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Instrutor: Angelo Costa CONCILIAÇÃO E FECHAMENTO DE BALANÇO PARA EPP E ME ITG 1000 1 2 1. INTRODUÇÃO Denomina-se "conciliação contábil" a análise dos saldos das contas contábeis, e sua respectiva movimentação, visando adequar seu saldo à efetiva realidade, promovendo ajustes necessários na escrituração contábil. Conciliação Contábil O objetivo das conciliações é que as Demonstrações Contábeis espelhem a realidade da entidade dentro dos Princípios, Convenções e Postulados Contábeis. 3 A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise. Conciliação dos Saldos Contábeis As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc. 4 No geral, o processo de conciliação contábil está ativo e se faz necessário em todas as contas do balanço, cada grupo com a sua característica de conferência e controle. Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 5 1º NÍVEL - CLASSE (Sintético) 2º NÍVEL - GRUPO (Sintético) 3º NÍVEL - SUBGRUPO (Sintético) 4º NÍVEL - CONTA (Sintético) 5º NÍVEL - SUBCONTA (Analítico) x . xx . xx . xx . xx. x . (um algarismo) xx . (dois algarismos) 1- A conta Caixa deverá estar em conformidade com os boletins de caixa, caso os mesmos não sejam elaborados pela empresa o Contador deverá examinar o Razão da conta Caixa para evitar lançamentos incorretos; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 6 2- As contas de Adiantamentos e outros créditos devem ser conciliados no sentido de verificar pendências existentes de longa data, as quais não refletem a posição consignada no balancete, bem como atentar para a documentação suporte dos lançamentos contábeis, tais como: contratos, recibos, notas fiscais e outros; 3- A conta de estoque deve estar conferindo obrigatoriamente com o total da posição do Inventário a cada trimestre (Lucro Real Trimestral) ou fechamento anual do balanço (Lucro Real Anual, Lucro Presumido e Simples), se a empresa apura o Imposto de Renda anual com suspensão ou redução, mês a mês deve manter um relatório de estoque não sendo necessário o registro no Livro de Inventário. ; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 7 4- A conta de despesas antecipadas deve estar conciliada com as planilhas de rateio e com os documentos; 5- Nas contas do Realizável em Longo Prazo, a Contabilidade deve verificar se os lançamentos estão suportados por documentos hábeis e se não há lançamentos incorretos. Exemplo: se o pagamento do contrato de mútuo está suportado por recibo, contrato etc.; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 8 6- Se Investimentos relevantes em coligadas ou controladas estão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, haverá a necessidade de analisar o balanço dessas empresas para avaliar os lançamentos contábeis. Lembrando que sobre o resultado positivo da equivalência patrimonial não incide tributação (IRPJ, CSSL, PIS, COFINS) e no caso de resultado negativo não são dedutíveis para fins de IRPJ e CSSL; 7- As contas do Imobilizado e “Diferido” devem estar de acordo com os controles patrimoniais da empresa, caso não existam a Contabilidade deverá manter planilha comprovando as despesas de depreciação e amortização contabilizadas, bem como, através de visualização do Razão Contábil verificar se estão corretos os lançamentos de aquisição do imobilizado e se nas vendas foram baixadas as depreciações e o custo contábil dos bens vendidos; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 9 8- Os tributos a pagar e em dia devem conferir com o pagamento no mês seguinte, os tributos a pagar em atraso devem ser relacionados em planilhas a parte para contabilização dos juros e multas e posterior conferência com os saldos contábeis; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 10 9- Empréstimos e financiamentos devem ser conciliados com o contrato objetivando a contabilização dos juros e das atualizações pelo período de competência e mantidas planilhas de conferência do cálculo dos juros, atualizações monetárias e outras despesas para que a empresa não desembolse a mais do que o estipulado no contrato de empréstimo ou financiamento; 10- As contas do Exigível em longo prazo devem ser verificadas com relação aos documentos suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após encerramento do balanço e planilhas subsidiárias; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 11 11- As contas do Patrimônio Líquido devem refletir o capital social de acordo com o contrato social e alterações, as