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Cap 4 Gestão Financeira e Orçamentária

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21/03/2019 Gestão Financeira e Orçamentária
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GESTÃO FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
CAPÍTULO 4 - O QUE SÃO ÍNDICES
FINANCEIROS?
Ciro Gustavo Bragança
 
INICIAR
21/03/2019 Gestão Financeira e Orçamentária
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Introdução
Você já parou para pensar sobre as informações que podem ser extraídas dos
informativos contábeis? O que é possível analisar além dos valores dos saldos
contábeis? E além da evolução simples dos saldos? Você sabe o que são índices
financeiros? E como são obtidos? São muitas as informações importantes que as
Demonstrações Contábeis nos fornecem. Portanto, discutiremos esse tema e você
terá a oportunidade de compreender a utilidade dos índices financeiros extraídos
dos demonstrativos contábeis. Nesse sentido, é crucial que você saiba como
calculá-los. Assim como o cálculo, é necessário saber como se interpretam os
índices financeiros extraídos das demonstrações. Consequentemente, ao calcular
os índices, e interpretá-los, é possível saber sobre a saúde financeira das
empresas. Nesse ponto, você pode analisar a liquidez; o endividamento; os prazos
de pagamentos e recebimentos; e os prazos de estoque, além da rentabilidade e
da lucratividade.
Embora a compreensão da saúde financeira empresarial ajude enormemente,
cabe ressaltar que o cálculo dos índices e as suas interpretações podem não ser
suficientes. Portanto, é necessário que você analise o conjunto das Demonstrações
Contábeis, complementando ainda com outras informações mais detalhadas,
tanto de cunho interno privado, como aquelas do mercado concorrencial, que
servem de comparação. Essas informações da concorrência, muitas vezes, não são
fornecidas, e por isso ficará mais difícil de você comparar os índices de uma
empresa com os índices do mercado. Poderá, entretanto, haver uma solução para
isso? Claro que sim!
Mas vamos em frente, pois teremos muito trabalho a partir de agora. Leia
atentamente todo o conteúdo, e bons estudos! 
4.1 Índices econômicos e financeiros
De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – Estrutura Conceitual
para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, as demonstrações
contábeis são elaboradas com objetivo de “fornecer informações que sejam úteis
na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral,
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não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de
determinados grupos de usuários” (PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO CPC
00 (R1)).
Apesar da menção de que as demonstrações não são elaboradas com este ou
aquele cunho específico, importa ao usuário da informação contábil utilizá-la de
modo a satisfazer as suas necessidades. Isso porque as demonstrações são
elaboradas por meio de um padrão, ou seja, um referencial, sem questões de
atendimento a um grupo específico e, portanto, somente a análise dessas
informações contábeis é que podem ser realizadas de acordo com as necessidades
gerenciais de cada usuário.
Assim, é comum a utilização de índices econômicos e financeiros, que extraídos
dos relatórios contábeis, servirão de base ou apoio à tomada de decisão gerencial.
Iudícibus (2007, p. 79) comenta que “tradicionalmente, a análise e a interpretação
de balanços tem-se valido do expediente de calcular uma série de quocientes,
relacionando as mais variadas contas do balanço”. Observe que a menção
“balanço” se refere aos demonstrativos contábeis, e que os índices são extraídos
destes, utilizando-se do conjunto de informações disponíveis para suas
interpretações. Por sua vez, os “indicadores (ou índices ou quocientes) significam
o resultado obtido da divisão de duas grandezas” (MARION, 2012, p. 12). Desse
modo, os índices são aqueles obtidos pelas relações entre as contas das
Demonstrações Financeiras e aqueles índices não extraídos das demonstrações,
mas que auxiliam de certa forma os usuários das informações como a quantidade
de clientes por região, número de funcionários por setor, quantidade de contratos
por estado ou município, e tantos outros.
Por isso, é importante que você conheça ainda os índices não financeiros. É isso
aí! É possível analisar Índices Econômicos e Financeiros e Índices Não Financeiros.
Vamos vê-los? 
4.1.1 Índices financeiros
De acordo com Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2008, p. 97), “os índices financeiros
são calculados para ajudar a avaliar uma demonstração financeira”. Diversos
índices financeiros podem ser extraídos deste tipo de demonstração.
