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Poligrafo Química Geral Experimental

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QUIMICA GERAL 
EXPERIMENTAL 
 
 
 
ULBRA ESTER RIEDER 
 
 
 
 
Sumário 
 
Sumário 
ASPECTOS GERAIS DA DISCIPLINA _________________________________________ 1 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ____________________________________________ 4 
PRIMEIROS SOCORROS __________________________________________________ 18 
REVISANDO SOLUÇÕES __________________________________________________ 20 
ORIENTAÇÕES PARA AS AULAS PRÁTICAS __________________________________ 24 
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO ________________________________________ 26 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO __________________________________________ 29 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO DE VIDRARIA ________________ 36 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES E REAÇÕES QUÍMICAS _______ 44 
PRÁTICA 3 – FORÇAS INTERMOLECULARES, PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO ___ 52 
PRÁTICA 4 – SEPARAÇÃO DE MISTURAS ____________________________________ 59 
PRÁTICA 5 - ESTEQUIOMETRIA ____________________________________________69 
PRÁTICA 6 - TITRIMETRIA _________________________________________________74 
PRÁTICA 7 - ELETROQUÍMICA_____________________________________________ 81 
PRÁTICA 8 - TERMOQUÍMICA______________________________________________88 
 
 
 
 
Pág. 01 
 
ASPECTOS GERAIS DA DISCIPLINA 
 
 
ASPECTOS GERAIS DA DISCIPLINA 
OBJETIVOS 
GERAL: Introduzir o método científico de pesquisa em laboratório dentro 
dos princípios de segurança do trabalho e aplicação prática dos conteúdos 
trabalhados nas aulas teóricas, das disciplinas correlatas. Desenvolver 
habilidades para escolher e manusear adequadamente vidrarias e 
equipamentos para operações específicas; realizar operações matemáticas 
aplicadas ao preparo de soluções; desenvolver consciência crítica para 
seleção e análise de informações na área da química. 
ESPECÍFICOS: Preparar o aluno para atuar em laboratórios químicos 
dentro dos padrões e regras de segurança. Avaliar e discutir 
procedimentos para gerenciamento de resíduos químicos, para o 
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores sociais, 
para a proteção do meio ambiente natural e construído. Tornar o aluno 
capaz de: identificar métodos e técnicas específicas de laboratório; usar 
técnicas volumétricas; identificar os fatores que provocam a corrosão; 
identificar e classificar as trocas de calor que acompanham as reações 
químicas; analisar os fatores que influenciam na velocidade das reações e 
no equilíbrio químico e iônico. Capacitar o aluno para análise e síntese de 
artigo científico. 
Interpretar e utilizar as diferentes formas de representação (tabelas, 
gráficos, símbolos, expressões), assim como avaliar criticamente os 
materiais didáticos e expressar resultados. Estimular e fortalecer uma 
consciência crítica ambiental e social. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Normas de segurança no laboratório de química e manipulação de 
produtos químicos; manuseio de equipamentos para medidas de volume e 
massa; calibração de vidraria; pesagem; preparo de soluções; operações e 
reações químicas; forças intermoleculares: ponto de fusão e ebulição; 
Pág. 02 
 
ASPECTOS GERAIS DA DISCIPLINA 
 
 
solubilidade; separação de misturas: destilação simples, fracionada e a 
pressão reduzida; sublimação e recristalização; titrimetria de neutralização; 
estequiometria; eletroquímica; termoquímica: Lei de Hess; cinética 
química; equilíbrio químico e iônico. 
PROCESSOS AVALIATIVOS 
G1: uma prova escrita (60%) e participação nas aulas práticas, resenha de 
artigo científico e relatórios (40%). 
G2: uma prova escrita (60%) e participação nas aulas práticas, resenha de 
artigo científico, relatórios e prova prática (40%). 
O grau final do semestre resulta da média ponderada dos graus G1 e G2, 
sendo que G2 tem peso 2. Será aprovado o aluno que obtiver média  6,0. 
Substituição de grau: uma prova escrita, que englobará todo o conteúdo da 
disciplina. Este grau substituirá integralmente o grau desejado, e terá peso 
1 e 2 conforme o grau a ser substituído seja o grau 1 ou 2, 
respectivamente. 
Importante: Para realizar a substituição de grau, o aluno deverá apresentar 
média entre G1 e G2 maior que zero. 
BIBLIOGRAFIA 
BÁSICA 
LENZI, E. et al. Química Geral Experimental. Rio de janeiro: F. Bastos, 2012. 
CONSTANTINO, M. G., SILVA, G. V. J., DONATE, P. M. Fundamentos de 
Química Experimental. São Paulo: Edusp. 2004. 
ATKINS P. Princípios de Química. São Paulo: Bookman, 1999. 
COMPLEMENTAR 
ANDRADE, M. Z. Segurança em Laboratórios Químicos e Biotecnológicos. 
Caxias do Sul: EDUCS, 2008. 
VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa. 6ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2002. 
OLIVEIRA, E. A. Aulas Práticas de Química. 3a ed. São Paulo: Moderna, 1995. 
Pág. 03 
 
ASPECTOS GERAIS DA DISCIPLINA 
 
 
RUSSEL, J. B., Química Geral. 2ª ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2008. 
ATKINS, P., JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e 
o meio ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
WALLAU, W. M. e SANTOS, A. J. R. W.A.; Produtos químicos perigosos 
utilizados em laboratórios de ensino – proposta e exemplos para indicação de 
seus perigos no rótulo; Química Nova, Vol. 36, No. 8, 1267-1274, 2013. 
SUAREZ, W.T., FERREIRA, L.H., FATIBELLO-FILHO, O. Padronização de 
soluções ácida e básica empregando materiais do cotidiano. Química Nova, Vol. 
25, 36-38, 2007. 
http://www.periodicos.capes.gov.br/ 
 
 
 
Pág. 04 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
“Você é parte de uma equipe e sua responsabilidade se estende a seus 
colegas no laboratório. A segurança no procedimento experimental 
depende da ação de todos e não apenas das pessoas encarregadas 
especificamente em executá-lo”. 
 
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA 
 
— É obrigatório o uso de avental (de preferência 100% algodão) de 
manga longa devidamente fechado sobre a roupa, uso de calça 
comprida e sapatos fechados; 
— Cabelos longos devem estar presos; 
— Evitar o uso de roupas confeccionadas com materiais sintéticos; 
— É obrigatório o uso de óculos de segurança e luvas de segurança 
adequados ao risco em todas as atividades realizadas no 
laboratório; 
— Manter atenção constante visando a ordem e limpeza no local de 
trabalho; 
— O laboratorista ao realizar o trabalho deve consultar a metodologia e 
procedimentos aplicáveis para o caso. Se houver dúvidas, consultar 
o professor para eliminar dúvidas e recorrer as medidas de 
segurança aplicáveis; 
— Consultar previamente a FISPQ (Ficha de Informação de Segurança 
de Produtos Químicos); 
— Consultar as propriedades físico-químicas e toxicológicas dos 
produtos químicos utilizados, principalmente aqueles de maiores 
riscos de manipulação; 
— Verificar o estado de conservação dos equipamentos e materiais de 
trabalho, antes de iniciar suas atividades, e rejeitar o uso caso seja 
constatado algum defeito; 
“Nenhum 
trabalho é tão 
importante e 
urgente que não 
possa ser 
planejado e 
executado com 
segurança” 
 
Pág. 05 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
— Proibido pipetar substâncias químicas com a boca, utilize peras de 
sucção; 
— Evitar brincadeiras e distrações durante o trabalho. Manter-se 
concentrado no trabalho que está realizando; 
— É proibido ingerir bebidas e alimentos no laboratório; 
— É expressamente proibido fumar no laboratório e em áreas 
indicadas por avisos de proibição nas dependências da Instituição; 
— É proibido utilizar ar comprimido para se refrescar, secar a pele ou 
roupas em qualquer partedo corpo; 
— Não colocar materiais do laboratório dentro dos bolsos da roupa ou 
avental; 
— Não utilizar lentes de contato, pois estas podem ser danificadas por 
produtos químicos, causando lesões graves; 
— Substâncias tóxicas devem obrigatoriamente ser manipuladas 
dentro de capelas; 
— Trabalhar sempre com materiais de vidro em bom estado, 
separando e descartando em recipientes de coleta seletiva 
(reciclagem) os que estiverem trincados ou quebrados; 
— Todo e qualquer material reciclável de laboratório, como vidro, 
metal, plástico e papel, deve estar previamente descontaminado 
(isento de resíduo); 
— Afastar frascos de reagentes das bordas das bancadas e capelas; 
— Ao manipular os tubos de ensaio e demais recipientes com produtos 
químicos, manter afastado da face, direcionando-os para o lado 
oposto, assegurando que não irá causar danos por possíveis 
respingos ou projeções violentas em outras pessoas; 
— Redobrar a atenção ao manipular volumes maiores do que os 
convencionais de produtos químicos, dispensando o máximo de 
cuidado no seu transporte transferência e operações; 
— Não levar as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando 
produtos químicos; 
— Nunca retornar um reagente líquido ou sólido, não utilizado, para o 
frasco de origem; 
Pág. 06 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
— Soluções alcalinas devem ser estocadas em frasco plástico, pois 
atacam vidros. Exemplos: hidróxido de sódio, de potássio, etc; 
— É indispensável tomar o maior cuidado possível quando se trabalha 
com ácido. Nunca se deve adicionar água ao ácido; deve-se fazer a 
operação contrária: adicionar ácido à água; 
— Não se expor a radiações ultravioleta, infravermelho ou de 
luminosidade intensa sem a proteção adequada (óculos com lentes 
filtrantes); 
— Manter portas e gavetas fechadas; 
— Ao manipular recipientes quentes usar luvas de proteção térmica; 
— Lubrifique tubos de vidros e termômetros antes de inseri-los em 
rolhas ou tampas de borracha; 
— Não submeter materiais de vidros a mudanças bruscas de 
temperatura; 
— Para introduzir ou remover tubo de vidros e termômetros em rolhas, 
mangueira de silicone, tampas emperradas e outros materiais 
utilizar luvas anticorte, envolver as partes com panos secos para 
maior proteção em caso de ruptura do vidro; 
— Manter os produtos químicos, em especial inflamáveis e explosivos, 
longe de muflas, fornos, bicos de gás, lamparinas, equipamentos 
elétricos em geral; 
— Nunca acenda bico de gás sem antes verificar e eliminar os 
seguintes problemas: vazamentos, obstrução, dobras, torção e 
pressão na mangueira de gás, dificuldade para abrir ou fechar 
válvula de gás. Certificar-se de que a válvula esteja fechada antes 
de acender o bico de gás, retirar das proximidades líquidos 
inflamáveis e/ou materiais explosivos. Nunca acender bico de gás, 
lamparinas ou maçaricos com isqueiro, utilizar fósforos com palito 
longo ou acendedores; 
— Manter as bancadas sempre limpas e livres de materiais estranhos 
ao laboratório; 
— Fazer uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de 
reagente, antes de colocá-lo para lavagem; 
Pág. 07 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
— Rotular imediatamente qualquer reagente ou solução preparados ou 
amostras coletadas; 
— Retirar da bancada os materiais, amostras e reagentes empregados 
em um trabalho, logo após o uso; 
— Jogar papéis usados na lata de lixo somente quando não 
representarem riscos; 
— Usar pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado 
de conservação; 
— Limpar imediatamente qualquer derramamento de reagentes. 
Proteja-se para fazer essa limpeza e use os materiais e recursos 
adequados. No caso de ácidos e bases fortes, o produto deve ser 
neutralizado antes de se proceder a limpeza; 
— Tomar cuidado ao aquecer recipientes de vidro com chama direta. 
Usar, sempre que possível, uma tela de amianto; 
— Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos 
ou corrosivos, tomar as seguintes providências: 
 interromper o trabalho; 
 advertir as pessoas próximas sobre o ocorrido; 
 solicitar ou efetue a limpeza imediata; 
 alertar o responsável; 
 verificar e corrigir a causa do problema. 
 
