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CONTABILIDADE
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Carline Rakowski Savariz
Indaial - 2020
2ª Edição
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Carlos Fabiano Fistarol
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Jóice Gadotti Consatti
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Marcelo Bucci
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2019
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
SA265c
 Savariz, Carline Rakowski
 Contabilidade. / Carline Rakowski Savariz. – Indaial: UNIASSELVI, 
2020.
 120 p.; il.
 ISBN 978-65-5646-047-5
 ISBN Digital 978-65-5646-040-6
1. Contabilidade - Estudo e ensino. - Brasil. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci.
CDD 657
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
Introdução à Contabilidade ........................................................ 7
CAPÍTULO 2
Demonstrações Contábeis ........................................................ 39
CAPÍTULO 3
Análise das Demonstrações ..................................................... 81
APRESENTAÇÃO
Parafraseando Warren Buffet (BUFFETT; CLARK, 2007, p. 25), “existem 
muitas maneiras de descrever o que está acontecendo com uma empresa, mas 
seja lá o que se diga, sempre se retorna à língua da contabilidade”. A contabilidade 
é a ciência que estuda o patrimônio, é por meio dela que são elaborados 
demonstrativos e relatórios financeiros demonstrando a situação da empresa em 
determinado período de tempo.
Por meio de uma boa contabilidade, demonstrativos financeiros e com 
conhecimento do que eles representam é que as empresas conseguem ter saúde 
financeira e conduzir as suas atividades, permanecendo competitivas. Nesta 
disciplina você terá uma breve noção dos aspectos fundamentais que envolvem 
uma contabilidade.
No primeiro capítulo desta disciplina serão apresentados a estrutura conceitual 
básica do que é contabilidade, o que é ativo, passivo e patrimônio líquido e como 
é estruturado o patrimônio, as características qualitativas da informação contábil, 
o plano de contas, que permite ao contador organizar e padronizar os registros 
de operações contábeis da empresa e a estrutura das demonstrações contábeis. 
No segundo capítulo, apresentaremos as demonstrações contábeis 
obrigatórias (Demonstração de Resultados, Balanço Patrimonial, Demonstração 
do Fluxo de Caixa, Demonstração das Mutações Patrimoniais, Demonstração 
do Valor Adicionado). Neste capítulo serão apresentados o que compõem a 
demonstração contábil, exemplos de contas e a sua estrutura de acordo com as 
normas contábeis atuais.
No terceiro e último capítulo da disciplina, teremos uma breve noção do que 
é uma análise de balanços, quais são os requisitos básicos para que possam ser 
analisados os indicadores e ter maiores informações sobre a situação financeira 
da empresa, serão apresentados alguns indicadores para análise, que são os 
indicadores de liquidez (liquidez seca, corrente, imediata e geral), endividamento, 
atividade e lucratividade e uma breve introdução à contabilidade de custos. 
Bons estudos!
CAPÍTULO 1
Introdução à Contabilidade
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Saber os aspectos iniciais da contabilidade, tais como a estrutura básica, o 
plano de contas e a estrutura das demonstrações.
• Ter a competência de identificar os aspectos básicos da contabilidade que irão 
conduzi-lo ao aprendizado dos demais conteúdos do livro.
8
 Contabilidade
9
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A contabilidade é uma ciência social que tem por objeto de estudo o 
patrimônio. No primeiro capítulo serão apresentados os elementos básicos que 
compõem a contabilidade, alguns Comitês de Pronunciamentos Contábeis (CPC), 
lei e resoluções que regulam a contabilidade. 
Será de seu conhecimento qual é o objeto de estudo na contabilidade e qual 
é o seu objetivo. Ao final do capítulo, você terá conhecimento do que é ativo, 
passivo e patrimônio líquido, exemplos e definições, as características qualitativas 
da informação contábil e quais são. 
Apresentaremos o plano de contas, seu objetivo e como ele é estruturado, 
uma vez que permite ao contador organizar e padronizar os registros de operações 
contábeis da empresa. Por fim, será apresentada a estrutura das demonstrações 
contábeis. 
2 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA 
DA CONTABILIDADE
A Contabilidade, campo de conhecimento essencial para a formação dos 
agentes decisórios dos mais variados níveis, é fruto concebido da relação entre 
o desenrolar dos fatos econômico-financeiros e sua captação e processamento 
segundo os paradigmas de uma metodologia própria e potencializada pela 
racionalidade científica (IUDÍCIBUS; MARTINS; CARVALHO, 2005). 
A partir dessa afirmativa, entenderemos o funcionamento da contabilidade 
a partir dos aspectos básicos. Conforme exposto anteriormente, para que seja 
possível o agente decisório atuar, entender sua estrutura básica e elementos 
que compõem o patrimônio é fundamental para a formação do conhecimento. A 
contabilidade teve sua origem pautada no comércio e na necessidade de proteção, 
posse e interpretação de fatos ocorridos com sua riqueza. 
 
De acordo com Fábio Besta (1880), um grande estudioso italiano, a 
contabilidade é “a ciência do controle econômico”. A contabilidade é a linguagem 
dos negócios, pois é por meio desta que conseguimos saber como as empresas 
estão se desenvolvendo e como elas podem continuar competitivas no mercado.
Se a contabilidade é a linguagem dos negócios e está ligada ao controle 
econômico, ela também tem objetivos, que de acordo com Castilho, Castilho e 
10
 Contabilidade
Castilho (2010), resume-se em fornecer elementos para os gestores das entidades 
otimizarem suas administrações e para os usuários externos maximizarem os 
investimentos e relacionamentos. Ainda de acordo com os autores supracitados, 
para que a empresa e os interessados nela saibam exatamente como ela está e 
quais os rumos possíveis. Para que isso seja alcançado é primordial que exista 
uma boa contabilidade. Desta forma, o presente capítulo terá como objetivo 
primordial estabelecer os conceitos e os principais elementos que compõem a 
contabilidade. 
2.1 PATRIMÔNIO E SEUS 
COMPONENTES
O patrimônio é o objeto de estudo da contabilidade. “Patrimônio” é definido 
em direito civil como o conjunto de bens, direitos e obrigações economicamente 
apreciáveis, mas o que de fato é bem, direito e obrigação?
FIGURA 1 – O PATRIMÔNIO
FONTE: A autora
Bem: é tudo aquilo que pode ser objeto de direito e está sujeito à 
utilização e à apropriação. 
Bens corpóreos ou tangíveis: têm existência física, podem ser 
tocados e vistos.
• Dinheiro.
•	 Edificações.
•	 Terrenos.
11
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
•	 Veículos.
•	Móveis e utensílios de escritório.
•	 Equipamentos de informática.
•	Máquinas e equipamentos industriais.
•	 Estoque.
Bens incorpóreos ou intangíveis: não existem fisicamente, embora 
não palpáveis ou visíveis podem ser traduzidos em moeda. 
•	 Programas de computador.
•	Marcas.
•	 Patentes de fabricação.
•	 Propriedade literária.
•	 Propriedade científica.
•	 Ponto comercial.
Direitos: são valores a receber ou a recuperar nas transações com 
terceiros. 
•	Duplicatas.
•	Cheques.
•	Operações com mercadorias. 
•	 Impostos a recuperar.
•	Notas promissóriasemitidas por terceiros.
 
Obrigações: são contas a pagar ou a compensar nas transações 
com terceiros.
•	Compra a prazo de mercadorias e bens para uso.
•	 Empréstimos e financiamentos bancários ainda não pagos.
•	 Salários a pagar aos empregados.
•	 Impostos e demais tributos devidos e não pagos.
•	Notas promissórias emitidas pela empresa.
2.1.1 Características qualitativas da 
informação contábil
As demonstrações contábeis são elaboradas e publicadas para auxiliar os 
usuários em geral, já que cada tipo de usuário tem suas próprias finalidades. Por 
exemplo, o usuário credor utilizará as demonstrações contábeis para conceder 
créditos ou não àquela empresa, fornecedores utilizam as demonstrações 
12
 Contabilidade
contábeis para conceder maiores prazos e negociação e investidores para saber 
a situação da empresa e decidir se investem ou não nela.
Portanto, as demonstrações contábeis são elaboradas de forma que possam 
atender às necessidades desses usuários sem que haja prejuízo no tocante à 
tomada de decisões. Com base nisso, as demonstrações contábeis atendem a 
características qualitativas que são de grande importância para o processo de 
elaboração das demonstrações e, consequentemente, auxiliam o tomador de 
decisão.
De acordo com o CPC 00 (2011, s.p.):
As características qualitativas da informação contábil-financeira 
útil identificam os tipos de informação que muito provavelmente 
são reputadas como as mais úteis para investidores, credores 
por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial, 
para tomada de decisões acerca da entidade que reporta 
com base na informação contida nos seus relatórios contábil-
financeiros (informação contábil-financeira).
 
Ainda conforme o CPC 00, as características qualitativas da informação 
contábil-financeira útil devem ser aplicadas à informação contábil-financeira 
fornecida pelas demonstrações contábeis, assim como à informação contábil-
financeira fornecida por outros meios. 
Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante 
e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da 
informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, 
tempestiva e compreensível (CPC 00, 2011). 
13
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
QUADRO 1 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Características qualitativas fundamentais
Relevância •	 Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz 
de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas 
pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer dif-
erença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuári-
os decidirem não a levar em consideração, ou já tiverem 
tomado ciência de sua existência por outras fontes.
•	 A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença 
nas decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou 
ambos.
•	 A informação contábil-financeira tem valor preditivo se 
puder ser utilizada como dado de entrada em processos 
empregados pelos usuários para predizer futuros resulta-
dos. A informação contábil-financeira não precisa ser uma 
predição ou uma projeção para que possua valor predi-
tivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo 
é empregada pelos usuários ao fazerem suas próprias 
predições.