realizações das reservas de reavaliação motivadas por vendas e depreciações de bens reavaliados e se as movimentações das demais contas, inclusive lucros/prejuízos acumulados, estão corretas; 12- As receitas devem ser conciliadas com o livro de apuração do ICMS, IPI ou do ISS, para evitar lançamentos a maior ou a menor, com consequências tributárias. Até porque em uma fiscalização o fiscal tem o direito de exigir tais livros; Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 12 13- As despesas devem ser consistentes com relação à documentação suporte e à atividade da empresa. É importante que o Contador visualize, através do Razão Contábil, se não há distorções nos lançamentos contábeis das despesas ou classificação indevida. Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. Preparação para o Balanço Patrimonial 13 A previsão da obrigatoriedade de escrituração contábil e apuração do Balanço Patrimonial é decorrente de Lei (Código Civil Brasileiro, artigo 1.179 e seguintes e Lei 6.404/1976 - Lei das S/A, artigo 176 e seguintes). Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do livro razão e conferir sua exatidão. Procedimentos para a elaboração do Balanço 14 No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimonial quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. Registrar todas as operações realizadas e conciliar o saldo dos extratos bancários com os registros contábeis, de modo que o saldo contábil represente, com fidelidade, a realidade patrimonial. Procedimentos para a elaboração do Balanço 15 Cheques pré-datados e cheques não compensados devem ser registrados adequadamente. Os cheques pré-datados, por ser uma obrigação a vencer, deverão ser registrados em rubrica específica, no passivo. BANCOS CONTA MOVIMENTO Contabilizar os juros devidos pelo regime de competência, fazendo o rateio da taxa pelos dias aplicados até a data do balanço. Procedimentos para a elaboração do Balanço 16 APLICAÇÕES FINANCEIRAS No final de cada exercício, as empresas devem inventariar seus estoques de materiais (matérias primas, materiais de embalagem, etc.), produtos acabados e em elaboração, serviços em andamento e mercadorias para revenda. Procedimentos para a elaboração do Balanço 17 INVENTÁRIO DE ESTOQUES O inventário deve ser escriturado no “Livro de Registro de Inventário”, sendo que devem ser observadas as prescrições fiscais exigidas (ICMS, IPI e Imposto de Renda).Efetua-se o ajuste (juros e encargos devidos) dos empréstimos e financiamentos obtidos, conforme previstos nos contratos com as respectivas Instituições Financeiras. Procedimentos para a elaboração do Balanço 18 EMPRÉSTIMOS Contabilizar adequadamente, incluindo juros e multas, das obrigações tributárias vencidas e vincendas (PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS, Contribuições Previdenciárias), inclusive débitos parcelados (REFIS), separando-os conforme o prazo de vencimento das parcelas (passivo circulante as parcelas vencíveis até 12 meses do balanço e as demais no passivo não circulante). Procedimentos para a elaboração do Balanço 19 CONTRIBUIÇÕES TRIBUTÁRIAS A folha de pagamento, incluindo pró-labore, deve ser contabilizada em conta de obrigação, caso não tenha sido integralmente paga até o final do Balanço Patrimonial. Procedimentos para a elaboração do Balanço 20 FOLHA DE PAGAMENTO Através dos relatórios de Recursos Humanos, faz-se o ajuste para a Provisão de Férias. Contabiliza-se o valor devido à Participação nos Lucros ou Resultados dos funcionários e administradores, segundo o regime de competência. Procedimentos para a elaboração do Balanço 21 PROVISÕES Tendo suas formalidades expressas no Decreto Lei 486/1969, a escrituração contábil também pode ser conhecida como “escrituração mercantil ou comercial” e “escrituração tributária ou fiscal.” Escrituração Contábil 22 Define-se como sendo “o registro cronológico e específico da natureza de todos os fatos que ocorrerem na empresa”, esse procedimento tem como uma de suas principais finalidades fornecer a pessoas interessadas informações sobre um patrimônio determinado referente ao negócio. Escrituração Contábil 23 Documentos Fiscais Valores Plano de Contas Classificação Quantitativo Qualitativo Contas Livro Diário O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 24 Lei 10.406/2002 (Novo Código Civil), art. 1.179 Os profissionais de contabilidade estão obrigados a aplicar a ITG 2000. O item 2 da referida Interpretação determina que a mesma deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver. Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 25 Aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/11 Os livros contábeis previstos no Novo Código Civil de 2002 são: G - Diário Geral; Art. 1.180 da Lei 10.406/2002 R - Diário com Escrituração Resumida (vinculado à livro auxiliar); § 1º do Art. 1.184 da Lei 10.406/2002 A - Diário Auxiliar; Z - Razão Auxiliar; § 1º, alínea “b” do Art. 1.184 da Lei 10.406/2002 B - Livro de Balancetes Diários e Balanços; Art. 1.185 da Lei 10.406/2002 Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 26 As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor do Simples Nacional. Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 27 Lei complementar 123/2006, art. 27 Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 28 Resolução 10/2007 do Comitê Gestor Simples Nacional, art. 3º As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão adotar para os registros e controles das operações e prestações por elas realizadas… § 3° A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa. (Incluído pela Resolução CGSN n° 28, de 21 de janeiro de 2008). Lançamentos Contábeis 29 O lançamento deve ser registrado primeiramente no livro Diário, em ordem cronológica, mediante documento que comprove sua legitimidade (nota fiscal, contrato, etc.). Em seguida o lançamento deve ser registrado no livro Razão. O método das partidas simples é utilizado somente para livros caixas e similares. É um método de escrituração simplista onde só interessa um componente do lançamento. No caso do livro caixa, registra-se somente a entrada ou a saída de dinheiro, não importando para onde vai ou de onde veio o recurso. 30 PARTIDA SIMPLES Lançamentos Contábeis O método das partidas dobradas consiste no fato de que para cada débito deve haver um crédito correspondente de igual valor. 31 PARTIDA DOBRADA Sendo assim podemos afirmar que: A soma dos débitos de todas as contas deverá ser sempre igual à soma dos créditos de todas as contas. A soma dos saldos devedores deverá ser sempre igual à soma dos saldos credores. Lançamentos Contábeis Para determinar qual a conta deverá ser debitada e qual a conta deverá ser creditada basta fazer os seguintes questionamentos: 32 PARTIDA DOBRADA 1 – Onde foram aplicados os recursos? Respondendo a essa questão encontramos a conta a ser debitada. 2 – De onde vieram os recursos? Respondendo a essa questão encontramos a conta a ser creditada. Lançamentos Contábeis Para efetuar os lançamentos, serão necessários cinco itens, que são essenciais para uma boa escrituração, proporcionando assim maior fidelidade em suas informações. De acordo com a Resolução CFC nº 1020/2005 são os seguintes: 33 a) Data; b) Conta (s) debitada (s); c) Conta (s) creditada (s); d) Histórico; e) Valor; f) Número do lançamento. Lançamentos Contábeis Dia 18/07/2017 C Cartão Itaucard............................2.000,00 Aquisição de computador para o imobilizado conf. NF 151 da Dell Computadores pago com cartão de crédito. D Computadores e Periféricos.........2.000,00 Lançamentos Contábeis 34 1ª Fórmula 2ª Fórmula 3ª Fórmula 4ª Fórmula Tipos de Lançamentos Lançamentos Contábeis 35 Consiste em uma conta debitada e uma conta creditada. 1ª Fórmula Dia 08/07/2017 C Banco c/ movimento..................12.000,00 Pagamento de Salários ref. a comp. Junho/2017. D Salários a Pagar.........................12.000,00 36 Lançamentos Contábeis Quando há uma conta debitada e mais de uma conta creditada. 2ª Fórmula Dia 18/07/2017 C Financiamento a Pagar.................80.000,00 Aquisição de uma máquina para o imobilizado conf. NF 210 do fornecedor Máquinas Modelo Ltda, sendo 20% a vista e o restante financiado em dez parcelas. D Máquinas e Equipamentos.........100.000,00 C Banco c/ movimento....................20.000,00 37 Lançamentos Contábeis Quando há mais de uma conta debitada e uma conta creditada. 3ª Fórmula Dia 25/07/2017 C Banco c/ movimento....................31.000,00 Pagamento em atraso com juros e multas do ISS ref. a comp. Junho/2017. D ISS a Pagar....................................30.000,00 D Juros e Multas................................1.000,00 38 Lançamentos Contábeis Quando há mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. 