CHAPAS OU MANTAS DE AQUECIMENTO 
— Não deixar chapas aquecidas ou mantas sem o aviso ”CHAPA 
QUENTE”; 
— Usar, sempre que possível, chapas ou mantas de aquecimentos 
para evaporação ou refluxo de produtos inflamáveis dentro da 
capela; 
— Não ligar chapas ou mantas de aquecimentos que apresentem 
resíduos aderidos sobre suas superfícies. 
 
 
 
Pág. 08 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
MUFLAS 
— Não deixar a mufla aquecida ou em operação, sem o aviso “MUFLA 
QUENTE”; 
— Desligar a mufla e não colocar em operação, se: 
 o pirômetro deixar de indicar temperatura; 
 a temperatura ultrapassar a ajustada; 
— Não abrir a porta da mufla de modo brusco, quando a mesma 
estiver aquecida; 
— Não tente remover ou introduzir cadinhos na mufla sem utilizar: 
 pinça adequadas; 
 protetor facial; 
 luvas de amianto; 
 aventais protetores de braços, se necessários. 
 
USO DE CHAMA EM LABORATÓRIO 
— De preferência, usar chama em capela; 
— Não acender o bico de gás (Bunsen) sem antes verificar e eliminar 
os seguintes problemas: 
 vazamentos; 
 dobra no tubo de gás; 
 ajuste inadequado entre o tubo de gás e suas conexões; 
 existência de inflamáveis ao redor. 
— Não acender maçarico, bico de gás, com a válvula de gás 
combustível muito aberta. 
 
OPERAÇÃO EM CAPELA COMUM 
— Nunca iniciar um trabalho sem que: 
 O sistema de exaustão esteja operando; 
 O piso e a janela das capelas estejam limpos; 
 As janelas das capelas estejam funcionando perfeitamente. 
Pág. 09 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
— Nunca iniciar qualquer trabalho que exija aquecimento, sem antes 
remover produtos inflamáveis da capela; 
— Deixar na capela apenas a porção da amostra a analisar; remova 
todo e qualquer material desnecessário, principalmente produtos 
tóxicos. A capela não é local de armazenamento de produto; 
— Manter as janelas das capelas com o mínimo de abertura possível. 
— Evitar colocar o rosto dentro da capela; 
— Se houver paralisação do exaustor das capelas: 
 interromper a análise imediatamente; 
 fechar ao máximo a janela da capela; 
 retirar-se do laboratório; 
 avisar aos demais colegas do laboratório e ao Setor de 
Segurança; 
 somente reiniciar o trabalho no mínimo 5 minutos após a 
normalização do sistema de exaustão. 
— Procurar instalar os equipamentos, vidros, dispositivos que 
gerem fumaça, etc., a uma distância maior do que 20 cm da face 
da capela. 
— Proteger o tampo da capela quando manusear ácido fluorídrico; 
— Nunca utilizar a capela comum para ácido perclórico ou 
substâncias radioativas. 
 
MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS 
Líquidos inflamáveis são aqueles que apresentam ponto de fulgor abaixo 
de 70 ºC. São classificados em duas classes, de acordo com essa 
propriedade física: 
 
 
Ponto de fulgor, ºC 
Classe I Classe II 
até 37,7 37,7 a 70 
 
Pág. 10 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
Líquidos combustíveis (Classe III) são aqueles que têm ponto de fulgor 
acima de 70 ºC. Quando aquecidos a temperaturas superiores a seu ponto 
de fulgor, os líquidos combustíveis comportam-se como líquidos 
inflamáveis. 
 
Líquidos inflamáveis comumente usados em laboratório e seu ponto 
de fulgor, em ºC 
Acetato de etila - 4,4 
Acetato de metila - 9 
Acetona -38 
Álcooletílico 12 
Álcool Isopropílico 12 
Álcool Metílico 23 
Benzeno 11 
Ciclohexano - 20 
1,2 dicloroetano 13 
Dissulfeto de Carbomno -30 
Éter de petróleo -57 
Éter etílico -45 
Hexano 23 
Trietilamina -7 
 
Manipulação 
— Não manipule líquidos inflamáveis sem se certificar da inexistência 
de fontes de ignição nas proximidades. 
— Não jogue na pia líquidos inflamáveis e/ou voláteis. Estoque-os em 
recipientes de despejo adequados. 
— Guarde frascos contendo líquidos inflamáveis e/ou voláteis em 
geladeira. 
 
PRODUTOS TÓXICOS 
Para uma avaliação adequada do risco envolvido na manipulação de um 
produto químico, devem ser conhecidas as relações entre toxicidade, 
frequência de manipulação e concentração durante a exposição. As 
Pág. 11 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
substâncias tóxicas podem entrar no corpo por inalação, ingestão, 
absorção através da pele ou pela combinação desses caminhos. Alguns 
compostos químicos se decompõem gerando material tóxico quando 
submetidos ao calor, à umidade ou presença de outros produtos químicos. 
As informações concernentes à toxidez ou risco potencial de toxidez 
podem ser obtidas do fornecedor do produto e pela FISPQ. Tais 
informações são importantes para que se determine o tipo de EPI 
(equipamento de proteção individual) contra a exposição e o tratamento 
médico adequado adotado no caso de exposição. A quantidade de 
produtos tóxicos estocada deve ser mantida no mínimo necessário. Se 
possível, grandes quantidades de material tóxico devem ser estocadas fora 
dos prédios onde circulem pessoas. 
Os efeitos causados pelas substâncias tóxicas podem ser locais ou 
sistêmicos e considerados ao nível de organismos, sistemas, órgãos, 
tecidos, células organelas e moléculas. A ação tóxica depende da 
quantidade de agente químico (ou produto de biotransformação) presente 
no local de ação considerado. Em decorrência da ação tóxica o dano pode 
ser reversível ou irreversível. 
Vários compostos orgânicos e inorgânicos nos estados sólido, líquido e 
gasoso podem apresentar ação carcinogênica. A introdução destas 
substâncias no organismo humano pode se dar através das vias pulmonar, 
dérmica e oral. 
Substâncias reconhecidamente carcinogênicas para o homem: 
Arsênio em pó, pentóxido de arsênio, tricloreto de arsênio, trióxido de 
arsênio, asbestos (amianto), benzeno, benzidina, cromo em pó, óxido de 
cromo (IV), arseniato de chumbo, arseniato de sódio, arsenito de sódio. 
Substâncias provavelmente carcinogênicas para o homem: 
Acrilonitrila, cádmio em pó, cloreto de cádmio, sulfato de cádmio, 
tetracloreto de carbono, clorofórmio, óxido de etileno, níquel em pó, o-
toluidina. 
Pág. 12 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
Fatores que ainda devem ser considerados são a mutagênese química e a 
teratogênese, associadas ao uso de substâncias químicas. A mutagênese 
química é a capacidade que uma substância possui de induzir mutações, 
isto é, promover alterações no patrimônio genético do indivíduo. A 
teratogênese é o aparecimento de um efeito degenerativo sobre um 
sistema em desenvolvimento. 
Produtos tóxicos comumente usados em laboratório 
 Avaliação de Risco 
 
AGENTE QUÍMICO 
In
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Ácido cianídrico 4 4 2 4 
Ácido fluorídrico 4 4 4 4 
Ácido fórmico 4 3 4 4 
Acroleína 4 3 3 4 
Anidro ftálico 3 - 2 3 
Anilina 3 3 2 2 
Benzeno 3 2 2 2 
Bromo 4 4 4 4 
Cianeto de potássio - 4 3 4 
Cloro 4 - 3 4 
Cloronitrobeno 4 3 3 3 
Etanolamina 3 2 2 3 
Fenol 2 3 4 4 
Flúor 4 - 4 4 
Formaldeído 3 3 3 3 
Hidrocarbonetos: polihalogenados 4 3 2 3 
Iodo 4 4 4 4 
Iodometano 4 - - - 
Isocianatos (T.D.I.) 4 - 3 3 
Mercúrio 4 1 - 1 
Nitrobenzeno - 4 3 4 
Piridina 3 2 2 3 
Toluidina 3 3 2 2 
Vapores nitrosos 4 - 2 3 
Sendo 1: lesão mínima, 2: lesão leve, 3: lesão moderada e 4: lesão grave 
 
 
Pág. 13 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
Manipulação 
— Não manipule produtos tóxicos sem se certificar da sua toxidez e de 
seus mecanismos de intoxicação. 
— Trabalhe com produtos tóxicos somente na capela. 
— Não jogue produto tóxico nas pias. 
— Utilize todos os EPIs recomendados para manipular o produto. 
— Interrompa o trabalho imediatamente caso tenha qualquer sintoma 
de intoxicação. Ir imediatamente ao médico e informá-lo sobre as 
características do produto envolvido. 
 
