PROCEDIMENTOS BÁSICOS E TÉCNICAS DE ENGENHARIA PARA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS ATÉ 02 PAVIMENTOS

1 PROCEDIMENTOS BÁSICOS E T ÉCNICAS DE ENGENHARIA PARA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS ATÉ 02 PAVIMENTOS: 1- PLANEJAMENTO DA OBRA: Toda obra, antes de ser realizada, deve ser planejada quando da aquisição do terreno, a sua legalização, quantificação, detalhamento e custo financeiro: . A aquisição do t erreno deverá ser precedida de consulta à prefeitura qu anto ao zoneamento do terreno a ser adquirido, de f orma a ter informações referente ao que ser quer construir no local e se é permitido o tipo de construção pretendida no local; . A primeira providência apó s se adquirir o terreno é a elaboração de projeto de arquitetura que deve obedecer a legislação municipal existente, sendo adequado ao zoneamento local e normas existentes; . Ap ós a elaboração de proj eto de arquitetura, deve -se iniciar, antes de construir, os projetos de instalações e estrutural; . Com os projetos realizados, deve-se elab orar o orçamento da construçã o, uma vez que com o custo da ob ra em mãos pode o construtor con tratar a mão de obra dent ro dos valores de orçamento e também na hora da compra dos materiais, poderá f azê-lo de forma a obedecer os custos planejados em orçamento; . Após a elabo ração do orçamento da obra, será elaborado o cronograma físico - financeiro que permitir á ao construtor controlar o tem po de execuçã o e o custo financeiro de cada etapa da obra. 2- INSTALAÇÔES PROVISÓRIAS: Com projetos, orçamento e cronograma nem mãos, dará início a instalação de canteiro de obra, onde: . O c anteiro deverá ser planejado para que haja espaço d e se construir o barracão de guarda de materiais, alojamento se necessário, local para estoque de are ia e brit a, instalação provisória de banheiros e inst alação provisória de luz e água; . Locação de eq uipamentos e compra d e ferramentas t ambém faz parte d a instalação provisória. 3- SERVIÇOS PRELIMINARES: Nos serviços preliminares o construtor trabalha a limpeza do terreno e o nivelamento do local de imp lantação da obra (corte e aterro de terreno). Procede também com demolições de edificações, edículas, muros , bases de 2 concreto e tudo mais que o bstrua a con strução e que não seja aproveitado no novo projeto. 4- FUNDAÇÕES: . Inicia-se os serviços de fundação com a marcação da obra, onde a montagem de gabarito auxilia plenamente a marcação dos pilares e paredes da construção. . Com o gabarito, podemos controlar com maior precisão o esquadro da obra para que os erros sejam min imizados e a locação obedecer ao correto posicionamento da construção dentro do terreno; . Com o gab arito executado, passa-se a locar os eixos dos pilares e sapatas a fim de se d ar início as escavações q ue permitirão o assentamento no solo da fundação da edificação; Gabarito de obra. Trabalhando com eixos para locação das sapatas. . A fundação deverá obedecer ao projeto estrutural que será calculado de acordo com os dados fornecidos pela sond agem do terr eno, sendo que desta forma o calculista conseguirá def inir o tipo d e fundação a ser realizada e a melhor profundidade de assentamento desta, que será em solo mais resistente possível, d entro do tipo de fundação q ue será escolh ida pelo calculista; 3 . Cuidados deverão ser tomados na execução, tendo em vista se o t erreno possuir lençol freático, ond e muitas ve zes necessitará rebaixar o nível do lençol com bombas e na con cretagem de sapatas, dev erá, sempre, ser compactado e limpo o fundo da escavação antes da concretagem, a f im d e se eliminar resíduos da escavação assim como lamas e etc...; . Para a moldagem da estrutura em concreto armado, deve -se construir formas de madeira nas dimensões da es trutura determinada em projeto estrutural. Após a confecção das formas, será inserida a armadura de aço