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GE Teorias Contábeis 02

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Teorias Contábeis
UNIDADE 2
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Para início de conversa
Olá, estudante! Espero que esteja preparado (a) para dar continuidade a nossa jornada de estudos vamos 
dar início a nossa unidade II, conto com sua total dedicação!
 
orientações da disciPlina
Gostaria de lembrar a importância da leitura de seu livro-texto da nossa disciplina, pois ele irá nortear o 
estudo do nosso guia.
Nesse guia você terá ainda algumas indicações de links de vídeos que terão como finalidade comple-
mentar seu aprendizado sobre contabilidade. Dessa forma, todos os links que serão aqui citados serão 
obrigatórios para a sua leitura, quer sejam eles em forma de vídeoaula ou leitura de artigos científicos ou 
termos relacionados à contabilidade, ok?
Nesta segunda unidade você terá a chance de construir sua aprendizagem sobre o Comitê de Pronun-
ciamento Contábeis, certo? Porém, para chegarmos no Comitê de Pronunciamento Contábeis, primeiro 
compreenderemos o Conselho Federal da Contabilidade e os princípios fundamentais da contabilidade, 
ok? Assim, no final dessa unidade você estará apto a compreender:
•	 O Conselho Federal de Contabilidade e os Princípios Contábeis;
•	 A origem do Comitê de Pronunciamentos Contábeis;
•	 A composição do Comitê Pronunciamentos Contábeis;
•	 O objetivo do Comitê de Pronunciamentos Contábeis;
•	 As características básicas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis;
Dessa forma, reafirmo que será de fundamental importância que você faça um estudo do seu livro-texto 
da disciplina antes de iniciar o estudo desse guia e também depois que finalizar o estudo desse guia com 
a finalidade de aprimorar e fixar melhor o seu aprendizado sobre o que será abordado nessa unidade, ok? 
Vamos começar então?
1. o conselHo Federal de contaBilidade 
É importante que você compreenda que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) se trata de uma Autar-
quia Especial Corporativa que apresenta uma personalidade jurídica de direito público. Assim, o Conselho 
Federal de Contabilidade - CFC foi criado e regido por uma legislação específica, a partir do Decreto-Lei 
nº 9.295, de 27 de maio de 1946. 
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Perceba que o CFC possui estrutura, organização e funcionamento regulamentados por uma Resolução 
CFC nº 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprova o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilida-
de.
 
leitura comPlementar
É importante que você acesse ao site do CFC disponível no link, para você conhecer de 
forma mais detalhada o CFC, ok? Boa leitura!
Assim, o CFC é integrado por um representante de cada estado e mais o Distrito Federal, sendo no total 
de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei nº 11.160/05 -, apresenta entre como 
finalidades, a orientação, normatização e fiscalização do exercício da profissão contábil, por intermédio 
dos Conselhos Regionais de Contabilidade , cada um em sua base jurisdicional, ou seja, cada um em sua 
atuação nos Estados e no Distrito Federal. Cabe ainda, ao CFC decidir, em última instância, os recursos 
de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, além de legislar sobre os princípios contábeis, sobre 
o cadastro de qualificação técnica e os programas de educação continuada. Perceba que o CFC realiza a 
edição das Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. 
Uma curiosidade que vale ser conhecida por você é que no ano de 2010 foi sancionada pelo Presidente da 
República a Lei 12.249 /2010, que estabelece a obrigatoriedade do Exame de Suficiência na área contábil.
Neste sentido, com o objetivo de exercer eficazmente a tarefa de normatização dos procedimentos contá-
beis gerais e específicos, o CFC organiza Grupos de Trabalho que estão sempre em atuação na elaboração 
e revisão das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) e dos Princípios Fundamentais de Contabilida-
de, sempre buscando conhecer a realidade atual da profissão contábil. 
Perceba que a atuação do CFC é bem rigorosa e que anualmente, os conselheiros e funcionários da Vi-
ce-presidência de Registro do CFC realizam visitas aos CRCs, provendo as condições técnicas que serão 
necessárias à realização das atividades, buscando verificar a implementação dos procedimentos correla-
tos à área de registro contábil. 
