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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Saneamento Básico, Hidrologia e Drenagem Urbana Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Nilza Maria Coradi de Araújo Prof.ª Maria Clara Telles Caggiano Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Introdução; • Saneamento e Saúde; • Doenças de Transmissão Hídrica; • Doenças de Origem Hídrica; • Medidas de Proteção; • Sistema de Abastecimento de Água. Fonte: iStock/Getty Im ages Objetivos • Apresentar noções gerais do Saneamento do Meio e conceituar mostrando a importân- cia do Saneamento Básico; • Estudar todas as partes que envolvem o Sistema de Abastecimento de Água. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Saneamento e Saúde, Doenças de veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Contextualização Através do estudo desta unidade você vai sentir a importância e a necessidade do Saneamento Básico para a vida humana e preservação do meio ambiente. Antes de começar, analise as notícias, a seguir, a respeito do tema. “Vergonha básica” No ritmo atual, o Brasil só conseguirá oferecer água potável e tratamento de esgoto a todos os brasileiros na metade do século XXI. Fonte: Adaptado de Revista Veja (Por Otto von Sothen) <https://goo.gl/oVMm1M> “Dia Mundial da Água: cada vez mais escassa” A má gestão e o descuido são a causa da crise hídrica e da imundície dos oceanos. Mas ainda há tempo para uma reversão. A escassez do líquido da vida já é uma realidade. 844 milhões de pessoas no mundo não têm água potável. Parte do globo vive essa falta no dia a dia, enquanto a outra tem a preciosidade ao seu dispor. O impasse poderá intensificar as mudanças no clima, os conflitos sociais e gerar custos à população. A boa notícia é que há tempo para mudar. Distribuição desigual, desmatamento, lixo descartado sem cuidado e descaso sãs as causas. Mesmo locais acostumados à abundância, como aqui no Brasil, começaram a suar com os efeitos do des- caso. O país é a nação mais alagada da Terra, mas é também um péssimo exemplo no trato com o bem. A água doce, de rios e lagos, vem sendo afogada ao se tornar depósito de toneladas de lixo e esgoto, o que coloca em risco a saúde de milhares de pessoas sem acesso a saneamento básico. Fonte: Adaptado de Revista Veja (Publicado em 22 mar 2018, 17h38) <https://goo.gl/9CizVZ> “Cidades do Brasil dão exemplo em saneamento básico” Mesmo com muito a ser feito no país, administrações locais mostram avanços em serviços de água e esgoto, no caso de Franca, no interior de São Paulo, é um desses exemplos. Com pouco mais de 300 mil habitantes, ela ocupa há quatro anos a primeira colocação do Ranking do Sa- neamento das 100 Maiores Cidades, elaborado anualmente pelo Instituto Trata Brasil, que avalia a evolução dos indicadores nos maiores municípios do país. Além disso, ela ficou em 5º lugar no Ranking da Universalização do Saneamento, elaborado em 2017 pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), com base em números de 231 cidades brasileiras. Nos últimos anos, Franca praticamente universalizou o fornecimento de água, assim como a co- leta e o tratamento de esgoto. Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), os investimentos na cidade foram de R$ 300 milhões desde 2012, principalmente nas obras do Sistema Sapucaí, novo sistema local de produção de água. Mas, para a empresa, os investimentos não explicam sozinhos a boa situação do saneamento bá- sico de Franca. A Sabesp os vê como reflexo de políticas de longo prazo adotadas por diferentes administrações, que priorizaram planejamento e gestão. 6 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 7 “Esses fatores, aliados a equipes permanentemente treinadas e comprometidas em melhorar a qualidade de vida das pessoas e as condições ambientais, têm possibilitado manter os excelentes indicadores de saneamento em Franca ao longo dos anos”, afirma o superintendente da Sabesp para a região, Gilson Santos de Mendonça. Um resultado direto desses números está na saúde da população. Franca teve 460 internações por doenças diarreicas entre 2007 e 2015, enquanto Ananindeua (PA), a pior colocada no ranking do Trata Brasil, teve 36.473 (um número 79 vezes maior). Exemplo no Triângulo Mineiro A menos de 300 km de Franca fica Uberlândia, uma das cidades mais importantes do Triângulo Mineiro, com mais de 600 mil habitantes. Lá, o índice de coleta de esgoto é de 97,23%, sendo que todo ele é tratado. Já o abastecimento de água chega a 100% da população. As perdas na distribuição caíram, segundo o Instituto Trata Brasil, de 28,4% em 2016 para 25,54% em 2017. O DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) é responsável pelo saneamento básico em Uberlândia. De acordo com a empresa, um dos fatores que levam a esses resultados é o