Entretanto, Padoveze (2010) ressalta que os indicadores calculados devem se
restringir a uma quantidade mínima possível, haja vista a análise se tornar prolixa
se muitos deles forem observados. A escolha dos índices financeiros pelas
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empresas poderá ser realizada ou determinada pela alta administração, conforme
seus interesses gerenciais.
Desse modo, pode-se criar uma diversidade de indicadores, mas há de se ter bom
senso. Deve-se utilizar uma quantidade adequada que favoreça o entendimento
sobre a situação financeira e econômica da empresa de forma objetiva. Sugere-se
o uso entre dez e vinte indicadores (PADOVEZE; BENEDICTO, 2010). Assim,
percebe-se que uma quantidade abusiva de indicadores mais atrapalhará a
análise do que a ajudará.
A reorganização das informações obtidas pelas demonstrações financeiras em
índices diz respeito a cinco áreas de desempenho financeiro (ROSS; WESTERFIELD;
JAFFE, 2002), conforme o quadro: 
Note, pelo quadro, que os índices podem ser agrupados a fim de auxiliar o
acompanhamento por área de desempenho.
Por outro lado, um tripé de análise das demonstrações financeiras, o qual pode ser
usado para reunir informações sobre a situação econômico-financeira de uma
determinada empresa, é indicado na figura a seguir: 
Quadro 1 - Reorganização das informações contábeis por meio de índices em cinco áreas de
desempenho financeiro. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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Entretanto, esse tripé, como o próprio Marion argumenta, oferece uma análise
introdutória das demonstrações, embora seja considerada uma análise suficiente
sobre a situação da empresa. Além desse nível introdutório, Marion (2012) propõe
dois outros níveis de análise por meio de índices: o intermediário, que analisará
mais profundamente e com riqueza de detalhes outros diversos indicadores,
inclusive utilizando-se da DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos (em que foi extinta a obrigatoriedade de elaboração e publicação) e todo
o conjunto de informações contábeis; e o avançado, indicado para curso de pós-
graduação.
Figura 1 - Tripé de análise das demonstrações financeiras para indicação da situação econômico-
financeira de uma empresa. Fonte: MARION, 2012, p. 1.
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Desse modo, propõe-se que os índices financeiros sejam observados em cinco
dimensões, agrupados de acordo com as características dos indicadores e a fim de
quepossam reunir simplificadamente as informações, conforme a figura: 
Os índices de liquidez oferecem informações acerca da capacidade de as
empresas honrarem seus compromissos de curto e longo prazos. Os índices de
endividamento, além da composição das fontes de financiamento das empresas
(estrutura de capital), podendo ser oriunda de capital de terceiros ou capital
próprio, fornecem informações sobre a proporção das dívidas de curto ou longo
prazos. Os índices de atividade auxiliam a compreensão dos prazos médios das
empresas, sendo: prazos de pagamentos e recebimentos; e de estoques. Por sua
 Figura 2 - Índices financeiros:
agrupamento em cinco dimensões com base nas características dos indicadores. Fonte: Elaborada
pelo autor, 2018.
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vez, os índices de lucratividade revelam as margens de lucro das empresas,
podendo ser: bruta, operacional ou líquida. Enfim, os índices de rentabilidade
auxiliam a compreensão do retorno sobre os investimentos ou patrimônio líquido.
Nota-se que os índices financeiros são fontes úteis para o conhecimento acerca
da saúde financeira das empresas, simplificando e enriquecendo a análise do
desempenho empresarial. 
4.1.2 Índices não financeiros
Os índices não financeiros são muito úteis, pois fornecem informações adicionais
que corroboram a análise das demonstrações financeiras. Desse modo, destaca-se
que “os indicadores não financeiros são aqueles que proporcionam condições de
considerar outros quesitos e que permitem que a análise da adequação do
orçamento seja equilibrada, não dependendo exclusivamente dos indicadores
financeiros” (FREZATTI, 2017, p. 73).
Assim, uma gama de índices não financeiros pode ser utilizada pelos gestores, a
fim de se apoiarem quando da análise de sua gestão. Podem ser utilizados tantos
quanto forem necessários, entretanto, deve haver bom senso quanto ao uso
excessivo deles. Alguns desses índices não financeiros são sugeridos a seguir:
 
Número de funcionários
Quantidade: total; por setor; por filial; por região de atuação; por atividade;
contratações; demissões; rotatividade; treinamento geral e por colaborador.
 
Número de clientes
Quantidade: total; por setor; por filial; por região de atuação; por atividade.
 
