Buscar

Aula 03 Extra 02

Prévia do material em texto

Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 163 
AULA 03: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
Oi Pessoal, 
Mais uma aula. Mais uma semana. Daqui a pouco Edital na Praça. O 
momento é de antecipar os estudos. 
Adotem a estratégia cirúrgica para a aprovação no concurso do ICMS, 
abnegando um pouco do lazer, mas não “totalmente”; deixem de lado 
o contato com os familiares, mas nunca totalmente; menos curtição 
com os amigos aos finais de semana, mas curtam. 
O nível de “stress” aumenta quanto mais se aproxima o derradeiro 
dia de prova, por isso, é de suma importância que aliviem a pressão 
com pequenas coisas, como, por exemplo, uma corrida com um(a) 
amigo(a), um passeio no parque com a família, uma peça de 
comédia, um aniversário “0800”. 
Bom, vamos ao que interessa. 
O tema, hoje, é Administração direta e indireta, bem como 
Agências (reguladoras e executivas) e Terceiro Setor. 
Vamos que vamos. 
Cyonil Borges. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 163 
QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 
1. (2008/FCC – MPR – Ag.Administrativo-N12) 
desconcentração administrativa é: 
a) terceirização de execução de serviços para empresas 
permissionárias, com ou sem licitação. 
b) atribuir a outrem poderes da Administração. 
c) delegação de execução de serviços para empresas concessionárias, 
mediante licitação. 
d) repartição das funções entre os vários órgãos de uma mesma 
administração. 
e) descentralização das atividades públicas ou de utilidade pública.1 
 
2. (2008/FCC – MPR - Cargo M11) No que diz respeito à teoria 
de organização administrativa, analise: 
I. Repartição de funções entre os vários órgãos de uma mesma 
Administração. 
II. Transferência, por meio de contrato ou ato administrativo 
unilateral, da execução de determinado serviço público a pessoa 
jurídica de direito privado. 
Os conceitos acima se referem, respectivamente, a 
a) descentralização por colaboração e desconcentração 
administrativa. 
b) descentralização territorial e descentralização por serviços. 
c) autoadministração e descentralização por serviços. 
d) desconcentração administrativa e descentralização por 
colaboração. 
e) desconcentração por colaboração e descentralização por serviços.2 
 
3. (2007/Cespe – SEGER-ES) O fenômeno da descentralização 
é efetivado por meio de delegação quando o Estado cria uma 
entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço 
público. (Certo/Errado)3 
 
 
1
 LETRA D. 
2
 LETRA D 
3
 ERRADO. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 163 
 
4. (2008/FCC – MPR – Ag. Administrativo-N12) Assinale a 
alternativa referente a órgãos ou entidades que NÃO integram 
a Administração Indireta: 
a) Ministérios; Secretarias de Estado; e Secretarias Municipais. 
b) sociedades de economia mista; empresas públicas; e autarquias. 
c) fundações instituídas pelo Poder Público; autarquias; e sociedade 
de economia mista. 
d) autarquias; sociedades de economia mista; e consórcios públicos. 
e) sociedades de economia mista; consórcios públicos; e empresa 
pública.4 
 
5. (2006/FCC – TRE - Analista) É correto afirmar que os 
órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, Secretarias 
Estaduais e Municipais: 
a) se distinguem do Estado, por serem autônomas. 
b) são pessoas, sujeitos de direitos e obrigações . 
c) não têm personalidade jurídica. 
d) têm relação de representação com a vontade do agente público. 
e) têm relação interorgânica e não interpessoal ou intersubjetiva.5 
 
6. (2006/ESAF – AFC/CGU) Assinale, entre as hipóteses 
abaixo, aquela que corresponde à competência legislativa do 
Congresso Nacional, prevista na Constituição Federal, sobre a 
organização administrativa do Poder Executivo. 
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração 
Pública. 
b) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades 
da Administração Pública. 
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta 
d) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração 
Pública. 
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta 
e Indireta.6 
 
4
 LETRA A. 
5
 LETRA C. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 163 
 
7. (2006/FCC – Analista/TRE) Quanto aos órgãos públicos é 
INCORRETO afirmar que: 
a) os órgãos simples ou unitários são dotados de um único centro de 
competência ou atribuições. 
b) os órgãos públicos são centros de competência dotados de 
personalidade jurídica própria, sendo responsáveis exclusivos por 
suas ações e omissões. 
c) os Ministérios, na área federal, são considerados órgãos 
compostos, uma vez que possuem em sua estrutura outros órgãos 
públicos. 
d) o Tribunal Superior Eleitoral, de acordo com sua posição na 
estrutura estatal, é um órgão independente, posto que possui origem 
constitucional. 
e) os colegiados são os órgãos que decidem e agem pela 
manifestação de vontade da maioria de seus membros.7 
 
8. (2010/FCC – TRF/4R – EXECUTOR DE MANDADOS) No que 
se refere aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar ser 
característica destes (algumas não presentes em todos), 
dentre outras, o fato de que: 
(A) não possuem personalidade jurídica e são resultado da 
desconcentração. 
(B) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de 
gestão com outros órgãos. 
(C) alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira. 
(D) não possuem patrimônio próprio, mas integram a estrutura da 
pessoa jurídica. 
(E) têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram.8 
 
9. (2011/FCC – TRF-20R – Analista/judiciária) Considere a 
seguinte afirmação, acerca da classificação dos órgãos 
públicos: 
São os que se localizam na cúpula da Administração, subordinados 
diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia 
 
6
 LETRA D. 
7
 LETRA B. 
8
 LETRA E. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 163 
administrativa, financeira e técnica e participam das decisões 
governamentais. 
A afirmação trata dos órgãos públicos denominados 
a) dependentes. 
b) independentes. 
c) superiores. 
d) subalternos. 
e) autônomos.9 
 
10. (2011/FCC – TRF-20R – Analista/Execução de 
Mandados) Quanto à classificação dos órgãos públicos, 
considere as seguintes assertivas: 
I. Órgãos públicos “locais” são aqueles que atuam sobre uma parte 
do território, como as Delegacias Regionais da Receita Federal, as 
Delegacias de Polícia, os Postos de Saúde, entre outros. 
II. Os órgãos públicos denominados superiores são órgãos de direção, 
controle e comando; gozam de autonomia administrativa e financeira. 
III. A Presidência da República e a Diretoria de uma escola sãoexemplos de órgãos públicos singulares. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III.10 
 
11. (2011/FCC – TRT-23R – Analista/Judiciária) No que 
concerne à classificação quanto à posição estatal, os órgãos 
públicos autônomos são: 
a) órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à 
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de 
autonomia administrativa nem financeira. 
b) os que se localizam na cúpula da Administração, subordinados 
diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia 
administrativa, financeira e técnica e participam das decisões 
governamentais. 
 
9
 LETRA E. 
10
 LETRA C. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 163 
c) os originários da Constituição e representativos dos três Poderes 
do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, 
sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro, e 
suas atribuições são exercidas por agentes políticos. 
d) os que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos 
superiores de decisão, exercendo principalmente funções de 
execução. 
e) órgãos de direção e comando, não sujeitos à subordinação e ao 
controle hierárquico de uma chefia, gozando de autonomia 
administrativa e financeira, como, por exemplo, as Casas 
Legislativas.11 
Gabarito: alternativa B. 
 