planeja- mento de longo prazo. Uma das suas principais obras hoje é a conclusão da estação de captação e tratamento de água Capim Branco. Quando pronta, ela terá capacidade de atender 3 milhões de pessoas, mesmo que a cidade tenha hoje pouco mais de 20% dessa população. De acordo com a empresa, R$ 385 milhões foram investidos em água e esgoto em Uberlândia entre 2005 e 2017. Sucesso na região Norte Das regiões do Brasil, o Norte tem os piores índices de atendimento em saneamento básico. Em 2015, a água tratada chegava a 56,9% da população, enquanto a coleta de esgoto alcançava 16,42% e o tratamento de esgoto apenas 8,66%. No entanto, uma cidade da região se destaca pelos avanços no setor: é Palmas, no Tocantins, a capital mais jovem do país. Lá, o fornecimen- to de água foi praticamente universalizado (atinge 99,99% da população). Já a coleta de esgoto chega a 92% moradores, sendo que todo ele é tratado. Fonte: Adaptado de G1 -02/02/2018 15h40 - Atualizado 05/02/2018 15h35 <https://goo.gl/o8UrYN> 7 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADESaneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Introdução Ao longo da nossa História, os povos sempre se instalaram próximos aos cursos d’água ou rios para poderem matar sua sede, desenvolver a agricultura para o alimento e criar animais para sua subsistência. Na História do Antigo Egito já havia iniciado obras de controle de cheias (do fluxo de água) do rio Nilo, com a projeção dos níveis de água durante os períodos anuais, sistema de irrigação, construção de diques e a utilização de tubos de cobre no palácio real do faraó Quéops. Na História da Grécia também existiu medidas sanitárias, como o tratado de Hipócrates “Ares, Águas e Lugares”, que informava aos médicos sobre a relação entre o ambiente e a saúde. Os Filósofos como Platão e Aristóteles se preocupa- vam com a qualidade da água e com medidas sanitárias. No Império Romano também foi desenvolvido um sistema de abastecimento de água, o aqueduto Aqua Appia, com cerca de 17km de extensão, em 312 a.C., e foi a primeira grande civilização a cuidar especificamente do saneamento, criando diversos outros grandes aquedutos, reservató- rios, grandes termas, banheiros públicos, chafarizes e nomeando Sextus Julius Frontinus como Superintendente de Águas de Roma. Porém, durante a Idade Média, a falta de hábitos higiênicos se agravou com o êxodo rural, aumentando a população e o crescimento desordenado das cidades sem infraestru- tura, o que desencadeou vários problemas de saúde pública e meio ambiente, as cidades ficaram imundas gerando o aparecimento da Peste Negra. Este crescimento desordenado da população urbana, a concentração e o aumento de indivíduos por metro quadrado é um problema que enfrentamos atualmente nos grandes centros urbanos, pois sem infraestrutura para atender a demanda, gerou-se muitos pro- blemas ambientais, tais como o aparecimento de doenças de veiculação hídrica e outros vetores, além da falta de água, devido principalmente à carência de Saneamento Básico. No Brasil, início do século XX, até a década de 1930, houve o incremento do siste- ma de abastecimento de água e o desenvolvimento de tecnologias para tratamento de esgotos. Destaca-se ainda o Engenheiro Saturnino de Brito, considerado o Patrono da Engenharia Sanitária e Ambiental no Brasil, que se destacou com a criação, em 1907, dos canais de drenagem de Santos para evitar a proliferação de insetos nas áreas alaga- das, que funcionam ainda hoje. Entre as décadas de 1930 e 1940, foi elaborado o Código das Águas, o primeiro ins- trumento de controle de uso dos recursos hídricos, a partir dessa época foram aprimo- radas tecnologias de tratamento e identificação de parâmetros de controle de qualidade de água e esgoto. 8 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 9 Apesar de alguns países da Europa, Estados Unidos e Ásia já terem uma preocupação com o meio ambiente e uma visão de Desenvolvimento Sustentável desde da década de 70, no Brasil, somente na década de 1990 e começo do século XXI, deu-se maior atenção ao tema Desenvolvimento Sustentável e a preocupação com o meio ambiente. De acordo com o Relatório Brundtland, desenvolvimento sustentável refere-se “procurar satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades; significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico, de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”. A preocupação com saneamento, ao longo da história, esteve quase sempre relacio- nada à transmissão de doenças. Entretanto, o crescimento acelerado da população mun- dial e do parque industrial, o consumo excessivo e consequente aumento na produção de resíduos, o descarte irresponsável desses resíduos no meio ambiente, têm levado a uma preocupação mais abrangente: a escassez dos recursos naturais. Pode-se