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Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Direito Eleitoral Ementa “Processo Eleitoral” • Alistamento – convenção partidárias • Registro da Candidatura • Propaganda Eleitoral • Eleição • Diplomação • Temas relacionados M1= 12 de abril + trabalho 2 pontos – pode trazer a legislação M2= 23 de junho + Questões subjetivas Bibliografia: MACHADO, Raquel Cavalcanti Ramos. Direito Eleitoral. 2 ed. rev., atual. e ampliada – São Paulo: Atlas, 2018. Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira DIREITO ELEITORAL O PROCESSO ELEITORAL O Direito Eleitoral é o ramo do Direito “que se dedica ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder de sufrágio popular de modo que se estabeleça a precisa equação entre vontade do povo e a atividade governamental. (MACHADO, R.C. 2018) Distinção 1) Sufrágio: Poder ou Direito Público subjetivo de participar da regência e da condução das escolhas e do preenchimento das estruturas estatais, seja votando (capacidade ativa) seja sendo votado (capacidade eleitoral passiva); 2) Voto: Forma de exercer o direito ao sufrágio, indicando pessoas para compor o quadro político do Estado; 3) Escrutínio: Forma como se pratica o voto e sua contabilização (votação na urna) 1 - Sufrágio Universal: Confere ao maior número de pessoas possível o direito de participar da vida política, admitindo-se restrições razoáveis. Como por exemplo, o menor de 16 que não pode votar, assim como não pode votar o condenado criminalmente. Restrito: É sujeito a limitações sem levar em consideração o critério “razoável” relacionado ao poder de decisão da vida política em desrespeito, muitas vezes, à dignidade da pessoa humana. Alistameto Convenção Partidária Registro de Candidatura Propaganda Eleitoral Eleição Diplomação Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Atualmente no Brasil, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal, conforme Art. 14 da CF: Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. Voto Direto e Secreto com valor igual para todos Fundamentos do Direito Eleitoral 1) Princípio Democrático - Poder do Povo: Normas para garantir sua participação * Governo do povo, pelo povo e para o povo - Ditadura da maioria – não é para ser, tem o intuito de abrir o espaço a minoria para que seja ouvida; 1.1) Modelos: • Democracia Direta: decisões tomadas diretamente pelo povo que vota diante de cada política pública a ser traçada ou executada; • Democracia Indireta (representativa): É aquela em que os cidadãos elegem determinadas pessoas, para que os representem e tomem decisões em seu nome, por meio de exercício ode mandados eletivos. Tem como vantagem a agilidade na tomada de decisões e a desvantagem caso os representantes se desvirtuem da vontade popular o controle da legitimidade torna-se mais complexo. • Democracia Semidireta (participativa): Misto entre as duas formas de democracia, modelo adotado no Brasil. Admite que as Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira políticas públicas a serem planejadas e executadas contem com a participação do povo por meio de plebiscitos e referendos. Art. 1º da CF: “Diretamente ou por meio de representantes eleitos” 2) Princípio Republicano Decorre da exigência da alternância de poder na República. Em consequência, tem-se a periodicidade das eleições, como disciplinamentos de princípios a serem observados a cada pleito, seja quanto a quem pode participar do processo eleitoral votando e sendo votado, seja ao período de cada governo, aos processos de escolha em si, etc. Foi desenvolvido sobre tudo como uma alternativa à monarquia. a) Temporariedade b) Eletividade pelo povo c) Responsabilidade do governante Fontes do Direito Eleitoral • Fontes materiais, são as que justificam a existência do conjunto normativo: Valores de cunho histórico, moral, político, econômico; • Fontes formais, são os textos que disciplinam: Constituição, tratados, etc. Aqui integram as Resoluções do TSE • Fontes Diretas – Tratam de Direito Eleitoral – CF, Código Eleitoral, Lei de Inelegibilidade, Lei dos Partidos Políticos, Lei das Eleições, Resoluções do TSE; • Fontes Indiretas – Não tratam de Direito