Contratos de serviços
Quantidade: por prestador; por filial; por região de atuação; por atividade;
por tipo de serviço.
 
Fornecedores
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Quantidade de volume fornecido: por fornecedor; por filial; por região de
atuação; por produto.
 
Estoques
Quantidade de itens: por tipo; por vencimento; fluxo de saída por tipo; fluxo
de entrada por tipo; tempo de permanência em estoque por tipo.
 
Frezatti (2017) destaca que, ao levarmos em consideração a abordagem do
Balanced Scorecard (BSC), os indicadores não financeiros mais encontrados são:
 
Indicadores de clientes:
market share (trata-se da participação do mercado);
número de clientes;
evolução do crescimento de clientes (entrada e saída de clientes).
Observação: de acordo com Frezatti, os indicadores não financeiros relacionados
aos clientes podem ser classificados da seguinte forma: a) participação no
mercado; b) retenção; c) captação; e d) satisfação do cliente.
 
Indicadores de processo segmentados por:
inovação;
operação;
pós-venda.
 
Indicadores de aprendizado e crescimento, como:
turnover dos funcionários;
idade dos colaboradores;
permanência na empresa e no cargo;
qualidade do desenvolvimento educacional dos funcionários;
satisfação dos colaboradores.
 
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A importância dos indicadores destacados reside na abordagem do BSC, o qual
favorecerá um alinhamento com o Plano Estratégico, o que facilitará o
monitoramento da alta administração com vistas ao cumprimento dos objetivos
de longo prazo.
VOCÊ SABIA?
O BSC é um sistema estratégico de planejamento e gerenciamento, utilizado para:
comunicar o que se pretende realizar; alinhar o trabalho do cotidiano em prol da
estratégia; priorizar projetos, produtos e serviços; e medir e monitorar o progresso
em direção a metas estratégicas (BALANCED SCORECARD INSTITUTE, [s/d]). Leia
mais sobre o assunto disponível em: <http://www.balancedscorecard.org/BSC-
Basics/About-the-Balanced-Scorecard (http://www.balancedscorecard.org/BSC-
Basics/About-the-Balanced-Scorecard)>. 
Nesse sentido, por que a adoção de indicadores não financeiros se faz
importante? Porque eles complementam, apoiam e enriquecem a análise das
Demonstrações. Outro ponto que merece destaque é a necessidade do
alinhamento estratégico dos indicadores, o que auxiliará o gestor na verificação de
que os rumos seguidos estão voltados para os objetivos de longo prazo traçados
pela entidade. 
4.2 Índices econômicos e financeiros
Você já está ciente da utilidade dos índices econômicos e financeiros para a
análise do desempenho empresarial e para o acompanhamento dos rumos da
empresa, bem como para a tomada de decisão de novos rumos a serem seguidos.
Como vimos, é possível analisar a liquidez, o endividamento, a atividade ou
estrutura, a lucratividade e a rentabilidade das empresas por meio da análise de
índices ou indicadores obtidos com base nas Demonstrações Financeiras.
Lembre-se de que o cálculo dos índices é realizado pelas relações entre as contas
dos demonstrativos contábeis e, por sua vez, cabe ao analista a interpretação
desses índices. O uso de informações mais apuradas e comparações com outras
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empresas do mesmo segmento, por parte do analista, é muito importante para
elucidar e enobrecer a análise.
Por sua vez, a liquidez está relacionada com a capacidade de a empresa honrar os
débitos com os credores, tanto no curto quanto no longo prazo. Existem
indicadores de liquidez, obtidos pelas relações de contas do Balanço Patrimonial,
que auxiliam a compreensão acerca desse ponto. O endividamento da empresa
também é algo que pode ser analisado por meio de índices obtidos pelas relações
de contas do balanço. 
4.2.1 Liquidez
A liquidez de uma empresa é inevitavelmente um dos pontos mais preocupantes
na gestão financeira empresarial. Ela está relacionada aos recursos disponíveis
para a empresa frente aos pagamentos de débitos junto a fornecedores,
funcionários, governo, bancos e outros credores diversos. O uso de indicadores
favorece ao gestor financeiro a obtenção de informações acerca da situação de
liquidez da empresa, apresentando a capacidade que esta possui para quitar as
suas dívidas. 
VOCÊ SABIA?
As contas do Balanço Patrimonial, em específico, aquelas que representam o ativo
(bens e direitos), são classificadas por ordem de liquidez, ou seja, aquelas que se
converterão em dinheiro mais rapidamente. Por sua vez, a conta “Caixa” e a conta
“Bancos” aparecerão antes de todas as outras, seguidas pelas contas de “Clientes a
Receber” e de “Estoques”, e assim sucessivamente. 
Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 39) comentam que a “liquidez contábil refere-se
à facilidade e velocidade com a qual os ativos podem ser convertidos em
dinheiro”. Por isso, pelo uso das informações contábeis para os cálculos dos
índices de liquidez, faz-se necessária a compreensão acerca dos grupos de contasdo balanço que serão utilizados, bem como as contas contábeis pertencentes a
cada um desses grupos. Veja o quadro a seguir. 
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O quadro apresenta os grupos do Ativo e Passivo, pertencentes ao Balanço
Patrimonial, os quais serão base para os cálculos dos índices de liquidez. Observe
que os grupos serão: ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e
passivo não circulante. Outro ponto de destaque é que, no ativo não circulante, os
saldos dos subgrupos de investimentos, imobilizado e intangível não serão
considerados para fins de cálculos dos índices de liquidez, ou seja, somente o
subgrupo do ativo circulante, Realizável a Longo Prazo, é que será considerado na
liquidez. E você sabe por que motivo? É que os investimentos, o imobilizado e o
intangível representam valores de difícil conversão em caixa. Desse modo, a
Liquidez pode ser calculada por meio das fórmulas dos seguintes índices:
 