construir um mundo em que o homem aprenda a conviver com seu hábitat numa relação harmônica e equilibrada, que permita garantir alimentos a todos sem transformar as áreas agricultáveis em futuros desertos. Para isso, é necessário que se construa um novo modelo de desenvolvimento em que se harmonizem a melhoria da qualidade de vida das populações, a preservação do meio ambiente e a busca de soluções criativas para atender aos anseios de cidadãos de ter acesso a certos confortos da sociedade moderna. Saneamento e Saúde Desde a antiguidade, o homem aprendeu, por experiência própria, que a água suja e o acúmulo de lixo transmitem doenças e que é preciso adotar medidas para dispor de água limpa e livrar-se dos detritos. Assim, iniciou-se a ideia do saneamento básico. Mas o que é Saneamento? Saneamento é o ato ou efeito de sanear, quer dizer: tornar são, saudável, ou seja, criar meios para manter a saúde. Então, equivale à saúde. O saneamento vai impedir que qualquer fator desarmonize o meio, afete a saúde do homem e desequilibre os ecossiste- mas. Portanto, o saneamento previne as doenças e promove a saúde. 9 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água A palavra “sanear” vem do latim sanu, que significa tornar saudável, habitável, higie- nizar e limpar. “Saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exer- cem ou podem exercer efeitos nocivos ao homem, prejudicando o seu bem-estar físico, mental ou social” (Organização Mundial da Saúde). “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (Organização Mundial da Saúde). As atividades que englobam o Saneamento do Meio, são: • Sistema de Abastecimento de água; • Sistema de Coleta e tratamento de águas residuárias; • Sistema de limpeza pública; • Sistema de drenagem urbana; • Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destino final dos resíduos sólidos (lixo); • Controle da poluição ambiental (água, ar, solo, acústica e visual); • Saneamento dos alimentos; • Controle de artrópodes e de roedores de importância em saúde pública; • Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação, de recreação e dos hospitais; • Saneamento e planejamento territorial e dos meios de transporte; • Saneamento em situação de emergência; • Aspectos diversos de interesse no saneamento do meio (cemitérios, aeroportos, ventilação, iluminação, insolação etc.). Constituem os Sistemas do Saneamento Básico: • O Sistema de Abastecimento de Água; • O Sistema de Água Residuárias; • O Sistema de Limpeza Urbana; • O Sistema de Drenagem Urbana. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drena- gem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. 10 user Destacaruser Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 11 A importância sanitária do Saneamento Básico traz um resultado rápido na saúde e na qualidade de vida, ocasionando a melhoria do equilíbrio dos ecossistemas, conser- vação da flora e da fauna e a proteção dos recursos hídricos. Promove a educação de hábitos higiênicos e da limpeza pública, o aumento da vida média da população servida, em uma diminuição dos índices de mortalidade em geral e em particular da infantil. Além disso, verifica-se a redução de horas perdidas pelo trabalhador com doenças relativas a falta de saneamento básico e garante a produção para as indústrias que utilizam a água como matéria prima. Doenças de Transmissão Hídrica A água pode ser um veículo de transmissão de doenças notadamente do aparelho intestinal quando há presença de microrganismos patogênicos responsáveis por deter- minadas doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), grande parte de todas as doenças que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes da água de má qualidade. A água contaminada pode prejudicar a saúde das pessoas através das seguintes situações: • através da ingestão direta; • na ingestão de alimentos; • pelo seu uso na higiene pessoal; • no lazer; • na agricultura e na indústria. Os microrganismos patogênicos dão origem as doenças de transmissão hídrica oca- sionadas por: • Bactérias: febre tifoide, febres paratifoides, disenteria bacilar, cólera; • Protozoários: amebíase ou disenteria amebiana; • Vermes (helmintos) e larvas: esquistossomíase; • Vírus: hepatite infecciosa e poliomielite. As principais doenças causadas por veiculação hídrica dividem-se por tipo de transmissão: • Transmissão direta por meio da água: ocorre geralmente em regiões desprovidas de serviços de saneamento, provocando as seguintes doenças: cólera, febre tifoide, febre paratifoide, disenteria bacilar, amebíase ou disenteria amebiana, hepatite in- fecciosa e poliomielite; • Transmissão indireta por meio da água: esquistossomose, fluorose, malária, fe- bre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infecção dos olhos, ouvidos, garganta e nariz. 