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01 Sistemas de Abastecimento e Tratamento de Água

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SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Sistemas de Abastecimento e Tratamento de Água 
Um sistema de abastecimento de água é uma solução coletiva para o abastecimento de água de uma 
comunidade. Caracteriza-se pela retirada da água da natureza, adequação de sua qualidade, trans-
porte até os aglomerados humanos e fornecimento a população em quantidade compatível com suas 
necessidades. 
Um sistema de abastecimento pode ser concebido para atender a pequenos povoados ou grandes 
cidades variando nas características e no porte de suas instalações. 
O sistema de abastecimento de água representa o conjunto de obras, equipamentos e serviços desti-
nados ao abastecimento de água potável de uma comunidade para fins de consumo doméstico, servi-
ços públicos, consumo industrial e outros usos. 
A água constitui elemento essencial à vida vegetal e animal. O homem necessita de água de qualidade 
adequada e em quantidade suficiente para atender as suas necessidades, para proteção de sua saúde 
e para propiciar o desenvolvimento econômico. 
A solução coletiva para abastecimento de água e importante por diversos aspectos como: 
A – Maior facilidade na proteção do manancial que abastece a população. 
B – Maior facilidade na supervisão e manutenção das unidades instaladas. 
C – Maior controle sobre a qualidade da água consumida. 
D – Ganhos de escala (economia de recursos humanos e financeiros) 
Unidades de um sistema de abastecimento de água são: 
1 – Manancial = fonte de onde se retira água. 
2 – Captação = conjunto de equipamento e instalações utilizadas para a tomada de água do manancial. 
3 – Adução = transporte da água do manancial. 
4 – Tratamento = melhoria das características qualitativas da água do ponto de vista físico, químico, 
bacteriológico e organoléptico (que se refere as características da água percebida pelos sentidos como 
gosto e cheiro) o tratamento é feito nas chamadas ETA (Estação de Tratamento de Água). 
5 – Reservação = armazenamento da água para atender a diversos propósito, assim como: variação 
de consumo, manutenção de pressão mínima na rede de distribuição. 
6 – Rede de distribuição – condução da água para os pontos de consumo, por meio de tubulações 
instaladas nas vias públicas. 
* Em alguns casos é preciso acrescentar ao sistema a sétima unidade. 
7 – Estações elevatórias ou recalque – Instalações de bombeamento destinado a recalcar a água do 
ponto baixo para o ponto mais elevado ou para aumentar a vazão de linhas adutoras. 
Até chegar às residências, a água percorre um longo caminho. E o processo não consiste somente no 
transporte do produto, mas na preservação do mesmo desde a fonte de abastecimento até a entrega 
aos clientes. 
O trabalho da Sabesp começa nas represas ou poços onde é necessário ter o controle de armazena-
mento, condições e qualidade para envio às estações. 
O tratamento da água pode ser convencional e dividido em etapas para tirar a impureza da água e 
deixá-la apropriada para o consumo. As fases consistem em pré-cloração, pré-alcalinização, coagula-
ção, floculação, decantação, filtração, pós - alcalinização, desinfecção e fluoretação. Durante todo o 
processo, a Sabesp realiza um rígido controle, por meio de análises laboratoriais para atender os pa-
drões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Após o tratamento, a água é armazenada em reservatórios, normalmente situados em pontos mais 
altos para facilitar a entrega à população. Existem também estações elevatórias ou unidades de bom-
beamento para impulsionar a água e facilitar sua distribuição. 
Na Região Metropolitana o sistema de abastecimento é integrado, já que existem 8 grandes complexos 
responsáveis pela produção de 65 mil litros de água por segundo. São eles: Alto Cotia, Baixo Cotia, 
Alto Tietê, Cantareira, Guarapiranga, Ribeirão da Estiva, Rio Claro e Rio Grande. 
Nos poços profundos, a Sabesp realiza a cloração e a fluoretação da água, um processo mais simples, 
porém, com os mesmos acompanhamentos para monitorar e controlar a qualidade do produto. 
Cabe ressaltar que os sistemas produtores funcionam 24 horas durante 365 dias. Em algumas ocasi-
ões, a Empresa programa manutenções preventivas para evitar a interrupção dos serviços, emergen-
cialmente. 
Nestes casos, a recuperação do fornecimento não é imediata. Isso porque é preciso reiniciar todo o 
processo, carregar as adutoras, redes de distribuição e equalizar a distribuição até que todos recebam 
a água, principalmente aqueles que moram em regiões mais distantes dos pontos de reservação. 
Qual a diferença entre adutoras e redes de distribuição? 
Adutoras são tubulações de grande porte, muitas vezes parecidas com os túneis do metrô e que trans-
portam água dos mananciais às estações ou destas às reservatórios. 
Já as redes de distribuição são menores e são interligadas às adutoras até os ramais residenciais. 
Uma rede de abastecimento de água é um sistema projetado com componentes hidrológicos e hidráu-
licos incluindo: 
a bacia ou área geográfica para coleta de água; 
um reservatório de água não tratada (acima ou debaixo da terra) tais como um lago, um rio ou lençol 
freático de um aquíferosubterrâneo; 
um meio de transportar a água da fonte para o tratamento, tal como canalização subterrânea, aquedu-
tos e/ou túneis, geralmente denominada de adutora; 
purificação de água; 
transmissão do tratamento, por canos para armazenamento de água tratada e 
distribuição através de canos do reservatório até o consumidor (casas, indústrias, etc) 
O produto entregue ao consumidor é a água potável. 
Topologia 
Como linhas de energia elétrica, estradas e redes de rádio de microondas, os sistemas de água podem 
ter uma topologia de rede loop ou ramificação, ou uma combinação de ambos. As redes de tubulação 
são circulares ou retangulares. Se uma seção de distribuição de água principal falhar ou precisar de 
reparo, essa seção pode ser isolada sem interromper todos os usuários na rede. 
A maioria dos sistemas é dividida em zonas. Os fatores que determinam a extensão ou o tamanho de 
uma zona podem incluir sistemas hidráulicos, telemetria, história e densidade populacional. Às vezes, 
os sistemas são projetados para uma área específica, em seguida, são modificados para acomodar o 
desenvolvimento. O terreno afeta a hidráulica e algumas formas de telemetria. Embora cada zona 
possa funcionar como um sistema autônomo, normalmente há algum arranjo para interligar zonas para 
gerenciar falhas de equipamentos ou falhas no sistema. 
Tratamento da Água 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Virtualmente todos os grandes sistemas grandes precisam tratar a água; um fato que é regulado glo-
balmente, pelos Estado e agências federais, como o Organização Mundial de Saúde (OMS) ou o Agên-
cia de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. A purificação de água normalmente acontece próximo 
ao ponto finais de entrega a fim de reduzir custos de bombeando e as chances de contaminação da 
água após o tratamento. 
Tratamento superficial da água geralmente consiste tradicional de três passos: clarificação, filtração e 
desinfecção. Clarificação refere-se à separação de partículas (sujeira, matéria orgânica, etc.) da água. 
Adição química (i.e. alume, cloreto férrico) desestabiliza as partículas carregadas e os prepara para 
clarificação por decantação ou flotação. Filtros de areia, antracite ou de carbono ativado refinam a água, 
removendo partículas menores. Embora existam outros métodos de desinfecção, o método preferido é 
o de adição de cloro. O cloro mata bactérias efetivamente e a maioria dos vírus e mantém uma proteção 
residual na água no decorrer da rede de abastecimento. 