Quadro 2 - Grupos de contas do balanço a serem considerados para os cálculos dos índices de
liquidez. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Para a interpretação desses índices, considera-se o seguinte:
 
quanto maior o índice, melhor;
índices superiores a 1 (um) indicam que a empresa tem liquidez, ou seja,
tem capacidade para honrar seus compromissos de curto prazo (LC, LS e LI)
e longo prazo (LG).
 
Esses são os índices consagrados para a análise de liquidez com base nas
Demonstrações Financeiras, em específico, com base no Balanço Patrimonial.
Ademais, pode-se ainda avaliar a liquidez de uma empresa considerando o
seguinte procedimento:
 
 
 
O CCL (ou CGL, Capital de Giro Líquido) representa a sobra de recursos em relação
às dívidas de curto prazo em que, sendo apresentado em valor monetário, quando
superior a zero, indica capacidade financeira da empresa em quitar as dívidas de
curto prazo.
 
4.2.2 Endividamento
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O endividamento está relacionado com os passivos de curto e de longo prazos
das empresas, bem como com o patrimônio líquido. Desse modo, analisa-se a
estrutura de capital da empresa (fontes de financiamento), ou seja, o capital de
terceiros e o capital próprio. O capital de terceiros é representado pelos passivos
circulante e não circulante, e o capital próprio é representado pelo patrimônio
líquido. Marion (2012, p. 95) comenta que “são os indicadores de endividamento
que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de
recursos dos proprietários”.
Assim sendo, destacam-se os seguintes indicadores tradicionalmente utilizados
para fins de análise do endividamento com base nas Demonstrações Financeiras:
 
 
 
Finalidade: analisar a participação do capital de terceiros na dívida total da
empresa.
Interpretação: quanto maior for o índice, maior a captação de recursos de
terceiros pela empresa.
 
 
 
Finalidade: analisar a participação do capital próprio na dívida total da
empresa.
Interpretação: quanto maior for o índice, maior a utilização de recursos
próprios pela empresa.
 
 
 
Finalidade: analisar se a empresa possui condições, em caso de falência, de
arcar com recursos próprios.
Interpretação: quanto maior for o índice, menor a probabilidade de a
empresa arcar, com capital próprio, com os problemas financeiros em caso
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de falência.
 
 
 
Finalidade: analisar a concentração da dívida no curto prazo.
Interpretação: quanto maior for o índice, maior concentração das dívidas
exigíveis em prazos inferiores a 12 meses.
 
