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Ciência politica - do Estado

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Ponto 2: do Estado
O Estado como grupo social politico
A origem do Estado 
Origem dos grupos sociais
Teses quanto ao momento histórico 
Teses quanto ao modo de origem
Teses quanto ao resultado
Formação e extinção de um estado
Quanto à existência previa
Quanto a vontade do agente
Quanto a forma de derivação
Outras formas de extinção
Teorias justificadoras das modificações estatais
Visão do Estado segundo a corrente político ideológica
O estado como grupo político social
A doutrina divide-se quanto à concepção de todos os grupos sociopolíticos como sendo Estado, tendo em vista a definição de Estado moldada na Modernidade.
Conceberemos grupo social como a reunião de duas ou mais pessoas, interagindo entre si, e por isso capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum. Podem ser primários e secundários, sendo o Estado, por se tratar de uma rede de relações mais complexas, se encaixando no segundo setor. 
Já Estado (do latim status = estar firme; situação permanente de convivência ligada a sociedade política), abrange uma grande área de significados. Aparece primeiramente na obra de Maquiavel, O príncipe, na qual designa como Estados todos os domínios que tem império sobre os seus homens, sendo repúblicas ou principados. Seriam grupos sociais com o acréscimo do território.
Dallari: todas as sociedades políticas que, com autoridade superior, fixaram as regras de convivência dos seus membros.
Concepção filosófica por Hegel: um todo ético organizado, isto é, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da subjetiva. É a substância ética consciente de si mesma, significando com isso que Estado e a constituição são os representantes da liberdade concreta, efetiva. Realidade da ideia moral.
Concepção jurídica de Kelsen: reunião de homens vivendo sob as leis do Direito.
Concepção sociológica de Oppenheimer e Duguit (DE CUNHO MARXISTA): toda sociedade humana na qual há a diferenciação entre governados e governantes; grupo humano fixado a um lugar onde os mais fortes impõem suas vontades aos mais fracos.
A origem dos Estados
Origem dos grupos sociais
Dallari: os grupos sociais surgem como uma manifestação ordenada de conjunto com uma finalidade em comum, estando todos submetidos a um poder que atrela o conjunto.
» Ideia de sociedade natural: “O homem é naturalmente um animal político” –Aristóteles. 
Assim, não seriam as necessidades materiais o motivo da vida em sociedade, havendo, independente dela, uma disposição natural dos homens para a vida associativa. A sociedade é o produto da conjugação de um simples impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana. (Diferenciação da vida em conjunto dos animais racionais – movidos pelo instinto, e os homens – movidos por esse impulso racional e natural).
Ideia contratualista: ‘A sociedade é produto de um acordo de vontades, ou seja, de um contrato hipotético feito entre homens.’
Só se justifica a existência da sociedade pela vontade humana dessa se fazer concreta.
Hobbes; Rousseau; Montesquieu: Diferem apenas pelas razões as quais o homem concorda em se submeter a esse tratado.
Teses quanto ao momento histórico
Sempre existiu o Estado, assim como a sociedade. 
Essa teoria se baseia na crença de que desde que o homem vive sobre a Terra, esse acha-se integrado numa organização social dotada de poder e autoridade para delinear comportamentos.
Estado como princípio organizador e unificador em toda organização social.
O Estado teve um aparecimento gradativo.
Admite, seguindo Dallari, que a sociedade existiu algum tempo sem o Estado. Depois, com a evolução da complexidade dessas relações, esse foi criado para atender as necessidades ou conveniências dos grupos sociais. Foi aparecendo de acordo com as condições concretas de cada localidade.
O Estado surge na modernidade
O Estado só surgiu no século XVII, a partir da paz de Westfália, que reconheceu limites de soberania dos territórios e governos europeus constituídos com o fim da Guerra dos 30 anos. O termo seria um conceito histórico concreto, definido no nascimento da ideia e prática da soberania. O Estado aparece com a consagração do Estado moderno, nacional.
 Teses quanto ao modo de origem
Naturalistas: organização espontânea sem uma vontade ou um acordo pré-determinado.
Origem familiar (Aristóteles): o Estado/grupo social seria formado pela aglutinação de grupos familiares onde o chefe passava a ater um poder não só de ordem familiar mas também social. Grupos familiares primitivos que se ampliaram e acabaram tomando um caráter social, gerando um Estado.
