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INTRODUÇÃO A ATUARIAL AULA 3 Prof. Michael Dias Correa 2 CONVERSA INICIAL O que leva uma empresa a assumir os riscos de outras como sua atividade principal? As seguradoras trabalham basicamente com essa atividade: garantir os direitos de outras pessoas para que elas possam desempenhar suas atividades de forma mais tranquila. No entanto, essa tarefa requer um capital mínimo, uma limitação com relação aos riscos assumidos e uma análise mais aprofundada das demonstrações contábeis, principalmente em relação aos índices econômico- financeiros. Esses são os pontos em que nós vamos nos debruçar nesta aula. Estão prontos? Vamos lá! CONTEXTUALIZANDO Você já trabalhou ou conhece alguém que trabalhe ou já tenha trabalhado em uma empresa de seguros? Pois bem: essa é uma atividade extremamente rentável, mas consiste basicamente em garantir os direitos dos outros. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já nos deparamos com a necessidade de contratar os serviços de uma seguradora. Mas, do ponto de vista contábil, como são registradas e controladas as operações contábeis de uma seguradora? Afinal de contas, ela não possui estoques para comercialização nem fabrica qualquer produto para ser vendido. Pois bem, os seguros representam um tipo tão específico de serviço que há normas e regulamentos específicos só para eles. Tais normas estão vigentes para garantir o seu direito, o nosso direito como segurados, desde que nós também cumpramos o que está estabelecido no contrato, que é a apólice de seguro. Dando enfoque apenas sobre a faceta contábil e formal da atividade securitária, iniciamos mais uma aula com objetivo de conhecer mais os meandros contábeis, operacionais, formais e gerenciais dessa atividade que, a cada dia que passa, cresce mais no nosso país. TEMA 1 – O CICLO ECONÔMICO DE UMA COMPANHIA DE SEGUROS O ciclo econômico mostra-se tão importante para as empresas que, no caso de um plano malfeito em relação a ele, os prazos podem ficar tão 3 desfavoráveis que façam com que determinada empresa seja obrigada a sair do mercado. E é isso que nós começaremos a estudar agora. Vamos juntos! 1.1 Conceito de ciclo econômico Para que seja analisado o ciclo econômico, é necessário que sejam estudados os outros ciclos de uma empresa, que são os ciclos operacional e financeiro. De maneira isolada, o ciclo econômico não fornece as informações necessárias para que uma decisão de longo prazo seja tomada corretamente. O ciclo econômico avalia o tempo em que, na prática, uma mercadoria permanece no estoque de uma empresa. Isso é relativamente simples para as empresas industriais e para as comerciais, mas um pouco difícil de visualizar em se tratando de empresas prestadoras de serviços. Passando para o ciclo operacional, ele corresponde ao intervalo de tempo entre a data da compra e o recebimento da venda efetuada. Novamente, as prestadoras de serviços têm tratamento distinto das indústrias e empresas comerciais. Na situação hipotética de uma empresa apenas vender à vista, o ciclo operacional e o econômico se equivalerão entre si. O último que devemos analisar é o ciclo financeiro, compreendendo o tempo entre o pagamento aos fornecedores e o recebimento das vendas realizadas. Pensando em um bom ciclo financeiro, ele dependerá do prazo dado pelos fornecedores, ou seja, quanto mais tarde forem os pagamentos aos fornecedores, menor será o ciclo financeiro. Mas, agora que sabemos como conceituar cada um dos ciclos apresentados, como trabalharemos o ciclo econômico nas empresas seguradoras? Afinal de contas, elas não trabalham com estoques, mas mesmo assim perfazem um ciclo econômico. Curiosidade É muito comum empresas de setores distintos trabalharem com conceitos ligados à administração econômico-financeira de maneira distinta. Isso ocorre não somente com empresas seguradoras, mas com siderúrgicas, mineradoras, petrolíferas e outras empresas de grande porte. 4 1.2 O ciclo econômico em empresas de seguros Não somente em empresas de seguros, mas em empresas prestadoras de serviço, de maneira geral, que não gerenciam estoques, como se identifica o ciclo econômico? Temos que pensar da seguinte maneira: uma indústria entrega a seus clientes os produtos fabricados e uma empresa comercial entrega a seus clientes as mercadorias adquiridas para revenda. Uma empresa prestadora de serviços entrega para os clientes os serviços contratados e, sendo mais específico em relação às empresas de seguros, elas entregam para os segurados o direito de utilizar os serviços descritos nas apólices contratadas durante a vigência do contrato. Essa é a mercadoria comercializada por uma empresa de seguros e é isso que deve ser considerado no seu ciclo econômico. O ideal, então, seria encurtar o período de prestação de serviços para que o ciclo econômico se reduzisse também. Mas aí entra outro problema para as empresas de seguros: se um contrato de seguro é firmado