 
Guarde essa ideia!
Observe que a fiscalização do exercício da profissão contábil é exercida pelo Conselho 
Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade, por intermédio 
dos fiscais contratados para esta tarefa e pessoas do Sistema CFC e Conselho Regional 
de Contabilidade (CRC) que são incumbidas de realizar essas funções pela Presidência. 
Veja que os Conselhos de Contabilidade, por meio da sua Fiscalização, apresenta como 
objetivo legal atuar como fator de proteção da sociedade de acordo com os preceitos 
legais do Art. 2° do Decreto-Lei n.º 9.295/46:
http://www.portalcfc.org.br/legislacao/
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“Art. 2º A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os profissionais habilitados 
como contadores e técnicos em contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e 
pelos Conselhos Regionais de Contabilidade a que se refere o Art. 1º.”
Perceba que dessa forma, que é de responsabilidade da Administração dos Conselhos de Contabilidade 
garantir o cumprimento da função institucional que é estabelecida em Lei.
É importante também que você conheça o Art. 10 do Decreto-Lei n.º 9.295/46 e o Art. 18 da Resolução CFC 
n.º 1.370/11 (Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade), que atribui as seguintes funções aos 
Conselhos Regionais de Contabilidade:
a) expedir cédula de identidade para os profissionais e alvará para as organizações contábeis;
b) examinar reclamações e decidir acerca dos serviços de registro e das infrações dos dispositi-
vos legais vigentes, com relação ao exercício profissional; 
c) desenvolver ações necessárias à fiscalização do exercício profissional, impedindo e punindo 
as infrações e representar as autoridades competentes sobre fatos apurados cuja solução não 
seja de sua alçada.
Essa atividade fiscalizadora exercida pelos Conselheiros do CFC, tem como finalidade a valorização da 
imagem da profissão e a proteção ao usuário da Contabilidade. Para alcançar essa finalidade é necessá-
rio um processo de conscientização individual e coletiva da classe contábil no sentido de valorizar cada 
um de seus membros. Dessa forma, podem ser utilizados meios restritivos e coercitivos que cobrem do 
profissional de contabilidade o exercício da dignidade, da responsabilidade e o respeito aos princípios 
profissionais, com o objetivo de que as ações de natureza fiscalizatórias possam proporcionar benefício 
à sociedade.
Dessa forma a atuação fiscalizatória deve buscar:
a) zelar pela observância das leis, dos princípios e as normas reguladoras do exercício da profis-
são contábil;
b) estimular ações de dignidade e probidade na prática da Contabilidade;
c) gerar uma integração profissional e a consolidação dos princípios éticos; 
d) apresentar um comportamento favorável de proteção aos usuários das informações contábeis. 
Assim, podemos destacar que cabe a Vice-Presidência de Fiscalização, Ética e Disciplina do 
CFC assegurar o cumprimento do Art. 2º do Decreto-Lei nº 9.295/46, no que se refere ao auxílio 
à Presidência nas ações de planejamento, execução, avaliação e controle dos objetivos esta-
belecidos para a Fiscalização do Sistema CFC/CRCs.
Existe ainda, uma Câmara de Fiscalização Ética e Disciplina, que é o órgão deliberativo do Conselho Fede-
ral de Contabilidade, conforme afirma o Art. 15, do Regimento Interno do CFC, aprovado pela Resolução 
CFC nº 1252 de 27 de novembro de 2009. Assim, a Câmara de Fiscalização Ética e Disciplina é composta 
por: ”12 (doze) Conselheiros Efetivos e igual número de suplentes, coordenada pelo Vice-presidente de 
Fiscalização, Ética e Disciplina como membro efetivo da Câmara. Dessa forma, de acordo com o § 2º do 
referido artigo, é de competência da Câmara de Fiscalização Ética e Disciplina:
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a) examinar e julgaros recursos das decisões dos Plenários e Tribunais Regionais de Ética e Dis-
ciplina em processos abertos contra pessoas físicas, empresas, profissionais e organizações 
contábeis, exercendo as funções preparatórias de atribuições do Plenário e do Tribunal Supe-
rior de Ética e Disciplina (TSED);
b) sanear, avocar e desenvolver processos de sua competência, determinando as diligências ne-
cessárias à instrução processual;
c) responder a consultas sobre fiscalização, ética e disciplina;
d) examinar matéria sobre fiscalização, ética e disciplina, e propor as medidas e as ações perti-
nentes.
