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ARTIGO DA GEOLOGIA DO RN

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX 
ENGENHARIA CIVIL 
ANA AMÁLLIA FERNANDES FREIRE 
JOZE SAMARA SANTOS DA COSTA 
MARCUS VINICIUS GADELHA DE MENEZES 
 
GEOLOGIA ESTRUTURAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por objetivo fornecer noções sobre os elementos 
estruturais existentes nas rochas, representadas pelas dobres, falhas e 
fraturas. Outros elementos, como acamamentos das rochas sedimentares ou 
xistosidade das rochas metamórficas, já foram considerados no Curso de 
Elementos de Geologia (Formação das Rochas). A importância dos elementos 
estruturais numa obra de Engenharia, como os túneis, barragens ou cortes 
rodoviários em determinadas áreas podem encontrar zonas de fraqueza ou 
ruptura, causadas por falhas, dobras ou fraturas daquelas rochas. 
 
Palavras Chaves: Geologia, Mineração, Rochas 
 
ABSTRACT 
 
This paper aims to provide notions about existing structural elements in 
rocks, represented by doubles, faults and fractures. Other elements, such as 
beddings of sedimentary rocks or schistosity of metamorphic rocks, have been 
considered in Geology Elements Course (Formation of rocks). The importance 
of the structural elements in a work of engineering, such as tunnels, dams or 
 Este Artigo foi produzido 
para a disciplina de Geologia, 
no curso de Engenharia Civil 
do UNIFACEX, orientado pela 
Msc. Vilaneide Costa. 
 
road cuts in certain areas may find areas of weakness or disruption caused by 
faults, folds or fractures of those rocks. 
 
Key words: Geology, Mining, Mineralog 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
O trabalho a seguir tem como objetivo mostrar a Geologia no Estado do 
Rio Grande do Norte, seu substrato, sua área territorial. As rochas, como elas 
estão constantemente sob a ação de forças que se originam no interior da 
Crosta. As Dobras que são aquelas existentes em certos tipos de rochas. Por 
exemplo, nas formações estratificadas, como rochas vulcânicas e sedimentares 
e seus equivalentes metamórficos. Como também irá mostrar que Falhas são 
rupturas e deslocamentos que ocorrem numa rocha ao longo de um plano, e 
pelo qual as paredes opostas se movem um em relação a outra. Já as Fraturas 
são uma deformação por ruptura. Trata-se de um plano que separa em duas 
partes um bloco de rocha ou de uma camada, e ao longo do qual não se deu 
deslocamento. E por fim, usos e tecnologias de rochas em construção civil. 
 
 
GEOLOGIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
O Estado do Rio Grande do Norte localiza-se geotectonicamente na 
Província Borborema, Subprovíncia Setentrional. Seu substrato é constituído 
por rochas precambrianas que ocupam cerca de 65% de sua área territorial e 
por rochas sedimentares mesocenozóicas que recobrem a porção restante.O 
substrato precambriano compreende três domínios estruturais, o Domínio 
Jaguaribeano, a oeste, o Domínio Rio Piranhas-Seridó, parte central e o 
Domínio São José do Campestre, a leste, limitados por duas importantes zonas 
de cisalhamento brasilianas, a oeste a zona de cisalhamento Portalegre e a 
leste a zona de cisalhamento Picuí- João Câmara. O Domínio Jaguaribeano, 
pouco representativo no estado, congrega predominantemente rochas 
metaplutônicas migmatizadas do Complexo Jaguaretama do Riaciano, uma 
seqüência metassedimentar com metavulcânicas subordinadas correspondente 
ao Grupo Serra de São José e o magmatismo anorogênico da Suíte Serra do 
Deserto, estas últimas unidades do Estateriano. O Domínio Rio Piranhas-
Seridó encerra um embasamento de idade riaciana/orosiriana com prováveis 
remanescentes arqueanos, denominado de Embasamento Rio Piranhas e uma 
cobertura de rochas supracrustais ediacaranas que constituem a Faixa Seridó, 
filiada à Orogênese Brasiliana. 
 