e terá a vigência de um ano, como encurtar esse prazo? Para compreender esse item melhor com relação às seguradoras, é importante pensar da seguinte maneira: os funcionários que trabalham na linha de frente de uma empresa seguradora, ou seja, comercializando os seguros, conseguem comercializar determinada quantia de contratos. Vamos exemplificar como sendo 30 contratos por mês, por funcionário. O ciclo econômico é o período que esse funcionário leva para conseguir comercializar um contrato. E se ele conseguir aumentar esse número para 45 contratos comercializados? Significa dizer que o ciclo econômico, o qual dispensa os recebimentos financeiros, foi reduzido em 50%, pois eram 30 contratos e esse valor subiu para 45. Uma variação de 15 unidades que, comparadas com a quantidade inicial, que era de 30, equivale a um aumento de 50%. Podemos afirmar, então, que essa situação ensejou uma redução considerável no ciclo econômico. Essa, inclusive, é a única situação em que a atividade das empresas de seguros se diferencia das empresas industriais, comerciais e até de outras prestadoras de serviços. Isso porque, quando um serviço é prestado, ele geralmente é feito de uma vez ou durante um intervalo curto de tempo. É só imaginar quando nós vamos ao cabeleireiro ou vamos ao cinema. O serviço é 5 prestado no momento em que estamos presentes, iniciando-se e finalizando enquanto ainda estamos fisicamente no estabelecimento. Com os seguros a situação é diferente, pois ele segue sendo prestado durante todo o período de vigência, normalmente de um ano. Isso deve ser analisado para conseguirmos identificar as particularidades em relação ao ciclo econômico das empresas de seguro. Saiba Mais Para que você não fique apenas imaginando como esses ciclos todos se comunicam, no vídeo intitulado Ciclo operacional (Costa, 2009) há uma explicação mais detalhada sobre os ciclos econômico, operacional e financeiro de uma empresa. Ficará mais clara a importância de cada um para o seu processo de gestão. TEMA 2 – ESQUEMA CONTÁBIL E SUAS LIMITAÇÕES As empresas de seguros possuem uma estrutura contábil única, situação que também ocorre com as instituições bancárias. Só que essa estrutura única também possui certas limitações, principalmente se compararmos tais empresas com as outras empresas no cenário nacional. Neste ponto, identificaremos a parte contábil, especificando suas limitações. Vamos lá? 2.1 Aspectos contábeis das empresas de seguros A contabilidade de uma empresa de seguros é composta de dois grandes campos de gestão: o operacional e o financeiro. Nesse caminho são desenhados os sistemas de controle para que os registros contábeis das suas operações possam ser realizados, além de possibilitarem a análise econômico-financeira dessas empresas ao fim de um período, normalmente um exercíciofinanceiro. Como consequência dos registros contábeis, são geradas informações úteis para o processo decisório, as quais podem ser tanto de confecção e divulgação obrigatória como facultativa. Essas informações organizadas são denominadas livros contábeis e possuem como documentos obrigatórios o diário e o razão e como facultativos o livro-caixa, o livro de contas-correntes, os livros de apuração de impostos, entre outros que a seguradora julgar necessária a elaboração. 6 Adicionalmente, as empresas de seguros são obrigadas a realizar registros auxiliares em seus sistemas contábeis, sendo enquadradas nessa obrigação aquelas que operam nos chamados ramos elementares, como ramo vida, com previdência privada aberta e capitalização. Esses registros, além dos aspectos formais de elaboração, devem realizar emissão de apólices e outros documentos relacionados a prêmios a receber e cobranças de apólices, além de sinistros pagos e avisados. Se houver tais registros, também há a obrigatoriedade da escrituração de cosseguros recebidos e o conjunto integral dessas informações deve ser finalizado a cada mês por todas as seguradoras em território nacional. Em relação à documentação formal que deve ser obrigatoriamente constituída pelas empresas de seguros, estão os formulários de proposta de seguro, os que são emitidos antes da emissão das apólices, momento em que os segurados apresentam a intenção de contratar a cobertura. Essa solicitação pode ser aceita ou recusada pela empresa de seguros em até 15 dias. Outro formulário de preenchimento obrigatório é a ficha de compensação, a qual remete ao segurado a apólice que foi emitida juntamente com o aviso da cobrança bancária relativa ao prêmio contratado no momento da assinatura. Como os prêmios devem ser obrigatoriamente cobrados via rede bancária, antes desse procedimento o que era feito era a nota de seguro, a qual era remetida ao banco para cobrança e que era utilizada como comprovante do pagamento do prêmio, procedimento esse que também já era efetuado por meio da rede bancária. Por último e de envio obrigatório para a Superintendência de Seguros Privados (Susep) está