 
Palavras do ProFessor
Bom, agora que você conhece o CFC e já sabe que é de sua competência legislar sobre os princípios fun-
damentais da contabilidade, é muito importante para o seu aprendizado em teorias contábeis, conhecer 
os princípios que norteiam a contabilidade, vamos lá? 
Aperceba que a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Os Princí-
pios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência 
da Contabilidade e confere à Contabilidade uma atuação mais transparente, objetiva e padronizada no 
nosso país. Vamos conhecer então esses princípios? São Princípios Fundamentais de Contabilidade:
•	 O da ENTIDADE;
•	 O da CONTINUIDADE;
•	 O da OPORTUNIDADE;
•	 O do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
•	 O da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
•	 O da COMPETÊNCIA; 
•	 O da PRUDÊNCIA.
Bom, vamos começar a estudar primeiro o princípio da Entidade, ok? Então de acordo com o princípio da 
entidade, o Patrimônio como objeto da Contabilidade confere a entidade a entidade uma autonomia patri-
monial. O que significa isso? Essa autonomia patrimonial, exige a necessidade de diferenciar o Patrimônio 
particular, ou seja, o patrimônio da pessoa física, no universo dos patrimônios existentes, independen-
temente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
Assim de acordo com esse princípio, o patrimônio de um particular não se confunde com aquele dos seus 
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Para você compreender de forma mais clara, 
o princípio da entidade apregoa que o patrimônio da pessoa física não se pode confundir com o patrimônio 
da pessoa jurídica. Dessa forma, o que deve ficar claro para você é que o conjunto de riquezas da pessoa 
jurídica é pertencente à empresa, assim por exemplo, o proprietário não se pode utilizar dos recursos ou 
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do imobilizado da empresa para fins pessoais, certo? Esse foi só um exemplo! Vamos ao próximo princípio 
contábil?
Já o princípio da oportunidade refere-se ao registro dos fatos contábeis em tempo real, ok? Assim, o 
princípio da oportunidade preconiza que os registros contábeis devem obedecer à tempestividade e à 
integridade no registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato 
e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Perceba que o registro 
da oportunidade compreende os elementos quantitativos e qualitativos do registro dos fatos contábeis. 
Dessa forma, o registro deve reconhecer de forma universal as variações que ocorrem no patrimônio da 
ENTIDADE, em um período de tempo determinado, pois será considerado como fonte de informações 
úteis para embasar o processo decisório da gestão das entidades.
Já o princípio do registro pelo valor considera que os componentes do patrimônio devem ser registrados 
pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do 
País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais que possam a vir ocorrer na entidade. 
Para esclarecer para você melhor esse princípio, um exemplo é quando a empresa brasileira realiza uma 
transação com o exterior, correto? Nessa transação, todo registro ou informação a constar no Balanço 
Patrimonial da empresa brasileira deve ser realizado em moeda corrente do Brasil, ok?
O outro princípio importante que você deve compreender é o princípio da atualização monetária, ok? 
Nesse princípio contábil, as variações sofridas pela moeda, como por exemplo sob influência da inflação 
devem ser reconhecidos nos registros contábeis. Dessa forma, a atualização monetária não representa 
nova avaliação, mas, tão somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante 
a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda 
nacional em um dado período.