12. (2011/FCC – TRE – Analista/Judiciária) Os órgãos 
públicos: 
a) confundem-se com as pessoas físicas, porque congregam funções 
que estas vão exercer. 
b) são singulares quando constituídos por um único centro de 
atribuições, sem subdivisões internas, como ocorre com as seções 
integradas em órgãos maiores. 
c) não são parte integrante da estrutura da Administração Pública. 
d) não têm personalidade jurídica própria. 
e) são compostos quando constituídos por vários agentes, sendo 
exemplo, o Tribunal de Impostos e Taxas.12 
 
13. (2011/FCC – TRE-TO – Analista/Judiciária) Os órgãos 
públicos 
a) São classificados como entidades estatais 
b) Têm autonomia política 
c) Têm personalidade jurídica 
d) São soberanos 
e) São centros de competência instituídos para o desempenho de 
funções estatais.13 
 
14. (2008/FCC – PMREC – Procurador) Determinado Estado 
criou, regularmente, uma autarquia para executar atividades 
 
11
 LETRA B. 
12
 LETRA D. 
13
 LETRA E. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 163 
típicas da Administração estadual que melhor seriam 
exercidas de forma descentralizada. 
Em relação a esta pessoa jurídica instituída, pode-se afirmar que se 
trata de pessoa jurídica: 
a) de direito público, com personalidade jurídica própria, embora 
sujeita ao poder de autotutela do ente que a instituiu. 
b) de direito público, não sujeita a controle do ente que a instituiu 
quando gerar receitas próprias que lhe confiram auto-suficiência 
financeira. 
c) sujeita ao regime jurídico de direito privado quando for auto-
suficiente e ao regime jurídico de direito público quando depender de 
verbas públicas, sem prejuízo, em ambos os casos, da submissão à 
tutela do ente que a instituiu. 
d) sujeita ao regime jurídico de direito público, criada por Decreto, 
integrante da Administração Indireta e, portanto, sujeita a controle 
do ente que a instituiu. 
e) de direito público, dotada das prerrogativas e restrições próprias 
do regime jurídico-administrativo e sujeita ao poder de tutela do ente 
que a instituiu.14 
 
15. (2008/CESPE – PGE/CE – Procurador) Assinale a opção 
correta acerca das autarquias. 
a) As autarquias são detentoras, em nome próprio, de direitos e 
obrigações, poderes e deveres, prerrogativas e responsabilidades. 
b) As autarquias são hierarquicamente subordinadas à administração 
pública que as criou. 
c) As autarquias são criadas e extintas por ato do chefe do Poder 
Executivo. 
d) Ao criar uma autarquia, a administração pública apenas transfere a 
ela a execução de determinado serviço público, permanecendo com a 
titularidade desse serviço. 
e) As autarquias não estão sujeitas ao controle externo do Poder 
Legislativo.15 
 
 
14
 LETRA E. 
15
 LETRA A. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 163 
16. (2007/VUNESP – Procurador) Não é um privilégio das 
autarquias: 
a) imunidade de tributos sobre seu patrimônio, renda e serviços. 
b) prescrição quinquenal de suas dívidas passivas. 
c) ampliação do prazo para desocupação de prédio locado para seus 
serviços, quando decretado o despejo. 
d) impossibilidade de usucapião de seus bens imóveis. 
e) recurso de ofício nas sentenças que julgarem improcedente a 
execução de seus créditos fiscais.16 
 
17. (2006/FCC – Defensoria/SP) Recurso hierárquico 
impróprio é: 
a) aquele que é dirigido à autoridade superior na organização 
federativa. 
b) o pedido de reconsideração apresentado à autoridade máxima de 
uma estrutura administrativa. 
c) o pedido de revisão das decisões proferidas em processos 
disciplinares, para a própria autoridade sancionadora. 
d) a avocação do recurso administrativo pela chefia do órgão 
administrativo. 
e) o recurso interposto contra a decisão de dirigente de entidade da 
Administração Indireta, para a autoridade a que está vinculada, na 
Administração Direta.17 
 
18. (2010/FCC – CASA CIVIL – EXECUTIVO) Além de outras, 
NÃO constitui característica das autarquias, a 
(A) especialização dos fins ou atividades. 
(B) criação por lei. 
(C) personalidade jurídica pública. 
(D) capacidade de autodeterminação. 
(E) isenção de controle ou tutela.18 
 
 
16
 LETRA A. 
17
 LETRA E. 
18
 LETRA E. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 163 
19. (2011/FCC – TCE/SE – Analista de Controle Externo) As 
autarquias: 
(A) são necessariamente criadas por lei. 
(B) organizam-se sob a forma de sociedades. 
(C) possuem capacidade de autoadministração, o que as isenta do 
controle administrativo. 
(D) possuem personalidade jurídica de direito privado, não obstante 
integrem a Administração Pública. 
(E) regem-se pelas normas aplicáveis às empresas privadas.19 
 
20. (2006/FCC – TRT-20ªR) Tendo em vista as entidades da 
administração indireta considere: 
I. Capacidade de autoadministração; especialização dos fins ou 
atividades; e sujeição a controle ou tutela. 
II. Sujeição ao controle estatal; vinculação aos fins definidos na lei 
instituidora; e desempenho de atividade de natureza econômica. 
Tais situações são características, respectivamente, das 
a) organizações do terceiro setor; dos serviços sociais autônomos e 
agências reguladoras. 
b) fundações; das organizações do terceiro setor e serviços sociais 
autônomos. 
c) empresas públicas; das autarquias e agências reguladoras ou 
executivas. 
d) autarquias; das sociedades de economia mista e empresaspúblicas. 
e) sociedades de economia mista; das empresas públicas e 
fundações.20 
 
21. (2006/FCC – MP/Jurídica) Dentre as entidades da 
administração indireta, a sociedade de economia mista 
caracteriza-se por ser pessoa jurídica de direito: 
a) público, destinada exclusivamente à prestação de serviços 
públicos, dotada de autonomia administrativa e financeira, bem como 
possuidora de patrimônio próprio. 
 
19
 LETRA A. 
20
 LETRA D. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 163 
b) privado, autorizada por lei para a exploração de atividades 
econômicas, detentora de privilégios fiscais e constituída sob a forma 
de sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
c) público, criada por lei para a exploração de atividade econômica, 
com capital exclusivamente privado e organizada sob qualquer das 
formas empresariais admitidas em lei. 
d) privado, criada para a prestação de serviços públicos ou 
exploração de atividade econômica, contando com capital misto e 
constituída sob a modalidade de sociedade anônima. 
e) público, instituída por lei para a prestação de serviços públicos ou 
exploração de atividades econômicas, com capital público e dotada de 
autonomia administrativa e financeira.21 
 
22. (2011/FCC – TRF/1R – Analista) NÃO é considerada 
característica da sociedade de economia mista: 
(A) a criação independente de lei específica autorizadora. 
(B) a personalidade jurídica de direito privado. 
(C) a sujeição a controle estatal. 
(D) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei. 
(E) o desempenho de atividade de natureza econômica.22 
 
23. (2010/FCC – ALESP – LICITAÇÕES) O regime jurídico das 
sociedades de economia mista que exploram atividade 
econômica é o mesmo: 
(A) das empresas privadas, inclusive no que diz respeito às 
obrigações trabalhistas e tributárias, sujeitando-se, porém, aos 
princípios que regem a Administração pública. 
(B) das entidades integrantes da administração direta, exceto no que 
diz respeito aos contratos de trabalho, que se regem pela 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
(C) das empresas privadas, exceto no que diz respeito ao processo de 
execução judicial de suas dívidas, em face da impenhorabilidade de 
seus bens e rendas. 
(D) estabelecido na lei das sociedades anônimas, sendo vedado ao 
acionista controlador orientar os negócios da companhia para fins 
diversos da obtenção de lucro, sob pena de abuso de poder. 
 
21
 LETRA D. 
22
 LETRA A. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 163 
(E) das empresas privadas, exceto no que diz respeito às obrigações 
tributárias, que são parcialmente afastadas em face da imunidade em 
relação a impostos incidentes sobre seu patrimônio e renda.23 
 
24. (2010/FCC – CASA CIVIL – EXECUTIVO) É certo que, as 
Sociedades de Economia Mista: 
(A) têm como objeto a prestação de uma atividade econômica 
empresarial, vedada a realização de atividade pública. 
(B) embora pertencendo à Administração direta, ostentam estrutura e 
funcionamento de empresa particular. 
(C) não têm, por natureza, qualquer privilégio estatal, só auferindo as 
prerrogativas administrativas, tributárias e processuais concedidas 
especificamente na lei criadora ou em dispositivos especiais. 
(D) possuem capital exclusivamente privado e direção exclusiva do 
ente estatal ao qual estão subordinadas. 
(E) somente podem ser instituídas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal, vedada a sua criação pelos Municípios.24 
 
25. (2011/FCC – TCE/SE – Analista de Controle Externo) As 
empresas públicas: 
(A) são pessoas jurídicas de direito público interno que 
desempenham atividade econômica. 
(B) possuem vínculo contratual com o Estado, notadamente por meio 
de contrato de concessão. 
(C) são organizadas invariavelmente sob a forma de sociedades 
anônimas. 
(D) exercem atividade de relevante interesse coletivo, embora não 
detenham capital público. 
(E) necessitam de autorização legislativa para serem criadas.25 
 
26. (2010/FCC – TRE/AL – Analista Judiciário-
Administrativa) A entidade dotada de personalidade jurídica 
de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo 
da União, se federal, criada para exploração de atividade 
econômica que o Governo seja levado a exercer por força de 
contingência ou conveniência administrativa, denomina-se: 
(A) Autarquia Especial. 
 