o formulário de informações periódicas, conhecido como FIP, o qual tem o objetivo de informar a situação administrativa, econômica e financeira de uma empresa de seguros, sendo apresentada uma série de informações contábeis e patrimoniais a seu respeito, tais como demonstrações contábeis, sobre sinistros, coberturas, informações de prêmios por área geográfica, entre outras operações que compõem a rotina de uma empresa de seguros. Curiosidade Embora tenha diferenças operacionais e de registros em relação às operações contábeis, os artigos 128 e 129 da Circular Susep no 517 de 30 de julho de 2015 tratam dos detalhes tanto de operações de seguros como de 7 operações de resseguros, no que concerne a planos de contas. Os códigos, nomenclaturas a serem utilizadas e outros detalhes estão especificados nessa circular (Susep, 2015). 2.2 A prática contábil nas empresas de seguros As empresas seguradoras precisam atender aos critérios estabelecidos pelo artigo 130 da Circular Susep no 517/2015 (Susep, 2015), o qual estabelece que o relatório da administração, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do período, a demonstração de resultado abrangente, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, a demonstração dos fluxos de caixa, as notas explicativas e o correspondente relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras devem ser publicados até o dia 28 de fevereiro do ano seguinte ao da data-base, respeitando os critérios estabelecidos pela Lei no 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Brasil, 1976). Para as empresas de seguros, há um plano de codificação das operações contábeis, o qual estabelece dois códigos a serem utilizados. O primeiro é um número composto por 10 algarismos, que indicam, na sequência, o que está descrito no Quadro 1. Quadro 1 – Códigos contábeis para empresas de seguros Sequência Descrição 1º algarismo Classe 2º algarismo Grupo 3º algarismo Subgrupo 4º algarismo Conta 5º algarismo Subconta 6º algarismo 1º desdobramento da subconta, se necessário 7º algarismo 2º desdobramento da subconta, se necessário 8º algarismo 3º desdobramento da subconta, se necessário 9º algarismo 4º desdobramento da subconta, se necessário 10º algarismo 5º desdobramento da subconta, se necessário Fonte: adaptado de Susep, 2015. É incumbência exclusiva da Susep a faculdade de criar a codificação que vá até o décimo algarismo. O código que vem na sequência, o segundo, é composto por quatro algarismos e indica o código do ramo, que é composto 8 pelos campos denominados grupo e identificador do ramo, podendo ser utilizado tanto nas contas patrimoniais quanto nas contas de resultado (Susep, 2015). Leitura Obrigatöria A contabilidade para seguradoras, assim como a contabilidade em geral, está em processo de harmonização com as normas internacionais de contabilidade. O artigo Contabilidade de seguradoras: estudo comparativo entre as normas brasileiras e as normas internacionais mostra os detalhes desse processo de harmonização (Souza; Silva, Lara, 2008). TEMA 3 – LIMITES OPERACIONAIS E LIMITES TÉCNICOS São várias as normatizações que regem o trabalho das empresas de seguro. A partir de agora nós vamos ver mais especificamente os limites operacionais e os limites técnicos que regem o trabalho de uma empresa desse ramo. Vamos caminhar juntos na busca por esses conhecimentos! 3.1 Limites operacionais Uma empresa de seguros não pode atuar de maneira indiscriminada, arriscando-se a contrair problemas financeiros que prejudiquem a sua continuidade operacional. Isso é muito simples de se imaginar, pois em suas operações rotineiras está a garantia de patrimônios e direitos dos clientes segurados. Dessa maneira, há regras específicas que estabelecem limites operacionais para as empresas seguradoras. A Resolução no 321 de 15 de julho de 2015 do Conselho Nacional de Seguros Privados estabelece que o valor máximo de responsabilidade que uma empresa de seguros pode reter por contrato é de 4% do seu ativo líquido, que é o patrimônio líquido ajustado. Esse mesmo regramento também estabelece que os limites operacionais devem ser apurados com periodicidade semestral, calculados nos meses de fevereiro e agosto, sendo facultado o cálculo de novos limites para os outros meses (CNSP, 2015). Para tal, os valores calculados entre fevereiro e julho têm como base o valor do patrimônio líquido ajustado do mês de dezembro do ano anterior e os valores calculados entre os meses de agosto e janeiro consideram o valor do patrimônio líquido de junho. 