Vamos então ao princípio da competência? Para esse princípio, as receitas e despesas devem ser consi-
deradas, ou seja, registradas na contabilidade independentemente do seu recebimento, ok? Assim, as re-
ceitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre 
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
Já para o princípio da prudência, o próprio nome já expressa o significado ok? Assim, o princípio da pru-
dência para a contabilidade determina a adoção do menor valor para o ativo e adoção do maior valor para 
o passivo na situação em que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
Esclarecendo para você, esse princípio afirma que o profissional de contabilidade deve sempre buscar 
supervalorizar seus ativos ou seja, atribuir um valor maior para o ativo e um valor menor para o passivo 
com a finalidade de sempre resultar em um menor patrimônio ok? 
Qual objetivo desse princípio para a contabilidade?
 
Quando se trabalha com o menor valor para o ativo e o maior valor para o passivo, a empresa não corre 
o risco de “contar” com um valor no caixa, ou um valor positivo em seu ativo e comprometê-lo posterior-
mente.
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Caro (a) estudante, agora você aprenderá sobre a Origem do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e 
também sobre seu regimento interno, vamos lá?
origem do comitê de Pronunciamentos contábeis 
Caro (a) estudante, é importante que você compreenda que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) 
foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:
•	 ABRASCA;
•	 APIMEC NACIONAL;
•	 BOVESPA;
•	 Conselho Federal de Contabilidade;
•	 FIPECAFI; 
•	 IBRACON.
Assim, o CPC foi criado para atender as seguintes necessidades de:
•	 Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relató-
rios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital);
•	 Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem);
•	 Representação e processos democráticos na produção dessas informações (produtores da in-
formação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).
 
leitura comPlementar
Aprenda mais sobre o CPC no link. Pesquise seus projetos e publicações, faça anota-
ções em seu caderno!
criação e objetivo
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de 
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa 
natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização 
e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais”.
Características Básicas
O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 de seus membros;
O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária;
As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser convidadas futuramente;
http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC
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Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não auferemremuneração.
Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos seguintes órgãos:
•	 Banco Central do Brasil;
•	 Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
•	 Secretaria da Receita Federal;
•	 Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas Comissões e Grupos de 
Trabalho para temas específicos.
Como produtos do CPC você deve conhecer os:
•	 Pronunciamentos Técnicos;
•	 Orientações; e
•	 Interpretações.
Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. As Orientações 
e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo.
Em relação à estrutura do CPC a Assembleia dos Presidentes das Entidades:
•	 Elegem os membros do CPC (representantes das seis entidades), com mandatos de quatro anos 
(exceto metade dos primeiros membros, com dois anos);
•	 Podem, por 3/4 de seus membros, indicar outros membros do CPC;
•	 Podem alterar o Regimento Interno do CPC.
O CPC apresenta ainda, Quatro Coordenadorias:
•	 De Operações;
•	 De Relações Institucionais;
•	 De Relações Internacionais;
•	 Técnica.
Meu caro (a) estudante com a finalidade de ampliar seu aprendizado sobre o CPC, a seguir será apresen-
tado alguns artigos mais importantes do Regimento Interno do CPC:
Regimento Interno do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC
Deste Regimento Interno
Art. 1º O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, idealizado a partir da união de esforços e comu-
nhão de objetivos das seguintes entidades: ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas; 
APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; 
BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; CFC – Conselho Federal de Contabili-
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dade; IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; e FIPECAFI – Fundação Instituto de 
Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras foi, por expressa solicitação desses seus membros com-
ponentes iniciais, formalmente criado pela Resolução nº. 1.055, de 07 de outubro de 2.005 do Conselho 
Federal de Contabilidade – CFC, para que este, além de dele participar, lhe desse a infraestrutura de apoio 
que viabilizasse o atingimento de sua missão.
Do Funcionamento do CPC
Art. 3º O CPC se reunirá no mínimo uma vez por mês, com a presença de mais da metade dos seus mem-
bros, preferencialmente na sede do Conselho Federal de Contabilidade em Brasília (DF), ou na do Conse-
lho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, em São Paulo (SP), ou, então, na sede de uma das 
entidades componentes deste CPC.
Art. 4º A convocação para essas reuniões será efetuada pelo Coordenador Técnico do CPC, ou por 1/3 (um 
terço) dos seus membros, por e-mail a ser fornecido e mantido cadastrado relativamente a cada membro 
ou por outra forma aprovada em reunião do próprio CPC, com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedên-
cia, sendo que esse prazo poderá ser reduzido se todos os membros assim concordarem.