11 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água As doenças relacionadas com a água podem ser agrupadas conforme a tabela a seguir. Tabela 1 − Doenças de Veiculação Hídrica Transmissão Doença Agente Patogênico Formas de Prevenção Pela água Cólera Vibio cholerae Implantar sistema de abastecimento de água; melhorar as moradias e as instalações sanitárias Febre Tifóide Salmonella Typhi Leptospirose Leptospira interrogans Giardiase Giardia Lamblia Amebíase Entamoeba Histolytica Hepatite infecciosa Hepatite virus A Diarreia aguda Balatidium coli, Cryptoporidium, Baccilus cereus, S. aureus, Campylobacter, E.coli entorotoxogênia e Shigella, Yersinia entericilítica, Astrovirus, Calicivirus, Norwalk, Rotavirus A e B Proteção dos mananciais Pela falta da água Escabiose Pediculose (piolho) Sarcoptes scabiei Pediculus humanus Implantar sistema de esgotamento sanitário Tarcoma Conjuntivite bacteriana aguda Clamydia Trachoma Haemophilus Agyptius Instalar abastecimento de água e instalações prediais no domicílio Salmonelose Tricuríase Salmonella Typhimurium Tricuris Trichiura Executar melhorias sanitárias domiciliares coletivas Entrobíase Ancilostomíase Ascaridíase Enterobius vermiculares Ancylostoma duodenale Ascaris lumbricoides Instalar reservatório de água adequado com limpeza sistemática Por vetores que se relacionam com a água Malária Plasmodium vivax, P. malarie e P. falciparum Eliminar o aparecimento de criadouros com inspeção sistemática e medidas de controle (drenagem, aterro e outros)Dengue Grupo B dos arbovírus Febre Amarela Filariose RNA vírus Wuchereria bancrofti Dar destinação final adequada aos resíduos sólidos Associado à àgua Esquistossomose Schistosoma mansoni Controle de vetores e hospedeiros intermediários Fonte: Adaptado de JR. PHILIPPI, Arlindo et al (2005) Doenças de Origem Hídrica Existem contaminantes tóxicos que podem ser encontrados nos sistemas públicos de abastecimento de água. • Contaminantes naturais de uma água que esteve em contato com formações mine- rais venenosas, como por exemplo: o flúor, o selênio, o arsênio e o boro; 12 user Destacar user Destacar user Destacar 13 • Contaminantes naturais de uma água na qual se desenvolveram determinadas colô- nias de microrganismos venenosos, como certos tipos de algas que são encontradas nos mananciais; • Contaminantes introduzidos na água em virtude de certas obras hidráulicas defei- tuosas (principalmente tubos metálicos) ou práticas inadequadas no tratamento de água. Como por exemplo: pela corrosão de tubulações metálicas, tratamento de água empregando-se o Sulfato de Alumínio, Cal, Cloro e Flúor; • Contaminantes introduzidos nos mananciais por certos despejos industriais, por esta razão é de grande importância o controle dos despejos industriais; • Contaminantes introduzidos nos mananciais pelo uso de pesticidas largamente em- pregado no combate às pragas da agricultura e aos vetores de doenças humanas e de animais; • Esgotos sanitários lançados nas sarjetas, contaminando córregos e cursos d´água com substâncias como detergentes, matéria orgânica que alteram o balanço de oxigênio dos cursos d’água, favorecendo a eutrofização, além de outras alterações químicas; • Os poluentes carregados pelas chuvas que são introduzidos nos cursos d’água. Medidas de Proteção Todas as medidas de proteção para impedir a contaminação da água por algum agente transmissor de doença são feitas após a elaboração de Planejamento e Projetos de Sistemas de Abastecimento de água e Sistemas de Coleta e Tratamento de águas Re- siduárias da Região, sendo que a eficiência poderá ser comprometida caso as obras se- jam parcialmente implantadas, pois os Sistemas estão inter-relacionados. Por exemplo, a ausência de sistema de tratamento de efluentes poderá resultar na contaminação do manancial da cidade e, portanto, inviabilizar ou encarecer o sistema de abastecimento de água. Assim, a prática sugere que o processo de planejamento da região a ser atendida deve considerar as modificações e buscar alternativas de mitigação, atuando de forma integrada, no que se refere as atividades de saneamento do meio, tendo como base ter- ritorial a bacia hidrográfica. Entretanto, na prática é comum a implantação de sistema de abastecimento de água sem a implantação de rede coletora e sistema de tratamento de efluentes, que se traduz em um aumento na taxa de consumo de água de uma comunidade e um extravasamento das fossas negras e, em geral, lançamento nas sarjetas, dentre outros problemas decor- rentes. Um benefício à saúde pública, que é o abastecimento de água potável, mas na ausência da implantação conjunta e concomitante do esgotamento sanitário, acarreta a contaminação e a possibilidade de doenças por veiculação hídrica. O sistema de limpezaurbana deverá considerar, também, os resíduos sólidos gerados nos processos de tratamento de água para abastecimento e de águas residuárias. 