O Embasamento Rio Piranhas é constituído pelo Complexo Caicó, o 
qual encerra unidades metavulcanos sedimentar e metaplutônica, e pela suíte 
sin a tardiorogênica Poço da Cruz. A Faixa Seridó, formada pelo Grupo Seridó, 
consta de uma seqüência inferior metavulcanos sedimentar designada de 
Formação Serra dos Quintos, das unidades de rochas siliciclásticas e 
carbonáticas de ambiente plataformal representadas pelas formações Jucurutu 
e Equador e, no topo, de uma seqüência turbidítica flyschóide pertencente à 
Formação Seridó.O Domínio São José do Campestre apresenta um bloco 
paleo-meso-neoarqueano,o Núcleo Bom Jesus-Presidente Juscelino, em torno 
do qual se aglutinam unidades litoestratigráficas do Riaciano. O núcleo 
arqueano congrega o Metatonalito Bom Jesus que constitui o fragmento de 
crosta mais antigo da plataforma Sul-americana, o Complexo Presidente 
Juscelino formado por ortognaisses e migmatitos de afinidades TTG, o 
Complexo Brejinho que se caracteriza por incluir rochas peraluminosas de 
composição TTG, o Complexo Senador Elói de Souza composto por uma 
associação de rochas metamáficas, e por último o Granitóide São José do 
Campestre que congrega rochas subalcalinas constituindo os termos 
petrográficos mais evoluídos e diferenciados do núcleo arqueano. As unidades 
litoestrati gráficas paleoproterozóicas reúnem os complexos João Câmara, 
Santa Cruz e Serrinha-Pedro Velho. O Rio Grande do Norte foi palco de 
expressivo plutonismo brasiliano de idade ediacarana, cujo episódio principal 
ocorreu no intervalo representado pelas suítes intrusivas. 
 
O Estado do Rio Grande do Norte de conhecida vocação mineral 
marcou, a partir da década de 1940, a sua participação na história da indústria 
extrativa mineral do país, como o primeiro produtor de gipsita, o maior produtor 
nacional de concentrado de scheelita e de sal marinho, grande produtor do 
Nordeste de caulim primário e de concentrado de berilo. O seu potencial 
mineral levou a descoberta de centenas de ocorrências, garimpos, depósitos 
minerais e minas, de substâncias minerais diversas, grande parte delas, 
atualmente integradas ao sistema produtivo. Atualmente o estado destaca-se 
no cenário nacional como o primeiro produtor de sal marinho, o segundo 
produtor de petróleo (primeiro em terra) e o quarto produtor de gás natural. Na 
região nordeste é o maior produtor de telhas e grande produtor de minerais e 
rochas industriais, notadamente feldspato, caulim, mica, calcário e gemas, 
destacando-se a água-marinha e a turmalina. Esta performance coloca o Rio 
Grande do Norte como o quarto maior produtor mineral do país. 
 
A vocação mineira do Nordeste Oriental do Brasil, e em particular do Rio 
Grande do Norte, foi revelada na década de 40, durante a Segunda Guerra 
Mundial, quando se descobriram, na região, substâncias minerais de uso na 
fabricação de artefatos bélicos. Dentre os principais bens minerais potenciais e 
em explotação no Estado destacam-se as águas minerais, as gemas (água 
marinha, ametista, esmeralda, turmalina, quartzo ró-seo, etc.); metais nobres 
(ouro); os metais ferrosos (ferro, molibdênio e tungstê-nio/scheelita); os metais 
não ferrosos e semimetais (berilo, tantalita-columbita, lí-tio/ambligonita e 
espodumênio, etc.); os materiais de uso na construção civil (areia, 
argila,cascalho, pedra britada, rocha ornamental e pedra de cantaria); as 
rochas e minerais industriais (amianto, barita, caulim, diatomita, feldspato, 
gipsita, mica, quartzo, rochas carbonáticas, sal marinho, etc.); e os recursos 
minerais energéticos (tório, urânio, petróleo,gás natural e turfa). 
 