4ª Fórmula Dia 31/07/2017 C INSS a Recolher...............................45.000,00 Provisão da folha de pagamento ref. a comp. Julho/2017. D Salários........................................150.000,00 D Hora Extra......................................50.000,00 C Salários a Pagar..............................155.000,0039 Lançamentos Contábeis Regime de Caixa é o procedimento contábil que registra os fatos no momento do recebimento ou do pagamento respectivamente, ou seja, no momento da realização das despesas e receitas. 40 REGIME DE CAIXA Lançamentos Contábeis Esse regime é aplicado em empresas sem fins lucrativos. O Regime de Competência é o método contábil que deve ser utilizado para as entidades sujeito a legislação empresarial. Decorre do Princípio da Competência, um dos sete, aprovados pela Resolução nº 750, de 29/12/1993, do Conselho Federal de Contabilidade, que devem ser observados por todos os contabilistas, visando à uniformização dos procedimentos no desenvolvimento das suas atividades profissionais. 41 REGIME DE COMPETÊNCIA Lançamentos Contábeis 42 2. MUDANÇAS NA CONTABILIDADE Contabilidade formal (Leis) Objetivo: Atender aos interesses dos financiadores (Bancos) Europa Oriental Europa Ocidental Contabilidade por essência (Princípios) Objetivo: Atender aos interesses dos investidores (Acionistas) Brasil Estados Unidos 1939 1940 Órgão: FASB Normas: USGAAP Decreto Lei nº 2.627 Normas: BRGAAP Internacional 1973 Órgão: IAS Normas: IASC 10 países / Londres 1964 Lei nº 6.385 (CVM) Lei das S/A nº 6.404 Art. 177 § 3º CIA Aberta Brasil 2005 Assinatura de Memorando: Eliminar as Divergências das Normas (Prazo : 5 anos) Resolução CFC 1.055 Criação do CPC Internacional 2001 Órgão: IASB Normas: IAS + IFRS (81 Países em Londres) 2007 Estados Unidos 2005 2010 RTT Americano 2008 2009 Lei das S/A 11.638 MP 449 Criação do RTT Lei 11.941 Altera estrutura da s DF’s 2010 CPC PME Resolução CFC 1.255 NBC TG 1000 2014 Lei 12.973 Fim do RTT Fim do RTT Americano CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS • Baseadas mais em princípios do que regras • Prevalência da essência sobre a forma • Aprovadas em conceitos de controle e geração de benefícios e riscos • Requer mais julgamento • Requer participação da empresa e não só do contador 45 Normas IFRS 46 Relação de Normas CFC x NBC’s As Normas Profissionais (PA) estabelecem regras de exercício profissional e classificam-se em: NBC PG – Geral NBC PA – do Auditor Independente NBC PI – do Auditor Interno NBC PP – do Perito As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e Técnicas. (NBC P e NBC T) 47 Relação de Normas CFC x NBC’s As Normas Técnicas (TA) estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de Contabilidade classificam-se em: NBC TG – Geral: Normas completas Normas simplificadas para PMEs Normas especiais NBC TSP – do Setor Público NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica NBC TR – de Revisão de Informação Contábil Histórica NBC TO – de Asseguração de Informação Não Histórica NBC TSC – de Serviço Correlato NBC TI – de Auditoria Interna NBC TP – de Perícia NBC TAG – de Auditoria Governamental 48 ITG x OTG Interpretação Técnica Geral – ITG As ITG – Interpretações Técnicas Gerais tem por objetivo esclarecer a aplicação das NBCs, definindo regras e procedimentos em situações, transações ou atividades específicas, sem alterar a substância dessas normas. Orientação Técnica Geral – OTG A OTG é uma orientação para o cumprimento da Interpretação Técnica Geral que, por sua vez, é uma versão simplificada da Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral. 49 3. ASPECTOS TÉCNICOS EMPRESARIA SIMPLES CARTÓRIO JUNTA COMERCIAL Lei 10.406/2002 SOCIEDADE S/S S/A LTDA ABERTA FECHADA EIRELI MEI 50 M.E.I. Micro Empreendedor Individual M.E. Micro Empresa E.P.P. Empresa de Pequeno Porte P.M.E. Pequena e Média Empresa E.G.P. Empresa de Grande Porte até R$ 6.750 mil reais até R$ 81 mil reais de R$ 6.750 mil reais até R$ 40 mil reais de R$ 81 mil reais até R$ 480 mil reais de R$ 40 mil reais até R$ 400 mil reais de R$ 480 mil reais até R$ 4.800 milhões de R$ 400 mil reais até R$ 25.000 milhões de R$ 4.800 milhões até R$ 300.000 milhões ...acima de R$ 25.000 milhões ...acima de R$ 300.000 milhões Faturamento Mensal......... Anual........... . De acordo com a legislação do M.E.I. Limite para o enquadramento tributário da opção do SIMPLES – até R$ 4.800 milhões P.M.E. é aquela com receita bruta inferior a R$ 300 milhões anuais e ativos inferiores a R$ 240 milhões 51 Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte É a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei 10.406/02(CV), que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar no. 123/06 (alterado pela Lei complementar nº 155/17). 