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RESUMO IMUNOLOGIA4

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IMUNOLOGIA 
PROVA 4 
IMUNIDADE FETO/NEONATO 
IMUNIZAÇÃO 
Para induzir imunidade contra um 
agente infeccioso, é necessário que 
o indivíduo seja imunizado contra 
esse agente, de forma ativa ou 
passiva. 
� imunidade ativa: indivíduo é 
exposto ao agente ou partes dele 
� imunidade passiva: indivíduo 
recebe anticorpos ou linfócitos 
produzidos por outro indivíduo. 
Tipos: placentária, colostral, via ovo, 
soro hiperimune 
 
IMUNIDADE PASSIVA 
Imunidade passiva placentária – 
tipos de placenta 
� epitélio-corial (eqüinos e suínos): 
nenhuma passagem de 
imunoglobulinas 
� sinepitélio-corial (ruminantes): 
nenhuma passagem de 
imunoglobulinas 
� edotélio-corial (caninos e 
felinos): pouca passagem e 
imunoglobulinas 
� hemo-corial (humanos, primatas 
e roedores): pouca passagem de 
imunoglobulinas 
Imunidade passiva colostral 
� secretado nas primeiras horas 
pós-parto 
� presença de imunoglobulinas 
� importante principalmente para 
espécies em que não há passagem 
pela placenta 
� Nas aves, imunoglobulinas estão 
presentes na gema DO OVO 
Soro hiperimune 
� anticorpos pré-formados são 
transmitidos para o indivíduo 
� Produzido em espécie heteróloga 
� animal é imunizado 
sucessivamente com o patógeno ou 
antígeno e o soro é coletado 
� animais utilizados para 
produção: aves, coelhos, equinos, 
cobaias… 
� usado no tratamento de 
enfermidades 
� exemplos: soro antiofídico, soro 
anti-parvovirose, soro antitetânico, 
soro anti-rábico 
� riscos de choque anafilático 
 
EXEMPLO: 
Toxóide do tétano 
� 
cavalo imunizado 
� 
soro do cavalo imune (Ig contra o 
tétano) 
� 
cavalo desprotegido 
� 
cavalo protegido 
 
IMUNIDADE ATIVA 
O objetivo é a indução de uma 
resposta imune protetora e 
memória imunológica de forma que 
quando exposto ao patógeno o 
sistema imune do indivíduo seja 
capaz de eliminá-lo 
� vacinação 
� infecção natural 
 
Vacina 
Suspensão de micro-organismos ou 
fragmentos de microrganismos que 
é usado para induzir imunidade. 
Expectativas Imunológicas de uma 
vacina 
� indução de células de Memória 
� boa resposta humoral e celular 
� persistência do antígeno 
Vacina ideal: 
� induzir longa imunidade com 
dose única 
� permanecer estável sem 
refrigeração 
� barata 
 
Vacina viva 
Neste caso, o agente etiológico é 
capaz de replicar 
Vantagens: 
���� estimula resposta imune 
humoral e celular 
� longa duração da imunidade, 
� não necessita adjuvante 
� pequena quantidade de antígeno 
por dose 
� menor número de doses 
(geralmente uma) 
Desvantagens: 
� lábil 
� pode ocorrer reversão à 
virulência (embora raro) 
� não recomendado o uso em 
gestantes 
 
Vacina com agente atenuado 
� métodos clássicos: passagens em 
cultivo celular, passagens em ovos 
embrionários 
� manipulação genética: deleção 
de um gene 
 
Vacinas diferenciais: não há 
resposta contra proteína deletada 
no soro do animal vacinado. 
Somente animais infectados serão 
positivos no ELISA (possuirão 
anticorpos) 
� gene a ser deletado não deve ser 
essencial para replicação do vírus 
� pode atenuar a patogenicidade 
do vírus 
� usos: programas de erradicação, 
diferenciação de animais vacinados 
de animais infectados naturalmente 
 
Vetores virais: características 
� apatogênico para a espécie em 
que a vacina será aplicada 
� possuirem genoma grande 
� serem facilmente manipuláveis 
� não serem disseminados na 
população/ sem imunidade prévia 
� replicar em locais apropriados 
� eefetiva na presença de 
imunidade passiva 
 
Vacina inativada 
Neste caso, o agente etiológico está 
inativado (produtos químicos. Ex.: 
formaldeído, beta propiolactona), 
não pode replicar 
Desvantagens: 
���� curta duração da imunidade (são 
necessários reforços) 
� necessita adjuvante 
���� grande quantidade de antígeno 
por dose 
� maior número de doses (várias) 
Vantagens: 
���� estável 
� sem risco de ocorrer reversão à 
virulência 
� podem ser usadas em gestantes. 
 