9 Exemplificando, se uma empresa seguradora apresentar, em 30 de junho de um ano, o valor de ativo total de R$ 5 milhões e um passivo total de R$ 3 milhões, o limite operacional, ou seja, a responsabilidade máxima que ela pode obter em uma única apólice é de R$ 80 mil, valor que representa 4% de R$ 2 milhões, diferença entre o ativo total e o passivo total. No caso de haver aumento de capital após a data de apuração dos valores componentes do ativo líquido, desde que integralizado na forma de dinheiro ou de bens disponibilizados à empresa de seguros, eles deverão ser computados no cálculo do limite operacional. Não será estabelecido limite operacional para a empresa de seguros se o valor dos prejuízos acumulados registrados no patrimônio líquido forem superiores à soma do capital realizado e das suas reservas. Tampouco será definido limite operacional para as seguradoras que não possuírem o capital mínimo exigido para operação, haja vista que possuem atividade ligada à garantia de direitos de terceiros. Leitura Obrigatória É importante entender com detalhes os conceitos do limite operacional.Para tanto, leia o artigo Alternativas para análise de risco e retorno dos ativos frente às necessidades de reservas atuariais e cobertura de passivos (Mello et al., 2014), publicado na Revista Brasileira de Previdência, e que fala sobre os riscos assumidos por empresas do ramo de seguros. 3.2 Limites técnicos A mesma Resolução no 321 do CNSP (2015) define a maneira de calcular os limites técnicos das empresas seguradoras, assim como o fizera para os limites operacionais. Da mesma forma que os limites operacionais são definidos com base nos ativos líquidos de uma empresa de seguro, assim também o são os limites técnicos. A resolução também estabelece que a expressão limite técnico pode ser substituída por limite de retenção, sem prejuízo de sua interpretação por parte do legislador. Em termos operacionais, os ativos líquidos também são representados pelo patrimônio líquido. Mas, de maneira distinta do limite operacional, o limite técnico deve ser definido pelas empresas de seguros com base em cada ramo de seguro e com o uso de algum método que seja cientificamente comprovado 10 e que tenha a possibilidade de gerar resultados consistentes com a realidade vivida por elas. É estabelecido o limite de retenção de até 5% do patrimônio líquido ajustado sem que haja necessidade de autorização prévia da Susep. Para valores superiores, é necessária prévia anuência do CNSP. Após serem realizados os cálculos e obtidos os valores de limite técnico, estes devem ser encaminhados para a sede da Susep, localizada no Rio de Janeiro. Da mesma forma que o limite operacional, o limite técnico também não será calculado quando os prejuízos constantes no patrimônio líquido superarem o capital realizado mais as reservas, nem quando a empresa de seguros não possuir o capital mínimo exigido para a manutenção de suas atividades operacionais. Por fim, cabe à Susep o encargo de definir um limite técnico diferente para uma empresa de seguros em específico, desde que sejam apontadas as devidas justificativas que motivaram o estabelecimento de novo valor. Curiosidade Desde 2012 a Susep vem divulgando consultas públicas com a intenção de alterar as normas vigentes e estabelecer novos limites de retenção, sendo realizadas diversas atualizações em suas normas, nos últimos anos, como nos informa.notícia vinculada pelo Sincor-GO (2013). TEMA 4 – MARGEM DE SOLVÊNCIA E CAPITAL MÍNIMO Ainda sobre os pontos relativos à parte operacional e às normas ligadas diretamente a tais atividades, agora é o momento de nós vermos os detalhes sobre a margem de solvência e sobre o capital mínimo de uma empresa de seguros. São exigências adicionais, que não cancelam o que já foi visto anteriormente, tudo com vistas a garantir os direitos dos segurados. Pois então vamos ver esses dois temas, a partir de agora? 4.1 Margem de solvência Com periodicidade mensal, é uma preocupação de todas as empresas de seguros no Brasil: a elaboração da margem de solvência. Ela corresponde à 11 comprovação da suficiência dos ativos líquidos para realizarem a cobertura das atividades das empresas. A margem de solvência deve considerar duas situações distintas, nos seus cálculos: 1. a primeira é 0,2 vez o total da receita líquida dos prêmios emitidos nos últimos 12 meses; 2. a segunda é 0,33 vez a média anual do total dos sinistros retidos dos últimos 36 meses. Essas duas referências de valores devem ser consideradas, pois os ativos líquidos devem ser suficientes para cobri-las. Nesse cálculo devem ser computadas as operações de todos os ramos, exceto a previdência privada e a vida individual. No cálculo a ser realizado, devem ser excluídas quaisquer operações que tenham ligação com as sucursais ou matrizes estabelecidas em países estrangeiros e quaisquer bem, direito ou obrigação que a elas estejam vinculados. Se não houver suficiência de ativos líquidos para a cobertura das operações, a empresa de seguros deve apresentar um plano de regularização de solvência, diretamente à Susep, com o objetivo de cumprir o requisito em um prazo máximo de 18 meses a partir do mês subsequente ao do recebimento da comunicação de insolvência. Nesse plano de recuperação, os procedimentos a serem adotados para que a empresa de seguros consiga se restabelecer devem ser precisamente