52 EPP´s: Faturamento entre 480.000 e 4.800.000 por ano Micro empresas: Faturamento até 480.000 por ano Optantes pelo Simples Criado pela LC 123/06 – última alteração LC 155/16 Lucro Real Lucro Presumido Não Optantes pelo Simples 78.000.000 ART. 7º da LEI 12.814/2013 53 54 Contabilidade Simplificada A NBC TG 1.000 estabelece a Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, aprovada pela Resolução CFC 1.255/09, com vigência a partir de 01.01.2010. Controladas cujas controladoras não sejam PMEs, podem utilizar a NBC TG 1000, desde que não sejam obrigadas a prestação pública de contas individualmente. A entidade que se encaixa na definição de PME pode utilizar a norma completa, porém, uma vez escolhido este método, deverá utilizá-lo em sua totalidade. EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - PME NBC TG 1000 • Organizada em 35 Seções e um Glossário de Termos; • Simplificação de alguns princípios de reconhecimento, mensuração e divulgação; • Alguns tópicos da norma plena não foram tratados na NBC TG 1000. 55 Contabilidade Simplificada Exemplo: lucro por ação, demonstrações intermediárias, informações por segmento, contratos de seguros. Conjunto Completo das DF’s • Balanço Patrimonial • Demonstração do Resultado • Notas Explicativas • São consideradas opcionais (portanto não estão proibidas): • Demonstração dos Fluxos de Caixa • Demonstração do Resultado Abrangente • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 56 Contabilidade Simplificada Estrutura do Balanço Patrimonial 1 ATIVO 2 PASSIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 Realizável a Longo Prazo 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.2.2 Investimentos 2.3.1 Capital Social 1.2.3 Imobilizado 2.3.2 Reservas de Capital 1.2.4 Intangível 2.3.4 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2.3.5 Reserva de Lucro 2.3.6 Ações em Tesouraria 2.3.7 Prejuízos Acumulados 57 Contabilidade Simplificada DR – Apresentação Mínima Receita Líquida (-) CPV / CMV / CSV = Lucro Bruto (-) Despesas com vendas (-) Despesas gerais (-) Despesas administrativas ( - / + ) Outras despesas e receitas operacionais ( - / + ) Resultado da Equivalência Patrimonial = Resultado antes das receitas e despesas financeiras ( - / + ) Despesas e receitas financeiras = Resultado antes dos tributos sobre lucros (-) Despesacom tributos sobre lucros = Resultado líquido do período 58 Contabilidade Simplificada DR – Apresentação Mínima As despesas poderão ser apresentadas por natureza ou por função: 59 Contabilidade Simplificada • Por natureza: Depreciações, compras de materiais, despesas com transportes, benefícios a empregados, despesas com publicidade etc. • Por função: Sugerida pela legislação brasileira. Exemplo: Custo dos produtos vendidos, despesas administrativas, despesas gerais etc. 60 Contabilidade Simplificada A Interpretação Técnica Geral 1000 estabelece critérios e procedimentos simplificados aplicáveis somente às entidades definidas como “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte”. Sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário, com receita bruta anual até os limites estabelecidos na Lei Complementar 123/06 e suas alterações. A adoção da ITG não desobriga as empresas da manutenção da escrituração contábil dos atos e fatos que provocaram ou possam vir a provocar alteração do seu patrimônio. Ao optar pela aplicabilidade da ITG é preciso avaliar as exigências requeridas de outras legislações aplicáveis. EPP E ME 61 Contabilidade Simplificada Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: EPP E ME 62 Contabilidade Simplificada I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). EPP E ME (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 63 Contabilidade Simplificada II - no caso de empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito EPP E ME § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 64 Contabilidade Simplificada Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. (Lei nº 10.406, de 2002) EPP E ME Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 4. CONTABILIDADE SIMPLIFICADA PARA EPP E ME (ITG 1000) 65 66 ITG 1000 Exigências da Norma - ITG 1000 1 – Escrituração contábil completa pelo regime de competência (ativos, passivos, receitas e despesas); 2 – Lançamentos no Livro Diário feitos diariamente, ou ao final de cada mês desde que tenham suporte em livros e registros auxiliares escriturados de acordo com a ITG 2000 – Escrituração Contábil (Res. CFC 1.330/11); 3 – Contrato de Prestação de Serviços (Res. CFC 987/03); 4 – Carta de Responsabilidade da Administração (Anexo 1); 67 ITG 1000 Exigências da Norma - ITG 1000 5 – Indicar : Nome da entidade, data do balanço, período coberto e data de encerramento; 6 - Demonstrações comparativas com o período anterior; 7 - Itens adicionais ao Balanço e a DRE devem ser incluídos se relevantes e materiais. 