23
 LETRA A. 
24
 LETRA C. 
25
 LETRA E. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 163 
(B) Sociedade de Economia Mista. 
(C) Empresa Pública. 
(D) Fundação Pública. 
(E) Organização Social.26 
 
27. (2010/FCC – TCM/CE – ANALISTA CONTROLE) As 
sociedades de economia mista e as empresas públicas 
(A) Estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, 
exceto no que diz respeito a matéria tributária e trabalhista. 
(B) Estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, 
inclusive no que diz respeito a matéria tributária e trabalhista. 
(C) Não estão submetidas aos princípios da Administração Pública, 
exceto quando prestadoras de serviços públicos. 
(D) Sujeitam-se ao regime jurídico de direito público, e ao regime de 
direito privado, quando exploradoras de atividade econômica. 
(E) Sujeitam-se ao mesmo regime jurídico das fundações públicas, 
exceto no que diz respeito à matéria de pessoal.27 
 
28. (2011/FCC - Copergás – Analista/Administrador) As 
empresas públicas e sociedades de economia mista 
exploradoras de atividade econômica submetem-se: 
(A) aos princípios aplicáveis à Administração Pública e ao regime 
jurídico próprio das empresas privadas. 
(B) ao mesmo regime da Administração Direta, exceto em matéria 
tributária. 
(C) ao regime jurídico próprio das empresas privadas, exceto em 
matéria trabalhista. 
(D) ao regime jurídico privado, gozando, porém, de imunidade 
tributária. 
(E) aos princípios aplicáveis à Administração Pública, exceto no que 
diz respeito à licitação e à contratação de pessoal, obras e serviços.28 
 
29. (2008/NCE-UFRJ – ANTT/AADM55) Ressalvados os casos 
previstos na Constituição Federal de 1988, a exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária: 
 
26
 LETRA C. 
27
 LETRA B. 
28
 LETRA A. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 163 
a) aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo; 
b) à incorporação e compatibilização dos planos nacionais e regionais 
de desenvolvimento; 
c) à repressão do abuso do poder econômico que vise à eliminação da 
concorrência; 
d) à realização das diretrizes e bases do planejamento do 
desenvolvimento nacional equilibrado; 
e) à proteção do meio ambiente, ao consumidor e à livre 
concorrência.29 
Gabarito: alternativa A. 
 
30. (2008/CESPE – PGE-PB – Procurador) Constitui elemento 
diferenciador entre sociedade de economia mista e empresa 
pública o(a)a) regime jurídico de pessoal. 
b) composição do capital. 
c) patrimônio. 
d) natureza da atividade. 
e) forma de sujeição ao controle estatal.30 
 
31. (2008/CESPE – PGE-PB – Procurador) Considere-se que 
o governo do estado da Paraíba tenha celebrado contrato com 
uma sociedade de economia mista federal. Nessa situação, 
caso exista interesse do estado da Paraíba em discutir 
judicialmente alguma cláusula oriunda desse contrato, deverá 
ser proposta ação contra a mencionada sociedade perante: 
a) uma das varas da justiça federal. 
b) uma das varas da justiça comum estadual. 
c) o Tribunal Regional Federal da 5.ª Região. 
d) o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. 
e) o Superior Tribunal de Justiça (STJ).31 
 
 
29
 LETRA A. 
30
 LETRA B. 
31
 LETRA B. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 163 
32. (2008/CESPE – OAB-SP) Recente decisão do Supremo 
Tribunal Federal, levando em consideração a peculiar situação 
jurídica de uma estatal (regida pelo direito privado), afirmou a 
impossibilidade de se penhorarem seus bens e determinou 
que sua execução só poderia ocorrer pelo regime do 
precatório (art. 100 da Constituição Federal). Tal decisão 
ocorreu em referência 
a) ao Banco do Brasil, uma sociedade de economia mista cujos bens 
são bens públicos dominicais. 
b) à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), por se tratar 
de empresa pública que executa serviço público. 
c) à Companhia de Gás de São Paulo (COMGAS), porque, como 
empresa privada e concessionária de serviço público, todos seus bens 
são reversíveis. 
d) ao INSS, uma autarquia federal cujos bens são todos bens 
públicos de uso especial.32 
 
33. (2008/FCC – TCE/Amazonas) Na estrutura da 
Administração Pública brasileira, há distinção entre a 
Administração direta e a indireta. Dentre as entidades da 
Administração indireta incluem-se as: 
I. sociedades de economia mista. 
II. organizações sociais. 
III. empresas públicas. 
IV. fundações públicas. 
V. agências executivas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I e III. 
c) I, III e IV. 
d) II, III e V. 
e) III, IV e V.33 
 
 
32
 LETRA B. 
33
 LETRA C. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 163 
34. (2006/FCC – ICMS/Paraíba) O regime jurídico 
administrativo, aplicável às entidades da administração 
indireta, resulta na: 
a) atribuição de personalidade jurídica de direito público a todas 
estas, independentemente da forma jurídica que adotarem. 
b) obrigatoriedade da realização de licitação para a contratação de 
obras, serviços, compras e alienações, de acordo com os seus 
regulamentos próprios. 
c) sujeição de seu pessoal às regras próprias do funcionalismo 
público, notadamente ao regime jurídico único do ente público de que 
fazem parte. 
d) indisponibilidade dos bens de propriedade destas entidades, que 
apenas poderão ser alienados por meio dos procedimentos legais. 
e) obrigatoriedade de sua constituição sob a forma de sociedade 
anônima de capital aberto, não sujeita à falência.34 
 
35. (2010/FCC – TRE/AM – ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre as 
entidades políticas, os órgãos e os agentes públicos, 
considere: 
I. As empresas públicas e sociedades de economia mista não são 
criadas por lei, mas, a sua instituição depende de autorização 
legislativa. 
II. Entidades estatais são pessoas jurídicas de Direito Público que 
integram a estrutura constitucional do Estado, mas, não têm poderes 
políticos nem administrativos. 
III. Órgãos subalternos são os que exercem atribuições de mera 
execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos 
superiores. 
IV. Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o 
desempenho de funções estatais, dotados de personalidade jurídica e 
de vontade própria. 
V. Agentes públicos são todas as pessoas físicas incumbidas, 
definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, III e V. 
(B) I, II e IV. 
(C) III, IV e V. 
 
34
 LETRA B. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 163 
(D) III e IV. 
(E) IV e V.35 
 
36. (2010/FCC – ALESP – DIREITO) A respeito das entidades 
integrantes da Administração indireta, é correto afirmar que 
(A) as autarquias, as fundações, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista estão sujeitas ao regime jurídico de 
direito público. 
(B) as empresas públicas e as sociedades de economia mista 
sujeitam-se ao regime de direito privado, exceto no que diz respeito 
às obrigações tributárias e trabalhistas. 
(C) as autarquias possuem as mesmas prerrogativas das pessoas 
jurídicas públicas políticas, exceto no que diz respeito à 
penhorabilidade de seus bens. 
(D) as sociedades de economia mista são constituídas de acordo com 
as regras do direito privado e submetem- se à legislação trabalhista, 
tributária, civil e societária, porém a sua criação depende de prévia 
autorização legislativa. 
(E) todas elas submetem-se ao mesmo regime jurídico das entidades 
integrantes da Administração direta, exceto para as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista no que diz respeito ao 
regime trabalhista de seus empregados, que é o mesmo aplicável às 
empresas privadas.36 
 
37. (2010/FCC – APOF) A respeito do regime jurídico 
aplicável às entidades integrantes da Administração indireta, 
é correto afirmar que as: 
(A) autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público 
sujeitam-se ao regime de direito público, exceto no que diz respeito à 
penhorabilidade de seus bens. 
(B) autarquias, fundações e sociedades de economia mista 
prestadoras de serviço público sujeitam-se ao regime jurídico de 
direito público. 
(C) fundações instituídas e mantidas pelo poder público sujeitam-se 
ao mesmo regime das autarquias, exceto no que diz respeito ao 
processo seletivo de pessoal. 
(D) sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de direito 
privado, inclusive no que diz respeito à legislação tributária e 
trabalhista. 
 