•	 A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se 
retroalimentar – servir de feedback – avaliações prévias 
(confirmá-las ou alterá-las).
•	 O valor preditivo e o valor confirmatório da informação 
contábil-financeira estão inter-relacionados. A informação 
que tem valor preditivo muitas vezes também tem valor 
confirmatório. Por exemplo, a informação sobre receita 
para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base 
para predizer receitas para anos futuros, também pode ser 
comparada com predições de receita para o ano corrente 
que foram feitas nos anos anteriores. Os resultados dessas 
comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a 
melhorarem os processos que foram utilizados para fazer 
tais predições.
•	 Materialidade - A informação é material se a sua omissão 
ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar 
decisões que os usuários tomam com base na informação 
contábil-financeira acerca de entidade específica que re-
porta a informação. Em outras palavras, a materialidade é 
um aspecto de relevância específico da entidade baseado 
na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens 
para os quais a informação está relacionada no contexto 
do relatório contábil-financeiro de uma entidade em partic-
ular. Consequentemente, não se pode especificar um limite 
quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar 
o que seria julgado material para uma situação particular.
14
 Contabilidade
Representação fidedigna •	 Os relatórios contábil-financeiros represen-
tam um fenômeno econômico em palavras 
e números. Para ser útil, a informação con-
tábil-financeira não tem só que representar 
um fenômeno relevante, mas tem tam-
bém que representar com fidedignidade o 
fenômeno que se propõe representar. Para 
ser representação perfeitamente fidedigna, a 
realidade retratada precisa ter três atributos. 
Ela tem que ser completa, neutra e livre de 
erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato 
alcançável. O objetivo é maximizar referidos 
atributos na extensão que seja possível.
•	 O retrato da realidade econômica completo 
deve incluir toda a informação necessária 
para que o usuário compreenda o fenômeno 
sendo retratado, incluindo todas as de-
scrições e explicações necessárias. Por ex-
emplo, um retrato completo de um grupo de 
ativos incluiria, no mínimo, a descrição da 
natureza dos ativos que compõem o grupo, 
o retrato numérico de todos os ativos que 
compõem o grupo, e a descrição acerca do 
que o retrato numérico representa (por ex-
emplo, custo histórico original, custo históri-
co ajustado ou valor justo). Para alguns 
itens, um retrato completo pode considerar 
ainda explicações de fatos significativos 
sobre a qualidade e a natureza desses itens, 
fatos e circunstâncias que podem afetar a 
qualidade e a natureza deles, e os proces-
sos utilizados para determinar os números 
retratados.
•	 Um retrato neutro da realidade econômica é 
desprovido de viés na seleção ou na apre-
sentação da informação contábil-financeira. 
Um retrato neutro não deve ser distorcido 
com contornos que possa receber dando 
a ele maior ou menor peso, ênfase maior 
ou menor, ou qualquer outro tipo de manip-
ulação que aumente a probabilidade de a 
informação contábil-financeira ser recebida 
pelos seus usuários de modo favorável 
ou desfavorável. Informação neutra não 
significa informação sem propósito ou sem 
influência no comportamento dos usuários. 
A bem da verdade, informação contábil-fi-
nanceira relevante, por definição, é aquela 
capaz de fazer diferença nas decisões toma-
das pelos usuários.
15
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
•	 Representação fidedigna não significa exatidão em 
todos os aspectos. Um retrato da realidade econômica 
livre de erros significa que não há erros ou omissões 
no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, 
para produzir a informação reportada, foi selecionado 
e foi aplicado livre de erros. Nesse sentido, um retrato 
da realidade econômica livre de erros não significa 
algo perfeitamente exato em todos os aspectos. Por 
exemplo, a estimativa de preço ou valor não ob-
servável não pode ser qualificada como sendo algo 
exato ou inexato. Entretanto, a representação dessa 
estimativa pode ser considerada fidedigna se o mon-
tante for descrito clara e precisamente como sendo 
uma estimativa, se a natureza e as limitações do pro-
cesso forem devidamente reveladas, e nenhum erro 
tiver sido cometido na seleção e aplicação do proces-
so apropriado para desenvolvimento da estimativa.
•	 Representação fidedigna, por si só, não resulta nec-
essariamenteem informação útil. Por exemplo, a enti-
dade que reporta a informação pode receber um item 
do imobilizado por meio de subvenção governamental. 
Obviamente, a entidade ao reportar que adquiriu um 
ativo sem custo retrataria com fidedignidade o custo 
desse ativo, porém essa informação provavelmente 
não seria muito útil. Outro exemplo mais sutil seria a 
estimativa do montante por meio do qual o valor con-
tábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por 
desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa 
estimativa pode ser uma representação fidedigna se a 
entidade que reporta a informação tiver aplicado com 
propriedade o processo apropriado, tiver descrito com 
propriedade a estimativa e tiver revelado quaisquer 
incertezas que afetam significativamente a estima-
tiva. Entretanto, se o nível de incerteza de referida 
estimativa for suficientemente alto, a estimativa não 
será particularmente útil. Em outras palavras, a rele-
vância do ativo que está sendo representado com 
fidedignidade será questionável. Se não existir outra 
alternativa para retratar a realidade econômica que 
seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser 
considerada a melhor informação disponível.
16
 Contabilidade
Características qualitativas de melhoria
Comparabilidade •	 As decisões de usuários implicam escolhas entre alter-
nativas, como vender ou manter um investimento, ou 
investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, 
a informação acerca da entidade que reporta informação 
será mais útil caso possa ser comparada com informação 
similar sobre outras entidades e com informação similar 
sobre a mesma entidade para outro período ou para outra 
data.
•	 Comparabilidade é a característica qualitativa que permite 
que os usuários identifiquem e compreendam similari-
dades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente 
de outras características qualitativas, a comparabilidade 
não está relacionada com um único item. A comparação 
requer no mínimo dois itens.
•	 Consistência, embora esteja relacionada com a compara-
bilidade, não significa o mesmo. Consistência refere-se ao 
uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de 
um período para outro considerando a mesma entidade 
que reporta a informação quanto para um único período 
entre entidades. Comparabilidade é o objetivo; a con-
sistência auxilia a alcançar esse objetivo.
•	 Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a 
informação seja comparável, coisas iguais precisam pare-
cer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. 
A comparabilidade da informação contábil-financeira 
não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes 
pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais pare-
cerem diferentes.
•	 Algum grau de comparabilidade é possivelmente obtido 
por meio da satisfação das características qualitativas 
fundamentais. A representação fidedigna de fenômeno 
econômico relevante deve possuir naturalmente algum 
grau de comparabilidade com a representação fidedigna 
de fenômeno econômico relevante similar de outra enti-
dade que reporta a informação.
•	 Muito embora um fenômeno econômico singular possa 
ser representado com fidedignidade de múltiplas formas, 
a discricionariedade na escolha de métodos contábeis 
alternativos para o mesmo fenômeno econômico diminui a 
comparabilidade.
17
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
Verificabilidade •	 A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que 
a informação representa fidedignamente o fenômeno 
econômico que se propõe representar. A verificabilidade 
significa que diferentes observadores, cônscios e inde-
pendentes, podem chegar a um consenso, embora não 
cheguem necessariamente a um completo acordo quanto 
ao retrato de uma realidade econômica em particular ser 
uma representação fidedigna. Informação quantificável 
não necessita ser um único ponto estimado para ser veri-
ficável. Uma faixa de possíveis montantes com suas prob-
abilidades respectivas pode também ser verificável.
•	 A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta 
significa verificar um montante ou outra representação por 
meio de observação direta, como por meio da contagem 
de caixa. Verificação indireta significa checar os dados de 
entrada do modelo, fórmula ou outra técnica e recalcular 
os resultados obtidos por meio da aplicação da mesma 
metodologia. Um exemplo é a verificação do valor con-
tábil dos estoques por meio da checagem dos dados de 
entrada (quantidades e custos) e por meio do recálculo 
do saldo final dos estoques utilizando a mesma premissa 
adotada no fluxo do custo (por exemplo, utilizando o mét-
odo PEPS).
•	 Pode não ser possível verificar algumas explicações e 
alguma informação contábil-financeira sobre o futuro 
(forward-looking information) até que o período futuro 
seja totalmente alcançado. Para ajudar os usuários a de-
cidirem se desejam usar dita informação, é normalmente 
necessário divulgar as premissas subjacentes, os méto-
dos de obtenção da informação e outros fatores e circun-
stâncias que suportam a informação.
Tempestividade •	 Tempestividade significa ter informação disponível para 
tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em 
suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a 
que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode 
ter o seu atributo tempestividade prolongado após o en-
cerramento do período contábil, em decorrência de alguns 
usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar 
tendências.
Compreensibilidade •	 Classificar, caracterizar e apresentar a informação com 
clareza e concisão torna-a compreensível.
•	 Certos fenômenos são inerentemente complexos e não 
podem ser facilmente compreendidos. A exclusão de 
informações sobre esses fenômenos dos relatórios con-
tábil-financeiros pode tornar a informação constante em 
referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contu-
do, referidos relatórios seriam considerados incompletos e 
potencialmente distorcidos (misleading).
•	 Relatórios contábil-financeiros são elaborados para 
usuários que têm conhecimento razoável de negócios e 
de atividades econômicas e que revisem e analisem a in-
formação diligentemente. Por vezes, mesmo os usuários 
bem informados e diligentes podem sentir a necessidade 
de procurar ajuda de consultor para compreensão da in-
formação sobre um fenômeno econômico complexo.
FONTE: Adaptado de CPC 00 (2011)
18
 Contabilidade
2.2 MÉTODO DAS PARTIDAS 
DOBRADAS
Na contabilidade, as operações que ocorrem na empresa (compras de 
mercadorias, vendas de mercadorias, aquisição de imobilizado, pagamentos de 
funcionários e demais) são registradas, e esse registro é feito por meio do “método 
das partidas dobradas”. Cada vez que uma operação ocorre e é registrada deve-
se ter um débito e um crédito correspondente de valor igual. 