Eleitoral – Código Civil, Processo Civil, Código Penal, Processo Penal – Subsidiárias. Resoluções do TSE, Normas infralegais, Regulamentares, Descumprimento à legislação infraconstitucional; Art. 23, IX, do Código Eleitoral Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; Art. 105 LEI 9504/97 Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) Até 5 de março do ano da eleição Sem restringir direitos ou estabelecer sanções Instruções para a fiel execução Caráter vinculante Medida Provisória Art. 62, §1 CF - Vedada: Direitos Políticos, Partidos Políticos e Direito Eleitoral Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê- las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. Consultas - Fontes interpretativas TRE e TSE Respondeu questionamento - Desde que não seja caso concreto - Não possui efeito vinculante Art. 23, XII Lei 4737/65 Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; TSE: Consultas feitas por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido 30, VII, CE Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação,ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos; TRE: Consultas feitas por autoridade pública ou partido político Princípios do Direito Eleitoral a) Princípio da Legitimidade das Eleições O processo eleitoral deve ser conduzido de forma a garantir a maior representatividade da vontade popular, legítimo é o que é aceito, desejado, que está de acordo com a vontade livre, e ainda o que Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira respeita os envolvidos, levando em conta, com seriedade, seus pontos de vista e direitos fundamentais. Oculto, Desejado, De acordo com a vontade livre Art. 14§9 da CF Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. b) Princípio da Normalidade das Eleições O processo eleitoral não deve sofrer Interferências que deturpam o debate de ideias pelo que também se devem afastar os atos representativos de abuso de poder e econômico e do abuso de poder político. Conforme o Art. 14§9 CF já mencionado acima. c) Princípio da Moralidade Compromisso com a ética/ honestidade. • Art. 14§9 CF já mencionado acima • Lei da Ficha Limpa d) Princípio da Anualidade* Decorre dos princípios da segurança jurídica e da igualdade nas normas que disciplinam a disputa eleitoral e representa cláusula pétrea asseguradora do devido processo legal eleitoral. A lei que alterar o processo eleitoral deverá entrar em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data da sua vigência. No processo eleitoral, por expressa determinação constitucional não há o período de vacatio legis. Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Art. 16 da Constituição Federal: Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. - Suspensão da Eficácia e) Princípio da Lisura das Eleições: Correção do procedimento eleitoral. A lisura é exigível diante da necessidade de normalidade. Realizar algo com lisura é promove-lo com clareza e correção. Como por exemplo possibilita ao julgador um exame amplo das provas nas ações eleitorais, a fim de fazer prevalecer a verdade dos fatos e preservar a lisura das eleições (Art. 23, LC 64/60) Art. 23. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral. f) Princípio do Aproveitamento do Voto Não há nulidade sem prejuízo (Art. 219 CE), o voto deve ser aproveitado pela promoção da soberania popular, admitindo-se por exemplo, que quando não for possível identificar o candidato, mas for possível identificar a legenda, o voto deve ser computado para esta. Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo. Art. 176 do CE: Art. 176. Contar-se-á o voto apenas para a legenda, nas eleições pelo sistema proporcional: g) Princípio da Igualdade O voto tem valor igual para todos. Já em relação a partidos e candidatos, a disputa das eleições deve ser pautada pelo debate de ideias. Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Art. 14 CF: Voto com o mesmo valor h) Princípio do Pluralismo político Art. 1º, V, CF- Manifestação de preferências liberdade de associação i) Princípio do Pluripartidarismo: Art. 17 CF Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. - Democracia X Ditadura (DENTADURA :D) j) Princípio da Irrecorribilidade das decisões do TSE e TER - Apenas Exceções No art. 121, § 4º, da CF, no qual consta que “das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando (...)” e segue enumerando hipóteses restritas de cabimento do recurso k) Princípio da Preclusão Instantânea Encerrada uma fase não mais poderão ser impugnados atos relativos às fases anteriores. l) Princípio da Devolutividade dos Recursos 247 CE Os recursos poderão ter efeitos suspensivos e devolutivos, ou apenas devolutivo. A exigência da celeridade afastou a suspensividade dos recursos como regra. Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira m) Princípio da Gratuidade da Justiça Eleitoral Art. 5º. LXXVII CF – Direitos de cidadania – “são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania (votar e ser votado) Direitos Políticos e Fundamentais Conjunto de normas que viabilizam a participação do indivíduo nas decisões governamentais. Quanto ao titular, podem ser divididos em ativos e passivos. • Ativos – Capacidade de votar (capacidade eleitoral ativa), de propor ações populares, de participar de projetos de lei de iniciativa popular; • Passivos – Capacidade de ser votado; Quanto ao exercício, divide-se em positivos e negativos: • Positivos- Regras permissivas de participação no processo eleitoral; • Negativos- Limitações impostas ao seu exercício; São Direitos Fundamentais • Capítulo IV do Título II da CF Direitos Políticos no Brasil – Gozo e Restrição No Brasil, de acordo com a vigente Constituição Federal, direitos políticos são direitos fundamentais, o que se pode aferir de várias passagens do texto constitucional. Além de a Constituição anunciar que o Brasil é um Estado Democrático (art. 1º, caput, da CF/1988), entre os fundamentos da República Federativa do Brasil estão a cidadania e o pluralismo político (art. 1º, II e V, da CF/1988). Ainda segundo a Constituição, todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes, ou diretamente, nos termos do texto constitucional (CF/1988, art. 1º, parágrafo único). Os direitos políticos e os partidos Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira políticos estão previstos respectivamente nos Capítulos IV e V do Título II da Constituição Federal de 1988, que tratam dos “direitos e garantias fundamentais”. Além disso, o voto direto, secreto, universal e periódico, como se mencionou anteriormente, nem por Emenda Constitucional pode ser abolido, pois constitui cláusula pétrea, nos termos do art. 60, § 4º, inciso II, da vigente Constituição. Dúvida, portanto, não pode haver de que todo o poder político a ser exercido pelos governantes é outorgado pelo povo que os elege periodicamente. Sendo, como são os direitos políticos, de natureza constitucional e fundamental,somente podem ser restringidos nos termos previstos na própria Carta Magna e de suas normas complementares. Nesse sentido, José Afonso da Silva leciona: O princípio que prevalece é o da plenitude do gozo dos direitos políticos positivos, de votar e ser votado. A pertinência desses direitos ao indivíduo como vimos, é que o erige em cidadão. Sua privação ou a restrição do seu exercício configura exceção àquele princípio. Por conseguinte, a interpretação das normas constitucionais ou complementares relativas aos direitos políticos deve tender à maior compreensão do princípio, deve dirigir-se ao favorecimento do direito de votar e de ser votado, enquanto as regras de privação e restrição hão de entender-se nos limites mais estreitos de sua expressão verbal, segundo as boas regras de hermenêutica. Realmente, em uma democracia, a inserção de pessoas na vida política deve ser buscada na máxima medida possível – inserção, ressalte-se, com informação ampla e efetiva participação –, a fim de possibilitar que a democracia política leve a uma distribuição mais legítima dos bens da vida. Atento a essa importante característica da democracia é que Robert Dahl refere “a inclusão de adultos”, como se debateu no capítulo anterior. Restrições a esse direito devem ser feitas com critério e comedidamente. Infere-se da Constituição Federal que o legislador constituinte acolheu essa visão ampla da inserção de adultos na vida política brasileira. Os direitos políticos