35
 LETRA A. 
36
 LETRA D. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 163 
(E) sociedades de economia mista exploradoras de atividade 
econômica sujeitam-se ao mesmo regime das empresas privadas, 
exceto no que diz respeito à matéria tributária.37 
 
38. (2011/FCC – TCM/BA – Procurador) A propósito das 
características e regime jurídico a que se submetem as 
entidades da Administração indireta, é correto afirmar: 
(A) A autarquia é pessoa jurídica de direito público, com as mesmas 
prerrogativas e sujeições da Administração direta, exceto no que diz 
respeito ao regime de seus bens. 
(B) A criação de sociedade de economia mista e de empresa pública 
depende de autorização legislativa, assim como a criação de 
subsidiárias dessas entidades. 
(C) A criação de sociedade de economia mista somente é possível 
paraexploração de atividade econômica stricto sensu. 
(D) As empresas públicas podem explorar atividade econômica e 
prestar serviços públicos, com a participação minoritária de 
particulares em seu capital social. 
(E) A autarquia é pessoa jurídica de direito privado, porém submetida 
aos princípios aplicáveis à Administração Pública, o que lhe confere 
um regime híbrido de prerrogativas e sujeições.38 
 
39. (2011/FCC – PGE/MT – Procurador) O regime jurídico 
aplicável às entidades integrantes da Administração indireta 
(A) sujeita todas as entidades, independentemente da natureza 
pública ou privada, aos princípios aplicáveis à Administração Pública. 
(B) é integralmente público, para autarquias, fundações e empresas 
públicas, e privado para sociedades de economia mista. 
(C) é sempre público, independentemente da natureza da entidade. 
(D) é sempre privado, independentemente da natureza da entidade. 
(E) é o mesmo das empresas privadas, para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, exceto em relação à legislação 
trabalhista.39 
 
40. (2008/FCC – TJURR – Juiz) A Lei federal nº 9.472/97, em 
seu art. 9º, designa a Agência Nacional de Telecomunicações 
 
37
 LETRA D. 
38
 LETRA B. 
39
 LETRA A. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 163 
“autoridade administrativa independente”. Tal designação, em 
termos da organização administrativa brasileira, 
a) revela a criação de uma nova espécie típica de entidade integrante 
da Administração Indireta, dita justamente “autoridade administrativa 
independente”. 
b) ressalta algumas características do regime especial dessa 
entidade, tais quais independência administrativa, ausência de 
subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus 
dirigentes, mas não afasta o seu enquadramento como autarquia. 
c) refere-se ao fato de essa entidade não integrar a Administração 
Indireta. 
d) refere-se ao fato de essa entidade não ser sujeita a normas 
decorrentes do exercício do poder regulamentar pelo chefe do Poder 
Executivo. 
e) implica a criação de uma nova espécie típica de entidade 
integrante da Administração Indireta, dita “agência reguladora”.40 
 
 
40
 LETRA B. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 163 
QUESTÕES COMENTADAS 
1) (2008/FCC – MPR – Ag.Administrativo-N12) 
desconcentração administrativa é: 
a) terceirização de execução de serviços para empresas 
permissionárias, com ou sem licitação. 
b) atribuir a outrem poderes da Administração. 
c) delegação de execução de serviços para empresas concessionárias, 
mediante licitação. 
d) repartição das funções entre os vários órgãos de uma mesma 
administração. 
e) descentralização das atividades públicas ou de utilidade pública. 
Comentários: 
A questão, em si, não nos oferece alto grau de dificuldade. É 
corriqueiro nossas ilustres organizadoras nos testarem quanto à 
distinção entre desconcentração e descentralização. Por isso, antes 
da resposta propriamente dita, que tal um “passeio” pelos principais 
conceitos? 
Basicamente, devemos conhecer os conceitos de Centralização X 
DesCENtralização X DesCOncentração administrativas. 
Interessante notar como a formação das palavras, por vezes, pode 
nos causar problemas para o integral entendimento dos conceitos 
jurídicos. Por exemplo: desconcentrar e descentralizar não 
poderiam ser vistas como expressões sinônimas, quase 
perfeitas, etimologicamente, porque, ao fim, ambas querem 
dizer retirar do centro? Contudo, juridicamente e para efeito de 
concursos, as ditas expressões possuem diferenças significativas. 
O conceito de centralização é, de todos, o de mais fácil assimilação. 
Os amigos já devem ter ouvido falar, no dia-a-dia, em “pessoas 
centralizadoras”, o que isso quer dizer? 
Quer se referir àquela pessoa que realiza as tarefas sem qualquer 
distribuição de parcela da atribuição a qualquer pessoa. Por 
exemplo: na casa de VAN, ela é quem lava, passa, e cozinha, 
logo, realiza as tarefas de forma centralizada. Já na casa de Dona 
Regiane, é Fifo quem cozinha, lava, e passa, houve distribuição de 
determinadas tarefas de titularidade de Regiane a outra pessoa 
(garota inteligente, para que centralizar se é possível descentralizar, 
tudo em nome da eficiência!). 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 163 
Distinto é o conceito de desconcentração. 
Essa existe quando tarefas ou atividades são distribuídas de um 
centro para setores periféricos ou de escalões superiores para 
escalões inferiores, dentro da MESMA entidade ou da MESMA 
pessoa jurídica. 
Por exemplo: 
 O Poder Executivo Federal pode ser desconcentrado em 
Ministérios (entre outros órgãos), como da Saúde, da 
Previdência, da Cultura, dos Transportes, logo, em 
diversas áreas temáticas (desconcentração por 
matéria); 
 Os Tribunais Federais têm órgãos espalhados em Brasília, 
em Minas, no Piauí, no Acre etc. É a mesma pessoa, 
União, só que as competências são realizadas por órgãos 
em base geográfica distinta (desconcentração 
territorial ou geográfica); e 
 A Secretaria de Saúde de Divinópolis (Minas Gerais) é 
órgão subordinado hierarquicamente à Prefeitura, 
ambos, por sua vez, são órgãos da mesma pessoa (leia-
se: Município), é o que a doutrina denomina 
desconcentração por hierarquia. 
DICA: prestem atenção na última parte do conceito! A 
desCOncentração (CO – Criação de Órgãos) é fenômeno interna 
corporis, ou seja, ocorre em uma mesma pessoa jurídica. Além 
disso, a estrutura desconcentrada é baseada na hierarquia, na 
subordinação, seja entre órgãos, seja entre servidores. 
 
Por fim a descentralização. A desCENtralização (CEN - Criação de 
ENtidades, pressuposto de nova pessoa jurídica) é uma distribuição 
de competência entre pessoas físicas ou jurídicas distintas, 
transferindo-se a atividade decisória e não a mera atividade 
administrativa. 
 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 163 
Então, encontrou a resposta? Claro que sim! A desconcentração 
refere-se à repartição das funções entre vários órgãos de uma 
mesma pessoa jurídica (alternativa D). 
Gabarito: alternativa D. 
 
2) (2008/FCC – MPR - Cargo M11) No que diz respeito à teoria 
de organização administrativa, analise: 
I. Repartição de funções entre os vários órgãos de uma mesma 
Administração. 
II. Transferência, por meio de contrato ou ato administrativo 
unilateral, da execução de determinado serviço público a pessoa 
jurídica de direito privado. 
Os conceitos acima se referem, respectivamente, a 
a) descentralização por colaboração e desconcentração 
administrativa. 
b) descentralização territorial e descentralização por serviços. 
c) autoadministração e descentralização por serviços. 
d) desconcentração administrativa e descentralização por 
colaboração. 
e) desconcentração por colaboração e descentralização por serviços. 
Comentários: 
Vimos que, na desconcentração, há repartição de funções dentro da 
própria pessoa jurídica, certo? Por isso, o itemI, na questão ora 
analisada, refere-se à técnica administrava da desconcentração. 
Ao contrário da desconcentração, não há na descentralização 
relação de hierarquia ou de subordinação, o que existe é um laço 
de vinculação, de controle de finalidade (finalístico) ou de 
supervisão Ministerial (na maior parte das vezes!). Por exemplo: a 
autarquia federal Banco Central encontra-se vinculada ao 
Ministério da Fazenda; a fundação pública federal FUNASA, 
vinculada ao Ministério da Saúde; a sociedade de economia mista 
federal Companhia Docas do Estado de São Paulo é vinculada à 
Secretaria de Portos. 
Assim como acontece com a desconcentração (por hierarquia, por 
matéria, por território), a descentralização também comporta 
classificações, sendo que, no entanto, não existe um 
posicionamento unânime na doutrina, por esse motivo, será exposto, 
a seguir, a mais aceita pelas bancas examinadoras, a qual, inclusive, 
foi objeto na presente questão. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 163 
São quatro as espécies do gênero descentralização: territorial; 
por colaboração; funcional, técnica, ou por serviços, e a social. 
 