Uma vez tratada, cloro é acrescentado à água e que é então distribuída pela rede de abastecimento 
local. Hoje, são construídos sistemas de abastecimento de água tipicamentede tubos circulares de 
plástico, ferro ou de concreto. 
Importância da Água 
Generalidades 
O homem tem necessidade de água de qualidade adequada e em quantidade suficiente para todas 
suas necessidades, não só para proteção de sua saúde, como também para o seu desenvolvimento 
econômico. Assim, a importância do abastecimento de água deve ser encarada sob os aspectos sani-
tário e econômico. 
Aspectos Sanitários 
A importância sanitária é devida a uma rápida e sensível melhoria na saúde e nas condições de vida 
de uma comunidade, que a implantação ou melhoria dos serviços de abastecimento traz, principal-
mente através do controle e prevenção de doenças, promoção de hábitos higiênicos, desenvolvimento 
de esportes, limpeza pública, etc. 
A implantação do sistema de abastecimento provoca a diminuição sensível na incidência de doenças 
relacionadas à água. Se uma rede de esgoto for complementada melhora ainda mais. 
De Importância Primária (adquirida por via oral) 
São as epidemias logicamente mais importantes, para as quais a água desempenha papel importante 
na transmissão de doenças. 
Cólera; 
Febres tifóide e paratifóide; 
Desinterias; 
Amebíases; 
Hepatite infecciosa; 
Poliomielite, etc. 
De Importância Secundária (adquirida por via cutânea) 
São doenças causadas por agentes microbianos, de incidência relativamente pequena, para as quais, 
a transmissão por via da água de abastecimento se dá de maneira secundária. 
Esquitossomose; 
Leptospirose; 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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Infecção de olhos, ouvidos, nariz e garganta. 
De Importância Secundária (causadas por agentes químicos) 
Bócio: falta de iodo; 
Saturnismo: chumbo; 
cobre, zinco, etc. 
Aspectos Econômicos 
As obras de saneamento básico urbano provocam um acréscimo na vida média da população servida, 
numa diminuição da mortalidade em geral e, em particular na infantil e como consequência uma maior 
eficiência nas atividades econômicas desta, pela redução do número de horas perdidas com diversas 
doenças o que possibilita o aumento da renda per capta nacional. Além disso ao se prevenir possíveis 
doenças economiza-se no tratamento das mesmas. 
Qualidade da Água 
Água pura, no sentido rigoroso do termo, não existe na natureza, pois a água é um ótimo solvente, e 
desta forma, nunca é encontrada em estado de absoluta pureza. A água pode conter uma série de 
impurezas, que vão definir suas características físicas, químicas e biológicas, determinando dessa 
forma o grau de tratamento necessário para que possa utilizar para um determinado fim. 
Características Físicas das Águas 
Estas características envolvem praticamente aspectos de ordem estética e psicológica, exercendo uma 
certa influência no consumidor leigo, pois que, dentro de determinados limites, não tem relação com 
inconvenientes de ordem sanitária. 
Cor: existência de substâncias dissolvidas, que, na grande maioria dos casos, são de natureza orgâ-
nica; 
Turbidez: presença de substâncias em suspensão; 
Temperatura; 
Sabor; 
Odor. 
Características Químicas das Águas 
As características químicas das águas são devidas à presença de substâncias. São de grande impor-
tância, pois podem trazer consequências ao organismo humano. A determinação de certos elementos 
como cloretos, nitritos, nitratos, Oxigênio Dissolvido, servem como indicadores de poluição. Dessa ma-
neira pode-se afirmar que as características químicas contam a estória da água antes do ponto de 
coleta da amostra. 
Características Químicas Segundo os Principais Aspectos 
a) Salinidade: conferem sabor salino e uma propriedade taxativa, teor de cloretos; 
b) Dureza: característica conferida à água pela presença de sais alcalinos terrosos (cálcio, magnésio, 
etc.) e alguns metais. Provoca a extinção de espuma formada pelo sabão, bem como em situações 
desfavoráveis de equilíbrio químico, podem incrustar tubulações; 
c) Alcalinidade: é devida à presença de bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos. Tem sua importância e 
influência nos diversos tratamentos a que são submetidas as águas; 
d) Ferro, manganês: conferem sabor à água, e podem manchar as roupas. No caso de utilização in-
dustrial provocam incrustações em caldeiras; 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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E outras. 
Características Químicas Segundo os Efeitos 
a) Substâncias indicadoras de poluição: nitrogênio, cloretos, oxigênio consumido; 
b)Substâncias relacionadas com a potabilidade: 
Danos à saúde: chumbo e flúor;. 
Ferir o senso estético: Fe, Mn. 
c) Substâncias relacionadas com inconvenientes de ordem econômica: 
substâncias causadoras de dureza, 
substâncias causadoras de corrosão. 
Características Biológicas das Águas 
Os organismos presentes na água também constituem impurezas. As características biológicas das 
águas são avaliadas através de exames bacteriológicos (determinação de coliformes) e hidrobiológi-
cos ( identificação de organismos presentes). Os principais são: 
Algas; 
Protozoários; 
Rotíferos; 
Crustáceos; 
Vermes; 
Larvas. 
Padrão de Potabilidade 
De um modo geral a água destinada ao consumo, deve apresentar uma qualidade, que depende dos 
seguintes fatores: 
Antecedentes da água; 
condições de preparação e de distribuição da água: processo de tratamento, sistema de fornecimento 
de água, etc; 
Finalidade a que se destina a água. 
Portanto há necessidade de se estabelecer limites gerais aceitáveis para as impurezas contidas nas 
águas, de acordo com o fim a que as mesmas se destinam. No caso de águas domésticas denomina-
se "Padrão de Potabilidade". 
"Padrão de Potabilidade são as quantidades limites que, com relação aos diversos elementos, podem 
ser toleradas nas águas de abastecimento, quantidades estas fixadas, em geral, por decretos, regula-
mentos ou especificações". 
Exemplos adotados de Padrão de Potabilidade adotados por diversos orgãos: 
Decreto n. 52504 de 28. 07. 70, val. Estado de São Paulo; 
OMS; 
ABNT - Padronização Brasileira n. 19; 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos 
Concepção de Sistemas de Abastecimento de Água 
Como toda obra de engenharia, as que se relacionam com abastecimento de água devem cumprir 
várias etapas a fim de que possam atingir satisfatoriamente os objetivos a que se destinam. É composto 
da fase de estudos preliminares e fase de elaboração de projetos. 
Fase de Estudos Preliminares 
Nesta fase estabelecem-se as bases técnicas e econômicas (de uma maneira bastante simples) sob 
as quais se deliberarão as medidas administrativas e se fundamentarão os projetos. 
Nesta fase elabora-se o Relatório Técnico Preliminar (R.T.P.), faz-se o ante-projeto (pré-dimensiona-
mento) e a elaboração de Estudos de Viabilidade Econômico-Financeira. 
Dados e Características da Comunidade. 
a) Gerais: história, localização, acesso, etc. 
b) Físicos: clima e cobertura vegetal; recursos hídricos; hidrografia local e corpos receptores; relevo do 
solo; topografia do local; geologia local; camadas constituintes e nível do lençol freático. 
c) Urbanísticos: usos da terra; plano diretor, etc; loteamento; urbanização existente. 
d) Sócio-Econômicos: dados demográficos disponíveis; área edificada; comunicação regional; mão- de- 
obra;energia elétrica ;dados sobre saúde, educação, lazer , etc 
e) Condições Sanitárias: sistema de água de abastecimento e esgoto, etc, existem ou não mananciais. 
