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Slides Conciliação e Fechamento de Balanço para EPP e ME

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Instrutor: Angelo Costa 
CONCILIAÇÃO E FECHAMENTO 
DE BALANÇO PARA EPP E ME 
ITG 1000 
1 
2 
1. INTRODUÇÃO 
Denomina-se "conciliação contábil" a análise dos saldos das contas contábeis, e 
sua respectiva movimentação, visando adequar seu saldo à efetiva realidade, 
promovendo ajustes necessários na escrituração contábil. 
Conciliação Contábil 
O objetivo das conciliações é que as Demonstrações 
Contábeis espelhem a realidade da entidade dentro dos 
Princípios, Convenções e Postulados Contábeis. 
3 
A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com 
uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza 
quanto à exatidão do saldo em análise. 
Conciliação dos Saldos Contábeis 
As fontes de informações mais usuais para verificação 
dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratos 
bancários, as posições de financiamentos e carteiras de 
cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, 
etc. 
4 
No geral, o processo de conciliação contábil está ativo e se faz necessário em 
todas as contas do balanço, cada grupo com a sua característica de conferência 
e controle. 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
5 
 1º NÍVEL - CLASSE (Sintético) 
 2º NÍVEL - GRUPO (Sintético) 
 3º NÍVEL - SUBGRUPO (Sintético) 
 4º NÍVEL - CONTA (Sintético) 
 5º NÍVEL - SUBCONTA (Analítico) 
x . xx . xx . xx . xx. 
x . (um algarismo) 
xx . (dois algarismos) 
 1- A conta Caixa deverá estar em conformidade com os boletins de caixa, caso 
os mesmos não sejam elaborados pela empresa o Contador deverá examinar o 
Razão da conta Caixa para evitar lançamentos incorretos; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
6 
2- As contas de Adiantamentos e outros créditos devem ser conciliados no 
sentido de verificar pendências existentes de longa data, as quais não refletem a 
posição consignada no balancete, bem como atentar para a documentação 
suporte dos lançamentos contábeis, tais como: contratos, recibos, notas fiscais e 
outros; 
 3- A conta de estoque deve estar conferindo obrigatoriamente com o total da posição do 
Inventário a cada trimestre (Lucro Real Trimestral) ou fechamento anual do balanço 
(Lucro Real Anual, Lucro Presumido e Simples), se a empresa apura o Imposto de Renda 
anual com suspensão ou redução, mês a mês deve manter um relatório de estoque não 
sendo necessário o registro no Livro de Inventário. ; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
7 
 4- A conta de despesas antecipadas deve estar conciliada com as planilhas de rateio e 
com os documentos; 
 5- Nas contas do Realizável em Longo Prazo, a Contabilidade deve verificar se os 
lançamentos estão suportados por documentos hábeis e se não há lançamentos 
incorretos. Exemplo: se o pagamento do contrato de mútuo está suportado por recibo, 
contrato etc.; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
8 
 6- Se Investimentos relevantes em coligadas ou controladas estão avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial, haverá a necessidade de analisar o balanço dessas 
empresas para avaliar os lançamentos contábeis. Lembrando que sobre o resultado 
positivo da equivalência patrimonial não incide tributação (IRPJ, CSSL, PIS, COFINS) e 
no caso de resultado negativo não são dedutíveis para fins de IRPJ e CSSL; 
7- As contas do Imobilizado e “Diferido” devem estar de acordo com os controles 
patrimoniais da empresa, caso não existam a Contabilidade deverá manter planilha 
comprovando as despesas de depreciação e amortização contabilizadas, bem como, 
através de visualização do Razão Contábil verificar se estão corretos os lançamentos de 
aquisição do imobilizado e se nas vendas foram baixadas as depreciações e o custo 
contábil dos bens vendidos; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
9 
 8- Os tributos a pagar e em dia devem conferir com o pagamento no mês seguinte, os 
tributos a pagar em atraso devem ser relacionados em planilhas a parte para 
contabilização dos juros e multas e posterior conferência com os saldos contábeis; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
10 
 9- Empréstimos e financiamentos devem ser conciliados com o contrato objetivando a 
contabilização dos juros e das atualizações pelo período de competência e mantidas 
planilhas de conferência do cálculo dos juros, atualizações monetárias e outras despesas 
para que a empresa não desembolse a mais do que o estipulado no contrato de 
empréstimo ou financiamento; 
 10- As contas do Exigível em longo prazo devem ser verificadas com relação aos 
documentos suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após 
encerramento do balanço e planilhas subsidiárias; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
11 
 11- As contas do Patrimônio Líquido devem refletir o capital social de acordo com o 
contrato social e alterações, as realizações das reservas de reavaliação motivadas por 
vendas e depreciações de bens reavaliados e se as movimentações das demais contas, 
inclusive lucros/prejuízos acumulados, estão corretas; 
 12- As receitas devem ser conciliadas com o livro de apuração do ICMS, IPI ou do ISS, 
para evitar lançamentos a maior ou a menor, com consequências tributárias. Até porque 
em uma fiscalização o fiscal tem o direito de exigir tais livros; 
Ajustes e Reclassificações Patrimoniais 
12 
 13- As despesas devem ser consistentes com relação à documentação suporte e à 
atividade da empresa. É importante que o Contador visualize, através do Razão Contábil, 
se não há distorções nos lançamentos contábeis das despesas ou classificação indevida. 
 Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e 
quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da 
Entidade. 
Preparação para o Balanço Patrimonial 
13 
 A previsão da obrigatoriedade de escrituração contábil e apuração do Balanço 
Patrimonial é decorrente de Lei (Código Civil Brasileiro, artigo 1.179 e seguintes e Lei 
6.404/1976 - Lei das S/A, artigo 176 e seguintes). 
 Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento 
do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do livro 
razão e conferir sua exatidão. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
14 
 No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer 
patrimonial quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. 
Registrar todas as operações realizadas e conciliar o saldo dos extratos bancários com os 
registros contábeis, de modo que o saldo contábil represente, com fidelidade, a realidade 
patrimonial. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
15 
 Cheques pré-datados e cheques não compensados devem 
ser registrados adequadamente. Os cheques pré-datados, 
por ser uma obrigação a vencer, deverão ser registrados em 
rubrica específica, no passivo. 
 BANCOS CONTA MOVIMENTO 
Contabilizar os juros devidos pelo regime de competência, 
fazendo o rateio da taxa pelos dias aplicados até a data do 
balanço. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
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 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 
No final de cada exercício, as empresas devem inventariar seus estoques de materiais 
(matérias primas, materiais de embalagem, etc.), produtos acabados e em elaboração, 
serviços em andamento e mercadorias para revenda. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
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 INVENTÁRIO DE ESTOQUES 
O inventário deve ser escriturado no “Livro de Registro de Inventário”, sendo que 
devem ser observadas as prescrições fiscais exigidas (ICMS, IPI e Imposto de 
Renda).Efetua-se o ajuste (juros e encargos devidos) dos 
empréstimos e financiamentos obtidos, conforme previstos 
nos contratos com as respectivas Instituições Financeiras. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
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 EMPRÉSTIMOS 
Contabilizar adequadamente, incluindo juros e multas, das obrigações tributárias vencidas 
e vincendas (PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS, Contribuições Previdenciárias), inclusive 
débitos parcelados (REFIS), separando-os conforme o prazo de vencimento das parcelas 
(passivo circulante as parcelas vencíveis até 12 meses do balanço e as demais no passivo 
não circulante). 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
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 CONTRIBUIÇÕES TRIBUTÁRIAS 
A folha de pagamento, incluindo pró-labore, deve ser 
contabilizada em conta de obrigação, caso não tenha sido 
integralmente paga até o final do Balanço Patrimonial. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
20 
 FOLHA DE PAGAMENTO 
Através dos relatórios de Recursos Humanos, faz-se o 
ajuste para a Provisão de Férias. Contabiliza-se o valor 
devido à Participação nos Lucros ou Resultados dos 
funcionários e administradores, segundo o regime de 
competência. 
Procedimentos para a elaboração do Balanço 
21 
 PROVISÕES 
Tendo suas formalidades expressas no Decreto Lei 486/1969, a escrituração 
contábil também pode ser conhecida como “escrituração mercantil ou comercial” e 
“escrituração tributária ou fiscal.” 
Escrituração Contábil 
22 
Define-se como sendo “o registro cronológico e específico da natureza de todos os fatos 
que ocorrerem na empresa”, esse procedimento tem como uma de suas principais 
finalidades fornecer a pessoas interessadas informações sobre um patrimônio determinado 
referente ao negócio. 
Escrituração Contábil 
23 
Documentos 
Fiscais 
Valores 
Plano de Contas 
Classificação 
Quantitativo Qualitativo 
Contas 
Livro Diário 
 O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de 
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em 
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 
24 
Lei 10.406/2002 (Novo Código Civil), art. 1.179 
 Os profissionais de contabilidade estão obrigados a aplicar a ITG 2000. O item 2 
da referida Interpretação determina que a mesma deve ser adotada por todas as 
entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, 
observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver. 
Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 
25 
Aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/11 
 Os livros contábeis previstos no Novo Código Civil de 2002 são: 
 