 
PRODUTOS CORROSIVOS 
Líquidos corrosivos podem ocasionar queimaduras de alto grau pela ação 
química sobre os tecidos vivos. Podem ser responsáveis também por 
incêndios, quando postos em contato com matéria orgânica e/ou 
determinados produtos químicos. 
 
Líquidos corrosivos comumente 
utilizados em laboratório 
Ácido bromídico conc. Ácido sulfúrico conc. 
Ácido cloroacético Bromo 
Ácido fluorídrico conc. Cloreto de acetila conc. 
Ácido fórmico conc. Cloreto de estanho 
Ácido iodídrico conc. Fenol 
Ácido nítrico conc. Hidróxido de sódio e de potássio 
Ácido perclórico conc. Oxicloreto de fósforo 
 Tricloreto de fósforo 
 
Manipulação 
 
— Somente manipule produtos corrosivos usando óculos de segurança 
e luvas de PVC. 
Pág. 14 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
 
PRODUTOS PIROFÓRICOS 
Produtos pirofóricos são aqueles que, em condições ambientais normais 
(atmosfera, temperatura e umidade), reagem violentamente com oxigênio 
do ar ou com a umidade existente, gerando calor, gases inflamáveis e 
fogo. Dentre estes, podem-se citar metais alcalinos e alguns derivados 
organo-metálicos. 
 
Produtos pirofóricos comumente usados em laboratório 
Butil lítio Sesquicloreto de etil alumínio 
Cloreto de dietil alumínio Sódio 
Dicloreto de etil alumínio Trietil alumínio 
Dietil zinco Tri-isobutil alumínio 
Hidreto de diisobutil alumínio Trimetil alumínio 
Lítio Tripropil alumínio 
Potássio 
 
Manipulação 
 
A manipulação destes produtos requer cuidados especiais de acordo com 
seu estado físico. 
a) Sólidos : dos exemplos citados acima, lítio, sódio e potássio (metais 
alcalinos) são sólidos. Devem ser manipulados sob um líquido 
inerte, geralmente querosene. Exposição prolongada ao ar provoca 
ignição espontânea. 
— Não jogue aparas de metais alcalinos na pia, elas provocam 
incêndio. Conserve-as longe da água. 
— Conserve os produtos pirofóricos sólidos longe de solventes 
inflamáveis, a fim de evitar propagação de fogo. 
Pág. 15 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
— Descarte aparas de metais alcalinos, vertendo-os aos poucos 
sob metanol, etanol ou propanol secos. 
b) Líquidos: os derivados organo-metálicos citados acima são líquidos. 
Com exceção do butil lítio, são acondicionados em recipientes 
metálicos, munidos de válvula. 
 
GELO SECO E NITROGÊNIO LÍQUIDO 
Gelo seco e nitrogênio líquido devem ser manipulados com cuidado. 
— Use luvas para lidar com esses produtos, pois provocam 
queimaduras em contato com a pele. 
— Adicione gelo seco vagarosamente no líquido refrigerante, 
para evitar projeções. 
— Não derrame nitrogênio líquido sobre mangueiras de 
borracha, elas ficarão quebradiças e poderão provocar 
acidentes. 
 
INCOMPATIBILIDADE ENTRE PRODUTOS QUÍMICOS 
Define-se como “incompatibilidade entre produtos químicos” a condição na 
qual determinados produtos se tornam perigosos quando manipulados ou 
armazenados próximos a outros, com os quais podem reagir, criando 
situações perigosas. 
Os agentes oxidantes são considerados os mais perigosos nesse sentido, 
pois, duranteuma reação química, fornecem oxigênio, um dos elementos 
necessários para ignição. Algumas vezes, esse suprimento de oxigênio 
pode ser muito elevado, com forte desprendimento de calor, o que pode 
provocar explosões. Quando um agente oxidante é guardado próximo a 
um produto combustível, e, por uma razão qualquer (danificação de 
embalagens ou volatilização), entrarem em contato, existe uma 
probabilidade elevada de início de incêndio ou explosão. 
 
Pág. 16 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
CLASSES DE PRODUTOS QUÍMICOS OXIDANTES MAIS PERIGOSOS 
Bromatos Nitratos 
Bromo Perbromatos 
Cloratos e percloratos Periodatos 
Cromatos Permanganatos 
Dicromatos Peróxidos 
Iodatos 
 
Para armazenar produtos químicos, deve-se observar a seguinte 
regra geral: Não guardar substâncias oxidantes próximo a líquidos voláteis 
e inflamáveis. 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
 
Os equipamentos de proteção podem ser coletivos (EPC) ou individuais 
(EPI). 
Os equipamentos de proteção coletiva, ou EPC, são equipamentos 
utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas 
realiza determinada tarefa ou atividade. Como exemplos de EPCs podem 
ser citados: 
• Extintores de incêndio; 
• Lava-olhos; 
• Chuveiros de segurança; 
• Exaustores e capelas químicas: estas devem ser construídas de forma 
aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não cause 
turbulências e correntes, reduzindo, assim, o perigo de inalação e a 
contaminação do operador e do ambiente; 
• Dispositivos de pipetagem: são os dispositivos de sucção para pipetas. 
Ex.: pipetador automático e pêra de borracha. 
Pág. 17 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
 
• Kit de primeiros socorros: composto de material usualmente indicado, 
inclusive antídoto universal contra cianureto e outros antídotos especiais; 
• Manta ou cobertor: é utilizado para abafar ou envolver a vítima de 
incêndio, devendo ser confeccionado em lã ou algodão grosso, não sendo 
admitidos tecidos com fibras sintéticas; 
Como o próprio nome sugere, os equipamentos de proteção coletiva dizem 
respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a 
determinado risco. 
Os equipamentos de proteção individual ou EPIs são quaisquer meios ou 
dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis 
riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de 
uma determinada atividade. O uso deste tipo de equipamentos só deverá 
ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam 
eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade. 
Como exemplos de EPIs podem ser citados: 
• Protetores faciais: óculos de segurança e máscaras (contra gases, contra 
pó); 
• Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra 
os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou 
elétricos. 
• Proteção de pés e pernas: uso de sapatos, botinas, botas, tênis, 
apropriados para os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, 
químicos, elétricos e de queda. 
• Aventais 
 
 
 
 
 
 
Pág. 18 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
Primeiros socorros são os atendimentos imediatos e rápidos ao acidentado 
até seu encaminhamento ao médico, em casos mais graves. Neste 
sentido, primeiros socorros são procedimentos de emergência. É 
necessário que sejam os mais corretos possíveis para evitar problemas 
futuros. No laboratório podem ocorrer, principalmente, desmaios, corpos 
estranhos e substâncias químicas nos olhos, queimaduras, cortes e 
envenenamentos. 
Em presença de qualquer acidente, leve ou grave, NÃO PERDER A 
CALMA. Isto influi na maneira de pensar e agir. 
 
Procedimentos de primeiros socorros 
• Desmaios: em caso de desmaio, deitar o indivíduo de costas, com a 
cabeça mais baixa que o corpo. Em caso de sinais de desmaio, sentar o 
indivíduo e curvar sua cabeça entre as pernas, fazendo-o respirar 
profundamente. 
• Cortes: lavar abundantemente o local do ferimento com água. Não retirar 
fragmentos fixados no local do corte. Se necessário interrompa a perda de 
sangue (hemorragia) por elevação do membro ferido, seguido de 
pressão próxima do ferimento. Evite fazer torniquete. 
• Contato da pele com produtos químicos: promover uma lavagem 
abundante do local com água. 
• Queimaduras por contato com produtos químicos: providenciar a lavagem 
da área com água fria, por um período de pelo menos 15 minutos, 
encaminhando em seguida o acidentado ao socorro médico mais próximo. 
 
 
Pág. 19 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
• Corpos estranhos nos olhos: com muito cuidado lavar os olhos 
abundantemente com água limpa e após manter a pálpebra fechada. 
• Substância química nos olhos: lavar os olhos abundantemente com água 
limpa. Evite a utilização de substâncias neutralizantes de acidez ou 
basicidade, colírios anestésicos, entre outros. 
• Queimaduras: a queimadura pelo calor deve ser lavada abundantemente 
com água fria por cerca de 15 minutos. Se for por ácido ou base, deve-se 
lavar com água fria abundantemente até a eliminação da substância. 
• Ingestão de substâncias químicas: inicialmente, o acidentado deve beber 
1 ou 2 copos de água. Se necessário provocar vômito pela estimulação 
mecânica da faringe. Jamais provocar vômito se a pessoa estiver 
desacordada, ou se ingerir substância corrosiva, cáustica ou solventes 
voláteis. 
 