Sistema não Existente 
a) Manancial: localização do ponto de coleta, bacia- hidrográfica a que pertence, vazão mínima, vazão 
máxima, etc 
b) Rede de água: cadastro da rede, ano que foi construída, ligações prediais, extensão da rede exis-
tente, diâmetro, material da rede; etc 
c) Estações elevatórias: localização, origem e destino dos emissários rios, descrição da casa de bom-
bas (área total, volume útil do poço de sucção, etc), tipos de conjunto moto-bomba (vazão, Hm), potên-cia instaladas, etc. 
d) Estação de tratamento: localização, tipo e descrição, capacidade projetada, data de implantação, 
características do efluente, área ocupada, área para ampliação, etc 
Administração Existente 
Características da administração (serviço autônomo municipal ou através de orgão concessionário), 
tarifas, presença de pessoal especialista, etç. 
Sistemas Propostos 
a) Alcance do projeto e Etapas de implantação 
b) normas e Alternativas. 
c) Rede de abastecimento: característica da rede, diâmetro, material, vazões, coeficiente de variação 
horária e diária, etc. 
d) Reservatório: localização, o que está implantado, o que necessita ser ampliado, mudança do con-
junto moto bomba, etc. 
e) Estação de tratamento: localização, tipo, eficiência atual e a esperada. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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f) Estimativa de custo. 
Análise Final - Solução Recomendada 
O projeto escolhido deve passar por uma revisão. Levando novamente todas as características citadas 
em consideração. 
Fase de Elaboração de Projetos 
Projeto Básico 
a) Projeto Hidráulico - Sanitário 
b) Projeto Complementar: estrutura, paisagismo, etc. 
Projeto Executivo 
Detalhamentos de pormenores que não puderam ser definidos durante a elaboração do projeto básico. 
Fase de Construção do Sistema Escolhido 
Nesta fase de posse de todos os detalhes do projeto executivo, a empresa responsável inicia suas 
atividades de acordo com os prazos estabelecidos em contrato. 
Fase de Operação do Sistema Escolhido 
Após o término da obra entra-se na fase de operação do novo sistema. Deve-se observar a existência 
possíveis falhas no sistema e verificação da execição de acordo com o que foi proposto pelo projetista 
Problemas Relacionados com Sistemas de Águas de Abastecimento, e/ou 
Esgotos Sanitários. 
Projeto 
a) Avaliar as vazões de dimensionamento dos vários órgãos do sistema; 
b) Satisfazer as condições técnicas mínimas e com o menor custo de investimento possível; 
c) Período do projeto; 
d) Área servida. 
Área de Projeto 
a) Taxa de crescimento populacional; 
b) Tipo de ocupação da área urbana; 
c) Densidade populacional. 
Dificuldades e Erros de Previsão 
a) Falta de planejamento; 
b) Falta de plano diretor; 
c) Continuidade das administrações públicas; 
d) Retorno de capital; 
e) Ampliação desnecessária; 
f) Sub/super utilização do sistema; encarecimento dos serviços. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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Consequência da não Implantação do Sistema 
a) Contaminação; 
b) Poluição da água e do solo. 
Período de um Projeto 
No Brasil os projetos para abastecimento urbano de água são dimensionados para serem construídos 
em 2 etapas e serem pagos entre 20 a 25 anos. Pode-se dizer que os fatores que intervém na escolha 
do período de um projeto são: 
Crescimento populacional; 
Facilidade de ampliação; 
Recursos disponíveis; 
Poder aquisitivo da população; 
Vida útil das estruturas e equipamento; etc. 
A fim de exemplo, citam-se exemplos da vida útil de alguns equipamentos e obras: 
Equipamentos de recalques: 10 a 20 anos; 
Adutoras: 20 a 30 anos; 
Tomada de água: 25 a 50 anos; 
Reservatórios: 20 a 40 anos. 
Tratamento de Água de Abastecimento 
Nem toda água requer tratamento para abastecimento público. Depende da sua qualidade em compa-
ração com os padrões de consumo e também da aceitação dos usuários. Normalmente as águas de 
superfície são as que mais necessitam de tratamento, porque se apresentam com qualidades físicas e 
bacteriológicas impróprias, em virtude de sua exposição contínua a uma gama muito maior de proces-
sos de poluição. Apenas na captação superficial de águas de nascentes, a simples proteção das cabe-
ceiras e o emprego de um processo de desinfecção, podem garantir uma água de boa qualidade do 
ponto de vista de potabilidade. 
Também pode-se comentar que águas de grandes rios, embora não satisfazendo pelo seu aspecto 
físico ou em suas características organolépticas, podem ser relativamente satisfatórias, sob os pontos 
de vista químico e bacteriológico, quando a captação localiza-se em pontos menos sujeitos à contami-
nação. 
O tratamento da água destinada ao consumo humano tem a finalidade básica de torná-la segura do 
ponto de vista de potabilidade, ou seja, tratamento da água tem a finalidade de eliminar as impurezas 
prejudiciais e nocivas à saúde. Quanto mais poluído o manancial, mais complexo será o processo de 
tratamento e, portanto, mais cara será a água. Não é raro, porém, sistemas públicos de abastecimento 
que não requerem o tratamento das suas águas. São casos normalmente em que se aproveitam águas 
de bacias protegidas ou se abastecem com águas de poços profundos. A cidade do Rio de Janeiro 
somente iniciou o tratamento de sua água de abastecimento público em 1955, quando começaram a 
ser aduzidas as águas do rio Guandu. 
Assim o processo de tratamento para abastecimento público de água potável tem as seguintes finali-
dades básicas: 
* higiênicas - eliminação ou redução de bactérias, substâncias venenosas, mineralização excessiva, 
teor excessivo de matéria orgânica, algas protozoários e outros microrganismos; 
* estético - remoção ou redução de cor, turbidez, dureza, odor e sabor; 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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* econômico - remoção ou redução de dureza, corrosividade, cor, turbidez, odor, sabor, ferro manganês, 
etc. 
O Brasil é um dos países com maior disponibilidade de água. Porém, grande parte desse recurso está 
concentrada em regiões onde há menor quantidade de pessoas. Nos grandes centros urbanos há ele-
vada densidade populacional e forte demanda pelos recursos hídricos, que, em muitos casos, são atin-
gidos pela poluição e, por consequência, há uma piora considerável na qualidade da água, tornando o 
abastecimento nas cidades um grande desafio. 
Para solucionar essa situação é preciso lidar com a grande diversidade geográfica do país e com as 
consequências do intenso processo de urbanização ocorrido nas últimas décadas. 
Por exemplo, as regiões de clima semiárido, presente em boa parte do Nordeste e no norte de Minas 
Gerais, possuem mananciais que nem sempre oferecem acesso à água, em quantidade suficiente para 
os diversos usos dos recursos hídricos, em particular, o abastecimento humano. 