evidenciados, destacando-se as informações sobre aporte de recursos financeiros e a análise técnica das carteiras que apresentem uma nova política de absorção de riscos de terceiros. Após a submissão do plano de recuperação à Susep, esta poderá exigir da empresa o fornecimento de mais detalhes, se julgar necessário, e definir o prazo para o cumprimento das etapas apresentadas. A margem de solvência é uma das referências para aumentar a efetividade das operações das empresas de seguro, a fim de garantir os direitos dos segurados. Leitura Obrigatória Recomendamos a leitura do texto Margem de solvência: introdução à discussão, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS, 2017), que versa exclusivamente sobre a margem de solvência para os seguros de saúde, para 12 que os detalhes desse assunto também possam ser analisados com mais profundidade. 4.2 Capital mínimo Para que possam operar com tranquilidade e cumprindo integralmente as regras vigentes, as empresas de seguros precisam, além de todos os pontos já mencionados nesta aula, ter estabelecido um capital mínimo para suportar as suas atividades. Isso é válido também para as sociedades resseguradoras, para as sociedades de capitalização e para as entidades abertas de previdência complementar. Para estas entidades, mensalmente é obrigatória a apresentação, juntamente com as demonstrações mensais, de um patrimônio líquido ajustado igual ou superior ao capital mínimo. Por meio da Resolução no 321/2015 (CNSP, 2015), os detalhes relativos ao capital mínimo requerido estão evidenciados e devem ser seguidos pelas empresas de seguros. Essa norma estabelece, por exemplo, que as empresas de seguros devem apresentar, juntamente com o pedido inicial de autorização para operação, um capital que seja igual ou superior ao mínimo requerido. Para garantir que o capital mínimo seja aceito pela CNSP, as empresas de seguro devem integralizar em dinheiro, equivalentes de caixa ou títulos públicos federais o mínimo de 50% do capital total e o restante em outros ativos aceitos como integralizáveis. Se, ao fim de determinado mês, ao entregar os dados de seu patrimônio líquido ajustado, uma empresa de seguros não conseguir alcançar o capital mínimo requerido, a Susep poderá determinar que essa sociedade empresarial, se estiver com insuficiência de até 30%, apresente um plano corretivo de solvência. Essa insuficiência deve ser evidenciada semestralmente, medida nos meses de janeiro e julho. De maneira diversa, caberá ao Conselho Diretor da Susep estabelecer as medidas a serem adotadas em relação às empresas de seguros que apresentarem uma insuficiência no patrimônio líquido ajustado em relação ao capital mínimo requerido superior a 30%. Esse controle será efetuado com periodicidade mensal. A norma também estabelece o capital-base, que é um montante fixo de capital que uma empresa de seguros deve manter a qualquer tempo. O capital- 13 base total é de R$ 15 milhões e há uma parcela fixa de R$ 1,2 milhão, sendo que a parcela variável é determinada de acordo com a localização geográfica de cada empresa de seguros. Para os estados da Região Norte, exceto o Tocantins, e para o Piauí, o Maranhão e o Ceará, a parcela variável é de R$ 120 mil; para os outros estados da Região Nordeste, a parcela variável é de R$ 180 mil; os estados da Região Centro-Oeste e o Tocantins possuem parcela variável de R$ 600 mil; para os estados da Região Sudeste, exceto São Paulo, a parcela variável é de R$ 2,8 milhões; para o estado deSão Paulo, o valor é o mais alto, de R$ 8,8 milhões; e os estados da Região Sul possuem parcela variável de R$ 1 milhão. Leitura Obrigatória O Siscorp divulgou um material detalhado, que deve ser lido, sobre o capital mínimo nas empresas de seguro, intitulado Efeitos das regras de capital mínimo para as seguradoras (Faggion, 2008). TEMA 5 – PRINCIPAIS INDICADORES DO SETOR DE SEGUROS Em uma empresa normal, os indicadores econômico-financeiros são importantes para analisar não somente se a empresa está bem, considerando suas atividades da porta para dentro, mas também em comparação com seus concorrentes. Mas, em uma empresa de seguros, os índices a serem utilizados são um pouco diferentes, pois consideram características que apenas as seguradoras possuem. É exatamente isso que nós vamos começar a ver neste momento: os principais indicadores do setor de seguros. Esses indicadores nos ajudarão a identificar se uma empresa de seguros está bem não só interna, mas também externamente. Então, sem perder tempo, vamos começar? 