68 ITG 1000 Exigências da Norma - ITG 1000 • Demonstrações Contábeis obrigatórias BP – Balanço Patrimonial DRE – Demonstração do Resultado do Exercício NE – Notas Explicativas • Demonstrações Contábeis estimuladas DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa DRA – Demonstração do Resultado Abrangente DMPL – Demonstração das Mutações do PL 69 ITG 1000 Novidades da Norma - ITG 1000 • Plano de contas simplificado • Definição das peças contábeis a saber: -Balanço -DRE -Notas explicativas -Carta de responsabilidade da administração 70 ITG 1000 Plano de Contas Simplificado • Eventuais alterações/ampliações devem levar em conta o porte e as operações de cada empresa, bem como necessidades de controle e informações fiscais e gerenciais. • Quatro níveis conforme Resolução CFC nº 1.020/2005. 71 ITG 1000 72 Plano de Contas, mesmo que simplificado, deve ser elaborado considerando-se as especificidades e natureza das operações realizadas, bem como deve contemplar as necessidades de controle de informações no que se refere aos aspectos fiscais e gerenciais. PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO ITG 1000 73 O Plano de Contas Simplificado, apresentado no Anexo 4 da Interpretação, deve conter, no mínimo, 4 (quatro) níveis, conforme segue: PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO Nível 1: Ativo; Passivo e Patrimônio Líquido; e Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado). ITG 1000 74 PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO Nível 2: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais. ITG 1000 75 PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO Nível 3: Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Caixa e Equivalentes de Caixa. Nível 4: Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Bancos Conta Movimento. ITG 1000 76 PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO Uma exemplificação dos 4 (quatro) níveis descritos no item 41 da ITG 1000 é a seguinte: Nível 1 – Ativo Nível 2 – Ativo Circulante Nível 3 – Caixa e Equivalentes de Caixa Nível 4 – Bancos Conta Movimento ITG 1000 77 ITG 1000 A entidade deve elaborar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e as Notas Explicativas ao final de cada exercício social. Quando houver necessidade, a entidade deve elaborá-los em períodos intermediários. A elaboração do conjunto completo das Demonstrações Contábeis, apesar de não serem obrigatórias é estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 78 ITG 1000 As Demonstrações Contábeis devem ser identificadas, no mínimo, com as seguintes informações: (a) a denominação da entidade; (b) a data de encerramento do período de divulgação e o período coberto; e (c) a apresentação dos valores do período encerrado na primeira coluna e na segunda, dos valores do período anterior. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 79 ITG 1000 No mínimo, o Balanço Patrimonial deve incluir e evidenciar os grupos de contas apresentados no Anexo 2 da Interpretação. No mínimo, a Demonstração do Resultado deve incluir e evidenciar os grupos decontas apresentados no Anexo 3 da Interpretação. Itens adicionais, nomes de grupos e subtotais devem ser apresentados no Balanço Patrimonial ou na Demonstração do Resultado se forem relevantes e materiais para a entidade. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 80 ITG 1000 No mínimo, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis devem incluir: (a) declaração explícita e não reservada de conformidade com esta Interpretação; (b) descrição resumida das operações da entidade e suas principais atividades; (c) referência às principais práticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações contábeis; DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 81 ITG 1000 (d) descrição resumida das políticas contábeis significativas utilizadas pela entidade; (e) descrição resumida de contingências passivas, quando houver; e (f) qualquer outra informação relevante para a adequada compreensão das demonstrações contábeis. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Modelo de Balanço Simplificado ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Caixa e Equivalente de Caixa (aplicações até 90 dias, sem riscos) Fornecedores Contas a receber Empréstimos e Financiamentos Estoques Obrigações Fiscais Outros Créditos Contas a Pagar Estimativas de Perdas (estoques, contas a receber) Provisões 82 Modelo de Balanço Simplificado ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE Contas a Receber Financiamentos Investimentos Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO Intangível Capital Social (-) Depreciação e Amortização Acumulada Reservas de Capital Estimativas de Perdas Ajustes (AVP) Reservas de Lucros Lucros/Prejuízos Acumulados 83 Modelo de DRE Simplificado Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços - Venda de Mercadorias - Venda de Produtos - Venda de Serviços (-) Deduções com Tributos, Abatimentos e Devoluções (=) Receita Líquida (-) Custo das Vendas - Custo das Mercadorias Vendidas - Custo dos Produtos Vendidos - Custo dos Serviços Prestados (=) Lucro Bruto 84 Modelo de DRE Simplificado (-) Despesas Operacionais - Despesas Administrativas - Despesas de Vendas - Outras Despesas Gerais - Despesas Tributárias - Depreciação e Amortização - Perdas Diversas (Impairment) (+/-) Resultado Financeiro - Receitas Financeiras - Despesas Financeiras (+) Outras Receitas (-) Outras Despesas (=) Resultado Antes das Despesas com Tributos sobre o Lucro 85 Modelo de DRE Simplificado (-) Despesa com IR Jurídico (-) Despesa com Contribuição Social (=) Resultado Líquido do Exercício Quem estiver no Simples Nacional registra na linha “Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções” 86 (a) os custos devem compreender todos os custos de aquisição, transformação e outros custos incorridos para trazer os estoques ao seu local e condição de consumo ou venda; (b) cálculo do custo individualizado e/ou PEPS – “Primeiro que entra primeiro que sai” ou método Custo Médio Ponderado; (c) estoques mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido (impairment). 87 Critérios e Procedimentos Contábeis ESTOQUES 88 Critérios e Procedimentos Contábeis O custo dos estoques deve ser calculado considerando os custos individuais dos itens, sempre que possível. Caso não seja possível, o custo dos estoques deve ser calculado por meio do uso do método “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” (PEPS) ou o método do custo médio ponderado. A escolha entre o PEPS e o custo médio ponderado é uma política contábil definida pela entidade e, portanto, esta deve ser aplicada consistentemente entre os períodos. ESTOQUES 89 Critérios e Procedimentos Contábeis Com base nesse método, apura-se o custo em base histórica: o primeiro que entra é o primeiro que sai (PEPS). Também conhecido como FIFO (sigla, em inglês, de “first in, first out”). MÉTODO PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) À medida que ocorrem as saídas, a baixa no estoque é realizada a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que consumimos primeiro as primeiras unidades adquiridas/produzidas, ou seja, a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida. 90 Critérios e Procedimentos Contábeis Aquisições da Matéria Prima A: Quantidade de 50 peças, a custo de R$ 1,00 a unidade, adquirida em 15/dezembro Quantidade de 100 peças, a custo de R$ 1,10 a unidade, adquirida em 30/dezembro No inventário físico efetuado em 31/dezembro, apurou-se que o total de estoques da respectiva matéria prima é de 110 peças. MÉTODO PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) Então teremos: 100 peças à aquisição mais recente (30/dez) x R$ 1,10 = R$ 110,00 10 peças à aquisição anterior (15/dez) x R$ 1.00 = R$ 10,00 Total dos estoques da Matéria Prima A em 31/dez = R$ 120,00. 91 Critérios e Procedimentos Contábeis MÉTODO PEPS 92 Critérios e Procedimentos Contábeis Um item do ativo imobilizado deve ser inicialmente mensurado pelo seu custo. O custo do ativo imobilizado compreende o seu preço de aquisição, incluindo impostos de importação e tributos não recuperáveis, além de quaisquer gastos incorridos diretamente atribuíveis ao esforço de trazê-lo para sua condição de operação. IMOBILIZADO Quaisquer descontos ou abatimentos sobre o valor de aquisição devem ser deduzidos do custo do imobilizado. 93 ITG 1000 Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua tradução literal, deterioração. É uma regra segunda a qual a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível (§ 3 do art. 183 da Lei 6.404/1976). 