De acordo com Sá (2004), a partida dobrada evoluiu na Itália em uma era de 
início dos chamados ‘Anos de Ouro’, defluentes de profundas modificações das 
estruturas do regime medieval, sob a égide de uma mescla de culturas. O processo 
de registros contábeis que se consagrou por uma “equação” ou igualdade entre o 
débito e o crédito de contas, conforme alega o emérito professor Federigo Melis, 
surgiu na Itália, acredita-se, entre os anos de 1250 e 1280 (SÁ, 2004).
Embora o método das partidas dobradas tenha sido difundido desde o século 
XIV, as partidas dobradas são utilizadas na contabilidade até os dias atuais. 
De acordo com Sá (2004), a primeira obra que se tem conhecimento sobre as 
partidas dobradas é ‘Aritmética, Geometria, Proporções e Proporcionalidade’, 
de 1494, cujo autor foi o Frei Luca Pacioli, então considerado o precursor das 
partidas dobradas.
 
Conforme dito anteriormente, as partidas dobradas são o método utilizado 
para registrar as operações contábeis. 
Vejamos um exemplo:
• A empresa Alfa comprou à vista um veículo para uso em suas atividades, 
o valor do automóvel foi deR$ 14.000,00.
Portanto, conforme apontado anteriormente, deve-se ter igualdade entre 
o débito e o crédito. Na contabilidade, o registro da operação (fato contábil) de 
compra do veículo é feito da seguinte forma:
D – VEÍCULOS R$ 14.000,00 (D = débito)
C – CAIXA R$ 14.000,00 (C = crédito)
Veja que a operação é registrada com um débito e um crédito correspondente, 
uma vez que ao comprar um veículo, ele fará parte do patrimônio da empresa 
(um bem), e como o pagamento foi feito à vista, está saindo dinheiro do caixa da 
empresa para tal. 
19
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
Na contabilidade, temos as origens dos recursos e as aplicações dos 
recursos, ou seja, de onde são originados os recursos que a empresa tem para 
aplicar nela mesma. A origem dos recursos são os valores de capital próprio, 
ou seja, o capital que o(os) sócio(s) empregou/empregaram na empresa e os 
recursos buscados em fontes externas, terceiros (tais como bancos). A aplicação 
dos recursos é onde esses recursos são empregados na empresa, na aquisição de 
bens, compra de estoque, imobilizado e o que é necessário para o funcionamento 
da empresa. 
É importante saber esses aspectos iniciais sobre registros de operações 
para que possamos continuar com o capítulo. Na próxima seção, apresentaremos 
de forma mais detalhada como as operações são registradas. 
3 PLANO DE CONTAS E O REGISTRO 
DE OPERAÇÕES DAS EMPRESAS
Como demonstrado na seção anterior, a contabilidade obedece ao método 
das partidas dobradas, no qual para cada débito (ou débitos) deverá ter 
crédito (ou créditos) correspondente(s) de igual valor. A lógica do registro das 
operações contábeis com débito e crédito pode ser confusa no começo. Por isso, 
esclareceremos como elas acontecem.
Primeiramente, relembrando a primeira seção do capítulo, foi apresentado 
como é constituído o patrimônio da empresa, certo? De bens, direitos e 
obrigações. Nesse primeiro momento, remetemos para ativos e passivos. 
No ativo, as empresas registram os seus bens e direitos e no passivo as suas 
obrigações (e patrimônio líquido).
FIGURA 2 – ESTRUTURA DO PATRIMÔNIO
FONTE: A autora
20
 Contabilidade
Para o registro das operações contábeis, devemos sempre obedecer a lógica:
•	Para cada ACRÉSCIMO no ATIVO haverá um DÉBITO.
•	Para cada ACRÉSCIMO no PASSIVO haverá um CRÉDITO.
No entanto, quando acontecem decréscimos no ativo e passivo, ocorre o 
oposto do mencionado anteriormente.
•	Para cada DECRÉSCIMO no ATIVO haverá um CRÉDITO.
•	Para cada DECRÉSCIMO no PASSIVO haverá um DÉBITO.
FIGURA 3 – DÉBITOS E CRÉDITOS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
Vejamos como acontece com as receitas e as despesas:
FIGURA 4 – RECEITAS E DESPESAS
21
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
3.1 PLANO DE CONTAS
O plano de contas é um esquema numérico com o intuito de padronização 
contábil. Com o plano de contas parametrizado nos sistemas contábeis, cada 
lançamento contábil é registrado automaticamente e organizado para mais 
tarde fazer a conciliação. O plano de contas obedece a um esquema numérico 
separado em níveis. No nível 1 é representada a classe, no nível 2 o grupo, no 
nível 3 o subgrupo, no nível 4 a conta, no grupo 5 a subconta e, por fim, no nível 
6, o analítico. Dessa forma são organizadas as operações contábeis. Conforme 
demonstrado a seguir:
QUADRO 2 – DESDOBRAMENTO PLANO DE CONTAS
FONTE: A autora
Os desdobramentos do plano de contas são feitos seguindo a divisão 
apresentada no quadro anterior. Para melhor exemplificar, veja como é um plano 
de contas a partir dos seus desdobramentos:
QUADRO 3 – PLANO DE CONTAS
PLANO DE CONTAS CONTABILIDADE I
1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (DISPONÍVEL)
1.1.1.1 CAIXA
1.1.1.2 BANCOS
1.1.1.3 APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA
1.1.2 CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
1.1.2.1 CLIENTES NO MERCADO INTERNO
1.1.2.2 CLIENTES NO MERCADO EXTERNO
1.1.2.3 CHEQUES À VISTA A DEPOSITAR
1.1.2.4 CHEQUES A PRAZO A DEPOSITAR
1.1.2.5 CHEQUES EM COBRANÇA
1.1.2.6 (-) PERDAS ESTIMADAS EM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
22
 Contabilidade
1.1.2.7 (-) FATURAMENTO PARA ENTREGA FUTURA
1.1.2.8 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - CLIENTES
1.1.3 ESTOQUES
1.1.3.1 ESTOQUES DE MERCADORIAS PARA REVENDA
1.1.3.2 ESTOQUES DE MATÉRIA-PRIMA
1.1.3.3 ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO
1.1.3.4 ESTOQUES DE EMBALAGEM
1.1.3.5 ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS
1.1.3.6 ESTOQUES DE MATERIAL DE EXPEDIENTE
1.1.3.7 ESTOQUES DE MATERIAL DE USO E CONSUMO
1.1.3.8 OUTROS ESTOQUES
1.1.3.9 ADIANTAMENTO A FORNECEDORES
1.1.3.10 (-) PERDAS PARA REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO
1.1.4 TRIBUTOS A RECUPERAR
1.1.4.1 ICMS A RECUPERAR
1.1.4.2 IPI A RECUPERAR
1.1.4.3 PIS A RECUPERAR
1.1.4.4 COFINS A RECUPERAR
1.1.4.5 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE A COMPENSAR
1.1.4.6 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL RETIDA NA FONTE A COMPENSAR
1.1.4.7 COFINS RETIDA NA FONTE A COMPENSAR
1.1.4.8 PIS RETIDO NA FONTE A COMPENSAR
1.1.4.9 ISS A RECUPERAR
1.1.4.10 IMPOSTO DE RENDA A RESTITUIR/COMPENSAR
1.1.4.11 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A RESTITUIR/COMPENSAR
1.1.5 ADIANTAMENTOS A FUNCIONÁRIOS
1.1.5.1 ADIANTAMENTO PARA VIAGENS
1.1.5.2 ADIANTAMENTO DE SALÁRIOS E ORDENADOS
1.1.5.3 EMPRÉSTIMOS A FUNCIONÁRIOS
1.1.5.4 ANTECIPAÇÃO DE 13º SALÁRIO
1.1.5.5 ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS
1.1.6 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
1.1.6.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
1.1.6.2 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
1.1.6.3 (-) PERDAS PARA REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO
1.1.6.4 (-) PROVISÃO PARA PERDAS
1.1.7 DESPESAS ANTECIPADAS
1.1.7.1 PRÊMIOS E SEGUROS A APROPRIAR
1.1.7.2 ASSINATURAS E ANUIDADES A APROPRIAR
23
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
1.1.7.3 ALUGUÉIS PAGOS ANTECIPADAMENTE
1.1.7.4 OUTRAS DESPESAS ANTECIPADAS
1.1.8 OUTROS VALORES A RECEBER
1.1.8.1 DIVIDENDOS A RECEBER
1.1.8.2 DEPÓSITOS JUDICIAIS
1.1.8.3 EMPRÉSTIMOS A RECEBER
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.1.1 CLIENTES
1.2.1.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
1.2.1.3 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
1.2.1.4 DEPÓSITOS JUDICIAIS
1.2.1.5 EMPRÉSTIMOS A DIRETORES
1.2.1.6 EMPRÉSTIMOS A ENTIDADES LIGADAS/COLIGADAS/CONTROLADAS
1.2.1.7 EMPRÉSTIMOS A SÓCIOS E ACIONISTAS
1.2.1.8 EMPRÉSTIMOS A EMPRESAS LIGADAS
1.2.1.9 TRIBUTOS A COMPENSAR E RECUPERAR
1.2.1.10 EMPRÉSTIMOS FEITOS COM INCENTIVOS FISCAIS
1.2.1.11 PARTICIPAÇÕES EM FUNDOS DE INVESTIMENTO
1.2.1.12 (-) PERDA DE REDUÇÃO AO VALOR DE MERCADO
1.2.1.13 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE 
1.2.2 INVESTIMENTOS
1.2.2.1 PARTICIPAÇÃO EM COLIGADAS E CONTROLADAS
1.2.2.2 PARTICIPAÇÃO EM OUTRAS EMPRESAS
1.2.2.3 IMÓVEIS PARA LOCAÇÃO
1.2.2.4 TERRENOS PARA EXPANSÃO COMERCIAL
1.2.2.5 OBRAS DE ARTES
1.2.3 IMOBILIZADO
1.2.3.1 TERRENOS
1.2.3.2 EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES
1.2.3.3 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
1.2.3.4 MÓVEIS E UTENSÍLIOS
1.2.3.5 VEÍCULOS
1.2.3.6 EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA
1.2.3.7 FERRAMENTAS
1.2.3.8 (-) DEPREC. ACUM. - EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES
1.2.3.9 (-) DEPREC. ACUM. - MÁQUINAS E EQUIPAM.