Veja que, com base nos índices de endividamento, será possível compreender a
estrutura de endividamento da empresa. Além disso, pela análise do
endividamento por meio dos índices é que se saberá se “os recursos de terceiros
têm seu vencimento em maior parte a Curto Prazo ou a Longo Prazo” (MARION,
2012, p. 95).
De acordo com o Portal G1, um levantamento mostra que o nível de endividamento das empresas
brasileiras cresceu.
Acesse o vídeo disponível em: <http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-
videos/v/levantamento-mostra-que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-
cresceu/5988225/ (http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-videos/v/levantamento-mostra-
que-nivel-de-endividamento-das-empresas-brasileiras-cresceu/5988225/)>. Bons estudos! 
Tantos outros índices de endividamento podem ser criados a critério do analista,
por exemplo, a representatividade de empréstimos junto a bancos em relação ao
total da dívida, a dívida com o governo em relação à dívida total etc. Entretanto,
cabe ressaltar que o bom senso na adoção de muitos indicadores é crucial para
uma análise mais objetiva. Muitos indicadores podem tornar a análise até mesmo
redundante e cansativa. 
VOCÊ QUER VER?
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4.3 Índices econômicos e financeiros
Dentre as análises por meio de índices, tem-se a denominada análise da atividade
ou estrutura. Neste grupo, analisam-se os índices relacionados com os prazos de
recebimento e pagamento, prazo de estocagem, bem como o giro do ativo, o ciclo
operacional e o ciclo financeiro. Os índices econômicos e financeiros de atividade
“são construídos para medir a eficácia com que os ativos de uma empresa estão
sendo geridos” (ROSS, WESTERFIELD E JAFFE, 2002, p. 47).
Noutro giro, tem-se a análise da lucratividade. O grupo de índices de lucratividade
apresenta os seguintes: margem operacional; margem líquida; e margem bruta. A
lucratividade, para Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2008, p. 105), “é o resultado
líquido de um número de políticas e decisões”.
Nesse sentido, tanto a análise da atividade quanto a análise da lucratividade, por
meio das Demonstrações Financeiras, são possíveis extraindo-se índices com base
nas relações entre as contas dos demonstrativos. 
4.3.1 Atividade ou estrutura
Os índices de atividade são obtidos utilizando-se as contas pertencentes ao
Balanço Patrimonial e à Demonstração do Resultado do Exercício. Observe que, no
caso desses indicadores, existe a relação de contas dos dois demonstrativos. A
seguir apresentam-se esses indicadores de atividade, a finalidade, a fórmula de
cálculo e a interpretação de cada um deles.
 
 
 
Finalidade: analisar o tempo em dias que os itens permanecem em
estoques.
Interpretação: quanto maior pior, pois os estoques significam recursos
financeiros aplicados em itens para venda.
 
 
 
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Finalidade: analisar o tempo médio que a empresa leva para o recebimento
das vendas.
Interpretação: quanto maior pior, pois, se a empresa leva muito tempo para
receber suas vendas, isso poderá prejudicar sua necessidade de caixa.
Observação: deve-se analisar a política de cobrança da empresa e
alinhamento com o prazo de pagamento com fornecedores.
 
 
 
Finalidade: analisar otempo que a empresa leva para efetuar o pagamento
dos seus fornecedores.
Interpretação: esse índice, em geral, é interpretado como “quanto maior
pior”, pois permite que se saiba se a empresa é morosa quanto aos
pagamentos dos fornecedores. Por outro lado, um índice muito baixo pode
indicar que a empresa está quitando rapidamente os seus débitos e poderá
ficar sem recursos de curto prazo. Deve-se alinhar este indicador com o
índice PMR, com vistas à adequação à política de cobrança.
 
 
 
Finalidade: analisar o tempo total que a empresa leva desde a compra até o
recebimento das vendas.
Interpretação: quanto maior pior. Observação: deve-se atentar para a
política de cobrança, que pode em certas empresas ser mais benéfica para o
cliente.
 
 
 
Finalidade: analisar o período que a empresa leva desde a compra,
passando pelo recebimento das vendas, até o pagamento dos fornecedores.
Interpretação: quanto maior melhor, pois indica que a empresa passa a
maior parte do tempo com seus recursos aplicados.
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Finalidade: analisar a eficácia da empresa no gerenciamento de seus ativos.
Interpretação: quanto maior o giro do ativo, melhor.
 