Art. 5º A aprovação dos Pronunciamentos Técnicos, das Orientações e das Interpretações se dará, sempre, 
por no mínimo 2/3 (dois terços) dos membros do CPC.
Art. 6º Para as demais deliberações, inclusive eleição dos Coordenadores e Vice-Coordenadores do CPC, 
a aprovação se dará por maioria simples.
Art. 9º Serão sempre convidados a participar das reuniões do CPC até dois representantes de cada uma 
das seguintes entidades: Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco Central do Brasil – BACEN, Su-
perintendência dos Seguros Privados – SUSEP, Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB, Federação 
Brasileira de Bancos – FEBRABAN e Confederação Nacional da Indústria – CNI.
Art. 10 O CPC poderá convidar ainda para suas reuniões, a critério do seu Coordenador Técnico ou por 
deliberação de 1/3 dos seus membros, especialistas e representantes das agências reguladoras e de 
entidades que possam colaborar com temas específicos.
Art. 12 O CPC poderá, em caráter temporário, criar Comissões compostas por entidades e/ou especialistas 
para assessoramento em assuntos de interesse específico.
Dos documentos emitidos pelo CPC
Art. 13 De acordo com a Resolução CFC nº. 1.055/05, é atribuição do CPC estudar, pesquisar, discutir, ela-
borar e deliberar sobre o conteúdo e a redação de Pronunciamentos Técnicos, podendo, inclusive, emitir 
Interpretações, Orientações, Comunicados e Boletins.
Art. 14 Os Pronunciamentos Técnicos estabelecem conceitos doutrinários, estrutura técnica e procedi-
mentos a serem aplicados.
 
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§ 1º O Pronunciamento Técnico é identificado pela sigla CPC, seguida de numeração sequencial, seguido 
de hífen e denominação, por exemplo, CPC 01 –“Denominação”.
§ 2º Os Pronunciamentos Técnicos, após aprovados, serão divulgados juntamente com:
•	 Sumário; 
•	 Termo de Aprovação;
•	 Relatório de Audiência Pública.
Art. 15 As Interpretações são emitidas para esclarecer, de forma mais ampla, os Pronunciamentos Técni-
cos.
§ 1º A Interpretação é identificada pela sigla ICPC, seguida de numeração sequencial, seguido de hífen e 
denominação, por exemplo, ICPC 01 – “Denominação”.
§ 2º As Interpretações, após aprovadas, serão divulgadas juntamente com:
•	 Termo de Aprovação;
•	 Relatório de Audiência Pública, quando houver.
Art. 16 As Orientações possuem caráter transitório e informativo, destinando-se a dar esclarecimentos 
sobre a adoção dos Pronunciamentos Técnicos e/ou Interpretações.
§ 1º A Orientação é identificada pela sigla OCPC, seguida de numeração sequencial, seguido de hífen e 
denominação, por exemplo, OCPC 01 – “Denominação”.
§ 2º As Orientações, após aprovadas, serão divulgadas juntamente com:
•	 Termo de Aprovação;
•	 Relatório de Audiência Pública, quando houver.
Parágrafo único. Quando houver a revogação de um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orienta-
ção, sua numeração não será reutilizada.
Art. 17 O CPC dará conhecimento público da aprovação ou revogação de seus documentos, por meio dos 
seguintes termos:
•	 Termo de Aprovação – contendo, obrigatoriamente, a informação da Ata da Reunião do CPC em 
que se deu a aprovação do documento;
•	 Termo de Revogação – contendo, obrigatoriamente, a informação da Ata da Reunião do CPC 
em que se deu a revogação do documento;
Art. 18 Com o objetivo de que todos os documentos emitidos pelo CPC estejam convergentes às normas 
internacionais de contabilidade emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB), o CPC 
dará conhecimento público da inclusão de aprimoramentos e de correções em documentos já editados, 
por meio do documento intitulado “Revisão CPC No “X””.