são assegurados a brasileiros com alguma Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira capacidade de discernimento e que não revelem, objetivamente, grave desprezo aos bens jurídicos mais caros à sociedade. Diz-se objetivamente, porque, para um brasileiro ter seus direitos políticos restringidos, é necessário que esteja configurado, por dados externos (não apenas por um pensar), o desprezo aos bens jurídicos mais caros à sociedade, como, por exemplo, o trânsito em julgado de uma condenação criminal, que macula a capacidade eleitoral ativa e passiva. Assim, a vigente Constituição Federal, em seu art. 15, veda expressamente a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só admite nas hipóteses que enumera taxativamente, a saber: a) cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; b) incapacidade civil absoluta c) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; d) recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa; e) improbidade administrativa. Pontos Chave: - Vedada a Cassação de Direitos Políticos - Perda arbitrária Perda de Direitos Políticos - Retirada definitiva de Direitos - Suspensão de Direitos Políticos - Retirada Temporária Divergência X Perda x Suspensão • Cancelamento da naturalização por decisão transitada em julgado Art. 12 §4 • Atividade nociva aos interesses do estado • Incapacidade Civil absoluta • Manifestação livre do pensamento • Condenação Criminal Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira - Enquanto Durar - Presos Provisórios* • Deixar de Cumprir Obrigação a todos imposta / Prestação Alternativa • Improbidade Administrativa Art. 37 §4 da CF- Atos violadores da probidade levam a suspensão dos direitos políticos. Organização da Justiça Eleitoral Pontos chave da história da justiça eleitoral: • Instituição permanente 1932 – Código Eleitoral • Extinta em 1937 – Getúlio Vargas • Restabelecida em 1945 Previsão Constitucional: Art. 92, V e 118 a 121 CF Peculiaridades da Justiça Eleitoral: - É permanente, porém, os cargos são de ocupação temporária - Órgão de funcionamento temporário- juntas eleitorais - Mandato dos julgadores – 2 anos, prorrogável por + 2 anos Oxigenação dos cargos - Justiça Especializada da União Funções: • Típica: Jurisdicional • Atípico: Administrativa - Intensa na Justiça Eleitoral – Eleições/ Plebiscito/ Referendo * Consultiva * Normativa Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Divisão Territorial Circunscrição: divisão geográfica onde ocorrem as eleições • Eleições gerais: todo território nacional; • Eleições estaduais: território estadual; • Eleições municipais: território municipal; Zona: Divisão geográfica sob a competência do juiz eleitoral Comarca: Pode ter várias varas Nem sempre coincidem com a divisão da comarca • Seção: Divisão geográfica onde o eleitor vota – urna 50 eleitores (136 C.E) 400 eleitores (Resolução 14.250/98) Órgãos da Justiça Eleitoral: STF É EXCLUÍDO DA JUSTIÇA ELEITORAL • Tribunal Superior Eleitoral – MAIOR ÓRGÃO • Tribunais Regionais Eleitorais • Juízes Eleitorais • Juntas Eleitorais Tribunal Superior Eleitoral - Cúpula - Sede: Distrito Federal - Jurisdição em todo território nacional - Decisões Irrecorríveis (Art. 121, §3 CF) - Composição: 7 membros (no mínimo) 3 ministros do STF – voto secreto 2 ministros do STJ – voto secreto 2 juízes nomeados pelo Presidente (dentre 6 advogados indicados pelo STF) Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Ministério Público não integra órgãos de julgamento da justiça eleitoral - Funções: Ex.: Registro de Partidos Políticos Registro de Candidatura do Presidente/Vice Organizar Processo Eleitoral Respectivo Tribunais Regionais Eleitoral - Composição: 7 (no mínimo) - 1 TRE para cada Estado 2 Desembargadores do TJ 2 Juízes de Direito- TJ 1 Desembargados Federal ou Juiz Federal – TF 2 Advogados – Presidente – 6 TJ - Todo TER tem o mesmo número de membros - Problemas* - Competência: Ex.: Registrar órgãos estaduais e municipais de partidos registrar candidatura de governador/vice, senador, deputado federal, deputado estadual, julgar contas de candidatos registrados Juízes Eleitorais / Juntas Eleitorais 32 CE – Jurisdição de cada zona – Juiz de Direito – 2 anos TER designará Quando existi só 1 juiz? - Competência: Ex.: Alistamento Eleitoral Expedição de Título Julgar Crimes Eleitorais • Salvo competência privativa • Registro de Candidatura de Prefeito / Vice e Vereadores • Dividiu seções Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Juntas 36041 CE 3 ou 5 membros Juiz Estadual – Presidente 2 ou quatro cidadãos escolhidos pelo TER (60 dias) Apuração e Diplomação Alistamento Eleitoral A condição de eleitor, que “corresponde à aquisição da cidadania”, decorre de pressupostos subjetivos (por exemplo, ser brasileiro, acima de 16 anos) e objetivos (formais/documentais). O atendimento do pressuposto objetivo perfaz- se por meio do alistamento eleitoral. O alistamento eleitoral, portanto, é o procedimento administrativo pelo qual o indivíduo, em seu domicílio eleitoral, habilita-se perante a Justiça Eleitoral, passando a adquirir a capacidade eleitoral ativa (jus suffragii) e a integrar o corpo de eleitores. Dá-se por meio da qualificação e da inscrição, com a verificação da presença de “requisitos constitucionais e legais”. Se, para o indivíduo, o alistamento constitui pressuposto objetivo para a aquisição da condição de cidadão, e de sujeito de direitos políticos, para a Justiça Eleitoral, o alistamento possibilita a “organização do eleitorado em todo o território nacional com vistas ao exercício de sufrágio”. Pontos chave: - Aquisição da cidadania - Requisitos subjetivos e objetivos - Procedimentoadministrativo - No domicílio eleitoral - Habita-se perante justiça eleitoral - Capacidade eleitoral ativa Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira - Previsão Art. 14 CF e 42 a §1 CE Tipos de Alistamento 1) Obrigatório: brasileiro alfabetizado com + de 18 anos e – de 70 anos - Art. 91 da lei 9504- nenhum requerimento será recebido dentro de 150 dias antes das eleições - 19 anos ou naturalizado há 1 ano – sujeito a multa valor? + provocação dos direitos políticos (passaporte, cargo público, etc) - Sanção da multa/ situação regra até 150 dias antes da eleição seguinte Analfabeto: quando se alfabetizar – precisa se alistar - Não paga multa se não o fizer Art. 4º, inciso I do CC – incapazes - Ébrios, viciados, pródigos, etc. – obrigatório - Pessoas com limitações físicas – obrigatório. Art 1º, resolução 21920/04 § único: impossível ou muito oneroso - Juiz pode dar quitação com prazo de validade indeterminado - Alistamento de brasileiro residente no exterior - Obrigatório (consulado ou embaixada) Índios integrados – obrigatório - Demais – facultativo 2) Facultativo • Analfabetos • Maiores de 16 anos e menores de 18 anos • Maiores de 70 anos - Alistamento de pessoas com 15 anos -Resolução 21538/2003 e 14371/1994 Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira 3) Alistamento Vedado: Estrangeiros – laço com o Estado Conscritos – Brasileiros chamadas pela seleção em razão do serviço militar obrigatório - Ideias políticas X disciplina 18 anos – conscritos - alistados com 16 anos - resolução 21538/03 – TSE Suspende Domicílio Eleitoral Art. 42 CE- moradia ou habitação - Mesmo sem intenção de ânimo definitivo - Vínculo com a organização política - Art. 71, a, CE – escolha de apenas 1 – pena de cancelamento - Eleitor se responsabiliza pela declaração de domicílio – TER - RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral - Perguntas - Relevância – especialmente municípios pequenos Procedimento • Qualificação – Preenchimento dos requisitos • Inscrição – Registro do Pedido • Deferimento - Juiz: Converteu o feito em diligência – esclarecimento ou comparecimento Art. 49, Resolução 21538/03 Eleitor, partido, MP - Fatos e provas - Ilegibilidade Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Deferimento - Recurso (Delegado de Partido ou MP- 10 dias (art. 17, resolução 21538)) Indeferimento - Recurso Alistado – 5 dias/ Cancelamento 71 CE a) Perda ou suspensão dos Direitos Políticos; b) Não comparecimento 3 eleições, não justificar nem pagar multa c) Falecimento d) Infrações ao domicílio e) Pluralidade de inscrições Recurso administrativo – contraditório/ ampla defesa - MP/ Delegado/ Cidadão/ Ofício *Contestação – 5 dias * Provas – 5 a 10 dias * Decisão * Recurso 3 dias Transferência - Alteração de domicílio - Art. 55 e ss CE - Art. 18 resolução 21538 – imprimir para a prova Requisitos: a) Recebimento do Pedido no cartório do novo domicílio (150 dias) b) 3 meses no novo domicílio c) 1 ano do alistamento de transferência – servidor público removido; família; Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira d) Quitação Eleitoral • Mudança de Zona – Revisão (até resolução 21532) Correção e Revisão do Eleitorado Revisão: Verificação do Eleitorado – domicílio a) Provocada (art. 71, §4 CE) b) De ofício – TSE (art. 92, lei 9504/97) - Resolução 21538 – art. 58 a 76 - Presididas pelo juiz eleitoral – 30 dias - Ampla divulgação - Período – TRE – 3 dias - Cancelamento da inscrição _ sansão inelegibilidades * provocada: denúncia fundamentada de fraude - Correição - Proporção comprometedora * De ofício: a) Transferência: 30% ano anterior b) Eleitorado: dobro 10 e 15 anos + 70 anos c) Eleitorado – 65% superior ao projetado pelo IBGE - Não será feita em ano eleitoral - Excepcionais – TSE Voto em Trânsito - Estímulo a participação política Opção – justificar ausência - Não se aplica as eleições municipais * Capitais + municípios 100 mil eleitores Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira - Comunicação a Justiça eleitoral – 45 dias local Foro da Unidade da Federação – Presidente Registro da Candidatura Após o alistamento, o passo seguinte do processo eleitoral é a convenção partidária, momento e ato no qual se decide sobre a formação de coligação e se escolhem os candidatos a serem apresentados por partidos e coligações. Em seguida, passa-se ao registro dos candidatos escolhidos na convenção, perante órgão da Justiça Eleitoral. Para se proceder ao registro, além do exame de questões burocráticas, como a apresentação de documentos exigidos pela legislação, importa perquirir se aqueles que apresentam seu nome à candidatura preenchem as condições de elegibilidade e não incorrem em causa de inelegibilidade. Alistamento – convenção partidária – registro dos candidatos Convenção Partidária A convenção partidária é a fase do processo eleitoral em que os partidos políticos, na forma prevista no estatuto, reúnem alguns de seus filiados (os chamados convencionais, nos termos do estatuto do partido), a fim de decidir sobre a formação de eventuais coligações com outros partidos e sobre a escolha dos candidatos. Apesar de, muitas vezes, já se estruturar no cenário político uma expectativa quanto às eventuais coligações e aos candidatos a serem apresentados, é apenas a partir da convenção que se pode considerar sua confirmação jurídica, com todos os efeitos daí advindos. Até porque, por mais fortes que sejam as expectativas, somente na votação da convenção a situação se consolida, não se podendo desconsiderar reviravoltas. Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira - partidos políticos – Estatuto (P.J. Direito Privado) - Reunião dos Filiados – Escolha dos candidatos, coligações - Art. 7º e 8º lei 9504/97 - escolha climática - Se não prevista no estatuto = órgão de direção – 180 dias - Prazo para convenções = 20 julho – 5 agosto – encurtamento do prazo Convenções – municipais Regionais Nacionais Coligação (Superpartido) Coligação, também chamada de superpartido pelo Supremo Tribunal Federal, é o ajuste entre partidos com a finalidade de unir forças durante o processo eleitoral em torno de uma ou mais candidaturas. Ajuste entre partidos – união de forças Convenção – diplomação Sigla – nome de expressão (Art. 6º lei 9504) - Coligação – partido político não tem legitimidade para atuar isoladamente - Validade da própria coligação - Verticalização – EC 52/06 - Dentro da mesma circunscrição - majoritárias - proporcionais - amas Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira EC 97/17 – 2020 – sem coligação proporcional Registro da Candidatura Realizada a convenção e tendo o partido feito sua decisão quanto à eventual formação de coligação e o nome de candidatos a apresentar para a Justiça Eleitoral, chega-se ao momento de formulação do pedido de registro de candidatura. - Partido de Registro + Condições de elegibilidade + Ausência de Inelegibilidades + Formalidades