Buscar

conceito de design - Daniel Quintana Sperb

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1 Conceitos de Design – Daniel Quintana Sperb 
 
CONCEITOS DE DESIGN 
Antes de entrarmos em por menores sobre as definições de design, achei interessante refletirmos 
sobre esta classif icação de significados proposta por Frank Spiller, embora simplória, uma abordagem 
ousada e objetiva. Frank Spiller apresenta quatro classificações de Design, quanto aos significados, fazendo uma 
analogia com mente, coração, corpo e abordagens: 
 
Design para a Mente - design que impacta nos processos cognitivos, incluindo interpretação e entendimento da experiência (Design 
da Interface do usuário, Arquitetura da informação e Design da interação). 
 
Design para o Coração - design que impacta nos processos sensoriais, incluindo sentimentos e qualidades afetivas ou emocionais da 
experiência (Design gráfico, Design interativo e Design emocional). 
 
Design para o Corpo - design que impacta nos processos antropomórficos, incluindo o contexto social e físico da experiência (Design 
industrial). 
 
Abordagens/Metodologias Holísticas - Design centrado no usuário, Design da experiência do usuário, Design da experiência. 
 
Definições de Design 
Segundo Amstel, Design é um desses termos que vem alargando seu significado progressivamente nas 
últimas décadas. Hoje, estratégia de negócios é design, organização de informações é design, decorar 
ambientes é design, cortar cabelo é design... tudo virou design! 
 
Ao invés de tentar conter o alargamento e censurar a uti lização do termo “design” para qualquer 
coisa que não seja um projeto profissional, acho mais interessante tentar entender porque outras 
pessoas estão se apropriando do termo e o que elas querem dizer com ele. 
O termo “design” pode ser usado em, pelo menos, três sentidos: um processo específico de projeto, 
o resultado do processo e um conhecimento sobre o processo. 
 
No mercado de produtos industrial izados, design é utilizado como um atributo. O produto que tem 
design é um produto diferenciado, de qualidade, especial. A qualidade enfatizada se restringe ao 
nível formal do produto: ou é um design moderno - denotando uma referência estética específica, ou 
é um design ergonômico – denotando uma forma que proporciona melhor conforto ao corpo humano. 
Especificações técnicas e praticidade de uso são colocados como equivalentes ao termo design, ou 
seja, o processo de design é desconhecido. 
 
 
 
 
2 Conceitos de Design – Daniel Quintana Sperb 
 
Nos serviços, a noção é um pouco mais abrangente. O resultado não é por acaso; ele é fruto de um 
processo específico que o anteviu e procurou controlar. 
Por isso, são considerados aspectos que interferem no resultado, mas que estão além dos atributos 
do produto, como as culturas, as normas sociais, as referências estéticas, as linguagens e etc. A 
partir do conhecimento sobre a situação, são criadas propostas para a mudança da situação no 
sentido almejado. Design é visto, portanto, como meio para atingir um fim. 
 
Porém, existe algo além da abordagem instrumental para o design. Design também é uma forma 
particular de ver o mundo. A sociedade em que vivemos só é possível pela mediação que os artefatos 
proporcionam entre as pessoas. 
O ambiente é projetado, os objetos são projetados, as idéias são projetadas, a vida é projetada, tudo 
é projetado. Visto assim, podemos tratar tudo como projeto e aplicar as competências do design para 
recriar o mundo. Segundo Victor Lombardi, são característ icas do design: 1) a colaboração com 
múltiplos interessados no projeto; 2) a criação de novas possibi lidades através do método abdutivo 
(tentativa e erro); 3) a experimentação crít ica com protótipos; 4) a atenção para a particularidade; 5) 
a percepção dos sistemas sócio-técnicos; 6) a interpretação da situação através de um ponto de vista 
pró-ativo. Sendo assim, design não é só processo, mas também estratégia, polít ica e metodologia. 
 