1.2.3.10 (-) DEPREC. ACUM. - MÓVEIS E UTENSÍLIOS
24
 Contabilidade
1.2.3.11 (-) DEPREC. ACUM. - VEÍCULOS
1.2.3.12 (-) DEPREC. ACUM. - EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA
1.2.3.13 (-) DEPREC. ACUM. - FERRAMENTAS
1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.1 MARCAS ADQUIRIDAS DE TERCEIROS
1.2.4.2 PATENTES REGISTRADAS
1.2.4.3 SOFTWARE
1.2.4.4 ÁGIO (RENTABILIDADE FUTURA)
1.2.4.5 (-) AMORTIZAÇÃO ACUM. - MARCAS
1.2.4.6 (-) AMORTIZAÇÃO ACUM. - PATENTES
1.2.4.7 (-) AMORTIZAÇÃO ACUM. - SOFTWARE
2 PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 OBRIGAÇÕES SOCIAIS E TRABALHISTAS
2.1.1.1 SALÁRIOS A PAGAR
2.1.1.2 PRÓ-LABORE A PAGAR
2.1.1.3 COMISSÕES A PAGAR
2.1.1.4 INSS A RECOLHER
2.1.1.5 FGTS A RECOLHER
2.1.1.6 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A RECOLHER
2.1.1.7 IRRF A RECOLHER
2.1.1.8 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO A PAGAR
2.1.1.9 FÉRIAS A PAGAR
2.1.1.10 OUTROS BENEFÍCIOS A EMPREGADOS A PAGAR
2.1.1.11 GRATIFICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES A EMPREGADOS A PAGAR
2.1.1.12 GRATIFICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES A ADMINISTRADORESA PAGAR
2.1.1.13 REFIS / PAES
2.1.1.14 RESCISÕES A PAGAR
2.1.2 FORNECEDORES
2.1.2.1 FORNECEDORES NACIONAIS DE MERCADORIAS
2.1.2.2 FORNECEDORES ESTRANGEIROS DE MERCADORIAS
2.1.2.3 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - FORNECEDORES DE MERCADORIAS
2.1.2.4 FORNECEDORES NACIONAIS DE IMOBILIZADO
2.1.2.5 FORNECEDORES ESTRANGEIROS DE IMOBILIZADO
2.1.2.6 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - FORNECEDORES DE IMOBILIZADO
2.1.2.7 CHEQUES A PAGAR
2.1.2.8 CARTÃO DE CRÉDITO A PAGAR
2.1.2.9 COMISSÕES A REPRESENTANTES A PAGAR
25
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
2.1.2.10 SERVIÇOS DE TERCEIROS A PAGAR
2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS
2.1.3.1 ICMS A RECOLHER
2.1.3.2 IPI A RECOLHER
2.1.3.3 COFINS A RECOLHER
2.1.3.4 PIS A RECOLHER
2.1.3.5 IRPJ A RECOLHER
2.1.3.6 (-) IR RECOLHIDO
2.1.3.7 CSLL A RECOLHER
2.1.3.8 (-) CS RECOLHIDA
2.1.3.9 SIMPLES NACIONAL A RECOLHER
2.1.3.10 IRRF S/ SERVIÇOS PROFISSIONAIS A RECOLHER
2.1.3.11 ISS A RECOLHER
2.1.3.12 PCC A RECOLHER
2.1.3.13 REFIS / PAES
2.1.4 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.1.4.1 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS A PAGAR
2.1.4.2 EMPRÉSTIMOS DE TERCEIROS A PAGAR
2.1.4.3 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ EMPRÉSTIMOS A TRANSCORRER
2.1.4.4 DUPLICATAS DESCONTADAS
2.1.4.5 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ DUPLIC. DESCONT. A TRANSCORRER
2.1.4.6 CHEQUES A PRAZO DESCONTADOS
2.1.4.7 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS A PAGAR
2.1.4.8 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ FINANCIAMENTOS A TRANSCORRER
2.1.5 OUTRAS OBRIGAÇÕES
2.1.5.1 SEGUROS A PAGAR
2.1.5.2 ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR
2.1.5.3 TELEFONE A PAGAR
2.1.5.4 ÁGUA A PAGAR
2.1.5.5 ADIANTAMENTO DE CLIENTES
2.1.5.6 DIVIDENDOS A PAGAR
2.1.5.7 ALUGUEL A PAGAR
2.1.5.8 OUTRAS OBRIGAÇÕES A PAGAR
2.1.6 PROVISÕES
2.1.6.1 PROVISÕES FISCAIS
2.1.6.2 PROVISÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS
2.1.6.3 PROVISÕES CÍVEIS
26
 Contabilidade
2.1.6.4 PROVISÃO PARA GARANTIAS
2.1.6.5
PROVISÃO PARA BENEFÍCIOS A EMPREGADOS (APOSENTADORIAS E 
PENSÕES)
2.1.6.6 PROVISÃO PARA PASSIVOS AMBIENTAIS
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.2.1.1 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS A PAGAR
2.2.1.2 EMPRÉSTIMOS DE TERCEIROS A PAGAR
2.2.1.3 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ EMPRÉSTIMOS A TRANSCORRER