5.1 Análise financeira A partir de agora nós vamos direcionar nosso foco para as disponibilidades e exigibilidades de uma empresa de seguros. Vamos analisar tudo o que entra e tudo o que sai de recursos financeiros, leia-se caixa e equivalentes de caixa. Aquilo que não representa possibilidade de fluxo financeiro para uma seguradora está fora de questão aqui. 14 Serão tomados como referência todos os ativos realizáveis, tanto os de curto quanto os de longo prazo, assim como as obrigações circulantes e não circulantes, sendo representadas pelas dívidas de curto e de longo prazo de uma seguradora. Essa análise busca identificar a saúde financeira por meio da medição da liquidez de uma entidade, que também é chamada de solvência financeira, ou seja, o poder que uma empresa possui para pagar todas as suas obrigações. Para isso, há índices de liquidez, de solvência, de endividamento, de garantia de capitais de terceiros, de imobilização de capitais próprios, além da medição da independência financeira, do capital circulante líquido, da liquidez operacional e da cobertura vinculada. Por se tratar de empresas de seguros, uns índices detêm mais importância do que outros, sendo mais analisados aqui. Os índices de liquidez verificam a capacidade que uma empresa tem de pagar suas obrigações, tanto de curto como de longo prazo. No geral, possui uma importância apenas mediana em comparação com outros índices, pois é mais importante que se analise o perfil da dívida, ou seja, se ela tem mais característica de curto ou de longo prazo, do que simplesmente verificar se há dinheiro disponível para pagá-las imediatamente. Outro fator que reduz a importância geral dos índices de liquidez é que apenas se analisa o seu momento atualizado, sem qualquer desdobramento da dívida. De qualquer forma, vamos verificar um exemplo de aplicação do índice de liquidez corrente. BALANÇO PATRIMONIAL (valores em R$) Ativo Passivo Ativo Circulante 150.000 Passivo Circulante 100.000 Ativo Não Circulante 300.000 Passivo Não Circulante 110.000 Patrimônio Líquido 240.000 Ativo Total 450.000 Passivo Total 450.000 A fórmula para o cálculo do índice de liquidez corrente (ILC) é a seguinte: ILC = Ativo Circulante / Passivo Circulante Para calculá-lo, tomamos como referência os valores de R$ 150 mil e R$ 100 mil, ativo e passivo circulantes, respectivamente. Da relação matemática se extrai o valor de 1,5. Isso quer dizer que, para cada R$ 1,00 que uma seguradora 15 possua de obrigações no curto prazo, ela terá R$ 1,50 de ativos com liquidez no mesmo prazo, ou seja, até o final do exercício financeiro seguinte. Para esse índice, quanto maior for o valor, melhor será para as seguradoras, assegurando-lhe uma boa saúde financeira no curto prazo. Embora não seja o único índice para ser analisado, já passa uma ideia de como a seguradora está, em termos financeiros. A solvência geral é outro índice que faz a comparação dos ativos com os passivos, mas o faz de maneira integral, comparando todos os bens e direitos de uma entidade com o total de suas obrigações exigíveis. A solvência geral, além de evidenciar a liquidez de uma entidade, também apresenta o capital próprio indiretamente, pois quanto maior for a solvência geral, maior será o capital próprio de uma seguradora. O endividamento faz a comparação do total de obrigações exigíveis com o total de ativos de uma seguradora. Aqui nós começamos a verificar a interligação entre os índices, pois, conforme o endividamento aumenta, a solvência de uma empresa de seguros diminui e vice-versa. Uma boa gestão dos níveis de solvência é, por consequência, uma boa gestão de dívidas, em uma empresa. Mudando o foco para a garantia dos capitais de terceiros, tal índice representa o quanto uma entidade consegue cobrir de suas obrigações com capital próprio. É mais um índice de controle do que um índice operacional, pois nunca deve ser analisado isoladamente, já que o patrimônio líquido, na prática, não pode ser oferecido como garantia em nenhuma operação realizada por uma seguradora. A imobilização dos capitais próprios também apresenta a relação do patrimônio líquido, mas sua outra parte é o ativo permanente, representado pelos ativos que não possuem intenção de se transformarem em dinheiro para uma seguradora. O que sobra dessa relação evidencia a sobra de recursos que é direcionada para o capital de giro, uma certa espécie de independência financeira, que é o próximo índice que veremos. Pois bem, a independência financeira compara o capital próprio de uma seguradora com o seu ativo total, também completando a análise do endividamento. Quanto menor for o patrimônio líquido em relação aos ativos totais, maior será o endividamento de uma seguradora e menor será a sua independência financeira. 