Na Descentralização Territorial uma entidade local, 
geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica 
própria, de Direito Público, com capacidade administrativa 
ampla. Este tipo de descentralização (administrativa) é vista, com 
frequência, nos Estados Unitários (p.ex.: França, Portugal e 
Espanha). 
No Brasil, são incluídos nessa modalidade de descentralização os 
territórios federais, os quais não integram a federação, mas têm 
personalidade de direito público e possuem capacidade 
administrativa genérica (não gozam de capacidade política!). Na 
atual Constituição Federal, os territórios são mencionados, por 
exemplo, no §2º do art. 18: 
Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Daí, duas observações: 
I) Hoje não mais existem, no Brasil, os territórios, como foram 
os territórios de Roraima e Amapá (atuais Estados) e Fernando 
de Noronha (anexado ao Estado de Pernambuco). Contudo, há 
possibilidade de criação de novos territórios, segundo 
estabelece a atual Constituição; 
II) Os territórios integram a União, não sendo, portanto, 
integrantes da federação (U, E, DF, M). Assim, territórios não 
são entes federativos (ou políticos), mas sim meras 
entidades administrativas. Há aqueles que os classificam como 
autarquias da União. 
Já a Descentralização por Colaboração se verifica quando a 
execução de um serviço público é transferida à pessoa jurídica de 
direito privado, ou mesmo à pessoa física, por meio de contrato ou 
ato administrativo, conservando o poder público a titularidade do 
serviço. 
É o que ocorre, por exemplo, na concessão ou permissão de serviços 
públicos (formas de delegação de serviço público), cujo 
regramento geral é encontrado na Lei 8.987/1995, lei geral para 
concessões e permissões de serviços públicos (o assunto será 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 163 
estudado mais à frente, no tópico sobre serviços públicos). 
Para aqui, releia o item II. Isso mesmo. Está-se diante da 
descentralização por colaboração, daí a correção da 
alternativa D. 
Vamos prosseguir nas classificações, acreditando em eventual 
ineditismo da organizadora. 
A Descentralização funcional é também denominada de 
descentralização por serviços ou técnica. É aquela em que o 
Poder Público cria uma pessoa jurídica de direito público ou 
privado, atribuindo-lhe, além da execução, a titularidade de 
determinado serviço público. Por exemplo: a FUNASA (Fundação 
Nacional de Saúde), pessoa jurídica de direito público (fundação 
pública), serviço público de saúde; a ECT (Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos), pessoa jurídica de direito privado (empresa 
pública), serviço público de correios. 
No Brasil, essa criação SOMENTE se dá em virtude de lei. Por 
vezes, a lei, diretamente, cria a entidade, correspondendo à 
figura das autarquias e das fundações públicas de direito 
público. Por outras, a lei autoriza a instituição, correspondendo às 
fundações públicas de direito privado; sociedades de economia mista, 
e empresas públicas. 
 
Com relação às duas últimas (mistas e empresas públicas), 
adianto que costumam ter dois campos de atuação: ora exploram 
atividades econômicas, em razão do que dispõe o art. 173 da 
CF/1988, sobretudo no seu §1º; ora são prestadoras de serviços 
públicos (art. 175 da CF/1988). 
Todavia, no caso de atividades econômicas exploradas pelo 
Estado, não há que se falar de descentralização funcional, uma vez 
que não há prestação de serviços públicos (a ECT é um exemplo de 
descentralização funcional ou por serviços, apesar de empresa 
pública, afinal de contas, é prestadora de serviços públicos). 
Alguns dos amigos já estão familiarizados provavelmente com os 
termos. Outros, no entanto, uma vez ou outra se questionam: o que 
é autarquia? O que é uma sociedade de economia mista? 
Antes de passarmos a este assunto nas questões que vêm pela 
frente, vale uma última observação: alguns autores indicam somente 
a autarquia como sendo o exemplo de descentralização por serviços, 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 163 
tanto que o Dec. Lei 200/1967, apegado a essa concepção 
conservadora, define apenas a autarquia como entidade que presta 
serviço público típico do Estado. 
Entretanto, o estudo da evolução das formas de descentralização 
funcional mostra que, além das autarquias, foram criadas outras 
pessoas jurídicas por parte do Estado e a elas foram transferidas a 
titularidade e execução de serviços públicos. Portanto, além das 
autarquias, a descentralização por serviços (funcional ou 
técnica) se estende às demais entidades da Administração 
Indireta. 
A descentralização por serviços corresponde à Administração Indireta, 
que, via de consequência, é chamada por alguns de Administração 
Descentralizada. Em contrapartida, a Administração Direta é 
chamada por muitos de Administração Centralizada. 
Descentralização por serviços → Administração Indireta 
ou Descentralizada 
Administração Direta → Administração Centralizada 
Síntese do aprendizado: 
- O Estado pode realizar suas tarefas de forma centralizada, 
desconcentrada, e descentralizada; 
- A desconcentração ocorre internamente à pessoa jurídica, 
representando a criação de órgãos dentro da mesma entidade; 
- A desconcentração admite as seguintes classificações: territorial ou 
geográfica; por matéria; e por hierarquia; 
- A desconcentração, por ser interna, gera subordinação hierárquica 
entre os órgãos e os agentes; 
- A descentralização é movimento para fora, pressupõe, portanto, a 
existência de nova pessoa (jurídica ou física); 
- Na descentralização, não há subordinação, existe apenas um 
vínculo; 
- A descentralização admite as seguintes classificações: territorial; 
por colaboração; e por serviços (técnica ou funcional); 
- A descentralização por colaboração não se confunde com a por 
serviços. Naquela, o Estado não transfere a titularidade 
(apenas a execução); nesta, o Estado repassa tanto a 
titularidade quanto execução. 
Gabarito: alternativa D. 
 
Cursode Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 163 
3) (2007/Cespe – SEGER-ES) O fenômeno da descentralização 
é efetivado por meio de delegação quando o Estado cria uma 
entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço 
público. (Certo/Errado) 
Comentários: 
Para reforço do aprendizado, recorro-me a uma questão de Cespe. O 
que vale para nós é conteúdo em si. Vejamos. 
Nas passagens acima, revimos que o Estado pode tanto criar uma 
entidade para a execução de determinada atividade (p. ex.: 
prestação de serviços públicos), bem como pode delegar a 
prestação do serviço público a um particular. 
Antecipo que essa última tem sido a mais empregada pelo Estado, 
especialmente a partir da Reforma do Aparelho do Estado (o 
denominado processo de “desestatização”). 
Em ambos os casos, teremos uma forma de descentralização: POR 
SERVIÇOS, no primeiro caso (o Estado cria a entidade); POR 
COLABORAÇÃO, no segundo caso, em que o Estado delega a um 
particular a execução do serviço público. Desse modo, fica fácil 
perceber o erro dessa questão, pois a descentralização por 
delegação ocorre por ato ou contrato. E mais: na 
descentralização por colaboração, o Estado não cria ninguém, 
simplesmente repassa a particular (pessoa física ou jurídica) já 
existente. 
Que tal um quadro-resumo sobre o tema? Abaixo: 
 POR SERVIÇOS (outorga) POR COLABORAÇÃO (delegação) 
O Estado cria a entidade 
O Estado, em regra, não criará a 
entidade que executará a atividade 
Ocorre a transferência de 
TITULARIDADE e EXECUÇÃO 
da atividade objeto da 
descentralização 
Ocorre a transferência da EXECUÇÃO 
da atividade, mas não da 
TITULARIDADE da atividade. 
Descentralização ocorre 
mediante LEI 
Descentralização ocorre mediante 
CONTRATOS ou ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
Viram mesmo o erro da questão? 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 163 
Na Descentralização por Colaboração (na delegação de serviços 
públicos), o Estado não cria a Entidade, mas sim delega ao 
particular a execução, como no caso da questão examinada. O outro 
erro é que, diferentemente da outorga, a delegação ocorrerá por ato 
ou contrato, e não por Lei, como afirmado pela banca. 
A circunstância de na descentralização por colaboração não haver 
transferência de titularidade ganhará destaque no tópico de 
serviços públicos, quando então falarei com mais detalhes de tão 
importante atividade da Administração. Todavia, aponto desde agora 
o disposto no art. 175 da CF: 
Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação 
de serviços públicos. 
O negrito no texto não consta do original. Mas vejam que INCUMBE 
AO PODER PÚBLICO (leia-se: Estado) a prestação de serviços 
públicos. Mesmo que o Estado lance mão de uma forma de 
delegação (concessões, permissões, ou, ainda, autorizações), NÃO 
perderá a titularidade da atividade, dado que a prestação de 
serviços públicos incumbe ao Poder Público. 
Gabarito: ERRADO 
 