Exigidas Pedido de Registro 19h – 15 de agosto do ano das eleições Municipais – juiz eleitoral (35, XII CE) Gerais– TRE (29, I, a CE) Presidenciais – TSE (22,I, a CE) Substituição de Candidatos • Indeferimento de registro de candidato • Cassação de Registro • Expulsão do partido • Renúncia • Falecimento * A qualquer tempo = 10 dias/ 20 dias antes das eleições Segundo turno Art. 77, §4 CF – 3º Colocado Número / nome/ percentual sócios Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Art. 10 lei 9504/97 - Deputado Estadual/ Vereadores – 150% nº de candeiras Deputado Federal - Exceção * Câmara dos deputados não exceder 12 – partido ou coligação – 200% • Municípios até 100 mil eleitores - Coligação – 200% Art. 12 Lei 9504 – nome completo / associações - Atentado ao pudor/ ridículo - Cada sexo: Máximo 70% Mínimo 30% Candidato com registro sub judicia - Efetuar atos de campanha por conta e risco - Validade dos votos: deferimento do registro - Indeferimento: votos não são considerados válidos Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Condições de elegibilidade diferente de causas de inelegibilidade - CF 14§3 -Rol taxativo – Lei ordinária – detalhar a) nacionalidade brasileira - Momento do registro Nato ou naturalizado + português (art. 12 §1 CF) Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira - Art. 12 CF - Presidente - Vice - Presidente Câmara - Presidente Senado - Ministro SF - Carreiras diplomáticas 3 anos de residência habitual Pleno Exercício dos Direitos Políticos - No momento do registro - Cancelamento de naturalização - Incapacidade civil absoluta - Sentença + Trânsito - Descumprimento de obrigação a todos imposta - Impossibilidade - Alistamento * - Conscritos e estrangeiros - Data da eleição ( Art. 9ª, Lei 9504) - Domicílio Eleitoral - 6 meses (art. 9º, Lei 9504 - data da eleição - filiação partidária - data da eleição (art. 9, Lei 9504) - partido pode aumentar (art. 20, Lei 9096/95) Candidatura avulsa? Pacto San José da costa rica – critérios limitadores dos direitos políticos Idade mínima - Data da posse - 18 anos – registro Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira - Presidente, Vice, Senador = 35 anos - Governador, Vice = 30 anos - Deputado Estadual/ Federal, Prefeito, Vice= 21 anos - Vereador= 18 anos Elegibilidade Militar/ Ministério Público Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira MAPAS MENTAIS Pressupostos: Democracia: Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira VOTO, SUFRÁGIO E ESCRUTÍNIO: DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: DEMOCRACIA PARTICIPATIVA Iniciativa popular: Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Plebiscito e Referendo: AQUISIÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS: REQUISITOS PARA ELEGIBILIDADE REQUISITOS DE ELEGIBILIDADE HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADE são disciplinados na Constituição e em leis ordinárias são disciplinados na Constituição e em leis complementares decorrem de atos lícitos praticados pelos interessados em regra, decorrem da prática de atos ilícitos permitem que o interessado concorra a cargos políticos vedam a possibilidade de o interessado concorrer validamente a um cargo público eletivo denominados requisitos positivos denominados de requisitos negativos CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira INELEGIBILIDADE Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira PERDA/ SUSPENSÃO E CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS PARTIDOS 1 ª • constituição civil enquanto pessoa jurídica 2 º • registro do estatuto no TSE Resumo Direito Eleitoral por Caio Emanuel Silveira EM RELAÇÃO AOS PARTIDOS POLÍTICOS É LIVRE A criação fusão incorporação extinção RESGUARDADOS A soberania nacional regime democrático pluripartidarismo direitos fundamentais da pessoa humana PRECEITOS caráter nacional proibição de recursos e subordinação estrangeira prestação de contas funcionamento parlamentar VERTICALIZAÇÃO PARTIDÁRIA NÃO existe a obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas de âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal para a formação de coligações.
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