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REVISANDO SOLUÇÕES 
 
 
REVISANDO SOLUÇÕES 
 
1. 400 mL de uma solução aquosa contêm 80 g do medicamento 
Gardenal, utilizado como antidepressivo do Sistema Nervoso Central. 
a) determine a concentração em g/L. 
b) que volume dessa solução deve ser injetado em um paciente a 
fim de que ele receba 2,0 g do medicamento? 
2. Determine a massa de nitrato de prata necessária para preparar 500 
mL de uma solução a 0,40%(m/v). R: 2,0 g 
3. Determine a massa de uma solução aquosa de H3PO4 a 85,0%(m/m) 
que contém 20,0 g do ácido. R: 23,5 g 
4. Determine a massa de soluto necessária para preparar 10,0 g de uma 
solução a 28%(m/m) de hidróxido de sódio. R: 2,8 g 
5. Descreva como preparar 50 g de solução de BaCl2 a 12%, partindo de 
BaCl2.2H2O e água pura. R: 7,04 g BaCl2.2H2O em 43 g água 
6. Determine a massa de HCl anidro contido em 5,00 cm3 de ácido 
clorídrico (densidade 1,19 g/cm3) contendo 37,23% de HCl em peso (ou 
seja, m/m). 
R: 2,22 g 
7. Determine o volume de ácido sulfúrico concentrado (densidade 1,84 
g/cm3), contendo 98% de H2SO4 em peso, que contém 40,0 g de H2SO4 
puro. R: 22,2 cm3 
8. Para uma solução foram dissolvidos 5,00 g de NaCl em 25,0 g de água. 
Determine: 
a) Fração molar de NaCl na solução R: 5,80x10-2 
b) A percentagem molar do NaCl na solução R: 5,80 % 
c) A percentagem em massa do NaCl na solução R: 16,7 % 
9. Determine o volume de Pb(NO3)2 2,00 M que contém 600 mg de Pb2+. 
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REVISANDO SOLUÇÕES 
 
 
 R: 1,45 mL 
10. Uma solução aquosa de cloreto de sódio tem concentração 0,90% 
(m/v). Determine a molaridade desta solução. R: 0,15 
M 
11. Determine a massa de sulfato de cobre II necessária para preparar 1,50 
L de uma solução 0,690 M. R: 165 g 
12. Que volume de uma solução 0,10 M de KMnO4 contém 5,0 g de 
KMnO4? R: 316 
mL 
13. Uma garrafa de Coca-cola (0,473 L) contém 36,9 g de sacarose, 
C12H22O11. Determine a molaridade desta solução. R: 0,228 M 
14. a) Determine a massa de cloreto de amônio necessária para preparar 
750 mL de uma solução 0,333 M. b) Determine o percentual de cloreto 
de amônio nesta solução.R: a) 13,4 g e b) 1,79% 
15. Determine o volume de solução 0,200 M de Ni(NO3)2.6H2O que contém 
500 mg de Ni2+. R: 42,6 cm3 
16. Que volume de ácido sulfúrico 18 M é necessário para preparar 500 mL 
de uma solução 0,150 M? R: 4,2 mL 
17. Uma alíquota de 10,0 mL de NH3 15 M é diluída a 250 mL com água. 
Qual é a molaridade da solução diluída? R: 0,60 M 
18. Se 25,0 mL de NaH2PO4 3,60 M são diluídos a 1,00 L, qual é a 
molaridade da nova solução? R: 0,0900 M 
19. Quando se dissolve um comprimido efervescente contendo 1 g de 
vitamina C em um copo de água, obtêm-se cerca de 200 mL de uma 
solução aquosa. Determine a concentração em mol.L−1 de vitamina C. 
(massa molar da vitamina C=1,8×102 g mol−1). R: 2,8 × 10−2 
20. Como se prepara: 
a) 300 mL de solução de ácido oxálico 0,10 mol/L a partir do reagente 
sólido dihidratado, H2C2O4.2H2O? 
Pág. 22 
 
REVISANDO SOLUÇÕES 
 
 
b) 500 mL de solução de HNO3 0,2 mol/L a partir do reagente d = 1,63 
g/mL e a 62% em massa? 
21. Determine a massa do soluto contido em cada solução: 
a) 300 mL de solução 0,14 mol/L em HNO3. 
b) 30 mL de solução 0,20 mol/L em Na2SO4. 
c) 20 mL de solução 0,002 mol/L em AgNO3. 
22. Determine a concentração molar de: 
a) uma mistura de 13 mL de AgNO3 0,13 mol/L e 87 mL de água. 
b) 67 mL de solução de NaCl 0,1 mol/L diluídos para 450 mL. 
c) uma mistura preparada diluindo-se 63 mL de HCl 0,1 mol/L para 1 L 
de solução. 
23. Um recipiente contém 400 mL de solução de carbonato de sódio. Uma 
alíquota de 32,5 mL dessa solução contém 0,65 g do sal. Determine a 
massa desse sal na solução original. 
24. Um béquer contendo 350 mL de solução de nitrato de prata de 
concentração 200 g/L foi adicionado de 150 mL de água destilada. 
Determine a concentração da nova solução. 
25. Determine o pH das seguintes soluções: 
 a) 0,002 mol.L-1 de HCl 
 b) 1,0 x 10-5 mol.L-1 de HCl 
 c) 3,6 x 10-3 mol.L-1 de HCl 
 d) 0,2 mol.L-1 de um determinado ácido fraco (tipo HA) que 
apresenta um grau de dissociação de 0,40%. 
 e) 0,25 mol.L-1 de um determinado ácido fraco (tipo HA) que 
apresenta um grau de dissociação de 0,30%. 
 R: a) 2,7 b) 5 c) 2,44 d) 3,1 e) 3,12 
26. A partir do valor do pH de cada uma das seguintes soluções abaixo, 
determine o valor da concentração de H+: 
Pág. 23 
 
REVISANDO SOLUÇÕES 
 
 
 a - suco gástrico, pH = 1,50; 
 b - cerveja, pH = 4,25; 
 c - vinagre, pH = 2,90; 
 d - suco de limão pH = 2,30; 
 e - água gaseificada, pH = 3,90 
 R: (em mol/L) 3,2x10-2 b) 5,6x10-5 c) 1,25x10-3 d) 5x10-3 e) 1,26x10-4 
27. Questão 43 da Prova do ENADE 2011 
Uma indústria química de ácidos utiliza ácido sulfúrico, H2SO4, comprado 
na forma de solução concentrada 96 cg/g e densidade 1,84 g/mL, a 20 ºC. 
Considerando a utilização dessa solução por essa indústria para o preparo 
de soluções diluídas de H2SO4, analise as afirmações abaixo. 
I. No rótulo dos frascos comprados, seria correto estar escrito 96%. 
II. A 20 ºC, na preparação de 250 L de solução de H2SO4, de concentração 
150 g/L, seriam necessários, aproximadamente, 21 L da solução comprada 
pela indústria. 
III. As concentrações em quantidade de matéria das soluções diluídas 
preparadas pela indústria devem ser registradas, nos respectivos rótulos, 
com a unidade g/L. 
É correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) III, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
Pág. 24 
 
ORIENTAÇÕES PARA AS AULAS PRÁTICAS 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA AS AULAS 
PRÁTICAS 
 
Para o bom andamento das práticas, os roteiros devem ser lidos com 
antecedência, para entrar no laboratório sabendo o que será feito e 
assim acompanhar a explicação que será dada pelo professor 
conhecendo a proposta de trabalho a ser realizado. É indispensável, 
por parte de cada aluno, a consulta aos livros de química geral antes, 
durante e após as aulas práticas. 
De um modo geral, o aluno deve anotar o que fez, o que viu e o que 
concluiu. Deve ainda escrever as equações químicas à medida que são 
realizadas na prática. Tudo deve ser anotado, mesmo que não seja o 
resultado esperado na prática realizada. Eventualmente isso poderá ser 
útil na análise de uma amostra desconhecida. 
A responsabilidade pela confecção do relatório é da dupla. 
O prazo para entrega do relatório é de uma semana. 
O relatório deve seguir o modelo apresentado. Toda a bibliografia 
consultada deve ser indicada. 
A ausência na aula experimental impede a confecção do relatório. Neste 
caso, a nota atribuída será zero. 
 
CADERNO DE LABORATÓRIO 
Um caderno de laboratório capa dura é requerido para registrar as 
práticas. O registro no caderno é realizado em três momentos: antes, 
durante e depois do procedimento experimental. 
Antes da prática: 
1. Título da experiência. 
2. Equação para qualquer reação executada. 
Pág. 25 
 
 
 
 
3. Um esboço breve (fluxograma) do procedimento a ser seguido em 
suas próprias palavras. 
4. Dados sobre os reagentes e produtos. 
5. Cálculo de rendimentos teóricos. 
Durante a prática: 
1. Descrição de como foi realizado na prática. 
2. Registros de todos os valores numéricos envolvendo a prática, como 
massas, temperaturas e outros. 
3. Observações visuais resultantes da prática, como: “formação de 
precipitado de cor...”, “formação de gás”, “mudança de cor de ... para..” 
4. Dados obtidos, tais como pontos de fusão e pontos de ebulição. 
Não registre dados ou observações em folhas de papel separadas. 
Você pode argumentar que estes dados, reescritos mais tarde em seu 
caderno, conduzirão a um caderno mais limpo, mas a sua integridade 
ou sua precisão, copiando dados de rascunhos no caderno, pode ser 
duvidosa. Se os dados são muito desorganizados como eles são 
registrados, você pode os tabular ou reescrever na próxima página do 
caderno. 
 Após a prática: 
1. Calcule o rendimento dos processos reacionais. 
2. Esboçar um resumo da experiência. Neste resumo, você deve 
comparar os resultados obtidos com os observados na literatura. 
3. Armazenar seu produto, etiquetado usando dados de seu caderno: 
nome do produto e seu nome. Ocasionalmente, você terá que deixar 
seu produto para secar até a próxima aula de laboratório. 
 
 
 
Pág. 26 
 
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO 
 
 
 FORMATAÇÃO DO RELATÓRIO 
 - Papel A4 
 - Margens (cm): esquerda: 3,0; direita: 2,0; inferior e superior: 2,5 
 - Fonte para o corpo do trabalho: Times New Roman, 12 
 ou Arial, 11 
 ou Verdana, 11 
 - Espaçamento: 1,5 
 - Títulos e subtítulos destacados em negrito (sugestão: todo em letra 
maiúscula). 
 - Sugestão: Utilizar o template para compor o relatório. 
 