G - Diário Geral; Art. 1.180 da Lei 10.406/2002 
R - Diário com Escrituração Resumida (vinculado à livro auxiliar); 
 § 1º do Art. 1.184 da Lei 10.406/2002 
A - Diário Auxiliar; 
Z - Razão Auxiliar; § 1º, alínea “b” do Art. 1.184 da Lei 10.406/2002 
B - Livro de Balancetes Diários e Balanços; Art. 1.185 da Lei 10.406/2002 
Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 
26 
 As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e 
controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor do 
Simples Nacional. 
Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 
27 
Lei complementar 123/2006, art. 27 
Obrigatoriedade da Escrituração Contábil 
28 
Resolução 10/2007 do Comitê Gestor Simples Nacional, art. 3º 
 As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão adotar para os registros 
e controles das operações e prestações por elas realizadas… § 3° A apresentação da 
escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do Livro Razão, dispensa a 
apresentação do Livro Caixa. 
 (Incluído pela Resolução CGSN n° 28, de 21 de janeiro de 2008). 
Lançamentos Contábeis 
29 
 O lançamento deve ser registrado primeiramente no livro Diário, em ordem 
cronológica, mediante documento que comprove sua legitimidade (nota fiscal, contrato, 
etc.). Em seguida o lançamento deve ser registrado no livro Razão. 
O método das partidas simples é utilizado somente 
para livros caixas e similares. É um método de 
escrituração simplista onde só interessa um 
componente do lançamento. No caso do livro caixa, 
registra-se somente a entrada ou a saída de 
dinheiro, não importando para onde vai ou de onde 
veio o recurso. 
30 
 PARTIDA SIMPLES 
Lançamentos Contábeis 
O método das partidas dobradas consiste no fato de que para cada débito deve haver um 
crédito correspondente de igual valor. 
31 
 PARTIDA DOBRADA 
Sendo assim podemos afirmar que: 
 