Se as pessoas dizem que design é tudo isso, porque dizer que design é menos do que isso? Porque 
restringir a um tipo específico de design, se podemos perceber similitudes entre tais diferentes 
interpretações do termo? Talvez o termo “design” esteja se alargando porque o próprio Design como 
área do conhecimento humano esteja também se alargando. A presença do design na sociedade está 
sendo cada vez mais percebida e repensada por outras áreas; design está sendo visto como uma das 
poucas áreas capazes de lidar com a complexidade da vida moderna; a unidade na diversidade de 
fundamentos que al icerçam o design tornam-o plenamente inclusivo e ao mesmo tempo coerente. 
Precisamos, portanto, de uma definição elástica de design; tão abrangente e, ao mesmo tempo, 
específica como a definição do concreto em Karl Marx. Design é - ou pode ser - a síntese das múltiplas 
definições de design. Fonte: Frederick van Amstel – Portal Usabi l idoido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Conceitos de Design – Daniel Quintana Sperb 
 
 
O quadro abaixo representa alguns conceitos de design registrados por alguns autores, administradores, políticos e 
empresários. 
Conceitos de Design Fonte 
O designer é o profissional capacitado a aumentar a competitividade das empresas, 
criando nichos próprios e definindo, por meio de soluções que visem a funcionalidade, 
qualidade, segurança, conforto e imagem diferenciada de produtos e serviços. 
Marcelo Alencar 
Design é um processo criativo que soma raciocínio e intuição. Sottsass, E. 1979 
Design é a parte mais importante da inovação, o momento quando um novo objeto é 
imaginado, esquematizado e ganha forma. 
Aubert (1982) Apud Walsh, V. 1996 
O Design é um processo interdisciplinar, que pode envolver engenheiros e arquitetos, 
designers industriais e gráficos, incluindo também um trabalho conjunto com os setores de 
pesquisa, marketing e fabricação, cujos interesses devem ser conciliados. 
Lawrence, P. 1991 
Design é um processo criativo de definição e solução dos atributos de um produto, serviço 
de forma a atender as necessidades de seus usuários. Tal processo é fundamentalmente 
baseado em fatores tecnológicos e funcionais. 
Juran, 1992 
Design é um processo de tomada de decisões realizado de forma interativa e sob incerteza, 
no qual é obtida a especificação de um artefato que possibilita sua produção. 
Miles & Moore, 1994 
O Design descreve o processo de seleção de formas, materiais e cores para estabelecer a 
forma de alguma coisa a ser feita. O objeto pode ser uma cidade ou vila, um prédio, um 
veículo, uma ferramenta ou qualquer outro objeto, um livro, uma propaganda ou um 
cenário. O Design é uma atividade que forma uma parte importante da realidade conforme 
a experimentamos. 
Pile Apud Manu, A., 1995 
Design não é uma arte ou uma ciência, um fenômeno sócio-cultural ou uma ferramenta de 
trabalho. É um processo inovador que usa informação e conhecimento de todas estas áreas 
do conhecimento. 
Boutin, A. & Davis, Apud Manu, A., 
1995 
Significa tantas coisas diferentes: um processo um meio para promover as vendas e um 
estágio na linha de produção. Ele realça produtos e os vende; resolve problemas e os 
converte em idéias; é artístico e comercial, intelectual e físico. Esta qualidade multifária, ou 
ambigüidade, é algo com o que precisamos aprender a viver, como um fato historicamente 
indiscutível. 
Huygen, F., Apud Manu, A, 1995 
 