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§ 1º A Revisão CPC é seguida de numeração sequencial, por exemplo, REVISÃO CPC Nº. “X”.
§ 2º As Revisões CPC, após aprovadas, serão divulgadas juntamente com:
•	 Termo de Aprovação;
•	 Relatório de Audiência Pública, se houver.
§ 3º Os documentos revisados serão identificados pela sigla do documento a que se refere, seguido da 
letra R, numeração sequencial, seguido de hífen e denominação, por exemplo, CPC 01 (R1) – “Denomi-
nação”. A letra R identifica que aquele CPC foi revisado e o número 1 identifica que foi realizada uma 
primeira revisão.
§ 4º Os itens revisados serão identificados ao final do novo texto do Pronunciamento Técnico, Interpreta-
ção ou Orientação, pela sigla NR, entre parênteses.
§ 5º A aprovação do documento de Revisão CPC se dará nos termos do Art. 5º deste Regimento Interno.
Art. 19 Os Comunicados têm como objetivo chamar a atenção para algum esclarecimento adicional sobre 
a adoção dos Pronunciamentos Técnicos e/ou Interpretações, além de outros comentários sobre a adoção 
das normas internacionais no Brasil, junto à mídia e demais interessados no tema.
Parágrafo único. Os Comunicados do CPC serão seguidos de numeração sequencial, por exemplo, Comu-
nicado CPC Nº. “X”.
Art. 20 Os Boletins, serão divididos em nacionais e internacionais, e têm como objetivo informar, a todos 
os interessados, as novidades sobre as atividadesdo CPC, sobre normas internacionais e demais assun-
tos correlatos.
Parágrafo único. Os Boletins do CPC, nacionais e internacionais, serão seguidos de numeração sequen-
cial, por exemplo, Boletim CPC Nº. “X”, e Boletim CPC Internacional Nº. “X”, respectivamente.
Da Coordenadoria
Art. 21 A Coordenadoria do CPC é composta de 4 (quatro) Coordenadores, a saber: Coordenador de Ope-
rações, Coordenador de Relações Institucionais, Coordenador de Relações Internacionais e Coordenador 
Técnico, e respectivos Vice-Coordenadores, com mandatos de 2 (dois) anos, com possibilidade de reelei-
ção.
Art. 22 São atribuições do Coordenador de Operações do CPC:
•	 Providenciar junto ao CFC as ações necessárias para firmar convênios visando à adoção dos 
atos do CPC pelas entidades interessadas na matéria técnica; 
•	 Propor ao CFC, depois de aprovado pelo CPC, a assinatura de contratos, acordos, convênios ou 
quaisquer outras formas de colaboração ou cooperação para o atendimento dos seus objetivos;
•	 Dar posse aos membros do CPC;
•	 Manter os livros de posse dos membros do CPC e os de posse dos Coordenadores e Vice-coor-
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denadores e controlar seus respectivos mandatos;
•	 Elaborar o Termo de Posse dos membros, que deve ser aprovado pelo CPC;
•	 Providenciar junto ao CFC, depois de aprovadas pelo CPC, a viabilização das audiências públi-
cas e das divulgações previstas neste regimento;
•	 Providenciar junto ao CFC: estrutura física, biblioteca, recursos humanos, tecnológicos e outros 
para o pleno atendimento dos objetivos do CPC;
•	 Providenciar junto ao CFC para que este proceda à divulgação, inclusive por via eletrônica, dos 
atos do CPC e edite, no mínimo a cada seis meses, material de divulgação de tais atos;
•	 Solicitar ao CFC ações que visem fomentar a divulgação dos atos e decisões do CPC nas enti-
dades de ensino contábil no Brasil;
•	 Encaminhar ao CFC, após aprovação, os Pronunciamentos para homologação do seu Plenário;
•	 Dar conhecimento ao CFC das formações dos Grupos de Trabalho;
•	 Recepcionar as demandas advindas do CFC e, quando aplicável, dar o encaminhamento neces-
sário no âmbito interno do CPC;
•	 Convocar os Presidentes para a Assembleia de que trata o Art. 33;
•	 Elaborar as atas das reuniões do CPC e das Assembleias dos Presidentes;
•	 Elaborar, com o auxílio dos demais membros do CPC, o Relatório de Atividades de que trata o 
Art. 38 e solicitar ao CFC para que efetue sua divulgação; e
•	 Outras que lhe venham a ser solicitadas pelo CPC.