4) (2008/FCC – MPR – Ag. Administrativo-N12) Assinale a 
alternativa referente a órgãos ou entidades que NÃO integram 
a Administração Indireta: 
a) Ministérios; Secretarias de Estado; e Secretarias Municipais. 
b) sociedades de economia mista; empresas públicas; e autarquias. 
c) fundações instituídas pelo Poder Público; autarquias; e sociedade 
de economia mista. 
d) autarquias; sociedades de economia mista; e consórcios públicos. 
e) sociedades de economia mista; consórcios públicos; e empresa 
pública. 
Comentários: 
Boa questão para estabelecermos distinções iniciais quanto à 
composição da Administração Direta e Indireta. Vamos lá... 
Em questões “clássicas”, as bancas gostam muito de brincar com a 
composição da Administração Direta, sobretudo porque, muita das 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 163 
vezes, tem-se a equivocada impressão de que a Administração Direta 
corresponde tão só aos órgãos do Poder Executivo, uma vez que a 
missão administrativa de Estado é dada, especialmente, a tal Poder. 
Esse viés é corroborado pelo Decreto-Lei 200, de 1967, o qual 
estabelecia determinação nesse sentido. Acontece que a norma de 
referência é do já distante ano de 1967 e, portanto, tem que ser 
interpretada a partir da Constituição ora vigente, que é, como sabido 
por nós, de 1988. 
Assim, é preciso ser verificada a compatibilidade do Decreto Lei 
200/1967 e a CF/1988. Com efeito, é útil a transcrição do caput do 
art. 37 da CF: 
A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
O trecho negritado, quando bem lido, deixa claro: TODOS os 
Poderes PODEM possuir órgãos da Administração Direta, bem 
como entidades da Administração Indireta. Guardem essa 
informação! 
A Administração Direta pode ser vista como o conjunto de 
órgãos diretamente ligados às pessoas federativas (União, Estados, 
DF, e Municípios), aos quais é atribuída a competência para o 
exercício de determinações tarefas, de incumbência do Estado. 
Como os Poderes Constituídos (o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário) não possuem personalidade jurídica própria, ligando-
se, de modo direto, a uma pessoa federativa (política, que pode 
legislar – União; estados; Distrito Federal; e municípios), estes (os 
Poderes Constituídos) podem ser entendidos como Administração 
Pública, tomando-se esse termo em acepção ampla. 
Além disso, no âmbito de cada um desses Poderes Estruturais, 
existem órgãos incumbidos de atividades administrativas, sendo, 
portanto, correto afirmar que a Administração Pública está 
presente em todos os Poderes, e não só no Executivo. 
Registre-se, ainda, que Administração Direta corresponde a cada ente 
federativo. Assim é correto dizer: “Administração Direta da União”; 
do Estado do Maranhão; do Distrito Federal; do Município de Aracaju 
etc. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 163 
Por exemplo: o Tribunal Regional Federal, o Tribunal Regional 
Eleitoral, o Tribunal de Contas da União são órgãos Federais, ou 
seja, integrantes da Administração Direta. 
A Administração Direta, portanto, corresponde 
predominantemente, mas não exclusivamente, ao Poder 
Executivo. Afinal, conforme estabelece a atual Constituição Federal, 
todos os Poderes têm possibilidade de terem órgãos da 
Administração Direta. 
Apesar de “matarmos” a questão só com o conceito de Administração 
Direta ou Centralizada, faz necessária a apresentação formal da 
composição da Administração INDIRETA. 
A Administração Indireta, de acordo com o atual modelo 
constitucional, é composta por: autarquias; fundações públicas; e 
empresas estatais ou governamentais (empresas públicas e 
sociedades de economia mista) e, mais recentemente, por 
associações públicas (os consórcios públicos de Direito Público). 
Chegamos, portanto, à alternativa “A”, em que são listados apenas 
órgãos da AdministraçãoDireta. Vejamos os demais quesitos. 
Alternativas “B” e “C” – INCORRETAS. A Administração 
Indireta ou Descentralizada é composta por: autarquias; 
fundações; e as empresas estatais (sociedades de economia 
mista e empresas públicas). 
Alternativa D – INCORRETA. Quesito bem interessante. O número 
de figuras da Administração Pública Descentralizada (Administração 
Indireta) pode ser ampliado. Tanto é assim que, recentemente, a Lei 
11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos) deu autorização para 
criação de consórcios públicos dotados de personalidade própria. 
Tais consórcios, caso dotados de personalidade jurídica de 
Direito Público, comporão a Administração Indireta de todos os 
entes da Federação consorciados, na forma de associação pública, 
conforme estabelece o art. 6º da norma. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 163 
 
Ressalte-se que tais consórcios, na formatação de associação 
pública, têm natureza autárquica, uma vez que contarão com a 
participação de mais de um ente da federação. O assunto consórcios 
públicos tem sido pouco explorado pelos examinadores, valendo à 
pena tão só uma rápida passada de olhos na Lei que trata do 
assunto, para se evitar surpresas. Cautela e canja de galinha não 
fazem mal a ninguém... 
Alternativa E – INCORRETA. Idem item “D”. Uma última 
observação. É possível a ocorrência de desconcentração na 
descentralização. Exemplifique-se: na criação de uma autarquia 
ocorre, efetivamente, descentralização administrativa. Contudo, 
quando no interior da autarquia são criados órgãos, como 
superintendências ou diretorias, está-se diante do processo de 
desconcentração. 
 
Gabarito: alternativa A. 
 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 163 
5) (2006/FCC – TRE - Analista) É correto afirmar que os 
órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, Secretarias 
Estaduais e Municipais: 
a) se distinguem do Estado, por serem autônomas. 
b) são pessoas, sujeitos de direitos e obrigações . 
c) não têm personalidade jurídica. 
d) têm relação de representação com a vontade do agente público. 
e) têm relação interorgânica e não interpessoal ou intersubjetiva. 
Comentários: 
Nesta questão vamos entender melhor o conceito de órgãos. 
Primeiro de tudo, bom registrar que órgãos públicos não se 
configuram entidades concretas, mas sim abstrações do mundo 
jurídico, às quais se atribui titularidade de algumas competências. 
Os órgãos são reais, uma vez que possuem existência jurídica, 
contudo, abstratos (alguém aí já viu um órgão correndo em parques 
ou jogando vôlei? Penso que não, órgãos não têm pernas e sequer 
braços). Sinteticamente: órgãos não possuem personalidade 
jurídica. Com essa informação, chegamos à alternativa correta. Isso 
mesmo: alternativa “C”. 
 