A soma dos débitos de todas as contas deverá ser sempre igual à soma dos créditos 
de todas as contas. 
A soma dos saldos devedores deverá ser sempre igual à soma dos saldos credores. 
Lançamentos Contábeis 
Para determinar qual a conta deverá ser debitada e qual a conta deverá ser creditada 
basta fazer os seguintes questionamentos: 
32 
 PARTIDA DOBRADA 
1 – Onde foram aplicados os recursos? 
Respondendo a essa questão encontramos a conta a ser debitada. 
 
2 – De onde vieram os recursos? 
Respondendo a essa questão encontramos a conta a ser creditada. 
Lançamentos Contábeis 
Para efetuar os lançamentos, serão necessários cinco itens, que são essenciais para uma 
boa escrituração, proporcionando assim maior fidelidade em suas informações. De acordo 
com a Resolução CFC nº 1020/2005 são os seguintes: 
33 
a) Data; 
b) Conta (s) debitada (s); 
c) Conta (s) creditada (s); 
d) Histórico; 
e) Valor; 
f) Número do lançamento. 
Lançamentos Contábeis 
Dia 18/07/2017 
C Cartão Itaucard............................2.000,00 
 Aquisição de computador para o imobilizado conf. NF 151 da Dell Computadores 
pago com cartão de crédito. 
D Computadores e Periféricos.........2.000,00 
Lançamentos Contábeis 
34 
1ª Fórmula 
2ª Fórmula 
3ª Fórmula 
4ª Fórmula 
Tipos de Lançamentos 
Lançamentos Contábeis 
35 
Consiste em uma conta debitada e uma conta creditada. 
1ª Fórmula 
Dia 08/07/2017 
C Banco c/ movimento..................12.000,00 
Pagamento de Salários ref. a comp. Junho/2017. 
D Salários a Pagar.........................12.000,00 
36 
Lançamentos Contábeis 
Quando há uma conta debitada e mais de uma conta creditada. 
2ª Fórmula 
Dia 18/07/2017 
C Financiamento a Pagar.................80.000,00 
 Aquisição de uma máquina para o imobilizado conf. NF 210 do fornecedor Máquinas Modelo 
Ltda, sendo 20% a vista e o restante financiado em dez parcelas. 
D Máquinas e Equipamentos.........100.000,00 
C Banco c/ movimento....................20.000,00 
37 
Lançamentos Contábeis 
Quando há mais de uma conta debitada e uma conta creditada. 
3ª Fórmula 
Dia 25/07/2017 
C Banco c/ movimento....................31.000,00 
 Pagamento em atraso com juros e multas do ISS ref. a comp. Junho/2017. 
D ISS a Pagar....................................30.000,00 
D Juros e Multas................................1.000,00 
38 
Lançamentos Contábeis 
Quando há mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. 
4ª Fórmula 
Dia 31/07/2017 
C INSS a Recolher...............................45.000,00 
 Provisão da folha de pagamento ref. a comp. Julho/2017. 
D Salários........................................150.000,00 
D Hora Extra......................................50.000,00 
C Salários a Pagar..............................155.000,0039 
Lançamentos Contábeis 
Regime de Caixa é o procedimento contábil que registra os fatos no momento do 
recebimento ou do pagamento respectivamente, ou seja, no momento da realização das 
despesas e receitas. 
40 
 REGIME DE CAIXA 
Lançamentos Contábeis 
Esse regime é aplicado em 
empresas sem fins lucrativos. 
O Regime de Competência é o método contábil que deve ser utilizado para as entidades 
sujeito a legislação empresarial. Decorre do Princípio da Competência, um dos sete, 
aprovados pela Resolução nº 750, de 29/12/1993, do Conselho Federal de Contabilidade, 
que devem ser observados por todos os contabilistas, visando à uniformização dos 
procedimentos no desenvolvimento das suas atividades profissionais. 
41 
 REGIME DE COMPETÊNCIA 
Lançamentos Contábeis 
42 
2. MUDANÇAS NA 
CONTABILIDADE 
Contabilidade formal (Leis) 
 