antes da concretagem. A armadura deverá ter espaçadores que não a deixem encostar nas paredes da forma ou no fundo do terreno; Forma correta de construção dos baldrames. Vigas em concreto com armadura. . A fu ndação deverá ser moldada com concreto dosad o através de traço de concreto racional, ou seja, com as quantidades de cimento, areia, brita e água dosados. Sabemos que se um concreto tiver excesso de água, esta água em excesso enfraquecerá a resistê ncia do nosso c oncreto, porta nto, muito cuidado na hora da dosagem pois qualquer d os materiais postos a mais desequilibram o traço e enfraquecem o concreto; 4 Enchimento das vigas baldrame com concreto. Procedimento correto. . Na moldagem do concreto, deve- se proceder com a vibração do concreto através de vibradores elétricos que adensarão o concre to. O adensamento deve ser executad o com a inserção da agu lha do vibrados em profundidade de não mais eu 30cm e p or período de 15 segu ndos em cada ponto que for vibrado. Vibrar um determinado ponto por muito tempo faz com que a brita, por ser mais pesada, migre para o fundo havendo separação dos agregados, o que afeta a homogeneidade do concreto. . Apó s a concretagem d a fund ação, podemos ap ós a desforma, realizar o reaterro das cavas das sapatas. O reaterro deve ser em camadas de no máximo 20cm e deve ser compactada com pilão ou compactador mecânico (sapo); A sobra d e material das escavações po derá ser utilizado em at erros da própria obra ou servir de bota-fora. 5- RESPALDO DE ALVENARIA: O respaldo de alve naria consiste em impermeabilizar as vigas bald rame p ara que a umidade ascendente proveniente d o solo não passe p ara a alvenaria em tijolos cerâmicos ou bloc os, de forma a evitar a deterioração dos t ijolos pelo fenômeno EPU (Expansão Por Umidade) e também a de terioração e destacamento do revestimento na base das paredes devido a EPU. A imperm eabilização é executada com o revestimento d a viga b aldrame com argamassa de cimento, areia, cal e impermeabilizante tipo Sika 1 e sobre este uma pintura asfáltica conforme figura abaixo. 5 Aqui, vemos as vigas baldrame com impermeabilização que impossibilita a passagem de água do solo para as paredes. Fundação executada corretamente com sapara e baldrame e m concreto armado e impermeabilização que impede a ascensão de umidade do solo para os tijolos cerâmicos. 6 Fundação construída incorretamente com tijolos cerâmicos no lugar de estrutura em concreto armado. Há ataque de umidade do solo. Aqui, parede com manifestação de umidade. Desprendimento do revestimento. Ocorre quando a viga baldrame não é impermeabilizada. Deterioração dos tijolos 7 Reboco com destacamento em função da umidade do solo que por capilaridade atinge a parede de tijolo s cerâmicos na ausência de impermeabilização do baldrame. 6- SUPERESTRUTURA: Chamamos de superest rutura toda a estrutura em aço, madeira ou concreto armado que estiver sobre a fundação, ou seja, são pilares, vigas e lajes de uma construção. A seguir o s procedimentos de confecção de est rutur a em concreto armado: . Após a concretagem d as vigas baldrame (fundação), podemos inserir as ferragens já montadas dos p ilares, nas dimensões de projeto, f ixando a ferragem do pilar nos ferros de esp era da fundação, que sobem cerca de 60cm acima das vigas baldrame; . Podemos utilizar fôrma s de madeira de d uas formas dist intas para p equenas obras: Utilizar forma s de madeira sem ter iniciado a alvenaria (paredes), fazendo as formas retangulares ou quadradas em mad eira encapando o pilar que já possui a armadur a, fixando-a com escoras ou poderemos tamb ém levantar a alvenaria de t ijolos c erâmicos ou blocos de con creto e deixar o espaço dos pilares que receberão as formas fechando o espaço deixado pela alvenaria no local com as ferragens já colocadas; . Na concretagem dos pilares dever emos tomar o cuidado de lançar o concreto a uma altura máxima d e 02 (dois) metros para evitar que o agregado pesado (brita) caia antes do agregado fino, de forma a não se perder a homogeneidade. Deve-se vibrar o concreto da mesma forma descrita no it em 4 (Fundações); . A desfo rma dos p ilares se dará q uando o concreto atingir resistência suficiente para que es te esteja estabilizado, cerca de dois dias no mínimo. Deve-se examinar o concreto antes da desforma. 