 
 COMPONENTES IMPORTANTES DO RELATÓRIO 
 
1. TÍTULO: nome do experimento realizado, número da prática. 
2. RESUMO: um texto contendo entre 5 a 8 linhas resumindo todo 
o relatório: objetivos, procedimentos, resultados e discussão (se 
for o caso). 
3. OBJETIVOS: com verbo no infinitivo, indicar o(s) objetivo(s) da 
prática. Apresente, de forma sucinta, o que se pretende observar 
ou verificar através da realização do experimento. 
4. INTRODUÇÃO: teoria necessária para o entendimento da prática 
e discussão dos resultados. Esta teoria deve estar devidamente 
referenciada. 
Pág. 27 
 
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO 
 
 
5. MATERIAIS E MÉTODOS: este deve ser apresentado em 3 
subitens: 
5.1 Materiais 
Informar, na forma de itens, todos os materiais e equipamentos 
utilizados, exceto reagentes. 
5.2Reagentes 
Informar, na forma de itens, todos os reagentes, com formulação e 
concentração. Exemplos: 
1. Ácido clorídrico concentrado (HCl) 
2. Solução aquosa de ácido clorídrico (HCl) 0,50 mol/L 
5.3 Procedimento Experimental 
- Descrever todo o procedimento experimental realizado, com 
detalhes. 
- Colocar um fluxograma do procedimento experimental ou um 
esquema da montagem do experimento. 
- Os verbos devem estar no passado e de forma impessoal (não 
usar titulamos e colocamos e sim titulou-se ou foram titulados, 
colocou-se ou foram colocados). 
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
- Colocar todos os resultados alcançados na ordem em que 
foram adquiridos ou descritos no procedimento experimental. 
- Os resultados devem ser apresentados com clareza e 
organização. 
-Fazer uso de tabelas e gráficos, quando conveniente. Gráficos 
facilitam a ilustração de uma tendência de comportamento, logo, 
devem ser priorizados se os resultados permitirem. 
- Todos os resultados numéricos devem apresentar unidades. 
- Observar o uso correto dos algarismos significativos. 
Pág. 28 
 
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO 
 
 
- Todos os procedimentos que envolvem reações químicas 
devem apresentar as devidas reações efetivas na sequência do 
processo. 
- Todos os cálculos devem também ser apresentados neste item. 
- Explicar todas as observações experimentais (mudanças de 
cor, turvação, mudança de temperatura, etc.) e os resultados 
obtidos (obtenção de um produto ou subproduto, rendimento, 
massa, concentração, etc.) 
- Todos os resultados devem ser discutidos com embasamento 
químico. Este é o item do relatório em que os resultados são 
associados com considerações teóricas. Exige, portanto, do 
relator conhecimentos e pensamento crítico. É o item de maior 
peso no relatório. 
- Se o resultado diferir do que é esperado a partir da teoria, 
considerar criticamente as possíveis fontes de erro. 
 
7. CONCLUSÕES 
Apresentar as conclusões a partir dos resultados obtidos de 
forma clara e resumida. 
8. REFERÊNCIAS 
Listar as referências consultadas para a realização do relatório 
de acordo com a ABNT. Indicar as referências no texto, com a 
numeração adequada. 
 
 
 
 
 
Pág. 29 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
1. VIDRARIAS BÁSICAS DE LABORATORIO 
 
Estes estão entre os recipientes mais usados em laboratório. A 
capacidade varia de alguns mililitros até litros. Feitos de vidro Pyrex, 
resistem bem ao aquecimento, ao resfriamento e ao ataque por 
reagentes químicos. São recipientes de fácil limpeza. 
 
 
 
 
 Atividade: 1 - Pesquisar sobre a função de cada vidraria. 
 2 – Classificar as vidrarias em vidrarias para conter 
líquidos e vidrarias para medir volumes. 
 3 –Diferenciar pipeta graduada de pipeta volumétrica e 
suas funções. 
Pág. 30 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
 
2. TIPOS DE AQUECIMENTO 
Antes de aquecer qualquer substância, é preciso que você conheça sua 
natureza. Água e éter de petróleo, por exemplo, são líquidos com 
propriedades inteiramente distintas e, por isso, devem ser aquecidos 
diferentemente. 
No laboratório, o aquecimento pode ser feito com bico de gás, 
aquecedores elétricos (como chapas, fornos e mantas elétricas), vapor 
d´água ou banhos (como de óleo, água ou areia), lâmpadas 
incandescentes que emitem raios infravermelho ou de outro tipo. 
 
2.1 Aquecimento com bico de gás: aquecimento mais usado em 
laboratório. Permite alcançar temperaturas da ordem de 1500 °C. 
Seu uso restringe-se apenas ao aquecimento de sólidos e líquidos 
não inflamáveis, a não ser em condições extremas de 
segurança. É proibido, por medidas de segurança, aquecer 
líquidos inflamáveis sobre bico de gás. O bico de gás é usado 
somente para aquecimento de porcelana e outros materiais 
resistentes, e para evaporação de soluções aquosas. Para 
aquecimento de líquidos à ebulição, recomenda-se colocar 
algumas esferas de vidro, pedaços de algum material poroso 
(cerâmica, porcelana, etc.), a fim de evitar uma ebulição violenta, 
provocada pelo superaquecimento. 
O aquecimento utilizando vidrarias não pode ser realizado 
diretamente no bico de gás. Estes aquecimentos devem ser feitos 
com tela de amianto, cuja função é uniformizar o calor e não 
permitir a passagem da chama. 
 
ZONAS DA CHAMA 
A chama é constituída de várias zonas: 
a) Zona oxidante: é a zona externa de cor violeta pálida, quase 
invisível, onde os gases fracamente expostos ao ar sofrem 
combustão completa, resultando em CO2 e H2O. Temperaturas de 
1560-1540 ºC. 
Pág. 31 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
b) Zona redutora: é a zona intermediária luminosa, caracterizada 
por combustão incompleta, por deficiência do suprimento de O2. O 
carbono forma CO, o qual se decompõe pelo calor, resultando 
diminutas partículas de C (carbono) que, incandescentes, dão 
luminosidade à chama. Temperaturas abaixo de 1540 ºC. 
c) Zona interna: Limitada por uma “casca” azulada contendo os 
gases que ainda não sofreram combustão – mistura carburante. 
Temperaturas em torno de 300 ºC. 
 
 
 
 
2.2 Banho-maria: aquecimento de substâncias inflamáveis e de baixo 
ponto de ebulição (inferior a 100 °C). O banho-maria, em geral, é 
aquecido eletricamente e permite a estabilização de temperaturas 
através de termostatos. A forma mais simples de um banho-maria 
(banho de água) consiste num béquer com água, aquecido 
através de uma chama. Esse processo pode ser usado somente 
para líquidos não inflamáveis. Para líquidos inflamáveis, deve-se 
usar um banho de água eletricamente aquecido, juntamente com 
um dispositivo para manter o nível de água. 
 
2.3 Banhos líquidos de alta temperatura: são utilizados para aquecer 
substâncias de ponto de ebulição superior ao da água. Os líquidos 
Pág. 32 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
mais comumente empregados são a glicerina (ponto de ebulição 
de 220 °C) e os óleos minerais (ponto de ebulição entre 250 e 300 
°C). Os banhos de óleo são usados quando o aquecimento é feito 
até cerca de 220 °C. A máxima temperatura alcançada para tais 
banhos irá depender do tipo de óleo empregado. A parafina 
medicinal pode ser empregada para temperaturas até 220 ºC. 
Para temperaturas até cerca de 250 °C recomenda-se o óleo de 
semente de algodão. Os fluidos de silicone são, provavelmente, 
os melhores líquidos para banhos de óleo, pois podem ser 
aquecidos até 250 °C sem perda e escurecimento apreciáveis; 
são, no entanto, de custo mais elevado comparado aos demais. 
Os banhos de óleo devem, sempre que possível, serem utilizados 
em capela. Deve-se colocar sempre um termômetro no banho 
para evitar aquecimento excessivo. Os banhos de óleo são 
aquecidos, geralmente, por um bico de gás ou uma resistência 
elétrica. Importante: o aquecimento de qualquer líquido acima de 
seu ponto de ebulição, pode provocar superaquecimento e 
mesmo uma explosão. 
 
3. PROCEDIMENTOS IMPORTANTES 
 
3.1 Identificação de menisco 
Ao adicionar um líquido em um tubo estreito, este exibe uma 
curvatura marcante que é denominada de menisco. Comumente é 
utilizada a parte inferior do menisco como ponto de referência na 
aferição e no uso de equipamento volumétrico. Este ponto mínimo 
pode ser melhor visualizado segurando-se um papel opaco atrás 
da coluna graduada. Ao ler o volume, seu olho deve estar no nível 
da superfície do líquido para assim evitar um erro devido à 
paralaxe. O erro de paralaxe é um fenômeno que pode provocar 
uma leitura: do volume menor que seu valor real se o menisco for“olhado” por cima da superfície (a na figura) e do volume maior se 
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INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
o menisco for “olhado” abaixo da superfície do líquido (c na 
figura). 
 
 
3.2 Técnica de pipetagem: a pipeta é cheia utilizando uma pera de 
sucção (borracha) em sua parte superior. A pipeta é, então, lavada 
com um pouco do líquido a ser transferido e depois cheia pelo 
líquido até 1 a 2 cm acima do traço de calibração. Seca-se a 
pipeta externamente com um pedaço de papel e deixa-se, 
cuidadosamente, escoar o líquido até a parte inferior do menisco 
tangenciar a tração de calibração. A pipeta deve estar na vertical e 
o traço na altura do olho do operador. O líquido é transferido para 
o frasco receptor, com a ponta da pipeta encostada na parede 
interna deste. Deixa-se escoar lentamente e ao finalizar, aguarda-
se 15 segundos (tempo de esgotamento) e afasta-se a pipeta do 
frasco. A gota remanescente não deve ser removida através de 
qualquer artifício. O tempo ideal de escoamento é de 20” para 10 
mL, 30” para 25 mL e 35” para 50 mL. 
As pipetas graduadas obedecem a padrões pré-estabelecidos. 
São identificadas por um código de cor oficial (ISO 1769). Estas 
apresentam três tipos diferentes: 
Tipo 1 – descarregam um volume conhecido desde um traço zero 
no topo até uma outra marca de graduação; 
Tipo 2 – descarregam um volume conhecido desde um traço até a 
ponta, ou seja, o zero está na ponta; 
Tipo 3 – está calibrada para conter um certo volume desde a 
ponta até um traço de graduação, sendo assim para remover um 
volume definido de uma solução. 
Pág. 34 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
 
NOTA: Nas pipetas tipo 2, a gota final do líquido que fica na ponta deve 
ser aproveitada, contrariando o procedimento normal. Por isso, elas são 
identificadas por um anel branco, ou esmerilhado, próximo ao topo. 
Qualquer leitura realizada fora da temperatura de calibração acarreta erro 
(utilizam-se tabelas para fazer as correções). Os erros mais comuns são: 
- medir volumes de soluções quentes; 
-usar material inadequado para medir volumes; 
-usar material molhado ou sujo; 
-existência de bolhas nos recipientes; 
-controle indevido na velocidade de escoamento. 
 