Objetivo: Atender aos interesses dos 
financiadores (Bancos) 
Europa Oriental 
Europa Ocidental 
Contabilidade por essência (Princípios) 
 
Objetivo: Atender aos interesses dos 
investidores (Acionistas) 
Brasil 
Estados Unidos 1939 
1940 
Órgão: FASB 
 
Normas: USGAAP 
Decreto Lei nº 2.627 
 
Normas: BRGAAP 
Internacional 1973 
Órgão: IAS 
 
Normas: IASC 
 
10 países / Londres 
1964 
Lei nº 6.385 (CVM) 
 
Lei das S/A nº 6.404 
Art. 177 § 3º CIA Aberta 
Brasil 2005 
Assinatura de Memorando: 
Eliminar as Divergências das Normas 
(Prazo : 5 anos) 
Resolução CFC 1.055 
Criação do CPC 
Internacional 2001 
Órgão: IASB 
 
Normas: IAS + IFRS 
 
(81 Países em Londres) 
2007 
Estados Unidos 2005 2010 
RTT Americano 
2008 2009 
Lei das S/A 11.638 
MP 449 
Criação do RTT 
Lei 11.941 
Altera estrutura da s DF’s 
2010 
CPC PME 
Resolução CFC 1.255 
NBC TG 1000 
2014 
Lei 12.973 
Fim do RTT 
Fim do RTT Americano 
CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS 
• Baseadas mais em princípios do que regras 
• Prevalência da essência sobre a forma 
• Aprovadas em conceitos de controle e geração de benefícios e riscos 
• Requer mais julgamento 
• Requer participação da empresa e não só do contador 
45 
Normas IFRS 
46 
Relação de Normas CFC x NBC’s 
As Normas Profissionais (PA) estabelecem regras de exercício profissional e classificam-se 
em: 
 
 NBC PG – Geral 
 NBC PA – do Auditor Independente 
 NBC PI – do Auditor Interno 
 NBC PP – do Perito 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Profissionais e Técnicas. 
 
 (NBC P e NBC T) 
47 
Relação de Normas CFC x NBC’s 
As Normas Técnicas (TA) estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de 
Contabilidade classificam-se em: 
 
 NBC TG – Geral: 
 Normas completas 
 Normas simplificadas para PMEs 
 Normas especiais 
 NBC TSP – do Setor Público 
 NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica 
 NBC TR – de Revisão de Informação Contábil Histórica 
 NBC TO – de Asseguração de Informação Não Histórica 
 NBC TSC – de Serviço Correlato 
 NBC TI – de Auditoria Interna 
 NBC TP – de Perícia 
 NBC TAG – de Auditoria Governamental 
48 
ITG x OTG 
Interpretação Técnica Geral – ITG 
As ITG – Interpretações Técnicas Gerais tem por objetivo esclarecer a aplicação das NBCs, 
definindo regras e procedimentos em situações, transações ou atividades específicas, sem 
alterar a substância dessas normas. 
Orientação Técnica Geral – OTG 
A OTG é uma orientação para o cumprimento da Interpretação Técnica Geral que, por sua 
vez, é uma versão simplificada da Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral. 
49 
3. ASPECTOS 
TÉCNICOS 
EMPRESARIA SIMPLES 
CARTÓRIO JUNTA COMERCIAL 
Lei 10.406/2002 
SOCIEDADE 
S/S S/A LTDA 
ABERTA FECHADA 
EIRELI MEI 
50 
M.E.I. 
Micro 
Empreendedor 
Individual 
M.E. 
Micro Empresa 
E.P.P. 
Empresa de 
Pequeno Porte 
P.M.E. 
Pequena e Média 
Empresa 
E.G.P. 
Empresa de Grande 
Porte 
até R$ 6.750 mil reais 
 
 
 
 
até R$ 81 mil reais 
de R$ 6.750 mil reais 
até R$ 40 mil reais 
 
 
 
de R$ 81 mil reais 
até R$ 480 mil reais 
 
de R$ 40 mil reais 
até R$ 400 mil reais 
 
 
 
de R$ 480 mil reais 
até R$ 4.800 milhões 
de R$ 400 mil reais 
até R$ 25.000 milhões 
 
 
 
de R$ 4.800 milhões 
até R$ 300.000 milhões 
...acima de 
R$ 25.000 milhões 
 
 
 
...acima de 
R$ 300.000 milhões 
Faturamento 
 
 
Mensal......... 
 