Assim, podemos concluir que os órgãos públicos são 
fundamentalmente distintos das entidades. Os primeiros 
(órgãos) são destituídos de personalidade jurídica própria, 
enquanto as entidades possuem personalidade própria. Uma 
série de consequências advirá daí. 
Primeira (e talvez mais importante dessas consequências) é a 
impossibilidade de os órgãos públicos assumirem direitos e 
obrigações em nome próprio, pois despersonalizados. Para dita 
regra, haverá exceções: em casos específicos, alguns órgãos 
poderão assumir, eles próprios, direitos e obrigações (“pera” aí, 
conversaremos, mais à frente, sobre isso!). 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 163 
Órgãos podem ser entendidos, portanto, como centros de 
competência (unidades administrativas) despersonalizados, nos 
quais serão lotados agentes responsáveis pelo desempenho das 
tarefas de Administração Pública. 
Órgãos não podem assinar contratos administrativos (assumir 
direitos e obrigações perante terceiros) e também não detêm 
patrimônio próprio. Assim, é incorreto afirmar que o Tribunal 
Regional Eleitoral, por exemplo, assinou contrato administrativo com 
a empresa Delta, ou, ainda, que estamos no prédio do Tribunal 
Regional Eleitoral. Qual o correto então? A União (pessoa 
jurídica) é quem assina o contrato, por intermédio do Ministério 
do Tribunal. O prédio é da União (pessoa jurídica), sendo utilizado 
pelo Tribunal. 
Duas alternativas merecem um carinho especial, conquanto 
estejam incorretas. Vejamos. 
Na alternativa D, a ilustre organizadora afirma que a relação é de 
representação. Vejamos. 
Como registrado, órgãos são unidades abstratas, sem existência 
física. Ficção, pois, do mundo jurídico, mas com existência real. 
Portanto, são necessários “seres vivos” (com seus braços e pernas) 
para concretizar a atuação dos órgãos públicos. 
Assim, os agentes públicos se fazem presentes, os quais têm a 
atuação imputada (atribuída) aos órgãos. Com outras palavras, 
o querer e o agir dos agentes funciona como se fosse do próprio 
Estado, constituindo os agentes verdadeiros veículos da 
expressão do Estado. 
Nessa passagem, fica o seguinte resumo: TODA A CONDUTA DOS 
AGENTES É IMPUTADA AO ÓRGÃO, o qual, por sua vez, encontra-
se ligado à entidade possuidora de personalidade jurídica, quem, ao 
fim, acaba respondendo a eventuais questionamentos jurídicos. Essa 
é uma síntese do denominado princípio da imputação volitiva, 
fundamental para a compreensão da denominada “teoria do órgão”. 
Legal, o erro do item então é que não se aplica a teoria da 
representação, mas sim a do órgão. Mas, Sean, o que são 
estas teorias? Dá pra explicar? O que você não pede chorando, 
que eu não faço sorrindo! Rsrs...Vejamos. 
Pela teoria do órgão (aplicada entre nós), as pessoas jurídicas 
expressam sua vontade por intermédio de órgãos, os quais são 
titularizados por agentes. Por essa teoria, órgãos são partes 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 163 
componentes da entidade, com as expressões de vontade daqueles 
sendo entendidas como destas (a “atuação imputada”, citada na 
questão). Dessa última passagem decorre o segundo erro do quesito, 
pois a imputação é para com os órgãos e não agentes. 
Registro, ainda, que essa teoria (a do órgão) foi construída pelo 
jurista alemão OTTO GIERKE, sendo, atualmente, universalmente 
aceita pela doutrina. Teve o papel de substituir as teorias do 
mandato e da representação, as quais, igualmente, pretendiam 
explicar a atuação do Estado por intermédio de seus agentes. 
Pela 1ª (mandato), o agente atuaria como mandatário da pessoa 
jurídica à qual estaria ligado. Só que essa teoria cai por terra 
quando se faz uma pergunta simples: quem outorga o mandato? A 
própria pessoa jurídica? Como, se esta não tem existência concreta? 
Ainda que reais no mundo jurídico, as pessoas jurídicas são 
abstrações, não agindo per si. E mais: se válida a teoria do mandato, 
o agente público, ao agir ilicitamente, enfim, fora dos limites da 
procuração, não acarretaria qualquer responsabilidade para o 
Estado. E, como sabemos, não é isso que ocorre (art. 37, §6º, da 
CF/1988). 
De acordo com a 2ª Teoria (Representação), o agente público 
faria a representação da entidade, funcionando como uma espécie 
de “tutor” desta. Esta teoria tambémé falha, diante da seguinte 
situação: a representação, como a feita por tutores, diz respeito a 
incapazes. Mas então, o Estado pode ser chamado mesmo de 
incapaz? Se positiva a resposta, como poderia um incapaz 
outorgar ou validar sua representação? 
 
Teoria do Mandato 
Teoria da 
Representação 
Agente Público 
Mandatário (Tem 
procuração do Estado) 
Tutor, Curador 
(representa o incapaz) 
ESTADO 
Pessoa Jurídica que 
outorga o mandato 
Incapaz (deve ser 
tutelado, representado) 
Críticas à 
Teoria 
Pessoa Jurídica não tem 
existência concreta, é 
abstração. 
Como poderia um incapaz 
outorgar ou validar sua 
representação e ser 
responsável pelos atos 
ilícitos praticados pelo 
tutor? 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 163 
Não acarretaria 
qualquer 
responsabilidade 
para o Estado se o 
ato fosse ilícito 
 
Por fim, a alternativa “E”, verdadeira pérola. Para a banca, está 
incorreto afirmar que a relação é interorgânica. E, a meu ver, tem 
toda razão. As ações das entidades se concretizam por intermédio 
dos agentes, uma vez que os órgãos também são abstratos, em 
outros termos: não existe relação interorgânica entre os 
órgãos. As relações interorgânicas são, em verdade, 
interpessoais ou intersubjetivas, em síntese: devem ser 
exercidas pelos agentes titulares das competências atribuídas aos 
mesmos. Daí incorreto afirmar que a relação é interorgânica. 
Gabarito: alternativa C. 
 
6) (2006/ESAF – AFC/CGU) Assinale, entre as hipóteses 
abaixo, aquela que corresponde à competência legislativa do 
Congresso Nacional, prevista na Constituição Federal, sobre a 
organização administrativa do Poder Executivo. 
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração 
Pública. 
b) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades 
da Administração Pública. 
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta 
d) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração 
Pública. 
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta 
e Indireta. 
Comentários: 
Achei interessante esta questão de ESAF e decidi postar “pra” vocês. 
Tenho feito isso direto nos meus cursos aqui no curso estratégia. Por 
exemplo: no meu curso de ESAF, por vezes, recorto questões de FGV 
e de FCC e posto por lá. Nos meus cursos de Cespe, recorto questões 
de FCC e de Cesgranrio e posto por lá. 
A intenção é “varrer” todo o conteúdo programático e, por 
conseguinte, aumentar a chance de sucesso, por ser plenamente 
válida entre as bancas a “Lei de Lavoisier”. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 163 
Não precisa nem pensar D++, a leitura do art. 88 da CF/1988 é 
suficiente: 
“A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública”. 
Logo, item “D” é a resposta. 
A Emenda Constitucional 32/2001 alterou o dispositivo para impor 
que tão-somente a criação e a extinção de órgãos sejam 
promovidas por LEI, abrindo espaço, nesse sentido, para que o 
Chefe do Executivo, por meio de Decreto (autônomo), trate da 
estruturação e atribuições dos órgãos (art. 84, inc. VI). 
Uma última observação: a lei citada no art. 88 da CF/1988 é de 
iniciativa privativa (reservada) do Chefe do Executivo, com outras 
palavras, é formalmente inconstitucional a promoção do processo 
legislativo para a criação de Ministério por Deputado, por exemplo, só 
ao Chefe do Executivo é dado iniciar o processo. 
Essa lei pode alcançar a criação e a extinção de órgãos nos 
demais Poderes e Ministério Público e Tribunal de Contas? 
Não, isso porque a criação depende de lei de iniciativa dos Tribunais 
(art. 96, II, ‘c’ e ‘d’) e do Ministério Público (art. 127, §2º) e do 
Tribunal de Contas, sendo que, no caso do Legislativo, a criação e a 
extinção dispensam a edição de leis (arts. 51, IV, e 52, XIII), porque 
criados e extintos por resoluções. 
Competência Por meio de 
A quem pode 
ser delegada? 
Criação e Extinção de 
Ministérios e Órgãos na 
Administração Pública (Art. 88) 
Lei (Privativa 
do PR) 
CN 
Criação e 
Extinção de 
Órgãos na 
(o) 
Âmbito do Poder 
Executivo 
Federal 
(Art. 84, VI, a) 
Lei (Privativa 
do PR) 
Ministros, AGU 
e PGR 
Poder Legislativo Resolução - 
Ministério 
Público 
Lei de iniciativa 
do MP 
- 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 163 
Tribunal de 
Contas 
Lei de iniciativa 
do TC 
- 
Estruturação e atribuições dos 
cargos (Art. 84, inc. VI) 
Decreto 
Autônomo 
(Privativo do 
PR) 
Ministros, AGU 
e PGR 
PR: Presidente da República 
CN: Congresso Nacional 
AGU: Advogado-Geral da União 
PGR: Procurador-Geral da 
República 
MP: Ministério Público 
TC: Tribunal de Contas 
Gabarito: alternativa D. 
 