2.2.1.4 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS A PAGAR
2.2.1.5 (-) ENCARGOS FINANCEIROS S/ FINANCIAMENTOS A TRANSCORRER
2.2.2 FORNECEDORES
2.2.2.1 FORNECEDORES NACIONAIS
2.2.2.2 FORNECEDORES EXTERIOR
2.2.2.3 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - FORNECEDORES
2.2.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS/SOCIAIS
2.2.3.1 OBRIGAÇÕES FISCAIS
2.2.3.2 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
2.2.4 CONTRATOS DE MÚTUOS
2.2.4.1 MÚTUOS COLIGADAS / CONTROLADAS
2.2.4.2 MÚTUOS PESSOAS LIGADAS
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1 CAPITAL SOCIAL
2.3.1.1 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO
2.3.1.2 (-) CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR
2.3.2 RESERVAS DE CAPITAL
2.3.2.1 ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES
2.3.2.2 ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
2.3.2.3 ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS
2.3.3 AJUSTES AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
2.3.3.1 AJUSTES POR NORMAS INTERNACIONAIS
2.3.3.2 AJUSTES EM OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS
2.3.3.3 AJUSTES POR AQUISIÇÕES E FUSÕES
2.3.4 RESERVAS DE LUCROS
2.3.4.1 RESERVA LEGAL
2.3.4.2 RESERVAS ESTATUTÁRIAS
2.3.4.3 RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS
2.3.4.4 RESERVAS DE LUCROS PARA EXPANSÃO
27
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
2.3.4.5 RESERVAS DE LUCROS A REALIZAR
2.3.4.6 RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS
2.3.4.7 RESERVAS DE RETENÇÃO DE LUCROS
2.3.4.8 DIVIDENDO ADICIONAL PROPOSTO
2.3.5 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
2.3.5.1 PREJUÍZOS ACUMULADOS
2.3.5.2 LUCROS ACUMULADOS
2.3.6 (-) AÇÕES EM TESOURARIA
2.3.6.1 (-) AÇÕES EM TESOURARIA
2.3.7 LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO
2.3.7.1 LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO
3 RESULTADO
3.1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA
3.1.1 RECEITA BR. VENDAS DE PRODUTOS E SERV.
3.1.1.1 RECEITA DE VENDAS DE MERCADORIAS NACIONAIS
3.1.1.2 RECEITA DE VENDAS DE MERCADORIAS EXPORTAÇÃO
3.1.1.3 RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS NACIONAIS
3.1.1.4 RECEITA DE VENDAS DE PRODUTOS EXPORTAÇÕES
3.1.1.5 RECEITA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NACIONAIS
3.1.1.6 RECEITA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EXPORTAÇÕES
3.1.1.7 (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE - RECEITA/CLIENTES
3.2 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
3.2.1 VENDAS CANCELADAS E DEVOLUÇÕES
3.2.1.1 DEVOLUÇÕES DE VENDAS NACIONAIS
3.2.1.2 DEVOLUÇÕES DE VENDAS EXPORTAÇÕES
3.2.2 ABATIMENTOS E DESCONTOS INCONDICIONAIS
3.2.2.1 ABATIMENTOS S/VENDAS NACIONAIS
3.2.2.2 ABATIMENTOS S/VENDAS EXPORTAÇÕES
3.2.2.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS S/VENDAS NACIONAIS
3.2.2.4 DESCONTOS INCONDICIONAIS S/VENDAS EXPORTAÇÕES
3.2.3 IMPOSTOS SOBRE AS VENDAS
3.2.3.1 ICMS S/VENDAS
3.2.3.2 IPI S/VENDAS
3.2.3.3 PIS S/FATURAMENTO
3.2.3.4 COFINS S/FATURAMENTO
3.2.3.5 ISS S/ PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
3.2.3.6 SIMPLES NACIONAL SOBRE FATURAMENTO
28
 Contabilidade
3.3 CUSTO DAS VENDAS E PREST. DE SERVIÇOS
3.3.1 CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV
3.3.1.1 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
3.3.2 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV
3.3.2.1 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
3.3.3 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP
3.3.3.1 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS
3.4 DESPESAS OPERACIONAIS
3.4.1 DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDA
3.4.1.1 COMISSÕES SOBRE AS VENDAS
3.4.1.2 FRETES SOBRE DISTRIBUIÇÃO
3.4.1.3 ROYALTIES SOBRE VENDAS
3.4.1.4 DESPESAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS
3.4.1.5 DEVEDORES INCOBRÁVEIS
3.4.1.6 REVERSÃO DE DESPESAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS
3.4.2 DESPESAS COM PESSOAL FIXO
3.4.2.1 SALÁRIOS E ORDENADOS DE PESSOAL
3.4.2.2 PRÓ-LABORE
3.4.2.3 HORAS EXTRAS DE PESSOAL
3.4.2.4 INSS S/ FOLHA DE PAGAMENTO
3.4.2.5 FGTS S/ FOLHA DE PAGAMENTO
3.4.2.6 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
3.4.2.7 FÉRIAS
3.4.2.8 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL
3.4.2.9 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
3.4.2.10 ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE PESSOAL
3.4.2.11 ALIMENTAÇÃO DE PESSOAL
3.4.2.12 UNIFORMES DE PESSOAL
3.4.2.13 TRANSPORTES DE PESSOAL
3.4.2.14 SUBVENÇÕES SINDICAL DE PESSOAL
3.4.3 DESPESAS COM ATIVO PERMANENTE
3.4.3.1 DEPRECIAÇÃO DO IMOBILIZADO
3.4.3.2 AMORTIZAÇÃO DE INTANGÍVEIS
3.4.3.3 LEASING OPERACIONAL
3.4.3.4 ATIVOS FIXOS DE PEQUENO VALOR
3.4.4 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS
3.4.4.1 MATERIAL E SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
29
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
3.4.4.2 MATERIAL E SERVIÇOS JURÍDICOS
3.4.4.3 MATERIAL E SERVIÇOS DE CONSULTORIA
3.4.4.4 MATERIAL E SERVIÇOS DE SEGURANÇA
3.4.4.5 AUDITORIA E CONTABILIDADE
3.4.4.6 ENERGIA ELÉTRICA
3.4.4.7 TELEFONE
3.4.4.8 ÁGUA
3.4.4.9 SEGUROS
3.4.4.10 MATERIAL DE EXPEDIENTE
3.4.4.11 DESPESAS DE VIAGENS E ESTADAS
3.4.4.12 COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES
3.4.4.13 CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS
3.4.4.14 PROPAGANDA E PUBLICIDADE
3.4.4.15 FEIRAS E EXPOSIÇÕES
3.4.4.16 TAXAS E EMOLUMENTOS
3.4.4.17 ALUGUÉIS
3.4.4.18 MATERIAL DE COPA/COZINHA
3.4.4.19 MATERIAL DE HIGIENE E LIMPEZA
3.4.4.20 IPTU
3.4.4.21 CONDOMÍNIO
3.4.4.22 JORNAIS E REVISTAS - ASSINATURAS DIVERSAS
3.4.4.23 PIS SOBRE OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
3.4.4.24 COFINS SOBRE OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
3.4.5 OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS
3.4.5.1 RECEITA DE LOCAÇÃO
3.4.5.2 DEPRECIAÇÃO DE IMÓVEIS LOCADOS
3.4.5.3 MANUTENÇÃO DE IMÓVEIS LOCADOS
3.4.5.4 IMPOSTOS E TAXAS DE IMÓVEIS LOCADOS
3.4.5.5 DIVIDENDOS RECEBIDOS DE EMPRESAS LIGADAS
3.4.5.6 RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
3.4.6 DESPESAS COM PROVISÕES
3.4.6.1 PROVISÕES FISCAIS
3.4.6.2 PROVISÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS
3.4.6.3 PROVISÕES CÍVEIS
3.4.6.4 PROVISÃO PARA GARANTIAS
3.4.6.5
PROVISÃO PARA BENEFÍCIOS A EMPREGADOS (APOSENTADORIAS E 
PENSÕES)
3.4.6.6 PROVISÃO PARA REESTRUTURAÇÃO
30
 Contabilidade
3.4.6.7 PROVISÃO PARA PASSIVOS AMBIENTAIS
3.4.6.8
REVERSÃO DE PROVISÕES FISCAIS, PREVIDENCIÁRIAS, TRABALHIS-
TAS E CÍVEIS
3.4.7 OUTRAS RECEITAS 
3.4.7.1 VENDAS DE INVESTIMENTOS
3.4.7.2 VENDAS DE IMOBILIZADO
3.4.7.3 VENDAS DE INTANGÍVEIS
3.4.7.4 OUTRAS RECEITAS 
3.4.8 OUTRAS DESPESAS
3.4.8.1 CUSTO NA VENDA DE INVESTIMENTOS
3.4.8.2 CUSTO NA VENDA DE IMOBILIZADO
3.4.8.3 CUSTO NA VENDADE INTANGÍVEIS
3.4.8.4 OUTRAS DESPESAS
3.5 RESULTADO FINANCEIRO 
3.5.1 RECEITAS FINANCEIRAS
3.5.1.1 REC. FINANC. - DESCONTOS OBTIDOS
3.5.1.2 REC. FINANC. - JUROS ATIVOS/RECEBIDOS
3.5.1.3 REC. FINANC. - VARIAÇÕES MONET. ATIVAS/CAMBIAIS
3.5.1.4 REC. FINANC. - RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS
3.5.1.5 REC. FINANC. - AJUSTE A VALOR PRESENTE ATIVO
3.5.2 DESPESAS FINANCEIRAS
3.5.2.1 DESP. FINANC. - DESCONTOS CONCEDIDOS
3.5.2.2 DESP. FINANC. - JUROS PASSIVOS/PAGOS
3.5.2.3 DESP. FINANC. - VARIAÇÕES MONET. PASSIVAS/CAMBIAIS
3.5.2.4 DESP. FINANC. - JUROS S/ EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
3.5.2.5 DESP. FINANC. - DESPESAS BANCÁRIAS
3.5.2.6 DESP. FINANC. S/ TÍTULOS DESCONTADOS
3.5.2.7 DESP. FINANC. - IOF / CPMF
3.5.2.8 IRRF S/ APLICAÇÕES FINANCEIRAS
3.5.2.9 DESP. FINANC. - AJUSTE A VALOR PRESENTE PASSIVO
3.6 TRIBUTAÇÃO SOBRE O RESULTADO
3.6.1 PROVISÃO IMPOSTO DE RENDA
3.6.1.1 PROVISÃO IRPJ
3.6.2 PROVISÃO CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
3.6.2.1 PROVISÃO CSLL
3.7 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
3.7.1 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
3.7.1.1 PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS
31
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
3.7.1.2 PARTICIPAÇÕES DE ADMINISTRADORES
3.7.1.3 OUTRAS PARTICIPAÇÕES - PARTES BENEFICIÁRIAS
4 RESULTADO DO EXERCÍCIO
4.1 RESULTADO DO PERÍODO
4.1.1 RESULTADO DO PERÍODO
4.1.1.1 RESULTADO DO EXERCÍCIO
FONTE: A autora
O plano de contas é importante para as empresas dada a organização 
dos dados que ele permite, além de alimentar os dados internos da empresa. 
O plano de contas é ajustado conforme as necessidades de cada empresa e 
pode ter característica mais simplificada ou com maior detalhamento, se essa é a 
necessidade da empresa.
3.2 ESTRUTURA DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis possuem finalidades e seguem um padrão de 
elaboração. De acordo com o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – 00: 
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas 
para usuários externos em geral, tendo em vista suas 
finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, 
órgãos reguladores ou autoridades tributárias, por exemplo, 
podem determinar especificamente exigências para atender 
a seus próprios interesses. Essas exigências, no entanto, 
não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas 
segundo esta Estrutura Conceitual. Demonstrações 
contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura 
Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis 
na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte 
dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender 
finalidade ou necessidade específica de determinados grupos 
de usuários. Demonstrações contábeis elaboradas com tal 
finalidade satisfazem as necessidades comuns da maioria 
dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam 
essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões 
econômicas (CPO, 2011, s.p.).
32
 Contabilidade
QUADRO 4 – DECISÕES ECONÔMICAS
(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha 
sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de 
contas; 
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcio-
nar-lhes outros benefícios;
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros empresta-
dos à entidade;
(e) determinar políticas tributárias;
(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos; 
(g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional;
(h) regulamentar as atividades das entidades.
FONTE: CPC 00 (2011, s.p.)
Entendidas as finalidades das demonstrações contábeis, agora serão 
apresentadas a sua estrutura e obrigatoriedade. De acordo com o artigo 176 da 
Lei nº 6.404/76, conhecida como Lei das SA (Lei das Sociedades por Ações), as 
demonstrações contábeis obrigatórias são:
• Balanço Patrimonial.
• Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.
• Demonstração do resultado do exercício.
• Demonstração dos fluxos de caixa. 
• Demonstração do valor adicional (se companhia aberta).
• Notas explicativas. 
Cada demonstração possui uma finalidade para o usuário da infor-
mação. Sua estrutura deve ser obedecida também de acordo com a Lei 
nº 6.404/76 e a Lei nº 11.638/2007.
Balanço patrimonial
O balanço patrimonial é a demonstração contábil que tem por objetivo 
demonstrar a estrutura patrimonial da empresa em determinado período, trata-
se de uma demonstração apurada com base nas movimentações dos últimos 12 
meses, ou seja, as operações que ocorreram do dia 1º de janeiro até o dia 31 de 
dezembro do ano corrente de elaboração da demonstração. A Lei nº 6.404/76 
dispõe:
33
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os 
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo 
a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da 
companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente 
de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos 
seguintes grupos:
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo 
prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes 
grupos:
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de 
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não 
tiver direito de compensar serão classificados separadamente 
(BRASIL, 1976, s.p.).