3.3 Procedimento para acender o bico de gás 
Para acender o bico do gás, proceda da seguinte maneira: 
a) feche completamente a entrada de ar no bico; 
b) abra lentamente a válvula do gás e aproxime a chama de um 
fósforo lateralmente, obtendo uma chama grande e luminosa, de cor 
amarela; 
c) abra vagarosamente, a entrada de ar de modo que a chama fique 
completamente azul. Caso a chama se apague ou haja combustão no 
interior do tubo, feche a entrada do gás e reinicie as operações 
anteriores. O gás combustível é geralmente o G.L.P. (gás liquefeito de 
petróleo). O comburente, via de regra, é o ar atmosférico. 
 
3.4 Aquecimento de tubos de ensaio 
 
Os tubos de ensaio com líquidos podem ser aquecidos 
diretamente na chama do bico de gás. A chama deve ser média e 
o tubo deve estar seco por fora, para evitar que se quebre ao ser 
aquecido. 
O tubo de ensaio, ao ser aquecido, deve ser ligeiramente 
inclinado, aquecendo-o na superfície do líquido (e não no fundo). 
Pág. 35 
 
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO 
 
 
O tubo deve ficar virado para a direção em que não se encontre 
outra pessoa, pois é comum, aos 
operadores sem prática, deixar que 
repentinamente o líquido quente salte 
fora do tubo, o que pode ocasionar 
queimaduras. Utiliza-se pinça de 
madeira próxima da boca do tubo, para 
manter este sobre a chama. O tubo deve 
ser agitado brandamente, para evitar 
superaquecimento do líquido. 
 
3.5 Transferência de líquidos 
 
Para verter um líquido de um frasco, faça-o sempre no lado 
oposto ao rótulo; isto evita que o líquido escorra externamente 
sobre o rótulo, danificando-o e podendo, futuramente, impedir a 
identificação do líquido; 
Ao retirar uma tampa plástica rosqueável de um frasco, nunca a 
coloque sobre a bancada com o lado aberto tocando a bancada. 
Deste modo, evita-se que o líquido, eventualmente, escorra da 
tampa para a bancada e, também, que a tampa se contamine por 
contato com a bancada; 
Sob nenhuma hipótese, coloque objetos sujos no interior de um 
frasco, pois isto contaminaria a substância; só retorne uma 
substância ao seu frasco original se tiver certeza absoluta que ela 
não foi contaminada durante o seu manuseio; 
Se a substância que se está manuseando é volátil, isto é, se ela 
evapora facilmente à temperatura ambiente, nunca cheire uma 
substância diretamente na boca do frasco, pois 
ela pode ser muito tóxica. Para evitar 
intoxicações graves, cheire as substâncias 
através do deslocamento de seus vapores. 
Pág. 36 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E 
CALIBRAÇÃO DE VIDRARIA 
 
OBJETIVOS 
Comparar o grau de precisão entre os diferentes tipos de vidrarias 
utilizadas para conter e dispensar volumes. 
Desenvolver habilidade para trabalhos com pipetas volumétricas e 
graduadas, dispensando diferentes volumes. 
Calibrar um instrumento de medida de volume. 
Conferir a calibração de uma vidraria. 
 
INTRODUÇÃO 
CALIBRAÇÃO DE VIDRARIA 
A vidraria deve ser calibrada para medir o volume que realmente contém 
ou dispensa. Isso pode ser feito pela medição da massa de água 
transferida ou contida em um determinado recipiente. Nesse caso pode-se 
verificar, por exemplo, que uma pipeta volumétrica de 10 mL transfere 
10,02 mL e não 10,00 mL. 
 
VIDRARIAS CALIBRADAS: balão volumétrico, pipetas (graduadas e 
volumétricas), buretas e provetas. 
a) Vidrarias de transferência total 
Apresentam apenas a aferição referente a sua capacidade volumétrica 
numa dada temperatura (pipeta volumétrica, balão volumétrico 10, 50, 100 
mL). Não são capazes de medir um volume intermediário (8,0; 35 ou 70 
mL). 
 
Pág. 37 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
b) Vidrarias graduadas 
Apresentam formas cilíndricas de diâmetros variáveis com aferições ao 
longo do cilindro, indicando o volume correspondente a cada marca no 
cilindro. 
Calibração de vidrarias volumétricas 
Princípio: fundamenta-se no fato de a água pura a 3,98 oC ( 4 oC) possuir 
densidade igual a 1,00 g/mL. Nestas condições, a massa é igual ao volume 
da água. 
d = m/v se a densidade da água é igual a 1,00 então m = v 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
MEDIDA DE VOLUME 
1. Colocar 100 mL de água em um béquer de 250 mL. Com esta água, 
proceder como segue: 
- Completar precisamente o volume de um balão volumétrico (b.v.) de 50 
mL; 
- Transferir todo o conteúdo do b.v. 50 mL para uma proveta de 100 mL; 
- Comentar se o resultado encontrado na proveta é igual a 50 mL ou não; 
- Transferir os 50 mL de água restante no béquer para a proveta e 
comentar o resultado. 
2. Medir 50 mL de H2O em béquer, transferir para o erlenmeyer (efetue a 
leitura do volume nesse recipiente) e, a seguir, transferir para a proveta 
graduada (efetue a leitura do volume nesse recipiente). Anotar todos os 
volumes medidos na tabela a seguir. Repetir o procedimento mais uma vez 
e anotar os resultados. Faça a média dos valores obtidos e calcule o 
desvio. 
Pág. 38 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
 
Leitura (mL) Béquer Erlenmeyer Proveta graduada 
1 50 
2 50 
(valor médio +/-σ) mL (50+/-0) mL 
 
Determinação do erro: observe o erro de cada recipiente e coloque-os em 
ordem crescente de precisão, após completar os seguintesdados: 
Béquer: ( ± ) mL, erlenmeyer: ( ± ) mL e proveta: ( ± ) mL 
 
3. Pipetar 10 mL de H2O com pipeta volumétrica e transferir para a proveta 
(efetue a leitura do volume nesse recipiente). Repita o procedimento mais 
uma vez e anote os volumes medidos na tabela a seguir. Faça a média dos 
valores obtidos e calcule o desvio. 
Leitura (mL) Pipeta 
volumétrica 
Proveta 
 
1 10 
2 10 
(valor médio +/-σ) mL (10+/-0) mL 
 
 
Determinação do erro: observe o erro de cada recipiente e coloque-os em 
ordem crescente de precisão, após completar os seguintes dados: 
Pipeta volumétrica ( ± ) mL e proveta ( ± ) mL 
 
4. Pipetar, com pipeta graduada, e transferir para os tubos de ensaio, os 
seguintes volumes: 
Tubo de 
ensaio 
1 2 3 4 5 
Volume 
H2O (mL) 
1,0 5,0 2,7 3,8 4,5 
 
Pág. 39 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
5. Encher uma bureta com 25 mL de H2O, acertar o menisco e transferir o 
volume para uma proveta de 50 mL. Repita o procedimento mais uma vez 
e anote os volumes medidos na proveta, na tabela dada a seguir. Faça a 
média dos valores obtidos e calcule o desvio. 
 
Leitura (mL) Bureta Proveta 
 
1 25 
2 25 
(valor médio +/-σ) mL (25+/-0) mL 
 
Determinação do erro: observe o erro de cada recipiente e coloque-os em 
ordem crescente de precisão, após completar os seguintes dados: 
Bureta ( ± ) mL e proveta ( ± ) mL 
 
6. Encher uma pipeta volumétrica com 10 mL de H2O, acertar o menisco e 
transferir o volume para uma proveta de 25 mL. Repita o procedimento 
mais duas vezes e anote os volumes medidos na proveta. Faça a média 
dos valores obtidos e calcule o desvio. 
Leitura (mL) Pipeta Proveta 
 
1 10 
2 10 
3 10 
(valor médio +/-σ) mL (25+/-0) mL 
 
Determinação do erro: Observe o erro de cada recipiente e coloque-os 
em ordem crescente de precisão, após completar os seguintes dados: 
Pipeta Volumétrica ( ± ) mL e proveta ( ± ) mL 
 
Pág. 40 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
7. Retirar com as pipetas graduadas (1,2,5 e 10 mL) apenas 1 mL de água 
e transferir para um tubo de ensaio, contando o número de gotas 
correspondente. 
Pipeta (mL) Número de 
gotas 
1 
2 
5 
10 
 
8. Pipetar 1 mL de água e transferir para um tubo de ensaio. Medir com 
uma régua o volume transferido e definir 1 mL = x cm 
Calcular através da altura do tubo de ensaio o provável volume do tubo de 
ensaio. 
Completar o volume máximo do tubo de ensaio e medir em uma proveta. 
Comentar se o volume encontrado está de acordo com o calculado. 
Descrever os resultados dos experimentos realizados no caderno de 
laboratório. 
 
CALIBRAÇÃO DE VIDRARIA 
1. Conferir a calibração de um balão volumétrico de 25 mL 
 
- Pesar um balão volumétrico aferido para volume de 25 mL, limpo e 
seco, vazio, (Mb = xx,xxxx g) (Mb = massa do balão vazio) em 
balança analítica (0,0001 g); 
- Colocar água destilada até próximo ao menisco (2 mm) e secar a 
haste interna do balão com papel filtro fixado num bastão de vidro; 
- Com uma pipeta completar o volume até que o menisco atinja o 
traço de aferição; 
Pág. 41 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
- Pesar o balão com água (Mt = xx,xxxx g) (Mt= massa do balão com 
água); 
- Verificar a temperatura da água. Cuidado para não manusear o 
balão com as mãos úmidas. 
- Determinar a massa de água (Ma), sendo Mt = Ma + Mb 
 
Utilizar a tabela da densidade da água em diferentes temperaturas 
para fazer a calibração da vidraria; 
 
Calcular o volume real a partir dos dados obtidos a temperatura 
ambiente e a 20 ºC, utilizando a fórmula da densidade. 
Exemplo: a partir dos dados abaixo calcule o volume real de água 
contido em um balão volumétrico de 25 mL, sabendo que a 
temperatura no laboratório era de 27,3 oC. 
 