Em áreas com maior dinamismo econômico e produtivo, como as regiões metropolitanas, o desafio do 
abastecimento está relacionado com a frequente utilização da mesma fonte hídrica para diferentes 
usos, o que resulta em conflitos ligados à quantidade e à qualidade da água. Além disso, o aproveita-
mento desses mananciais para o abastecimento dos grandes centros urbanos se dá, usualmente, por 
meio de sistemas que atendem várias cidades de forma simultânea e interligada. Consequentemente, 
o planejamento, a execução e a operação da infraestrutura hídrica, nessas regiões, são ações mais 
complexas e exigem maiores investimentos. 
É importante destacar que a Agência Nacional de Águas (ANA) não regula o setor de abastecimento. 
O papel da ANA é consolidar o diagnóstico e elaborar o planejamento dos recursos hídricos e dos 
setores usuários. Além disso, realiza estudos que servem de base para as instituições públicas - fede-
rais e estaduais - que regulam e desenvolvem políticas públicas para o setor de abastecimento público. 
Assim, é possível atender à necessidade básica da população, assegurar o uso do recurso em ativida-
des produtivas, definir obras e intervenções necessárias de estruturas (barragens, canais e outros), e 
minimizar os riscos associados a eventos críticos, como secas e cheias, que podem interferir no abas-
tecimento. 
Chamamos de água potável a fração de toda a água doce do mundo que apresenta condições sanitá-
rias aceitáveis para o consumo humano e uso na pecuária e agricultura. Os parâmetros que definem a 
potabilidade da água são definidos por órgãos nacionais einternacionais e devem ser seguidos rigoro-
samente a fim de permitir o acesso a fontes de água limpa para todos. Contudo, sabe-se que existem 
populações de baixa renda que habitam locais periféricos distantes dos centros urbanos e dos serviços 
de abastecimento de água e esgoto que sobrevivem utilizando fontes de água não seguras. 
Segundo a ONU, o acesso a água de boa qualidade varia fortemente de acordo com o local em que 
uma população vive. Os países africanos e muitos países asiáticos possuem as piores condições, va-
riando entre 40 e 50% a parcela da população total em cada país sem possibilidade de obter água 
potável. Outros locais com uma porcentagem considerável de pessoas vivendo em stress hídrico in-
cluem partes da América Latina nos quais as pessoas vivem em áreas secas e quentes, como é o caso 
de uma parte do nordeste brasileiro. 
As fontes de água potável mais comuns são nascentes de rios, lagos e represas de abastecimento de 
água, sistemas de cisternas e poços ou ainda a extração de água subterrânea de aquíferos. Em muitos 
locais também é feita a captação de água da chuva para consumo ou uso doméstico. Na Austrália, um 
país com um clima extremamente seco e uma grande porção territorial desértica, uma fonte alternativa 
de água são as usinas de dessalinização da água do mar. O grande problema deste processo são os 
custos envolvidos, impossibilitando sua aplicação em países economicamente menos favorecidos. 
A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) é uma pioneira na manutenção e distribui-
ção de água potável no Brasil. Ela utiliza os índices de qualidade estabelecidos pela NSF (National 
Sanitation Foundation), um órgão dos Estados Unidos internacionalmente reconhecido pelo estabele-
cimento de parâmetros e critérios sanitários. O índice utilizado no estado de São Paulo e em muitos 
outros estados brasileiros é composto por nove critérios: oxigênio dissolvido na água, coliformes ter-
motolerantes, pH, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), temperatura, nitrogêniototal, fósforo total, 
turbidez e resíduos totais. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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Em relação ao oxigênio dissolvido na água, os valores aceitáveis se encontram na faixa acima de 5 
mg/L e abaixo de 10 mg/L. Isso porque valores muito baixos de oxigênio indicam uma grande quanti-
dade de matéria orgânica na água (tipicamente após uma contaminação por resíduos urbanos), ocor-
rendo uma grande taxa de decomposição que consome o O2. 
Por outro lado, taxas elevadas de oxigênio indicam uma situação de eutrofização da água, em que o 
excesso de nutrientes causa um crescimento descontrolado do fitoplâncton. Os coliformes são bacté-
rias naturalmente encontradas no trato digestivo de vertebrados e na maior parte das vezes elas não 
causam doenças. No entanto, uma alta concentração dessas bactérias na água pode indicar a presença 
de outros microrganismos com potencial patogênico. 
O pH indica possíveis contaminações químicas, devendo ser mantido próximo a neutralidade (entre 6 
e 8). A DBO é um indicador diretamente relacionado a quantidade de matéria orgânica presente, po-
dendo revelar o descarte de esgoto na água. A temperatura é outro fator envolvido com possíveis con-
taminações físico-químicas (como o descarte de resíduos industriais aquecidos). Quando este parâme-
tro é estimado, leva-se em conta as variações diárias e sazonais de temperatura que são naturais aos 
corpos hídricos. O nitrogênio e o fósforo totais são importantes nutrientes para a biota aquática e sua 
concentração elevada indica poluição industrial ou através de esgoto. Ambos favorecem o crescimento 
algal e aceleram o processo de eutrofização, causando grande prejuízo à qualidade da água. 
A turbidez é um parâmetro físico que relaciona a quantidade de substâncias sólidas dispersas na água 
e que impedem a passagem de luz, reduzindo assim a atividade fotossintética. A erosão, o escoamento 
de água de locais impermeabilizados nas cidades e a contaminação proveniente de zonas de minera-
ção são os principais fatores que alteram a turbidez. Por fim, a quantidade de resíduos totais são as 
substâncias presentes no fundo dos corpos hídricos, avaliados após a secagem das amostras de água. 
Tratamento 
Quando falamos em saneamento básico, logo imaginamos o abastecimento de água e o esgotamento 
sanitário, porém nunca nos perguntamos como funciona cada um deles. 
Já sabemos, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 
2017, que apenas 52,36% da população têm acesso à coleta de esgoto e 46% dos esgotos do país 
são tratados. Já em relação ao abastecimento de água, 83,5% dos brasileiros são atendidos com esse 
essencial recurso, totalizando quase 35 milhões de brasileiros sem o acesso a este serviço básico. 
A água é algo extremamente essencial para nossas vidas, e antes de chegar as nossas casas, a mesma 
necessita-se de diversos estágios de tratamento para que se torne potável e saudável para consumo. 
Entenda agora um pouco melhor o caminho que nossas águas fazem durante seu tratamento. 
A água para ser tratada passa pela estação de tratamento de água (ETA), que é um local em que 
realiza a purificação da água captada de alguma fonte para torná-la própria para o consumo e assim 
utilizá-la para abastecer a população. A captação da água normalmente é feita em rios ou represas que 
possam suprir a demanda por água da população e das indústrias, há também a captação das águas 
superficiais, por meio de poços perfurados. 
Antes de ir para o sistema de distribuição de água, a mesma passa por processos de tratamento com 
diversas etapas. Esses processos podem ser físicos e químicos, fazendo com que a água obtenha 
todas as propriedades necessárias para que a tornem própria para o nosso consumo. 
Conheça as etapas do tratamento de água 
1° Etapa – Captação 
A água sem tratamento e imprópria ao consumo humano é retirada de mananciais, reservatórios hídri-
cos utilizados para o abastecimento de água. 
Nessa etapa a água passa por um gradeamento (sistema de grades) que impede a entrada de elemen-
tos sólidos contidos na água, como folhas, galhos e troncos, por exemplo, na ETA. 
Daí a água segue para a desarenação, onde ocorre a remoção de areia por sedimentação, melhorando 
o processo de pré-tratamento da água, e por fim, ela é bombeada para a estação de tratamento. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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2º Etapa – Adução 
Transporte de água do manancial ao tratamento ou da água tratada ao sistema de distribuição, normal-
mente por meio de bombas que levam a água captada até a ETA. 