16 Abordando mais a fundo o conceito de independência financeira, temos o capital circulante líquido, que é o capital de giro próprio, aquela parcela dos ativos de curto prazo que são, de fato, da empresa. Deve ser feita a comparação simples dos ativos e dos passivos de curto prazo. Se os ativos forem maiores, dizemos que o capital circulante líquido é positivo e os índices de liquidez estão, no mínimo, satisfatórios. Se ativos e passivos forem iguais, o que é extremamente hipotético, dizemos que o capital circulante líquido é nulo. Por fim, se ativos são superados pelos passivos, podemos dizer que o capital circulante líquido é negativo e os índices de liquidez não estão em bons níveis. A liquidez operacional, para uma seguradora, é muito importante, pois apresenta o grau de liquidez nos chamados créditos operacionais com seguros no ativo circulante e os débitos operacionais com seguros no passivo circulante. É uma espécie de índice de liquidez exclusivo das seguradoras e é mais abrangente, pois apresenta as relações de uma seguradora não somente com os segurados, mas também com outras seguradoras, resseguradoras e com seus agentes ou correspondentes. Por último e também mais específico para as empresas de seguro está a cobertura vinculada, que mensura o nível do comprometimento das aplicações de uma seguradora que são apresentadas como garantia para cobertura das provisões técnicas que ela possua. Na prática, as seguradoras procuram sempre manter o nível de cobertura vinculada em níveis baixos, garantindo suas atividades operacionais com mais tranquilidade. Curiosidade O texto Mercado de seguros regulados pela Susep: desempenho em jan./dez. de 2015 ([2017?]), do website Tudo sobre Seguros, apresenta várias informações sobre o desempenho das seguradoras no Brasil. É uma excelente fonte de dados históricos, mostrando a evolução desse setor tão importante na economia nacional. 5.2 Análise econômica A última análise a ser considerada na nossa aulaé a econômica, a qual leva em conta o capital investido nas empresas de seguro, além do seu volume monetário de receitas, o qual é proveniente dos prêmios de seguros recebidos durante determinado período. 17 Como índices econômicos, podem ser citadas as margens bruta, líquida e operacional, além da taxa de retorno do capital próprio, das retenções própria e de terceiros e da sinistralidade. Outros índices são os custos de comercialização e administrativo, o prêmio-margem, o resultado patrimonial e os índices combinado e combinado amplo. Vamos ver todos esses mais detalhadamente a partir de agora. Muito usadas em qualquer tipo de empresa, as margens também são utilizadas em empresas de seguros. A margem bruta faz a relação do resultado bruto com os prêmios de seguros obtidos; a margem operacional faz a relação das operações de seguros com os prêmios de seguros obtidos. Por último, a margem líquida já relaciona o lucro líquido do exercício com os prêmios de seguros obtidos. Muito parecida com a margem líquida, a taxa de retorno dos capitais próprios relaciona o lucro líquido com o patrimônio líquido médio, considerando a média aritmética do período atual e do imediatamente anterior. É com ela que os acionistas verificam como está a rentabilidade dos capitais investidos. A primeira retenção, a própria, indica em que nível ocorre a retenção própria em uma seguradora, considerando como base o total de prêmios de sua emissão. Esse índice de retenção indica a política de retenção de riscos, indicando mais ou menos operações de cosseguros e resseguros. A segunda retenção, a de terceiros, apresenta os riscos não assumidos em cada apólice, desde que tenham sido repassados ao IRB ou a empresas congêneres, e relaciona os prêmios de sua própria emissão com os prêmios que foram cedidos a terceiros. A sinistralidade é a relação entre o total de sinistros retidos e os prêmios obtidos com os seguros. É o valor que sobra de receita de prêmio para a cobertura de despesas administrativas e de comercialização. O primeiro custo a ser analisado, o de comercialização, relaciona as despesas de comercialização com os prêmios de seguros obtidos. Ele indica quanto sobra para fazer face às despesas administrativas e com sinistros. O custo administrativo relaciona as despesas administrativas com os prêmios de seguros obtidos e complementa o custo de comercialização em termos informacionais, pois indica como está a política das áreas administrativa e comercial de uma empresa de seguros. 18 O prêmio-margem é a relação entre os prêmios de seguros obtidos e o patrimônio líquido, buscando a evidenciação de eventuais problemas ligados à solvência da seguradora, no futuro. Não devemos esquecer que o patrimônio líquido, embora sofra ajustes, é a base para a medida da margem de solvência, já analisada no Tema 4. O resultado patrimonial faz uma análise das operações que não estão ligadas com as atividades principais de uma seguradora, pois relaciona resultados com empresas coligadas, controladas e com aluguéis de imóveis, quando aplicáveis. Mostra quanto do lucro de uma empresa depende dessas atividades extras, relacionando tais resultados com o lucro líquido. Quando o resultado patrimonial é negativo, sabe-se que o resultado geral foi reduzido por causa dessas perdas. Os dois últimos índices econômicos, o combinado e o combinado amplo, mostram praticamente a mesma informação, mas o resultado patrimonial é que provoca a diferença entre os dois. A relação dos dois é feita com a soma dos valores retidos de sinistros, das despesas administrativas e de comercialização, sendo que o