8 . Após a desforma deve-se umedecer a superfície do con creto diáriamente para evitar a perda de águ a da peça concretada e assim evitar a perda de resistência do pilar; . As vigas em concreto arma do também poderão ser executadas antes de s e levantar as paredes com fô rma em f orma d e \u201cU\u201d, aberta em cima e escorada s no fundo ou sobre a parede levantada, ou seja, contra -p lacando duas f ormas laterais no topo da parede, onde a face exter na da forma deverá ir até a superfície da laje a ser concret ada e a face interna até o nível de fundo da laje descrita; . As ferr agens deverão ser colocad as dentro da forma de madeira com espaçadores para evitar q ue a ferragem encoste na forma . Deverão ser armadas conforme projeto estrutural; . A concretagem deverá se com lançamento de concreto dosad o racionalmente, umedecendo antes as formas de madeira, na cavidade da forma, vibrando-o com vibrado r eletro-mecânico conforme descrito no item 04 (Fundação); . Deve-se molh ar diariamente as formas de madeira para que o concreto tenha uma boa cura e não perca água; . A d esforma das formas laterais poderá ser f eita an tes, devendo ser analisado se o concreto já possui resistência suficiente para este procedimento. A desforma do fundo , no caso d e vigas escoradas, só será possível após o concreto atingir resist ência de p rojeto, cerca d e 28 dias ou de acordo com os resultados de laboratório (rompimento de corpos de prova); Vigas de concreto armado no topo das paredes de vedação. Recebe as c argas de laje e da cobertura. Vigas de concreto Ausência de pilar. Forma incorreta de execução 9 Na ilustração, vemos a presença correta de pilares e vigas em concreto armado e também observamos a forma incorreta de apoio da estrutura do telhado, onde não há cinta e o apoio está diretam ente sobre os tijolos. . Ap ós a concretagem das vigas, antes mesmo d a desfo rma, poderemos montar a laje que pode ser maciça ou pré -moldada. P ara lajes maciças, montaremos fôrma de fundo no rebaixo interno das fô rmas d as vigas com escoramento de madei ra ou metálico no fu ndo da laje, as sentando as ferragens sobre a fôrma e para lajes pré -moldadas, montaremos as vigotas nos vãos ent re as vigas, justamente apoiadas no rebaixo in terno das f ôrmas das vigas, assentando os blocos cerâmicos entre as vigotas da laje e colocando após a montagem d a laje a armadura de d istribuição, que geralmente é c omo uma tela metálica em ferros de Ø 5,0mm. Estando pronto o assentamento de vigotas e armadura de distribuição e realizando-se o escoramento da laje, deveremos observar a contra- flecha que o calculista pede para o cent ro do vão da laje, molhar as formas e aí sim pod eremos concre tá -la com concreto dosado racionalmente e vibrado conforme descrito anteriormente. O tempo de retirada do escoramento dever a ob edecer 28 dias ou conforme o concreto atingir a resistência de projeto mediante a análise d os resultados de laboratório. Lajes pré-moldada com blocos cerâmicos. Apoio de estrutura d o telhado diretamente sobr e os tijolos na ausência de cinta de concreto armado. Forma de execução incorreta Ausência de contra-verga. Incorreto. Pilar de concreto armado Viga de concreto armado Laje montada faltando armadura de distribuição e ferros negativos 10 Laje treliçada com poliestireno Laje pré-moldada \u2013 modelo com calha nas vigotas Laje treliçada com blocos cerâmicos

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