Mt = 49,6127 g, Mb = 25,1334 g, logo a Ma = 24,4793 g 
A densidade da água a 27,3 oC = 0,996429 g/mL 
Se d = m/v , logo, relacionando a temperatura v27,3 oC = m/d27,3 oC 
 
 
2. Conferir a calibração de pipetas volumétricas e graduadas aferidas 
para o volume de 10 mL na temperatura ambiente e a 20 ºC 
 
- Pesar um pesa-filtro de 25 mL com tampa vazio, limpo e seco (Mp 
= xx,xxxx g) 
- Medir exatamente 10 mL com pipeta limpa e seca (até o traço de 
aferição) de água destilada; 
- Transferir totalmente o líquido para o pesa-filtro e colocar a tampa; 
- Pesar o pesa-filtro com água (Mt = xx,xxxx g) 
Pág. 42 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
- Verificar a temperatura 
 
Cálculos: 
Determinar a massa de água: Ma = Mt - Mp 
Utilizar a tabela da densidade da água em diferentes temperaturas 
para fazer a calibração da vidraria. 
Calcular para cada pipeta (graduada e volumétrica) o volume de 
água a 20 ºC e a temperatura ambiente, através da fórmula da densidade. 
Exemplo: Um pesa-filtro vazio pesou 10,313 g. Após enchê-lo com água de 
uma pipeta de 25 mL, a massa foi de 35,225 g. Se a temperatura do 
laboratório era de 27 ºC, encontre o volume de água transferido pela 
pipeta. 
Mt = 35,225 g, Mp = 10,313 g, logo a Ma = 24,912 g 
Se d = m/v , v27 = m/d27 
A densidade da água a 27,0 oC = 0,996512 g/mL 
E o volume será v = 24,99 mL 
 
Abaixo é apresentada a tabela de densidade da água em diferentes 
temperaturas. 
Pág. 43 
 
PRÁTICA 1 – MEDIDA DE VOLUME E CALIBRAÇÃO 
DE VIDRARIA 
 
 
Temperatura 
 
 ºC 
 Décimos de grau 
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 
10 0,999700 691 682 673 664 654 645 635 624 615 
11 605 595 585 574 564 553 542 531 520 509 
12 498 486 475 463 451 439 427 415 402 390 
13 377 364 352 339 326 312 299 285 272 258 
14 244 230 216 202 188 173 159 144 120 114 
15 099 084 069 054 038 023 007 991 975 959 
 
16 0,998943 926 910 893 877 860 843 826 809 792 
17 774 757 739 722 704 686 668 650 632 613 
18 595 576 558 539 520 501 482 463 444 424 
19 405 385 365 345 325 305 285 265 244 224 
20 203 183 162 141 120 099 078 056 035 013 
 
21 0997992 970 948 926 904 882 860 837 815 792 
22 770 747 724 701 678 655 632 608 585 561 
23 538 514 490 466 442 418 394 369 345 320 
24 296 271 246 224 196 171 146 120 095 069 
25 044 018 992 967 941 914 888 862 836 809 
 
26 0,996783 756 929 703 676 649 621 594 567 540 
27 512 485 457 429 401 373 345 311 289 261 
28 232 204 175 147 118 089 060 031 002 973 
 
29 0,995944 914 885 855 826 796 766 736 706 676 
30 646 616 586 555 525 494 464 433 402 371 
Pág. 44 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, 
OPERAÇÕES E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
OBJETIVOS 
 Realizar procedimentos adequados de pesagem; 
Revisar e consolidar conceitos básicos referentes à caracterização 
de soluções, expressões de concentração e diluições; 
Identificar uma sequência de reações químicas; 
 Desenvolver habilidade no manuseio do material de laboratório e de 
técnicas de desidratação, precipitação e filtração; 
 Conceitos envolvidos: reações e equações químicas, solução 
aquosa, desidratação, precipitação, filtração e indicadores de pH. 
 
INTRODUÇÃO 
TÉCNICAS DE PESAGEM 
A balança, sendo um aparelho de precisão delicado, não pode suportar 
cargas excessivas, o que acarretaria estragos na mesma. A carga máxima 
da balança vem impressa na própria balança. Normalmente, a capacidade 
máxima de balanças analíticas está entre 100 e 200 g. O processo de 
pesagem variade acordo com o tipo de balança empregada, mas cuidados 
gerais na técnica de determinação de massa são sempre os mesmos: 
1. Conhecer previamente o modo de funcionamento do aparelho. Em caso 
de dúvida, consultar o catálogo. 
2. Verificar se a balança está nivelada observando através de um nível em 
forma de bolha. Para nivelar a balança gira-se os pés localizados na parte 
frontal da mesma (depende da balança). 
3. Retirar poeiras ou detritos do prato com pincel apropriado. 
Pág. 45 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
4. Verificar se as escalas da balança estão ajustadas, isto é, se as mesmas 
estão indicando zero grama. Esta operação comumente é chamada zerar a 
balança (existe dispositivo para se acertar o zero). 
5. Nunca pesar substâncias corrosivas, voláteis ou higroscópicas em 
frascos abertos. 
6. Nunca colocar material diretamente no prato. Devem ser utilizados 
recipientes adequados (cadinho, pesa-filtro, béquer, vidro de relógio ou 
papel apropriado para pesagem), que devem estar limpos e secos. Sempre 
que alguma substância cair acidentalmente sobre o prato da balança, este 
deve ser imediatamente limpo com um pincel. 
7. O material a ser pesado deve estar à temperatura ambiente O material 
quente cria em redor de si uma corrente ascendente de ar que o torna mais 
leve. 
8. Nunca tocar com as mãos os objetos a serem pesados. Estes objetos 
devem ser manipulados com uma pinça ou com um pedaço de papel limpo. 
9. A balança deve ficar protegida de qualquer tipo de choque, a fim de 
evitar danos às suas partes mais sensíveis. Ela deve ficar protegida de 
poeira e corrosão e colocada onde não haja correntes de ar. 
10. Manter sempre as laterais da câmara de pesagem fechadas quando se 
faz a leitura do peso, pois qualquer corrente de ar externa pode causar erro 
na leitura. 
 
SOLUÇÕES 
Uma solução é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias 
moleculares ou iônicas. No âmbito mais restrito, as dispersões que 
apresentam as partículas do disperso (soluto) com um diâmetro inferior a 
10 Å são denominadas soluções. Quando este diâmetro está entre 10 e 
1000 Å, têm-se dispersões coloidais. 
Pág. 46 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
As soluções podem ser de vários tipos: líquido em líquido (l/l), sólidos em 
líquidos (s/l), sendo estas duas muito comuns, mas há ainda gás em 
líquido (g/l), gás em gás (g/g) e soluções de sólidos em sólidos (s/s). 
No preparo de uma solução, o soluto é a substância minoritária (disperso) 
e o solvente é o majoritário (dispersante) que está em maior proporção na 
mistura e dissolve o soluto. Geralmente, nos laboratórios de química, o 
solvente mais utilizado é a água destilada. 
As soluções podem ser classificadas de acordo com as quantidades de 
soluto dissolvido, podendo ser insaturadas, saturadas ou supersaturadas. 
Considerando que a solubilidade de um soluto é a quantidade máxima 
deste que pode ser disperso em uma determinada quantidade de solvente 
a uma dada temperatura, tem-se: 
  Solução insaturada: quando a quantidade de soluto adicionada é inferior 
a sua solubilidade numa dada temperatura. 
 Solução saturada: quando a quantidade de soluto dissolvido é igual a sua 
solubilidade numa dada temperatura. 
 Solução supersaturada é quando a quantidade de soluto dissolvido é 
maior que a sua solubilidade numa dada temperatura. 
Em uma solução, o soluto e o solvente constituem uma fase única e toda 
mistura homogênea (aquela cujo aspecto é uniforme ponto a ponto) 
constitui uma solução. 
 
 Atividade: Realizar um estudo sucinto sobre as unidades de 
concentração utilizadas em laboratório. 
 
PREPARO DE SOLUÇÕES 
A preparação de soluções requer alguns cuidados. Estes estão 
diretamente relacionados com a solubilidade limitada da maioria das 
substâncias, a mudança de volume e a alteração da temperatura da 
mistura. 
É conveniente, sempre que se preparam soluções desconhecidas, 
Pág. 47 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
consultar tabelas com dados de solubilidade. Evita-se assim o 
inconveniente de obter "soluções" turvas ou com duas fases, devido à 
adição não adequada da quantidade de soluto. 
Etapas para preparação de soluções 
1. Cálculo da quantidade de composto 
– Conhecidos a concentração e o volume da solução a preparar, 
calcula-se a quantidade química de soluto. 
– Converte-se essa quantidade química em massa ou volume e 
procede-se à medição dessa massa ou volume. 
 
2. Medição 
– Para medição de massa utiliza-se balança. 
– Para a medição de volumes utilizam-se provetas para medições 
não muito precisas e pipetas volumétricas e buretas para medidas 
mais precisas. 
 
3. Dissolução/Diluição 
– Após pesagem do soluto sólido em vidro de relógio, transfere-se 
essa massa para um béquer de capacidade nunca superior ao 
volume pretendido, e adiciona-se água destilada mexendo com um 
bastão vidro de modo a facilitar a diluição, lavando o vidro de relógio 
para arrastar todas as partículas de soluto que tenham ficado 
agarradas a este (se necessário, aquecer para facilitar a completa 
dissolução do soluto). 
– Transfere-se, com as devidas precauções, a solução para um 
balão volumétrico de volume coincidente com o da solução a 
preparar, com o auxílio de um funil e bastão vidro. 
– Em seguida deve-se lavar com um pouco de água destilada, de 2 
a 3 vezes, o béquer onde se fez a diluição. 
ATENÇÃO: cuidado para que a quantidade de água utilizada na 
dissolução do sal e na lavagem do béquer não ultrapasse o volume 
final desejado. Por isso, é importante que estas operações sejam 
realizadas com um mínimo de água. 
Pág. 48 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
– Finalmente, com o auxílio de uma pipeta, completa-se o volume 
de solução requerido e que é definido pelo traço de referência do 
balão (menisco) (cuidado para não ultrapassar o referido traço). 
Caso ocorra a formação de bolhas de ar sobre o menisco, deve-se 
retirar estas com o auxílio de uma pipeta, para possibilitar uma 
correta leitura do volume da solução. 
– Se o soluto for líquido, mede-se o volume calculado e adiciona-se 
lentamente ao solvente, agitando e completando o volume final 
pretendido. 
 