Origem violenta (Oppenheimer; Diguit): em atos de força ou de conquista. O Estado se formariam pela incorporação de grupos sociais mais fracos que, por conta de sua fragilidade, acabam se submetendo a grupos sociais mais fortes por meio da conquista e sua consequente subjeção. ‘O estado nasce para regular as relações entre vencedores e vencidos.’ (Oppenheimer)
Origem econômica (Marx; Engels): ‘A economia seria a infraestrutura na qual se assenta a superestrutura do Estado’. [Por isso o estado seria desnecessário no comunismo]. O Estado se forma a partir da necessidade de gerencia econômica e pelo surgimento de relações pautadas na economia. Surge para regular e formatar regras para controle dos meios de produção. Seria formado para se aproveitarem os benefícios da divisão do trabalho. 
Origem desenvolvimentista/potencial de desenvolvimento interno (Lowie): a formação do Estado decorre da tendência natural humana, conforme seu desenvolvimento, de se agrupar em volta de um poder central. Esse decorreria do próprio desenvolvimento das relações humanas e interpessoais em geral. ‘O ser humano precisa de chefes’. É mais ampla que a econômica porque aborda esse setor, mas não só esse.
Contratualistas: a formação decorre de um ato especifico e voluntário direcionado a esse intuito de criação.
Teoria do equilíbrio social (Hobbes e Locke):
Hobbes: Estado como necessário para sobrevivência humana. Visão pessimista. Estado deveria ser absoluto para conter os indivíduos. [O leviatã: justifica o absolutismo].
Locke: Estado existindo para garantir direitos mínimos [propriedade privada] e individuais. Liberal. Estado deve ser mínimo, atuando como vigilante da posse dos bens e da liberdade individual. Existe para garantir a existência do gozo dos direitos sem intervir nas relações sociais e econômicas. [Estado como um mal necessário].
Teoria do contrato social (Rousseau):
Visão otimista. 
Seu contrato social diz que o estado surge a partir da cessão de parte das liberdades individuais para que se pudesse viver em sociedade.
Porque o homem abre mão da sua liberdade para que o Estado ocorra? Rousseau diz que se aceita pois se considera que, em sociedade, se terá outros ganhos, já que você não precisará desprender de sua energia para a sobrevivência. Assim, o homem, ao transferir essa energia, colabora com o desenvolvimento humano geral.
Dessa forma, espera-se que a qualidade de vida e as condições de sobrevivência sejam elevados com o surgimento da instituição Estado. 
Teses quanto ao resultado:
De acordo com Bonavides.
Mecanicista: considera-se que o Estado corresponde à soma de suas parcelas constituintes/componentes. Assim, o Estado não tem uma existência própria e independente. O Estado é o produto das diferentes pessoas que o compõe. ‘Individuo é a unidade embriogênica, o centro irredutível a toda assimilação coletiva; é a unidade que não criou nem há de criar nenhuma realidade a mais que lhe seja superior; é o ponto primário que vale por si mesmo.’ 
Organicista: embora a origem tenha se dado pela soma, o resultado [estado maduro] seria um organismo independente e próprio. A união dos homens origina um organismo novo e independente. ‘Sociedade é o valor primário ou fundamental; se a sua existência importa numa realidade nova e superior, subsistente por si mesma.’
Formação e extinção de um Estado:
 Quanto à existência prévia 
Originário/primário: aparece sem nenhumavinculação com qualquer outro antecedente em um território. O Estado surge do próprio meio nacional, sem dependência externa.
“Um agrupamento humano mais ou menos homogêneo, estabelecendo-se num determinado território, organiza seu governo e passa a apresentar as condições universais da ordem política e jurídica. Roma e Atenas são exemplos típicos da formação originária.” (Sahid Maluf).
Derivado/secundário: aquele que, de algum modo, surge a partir de outro estado [pré] existente do qual se desvincula.
Exemplo: a criação de um estado na Antártida (território internacional) e no Brasil (mediante a sua autorização estatal) 
 Quanto a vontade do agente 
Voluntária: aquela em que os agentes [neo-Estado e o Estado originário] concordam entre si.
Impositiva: as duas partes não concordam. O Neo-Estado precisa impor sua independência. 