3° Etapa -Coagulação 
Nessas águas que serão tratadas existem impurezas cujas partículas são pequenas, elas não se sedi-
mentam (não se depositam no fundo do recipiente) sob a ação da gravidade. 
Por isso, é necessário acrescentar à água coagulantes químicos. Geralmente, aqui no Brasil, o coagu-
lante utilizado é o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3). 
Esse produto favorece a união das partículas e impurezas da água, facilitando a remoção na decanta-
ção. Esses coagulantes são insolúveis na água e geram íons positivos (cátions) que atraem as impu-
rezas carregadas negativamente nas águas. 
4° Etapa – Floculação 
A água é agitada fortemente por cerca de 30 segundos por um agitador mecânico, com a finalidade de 
aumentar a dispersão do coagulante. Depois o sistema é agitado lentamente, permitindo o contato 
entre as partículas. 
Etapa na qual a água é submetida à agitação mecânica, para que as impurezas formem flocos maiores 
e mais pesados. 
5° Etapa – Decantação 
Decantação é basicamente o ato de separar, por meio da gravidade, os sólidos sedimentáveis que 
estão contidos em uma solução líquida. Os sólidos sedimentam no fundo do decantador de onde aca-
bam sendo removidos como lodo, enquanto o efluente, livre dos sólidos, decanta pelo vertedouro. 
6° etapa – Filtragem 
A água decantada é encaminhada às unidadesfiltrantes onde é efetuado o processo de filtração. Con-
siste em passar a água através de Filtros formados por camadas de areia grossa, areia fina, cascalho, 
pedregulho e carvão, capazes de reter os flocos que passam sem decantar-se, ou outras impurezas. 
7° Etapa – Desinfecção 
É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante 
que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor. Água recebe adição 
de cloro, flúor e controle do PH. 
8° Etapa – Reservação 
A água é armazenada em reservatórios, com duas finalidades: Manter a regularidade do abastecimento 
e atender às demandas excessivas, como as que ocorrem nos períodos de calor intenso ou quando, 
durante o dia, usa-se muita água ao mesmo tempo. 
Quanto à sua posição em relação ao solo, os reservatórios são classificados em subterrâneos (enter-
rados), apoiados e elevados. 
Estação de Tratamento de Água 
(ETA) – Etapas 
Para que possamos utilizar produtos de limpeza, cozer alimentos, realizar a assepsia, dentre outras 
ações que utilizem água de forma tranquila, a água destinada ao consumo humano deve preencher 
condições mínimas para que possa ser ingerida ou utilizada para fins higiênicos, o que se consegue 
através dos processos de uma estação de tratamento. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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 Vejamos as etapas que acontecem no processo de tratamento da água: 
1 – Captação, a água passa por um sistema de grades que impede a entrada de elementos macroscó-
picos grosseiros (animais mortos, folhas, etc.) no sistema. Parte das partículas está em suspensão fina, 
em estado coloidal ou em solução, e por ter dimensões muito reduzidas (como a argila, por exemplo), 
não se depositam, dificultando a remoção. 
2 – Coagulação, visa aglomerar essas partículas, aumentando o seu volume e peso, permitindo que a 
gravidade possa agir. Isso é feito, geralmente, através da adição de cal hidratada (hidróxido de cálcio) 
e sulfato de alumínio, sendo agitada rapidamente. Esses materiais fazem as partículas de sujeira se 
juntarem. 
3 – Floculação, a água é agitada lentamente, para favorecer a união das partículas de sujeira, formando 
os flocos. Em solução alcalina, o sulfato de alumínio reage com íons hidroxila, resultando em poliele-
trólitos de alumínio e hidroxila (policátions) com até 13 átomos de alumínio. Esses polieletrólitos de 
alumínio atuam pela interação eletrostática com partículas de argila carregadas negativamente e pelas 
ligações de hidrogênio devido ao número de grupos OH, formando uma rede com microestrutura porosa 
(flóculos). 
4- Decantação, a água não é mais agitada e os flocos vão se depositando no fundo, separando-se da 
água. O lodo do fundo é conduzido para tanques de depuração. O ideal é que ele seja transformado 
em adubo, em um biodigestor. A água mais limpa vai para o filtro de areia. 
5- Filtração. A água já decantada passa por um filtro de cascalho/areia/antracito (carvão mineral), onde 
vai se livrando dos flocos que não foram decantados na fase anterior e de alguns microrganismos. 
6- Cloração. A água filtrada está limpa, mas ainda pode conter microrganismos causadores de doenças. 
Por isso, ela recebe um produto que contém cloro, que mata os microrganismos. Na água, o cloro age 
de duas formas principais: a) como desinfetante, destruindo ou inativando os microorganismos patogê-
nicos, algas e bactérias de vida livre; e b) como oxidante de compostos orgânicos e inorgânicos pre-
sentes. 
 Quando o cloro é adicionado a uma água isenta de impurezas, ocorre a seguinte reação: 
 
Dependendo do pH da água, o ácido hipocloroso (HClO) se ioniza, formando o íon hipoclorito (ClO–), 
segundo a reação a seguir: 
 
Ambos os compostos possuem ação desinfetante e oxidante; porém, o ácido hipocloroso é mais efici-
ente do que o íon hipoclorito na destruição dos microrganismos em geral. 
6- Fluoretação. Nas grandes cidades brasileiras a água tratada ainda recebe o flúor, que ajuda a pre-
venir a cárie dentária. 
7, 8 – Reservação. A água tratada é armazenada em grandes reservatórios, antes da distribuição. 
Esses reservatórios sempre são instalados nos locais mais altos das cidades. 
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9 – Distribuição. A água tratada é distribuída para as residências, comércio e indústria a partir dos 
reservatórios de água potável. 
* A correção de PH é feita quando se coloca cal hidratada ou carbonato de sódio, corrigindo uma pos-
sível alcalinidade da água (PH). Este procedimento também previne uma possível corrosão futura da 
rede de encanamento que irá distribuir a água tratada. 
Tratamento de Água e Esgoto 
Geografia 
O tratamento da água e do esgoto é fundamental para uma boa qualidade de vida de uma população. 
A água oferecida à população é submetida a uma série de tratamentos apropriados que vão reduzir a 
concentração de poluentes até o ponto em que não apresentem riscos para a saúde. Cada etapa do 
tratamento representa um obstáculo à transmissão de infecções. 
A primeira dessas etapas é a COAGULAÇÃO, quando a água bruta recebe, logo ao entrar na estação 
de tratamento, uma dosagem de sulfato de alumínio. Este elemento faz com que as partículas de sujeira 
iniciem um processo de união. 
Segue-se a FLOCULAÇÃO, quando, em tanques de concreto, continua o processo de aglutinação das 
impurezas, na água em movimento. As partículas se transformam em flocos de sujeira. 
A água entra em outros tanques, onde vai ocorrer a DECANTAÇÃO. As impurezas, que se aglutinaram 
e formaram flocos, vão se separar da água pela ação da gravidade, indo para o fundo dos tanques ou 
ficando presas em suas paredes. 
A próxima etapa é a FILTRAÇÃO, quando a água passa por grandes filtros com camadas de seixos 
(pedra de rio) e de areia, com granulações diversas e carvão antracitoso (carvão mineral). Aí ficarão 
retidas as impurezas que passaram pelas fases anteriores. 
