (1944)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21713.htm
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Outros tratados também lidam com o tema; os principais são:
-Convenção para Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional (Convenção de Varsóvia), de 1929 (Decreto 20.704/31)
-Convenção para Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional (Convenção de Montreal), de 1999 (Decreto 5.910/2006)
XX. Domínio Público Internacional 
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ESPAÇO
XX. Domínio Público Internacional 
SIDERAL
26
Chamado também de espaço cósmico, espaço exterior ou espaço extra-atmosférico, o espaço sideral é singular do ponto de vista jurídico, já que faz pouco tempo que as atividades humanas naquele ambiente se tornaram realidade.
Regula-se pelo Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes,celebrado no âmbito da Assembleia Geral da ONU, Nova Iorque, 1967. 
Determinou-se que todo o espaço e os corpos celestes são de acesso livre, para fins pacíficos, insuscetíveis de apropriação ou anexação a qualquer Estado. 
Ademais, dispõe-se que seu uso e exploração devem ser feito em benefício coletivo, com acesso geral às informações colhidas.
XX. Domínio Público Internacional 
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Outros tratados que regulam este campo de aplicação do direito internacional são 
-o Acordo sobre o Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos lançados ao Espaço Cósmico, de 1968
-a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, 
-o Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em outros Corpos Celestes, de 1979, e 
-a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico, de 1974
XX. Domínio Público Internacional 
28
Artigo I 
A exploração e uso do espaço cósmico, inclusive da Lua e demais corpos celestes, deverão ter em mira o bem e interesse de todos os países, qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico e científico, e são incumbência de toda a humanidade.
O espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos celestes, poderá ser explorado e utilizado livremente por todos os Estados sem qualquer discriminação, em condições de igualdade e em conformidade com o direito internacional, devendo haver liberdade de acesso a todas as regiões dos corpos celestes.
O espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos celestes, estará aberto as pesquisas cientificas, devendo os Estados facilitar e encorajar a cooperação internacional naquelas pesquisas.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Tratado sobre o Espaço Exterior (1967)
http://dai-mre.serpro.gov.br/atos-internacionais/multilaterais/tratado-sobre-principios-reguladores-das-atividades-dos-estados-na-exploracao-e-uso-do-espaco-cosmico-inclusive-a-lua-e-demais-corpos-celestes/
Artigo II 
O espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos celestes, não poderá ser objeto de apropriação nacional por proclamação de soberania, por uso ou ocupação, nem por qualquer outro meio.
29
Artigo IV 
Os Estados partes do Tratado se comprometem a não colocar em órbita objeto portador de armas nucleares ou de qualquer outro tipo de armas de destruição em massa, a não instalar tais armas sobre os corpos celestes e a não colocar tais armas, de nenhuma maneira no espaço cósmico.
Todos os Estados partes do Tratado utilizarão a Lua e os demais corpos celestes exclusivamente para fins pacíficos. Estarão proibidos nos corpos celestes o estabelecimento de bases, instalações ou fortificações militares, os ensaios de armas de qualquer tipo e a execução de manobras militares. Não se proíbe a utilização de pessoal militar para fins de pesquisas científicas ou para qualquer outro fim pacífica. Não se proíbe, do mesmo modo, a utilização de qualquer equipamento ou instalação necessária aexploração pacífica da Lua e demais corpos celestes.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Tratado sobre o Espaço Exterior (1967)
http://dai-mre.serpro.gov.br/atos-internacionais/multilaterais/tratado-sobre-principios-reguladores-das-atividades-dos-estados-na-exploracao-e-uso-do-espaco-cosmico-inclusive-a-lua-e-demais-corpos-celestes/
30
ANTÁRTICA
XX. Domínio Público Internacional 
31
Precisamos distinguir as duas áreas polares. Qual a diferença entre a Antártica o Ártico? 
A Antártica é um continente, terra coberta de gelo, ao passo que o ártico é uma grande bacia de água congelada. O meio físico dessas duas regiões polares é bastante distinto. 
A área do Ártico foi ocupada pelas soberanias de perto de acordo com a teoria dos setores. Tem base na teoria de uma projeção. É um triângulo que tem um vértice no pólo norte, e os pontos-base são as extremidades das costas de cada país.
E sobre a Antártica? Seria possível fazer uma projeção triangular sobre ela? Sim, porém, muitas disputas nasceram sobre a região.
XX. Domínio Público Internacional 
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XX. Domínio Público Internacional 
35
Para resolver os pleitos de diversos países convocou-se uma conferencia internacional que, não conseguindo demarcar, rumou para o sentido oposto, o de definir o continente como área de permanente preservação.
As relações internacionais referentes ao continente antártico são reguladas por intermédio do Tratado da Antártida, de 1959.
Os Estados entendem que a Antártica deve ser usada somente para fins pacíficos, para fins de pesquisa científica, sendo proibido qualquer tipo de manobra militar na região, qualquer exploração de recursos vivos e minerais.
Pessoal e equipamentos militares possam ser usados em apoio à pesquisa.
Estão também proibidas as explosões nucleares no continente. 
XX. Domínio Público Internacional 
36
O acordo dispõe que as observações e os resultados das pesquisas científicas na Antártida sejam intercambiados e livremente disponibilizados, tanto quanto possível.