Considerando que os índices de atividade são utilizados para analisar quão
eficazmente uma empresa tem administrados seus ativos, observe que, de um
modo geral, quanto maior os índices de atividade apresentados, melhor para a
empresa.
No Portal de Contabilidade, você obterá mais informações sobre os ciclos econômico, operacional e
financeiro (ZANLUCA, [s/d]). O texto de Jonatan de Sousa Zanluca trata dessas medidas usadas para
analisar o tempo em que as atividades da empresa são desenvolvidas. Acompanhe lá!
Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm
(http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm)>. 
Novamente, para os índices de atividade, outros indicadores podem ser
calculados de acordo com a necessidade do gestor, tendo sempre em mente que
uma quantidade reduzida é o melhor caminho para uma análise mais objetiva por
parte do analista. 
4.3.2 Lucratividade
Como você viu, a lucratividade pode ser medida por índices extraídos das
Demonstrações Financeiras ou, melhor dizendo, da DRE, que é a Demonstração do
Resultado do Exercício.
VOCÊ QUER LER?
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Isso pois a lucratividade é observada relacionando-se as contas de lucros com as
vendas realizadas pela empresa. Veja como são calculados os índices:
 
 
 
Para a interpretação dos índices de lucratividade, considere o seguinte:
 
quanto maior for o índice de lucratividade encontrado, melhor;
deve-se multiplicar os valores encontrados por 100, para fins de conversão
dos indicadores em taxa;
pode-se comparar as taxas encontradas com o índice do segmento que a
empresa em análise atua para a melhor compreensão do desempenho.
 
Reinaldo Luiz Lunelli destaca o EBITDA, “um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de
capital aberto e pelos analistas de mercado” (LUNELLI, [s/d]). Saiba mais sobre o assunto acessando o
Portal de Contabilidade, disponível em:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm
(http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm)>. 
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Lembre-se de que outras análises sobre a lucratividade da empresa podem ser
feitas, criando outros índices que relacionem o lucro com outra variável.
Entretanto, é importante que se saiba que o lucro é o resultado advindo da
dedução dos custos e despesas das vendas. Nesse ponto, interessa saber se o
lucro auferido pela empresa é suficiente para cobertura dos gastos, o que se pode
alcançar, inevitavelmente, somente pela observação dos tipos de lucro contidos
na DRE, em relação às vendas. 
4.4 Índices econômicos e financeiros
Dentre os grupos de índices econômicos e financeiros, tem-se aquele que trata
da Rentabilidade. A, Rentabilidade por sua vez, é medida relacionando-se os
lucros da empresa com os ativos, e relacionando-se os lucros com o patrimônio
líquido. Busca-se saber quanto a empresa teve de retorno para cada uma unidade
monetária investida no ativo, ou quanto de retorno obteve para cada uma unidade
monetária investida pelos sócios.
Noutro giro, ressalta-se que os grupos de índices obtidos pelas relações das contas
dos demonstrativos contábeis (liquidez, endividamento, atividade, lucratividade e
rentabilidade) podem ser utilizados para a aplicabilidade às demonstrações
projetadas. Desse modo, as projeções dos demonstrativos contábeis podem ser
utilizadas para cálculos dos índices, sendo, portanto, de fato, indicadores
projetados a partir das estimativas das Demonstrações Financeiras. Essa
oportunidade de cálculo de índices projetados favorecerá o acompanhamento dos
indicadores realizados e a confrontação destes em relação aos indicadores
projetados. 
4.4.1 Rentabilidade
A rentabilidade está relacionada ao êxito alcançado após a aplicação de capital.
Nesse sentido, duas vertentes podem ser consideradas acerca da rentabilidade:
aplicação de capital em ativos e aplicação de capital próprio. Dois indicadores
tradicionalmente utilizados como medidas de rentabilidade tratam da relação do
lucro com os ativos e do lucro com o patrimônio líquido. Por meio das formulações
a seguir, você poderá acompanhar o cálculo desses dois índices de rentabilidade,
bem como suas interpretações:
 
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Finalidade: analisar o retorno ou o êxito obtido após a aplicação de recursos
em investimentos.
Interpretação: quanto maior melhor, indica quanto de retorno a empresa
obtém para cada uma unidade monetária aplicada. 
 
Observação: um indicador também muito utilizado é o de Retorno sobre os
ativos (ROA), que mede a rentabilidade sobre os ativos totais da empresa. O
ROA é calculado da seguinte forma:
 
 
 
Índices de rentabilidade como o ROI e o ROA são muito utilizados para a análise do
desempenho na aplicação em ativos pelas empresas. Espera-se que esses índices
sejam os maiores possíveis, já que, quanto maior forem, melhor, indicando que a
empresa esteja aplicando bem os seus recursos.
 