Face à diversidade e potencialidade dos recursos minerais do Estado e 
o tempo Decorrido desde o lançamento em 1998 do último mapa geológico do 
Rio Grande do Norte na escala 1:500.000, elaborado pela parceria UFRN / 
DNPM / PETROBRAS / Governo do Estado, uma nova edição domapa 
estadual, contemplando o estado da arte da Geologia regional fazia-se 
premente. Com mais este lançamento, o Serviço Geológico do Brasil segue 
dando cumprimento à política governamental de atualizar o conhecimento 
geológico do país seja através da retomada dos levantamentos geológicos 
básicos contribuindo dessa forma, com o resgate da infra-estrutura de 
desenvolvimento regional, como subsídio importante à formulação de políticas 
públicas e apoio nas tomadas de decisão de investimentos. Em termos 
macropolíticos, este produto resulta do Programa Geologia do Brasil, do Plano 
Plurianual 2004-2007, cujo objetivo é patrocinar ações que incrementem o 
conhecimento geológico e hidrológico do territó-rio brasileiro. Ao ensejo, 
enaltecemos a importância dessa frutífera parceria institucional, visando não só 
à geração de mapas estaduais, mas à 
 
Consolidação de uma verdadeira política geológica nacional, na certeza 
de que o exemplo Cooperativo persistirá, para além dos interesses transitórios, 
como marco de um novo Tempo na geologia do Brasil. 
 
 
Geologia estrutural, tipos de rochas, tipos de terrenos, mineralogia. 
 
DEFORMAÇÕES DAS ROCHAS 
 
As rochas estão constantemente sob a ação de forças que se originam 
no interior da Crosta. Essas forças causam vários tipos de deformações. 
Por deformação entende-se qualquer variação de forma ou volume ou 
de ambos, que um corpo experimenta quando sujeito à ação de pressões, 
tensões, variações de temperatura, etc. 
As deformações podem ser elásticos, plásticos e por ruptura. Será 
elástica quando, uma vez cessada a causa que o deforma, o corpo retorna à 
forma e volume primitivos. Uma vez ultrapassado o limite de elasticidade de um 
corpo e se este não voltar mais a forma e volume primitivos, dizemos que o 
mesmo sofreu uma deformação plástica. Se o esforço for tal que é 
ultrapassado o limite de plasticidade do corpo, este se rompe, sofrendo ruptura 
ou fratura. 
O efeito da variação de temperatura nas rochas poderá causar 
deformações elásticas, que, contudo, não podem ser facilmente observadas. A 
formação de dobras, falhas e diáclases são exemplos das deformações 
plásticas e de rupturas. 
Certas rochas possuem mais facilidade para se dobrarem e transmitirem 
os esforços recebidos, enquanto outras possuem maior tendência a se 
fraturarem. As primeiras são as rochas competentes e as segundas, as 
incompetentes. 
Como exemplo, rochas competentes são os folhetos e calcários, 
enquanto as rochas arenosas como o quartzito têm tendência a se fraturarem 
(incompetentes). 
 
 
DOBRAS 
 
São aquelas existentes em certos tipos de rochas. Por exemplo, nas 
formações estratificadas, como rochas vulcânicas e sedimentares e seus 
equivalentes metamórficos. Entretanto, qualquer rocha acamada ou com 
alguma orientação pode mostrar-se dobrada como acontece com filitos, 
quartzitos ou gnaisse. O tamanho das rochas é o mais variado, uma vez que, 
enquanto algumas não passam de centímetros, outras atingem grandes 
proporções com centenas de quilômetros de amplitude. 
 
Dobras, assim como falhas, são freqüentemente classificadas em 
tectônicas e atêctonicas, segundo sua origem, As de origem tectônica resultam 
mais ou menos diretamente de forças que operam dentro da crosta da Terra. 
As de origem atectônicas são o resultado de movimentos localizados 
(deslizamentos, acomodações, escorregamentos, avanço de gelo sobre 
sedimentos inconsolidados, etc.) sob influencia de gravidade e na superfície 
terrestre. As dobras de origem atectônicas são inexpressivas, de âmbito local. 
Deve-se observar ainda que com um dobramento ocorrem também 
falhamentos de pequena amplitude, de grande valia na interpretação da 
estrutura resultante. 
Anticlinal: é uma dobra convexa para cima. Significa, em grego, 
“inclinado opostamente”. Refere-se ao fato de, em anticlinais simples, os dois 
flancos mergulharem em direções opostas. 
Sinclinal: é uma dobra côncava para cima. O significado, em grego, é 
“inclinado junto”, por se referir ao fato de, nos mais simples sinclinais, os dois 
flancos mergulharem um em direção ao outro. 
 