A água neste ponto já é potável, mas para maior proteção contra o risco de infecções de origem hídrica, 
é feito o processo de DESINFECÇÃO. É a cloração, para eliminar germes nocivos à saúde e garantir 
a qualidade da água até a torneira do consumidor. Nesse processo pode ser usado o hipoclorito de 
sódio, cloro gasoso ou dióxido de cloro. 
O passo seguinte é a FLUORETAÇÃO, quando será adicionado fluossilicato de sódio ou ácido fluors-
silícico em dosagens adequadas. A função disso é previnir e reduzir a incidência de cárie dentária, 
especialmente nos consumidores de zero a 14 anos de idade, período de formação dos dentes. 
A última ação nesse processo de tratamento da água é a CORREÇÃO de pH, quando é adicionado cal 
hidratado ou barrilha leve (carbonato de sódio) para uma neutralização adequada à proteção da tubu-
lação da rede e da residência dos usuários. 
Entre a entrada da água bruta na ETA e sua saída, já potável, decorrem cerca de 30 minutos. 
Tratamento De Esgoto 
O tratamento dos esgotos domésticos tem como objetivo, principalmente: remover o material sólido; 
reduzir a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar micro-organismos patogênicos; reduzir as subs-
tâncias químicas indesejáveis. 
As diversas unidades da estação convencional podem ser agrupadas em função das eficiências dos 
tratamentos que proporciona. Assim temos: 
Tratamento preliminar: gradeamento, remoção de gorduras e remoção de areia. 
Tratamento primário: tratamento preliminar, decantação, digestão do lodo e secagem do lodo. 
Tratamento secundário: tratamento primário, tratamento biológico, decantação secundária e desinfec-
ção. 
Doenças Causadas Por Água Contaminada 
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Doenças Causadas por Parasitas 
Amebíase: O contágio se dá através de água contaminadacom cistos provenientes de fezes humanas. 
Esquistossomose: O contágio se dá através do contato direto com água onde há larvas provenientes 
de caramujos contaminados. 
Ascaridíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Áscaris Lumbricoides. 
Giardíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Giárdia Lamblya. 
Doenças Causadas por Vírus 
Hepatite Viral tipo A e Poliomielite: O contágio se dá ao contato (consumo ou banho) com água con-
tendo urina ou fezes humanas. 
Doenças causadas por Bactérias 
Meningoencefalite: O contágio se dá pelo contato (consumo ou banho) com àguas contaminadas. 
Cólera: O contágio se dá com o consumo de água contaminada por fezes ou vômito de algum indivíduo 
contaminado. 
 
Leptospirose: A água contaminada por urina de ratos é a principal causa da doença, cuja incidência 
aumenta com chuvas fortes e enchentes. Apresenta maior perigo em águas próximas a depósitos de 
lixo e em áreas sem esgotamento sanitário. 
Febre Tifoide: O contágio se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados (a contaminação de 
alimentos ocorre ao se lavar alimentos com água contaminada). 
Gastroenterites: a ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes causam muita variedade de 
distúrbios gástricos, geralmente associados a fortes diarreias. 
Desinteria Bacilar: Uma série de bactérias causam, através da ingestão de água sem tratamento, se-
veras formas de diarreias, formando um quadro de febre, dores e mal-estar geral. 
Você acha que um dia a água pode acabar? 
Como você acha que é a qualidade de vida das pessoas que vivem em locais onde não há tratamento 
de água? 
O ciclo da água 
 
Figura ilustrando o ciclo da água (extraída da página da Sabesp com adaptações) 
As moléculas de água que evaporam dos oceanos, rios e lagos formam as nuvens. Uma vez que as 
nuvens ficam pesadas o suficiente pode então chover no mesmo local onde houve a evaporação. Mas 
se essas nuvens forem transportadas pelos ventos pode chover em outro local. Sendo assim, nós aqui 
em Ribeirão Preto (interior de SP), podemos ter na nossa chuva, moléculas de água que saíram lá de 
Santos (litoral) ou do interior do estado de Minas Gerais, e viajaram com os ventos até aqui. Estes 
processos de evaporação, transporte e precipitação (chuva ou neve) fazem parte do chamado ciclo da 
água. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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As águas subterrâneas também evaporam, pois estas molham o solo, que transpira. As plantas também 
transpiram, e assim, as nuvens também são formadas pelas moléculas de água com origem no solo e 
plantas. A água da chuva é percolada para o interior do solo com a ajuda das raízes das plantas, e 
assim vai penetrando mais e mais fundo, formando os lençóis freáticos. Sem as plantas grande parte 
da água escoa para os rios sem ter tempo de ser armazenada no subsolo. 
Se chovesse sempre a mesma quantidade de água que evapora e escoa de cada região, então o 
volume de água disponível não mudaria. Mas sabemos que há secas até em cidades como Manaus, 
onde costuma a chover muito. 
Olhe a Figura que mostra o ciclo da água, e note que a flecha foi colocada no sentido de transportar as 
nuvens dos oceanos para o continente. E se o sentido mudar? E se começar a chover mais sobre os 
oceanos e menos sobre o continente? Faltará água doce para re-abastecer nossos mananciais. A 
grande seca que ocorreu na Amazônia em 2005 foi por que o regime de ventos mudou, e deixou de 
transportar grandes quantidades de ar úmido do Oceano Atlântico para a Amazônia. No Brasil, a maior 
parte da nossa energia elétrica vem do represamento dos rios, onde a força das águas move as turbinas 
das usinas hidrelétricas. Como todos sabemos, se faltar água, faltará também energia. 
Breve histórico sobre tratamento de esgoto 
Este item é baseado no texto do livro “Introdução à Química Ambiental” dos autores, Júlio C. Rocha, 
André H. Rosa e Arnaldo A. Cardoso, páginas 29-33, Editora Bookman, 2004. 
Quando poucos homens viviam sobre a Terra, estes viviam em grupos e eram nômades, isto é, se 
alimentavam de frutas, vegetais e animais de um certo lugar e quando a escassez aumentava, viajavam 
em busca de outro local mais farto. Estes grupos de humanos andavam próximos ao curso dos rios, 
que fornecia água, e não tinham moradias fixas. Quando abandonavam um local, a natureza degene-
rava o lixo que produziam. 
Com o passar do tempo, o homem foi domesticando alguns animais para se alimentar, e as técnicas 
de agricultura também foram aprimoradas, ou seja, plantar o que comer. Com isso, este homem que 
antes viajava sempre que o alimento acabava, passou a se fixar em um determinado local, pois tinha o 
que precisava em torno de si. De nômade passou a ser sedentário. Com isso se deu início à manufa-
tura, urbanização e industrialização. Junto com os benefícios se deu início às conseqüências ambien-
tais maléficas como o acúmulo de lixo produzido. A taxa de lixo gerada era maior do que o tempo que 
a natureza levaria para degenerá-lo. Com o aumento do lixo acumulado, as condições para a prolifera-
ção de microorganismos e insetos também aumentaram e devido à proximidade com o homem, a dis-
seminação de doenças também aumentou. 