4. Homogeneização 
– Coloca-se a tampa no balão volumétrico e agita-se a solução para 
completa homogeneização. 
 
5. Armazenagem 
– As soluções devem ser sempre transferidas e guardadas em 
frascos apropriados e devidamente rotulados (nome/fórmula química 
do soluto / concentração / data da preparação, nome do 
laboratorista). 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Soluções a base de iodo, AgNO3, sulfato ferroso amoniacal e 
KMnO4 devem ser armazenados em frasco de vidro escuro. 
– Soluções de NaOH e KOH devem ser armazenados em frasco de 
polietileno. 
 
 
 
 
SOLUÇÃO DE ÁCIDO CLORÍDRICO 
HCl 0,1 M 
f: 0,9803 
 Data: Nome: 
 
 
SOLUÇÃO DE ÁCIDO CLORÍDRICO 
HCl 0,09803 M 
 
 Data: Nome: 
 
Pág. 49 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
OPERAÇÕES E REAÇÕES QUÍMICAS 
Nesta prática será utilizado um composto de 
cobre II para a realização de diversas 
operações químicas. O composto de cobre II 
mais conhecido é o sulfato de cobre II penta-
hidratado, CuSO4.5H2O, que se apresenta 
na forma de cristais azuis. Este sal é 
também conhecido por vitríolo azul. 
Os sais de cobre II, em solução aquosa, 
formam o íon cobre II hidratado,[Cu(H2O)4]2+, um íon de cor azul clara. 
 Atividade: Pesquisar sobre o sulfato de cobre II; formas existentes 
e seus principais usos. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
PREPARO DE SOLUÇÕES 
1. Preparo de soluções de NaOH 
- Realizar o cálculo da massa necessária para preparar 50,0 mL de 
NaOH 3,0 mol.L-1: 
 
- Pesar _______ g de NaOH p.a. em copo de béquer e dissolver 
com água destilada (aproximadamente 20 mL); 
- Transferir para um balão volumétrico de 50,0 mL com auxílio de 
um funil, e completar com água destilada até o traço de referência. 
Homogeneizar; 
- Calcular e expressar a concentração da solução em: 
a) Percentual (m/v) 
b) Molaridade (mol.L-1) 
c) Concentração comum (g/L) 
 
Pág. 50 
 
PRÁTICA 2 – PESAGEM, SOLUÇÕES, OPERAÇÕES 
E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
 
- A partir da solução de NaOH 3,0 mol.L-1, preparar 100,0 mL de 
NaOH 0,3 mol.L-1. Rotular para utilizar em outra aula prática. 
 
 
2. Preparo de solução de CuSO4 
Preparar 25,0 mL de solução de sulfato de cobre 0,2 mol.L-1, a partir 
do sulfato de cobre anidro. 
 
OPERAÇÕES E REAÇÕES QUÍMICAS 
 
1. Reação entre CuSO4(aq) e NaOH(aq) 
- Transferir a solução de cobre, preparada no item 2 anterior, para 
um copo de béquer de 250 mL. 
- Adicionar lentamente a solução de NaOH 3,0 M, preparada no item 
1 anterior, até precipitação completa (em torno de 30 mL), que 
ocorre em meio básico (testar com papel indicador). 
- Descrever o aspecto do precipitado resultante: 
 
- Escrever a equação química da reação observada: 
 
2. Aquecimento do composto resultante 
- Aquecer o copo de béquer contendo o precipitado até a mudança 
de cor do precipitado para preto. 
- Escrever a equação química da reação observada: 
 
- Resfriar o filtrado. 
- Identificar (nomear) e pesar, em balança analítica, um papel filtro. 
 - Filtrar o precipitado. 
- Após a filtração, secar o papel filtro com o precipitado em estufa. 
Pág. 51 
 
 
 
 
- Após secagem, manter o mesmo em 
dessecador para resfriar. 
- Após resfriamento completo à temperatura 
ambiente, pesar o papel filtro com o 
precipitado. 
- Determinar o rendimento da reação. 
- Indicar as causas mais prováveis do desvio do rendimento de 
100% deste processo. 
 
 
 
Pág. 52 
 
PRÁTICA 3 – FORÇAS INTERMOLECULARES, 
PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO 
 
 
PRÁTICA 3 – FORÇAS 
INTERMOLECULARES, PONTOS DE 
FUSÃO E EBULIÇÃO 
 
OBJETIVOS 
 Relacionar as propriedades macroscópicas (como ponto de fusão, 
PF, ponto de ebulição, PE e solubilidade) com o tipo de ligação 
(iônica e molecular) e força intermolecular. 
 Determinar pontos de fusão e ebulição de alguns compostos. 
 
INTRODUÇÃO 
LIGAÇÕES E INTERAÇÕES QUÍMICAS 
Substâncias iônicas são aquelas formadas por íons (cátions e ânions) 
ligados entre si por forças de natureza elétrica. 
Substâncias moleculares ou covalentes são formadas a partir do 
compartilhamento de elétrons entre os átomos dos elementos que estão se 
ligando. Apesar de não possuírem íons em sua constituição, as moléculas 
podem apresentar polos elétricos, devido à diferença de eletronegatividade 
dos elementos; neste caso, são denominadas moléculas polares. Quando 
não há diferença de eletronegatividade ou quando a resultante dessas 
diferenças é nula, a molécula é denominada apolar. 
As substâncias moleculares têm suas moléculas atraídas entre si por 
forças denominadas de intermoleculares. Entre moléculas apolares, a 
força de atração que justifica a sua existência nos estados sólido e líquido 
é denominada de dipolo induzido–dipolo induzido. Entre moléculas 
polares, a força intermolecular é denominada dipolo permanente–dipolo 
permanente ou simplesmente dipolo – dipolo. Em moléculas em que o 
hidrogênio está ligado ao oxigênio, nitrogênio ou flúor, uma interação mais 
forte ocorre, denominada ponte de hidrogênio (ou ligação de hidrogênio). 
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PRÁTICA 3 – FORÇAS INTERMOLECULARES, 
PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO 
 
 
PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO 
O ponto de fusão normal de uma substância corresponde à temperatura 
segundo a qual essa substância passa do estado sólido ao estado líquido, 
à pressão normal (1 atm). Procedendo ao aquecimento lento e gradual de 
uma substância no estado sólido, à pressão normal, verifica-se que quando 
a temperatura atinge a temperatura de fusão da substância, esta se 
mantém aproximadamente constante enquanto durar a mudança de fase 
(variações entre 0,5 e 1,0 ºC são aceitáveis na prática). 
O ponto de fusão é característico de cada substância particular. No caso 
de misturas, a temperatura a que se inicia a fusão é variável, dependendo 
da composição da mistura. Durante a fusão de uma mistura, a temperatura 
não se mantém constante. Por conseguinte, se em uma determinação 
experimental a temperatura variar significativamente durante a fusão, uma 
mistura ou uma substância bastante impura está presente. Assim, o estudo 
do comportamento da temperatura no decurso da fusão constitui um 
critério possível para avaliar o grau de pureza de uma substância. 
A determinação do ponto de fusão de uma substância pode ser feita pelo 
aquecimento do sólido em um banho, ou utilizando equipamentos 
específicos. O banho a usar para o aquecimento da substância é escolhido 
em função da temperatura previsível de fusão da substância. Se esta for 
inferior a 100 ºC (ponto de ebulição da água), é usual o banho-maria. Se 
for acima de 100 ºC, é necessário recorrer a banhos de óleo, glicerina ou 
parafina. 
O ponto de fusão depende das forças existentes entre as moléculas (ou 
entre íons, no caso de cristais iônicos) da substância sólida. Quanto maior 
a força intermolecular, maior é o seu ponto de fusão. 
Ponto de ebulição normal: se um líquido é colocado em um recipiente 
fechado, parte dele evapora, até que o vapor formado tenha certo valor de 
pressão denominado tensão de vapor. Esta é uma propriedade que 
depende da temperatura. Representa o limite máximo para a evaporação 
daquele líquido, naquela temperatura. Quando a pressão de vapor for igual 
ao valor da pressão externa exercida sobre o líquido, a água ferve, com o 
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PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO 
 
 
característico fenômeno da formação de bolhas de ar na massa líquida. 
Durante a ebulição, bem como em qualquer transição de estados físicos, a 
temperatura do sistema mantém-se constante, até que toda a massa 
líquida passe ao estado gasoso. 
FATORES QUE INFLUENCIAM NOS PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO 
Nas substâncias moleculares, de um modo geral, dois fatores influem nos 
PF e PE: 
Tipo de força intermolecular: em moléculas com tamanhos similares, 
quanto mais intensa a atração intermolecular, maiores os PF e PE. 
Ordem crescente de intensidade de interação: 
dipolo induzido–dipolo induzido < dipolo–dipolo < ponte de 
hidrogênio 
Tamanho da molécula: em moléculas com o mesmo tipo de interação, 
quanto maior a molécula, maiores os PF e PE. 
Para comparar os pontos de fusão e ebulição de diferentes substâncias, 
esses dois fatores devem ser considerados. 
A solubilidade de uma substância (denominada soluto) em outra 
(denominada solvente) está relacionada à semelhança das forças atuantes 
nas mesmas (iônicas ou intermoleculares). Em consequência disso, 
substâncias iônicas e substâncias moleculares polares tendem a se 
solubilizar em solventes também polares, enquanto que substâncias 
apolares tendem a se solubilizar em solventes apolares. O envolvimento 
das partículas do soluto pelas moléculas do solvente é denominado de 
solvatação e, no caso do solvente usado

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