Art. 23 São atribuições do Coordenador de Relações Institucionais do CPC:
•	 Manter os contatos necessários para gestionar junto às entidades reguladoras para aderirem 
e aprovarem os procedimentos técnicos recomendados pelo CPC;
•	 Coordenar a representação do CPC junto às entidades que o compõem, aos governos Fede-
ral, Estaduais e Municipais, em suas esferas Executiva, Legislativa e Judiciária, às agências 
reguladoras, às organizações não governamentais, à imprensa em matéria não técnica e à 
sociedade civil organizada;
•	 Assinar toda correspondência necessária ao relacionamento do CPC com terceiros nacionais;
•	 Preparar e/ou revisar os Comunicados e Boletins do CPC;
•	 Propor ao CPC a data das eleições e posse para os representantes das entidades que o com-
põem;
•	 Outras que lhe venham a ser solicitadas pelo CPC.
Art. 24 São atribuições do Coordenador de Relações Internacionais do CPC:
•	 Coordenar a representação do CPC junto aos organismos internacionais governamentais e 
privados;
•	 Assinar toda correspondência necessária ao relacionamento do CPC com terceiros internacio-
nais;
•	 Acompanhar e reportar todos os assuntos que estejam sendo discutidos pelas principais enti-
dades internacionais que regem as regras contábeis;
•	 Preparar e/ou revisar Comunicados e Boletins do CPC para serem disponibilizados no exterior.
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Art. 25 São atribuições do Coordenador Técnico do CPC:
•	 Convidar, depois de aprovado pelo CPC, os membros dos Grupos de Trabalho que objetivarão a 
consecução dos objetivos previstos neste regimento, disso informando ao CFC;
•	 Elaborar pauta, convocar, coordenar as reuniões do CPC;
•	 Representar o CPC junto à imprensa nas matérias técnicas; e
•	 Outras que lhe venham a ser solicitadas pelo CPC.
Art. 26 São atribuições dos Vice Coordenadores do CPC:
•	 Substituir o respectivo Coordenador em suas ausências ou em seus impedimentos temporários;
•	 Revisar as atas das reuniões do CPC, na forma de rodízio; e
•	 Outras que venham a ser solicitadas pelo CPC.
Art. 27 A posse dos Coordenadores e Vice-Coordenadores se dará pelo CPC na reunião seguinte àquela 
em que forem eleitos, permanecendo até então em vigência o mandato de seus antecessores, com exce-
ção dos primeiros Coordenadores e Vice-Coordenadores a serem eleitos e das situações em que estiver 
havendo impedimento do cumprimento desses mandatos, quando a posse se dará imediatamente após a 
eleição.
Parágrafo único. A posse dos eleitos fica condicionada à subscrição de termo específico evidenciando o 
seu compromisso de atuação, no âmbito do CPC, com isenção de quaisquer interesses particulares.
Da Audiência Pública
Art. 28 Serão submetidas à audiência pública as minutas de Pronunciamentos Técnicos, pelo prazo míni-
mo de 30 (trinta) dias, devendo ser dada ampla divulgação da mesma:
•	 Por correspondência direta e individualizada enviada aos segmentos interessados na matéria 
objeto do Pronunciamento, inclusive as associações e entidades profissionais, tais como as as-
sociações ou federações representativas da indústria, comércio, agricultura, área de serviços, 
setor financeiro, de investidores etc.
•	 Por publicação e divulgação junto aos órgãos de imprensa;
•	 Por mídia eletrônica;
•	 Por reuniões nas principais capitais do país com a participação de membros do CPC ligados ao 
assunto;
•	 Por comunicação a instituições de ensino e/ou pesquisa de Contabilidade;
•	 Por comunicação a outras entidades que tenham interesse direto no Pronunciamento objeto da 
audiência; 
•	 Por outro meio que melhor se ajuste ao pronunciamento objeto da audiência pública.