 
 
Finalidade: analisar o retorno ou o êxito obtido após a aplicação de recursos
próprios.
Interpretação: quanto maior melhor, indica quanto de retorno a empresa
obtém para cada uma unidade monetária aplicada.
 
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O estudo de Ferraz, Sousa e Novaes (2017) aborda a relação entre a liquidez e a rentabilidade das
empresas listadas na BM&FBovespa. Ele aponta que existe conflito dos gestores entre manter recursos
ou investi-los em ativos de potencial agregação de valor para a empresa. 
Leia o texto disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/ConTexto/article/viewFile/64494/pdf
(http://www.seer.ufrgs.br/ConTexto/article/viewFile/64494/pdf)>. 
É válida a análise da rentabilidade por parte dos gestores ao utilizarem os
indicadores ROI, ROA ou ROE, pois os analistas podem medir a eficácia da
empresa na gestãodos seus ativos, bem como a eficácia na criação de valor para o
acionista. Esses índices podem e devem ser analisados em comparação com o
segmento em que a empresa atua, para fins de compreensão de sua performance
em relação ao mercado. 
4.4.2 Aplicabilidade às demonstrações projetadas
A aplicação dos índices econômicos e financeiros no contexto das projeções das
Demonstrações Financeiras é de muita utilidade. A importância se dá no sentido
de que os índices podem ser calculados com base nas Demonstrações Financeiras
projetadas, servindo, assim, de parâmetro para o acompanhamento do alcance
dos indicadores projetados.
Dessa forma, a aplicabilidade às demonstrações projetadas dar-se-á
projetando-se, por exemplo, o Balanço Patrimonial e a Demonstração de
Resultado do Exercício. A título de exemplo, acompanhe o caso da Companhia
CELTAX S.A. 
CASO
A diretoria da Companhia CELTAX S.A. elaborou as Demonstrações
Financeiras projetadas. Após as projeções, pediu para a área de
Controladoria e Finanças que procedesse aos cálculos dos índices
econômicos e financeiros projetados. Com os indicadores projetados, a
diretoria pretende acompanhar os valores realizados de cada índice.
Dentre as Demonstrações Financeiras projetadas, tem-se a DRE,
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apresentada com as seguintes informações: 
 
 
Tabela 1 – DRE da Companhia CELTAX S.A. – valores projetados e valores
realizados, base para cálculos dos índices econômicos e financeiros. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
 
Observe que os valores orçados, desde a receita até o lucro líquido, são
apresentados de forma comparativa aos valores realizados. Nesse sentido,
além da DRE, apresentou-se o BP, que pode ser visualizado a seguir: 
 
 
Tabela 2 – BP da Companhia CELTAX S.A. – valores projetados e valores
realizados, base para cálculos dos índices econômicos e financeiros. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
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Atente para a utilidade da análise dos indicadores econômicos e
financeiros. A diretoria vem acompanhando a realização das projeções por
meio dos índices. Nesse sentido, solicitou para a gerência de Controladoria
e Finanças que apresentasse relatório contendo um comparativo entre os
índices projetados e os índices realizados. Esse comparativo foi
apresentado pela área de Controladoria e Finanças conforme a tabela: 
 
 
Tabela 3 – Relatório comparativo de índices econômicos e financeiros da
Companhia CELTAX S.A. – valores projetados e valores realizados. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
 