Objetivos de um programa de 
vacinação: 
� prevenir as manifestações 
clínicas e suas conseqüências 
� atenuação da doença clínica 
� proteger o feto 
� proteger o neonato 
� reduzir a excreção viral 
 
Adjuvantes: substâncias que tem a 
função de potencializar a resposta 
imunológica induzida por vacinas 
não-replicativas 
� substâncias comumente usadas 
como adjuvantes: sais orgânicos 
(hidróxido de alumínio, fosfato de 
alumínio), componentes de 
bactérias ( LPS, adjuvante completo 
de Freund), partículas lipídicas 
(adjuvante completo de Freund, 
lipossomos), citocinas (IL-1, 2 e 12, 
interferon) 
 
Exemplos de vacinas 
� bovinos: aftosa, brucelose, raiva, 
tristeza parasitária 
� equinos: raiva, influenza, tétano 
� caprinos e ovinos: raiva, ectima, 
leptospirose. FEBRE AFTOSA É 
PROIBIDA 
� cães: raiva, cinomose, 
parvovirose 
� gatos: raiva, panleucotemia, 
leucemia 
� aves: cólera e tifo aviário, doença 
de Marek, doença infecciosa da 
bursa. 
 
HIPERSENSIBILIDADE 
Resposta imune exagerada que 
causa danos ao indivíduo. Sinais 
clínicos iniciados pela exposição a 
um antígeno em uma dose tolerada 
por indivíduos normais. 
Hipersensibilidades mediadas por 
anticorpos: 
� hipersensibilidade tipo I ou 
imediata (IgE) 
� hipersensibilidade tipo II ou 
citotóxica (IgM e IgG) 
� hipersensibilidade tipo III ou 
mediada por complexos (IgG) 
Hipersensibilidade mediada por 
células: 
� hipersensibilidade tipo IV ou 
tardia (Linfócitos T) 
 
Conceitos 
� alergia: reação de 
hipersensibilidade iniciada por 
mecanismos imunológicos 
específicos 
� alérgenos: antígenos que 
provocam reações alérgicas, 
geralmente hipersensibilidade do 
tipo I 
� anafilaxia: reação de 
hipersensibilidade grave sistêmica 
ou generalizada com risco de morte 
� atopia: pré-disposição genética 
para tornar-se sensibilizado e 
produzir anticorpos IgE em resposta 
a alérgenos de ocorrência comum 
no ambiente 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I 
Hipersensibilidade mediada por IgE. 
Ag induz ligação cruzada de IgE 
ligada a mastócitos e basófilos com 
liberação de mediadores vasoativos. 
Manifestações típicas incluem a 
febre do feno, asma, urticária, 
alergias alimentares e eczema. 
Indivíduo Normal 
Antígeno → Linfócito T CD4+→ 
Linfócito B → plasmócito → IgM, 
IgG, IgA... 
Indivíduo Alérgico 
Antígeno → Linfócito T CD4+→ 
Linfócito B → plasmócito: IgG → IgE 
 
Sensibilização prévia: IgE se ligam 
aos mastóciotos/basófilos 
Segundo contato: 
mastócito/basófilo encontra o Ag. 
Ocorre degranulação da célula � 
alergia local ou sistêmica 
 
PAPEL DA INTERLEUCINA 4 
A IL-4 é produzida por células TH2. 
Uma vez liberada, ela promove o 
desenvolvimento de mais células 
TH2, que são as principais fontes 
desta citocina e promovem a 
resposta de IgE. A degranulção de 
mastócitos também libera IL-4, que 
estimula ainda mais a reação. As 
células NK também podem servir de 
fonte inicial de IL-4. A resposta de 
IL-4 é inibida por interferon gama e 
IL-12. 
 