E o que fazer com o lixo produzido? Este era um sério problema enfrentado desde o primórdio das 
civilizações e a solução mais intuitiva era jogar no rio. Com a correnteza, o lixo seria levado para “longe” 
e se evitariam os problemas. Assim, deu-se início à contaminação das águas com o conhecido “esgoto 
doméstico”. Hoje sabemos que esta contaminação pode causar a morte de plantas e animais, compro-
metendo irremediavelmente o ecossistema local. 
A primeira rede de distribuição de água e captação de esgoto de forma eficiente foi construída há 
aproximadamente 4.000 anos na Índia. Grandes tubos feitos de argila levavam as águas residuais e os 
detritos para canais cobertos que corriam pelas ruas e desembocavam nos campos, adubando e re-
gando as colheitas. 
Algumas cidades da antiga Grécia e a maioria das cidades romanas também dispunham de sistemas 
de esgotos. A população obtinha água para o abastecimento em fontes públicas e utilizava latrinas 
comunitárias para as necessidades fisiológicas, como a Toalete de Ephesus do século 1 d.C. Sob os 
assentos havia água corrente para levar os dejetos e para que o usuário lavasse a mão esquerda, 
utilizada na limpeza corporal. 
A Idade Média (400 a 1400 d.C.) foi um período de 10 séculos sem avanços sanitários. Lixo de todo 
tipo se acumulava nas ruas, facilitando a proliferação de ratos e criando sérios problemas de saúde 
pública – um dos mais graves foi a epidemia da peste bubônica, que só na Europa, causou a morte de 
cerca de 25 milhões de pessoas. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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No final do século XVIII, com a Revolução Industrial, a população das cidades aumentou muito cau-
sando agravamento do acúmulo de lixo e excrementos nas ruas. Isso tornou necessária e urgente a 
criação de um sistema de esgotos que desse conta da demanda, caso contrário, corria-se o risco de 
deter o progresso industrial pelo surgimento de novas epidemias e conseqüentemente êxodo das cida-
des. Os rios passaram a sofrer os efeitos da poluição, caracterizados pela morte dos peixes, do ecos-
sistema, bem como a transmissão de doenças como a cólera. 
Na Inglaterra surgiram as primeiras tentativas de medir e caracterizar a poluição, os primeiros regula-
mentos de proteção aos cursos d’água e os primeiros processos de tratamento de águas residuais. A 
primeira medida adotada foi a construção de sistemas de esgotos subterrâneos, o que ocorreu pela 
primeira vez em 1843 em Hamburgo, na Alemanha, quando a cidade foi reconstruída após um incên-
dio. Cientistas do século XIX concentraram esforços para combater as causas das diferentes doenças 
surgidas devido à falta de saneamento básico, o que impulsionou o desenvolvimento da microbiologia.A primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) foi construída em Londres em 1829 e tinha a função 
de coar a água do rio Tâmisa em filtros de areia. A idéia de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao meio 
ambiente, porém, só foi testada pela primeira vez em 1874 na cidade de Windsor, Inglaterra. Não se 
sabia como as doenças “saíam do lixo e chegavam ao nosso corpo”. A idéia inicial é que vinham do ar, 
pois o volume de ar respirado por dia é muito superior ao volume de água ingerido. Porém com a 
descoberta de que doenças letais da época (como a cólera e a febre tifóide) eram transmitidas pela 
água, técnicas de filtração e a cloração foram mais amplamente estudadas e empregadas. 
Atualmente, é consenso que o esgoto (efluente ou águas residuais), industrial ou doméstico, precisa 
ser tratado antes de ser lançado nos mananciais para minimizar seu impacto no meio ambiente e para 
a saúde humana. Esse tratamento é feito nas chamadas Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). 
Infelizmente no Brasil, 62% da população não tem saneamento básico. Do esgoto coletado, menos de 
20 % é tratado antes de ser devolvido para os rios e outros mananciais. Certamente a água nunca vai 
acabar, pois esta fica re-circulando entre os reservatórios (rios, oceanos, atmosfera), tanto na fase 
líquida, como na fase gasosa ou sólida. A questão é que quanto mais poluída for a água, mais caro 
será seu tratamento, e no futuro, a água de qualidade poderá ser privilégio de poucos. 
Como eu posso saber se estou gastando água mais do que o necessário? 
Estamos tão habituados com a abundância de água que esquecemos que ela é fundamental à vida de 
todos os seres humanos e à manutenção de todos os ecossistemas. Necessitamos da água para um 
simples banho, para beber, para a agricultura e para tantas outras necessidades que muitas vezes nem 
nos damos conta. 
O fato é que a quantidade de água doce disponível para tudo o que fazemos é muito pequena, perto 
de 3% do volume total existente, pois os outros 97% é de água salgada. Desses 3% de água doce, 
grande parte está na forma de gelo, portanto apenas 1% está acessível para a população de todo o 
planeta. 
A quantidade mínima de água necessária para a vida de um ser humano varia de acordo com seu 
padrão de vida, o local em que mora, e seus hábitos. O consumo médio por indivíduo deveria ser de 
cerca de 300 L por dia, levando-se em conta que este vive em uma sociedade desenvolvida. Porém, 
para levar uma vida saudável, segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo mínimo de água 
potável diário seria de 50 L. No Brasil, é adotado como consumo de água necessário para uma vida 
confortável numa residência, de 150 a 200 litros por pessoa por dia. 
Para saber se você e os membros de sua casa são consumidores moderados de água, faça o desafio 
1. Se o resultado em sua casa for menor que 150 L por pessoa, significa que vocês praticam a economia 
de água. Se o resultado for entre 150 e 300 L é sinal de que vocês estão no limite do bom senso. Mas 
se passar de 300 L, significa que vocês devem refletir sobre a utilização da água na sua casa, ou 
mesmo averiguar se este elevado consumo não seria por causa de vazamentos. 
Como é feito o tratamento de água? 
Quase toda água potável que consumimos se transforma em esgoto que é re-introduzido nos rios e 
lagos. Estes mananciais, uma vez contaminados, podem conter microorganismos causadores de várias 
doenças como a diarréia, hepatite, cólera e febre tifóide. Além dos microorganismos, as águas dos rios 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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e lagos contêm muitas partículas que também precisam ser removidas antes do consumo humano. Daí 
a necessidade de se tratar a água para que esta volte a ser propícia para o consumo humano. 
Quando pensamos em água tratada normalmente nos vem à cabeça o tratamento de uma água que 
estava poluída, como o esgoto, para uma que volte a ser limpa. Cabe aqui fazer uma distinção entre 
tratamento de água e tratamento de esgoto: o tratamento de água é feito a partir da água doce encon-
trada na natureza que contém resíduos orgânicos, sais dissolvidos, metais pesados, partículas em sus-
pensão e microorganismos. Por essa razão a água é levada do manancial para a Estação de Trata-
mento de Água (ETA). Já o tratamento de esgoto é feito a partir de esgotos residenciais ou industriais 
para, após o tratamento, a água poder ser re-introduzida no rio minimizando seu impacto ao ambiente. 
Podemos dividir o tratamento de água em duas etapas, as quais chamamos de tratamento inicial e 
tratamento final: 
Tratamento inicial: 
Não há reações químicas envolvidas, somente processos físicos. 
peneiramento: elimina as sujeiras maiores. 
 sedimentação ou decantação: pedaços de impurezas que não foram retirados com o peneiramento 
são depositados no fundo dos tanques. 
aeração: borbulha-se ar com o intuito de retirar substâncias responsáveis pelo mau cheiro da água 
(ácido sulfídrico, substâncias voláteis, etc). 