7) (2006/FCC – Analista/TRE) Quanto aos órgãos públicos é 
INCORRETO afirmar que: 
a) os órgãos simples ou unitários são dotados de um único centro de 
competência ou atribuições. 
b) os órgãos públicos são centros de competência dotados de 
personalidade jurídica própria, sendo responsáveis exclusivos por 
suas ações e omissões. 
c) os Ministérios, na área federal, são considerados órgãos 
compostos, uma vez que possuem em sua estrutura outros órgãos 
públicos. 
d) o Tribunal Superior Eleitoral, de acordo com sua posição na 
estrutura estatal, é um órgão independente, posto que possui origem 
constitucional. 
e) os colegiados são os órgãos que decidem e agem pela 
manifestação de vontade da maioria de seus membros. 
Comentários: 
A resposta é bem tranquilinha! Isso mesmo. Órgãos são destituídos 
de personalidade jurídica, daí a incorreção da letra C. 
No entanto, vamos aproveitar para trabalharmos as principais 
classificações de órgãos. 
Quanto à posição estatal, podem ser: 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 163 
 Independentes ou primários: são os órgãos que 
decorrem diretamente da Constituição, sem que tenham 
subordinação hierárquica a qualquer outro. São os responsáveis 
por traçarem o destino da nação ou, de certa forma, contribuírem 
para tanto, p. ex.: Chefia do Executivo (Presidente, Governador e 
Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o de Contas); e 
Ministério Público. Para se identificar um órgão independente, 
basta sentar na cadeira do Chefe e olhar para cima, se não há outro 
órgão acima, é porque estamos diante de órgão independente. 
 Autônomos: são órgãos igualmente localizados no ápice da 
Administração, contudo, subordinados diretamente aos 
independentes, com plena autonomia financeira, técnica e 
administrativa. Por exemplo: Ministérios (e as Secretarias estaduais 
e municipais) e Advocacia Geral da União. Mais uma vez, é fácil de 
identificá-los, senta na cadeira do Chefe da Casa Civil, quem o chefe 
vê? O Presidente, não é mesmo. E acima? Ninguém, logo, se está 
diante de órgão autônomo, existe apenas uma cadeia hierárquica, 
perceberam? 
 Superiores: os denominados diretivos. São os órgãos 
encarregados do controle, da direção, e de soluçõestécnicas 
em geral, e, diferentemente dos autônomos e dos primários, não 
gozam de autonomia financeira e administrativa. São exemplos: 
as inspetorias, os gabinetes, as divisões, etc. 
 Subalternos: também chamados de subordinados, são os 
órgãos encarregados dos serviços rotineiros, com pouco (ou 
nenhum) poder decisório, como seria o caso de atendimento ao 
público, por exemplo: portarias, seções de expediente e 
protocolos. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 163 
 
Quanto à estrutura, os órgãos são divididos em: 
 Simples: são também chamados de unitários, porque não 
há outros órgãos abaixo deles (leia-se: não há desconcentração do 
órgão em outros órgãos). Hipoteticamente: a Presidência é órgão 
composto, porque desconcentrada em Ministérios, os quais, por sua 
vez, são igualmente compostos, porque desconcentrados em 
gabinetes e em departamentos, já o serviço de protocolo, 
localizado no departamento de pessoal, do Ministério é órgão 
unitário, porque é o último da cadeia de desconcentração, não 
havendo outro órgão a seguir. Síntese: são órgãos que não mais 
existem divisões. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 163 
Observação: não confundir o fato de órgão ser unitário com o 
número de agentes. No nosso exemplo, o protocolo, apesar de 
unitário, pode contar com 10, 15, 20 ou mais servidores lotados. 
 Compostos: um exemplo bastante citado é o de uma 
Secretaria de Educação, a qual tem sua função principal 
(atividade finalística) desempenhada por outras unidades 
escolares. Percebam que estamos diante do processo de 
desconcentração, sendo, portanto, o traço característico da 
classificação dos órgãos em compostos. 
 
Quanto à atuação funcional, podem ser: 
 Singulares: reconhecidos como unipessoais, isso porque 
a decisão do órgão (sua voz final) parte de um único agente, 
como é o caso da Presidência da República. São órgãos 
organizados, muitas das vezes, verticalmente, donde decorre serem 
chamados por alguns estudiosos de burocráticos. 
Observação: o autor Celso Antônio Bandeira de Mello troca o nome 
singular por simples. Assim, cuidado, porque não existem verdades 
absolutas nos concursos públicos. 
 Colegiados: os chamados pluripessoais ou coletivos. 
Nesses órgãos, o que vale é o quorum, não sendo suficiente a 
decisão isolada do Chefe ou de um dos agentes. São órgãos 
deliberativos, organizados horizontalmente (as pessoas estão em 
um mesmo plano, sem hierarquia, verticalidade) em que prevalece 
a decisão da maioria, para a formação de um único ato (diga-se de 
passagem, simples, por decorrer da vontade de um único órgão). São 
exemplos: Conselho Nacional de Justiça, Tribunais de Contas, 
Conselho de Contribuintes. 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 163 
Observação: o conselho de contribuinte pode, ainda, ser classificado 
como órgão contencioso e o Tribunal de Contas como órgão 
verificador, dentro da classificação do autor Celso Antônio Bandeira 
de Mello. 
 
Vejamos os quesitos proposta pela organizadora. 
Alternativa A – CORRETA. Os órgãos simples ou unitários são 
dotados de um único centro de competência ou atribuições. Adotou-
se o entendimento de Maria Sylvia Zanella Di Pietro e do pai Hely 
Lopes. Levemos esta, portanto, para a prova. 
Alternativa C – CORRETA. Os Ministérios, na área federal, são 
considerados órgãos compostos, uma vez que possuem em sua 
estrutura outros órgãos públicos. 
Alternativa D – CORRETA. O Tribunal Superior Eleitoral, de acordo 
com sua posição na estrutura estatal, é um órgão independente ou 
primário, posto que possui origem constitucional. 
Alternativa E – CORRETA. Os colegiados ou coletivos são os órgãos 
que decidem e agem pela manifestação de vontade da maioria de 
seus membros. 
Gabarito: alternativa B. 
 
8) (2010/FCC – TRF/4R – EXECUTOR DE MANDADOS) No que 
se refere aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar ser 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 163 
característica destes (algumas não presentes em todos), 
dentre outras, o fato de que: 
(A) não possuem personalidade jurídica e são resultado da 
desconcentração. 
(B) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de 
gestão com outros órgãos. 
(C) alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira. 
(D) não possuem patrimônio próprio, mas integram a estrutura da 
pessoa jurídica. 
(E) têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram. 
Comentários: 
Simplesmente excelente! Um sinal de que as coisas podem piorar. 
Primeiro, vamos eliminar aquilo que já conhecemos. Concurso público 
é assim, resolvido com calma, afinal é a definição de destinos. 
A alternativa A está perfeita. Órgãos não detêm personalidade 
jurídica e são resultado do processo de desconcentração. 
A alternativa C está correta, isso porque certos órgãos, como os 
independentes, por exemplo, gozam de autonomia financeira e 
administrativa. 
A alternativa D está, igualmente, correta. O patrimônio é da pessoa 
jurídica e não dos órgãos. 
Ficamos, assim, entre a alternativa “B” e “E”. 
Primeiro, vejamos a alternativa “B”. 
Órgãos assinando contratos?! Em análise apressada, o amigo 
concursando seria levado a se inclinar pela INCORREÇÃO do 
quesito, não é verdade? 
Até porque, linhas atrás, houve a informação de que órgãos não 
podem assinar contratos administrativos. Acontece que contratos 
administrativos não se confundem com contratos de gestão. 
De pronto, vamos nos socorrer da leitura da CF/1988 (§8º do art. 
37): 
A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos 
órgãos e entidades da administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado 
entre seus administradores e o poder público, que 
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho 
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
Curso de Direito Administrativo, em exercícios, para 
ICMS/SP 
Profº Cyonil Borges – Aula 03 
 
Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 163 
II - os controles e critérios de avaliação de 
desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade 
dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
Algumas observações podem e merecem ser feitas: 
I) a CF/1988 não menciona no dispositivo citado contrato DE 
GESTÃO, mas tão só contrato, contudo, a este quis se referir 
(entende a doutrina). Certamente, até mesmo em razão de 
experiências anteriores à atual redação do §8º do art. 37 da 
CF/1988, com redação pela Emenda Constitucional 19/1998, 
conhecida como “Reforma Administrativa”. 
II) Outra questão importante diz respeito à assinatura do contrato 
de gestão entre órgãos, o que foi (e ainda é) bastante criticado 
pela doutrina. Como poderiam os órgãos firmar contratos, uma vez 
que destituídos de personalidade própria? A explicação é que esses 
contratos se assemelham mais a uma forma de ajuste, um acordo, 
pela melhoria da gestão pública. O nome dado ao instituto é que é 
muito ruim. Explique-se. 
O contrato de gestão, na realidade, é tão só um

Continue navegando