 
 
 
Anual...........
. 
De acordo com a 
legislação do M.E.I. 
Limite para o enquadramento tributário da 
opção do SIMPLES – até R$ 4.800 milhões 
 P.M.E. é aquela com receita bruta 
inferior a R$ 300 milhões anuais e ativos 
inferiores a R$ 240 milhões 
51 
Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte 
É a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de 
responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei 
10.406/02(CV), que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita 
bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei 
Complementar no. 123/06 (alterado pela Lei complementar nº 155/17). 
52 
EPP´s: Faturamento entre 480.000 e 4.800.000 por ano 
Micro empresas: Faturamento até 480.000 por ano 
Optantes pelo 
Simples 
Criado pela LC 123/06 – última alteração LC 155/16 
Lucro Real 
Lucro Presumido 
Não Optantes pelo 
Simples 78.000.000 
ART. 7º da LEI 
12.814/2013 
53 
54 
Contabilidade Simplificada 
A NBC TG 1.000 estabelece a Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, aprovada 
pela Resolução CFC 1.255/09, com vigência a partir de 01.01.2010. 
Controladas cujas controladoras não sejam PMEs, podem utilizar a NBC TG 1000, 
desde que não sejam obrigadas a prestação pública de contas individualmente. 
 
A entidade que se encaixa na definição de PME pode utilizar a norma completa, porém, 
uma vez escolhido este método, deverá utilizá-lo em sua totalidade. 
 EMPRESAS DE PEQUENO PORTE - PME 
NBC TG 1000 
• Organizada em 35 Seções e um Glossário de Termos; 
• Simplificação de alguns princípios de reconhecimento, 
mensuração e divulgação; 
• Alguns tópicos da norma plena não foram tratados na NBC TG 
1000. 
55 
Contabilidade Simplificada 
Exemplo: lucro por ação, demonstrações intermediárias, informações 
por segmento, contratos de seguros. 
Conjunto Completo das DF’s 
• Balanço Patrimonial 
• Demonstração do Resultado 
• Notas Explicativas 
 
• São consideradas opcionais (portanto não estão proibidas): 
 
• Demonstração dos Fluxos de Caixa 
• Demonstração do Resultado Abrangente 
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
56 
Contabilidade Simplificada 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
1 ATIVO 2 PASSIVO 
1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
1.2.1 Realizável a Longo Prazo 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
1.2.2 Investimentos 2.3.1 Capital Social 
1.2.3 Imobilizado 2.3.2 Reservas de Capital 
1.2.4 Intangível 2.3.4 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
2.3.5 Reserva de Lucro 
2.3.6 Ações em Tesouraria 
2.3.7 Prejuízos Acumulados 
57 
Contabilidade Simplificada 
DR – Apresentação Mínima 
Receita Líquida 
(-) CPV / CMV / CSV 
= Lucro Bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas gerais 
(-) Despesas administrativas 
( - / + ) Outras despesas e receitas operacionais 
( - / + ) Resultado da Equivalência Patrimonial 
= Resultado antes das receitas e despesas financeiras 
( - / + ) Despesas e receitas financeiras 
= Resultado antes dos tributos sobre lucros 
(-) Despesacom tributos sobre lucros 
= Resultado líquido do período 
58 
Contabilidade Simplificada 
DR – Apresentação Mínima 
As despesas poderão ser apresentadas por natureza ou por função: 
59 
Contabilidade Simplificada 
• Por natureza: Depreciações, compras de materiais, despesas com 
transportes, benefícios a empregados, despesas com publicidade etc. 
• Por função: Sugerida pela legislação brasileira. Exemplo: Custo dos 
produtos vendidos, despesas administrativas, despesas gerais etc. 
60 
Contabilidade Simplificada 
A Interpretação Técnica Geral 1000 estabelece critérios e procedimentos simplificados 
aplicáveis somente às entidades definidas como “Microempresa e Empresa de Pequeno 
Porte”. 
Sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual de responsabilidade 
limitada ou o empresário, com receita bruta anual até os limites estabelecidos na Lei 
Complementar 123/06 e suas alterações. 
A adoção da ITG não desobriga as empresas da manutenção da escrituração contábil 
dos atos e fatos que provocaram ou possam vir a provocar alteração do seu patrimônio. 
Ao optar pela aplicabilidade da ITG é preciso avaliar as exigências requeridas de outras 
legislações aplicáveis. 
EPP E ME 
61 
Contabilidade Simplificada 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou 
empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa 
individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei 
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro 
de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde 
que: 
EPP E ME 
62 
Contabilidade Simplificada 
I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior 
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
 
II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 
EPP E ME 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
63 
Contabilidade Simplificada 
II - no caso de empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e 
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
EPP E ME 
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da 
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados 
e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os 
descontos incondicionais concedidos. 
64 
Contabilidade Simplificada 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens 
ou de serviços. 
(Lei nº 10.406, de 2002) 
EPP E ME 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
4. CONTABILIDADE SIMPLIFICADA 
PARA EPP E ME 
 