13 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Sistema de Abastecimento de Água A água possui inúmeros usos, alguns diretamente ligados com a saúde humana: • água utilizada para higiene, rega de hortaliças, preparação de alimentos, fabricação de bebidas e alimentos, atividades recreativas, usos comerciais e para fabricação de produtos e para o consumo humano. Ressalta-se que atualmente é um grande desafio garantir a qualidade e a quantida- de suficiente de água para atender e garantir a saúde humana e prevenir as doenças. A utilização da água para abastecimento da população deve ter prioridade sobre os de- mais usos dos recursos hídricos. Do ponto de vista operacional, o abastecimento de água pode ser considerado um processo que faz parte do Ciclo do Abastecimento de água e Esgotamento Sanitário. Esse ciclo compreende um conjunto de atividades inter-relacionadas que têm início na Gestão dos Recursos Hídricos para preservação dos mananciais. Ciclo do Abastecimento e Esgotamento Sanitário A água bruta captada é transportada do manancial até a Estação de Tratamento de água (ETA) por uma Adutora de água Bruta (AAB). MANANCIAL RESERVAÇÃO REUSO BIOSÓLIDO BIOGÁS TRATAMENTO DE ÁGUA TRATAMENTO DE ESGOTO REDE DE DISTRIDUIÇÃO COLETA DE ESGOTOS AFASTAMENTO Figura 1 Após o processo de tratamento, a água é transportada, por meio de tubulação de- nominada Adutora de Água Tratada (AAT), até os reservatórios localizados em pontos estratégicos do sistema de abastecimento. A partir desses reservatórios ocorre a dis- tribuição da água tratada por meio de tubulações que formam verdadeiras redes. Para operação eficiente do sistema de distribuição, as redes são divididas em zonas de pres- são. Cada zona de pressão é constituída por equipamentos especiais que permitem a operação do sistema de abastecimento de maneira independente, mantendo as pressões mínimas necessárias para que a água chegue até as moradias. Estima-se que 80% da água de abastecimento que chega nas moradias retorne como esgotos provenientes das instalações sanitárias, banheiros, cozinhas e lavanderias em geral. Esses esgotos são recolhidos por meio de redes coletoras e afastados das áreas urbanas por tubulações de 14 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 15 maior porte, chamadas interceptores, e também por caminhão do tipo limpa- fossa ou outros meios até as Estações de Tratamento de Esgotos (ETE). Nesta unidade veremos apenas o Sistema de Abastecimento de água. No esquema a seguir é mostrado um exemplo de um Sistema de Abastecimento de água. Figura 2 − Esquema de Sistema de Abastecimento de Água Captação A captação pode ser feita em mananciais de águas das seguintes formas: • Superficiais; Sistema de Abastecimento de Água; • Subterrâneas ou; • Meteóricas (água proveniente da chuva, neve ou granizo). Adução A adução de água bruta consiste no transporte da água da captação até a estação de tratamento e desta até os reservatórios. O transporte é feito por adutoras de água bruta e adutoras de água tratada, respectivamente. As adutoras tanto de água bruta como água tratada podem operar como: • condutos livres: quando operam por gravidade e a água ocupa apenas parte da se- ção do escoamento, apresenta assim superfície livre sujeita à pressão atmosférica. Os condutos livres podem ser abertos (canal) ou fechados; • condutos forçados: são aqueles em que a água ocupa toda a seção de escoamen- to, com pressão diferente da atmosférica, podendo ser por recalque (bombeamen- to), no sentido ascendente, ou por gravidade, no sentido descendente. Tratamento de Água Bruta O Tratamento de Água Bruta consiste em tratar a água que é encontrada na natu- reza com impurezas da atmosfera e, em seu escoamento que carreia substâncias que alteram as suas características físico-químicas e sua qualidade. Algumas substâncias são dissolvidas na água e outras ficam em suspensão. Antes do consumo, portanto, a água 15 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água precisa passar por um processo de adequação das suas características aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 1.469/00 do Ministério da Saúde, que alterou a Portaria 36/90. Para atingir os padrões de potabilidade são utilizados vários processos que dependem da qualidade e da quantidade da água a ser tratada, bem como das cir- cunstâncias em que se fará o uso da água. Existem muitos tipos de tratamento como por exemplo, fervura, sedimentação sim- ples, filtração lenta, aeração, irradiação ultravioleta, ozônio, membrana filtrante, porém o mais utilizado atualmente é processo convencional. BITTENCOURT, Claudia; SILVA, Maria Aparecida. Tratamento de Água e Efluentes. Disponível em: https://goo.gl/gjCbS8 O processo convencional de tratamento da água bruta que ocorre em