Tratamento final: 
coagulação ou floculação: neste processo as partículas sólidas se aglomeram em flocos para que se-
jam removidas mais facilmente. 
Este processo consiste na formação e precipitação de hidróxido de alumínio (Al2(OH)3) que é insolúvel 
em água e “carrega” as impurezas para o fundo do tanque. 
Primeiramente, o pH da água tem que ser elevado pela adição ou de uma base diretamente, ou de um 
sal básico conhecido como barrilha (carbonato de sódio): 
base: 
NaOH(s) → Na+(aq) + OH-(aq) 
sal básico: 
Na2CO3(s) → 2 Na+(aq) + CO32-(aq) 
CO32-(aq) + H2O(l) → HCO3-(aq) + OH-(aq) 
Após o ajuste do pH, adiciona-se o sulfato de alumínio, que irá dissolver na água e depois precipitar na 
forma de hidróxido de alumínio. 
dissolução: 
Al2(SO4)3(s) → 2 Al3+(aq) + 2 SO43-(aq) 
precipitação: 
Al3+(aq) + 3 OH-(aq) → Al(OH)3(s) 
sedimentação: os flocos formados vão sedimentando no fundo do tanque “limpando” a água. 
filtração: a água da parte superior do tanque de sedimentação passa por um filtro que contém várias 
camadas de cascalho e areia, e assim retiram as impurezas menores. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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desinfecção: é adicionado na água um composto bactericida e fungicida, como por exemplo o hipoclo-
rito de sódio (água sanitária, NaClO), conhecido como ‘cloro’. 
Tratamento da Água 
A+AA- 
A construção de um sistema completo de abastecimento de água requer muitos estudos e pessoal 
altamente especializado. 
Para iniciar-se os trabalhos, é necessário definir-se: 
a população a ser abastecida; 
a taxa de crescimento da cidade e suas necessidades industriais. 
Com base nessas informações, o sistema é projetado para servir à comunidade, durante muitos anos, 
com a quantidade suficiente de água tratada. 
Um sistema convencional de abastecimento de água é constituído das seguintes unidades: 
captação 
adução 
estação de tratamento 
reservação 
redes de distribuição 
ligações domiciliares 
Processo convencional de tratamento de água 
 
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA 
Captação 
A seleção da fonte abastecedora de água é processo importante na construção de um sistema de 
abastecimento. 
Deve-se, por isso, procurar um manancial com vazão capaz de proporcionar perfeito abastecimento à 
comunidade, além de ser de grande importância a localização da fonte, a topografia da região e a 
presença de possíveis focos de contaminação. 
A captação pode ser superficial ou subterrânea. 
A superficial é feita nos rios, lagos ou represas, por gravidade ou bombeamento. 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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Se por bombeamento, uma casa de máquinas é construída junto à captação. 
Essa casa contém conjuntos de motobombas que sugam a água do manancial e a enviam para a 
estação de tratamento. 
A subterrânea é efetuada através de poços artesianos, perfurações com 50 a 100 metros feitas no 
terreno para captar a água dos lençóis subterrâneos.Essa água também é sugada por motobombas instaladas perto do lençol d’água e enviada à superfície 
por tubulações. 
A água dos poços artesianos está, em sua quase totalidade, isenta de contaminação por bactérias e 
vírus, além de não apresentar turbidez. 
a) Tratamento da água de captação superficial 
É composto pelas seguintes fases: 
O primeiro passo é oxidar os metais presentes na água, principalmente o ferro e o manganês, que 
normalmente se apresentam dissolvidos na água bruta. Para isso, injeta-se cloro ou produto similar, 
pois tornam os metais insolúveis na água, permitindo, assim, a sua remoção nas outras etapas de 
tratamento. 
A remoção das partículas de sujeira se inicia no tanque de mistura rápida com a dosagem de sulfato 
de alumínio ou cloreto férrico. Estes coagulantes, têm o poder de aglomerar a sujeira, formando flocos. 
Para otimizar o processo adiciona-se cal, o que mantém o pH da água no nível adequado. 
Na floculação, a água já coagulada movimenta-se de tal forma dentro dos tanques que os flocos mis-
turam-se, ganhando peso, volume e consistência. 
Na decantação, os flocos formados anteriormente separam-se da água, sedimentando-se, no fundo 
dos tanques. 
A água ainda contém impurezas que não foram sedimentadas no processo de decantação. 
Por isso, ela precisa passar por filtros constituídos por camadas de areia ou areia e antracito suportadas 
por cascalho de diversos tamanhos que retêm a sujeira ainda restante. 
A água já está limpa quando chega a esta etapa. Mas ela recebe ainda mais uma substância: o cloro. 
Este elimina os germes nocivos à saúde, garantindo também a qualidade da água nas redes de distri-
buição e nos reservatórios. 
Para proteger as canalizações das redes e das casas contra corrosão ou incrustação, a água recebe 
uma dosagem de cal, que corrige seu pH. 
Finalmente a água é fluoretada, em atendimento à Portaria do Ministério da Saúde. 
Consiste na aplicação de uma dosagem de composto de flúor (ácido fluossilícico). 
Reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de formação dos dentes, que vai da 
gestação até a idade de 15 anos. 
Oxidação 
Coagulação 
Floculação 
Decantação 
Filtração 
Desinfecção 
 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
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Correção de pH 
Fluoretação 
 b) Tratamento da água de captação subterrânea 
A água captada através de poços profundos, na maioria das vezes, não precisa ser tratada, bastando 
apenas a desinfecção com cloro. Isso ocorre porque, nesse caso, a água não apresenta qualquer tur-
bidez, eliminando as outras fases que são necessárias ao tratamento das águas superficiais. 
Reservação 
A água é armazenada em reservatórios, com duas finalidades: 
manter a regularidade do abastecimento, mesmo quando é necessário paralisar a produção para ma-
nutenção em qualquer uma das unidades do sistema; 
atender às demandas extraordinárias, como as que ocorrem nos períodos de calor intenso ou quando, 
durante o dia, usa-se muita água ao mesmo tempo (na hora do almoço, por exemplo). 
Quanto à sua posição em relação ao solo, os reservatórios são classificados em subterrâneos (enter-
rados), apoiados e elevados. 
Redes de distribuição 
Para chegar às casas, a água passa por vários canos enterrados sob a pavimentação das ruas da 
cidade. Essas canalizações são chamadas redes de distribuição. 
Para que uma rede de distribuição possa funcionar perfeitamente, é necessário haver pressão satisfa-
tória em todos os seus pontos. Onde existe menor pressão, instalam-se bombas, chamadas boosters, 
cujo objetivo é bombear a água para locais mais altos. 
Muitas vezes, é preciso construir estações elevatórias de água, equipadas com bombas de maior ca-
pacidade. Nos trechos de redes com pressão em excesso, são instaladas válvulas redutoras. 
Ligações domiciliares 
A ligação domiciliar é uma instalação que une a rede de distribuição à rede interna de cada residência, 
loja ou indústria, fazendo a água chegar às torneiras. 
Para controlar, medir e registrar a quantidade de água consumida em cada imóvel, instala-se um hidrô-
metro junto à ligação. 
A tarifa mínima da COPASA dá direito a um consumo residencial de 6.000 litros de água por mês. 
Ultrapassar esse limite, a conta de água é calculada sobre a quantidade de litros que foi consumida e 
registrada pelo hidrômetro. 
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