RECONHECIMENTO DE DOBRAS 
 
Não é fácil a observação de dobras no campo, principalmente quando são 
de tamanho considerável. Isso em virtude da ação contínua da erosão. Devem-
se levar em consideração vários pontos de observação, numa tentativa de se 
recompor a geometria da antiga dobra. Ex.: na Via Anhanguera, entre Perus e 
São Paulo, os cortes dessa estrada exibem as camadas de filtro nas mais 
variadas posições: mais ou menos no km 35, as camadas aparecem na 
posição vertical. Antes e depois desse ponto, as inclinações das camadas são 
mais suaves. 
 
FALHAS 
 
Falhas são rupturas e deslocamentos que ocorrem numa rocha ao longo 
de um plano, e pelo qual as paredes opostas se movem um em relação a outra. 
A característica essencial é o movimento diferencial de dois blocos ou 
camadas, ao longo de um superfície de fratura ou fraqueza. 
 
RECONHECIMENTO DE FALHAS 
 
As falhas podem produzir escarpas na topografia. Entretanto, vale 
lembrar que nem toda escarpa se originou por falhamento. Há também 
escarpas produzidas por erosão diferencial. Escarpas de falhamento são raras 
no local onde se deu a falha, pois em breve a erosão vai agir recuando o 
escarpamento, formando então escarpas ao longo de linhas de falhas paralelas 
à direção de falhamento, mas não coincidentes nestas. Com o tempo, a erosão 
destrói toda a evidência de falha e esta só pode então ser reconhecida por 
meios indiretos: falta ou repetição de camadas, contato brusco de dois tipos 
litológicos, fontes ou nascentes alinhadas (acompanhando a direção de 
falhamento). É muito útil também a observação de espelhos de falhas, brechas 
e milonitos. Em fotografias aéreas, a mudança brusca da cor do terreno, o 
desvio do curso de um rio, linha de vegetação, etc. são indícios de falhas. 
 
FRATURAS 
 
É uma deformação por ruptura. Trata-se de um plano que separa em 
duas partes um bloco de rocha ou de uma camada, e ao longo do qual não se 
deu deslocamento. 
 
USOS E TECNOLOGIA DE ROCHAS EM CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
O termo rochas ornamentais tem as mais variadas definições. A 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, no prelo) define rocha 
ornamental como material rochoso natural, submetido a diferentes graus ou 
tipos de beneficiamento ou afeiçoamento (bruta, aparelhada, apicoada, 
esculpida ou polida) utilizado para exercer uma função estética. 
 
Rocha para revestimento é definida pela ABNT, como rocha natural que, 
submetida a processos diversos e graus variados de desdobramento e 
beneficiamento, é utilizada no acabamento de superfícies, especialmente pisos 
e fachadas, em obras de construção civil. Essa definição pode ser considerada 
similar à que a American Society for Testing and Materials (ASTM, 2001) 
propõe para dimension stone: pedra natural que foi selecionada, regularizada 
ou cortada em tamanhos e formas especificados ou indicados, com ou sem 
uma ou mais superfícies mecanicamente acabados. 
 
As rochas para revestimento podem ser, dessa forma, consideradas 
produtos do desmonte de materiais rochosos em blocos e de seu subseqüente 
desdobramento em chapas, posteriormente polidas e cortadas em placas. 
 
As duas grandes categorias comerciais de rochas ornamentais e de 
revestimento são os “granitos”, que comercialmente englobam rochas 
silicáticas (ígneas ácidas e intermediárias plutônicas e/ou vulcânicas, 
charnockitos, gnaisses e migmatitos), e o “mármore”, comercialmente 
entendido como qualquer rocha carbonática, tanto de origem sedimentar,como 
metamórfica, passível de polimento. 
 
Ardósias, quartzitos e alguns outros materiais relativamente recentes no 
mercado, como metaconglomerados, também são largamente utilizados como 
rochas para revestimento. Técnica e comercialmente não devem ser 
englobadas nos dois grupos acima, mas ainda não se dispõe de uma 
denominação comercial para elas. 
 