uma ETA é ilustrado na Figura a seguir. Esquema de uma ETA convencional, disponível em: https://goo.gl/np3XmH Mistura Rápida Mistura rápida é a operação destinada a dispersar os produtos químicos aplicados na água, na canaleta de entrada dos floculadores. Para que ocorra a mistura, a canaleta precisa ter dispositivos hidráulicos que causem turbulência na água, conforme vemos no exemplo da foto a seguir. Os produtos químicos adicionados na Mistura Rápida são: sais de alumínio e de ferro para coagulação, polieletrólitos para coagulação e floculação, cal hidratada para corre- ção do pH (pré-alcalinização) e, em alguns casos, cloro para a pré-cloração. Nesta etapa, também a água passa pelas grades para retirada material grosseiro. Floculação Após a aplicação dos produtos químicos na Mistura Rápida as águas, são encaminha- das aos Floculadores onde ocorrem a coagulação e a floculação. O objetivo da Floculação é aglutinar as impurezas contidas na água (elementos e compostos químicos, bactérias, protozoários e plânctons) em partículas maiores denomi- nadas flocos, que serão removidos nas próximas etapas por sedimentação nos Decanta- dores e ainda na Filtração. O fenômeno da coagulação consiste na formação de flocos a partir da união química das partículas coloidais. A mistura dá água para formação dos flocos pode ser feita por meio de agitadores mecânicos. • Esquema de uma ETA convencional, disponível em: https://goo.gl/k8PXGa • Esquema de Floculadores mecanizados, disponível em: https://goo.gl/839Nga 16 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 17 Decantação Após a Floculação, a água segue para os Decantadores onde acontece a sedimentação dos agrupamentos de flocos formados na etapa da floculação. Nessa etapa do tratamento, procura-se evitar ao máximo a turbulência na água para que haja deposição das partículas solidas suspensas. A decantação é utilizada para águas com muita turbidez e cor. Figura 3 − Decantadores ETA - Guaraú - SABESP - São Paulo Fonte: fec.unicamp.brFiltração Rápida Após a decantação, a água é encaminhada aos filtros rápidos de areia que sã o cons- tituídos por camada, suporte, um fundo falso, pedregulho ou brita e areia, conforme o link a seguir. Filtração Rápida, disponível em: https://goo.gl/itbKae Caso as substâncias que produzam odor ou sabor estejam presentes, uma camada adicional de carvão ativado será utilizada. A limpeza dos filtros é realizada por meio de re- trolavagem, a uma taxa várias vezes maior que a taxa de filtração. A agua resultante da la- vagem dos filtros segue para um sistema de recuperação de agua de lavagem, onde o lodo pode ser encaminhado para estações de tratamento de esgotos para aumentar a eficiência relativa à remoção de fósforo, podendo ser utilizado na confecção de tijolos ecológicos. 17 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Desinfecção Após a saída dos filtros rápidos, a água é encaminhada para a desinfecção cuja a fun- ção é de eliminar os microrganismos dá água que podem ser patogênicos. A forma mais utilizada é a aplicação de compostos de cloro que, ao penetrarem a célula, ocasionam reações químicas no seu sistema de enzimas, comprometendo sua atividade metabólica. A cloração pode ser realizada nas diversas fases do tratamento, mesmo nos reservatórios de acumulação de água bruta e no sistema de distribuição de água tratada, o cloro pode ser aplicado para garantir a desinfecção, nos casos em que a água de distribuição não é tratada. Nos casos em que o porte do tratamento comporta mã o-de-obra especializada e instalaç õ es providas de equipamentos apropriados, passa a ser compensató rio o uso de cloro gá s. O intitulado cloro gá s (Cl2) é fornecido na forma de gá s comprimido (gá s e lí quido), em um formato similar ao fornecimento de gá s de cozinha, acondicionado em cilindros de tamanhos variados (50, 68 e 900 kg), podendo també m ser fornecido em car- retas. Ele possui baixo teor de á gua e por isso é chamado també m de cloro seco. As van- tagens apresentadas ao utilizarmos o cloro gasoso para desinfecç ã o das á guas destinadas ao abastecimento sã o menor espaç o de armazenagem, maior precisã o na dosagem e me- nores perdas do princí pio ativo. Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre igual a 0,5 mg/L. É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição. O hipoclorito de sódio (NaClO) e o Hipoclorito de Cálcio (Ca(ClO)2) também podem ser utilizados na desinfecção. Fluoretação A água após a desinfecção é fluoretada com objetivo de prevenção de cárie dentária. Historicamente, a fluoretação da água foi feita pela primeira vez em 1945 nos Estados Unidos. Hoje, a fluoretação é obrigatória no Brasil, pois, com o passar do tempo, obser- vou-se a diminuiç ã o da incidê ncia de cá ries em crianç as em á reas onde o flú or ocorria naturalmente em determinadas concentraç õ es. Porém, o excesso de flúor provoca uma doenç a conhecida como fluorose. Seus sintomas são contrários aos esperados quando o flú or é utilizado nas concentraç õ es adequadas, fragilizando os ossos. Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para evitar a corrosão ou incrus- tação das tubulações, adicionado cal hidratada ou (carbonato de sódio). Casa de Química A casa de química é o local da ETA onde desenvolvem-se as funções auxiliares ligadas ao processo de tratamento, necessárias à sua perfeita operação, manutenção e controle, onde se localizam os produtos químicos adicionados no processo de tratamento. 18 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 19 Laboratório O laboratório é o local da ETA que tem a função de controlar e acompanhar a efici- ência do tratamento, por meio de análises e ensaios físicos, químicos e bacteriológicos. As estações de tratamento com capacidade igual ou superior a 10 mil m3/dia devem possuir área para laboratório de bacteriologia. As estações com capacidade inferior não precisam ter laboratórios próprios, desde que mantenham fácil comunicação com um laboratório central. Lodos da ETA No processo de tratamento da água nas ETAs é gerado lodo proveniente da lavagem dos filtros, dos decantadores e dos tanques de produtos químicos que é um resíduo sólido, e suas características variam conforme as propriedades da água bruta, dos pro- dutos químicos utilizados no tratamento e do tempo de detenção, no caso do lodo dos decantadores. Esse lodo representa um grande desafio para as empresas operadas do sistema de água, porque constitui importante fator de degradação ambiental quando disposto no solo ou na água, sem controle, por causa da alta concentração de alumínio, principalmente. As alternativas para disposição final desse lodo são nos Aterros Sanitá- rios; disposição controlada no solo; aplicação em processos industriais; disposição em Estações de Tratamento de Esgotos. Segurança As estações de tratamento de água devem observar condições mínimas de segurança do trabalho e higiene, por exemplo: guarda-corpo de proteção em locais de circulação com altura superior a dois metros; os locais de trabalho não devem ter piso com saliên- cias ou depressões; os pisos devem ser de material antiderrapante; as escadas devem ser fixas no topo, na base e no máximo a cada três metros; as escadas com altura igual ou superior a seis metros devem ser providas de gaiolas de proteção; devem contar com chuveiros de emergências atendendo as normas ABNT. Reservaç ã o Os principais objetivos da reservaç ã o de água num sistema de abastecimento público são de atender as variações de consumo durante o dia; promover a continuidade do abastecimento em caso de interrupção da produção de água; manter pressões ade- quadas na rede de distribuição e garantir reserva estratégica para combate à incêndio. Os reservatórios podem ser do tipo: • Elevado: quando há necessidade de aumento da pressã o de abastecimento em regiõ es altas, conforme figura a seguir: 19 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Figura 4 Fonte: Divulgação • Apoiado, enterrado ou semienterrado: quando o fundo do reservató rio está em contato com o terreno, conforme sua disposiç ã o em relaç ã o à superfí cie do terre- no, conforme ilustra a foto a seguir. Figura 5 Fonte: Divulgação Distribuição de Á gua - Rede de Distribuiç ã o A rede de distribuiç ã o é formada por um conjunto de tubulaç õ es, conexõ es, vá lvulas e peç as especiais assentadas nas vias pú blicas, no passeio ou nos canteiros dos parques e avenidas, com o objetivo de fornecer á gua de forma contí nua, em quantidade e pressõ es recomendadas a todos os usuá rios do sistema de abastecimento. As válvulas e demais acessórios são instalados para permitir manobras, controle de pressão, esvaziamentos e manutenção da rede sem a interrupção do abastecimento. 20 user Destacar user Destacar 21 As redes podem ser do tipo: • Ramificada: possui uma tubulação principal da qual partem tubulaç õ es secundá rias; • Malhada sem anel: da tubulaç ã o principal partem tubulaç õ es secundá rias que se intercomunicam, evitando extremidades mortas; • Malhada com anel: as tubulaç õ es de maior diâ metro (principais) circundam uma deter- minada á rea alimentando tubulaç õ es menores (secundá rias); nesse tipo de rede o abas- tecimento de um ponto pode ser feito pordiversas vias, reduzindo a perda de carga. As redes funcionam como condutos forç ados, ou seja, sob pressão. Os esquemas a seguir ilustram os tipos de rede de distribuição. Estaç ã o Elevatória É uma instalação destinada a transportar e elevar a á gua para ní veis acima dos atin- gidos pela pressã o da rede. É també m chamada de booster e pode ser utilizada para captaç ã o de á gua de mananciais superficiais e subterrâ neos, bem