(ITG 1000) 
65 
66 
ITG 1000 
Exigências da Norma - ITG 1000 
1 – Escrituração contábil completa pelo regime de competência (ativos, 
passivos, receitas e despesas); 
 
2 – Lançamentos no Livro Diário feitos diariamente, ou ao final de cada 
mês desde que tenham suporte em livros e registros auxiliares 
escriturados de acordo com a ITG 2000 – Escrituração Contábil (Res. 
CFC 1.330/11); 
 
3 – Contrato de Prestação de Serviços (Res. CFC 987/03); 
 
4 – Carta de Responsabilidade da Administração (Anexo 1); 
67 
ITG 1000 
Exigências da Norma - ITG 1000 
5 – Indicar : Nome da entidade, data do balanço, período coberto e data 
de encerramento; 
 
6 - Demonstrações comparativas com o período anterior; 
 
7 - Itens adicionais ao Balanço e a DRE devem ser incluídos se 
relevantes e materiais. 
68 
ITG 1000 
Exigências da Norma - ITG 1000 
• Demonstrações Contábeis obrigatórias 
 BP – Balanço Patrimonial 
 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício 
 NE – Notas Explicativas 
• Demonstrações Contábeis estimuladas 
 DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa 
 DRA – Demonstração do Resultado Abrangente 
 DMPL – Demonstração das Mutações do PL 
69 
ITG 1000 
Novidades da Norma - ITG 1000 
• Plano de contas simplificado 
 
• Definição das peças contábeis a saber: 
 
 -Balanço 
 -DRE 
 -Notas explicativas 
 -Carta de responsabilidade da administração 
70 
ITG 1000 
Plano de Contas Simplificado 
• Eventuais alterações/ampliações devem levar em conta o porte e as 
operações de cada empresa, bem como necessidades de controle e 
informações fiscais e gerenciais. 
 
• Quatro níveis conforme Resolução CFC nº 1.020/2005. 
71 
ITG 1000 
72 
Plano de Contas, mesmo que simplificado, deve ser elaborado 
considerando-se as especificidades e natureza das operações realizadas, 
bem como deve contemplar as necessidades de controle de informações 
no que se refere aos aspectos fiscais e gerenciais. 
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
ITG 1000 
73 
O Plano de Contas Simplificado, apresentado no Anexo 4 da Interpretação, deve 
conter, no mínimo, 4 (quatro) níveis, conforme segue: 
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
Nível 1: Ativo; 
 Passivo e Patrimônio Líquido; e 
 Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado). 
ITG 1000 
74 
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
Nível 2: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. 
 Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. 
 Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas 
 Operacionais. 
ITG 1000 
75 
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
Nível 3: Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas 
 que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Caixa e 
 Equivalentes de Caixa. 
Nível 4: Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por 
exemplo, Bancos Conta Movimento. 
ITG 1000 
76 
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
Uma exemplificação dos 4 (quatro) níveis descritos no item 41 da ITG 1000 
é a seguinte: 
 Nível 1 – Ativo 
 Nível 2 – Ativo Circulante 
 Nível 3 – Caixa e Equivalentes de Caixa 
 Nível 4 – Bancos Conta Movimento 
ITG 1000 
77 
ITG 1000 
A entidade deve elaborar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do 
Resultado e as Notas Explicativas ao final de cada exercício social. Quando 
houver necessidade, a entidade deve elaborá-los em períodos 
intermediários. 
A elaboração do conjunto completo das Demonstrações Contábeis, apesar 
de não serem obrigatórias é estimulada pelo Conselho Federal de 
Contabilidade. 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
78 
ITG 1000 
As Demonstrações Contábeis devem ser identificadas, no mínimo, com as seguintes 
informações: 
(a) a denominação da entidade; 
(b) a data de encerramento do período de divulgação e o período coberto; e 
(c) a apresentação dos valores do período encerrado na primeira coluna e na 
segunda, dos valores do período anterior. 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
79 
ITG 1000 
No mínimo, o Balanço Patrimonial deve incluir e evidenciar os grupos de contas 
apresentados no Anexo 2 da Interpretação. 
 