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração 
contábil que tem por finalidade demonstrar ao usuário da informação o acumulado 
de lucros ou prejuízos daquela empresa em determinado período. A Lei nº 
6.404/76 dispõe:
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
discriminará:
I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios 
anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela 
dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados 
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério 
contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado 
exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos 
subsequentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital 
social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do 
patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia 
(BRASIL, 1976, s.p.).
34
 Contabilidade
Demonstração do resultado do exercício
A demonstração do resultado do exercício é a demonstração que evidencia 
as receitas e as despesas da empresa em determinado período, se a diferença 
entre elas gerou lucro ou prejuízo para a empresa e o quanto (e se foi) foi 
distribuído do lucro aos acionistas. Juntamente ao balanço patrimonial é uma 
das demonstrações contábeis mais completas e muito utilizada (com outras 
informações) para entender a saúde financeira da empresa.
A Lei nº 6.404/76 dispõe sobre a demonstração do resultado do exercício, 
conforme mostrado a seguir. 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das 
vendas, os abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das 
mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, 
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, 
e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ouprejuízo operacional, as outras receitas e as 
outras despesas; 
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e 
a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, 
administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma 
de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos 
de assistência ou previdência de empregados, que não se 
caracterizem como despesa; 
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante 
por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão 
computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, 
independentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou 
incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos 
(BRASIL, 1976, s.p.).
.
Demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado
A demonstração dos fluxos de caixa é a demonstração que evidencia a 
movimentação no caixa da empresa. Ela permite ao usuário da informação 
entender os aspectos relacionados às atividades das operações (da empresa, 
relacionadas com a sua atividade-fim), as atividades de financiamento e dos 
investimentos. 
35
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
1 A Lei nº 6.404/76 é uma importante lei que rege a contabilidade. 
Com o intuito de aprofundar os conhecimentos sobre o patrimônio, 
faça uma busca na lei e traga exemplos de quais elementos 
dispõe:
R.:____________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________.
2 Qual a ordem de apresentação com relação ao grau de liquidez 
do Balanço Patrimonial?
a) Ordem aleatória. 
b) Ordem financeira. 
c) Ordem crescente. 
d) Ordem decrescente. 
e) Ordem patrimonial.
De acordo com a Lei nº 6.404/76:
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V 
do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: 
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, 
durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, 
segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: 
a) das operações; 
b) dos financiamentos; e 
c) dos investimentos; 
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza 
gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos 
que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como 
empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem 
como a parcela da riqueza não distribuída (BRASIL, 1976, 
s.p.).
Notas explicativas
As notas explicativas acompanham as demonstrações contábeis quando 
não é possível evidenciar informações nas demonstrações contábeis. Elas 
atuam como um informativo de políticas contábeis, valores que não podem 
ser provisionados com precisão e outros elementos importantes. Esses são 
os elementos que compõem a estrutura das demonstrações contábeis que as 
empresas são obrigadas a apresentar. 
36
 Contabilidade
3 Qual das características a seguir não pode ser referente a um 
Ativo?
a) Obrigação. 
b) Bens ou direitos. 
c) Propriedade. 
d) Mensurável em dinheiro. 
e) Benefícios futuros e presentes.
4 É objeto da Contabilidade:
a) Os bens, direito e situação líquida.
b) O conjunto dos haveres, direitos e obrigações.
c) O controle da entidade.
d) O conjunto de bens, direitos e obrigações.
e) A evidenciação do patrimônio, para que os bancos possam 
emprestar dinheiro às entidades.
5 Qual o papel desempenhado pelas demonstrações contábeis no 
processo de tomada de decisão?
R.:____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
___________________________________________________.
37
Introdução à ContabilidadeIntrodução à Contabilidade Capítulo 1 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesse capítulo, foram apresentados os conceitos iniciais sobre contabilidade, 
conhecemos o objetivo da contabilidade e o seu objeto de estudo, os elementos 
que compõem o balanço patrimonial, o conceito de ativo e alguns exemplos, 
assim como o passivo e o patrimônio líquido.
Apresentamos as características qualitativas que as informações contábeis 
devem ter e, consequentemente, refletirão nas demonstrações contábeis, assim 
como as noções básicas sobre a dinâmica do débito e crédito, essencial para o 
estudante de contabilidade.
Conhecemos alguns Comitês de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que 
normatizam esses elementos apresentados no capítulo, tal qual as leis e as 
resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. Portanto, é possível inferir 
que o Capítulo 1 trouxe os elementos básicos que regem a contabilidade e que 
servirão de base para o aprendizado dos próximos capítulos. 
REFERÊNCIAS
BESTA, F. La ragioneria. Milano: Francesco Vallardi, 1880.
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. 
Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da 
Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande 
porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações 
financeiras. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em: 14 jan. 2020.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades 
por ações. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-
6404-15-dezembro-1976-368447-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 14 jan. 
2020.
BUFFETT, M.; CLARK, D. O Tao de Warren Buffett. Rio de Janeiro: Sextante, 
2007. 
CASTILHO, E.; CASTILHO, A. S. N. de.; CASTILHO, L. F. N. Introdução à 
lógica contábil. São Paulo: Saraiva, 2010.
38
 Contabilidade
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento 
Técnico CPC 00 (R1): Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
relatório Contábil-Financeiro. Brasília: CPC, 2011. Disponível em: http://www.
cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80. 
Acesso em: 14 jan. 2020. 
IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; CARVALHO, L. N. Contabilidade: aspectos 
relevantes da epopeia de sua evolução. Revista Contabilidade & Finanças, v. 
16, n. 38, p. 7-19, 2005.
SÁ, A. L. de. Luca Pacioli: um mestre do Renascimento. Brasília: Fundação, 
2004.
CAPÍTULO 2
Demonstrações Contábeis
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Saber a estrutura das demonstrações contábeis e a sua utilidade.
• Ter a capacidade de compreender a estrutura das demonstrações contábeis e 
suas utilidades.
40
 Contabilidade
41
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Dentre as atribuições da contabilidade, fazer relatórios e publicá-los é uma das 
mais importantes. Por meio das demonstrações contábeis os gestores e usuários 
conseguem saber de forma consistente e real a situação econômico-financeira 
da empresa. É por meio das demonstrações contábeis que os gestores e demais 
usuários as usam para tomada de decisão, tais como os gestores as utilizam 
para entender a saúde financeira da empresa e dessa forma conduzir sua gestão 
para decisões que mantenham suas atividades em prol do desenvolvimento da 
empresa. Já investidores, fornecedores, credores e demais usuários utilizarão as 
demonstrações de acordo com suas necessidades, seja para investir ou não na 
empresa, conceder linhas de crédito ou conceder maiores prazos para pagamento 
das obrigações. 
O objetivo da contabilidade é controlar o patrimônio das entidades, estudando 
sua estrutura e suasvariações. O resultado (lucro ou prejuízo de uma entidade) 
é função do desempenho individual de cada atividade executada no dia a dia. 
Comprar, vender, transportar etc. consomem recursos, portanto, a contabilidade 
deve sempre interagir com as demais áreas/funções da organização, a fim de 
registrar, controlar e informar sobre as transações que são realizadas pela 
entidade. 
Essa vinculação, ou seja, da contabilidade ao mundo dos negócios, além 
de necessária e estratégica, fará com que a informação contábil seja utilizada 
efetivamente como uma ferramenta de gerenciamento do seu negócio. Uma das 
maneiras de compreender a contabilidade no processo decisório é por meio do 
uso, pelos gestores de relatórios, de números e outros índices, para que eles 
possam planejar, implementar e acompanhar o andamento das estratégias 
sob sua responsabilidade. A contabilidade é mais antiga do que geralmente 
imaginamos. 
Ela surgiu como elemento de controle de riquezas há pelo menos 10 mil 
anos. Assim, a evolução da contabilidade ocorre na esteira da evolução da própria 
sociedade. Como o nosso objetivo, neste momento, não é discorrer longamente 
sobre aspectos históricos, podemos considerar que um sistema contábil voltado 
para a gestão da empresa teve sua prática efetivamente levada a efeito a partir da 
Revolução Industrial, que aconteceu entre os séculos XVIII e XIX.
2 FINALIDADE E OBRIGATORIEDADE 
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
42
 Contabilidade
As demonstrações contábeis têm por finalidade fornecer informações sobre 
a posição patrimonial e financeira e suas mudanças e fornecer informações sobre 
desempenho que possam ser úteis para um grande número de usuários nas suas 
tomadas de decisões. No entanto, por mais que as demonstrações contábeis 
tenham conteúdo informativo de grande relevância, somente as informações 
provenientes delas não são suficientes para os usuários, pois elas retratam 
informações financeiras passadas.
De acordo com o CPC 26 (2011, s.p.): 
As demonstrações contábeis são uma representação 
estruturada da posição patrimonial e financeira e do 
desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações 
contábeis é proporcionar informação acerca da posição 
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa 
da entidade que seja útil a um grande número de usuários 
em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As 
demonstrações contábeis também objetivam apresentar os 
resultados da atuação da administração, em face de seus 
deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos 
que lhe foram confiados. 
Ainda de acordo com o CPC 26 (2011), visando satisfazer o objetivo das 
demonstrações contábeis evidenciam informações sobre ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas, alterações 
no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a 
eles e fluxos de caixa. Essas informações, aliadas às que constam em notas 
explicativas, proporcionam ao usuário da informação predizer valores sobre fluxos 
de caixa futuros.