Ag que desencadeiam 
Hipersensibilidade tipo I 
� Ag do amibiente (pólen, ácaros): 
edema e irritação das vias aéreas 
superiores 
� picadas de insetos: aumento da 
permeabilidade vascular e fluxo 
sanguineo na pele 
� constituintes de alimentos: 
vômito, prurido, urticária, anafilaxia 
 
 
 
 
 
 
Manifestação mais severa: 
choque anafilático 
� 
edema, aumento da permeabilidade 
vascular 
� 
colapso circulatório, choque e 
morte 
 
Condições alérgicas específicas 
� alergia alimentar: as 
conseqüências clínicas da alergia 
alimentar podem ser observadas no 
trato digestivo e na pele. 
� alergia a vacinas e drogas 
� alergia a parasitas 
� dermatite atópica 
� complexo granuloma eosinofílico 
no gato 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO II OU 
CITOTÓXICA 
Envolve a destruição de células 
mediada por anticorpos via 
complemento ou ADCC 
Grupos sanguineos e transfusão: 
exposição prévia a epítopos com 
reação cruzada 
� 
resposta contra Ag de grupos 
sanguineos estranhos 
� 
transfsão incompatível 
PARA QUE OCORRA A DOENÇA 
HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO É 
PRECISO: 
� o animal jovem herdar do pai um 
antígeno eritrocitário que não 
estejapresente em sua mãe 
� a mãe deve estar sensibilizada a 
este antígeno do eritrócito 
� a resposta da mãe deve ser 
estimulada repetidamente por 
hemorragia transplacentária ou 
gestações repetidas 
�o animal neonato deve ingerir o 
colostro contendo anticorpos em 
altos títulos contra seus eritrócitos. 
 
REAÇÃO A FÁRMACOS 
Alguns fármacos podem ligar-se aos 
eritrócitos e induzir modificações na 
superfície da célula que farão com 
que ela seja reconhecida como 
estranha e eliminada pela resposta 
imune. Os fármacos também 
podem ligar aos anticorpos 
diretamente e induzir a cascata do 
complemento que irá destruir as 
células. 
 
REAÇÕES EM DOENÇAS 
INFECCIOSAS 
Alguns patógenos induzem 
alterações na superfície dos 
eritrócitos que serão reconhecidos 
como estranhos e destruídos por 
anticorpos e complemento ou 
fagocitados. 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO III 
Ocorre como uma reação 
inflamatória intensa à formação de 
complexos Ag-Ac quando estes são 
produzidos em excesso ou não são 
eliminados. 
Deposição de imunocomplexos nas 
paredes dos vasos e tecidos � 
imunopatologia 
 
Mecanismo: grandes quantidades 
de imunocomplexos podem levar à 
danos teciduais. Quando estes 
imunocomplexos são depositados 
próximos ao local de entrada do Ag 
ocorre uma reação localizada. 
Quando os imunocomplexos são 
formados no sangue, a reação pode 
se desenvolver em qualquer local 
onde estes complexos estejam 
depositados. Os imunocomplexos 
formados pelos Ac e Ag ativam o 
complemento, que produz 
intermediários que medeiam a 
degranulação dos mastócitos e o 
recrutamento de neutrófilos para o 
local da lesão. Muito do dano 
tecidual origina-se da liberação de 
enzimas pelos neutrófilos; o sistema 
complemento também contribui. 
 
HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV OU 
RETARDADA 
Alguns Ag quando injetados na pele 
induzem uma reação inflamatória 
de desenvolvimento lento, 
denominada hipersensibilidade 
retardada, que é mediada por 
células. Céluas TH1 sensibilizadas 
liberam citocinas que ativam os 
macrófagos ou células T citotóxicas 
que medeiam o dano celular direto. 
Manifestações típicas incluem 
dermatite de contato, reações 
tuberculínicas e rejeição de enxerto. 
 
FONTES DE ALÉRGENOS DE 
CONTATO PARA ANIMAIS 
� inseticidas em colares contra 
pulgas, sprays, gotas 
� preservativos usados em 
madeira 
� ceras para assoalho 
� corantes de carpete 
� alguns polens 
� fármacos cutâneas (cremes, 
loções) 
� produtos de couro 
� tintas 
� plantas domésticas

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