Atualmente, as rochas ornamentais têm sido bastante utilizadas na 
construção civil, constituindo os revestimentos verticais (paredes e fachadas) e 
horizontais (pisos) de exteriores e de interiores de edificações. Respondem 
pela proteção das estruturas e dos substratos contra o intemperismo e agentes 
degradadores, domésticos e industriais, além de exercerem funções estéticas. 
 
As rochas graníticas, pela sua enorme variedade de cores e padrões 
texturais e estruturais, são as mais utilizadas nos revestimentos de exteriores, 
tanto em pisos como fachadas. Os mármores, em geral importados, seguem de 
perto, principalmente no tocante ao revestimento de interiores. 
 
Ardósias, quartzitos foliados (popularmente conhecidos como pedra 
mineira, pedra Goiás etc.) e outras rochas, que, pelo seu processo de extração 
(como por exemplo, a pedra Miracema – um gnaisse), têm superfície rugosa, 
submetidas a processos de beneficiamento somente de esquadrejamento, que 
é utilizada predominantemente no revestimento de exteriores. 
 
O padrão estético, fornecido pela cor, textura, estrutura e 
homogeneidade da rocha, é determinado pelo modo de formação, composição 
mineral, padrões de orientação ou deformação impressos pela história 
geológica etc. Constitui o principal condicionante para o comércio e uso da 
rocha; por sua vez, impostos pelos modismos e não pelas características 
tecnológicas das rochas. 
 
Tecnicamente, considera-se que o aproveitamento da rocha para fins 
ornamentais e para revestimento está relacionado a fatores, além do padrão 
estético, que estão ligados à geologia do material rochoso, no texto também 
referidos como fatores intrínsecos: 
 
 Tipologia do jazimento: definido pela intensidade e tipo de alteração da rocha, 
presença de tensões confinadas, heterogeneidade estrutural e textural, entre 
outros; 
 
 Propriedades físicas e químicas, que condicionarão os usos mais 
adequados da rocha no revestimento de edificações, pois possibilitam a 
previsão da sua durabilidade perante as solicitações de uso: intempéries, 
desgaste abrasivo pelo tráfego de pedestres, danos relacionados às variações 
térmicas etc. 
 
Ou a fatores, muitas vezes de igual importância, mas ligados a outros 
aspectos, referidos como extrínsecos: 
 Processo de extração e beneficiamento: que devem ser adequados ao 
material em questão. Devem, também, ser ponderados os eventuais defeitos 
decorrentes dos métodos/tecnologia de lavra e de beneficiamento (serragem, 
polimento e lustração), assim como o aparecimento ou intensificação de 
microfissuras preexistentes; 
 
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA 
 
A caracterização tecnológica de rochas é realizada por meio de ensaios 
e análises, cujo principal objetivo é a obtenção de parâmetros petrográficos, 
químicos, físicos e mecânicos do material, que permitam a qualificação da 
rocha para uso no revestimento de edificações. 
 
Os ensaios procuram representar as diversas solicitações às quais a 
rocha estará submetida durante todo o processamento até seu uso final, quais 
sejam, extração, esquadrejamento, serragem dos blocos em chapas, polimento 
das placas, recorte em ladrilhos etc. 
 
Ainda são muito raros os ensaios em rochas beneficiadas (ladrilhos ou 
chapas polidas), que visem parâmetros para dimensionamento e de previsão 
de desempenho e durabilidade de rochas para revestimento de fachadas e 
pisos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALHEIROS, M. M.; LIMA FILHO, M. F. A formação Barreiras: revisão geológica 
da faixa sedimentar costeira de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. 
Estudos Geológicos.Série B. Estudos e Pesquisas, v.10,p.77-88, 1991. 
 
ARCHANJO, C. J.; SALIM, J. Posição da Formação Seridó no contexto 
estratigráfico regional (RN-PB). In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO 
NORDESTE, 12, 1986, João Pessoa.Atas do... João Pessoa: SBG. Núcleo 
Nordeste, 1986. 556p. il. (Boletim do Núcleo Nordeste da SBG, 10) p.270-281.

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