como para aumentar a vazã o de aduç ã o. O ideal seria que as redes de distribuiç ã o de á gua funcionassem in- teiramente por gravidade. Dessa forma, os gastos com energia elé trica seriam menores e o abastecimento da populaç ã o nã o estaria sujeito à s interrupç õ es na falta de energia. Figura 6 Fonte: UFRRJ Ligação Domiciliar de Água A ligação domiciliar de á gua é o trecho entre a rede de distribuição e o cavalete na entrada das habitaç õ es, onde é instalado o hidrô metro para mediç ã o do consumo de á gua. A figura disponível no link a seguir ilustra uma ligação domiciliar de água. Ligação Domiciliar de Água, disponível em: https://goo.gl/G9iFAz 21 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Instalaç ã o Predial A instalaç ã o predial é constituí da pelo conjunto de tubulaç õ es, peç as e acessó rios instalado no interior das moradias, com o objetivo de propiciar o uso adequado da á gua e suas funç õ es higiê nicas. També m é chamado de sistema predial de á gua fria. A rede pú blica abastece o reservató rio domiciliar que passa a abastecer a residê ncia. A razã o principal da existê ncia desse reservató rio domiciliar (caixa d’ água) é a necessidade de reserva de á gua para os perí odos de interrupç ã o do abastecimento e pressã o insuficiente em pontos da rede, frequentes em muitas localidades. Esses reservató rios, entretan- to, constituem pontos potenciais de contaminaç ã o quando nã o sã o convenientemente protegidos com tampa. Alé m disso, precisam ser periodicamente limpos e desinfeta- dos, conforme as Normas ABNT. O reservató rio domiciliar constitui fator de economia no dimensionamento da rede de distribuição porque atende à demanda no horá rio de maior consumo, possibilitando que as tubulaç õ es tenham diâ metros menores. Deve ter capacidade de abastecer o domicí lio por um dia, pelo menos. O volume de reservaç ã o é calculado considerando-se o consumo per capita e o nú mero de pessoas a ser atendidas. Instalaç ã o Predial, disponível em: https://goo.gl/R9D3C7 Instalaç ã o Hidráulica, disponível em: https://goo.gl/N9uxui Controle de Qualidade da Água Distribuída e dos Mananciais A qualidade da água distribuí da é controlada conforme normas e padrões estabe- lecidos pela Portaria n. 1.469/200011 do Ministé rio da Saú de. De acordo com essa portaria, as prestadoras de serviç os devem encaminhar à s Secretarias de Estado da Saú de, ou ó rgã os equivalentes, relató rios mensais relativos ao efetivo cumprimento de suas disposiç õ es. Nesta Unidade vimos os temas relativos ao Saneamento Básico, as doenças de ori- gem e veiculação hídrica e o Sistema de Abastecimento de Água, estudando todas as partes detalhadamente. Analisamos a importância do desafio de garantir a boa qualidade e a quantidade suficiente de água para atender a demanda crescente populacional e para preservar a saúde huma- na, além de manter o equilíbrio dos ecossistemas. Operacionalmente, o abastecimento de água pode ser considerado um processo que faz parte do Ciclo do Abastecimento de água e Esgotamento Sanitário. Estes dois sistemas estão inter-relacionados e devem ser implantados simultaneamente para uma boa Gestão dos Recursos Hídricos para preservação dos mananciais. 22 user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar 23 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Governo do Estado de São Paulo - Secretaria da Saúde Saiba mais sobre Doenças de veiculação hídrica. https://goo.gl/XWMzBC Sabesp Curiosidades, consulte o site. https://goo.gl/Srdm0 Fenasan Feira e Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente. https://goo.gl/ZsbZ5D Vídeos Sabesp - Tratamento de Água Assista ao vídeo sobre estação de tratamento de água e outras curiosidades. https://youtu.be/P2ShcHsEGts Leitura ABNT NBR 12211:1992 Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água. https://goo.gl/4GwNux ABNT122 NBR 12216:1992 Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público. https://goo.gl/4GwNux ABNT NBR 12213:1992 Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público. https://goo.gl/4GwNux Portal Saneamento Básico Sistema captará água de chuva para utilização no Cepeusp. https://goo.gl/gqnMLv 23 user Destacar UNIDADE Saneamento e Saúde, Doenças de Veiculação Hídrica e Sistema de Abastecimento de Água Referências BITTENCOURT, Claudia; SILVA, Maria Aparecida. Tratamento de Água e Efluentes - Fundamentos de Saneamento Ambiental e Gestão de Recursos Hídricos- São Paulo- 1ª edição Editora Érica – Saraiva, 2014. HOWE, Kerry, et al. Princípios de Tratamento de Água. São Paulo - Editora Cengage Learning , 2017. JR.PHILIPPI, Arlindo; MARTINS, Getúlio. Águas de abastecimento. In: Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável - Barueri -São Paulo, Editora Manole – USP, 2005. 24
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