A nova lei contábil, a Lei nº 11.638/2007 enquadrou o Brasil às novas normas 
contábeis, dessa forma, ela alterou a estrutura das demonstrações contábeis e 
determinou novas obrigatoriedades com relação às demonstrações. Com isso, 
fica estabelecida a obrigatoriedade das demonstrações contábeis, e, como regra 
geral, o conjunto completo está previsto no item 10 da NBC TG 26 (R4), são elas:
(a) balanço patrimonial ao final do período;
(b) demonstração do resultado do período;
(c) demonstração do resultado abrangente do período;
(d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(e) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(f) demonstração do valor adicionado do período;
(g) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e 
outras informações.
43
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
A Lei nº 11.638/2007 ainda dispõe sobre a obrigatoriedade das demonstrações 
a cada enquadramento, uma vez que nem todas elas são obrigatórias a todos os 
enquadramentos de empresas. No quadro a seguir, veremos a quais empresas 
elas se aplicam.
QUADRO 1 – RESUMO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS
 ME e EPP PMEs Regra Geral
B.P Obrigatório Obrigatório Obrigatório
D.R Obrigatório Obrigatório Obrigatório
D.R.A Facultativa Obrigatório Obrigatório
D.M.P.L Facultativa Obrigatório Obrigatório
D.F.C Facultativa Obrigatório Obrigatório
D.V.A Facultativa Facultativa Obrigatório
N.E Facultativa Facultativa Obrigatório
FONTE: A autora
2.1 BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial é a demonstração contábil que apresenta a posição 
patrimonial e financeira de uma empresa em determinado momento. O que é 
representado nessa demonstração são valores estáticos e após o fechamento 
dessa demonstração é muito provável que os valores passarão a ser diferentes 
para compor o próximo balanço.
De acordo com o CPC 00, a composição do balanço patrimonial se dá por 
três elementos: ativo, passivo e patrimônio líquido (já vimos o que é cada um 
no Capítulo 1). Cada um desses elementos é representado em contas, que são 
denominados grupos, esses grupos são classificados em ordem decrescente de 
liquidez para o ativo e ordem decrescente de exigibilidade para o passivo (ASSAF 
NETO, 2012).
Dentre os elementos que compõem o patrimônio (mais precisamente o ativo) 
e, consequentemente, o balanço patrimonial, temos as chamadas ‘propriedades 
para investimentos’, que são os terrenos mantidos para valorização a longo 
prazo, terrenos mantidos para uso no futuro, edifícios que sejam da entidade 
(desocupados ou não) e que estejam sob arrendamento e propriedade que esteja 
sendo construída para futura utilização.
Esses elementos patrimoniais têm tratamento específico e são regulados 
44
 Contabilidade
pelo CPC 28, que objetiva estabelecer o tratamento contábil de propriedades 
para investimento e respectivos requisitos de divulgação. Por se tratar de 
patrimônio que é mantido para fins de valorização ou de geração de caixa, eles 
são enquadrados no subgrupo Investimentos dentro do balanço patrimonial. 
Logo mais essa estrutura ficará mais clara e você conseguirá identificar esses 
elementos na demonstração contábil.
O balanço patrimonial é segregado em duas principais partes, imagine 
um quadrado em que há uma linha tracejada no meio em sentido vertical, na 
parte esquerda está representado o ativo, também chamado de aplicação 
dos recursos da empresa, e pode ser dividido em ativo circulante (caixa e 
equivalentes de caixa, valores a receber) e ativo não circulante, que é segregado 
no realizável a longo prazo, investimentos (lembra do CPC 28 que vimos 
anteriormente?), imobilizado e intangível. No lado direito, que é também chamado 
de origem dos recursos, são representados o passivo e o patrimônio líquido.
O CPC 26 orienta sobre a apresentação das demonstrações contábeis, 
diretrizes para a estrutura e requisitos mínimos para o seu conteúdo. De acordo 
com o CPC 26 (2011, s.p.), “este Pronunciamento Técnico não prescreve a ordem 
ou o formato que deva ser utilizado na apresentação das contas do balanço 
patrimonial, mas a ordem legalmente instituída no Brasil deve ser observada”. 
Isso implica dizer que o item 54 do CPC 26 (2011) simplesmente lista os itens 
que são suficientemente diferentes na sua natureza ou função para assegurar 
uma apresentação individualizada no balanço patrimonial. Adicionalmente, o CPC 
26 (2011, s.p.) em seu item 57, determina que “as contas do balanço patrimonial 
devem ser incluídas sempre que o tamanho, natureza ou função de um item ou 
agregação de itens similares apresentados separadamente seja relevante na 
compreensão da posição financeira da entidade”.
No passivo, estão as obrigações da empresa, que são a origem dos recursos 
aplicados, ou seja, os valores investidos no ativo. O passivo é classificado 
em passivo circulante e passivo não circulante. Por fim, no patrimôniolíquido, 
estão dispostos os recursos próprios, ou seja, o capital dos sócios investidos na 
empresa e os lucros da empresa. A seguir, poderemos ver a estrutura básica do 
balanço patrimonial.
45
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
QUADRO 2 – BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO R$
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
R$
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimentos
Imobilizado
Intangível
TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO
FONTE: A autora
Salienta-se que a estrutura demonstrada é a estrutura mais básica de um 
balanço patrimonial. O desdobramento dos subgrupos decorre das atividades das 
empresas, por exemplo, empresas que não possuem estoques não apresentarão 
no balanço patrimonial a conta estoque, como as empresas financeiras. Portanto, 
assim como o enquadramento de porte determina quais demonstrações contábeis 
são obrigatórias, com relação às contas que compõem o balanço patrimonial, 
serão desdobradas, considerando as suas atividades-fim.
2.2 DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO
A demonstração do resultado do exercício visa fornecer os resultados 
auferidos pela empresa em determinado exercício social. O lucro (ou prejuízo) do 
período é resultante de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa. 
Quando falamos em resultado das operações de uma entidade, devemos ter 
em mente o saldo final obtido por ela, ou seja, o lucro ou prejuízo alcançado por 
uma entidade após a realização de suas atividades principais e acessórias em um 
período, normalmente um exercício social (um ano). Para que cheguemos a esse 
resultado é preciso realizar uma série de adições e subtrações, operações que 
são apresentadas verticalmente por esse demonstrativo. Aprenderemos, então, 
a elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) de uma entidade, 
passando por sua estrutura, principais contas que o compõem e a forma como 
elas estão dispostas e qual a finalidade dessa disposição. Entenderemos ainda o 
processo de análise desse demonstrativo, de que maneira essa análise auxilia na 
tomada de decisão.
46
 Contabilidade
De acordo com o CPC 30 (Resolução nº 1.187/2009), a receita é: 
Como aumento nos benefícios econômicos durante o período 
contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de 
ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do 
patrimônio líquido da entidade e que não sejam provenientes 
de aporte de recursos dos proprietários da entidade. As 
receitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como 
os ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias 
da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais 
como vendas, honorários, juros, dividendos e royalties (CPC 
30, 2009, s.p.).
O CPC 30 (2009, s.p.) define:
Receita – é o ingresso bruto de benefícios econômicos durante 
o período observado no curso das atividades ordinárias da 
entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido, 
exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados às 
contribuições dos proprietários.
Valor justo – é o preço que seria recebido pela venda de um 
ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em 
uma transação ordenada entre participantes do mercado na 
data de mensuração. 
A Demonstração do Resultado do Exercício é, juntamente ao Balanço 
Patrimonial, a demonstração contábil que dá origem a todas as outras 
demonstrações de uma empresa. Ela tem o poder de evidenciar a situação 
econômica de uma entidade, ou seja, se ela gera lucro ou prejuízo em suas 
atividades operacionais, além de direcionar os gestores na definição de possíveis 
estratégias futuras de vendas. 
No Brasil, a regra é que todas as empresas sejam obrigadas a elaborar a 
DRE e enviá-la, no mínimo, para os órgãos governamentais para fins de controle 
tributário. Entretanto, há outros requisitos que fazem com que a elaboração dela 
seja obrigatória. Como não é apenas a lei societária que deve ser seguida pelas 
empresas, e nem todas são definidas como sociedades anônimas, as empresas 
constituídas com outras formas em seus capitais sociais também têm a obrigação 
da DRE.
O CPC 30 (2009, s.p.) esclarece que a receita “deve ser mensurada pelo 
valor justo da contraprestação recebida ou a receber”.
47
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
Link para consulta do CPC 00 – Estrutura conceitual para 
relatórios financeiros. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/
Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80. 
QUADRO 3 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
R$
VENDAS DE MERCADORIAS, PRODUTOS E SERVIÇOS
Vendas de Mercadorias
Vendas de Produtos
Vendas de Serviços
(-) Deduções com Impostos, Devoluções e Descontos Incondicionais
= RECEITA LÍQUIDA
(-) CUSTO DAS VENDAS
Custo das Mercadorias Vendidas
Custo dos Produtos Vendidos
Custo dos Serviços Prestados
= LUCRO BRUTO
 (-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com Pessoal
Despesas Administrativas
Despesas de Vendas
Despesas Tributárias
Depreciação e Amortização
Perdas Diversas
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(+) OUTRAS RECEITAS
(-) OUTRAS DESPESAS
= RESULTADO ANTES DAS DESPESAS COM TRIBUTOS SOBRE 
O LUCRO (*)
(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
48
 Contabilidade
(-) Despesa com Contribuição Social
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
FONTE: A autora
De acordo com Almeida (2014), as receitas representam entradas brutas 
de benefícios econômicos durante o ano, que resultam em aumento do lucro 
do exercício ou redução do prejuízo do exercício da entidade e consequente 
acréscimo do seu patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio líquido 
relacionados às contribuições dos proprietários. Contribuições dos proprietários 
ou dos sócios para aumento do capital social da entidade são acréscimos do 
patrimônio líquido da entidade que não representam receitas.