4 Conceitosde Design – Daniel Quintana Sperb 
 
Denomina-se design qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, 
concepção, elaboração e especificação de um artefato. Esse processo normalmente é 
orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema. Exemplos de 
coisas que se podem projetar incluem muitos tipos de objetos, como utensílios domésticos, 
vestimentas, máquinas, ambientes, e também imagens, como em peças gráficas, famílias 
de letras, livros e interfaces digitais de softwares ou de páginas da internet, entre outros. 
Design é também a profissão que projeta os artefatos. Existem diversas especializações, de 
acordo com o tipo de coisa a projetar. Atualmente as mais comuns são o design de 
produto, design visual, design de moda e o design de interiores. O profissional que trabalha 
na área de design é chamado de designer. Finalmente, o design pode ser também uma 
qualidade daquilo que foi projetado. O termo deriva, originalmente, de designare, palavra 
em latim, sendo mais tarde adaptado para o inglês design. Houve uma série de tentativas 
de tradução do termo, mas os possíveis nomes como projética industrial que acabaram em 
desuso. 
Wikipédia, A Enciclopédia Livre. 
 
Design é, antes de tudo, um método criador, integrador e horizontal. O designer 
tem uma abordagem e uma experiência multidisciplinares. Ele é o especialista de 
um trabalho específico para a análise e para a resolução de problemas ligados ao 
desenvolvimento de um novo produto. Embora não domine a universalidade das 
competências da vida socioeconômica, quanto mais está por dentro das 
diferentes facetas dessa vida, mais conhece suas evoluções, suas potencialidades 
e melhor é a qualidade dos resultados que pode oferecer. Freqüentemente, este 
designer é visto como um “artista” que faz belos artefatos, mas esta visão de 
design limitado à linguagem estética é muito redutora. Se não é o caso de criar 
um objeto sem dar grande atenção a sua beleza, é preciso que o aspecto deste 
objeto comunique alguma mensagem, permitindo ao comprador identificar as 
características e as qualidades do que ele adquire, em função dos seus próprios 
desejos e aspirações. 
Schulmann (1994), 
Design como a atividade intelectual de projetação com características multidisciplinar e 
interdisciplinar. O design consiste na concepção de produtos como forma de resolução de 
problemas técnicos, ergonômicos, sociais, mercadológicos e produtivos. O produto do 
design visa atender as necessidades do homem, e o meio de expressão do designer é a 
forma, ou seja, aquilo que transmite ou constitui informação. Possui 2 habilitações. A 
primeira, projeto de produto, trabalha com os aspectos tridimensionais do produto, 
interação visual, tátil, função de uso, operação e compreende as atividades ligadas ao 
desenvolvimento de produtos industriais nas áreas de bens de capital. A segunda, 
programação visual, trabalha com os aspectos bidimensionais do produto, interação visual 
e perceptiva, visando o desenvolvimento de elementos de informação visual em mídia 
impressa, digital e eletrônica. 
Hiratsuka (1996) 
 
5 Conceitos de Design – Daniel Quintana Sperb 
 
A origem imediata da palavra “design” está na língua inglesa, referindo-se tanto à idéia de 
plano, desígnio, intenção quanto à de configuração, arranjo, estrutura (e não apenas de 
objetos de fabricação humana). A origem mais remota do termo “design” está no latim 
designare, verbo que abrange os sentidos de designar e de desenhar. 
Denis (2000) 
Quadro 1 – Conceitos em Design apresentados por autores em administração, empresários e políticos. (SCHIAVO apud MARTINS, 2008). Adaptado 
por Daniel Quintana Sperb 
 