Todo Estado que manifestar interesse e enviar expedições científicas pode participar.
Além disso temos a convenção de Canberra, de 1980, que disciplina a exploração dos recursos vivos nas adjacências, e o protocolo de Madri de 1991 que proíbe a exploração mineral por lá por um período de 50 anos. Depois disso as partes voltam a se reunir e, se houver concordância, liberarão a exploração.
XX. Domínio Público Internacional 
37
Artigo I 
1. A Antártida será utilizada somente para fins pacíficos. Serão proibidas, inter alia, quaisquer medidas de natureza militar, tais como o estabelecimento de bases e fortificações, a realização de manobras militares, assim como as experiências com quaisquer tipos de armas.
2. O presente Tratado não impedirá a utilização de pessoal ou equipamento militar para pesquisa científica na Antártida e de colaboração para este fim, conforme exercida durante o Ano Geofísico Internacional.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Tratado da Antartica (1959)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D75963.htm
38
Artigo III 
1. A fim de promover a cooperação internacional para a pesquisa científica na Antártida, como previsto no artigo II do presente Tratado, as Partes Contratantes concordam, sempre que possível e praticável, em que:
a) a informação relativa a planos para programas científicos, na Antártida, será permutada a fim de permitir a máxima economia e eficiência das operações;b) o pessoal científico na Antártida, será permutado entre expedições e estações; c) as observações e resultados científicos obtidos na Antártida serão permutados e tornados livremente utilizáveis.
2. Na implementação deste artigo, será dado todo o estímulo ao estabelecimento de relações de trabalho cooperativo com as agências especializadas das Nações Unidas e com outras organizações internacionais que tenham interesse ou técnico na Antártida.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Tratado da Antartica (1959)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D75963.htm
39
Artigo V 
1. Ficam proibidas as explosões nucleares na Antártida, bem como o lançamento ali de lixo ou resíduos radioativos.
2. No caso da conclusão de acordos internacionais sobre a utilização da energia nuclear inclusive as explosões nucleares e o lançamento de resíduos radioativos, de que participem todas as Partes Contratantes, cujos representantes estejam habilitados a participar das reuniões previstas no Artigo X, aplicar-se-ão à Antártida as regras estabelecidas em tais acordos.
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Tratado da Antartica (1959)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D75963.htm
40
XX. Domínio Público Internacional 
PATRIMÔNIO
COMUM DA
HUMANIDADE
41
O principal tratado na matéria é a Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, de 1972. (Decreto 80.978/77).
Elapartiu da constatação de que o patrimônio cultural e natural da humanidade está sob constante ameaça e que sua proteção em escala exclusivamente nacional é incompleta. A ação internacional deve ter caráter complementar em relação à ação dos Estados em cujos territórios se encontrem tais bens.
Cabe a cada Estado identificar, delimitar, proteger, conservar, valorizar e transmitir às futuras gerações o patrimônio cultural e natural que se encontre em seus territórios, recorrendo a uma política nacional para a área e contanto, quando for o caso, com o auxílio da cooperação internacional, que funcionará especialmente por meio de um sistema que gira ao redor do Comitê Intergovernamental da Proteção do Patrimônio  Mundial, Cultural e Natural.
A proteção do patrimônio comum passa também pela tutela do patrimônio cultural imaterial, objeto de tratado relativamente recente, a Convenção sobre o Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003 (Decreto 5.753/2006). 
XX. Domínio Público Internacional 
42
Artigo 1 
Para os fins da presente Convenção, são considerados “patrimônio cultural”: 
- os monumentos: obras arquitetônicas, esculturas ou pinturas monumentais, objetos ou estruturas arqueológicas, inscrições, grutas e conjuntos de valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência, 
os conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidas, que, por sua arquitetura, unidade ou integração à paisagem, têm valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência,
- os sítios: obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como áreas, que incluem os sítios arqueológicos, de valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico. 
 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Recomendação de Paris (1972)
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001333/133369POR.pdf
43
Artigo 2 
Para os fins da presente Convenção, são considerados “patrimônio natural”: 
- os monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou por conjuntos de formações de valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico; 
- as formações geológicas e fisiográficas, e as zonas estritamente delimitadas que constituam habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas de valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico, 
- os sítios naturais ou as áreas naturais estritamente delimitadas detentoras de valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da conservação ou da beleza natural. 
 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Recomendação de Paris (1972)
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001333/133369POR.pdf
44
Artigo 4 
Cada Estado-parte da presente Convenção reconhece que lhe compete identificar, proteger, conservar, valorizar e transmitir às gerações futuras o patrimônio cultural e natural situado em seu território. O Estado-parte envidará esforços nesse sentido, tanto com recursos próprios como, se necessário, mediante assistência e cooperação internacionais às quais poderá recorrer, especialmente nos planos financeiro, artístico, científico e técnico. 
 
XIX.1. As teorias sobre os efeitos da sucessão
Recomendação de Paris (1972)
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001333/133369POR.pdf
Artigo 7 
Para os fins da presente Convenção, entende-se por proteção internacional do patrimônio mundial cultural e natural o estabelecimento de sistema de cooperação e de assistência internacional destinado a auxiliar os Estados-partes da Convenção nos esforços empreendidos para preservar e identificar esse patrimônio. 
 
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