• Receita bruta das vendas de mercadorias, prestação de serviços ou 
ambas: somatório de todas as notas de venda, ou prestação de serviço, 
de um período; corresponde ao valor bruto das receitas. 
• Receita das vendas de bens do ativo permanente: valor recebido pela 
venda de itens do ativo permanente que exceder o valor contábil (valor 
pelo qual o item está registrado na contabilidade, ou seja, valor de 
aquisição menos depreciação acumulada dele). Exemplo: uma mesa 
registrada na contabilidade por R$ 100,00, sendo R$ 300,00 seu valor de 
compra menos depreciação acumulada de R$ 200,00, é vendida por R$ 
150,00. Assim, a receita de venda desse ativo será R$ 50,00.
• Rendimento das aplicações financeiras: juros e encargos recebidos pelas 
aplicações e investimentos realizados junto a uma instituição financeira; 
são chamados de receitas financeiras. 
• Resultado (positivo) da equivalência patrimonial: atualiza o valor do 
investimento realizado em outra entidade, quando o ajuste for positivo. 
• Aluguéis recebidos: valores recebidos por aluguel de imobilizados 
(quando esta não for a atividade principal da entidade). 
• Descontos obtidos: descontos obtidos em duplicatas a pagar geram 
uma diminuição no passivo da entidade e têm como contrapartida uma 
conta de receita, pois reduz os valores a serem pagos pela entidade; são 
chamados de receitas financeiras.
• Doações e subvenções: valores referentes a doações, sejam em espécie 
(dinheiro), sejam por meio de outros ativos, como veículos, máquinas 
etc., bem como valores recebidos de subsídios e incentivos, podendo ser 
advindos do governo. 
• Receita das vendas de sucatas da produção: venda de rebarbas e sobras 
49
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
da produção. Exemplo: uma estamparia tem como matéria-prima uma 
barra de alumínio; após estampar suas peças, os restos dessa barra são 
vendidos e o recebimento da venda é considerado receita de venda de 
sucatas.
Um assunto bem completo dentro da contabilidade é a mensuração e a 
divulgação da receita.De acordo com Almeida (2014), a complexidade está no 
sentido de que, dependendo do segmento de negócio que a sociedade atua, será 
exigido um alto grau de julgamento pela administração da entidade. O fato é que 
a receita reconhecida terá impacto nos impostos que serão pagos pela empresa, 
nos dividendos que serão pagos e também o quanto irá compor o patrimônio da 
empresa.
CPC 47 – Receita de contrato com cliente. Disponível em: 
h t t p : / / w w w. c p c . o r g . b r / C P C / D o c u m e n t o s - E m i t i d o s /
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=105.
A conta “venda de mercadorias, produtos e serviços” é a receita bruta 
proveniente das atividades da empresa com a venda à vista e a prazo em 
determinado período. Da soma do total de mercadorias, produtos e serviços 
vendidos são deduzidos valores de devoluções ou cancelamentos de vendas, 
descontos e abatimentos e impostos sobre vendas ou serviços (ICMS, ISS, 
PIS e COFINS), o resultado é o valor da venda líquida. O custo das vendas é o 
resultado do valor do estoque inicial do período + as compras do período - o 
valor do estoque final. 
CMV = EI + C - EF
No resultado financeiro é utilizado o valor da diferença entre despesas 
bancárias pagas, variação monetária passiva e de receitas financeiras (juro 
ativo, descontos obtidos, juros recebidos, variação monetária e cambial ativa). 
Nas despesas operacionais, constam as despesas com pessoal da produção, 
escritórios, despesas com as vendas de mercadorias, como marketing e fretes. 
Após é apurado o lucro do período e calculados os impostos referentes ao lucro 
da empresa, como Imposto de Renda e contribuição social. Após deduzidos os 
valores dos impostos é que é obtido o lucro líquido do período e então a gestão 
da empresa decidirá onde o lucro será aplicado, a parte que será distribuída aos 
acionistas, o que irá compor as reservas e o que será reinvestido na empresa. 
50
 Contabilidade
2.3 DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO ABRANGENTE
A demonstração do resultado abrangente tem por finalidade mostrar 
informações que não são apresentadas na demonstração do resultado. Nela, 
soma-se o resultado do período evidenciado na demonstração do período e 
outros resultados. 
Apesar de não fazer parte da legislação societária (Lei nº 6.404/76), a DRA 
foi inserida no CPC 26 como um relatório que deve fazer parte do conjunto de 
demonstrações das empresas pelo seu conteúdo informacional e pelo impacto que 
os resultados abrangentes tem no resultado líquido do período. Se observarmos a 
expressão “resultado líquido”, de cara lembramos da Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE), que apresenta a confrontação entre receitas e despesas, 
gerando como resultado o lucro ou prejuízo do exercício, porém, cabe lembrar que 
o patrimônio líquido de uma entidade não é afetado apenas pelo resultado líquido 
de cada período, mas sim por um conjunto de resultados que não aparecem 
na DRE. Um exemplo disso é o Ajuste de Avaliação Patrimonial, que surge por 
conta da reavaliação de algum ativo a valor justo. Este é um resultado que afeta 
o Patrimônio Líquido das entidades, porém não aparece na DRE. De agora em 
diante, daremos a esse tipo de resultado a nomenclatura de outros resultados 
abrangentes.
Devem contar os seguintes tópicos da DRA:
• Resultado líquido do período.
• Itens do resultado abrangente (de acordo com a natureza).
• Equivalência patrimonial.
• Resultado total.
São considerados resultados abrangentes: ajuste de avaliação patrimonial, 
variações das reservas de reavaliação e ganhos ou perdas, derivados na 
conversão de demonstração de operações no exterior. 
51
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
Outros valores que também integram a Demonstração do 
Resultado Abrangente constam no CPC 26. Disponível em:
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_
rev%2014.pdf.
Todos os itens de receitas e despesas que se referem a eventos ocorridos 
em determinado período, devem ser reconhecidos contabilmente nesse mesmo 
período. Nesse caso, o resultado líquido da DRE é aquele informado na última linha 
desse relatório e representa a diferença entre receitas e despesas. Já na DRA, 
a última linha indicará o resultado do exercício ajustado por eventuais eventos 
que serão estudados nos tópicos seguintes, os quais denominamos de resultados 
abrangentes. Originalmente, a DRA deveria ser um relatório que representaria 
uma continuação da DRE, ou seja, pelo conteúdo da norma contábil que trata 
do assunto (NBC TG 26) e do pronunciamento contábil (CPC 26), teríamos um 
único relatório que expressasse o resultado do empreendimento. Isso porque, 
conforme o teor das normas aqui indicadas, a demonstração do resultado e outros 
resultados abrangentes (que é o conteúdo da DRA) devem apresentar, além das 
seções da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes: (a) o 
total do resultado (do período), apurado e informado na DRE; (b) o total de outros 
resultados abrangentes; e (c) o resultado abrangente do período, sendo o total do 
resultado e de outros resultados abrangentes.
QUADRO 4 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
(+/-) diferenças de câmbio na conversão de operações no exterior
(+/-) resultado líquido sobre ativos financeiros disponíveis para venda
(+/-) parcela de outros resultados abrangentes de coligadas
(+/-) ajustes de exercícios anteriores
(=) resultado abrangente total do exercício
FONTE: A autora
52
 Contabilidade
2.4 DEMONSTRAÇÃO DAS 
MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO – DMPL
Essa é a demonstração que tem por objetivo apresentar todas as mudanças 
que ocorreram nas contas que compõem o patrimônio líquido em determinado 
período. De acordo com Montoto (2011), a DMPL tem por objetivo apresentar os 
lançamentos credores e devedores na conta Lucros ou Prejuízos acumulados, 
que é uma das contas do patrimônio líquido. Na DMPL, entendemos o acúmulo e 
a destinação dos lucros em determinado período ou o tratamento dos prejuízos, 
caso estes tenham ocorrido. 
A DMPL pode substituir a obrigatoriedade de elaboração e apresentação 
da DLPA, mas como pode um demonstrativo substituir a exigência de outro? 
A resposta é simples! A DMPL é bem mais ampla, pois demonstra todas as 
variações (mutações) ocorridas no Patrimônio Líquido da entidade. Por outro 
lado, a DLPA se restringe a explicar as variações ocorridas na conta de Lucros 
ou Prejuízos acumulados. Entretanto, depois das alterações que ocorreram na 
Lei das Sociedades Anônimas, em 2007, causadas pela promulgação da Lei nº 
11.638/07, a conta de Lucros Acumulados não pôde mais continuar a receber 
valores (BRASIL, 2007). Ao invés de acumular valores ao longo de períodos, os 
saldos de Lucros precisam de uma destinação. Dessa forma, a DLPA passou 
a ter como principal função o cálculo das reservas e de dividendos do período, 
entre outros itens obrigatórios. A conta de Lucro do exercício ainda existe, sendo 
essa devidamente distribuída no período e, caso a empresa tenha prejuízo, ou 
prejuízos acumulados, estes podem figurar no patrimônio líquido normalmente.
De acordo com o CPC 26 (2011), para cada componente do patrimônio 
líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração das mutações do 
patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados 
abrangentes por item. 
53
Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Capítulo 2 
Capital Social 
Integralizado
Reserva 
de 
Capital
Reservas 
de Lucros
Lucros ou 
Prejuízos 
Acumulados
Outros 
Resultados 
Abrangentes
Patrimônio 
Líquido 
Consolidado
Saldos Iniciais X 0 
Aumento de Capital 
Ações em Tesouraria 
Adquiridas 
Ações em Tesouraria 
Vendidas 
Dividendos 
Transações de Capital 
com os Sócios 
Ajustes de Instrumentos 
Financeiros 
Equiv. Patrim. s/ Ganhos 
Abrang. de Coligadas 
Ajustes de Conversão 
do Período 
Outros Resultados 
Abrangentes 
Ajustes de Instrum.

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