No mínimo, a Demonstração do Resultado deve incluir e evidenciar os grupos decontas apresentados no Anexo 3 da Interpretação. 
Itens adicionais, nomes de grupos e subtotais devem ser apresentados no 
Balanço Patrimonial ou na Demonstração do Resultado se forem 
relevantes e materiais para a entidade. 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
80 
ITG 1000 
No mínimo, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis devem incluir: 
 
(a) declaração explícita e não reservada de conformidade com esta Interpretação; 
(b) descrição resumida das operações da entidade e suas principais atividades; 
(c) referência às principais práticas contábeis adotadas na elaboração das 
demonstrações contábeis; 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
81 
ITG 1000 
(d) descrição resumida das políticas contábeis significativas utilizadas pela 
entidade; 
(e) descrição resumida de contingências passivas, quando houver; e 
(f) qualquer outra informação relevante para a adequada compreensão das 
demonstrações contábeis. 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Modelo de Balanço Simplificado 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
Caixa e Equivalente de Caixa (aplicações até 90 
dias, sem riscos) 
Fornecedores 
Contas a receber Empréstimos e Financiamentos 
Estoques Obrigações Fiscais 
Outros Créditos Contas a Pagar 
Estimativas de Perdas (estoques, contas a receber) Provisões 
82 
Modelo de Balanço Simplificado 
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Contas a Receber Financiamentos 
Investimentos 
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Intangível Capital Social 
(-) Depreciação e Amortização Acumulada Reservas de Capital 
Estimativas de Perdas Ajustes (AVP) 
Reservas de Lucros 
Lucros/Prejuízos Acumulados 
83 
Modelo de DRE Simplificado 
Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços 
- Venda de Mercadorias 
- Venda de Produtos 
- Venda de Serviços 
(-) Deduções com Tributos, Abatimentos e Devoluções 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo das Vendas 
- Custo das Mercadorias Vendidas 
- Custo dos Produtos Vendidos 
- Custo dos Serviços Prestados 
(=) Lucro Bruto 
84 
Modelo de DRE Simplificado 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas Administrativas 
- Despesas de Vendas 
- Outras Despesas Gerais 
- Despesas Tributárias 
- Depreciação e Amortização 
- Perdas Diversas (Impairment) 
(+/-) Resultado Financeiro 
- Receitas Financeiras 
- Despesas Financeiras 
(+) Outras Receitas 
(-) Outras Despesas 
(=) Resultado Antes das Despesas com Tributos sobre o Lucro 
85 
Modelo de DRE Simplificado 
(-) Despesa com IR Jurídico 
(-) Despesa com Contribuição Social 
(=) Resultado Líquido do Exercício 
Quem estiver no Simples Nacional registra na linha “Deduções de Tributos, Abatimentos e 
Devoluções” 
86 
(a) os custos devem compreender todos os custos de aquisição, transformação e 
outros custos incorridos para trazer os estoques ao seu local e condição de 
consumo ou venda; 
 
(b) cálculo do custo individualizado e/ou PEPS – “Primeiro que entra primeiro que 
sai” ou método Custo Médio Ponderado; 
 
(c) estoques mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido 
(impairment). 
87 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
ESTOQUES 
88 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
 O custo dos estoques deve ser calculado considerando os custos individuais dos itens, 
sempre que possível. Caso não seja possível, o custo dos estoques deve ser calculado 
por meio do uso do método “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” (PEPS) ou o método 
do custo médio ponderado. A escolha entre o PEPS e o custo médio ponderado é uma 
política contábil definida pela entidade e, portanto, esta deve ser aplicada 
consistentemente entre os períodos. 
ESTOQUES 
89 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
Com base nesse método, apura-se o custo em base histórica: o primeiro que entra é o 
primeiro que sai (PEPS). 
 