94 Critérios e Procedimentos Contábeis O valor depreciável (custo menos valor residual) do ativo imobilizado deve ser alocado ao resultado do período de uso, de modo uniforme ao longo de sua vida útil. É recomendável a adoção do método linear para cálculo da depreciação do imobilizado, por ser o método mais simples. IMOBILIZADO 95 Critérios e Procedimentos Contábeis DEPRECIAÇÃO LINEAR ACELERADA A cada ano se deprecia o mesmo valor. Deprecia-se mais no primeiro ano, um pouco menos no segundo ano e assim por diante. 96 Critérios e Procedimentos Contábeis IMOBILIZADO o valor residual é um termo usado para definir o valor de um ativo que sofre depreciação, ao final de sua vida útil. Por exemplo, assumindo que a vida útil de uma máquina seja de 10 anos, então seu valor residual é o valor esperado desta máquina ao ser vendida depois de passados 10 anos. 97 Critérios e Procedimentos Contábeis Se um item do ativo imobilizado apresentar evidências de desvalorização, passando a ser improvável que gerará benefícios econômicos futuros ao longo de sua vida útil, o seu valor contábil deve ser reduzido ao valor recuperável, mediante o reconhecimento de perda por desvalorização ou por não recuperabilidade (impairment). IMOBILIZADO Terreno geralmente possui vida útil indefinida e, portanto, não deve ser depreciado. Edificação possui vida útil limitada e, portanto, deve ser depreciado. 98 Critérios e Procedimentos Contábeis São exemplos de indicadores da redução do valor recuperável, que requerem o reconhecimento de perda por desvalorização ou por não recuperabilidade: (a) declínio significativo no valor de mercado; (b) obsolescência; (c) quebra. IMOBILIZADO • Custo Contábil = preço de aquisição + impostos de importação e tributos não recuperáveis + outros gastosincorridos, (-) descontos ou abatimentos; • Valor Depreciável = custo menos valor residual, alocado ao resultado ao longo de sua vida útil; • Valor Recuperável = aplicar teste de recuperabilidade (impairment) por (a) declínio no valor de mercado; (b) obsolescência; e (c) quebra; • Terreno: não depreciável e segregado das edificações. 99 Critérios e Procedimentos Contábeis IMOBILIZADO •Receitas de venda de produtos, mercadorias e serviços devem ser apresentadas liquidas dos tributos sobre vendas, bem como dos abatimentos e devoluções; •Receita de prestação de serviços deve ser reconhecida na proporção em que o serviço for prestado (work in progress); 100 Critérios e Procedimentos Contábeis RECEITAS Quando houver incerteza sobre o recebimento de contas a receber, deve ser feita uma estimativa da perda, mediante conta retificadora de “perda estimada com créditos de liquidação duvidosa” (Impairment) 101 Critérios e Procedimentos Contábeis RECEITAS Quando houver incerteza sobre o recebimento de valor a receber de clientes, deve ser feita uma estimativa da perda. A perda estimada com créditos de liquidação duvidosa deve ser reconhecida no resultado do período, com redução do valor a receber de clientes por meio de conta retificadora denominada “perda estimada com créditos de liquidação duvidosa”. • São ganhos ou perdas que fogem às atividades usuais da empresa. • Contabilizar em Outras Receitas ou Outras Despesas. • Evidenciar sua natureza em Nota Explicativa. 102 Critérios e Procedimentos Contábeis GANHOS E PERDAS SIGNIFICATIVOS 103 Escrituração A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade, aprovados pela Resolução CFC n.º 750/93, e em conformidade com as disposições contidas nesta Interpretação. Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente. É permitido, contudo, que os lançamentos sejam feitos ao final de cada mês, desde que tenham como suporte os livros ou outros registros auxiliares escriturados em conformidade com a ITG 2000 – Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC n.º 1.330/11. 104 Escrituração Para salvaguardar a sua responsabilidade, o profissional da Contabilidade deve obter Carta e Responsabilidade da administração da entidade para a qual presta serviços, podendo, para tanto, seguir o modelo sugerido no Anexo 1 da Interpretação. A Carta de Responsabilidade deve ser obtida conjuntamente com o contrato de prestação e serviços contábeis de que trata a Resolução CFC n.º 987/03 e renovada ao término de cada exercício social. 105 5. ATIVIDADE PRÁTICA Angelo Costa Contador/Professor 17.383/O-4 contadorangelocosta.blogspot.com.br contadorangelocosta Conceptos Angelo Costa Angelo Costa contador.angelo@gmail.com contadorangelocosta
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