O problema etimológico 
Em inglês, a palavra design pode ser usada tanto como um substantivo quanto como um verbo. O verbo refere-se a um 
processo de dar origem e então desenvolver um projeto de algo, que pode requerer muitas horas de trabalho 
intelectual, modelagem, ajustes interativos e mesmo processos de re-design. O substantivo se aplica tanto ao produto 
finalizado da ação (ou seja, o produto de design em si), ou o resultado de se seguir o plano de ação, assim como 
também ao projeto de uma forma geral. 
O termo inglês é bastante abrangente, mas quando os profissionais o absorveram para o português, queriam designar 
somente a prática profissional do design. Era preciso, então, diferenciar design de drawing (ou seja, o projeto diferente 
do desenho), enfatizando que a profissão envolvia mais do que a mera representação das coisas projetadas. Na língua 
espanhola também existe essa distinção: existem as palavras diseño (que se refere ao design) e dibujo (que se refere ao 
desenho). 
Estudos etimológicos de Luis Vidal Negreiros Gomes indicam que também no português existiam essas nuances de 
significado, com as palavras debuxo, esboço e outras significando o mesmo que debujo e desenho comportanto toda a 
riqueza de significados do diseño. O arquiteto brasileiro João Batista Vilanova Artigas, em um ensaio intitulado O 
desenho, faz referências ao uso durante o período colonial da palavra desenho com significado de desejo ou plano. 
Na Bauhaus, adotou-se a palavra Gestaltung, que significa o ato de praticar a gestalt, ou seja, lidar com as formas, ou 
formatação. Quando traduzida para o inglês, adotou-se "design", já usada para se referir a "projetos". 
 
No Brasil, com a implementação do primeiro curso superior de design, por volta da década de 50, adotou-se a 
expressão "desenho industrial", pois à época era proibido o uso de palavras estrangeiras para designar cursos em 
universidades nacionais. O nome "desenho industrial" foi assim pensado porque refere-se à prática de desenhar, 
esboçar e projetar algo que será reproduzido posteriormente em escala industrial. A disputa por uma nomenclatura 
para a profissão se estendeu por décadas. Atualmente tanto a legislação do MEC para cursos superiores, quanto várias 
associações profissionais usam o termo design, por entenderem que este sintetize melhor a essência da prática 
profissional, além se ser uma palavra menor e que já faz parte do saber popular. 
 
Contudo, no Brasil, a nomenclatura "desenho industrial" mantém-se em uso atualmente, sobretudo entre os cursos de 
design em instituições públicas de ensino superior. Porém o termo "desenhista industrial", já não segue o mesmo rumo, 
pois cada vez mais cai no desuso, dando lugar ao termo inglês "designer". 
 
 
6 Conceitos de Design – Daniel Quintana Sperb 
 
O já citado Vilanova Artigas tentou resolver a questão propondo a palavra desígnio como sendo a tradução correta de 
design, pois dessa forma, este apresentaria diferenças do simples "desenho". Apesar de ser desenho, o design possuiria 
algo mais: uma intenção (ou desígnio). Entretanto, apesar das pesquisas realizadas pelo arquiteto, sua proposta não foi 
adotada. Porém, Artigas considera legítimo também o uso da palavra "desenho" como tradução de design, devido ao 
seu contexto histórico: Artigas explora os significados da palavra desenho e vai até o Renascimento, quando o desenho 
possuía um conteúdo mais abrangente que o mero ato de rabiscar. 
Outra proposta de nomenclatura era o neologismo projética, proposto por Houaiss, que também não foi adotada. 
Fonte: Wikipédia, A Enciclopédia Livre. 
 
O uso da palavra em outros contextos 
Na filosofia o substantivo abstrato design refere-se a objetividade, propósito, ou teleologia. O conceito é bastante 
moderno, e se interpõe entre idéias clássicas de sujeito e objeto. O design é então oposto a criação arbitrária,sem 
objetivo ou de baixa complexidade. 
 
Recentemente o termo passou a ser empregado em discussões religiosas, quando foi proposta uma lei que obrigaria as 
escolas americanas a apresentar o argumento do design inteligente como uma alternativa à teoria da seleção natural 
de Darwin. O argumento sustenta que alguns aspectos do universo e da vida são complexos demais ou perfeitos demais 
para se originarem sem uma inteligência criadora. 
 
No Brasil, os desenhos industriais tem a proteção regulamentada na Lei 9.270/96 mais precisamente no art. 94. É 
importante ressaltar que deve ser um resultado visual novo para que tenha a referida proteção na legislação brasileira. 
Fonte: Wikipédia, A Enciclopédia Livre.

Continue navegando