Também conhecido como FIFO (sigla, em inglês, de “first in, first out”). 
 MÉTODO PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) 
À medida que ocorrem as saídas, a baixa no estoque é realizada a partir das primeiras 
compras, o que equivaleria ao raciocínio de que consumimos primeiro as primeiras 
unidades adquiridas/produzidas, ou seja, a primeira unidade a entrar no estoque é a 
primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida. 
90 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
Aquisições da Matéria Prima A: 
Quantidade de 50 peças, a custo de R$ 1,00 a unidade, adquirida em 15/dezembro 
Quantidade de 100 peças, a custo de R$ 1,10 a unidade, adquirida em 30/dezembro 
No inventário físico efetuado em 31/dezembro, apurou-se que o total de estoques da 
respectiva matéria prima é de 110 peças. 
 MÉTODO PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) 
Então teremos: 
100 peças à aquisição mais recente (30/dez) x R$ 1,10 = R$ 110,00 
10 peças à aquisição anterior (15/dez) x R$ 1.00 = R$ 10,00 
Total dos estoques da Matéria Prima A em 31/dez = R$ 120,00. 
91 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
 MÉTODO PEPS 
92 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
 Um item do ativo imobilizado deve ser inicialmente mensurado pelo seu custo. O 
custo do ativo imobilizado compreende o seu preço de aquisição, incluindo 
impostos de importação e tributos não recuperáveis, além de quaisquer gastos 
incorridos diretamente atribuíveis ao esforço de trazê-lo para sua condição de 
operação. 
IMOBILIZADO 
Quaisquer descontos ou abatimentos sobre o valor de aquisição 
devem ser deduzidos do custo do imobilizado. 
93 
ITG 1000 
Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua tradução 
literal, deterioração. É uma regra segunda a qual a companhia deverá 
efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores 
registrados no imobilizado e no intangível (§ 3 do art. 183 da Lei 
6.404/1976). 
94 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
 O valor depreciável (custo menos valor residual) do ativo imobilizado deve ser 
alocado ao resultado do período de uso, de modo uniforme ao longo de sua vida 
útil. É recomendável a adoção do método linear para cálculo da depreciação do 
imobilizado, por ser o método mais simples. 
IMOBILIZADO 
95 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
DEPRECIAÇÃO 
LINEAR 
ACELERADA 
A cada ano se deprecia o mesmo 
valor. 
Deprecia-se mais no primeiro ano, 
um pouco menos no segundo ano 
e assim por diante. 
96 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
IMOBILIZADO 
o valor residual é um termo usado para definir o valor de um ativo que 
sofre depreciação, ao final de sua vida útil. Por exemplo, assumindo que 
a vida útil de uma máquina seja de 10 anos, então seu valor residual é 
o valor esperado desta máquina ao ser vendida depois de passados 10 
anos. 
97 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
 Se um item do ativo imobilizado apresentar evidências de desvalorização, 
passando a ser improvável que gerará benefícios econômicos futuros ao longo de 
sua vida útil, o seu valor contábil deve ser reduzido ao valor recuperável, mediante 
o reconhecimento de perda por desvalorização ou por não recuperabilidade 
(impairment). 
IMOBILIZADO 
Terreno geralmente possui vida útil indefinida e, portanto, não deve ser depreciado. 
Edificação possui vida útil limitada e, portanto, deve ser depreciado. 
98 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
 São exemplos de indicadores da redução do valor recuperável, que requerem o 
reconhecimento de perda por desvalorização ou por não recuperabilidade: 
 
 (a) declínio significativo no valor de mercado; 
 (b) obsolescência; 
 (c) quebra. 
IMOBILIZADO 
• Custo Contábil = preço de aquisição + impostos de importação e tributos não 
recuperáveis + outros gastosincorridos, (-) descontos ou abatimentos; 
 
• Valor Depreciável = custo menos valor residual, alocado ao resultado ao longo de 
sua vida útil; 
 
• Valor Recuperável = aplicar teste de recuperabilidade (impairment) por 
(a) declínio no valor de mercado; (b) obsolescência; e (c) quebra; 
 
• Terreno: não depreciável e segregado das edificações. 
99 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
IMOBILIZADO 
•Receitas de venda de produtos, mercadorias e serviços devem ser apresentadas 
liquidas dos tributos sobre vendas, bem como dos abatimentos e devoluções; 
 
•Receita de prestação de serviços deve ser reconhecida na proporção em que o 
serviço for prestado (work in progress); 
100 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
RECEITAS 
Quando houver incerteza sobre o recebimento de contas a receber, 
deve ser feita uma estimativa da perda, mediante conta retificadora 
de “perda estimada com créditos de liquidação duvidosa” 
(Impairment) 
101 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
RECEITAS 
Quando houver incerteza sobre o recebimento de valor a receber de 
clientes, deve ser feita uma estimativa da perda. A perda estimada com 
créditos de liquidação duvidosa deve ser reconhecida no resultado do 
período, com redução do valor a receber de clientes por meio de conta 
retificadora denominada “perda estimada com créditos de liquidação 
duvidosa”. 
• São ganhos ou perdas que fogem às atividades usuais da empresa. 
 
• Contabilizar em Outras Receitas ou Outras Despesas. 
 
• Evidenciar sua natureza em Nota Explicativa. 
102 
Critérios e Procedimentos Contábeis 
GANHOS E PERDAS SIGNIFICATIVOS 
103 
Escrituração 
A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de 
Contabilidade, aprovados pela Resolução CFC n.º 750/93, e em conformidade com as 
disposições contidas nesta Interpretação. 
Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente. É permitido, 
contudo, que os lançamentos sejam feitos ao final de cada mês, desde que tenham como 
suporte os livros ou outros registros auxiliares escriturados em conformidade com a ITG 
2000 – Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC n.º 1.330/11. 
104 
Escrituração 
 Para salvaguardar a sua responsabilidade, o profissional da Contabilidade deve obter 
Carta e Responsabilidade da administração da entidade para a qual presta serviços, 
podendo, para tanto, seguir o modelo sugerido no Anexo 1 da Interpretação. 
A Carta de Responsabilidade deve ser obtida conjuntamente com o contrato de prestação 
e serviços contábeis de que trata a Resolução CFC n.º 987/03 e renovada ao término de 
cada exercício social. 
105 
5. ATIVIDADE PRÁTICA 
Angelo Costa 
Contador/Professor 
 17.383/O-4 
contadorangelocosta.blogspot.com.br 
contadorangelocosta 
Conceptos Angelo Costa 
Angelo Costa 
contador.angelo@gmail.com 
contadorangelocosta

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