combinado relaciona as receitas e despesas apenas com os resultados operacionais, sendo as receitas representadas pelos prêmios de seguros obtidos. O índice combinado amplo, além de fazer a relação das despesas com os prêmios de seguros obtidos, também considera como receitas os resultados patrimoniais, os quais não possuem ligação com a atividade operacional de uma empresa de seguros. Saiba Mais A revista Apólice, especializada em operações securitárias, publicou uma reportagem com os resultados obtidos pelas principais empresas seguradoras durante o ano de 2016 (Seguradoras, 2017), sendo uma ótima fonte de leitura para aqueles que querem entender mais esse mercado tão dinâmico, que é o mercado de seguros. TROCANDO IDEIAS Os aspectos formais de uma empresa de seguros não representam mera burocracia para os gestores. Eles são, de fato, mecanismos de proteção tanto para a sociedade empresarial quanto para seus clientes. 19 No formato de wiki, que é um texto que sempre é complementado e melhorado, vamos discutir sobre o que você identificou, após a apresentação dos conceitos, que falta para que o controle das atividades de seguro se tornarem ainda mais garantidoras dos direitos do cidadão. Vamos lá! A sua contribuição ajudará outras pessoas a entenderem melhor os aspectos contábeis das empresas de seguros. NA PRÁTICA No decorrer desta aula você conseguiu identificar que os aspectos contábeis das empresas de seguro se diferem um pouco dos aspectos apresentados por uma empresa que não seja do setor securitário. Seja pela quantidade de normas específicas ou pelos regramentos mais genéricos, como de estruturação de demonstrações contábeis, os seguros possuem algumas particularidades que os diferem de outras atividades operacionais. Aponte, no mínimo, duas diferenças nos aspectos contábeis ligadas à atividade securitária em relação àqueles presentes nas empresas não securitárias. Passos para a resolução do problema Você deve apresentar aspectos únicos que influenciem os registros e as operações contábeis das empresas seguradoras. Há vários desses aspectos, os quais devem ser evidenciados, de preferência, com alguns detalhes sobre as diferenças entre as atividades securitárias e as não securitárias. Resolução do problema Diferenças: 1. As vendas das seguradoras são denominadas prêmios de seguros e não receitas brutas com vendas, mantendo a mesma localização na demonstração do resultado do exercício. 2. Periodicamente, as seguradoras devem enviar um relatório para a Susep evidenciando a estrutura do seu patrimônio e a sua compatibilidade com as operações, haja vista que garantias aos segurados precisam ser comprovadas. Isso não ocorre em empresas não securitárias, as quais não 20 necessitam apresentar a nenhum organismo governamental condições financeiras de quitar as obrigações com seus fornecedores, por exemplo. 3. Há um patrimônio líquido mínimo para a operação das empresas de seguros, fator não obrigatório para empresas de outros setores, exceto as instituições financeiras. Esse valor mínimo depende da unidade da federação em que a seguradora esteja instalada, separando ainda uma parcela fixa e outra variável consideradas como mínimas. 4. Índices financeiros específicos, com variáveis não aplicáveis a nenhuma outra atividade, como capacidade de cobertura para apólices, quantidade relativa de cosseguros e resseguros assinados, os quais mostram a saúde financeira de uma seguradora. FINALIZANDO Os aspectos contábeis de uma empresa de seguros são importantes tanto do ponto de vista operacional quanto do ponto de vista estratégico, pois existem as normas aplicadas a todas as empresas presentes no mercado, mas há também as regras aplicáveis especificamente às seguradoras. Não somente as regras contábeis, mas também os índices econômico- financeiros e as regulamentações sobre a formação do capital e os riscos que devem ser assumidos por uma seguradora são pontos importantes de serem aprendidos. Trabalhar com índices é uma tarefa árdua, que requer muito estudo e conhecimento do setor em que se trabalha, mas, uma vez que você esteja nesse mercado, é apenas uma questão de tempo para que esse conhecimentoprático faça parte da sua rotina, ajudando-lhe no processo de gestão de uma empresa de seguros. 21 REFERÊNCIAS ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar. Margem de solvência: introdução à discussão. Brasília: ANS, 2017. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/images/stories/Particitacao_da_sociedade/comissao_pe rmanente_de_solvencia/material_de_apoio_introducao_margem_solvencia.pdf >. Acesso em: 29 maio 2018. AZEVEDO, G. H. W. de. Seguros, matemática atuarial e financeira. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BRASIL. Lei n. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Diário Oficial da União, Brasília, p. 1, 17 dez. 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 29 maio 2018. 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