Nesse sentido, que análise pode ser realizada com base nos indicadores da
tabela apresentada? Você entende que os indicadores são suficientes para
a análise? Você recomendaria mais algum índice para ser acompanhado? 
Solução do caso
Analisando as informações apresentadas, percebe-se que, no geral, os índices
realizados não ficaram tão distantes dos índices orçados. Em termos de liquidez, a
LG realizou-se como o previsto, enquanto a LC teve realização acima da projetada.
Para o endividamento, as projeções de participação do capital de terceiros e do
capital próprio refletiram o esperado, com leve modificação, 42% para capital de
terceiros e 58% para capital próprio, valores orçados, e 41% para capital de
terceiros e 59% para capital próprio, valores reais. Na análise da atividade, o prazo
de recebimento ficou próximo ao projetado, em cerca de 91 dias, enquanto o
prazo de pagamento apresentou realização acima da esperada, 570 dias no
realizado perante 504 dias no projetado, indicando altíssima morosidade da
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empresa ao quitar seus débitos. Comparando-se a lucratividade, a companhia
apresentou valores reais próximos aos projetados, com grande valor de lucro. Os
indicadores apresentaram-se altamente satisfatórios, com 82% para MB e 61%
para ML. Por fim, acerca da rentabilidade, não houve discrepâncias significativas
entre os valores projetados e os realizados. Para o ROI real, tem-se a indicação de
que para cada $ 1 investidos, há retorno de $ 2,27, enquanto que, para cada $ 1
investido pelos sócios, tem-se $ 0,95 de retorno. Em que pese a riqueza de
informações dos indicadores apresentados, e ainda que não, não se deve utilizar
grande quantidade de indicadores na análise das demonstrações, sob a pena da
perda de objetividade. Poderiam ser utilizados ainda outros indicadores como
sugestão: o PME, que forneceria informações sobre o prazo médio de estocagem,
auxiliando ainda na compreensão do CO e do CF da empresa; e o CE, que fornece
informações sobre a representatividade das dívidas de curto prazo em relação à
dívida total com terceiros. 
Professor emérito na Harvard Business School, é codesenvolvedor tanto de custos baseados na
atividade (ABC) quanto do Balanced Scorecard (HARVARD BUSINESS SCHOOL, [s/d]). Autor de várias
obras como “O Balanced Scorecard: medidas que impulsionam o desempenho”, ele é Robert Kaplan.
Disponível em: <https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487
(https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487)>. 
Em um mundo em que se exigem cada vez mais informações acuradas, bem como
qualidade de análise por parte dos gestores, e ainda a capacidade gerencial de se
traçar novos rumos, os índices econômicos e financeiros permitem a elucidação
detalhada das demonstrações, favorecendo o acompanhamento do desempenho
gerencial. Os índices, portanto, representam uma forma de se oferecer um
diagnóstico mais detalhado da situação econômico-financeira da empresa em
pelo menos cinco perspectivas: da liquidez, do endividamento, da atividade, da
lucratividade e da rentabilidade. 
VOCÊ O CONHECE?
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Síntese
Você acaba de concluir os estudos sobre os índices econômicos e financeiros. A
expectativa é de que você possa utilizar o conhecimento sobre cálculos e
interpretações dos indicadores para melhorar a compreensão acerca das
Demonstrações Financeiras. Por meio da análise das Demonstrações, com base
nos índices, é possível que você reúna informações suficientes para traçar novos
objetivos empresariais, favorecendo seu desempenho como gestor empresarial.
Espera-se que um gestor tenha competências direcionadas para a maximização de
riqueza dos acionistas e, portanto, você poderá se valer dos índices a fim de
contribuir com a geração de riqueza, otimizando as decisões com base na análise
dos demonstrativos contábeis utilizando indicadores financeiros e econômicos. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
calcular os principais índices financeiros e não financeiros para a análise das
demonstrações financeiras;
analisar os resultados dos índices sob a ótica dos riscos corporativos;
conhecer a utilização dos índices para a tomada de decisões gerenciais.
Bibliografia
BALANCED SCORECARD INSTITUTE. Balanced Scorecard Basics. [s/d]. Disponível
em: < (http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-
Scorecard)http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-
Scorecard (http://www.balancedscorecard.org/BSC-Basics/About-the-Balanced-
Scorecard)>. Acesso em: 12/03/2018. 
BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L. C.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira:
teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2008. 
FERRAZ,P. S.; SOUSA, E. F. de; NOVAES, P. V. G. Relação entre liquidez e
rentabilidade das empresas listadas na BM&FBovespa. ConTexto, Porto Alegre, v.
17, n. 35, p. 55-67, jan./abr. 2017. 
FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2017. [Disponível na biblioteca virtual] 
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HARVARD BUSINESS SCHOOL. Robert S. Kaplan. [s/d]. Disponível em: <
(https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?
facId=6487)https://www.hbs.edu/faculty/Pages/profile.aspx?facId=6487
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Disponível em: <
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(http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/calculodoebitda.htm)>
Acesso em: 13/03/2018. 
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brasileiras-cresceu/5988225/ (http://g1.globo.com/globo-news/videos/t/todos-os-
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21/03/2019 Gestão Financeira e Orçamentária
https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/gestao_financeira_orcamentaria/ebook_html/unidade_4/index.html 27/27
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: corporate
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ZANLUCA, J. de S. Ciclos econômico, operacional e financeiro. [s/d]. 
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(http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm)http://www.port
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