 Quanto a forma de derivação
Desmembramento: quando uma parte do território de um Estado se desmembra e passa a constituir um novo Estado. A » A + B
‘O Estado [originário] que teve seu território diminuído pelo fracionamento continua a existir, só se alterando a extensão territorial e o número de componentes do seu povo, uma vez que uma parcela deste se integra no Estado recém-constituído.’ E a parte desmembrada, que passou a constituir um novo Estado, adquire uma ordenação jurídica própria, passando a agir com independência, inclusive no seu relacionamento com o Estado do qual se desligou.’ (Dallari)
União: Ocorre em duas etapas. Dois estados sofrem um desmembramento, e esses novos Estados se unem para originar apenas um. Não provoca a extinção dos Estados originários. C + D » C + E +D
Fusão extintiva (derivação e extinção): Dois Estados se unem para formar apenas um. Ocorre a extinção dos originários. F + G » H
‘Implica a adoção de uma constituição comum, desaparecendo os Estados preexistentes que aderiram à União. [...] Esses perdem a condição de Estados a partir do momento em que se completar a união, integrando-se, a partir daí no Estado resultante.’ (Dallari)
Fracionamento (derivação e extinção): Opera-se quando um Estado se separa ou se desmembra para dar lugar ao nascimento de outros.
“O nascimento do Estado por secessão assemelha-se ao resultante de emancipação, mas não provém propriamente de atos de sublevação popular ou de libertação de um governo estrangeiro, mas sim do desmembramento de um império, ou da separação de um país que se achava incorporado a outro, ou da dissolução dos laços de uma União Real, ou de uma espécie de Federação, onde as partes federadas reclamam independência” (Mazzuoli)
Para Dallari: Só classifica as formas derivadas em dois grandes grupos; fracionamento e união. Seguindo tal pensamento, união seriam a fusão extintiva e união. Já fracionamento, seriam os exemplos de desmembramento e fracionamento em si.
Sobre colônias: temos dois processos especiais
Descolonização: impositiva; o colonizador não aceita. Independência e auto gerência mediante a lutas.
Concessão de soberania: voluntária; ambas partes concordam. Ato voluntário. Cessão de independência do Estado originário à colônia.
Brasil: processo misto. Dois de julho versus sete de setembro.
Influência internacional: o novo Estado surge a partir da movimentação de organismos internacionais em prol da sua formação. (Israel).
 Outras formas de extinção
Perda de algum dos elementos constitutivos do Estado implica em sua extinção.
Povo: epidemias; guerras; emigração.
Território: ilhas/territórios do Pacífico. 
Soberania: condição de Estado independente desaparece. 
» Incorporação: Um Estado fagocita outro Estado. (Brasil e província Cisplatina). Só extinção; sem derivação.
 Teorias justificadoras das modificações estatais
Teoria das nacionalidades [povo em evidência]: a justificativa para o Estado seria congregar uma nação. Os grupos humanos, diferenciados por vínculos de raça, línguas, usos e costumes, tradições consistem grupos nacionais e devem formar, cada um, o seu próprio Estado. (Israel).
“A cada nacionalidade diferenciada deverá corresponder uma composição política autônoma” (Sahid Maluf).
Teoria das fronteiras naturais [território em evidência]: respeito às fronteiras geográficas naturais. A geografia indica em relevos naturais os justos contornos das nações. Instrumento a ser utilizado pelos países militarmente fortes.
Teoria do equilíbrio internacional de forças: calcado não na soberania em si, mas na força, ultimo lastro do poder político. Entre as principais potências deveria haver uma igualdade de domínios territoriais, porque o fortalecimento desproporcional de uma redundaria em ameaça à segurança das outras e desequilíbrio internacional.
Parte do princípio de que a paz decorre do equilíbrio que se possa estabelecer entre as forças das várias potências. (Guerra fria – Europa ocidental e oriental).
Teoria da autodeterminação dos países: semelhante na sua essência, ao princípio das nacionalidades, esta teoria defende a vontade nacional como razão de Estado. Preceitua que só o livre consentimento de cada povo justifica e preside a vida do Estado. Nenhum Estado deve intervir no território de outro, sem que isso seja o desejo do povo, ou ferir o direito de se autogerir.
Visão do estado segundo a corrente político ideológica
O Estado segue um ciclo de resposta ao domínio estatal (forte-fraco-forte) 
Medieval: Estado fragmentado.
Absolutismo: Estado absoluto. Intervenção máxima.
Liberalismo: Estado mínimo. Surge como uma alternativa para recuperar a liberdade individual e como forma de limitar o poder do governante.
Nazi fascismo/socialismo/comunismo: surgem como resposta à fraqueza do Estado. Todos pregam o intervencionismo.
Estado de bem estar social: assumia papéis, intervendo na economia na tentativa de frear o liberalismo. Estado interventivo, porém capitalista.
Visão kelseniana do Estado: o Estado corresponde ao seu ordenamento jurídico, sem o juízo moral, participando apenas do que prevê sua constituição.
» A visão do Estado muda de acordo com a importância que é dada a essa determinada instância.

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