Parágrafo único. Em situações emergenciais e de interesse público, o prazo de audiência pública poderá 
ser reduzido, desde que aprovado pela maioria absoluta dos membros do CPC.
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Art. 29 As formas mencionadas nas alíneas a e c do Art. 28 serão sempre utilizadas, e as demais serão 
utilizadas conforme a natureza da matéria, devendo os esforços sempre ser direcionados para o máximo 
de divulgação possível junto a todos os interessados.
Art. 30 Poderão também ser submetidas à audiência pública, na forma do Art. 28, as Interpretações e as 
Orientações a serem emitidas pelo CPC.
Dos Grupos de Trabalhos
Art. 31 Os Grupos de Trabalhos – GT – indicados pelo CPC terão por atribuição auxiliá-lo na consecução 
dos seus objetivos, devendo ser formados por proposta de qualquer membro e aprovados pelo CPC.
Art. 32 Os Grupos de Trabalho – GT – serão regidos por regulamento próprio aprovado pelo CPC e serão 
integrados na sua maioria por contadores com registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade.
Da Assembleia dos Presidentes das Entidades
Art. 33 Os Presidentes das entidades representadas no CPC, ou seus prepostos designados por escrito, 
se reunirão quando convocados pelo Coordenador de Operações do CPC ou por 1/3 (um terço) dessas 
entidades em:
§ 1º Assembleia Ordinária, uma vez por ano, para tratar dos seguintes assuntos:
•	 Aprovação do relatório de atividades do CPC, referente ao ano anterior;
•	 Outros assuntos de interesse do CPC.
§ 2º Assembleia Extraordinária, sempre que necessário, para tratar dos seguintes assuntos:
Aprovação das alterações do Regimento Interno do CPC;
Aprovação de convite a outras entidades que venham a integrar o CPC;
Outros assuntos de interesse do CPC.
§ 3º Os Coordenadores do CPC participarão dessas Assembleias com direito a voz, mas sem direito a voto.
§ 4º Em cada reunião os Presidentes das entidades representadasno CPC elegerão, dentre os presentes, 
o Presidente e o Secretário dessa reunião.
Art. 34 Para a aprovação do convite a outras entidades que venham a integrar o CPC, assim como para 
a exclusão de alguma que dele participe, observada a manutenção de equilíbrio entre os setores nele 
representados, serão necessários os votos, no mínimo, de ¾ (três quartos) dos Presidentes das entidades 
nele representadas.
Art. 35 É também competência da Assembleia dos Presidentes a alteração deste Regimento Interno, o que 
ocorrerá por votos favoráveis de ¾ (três quartos) dos seus componentes.
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Art. 36 A convocação para as reuniões da Assembleia dos Presidentes se fará na forma, no prazo e nas 
condições do disposto no Art. 4o.
Do Regimento Administrativo
Art. 37 O CPC elaborará, aprovará e manterá Regimento Administrativo que disporá sobre a sua estrutura 
de apoio, Regulamento dos Grupos de Trabalho e outros instrumentos reguladores necessários à atuação 
do CPC.
Do Relatório de Atividades
Art. 38 O CPC elaborará, ao final de cada ano, Relatório de suas Atividades.
§ 1o O Coordenador de Operações do CPC, com o auxílio dos demais membros, produzirá esse Relatório e 
o submeterá à discussão e à aprovação do CPC.
§ 2o O Relatório de Atividades aprovado pelo CPC será apresentado à Assembleia dos Presidentes e, após 
sua aprovação, divulgado e disponibilizado publicamente via Internet.
 
Palavras do ProFessor
Caro (a) estudante, chegamos ao final da nossa segunda unidade e espero que você esteja assimilando as 
informações do nosso guia de estudo, pois elas são primordiais para sua formação profissional.
Bons estudos e até a próxima unidade!
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