PRINCIPAIS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL DO PERÍODO DE 1930 A 1945

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
ANDRESSA MAURICIO LEITE WACHEKOWSKI, Elcianne camara, elaine aparecida de souza, hullycélia santos de albuquerque, karen aline m. r. silva, marta da silva oliveira
PRINCIPAIS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL DO PERÍODO DE 1930 A 1945
VILHENA/RO
2016
ANDRESSA MAURICIO LEITE WACHEKOWSKI, Elcianne camara, elaine aparecida de souza, hullycélia santos de albuquerque, karen aline m. r. silva, marta da silva oliveira
PRINCIPAIS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL DO PERÍODO DE 1930 A 1945
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Políticas Setoriais e Políticas Setoriais Contemporâneas; Instrumentalidade em Serviço Social; Pesquisa Social e Oficina de Formação; Movimentos Sociais; Estágio em Serviço Social I.
Professores: Maria Lucimar Pereira, Amanda Boza, Clarice da Luz Kernkamp, Altair F. Neto, Nelma Galli
VILHENA/RO
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO....................................................................................05
CONCLUSÃO...............................................................................................................10
REFERÊNCIAS............................................................................................................11
INTRODUÇÃO
Neste trabalho vamos relatar os tempos de 1930 a 1945 objetivando descrever e analisar algumas das principais mudanças institucionais, as tendências políticas e os movimentos sociais que compreendem este período.
Os movimentos sociais sempre se fizeram presentes na história, e de maneira relevante, geraram transformações nos mais variados setores, também, por meio deles, muitos direitos foram conquistados. 
Neste sentido abordaremos as transformações nacionais sofridas tanto na economia, quanto na política, tendo em vista que essas mudanças afetaram diretamente a sociedade levando-a a movimentar-se em busca de direitos, em especial aos direitos da classe trabalhadora. 
As mobilizações contribuíram decisivamente para que novas direções quanto às políticas públicas fossem estabelecidas pelo governo, e pode-se destacar como uma das principais a concessão da legislação trabalhista.
DESENVOLVIMENTO
O ano de 1930 foi marcante para a história do Brasil. Mudanças das mais variadas começaram a ocorrer afetando a economia, a política e reorientando a sociedade e as ações do Estado como um todo. Até 1920 o país, naturalmente rico, baseava sua economia na agro exportação, porém no final desta década foi se abrindo um espaço para que algumas indústrias fossem sendo implantadas. No final do século XIX iniciou-se no Brasil o processo tímido de industrialização.
Com a chegada das indústrias o sistema capitalista de produção se fortaleceu e junto desse sistema também se fortaleceu a desigualdade social. As relações antagônicas estabelecidas entre as classes sociais desencadearam todo um movimento dos trabalhadores da época. Com a libertação dos escravos as expressões da questão social tornaram-se ainda mais agravantes e esse é um dos fatores essenciais dos movimentos sociais.
Pode-se dizer que até 1920 não havia políticas sociais que atendessem as vítimas da questão social, esta era vista como um caso de polícia, como vadiagem. Nas fábricas homens, mulheres, crianças, e idosos eram submetidos a situações terríveis tal como local de trabalho inadequado, não havia sanitários, iluminação adequada, pouca ventilação, salários e carga horária indefinidos, eram mal remunerados, os trabalhadores junto de suas famílias moravam em lugares sem infraestrutura, paupérrimos, se porventura adoecessem o estado não tinha nenhuma responsabilidade com o trabalhador e tão pouco com a família do mesmo. Eles viviam em condição de exploração, era quase outra forma de escravidão.
Nesse ínterim, com o agravamento da situação, e sob a influência de operários europeus, que já tinham experiências com sindicatos, indústrias e greves, uma consciência de classe foi sendo criada e fortalecida. A classe trabalhadora começou a questionar e a lutar por direitos. As camadas populares passaram a se manifestar pedindo mudança.
Nesse contexto é necessário destacar que foi a partir de 1930 que grandes mudanças aconteceram voltadas para a economia, a política e no tratamento da questão social, dando uma nova ordem aos investimentos e prioridades do Estado com relação ao social, sem haver, contudo, uma ruptura com o campo.
As décadas de 1930 a 1945 compreendem o período em que Getúlio Vargas esteve no poder, o qual tomou posse mediante um golpe, num movimento armado, liderado pelos Estados de Paraíba, Rio Grande do Sul, e principalmente de Minas Gerais, já que o estado de São Paulo havia quebrado o pacto da República Café com Leite. Este pacto determinava a alternância da presidência, onde um candidato de São Paulo liderava, e posteriormente um candidato de Minas Gerais assumia a presidência, e assim se dava a Republica café com leite, também conhecida como República Velha.
Nessa quebra de acordo o Estado de Minas apoiou a candidatura de Getúlio Vargas, o que não foi suficiente para o mesmo ser eleito, pois a população elegera o candidato Júlio Prestes. No entanto, através de um golpe efetuado por Getúlio Vargas e seus aliados, quem assumiu a presidência fora o próprio Vargas. No dia 3 de novembro de 1930 se deu o fim da República Velha, visto que, Vargas assumira a presidência instaurando o Governo Provisório.
O Governo Provisório se tratava de um ministério formado por representantes das forças vencedoras, os quais tinham duas questões a serem resolvidas, cessar a crise econômica e elaborar um sistema político que garantisse condições de governar.
Suas prioridades foram à centralização política e o fortalecimento do Estado, alcançando assim livre acesso de governo diante da oligarquia paulista. Algumas das medidas adotadas foram fechar o Congresso, os legislativos estaduais e os partidos políticos, e governar mediante decretos leis, sendo assim foram nomeados chefes do tenentismo como interventores nos Estados, aumentando o poder do Estado na economia.
Foram criados ministérios de extrema importância no Governo Provisório, tais como: Ministério do trabalho, Indústria e Comércio e no ano de 1931, aprovando a Lei de Sindicalização, fixou em 8 horas o limite máximo das horas de trabalho, o direito às férias remuneradas, descanso no domingo, licença-maternidade e proibição do emprego a menores de 14 anos, regulamentou o trabalho das mulheres e crianças, criou Institutos de Previdência para várias categorias, os IAPS e o Conselho Nacional de Serviço Social, pôs fim as diferenças salariais existentes para o mesmo trabalho, surgiram os Sindicatos, outro direito conquistado foi à indenização do trabalhador por demissão sem justa causa, proteção às grávidas, enfim.
O Governo Provisório ficou conhecido como “harmonia social”, pois protegia os trabalhadores atendendo algumas de suas reivindicações e por outro lado submetia os sindicatos ao seu Ministério e cessando, assim, a tradicional independência. Nesse ínterim, o Estado fazia questão de propagar Getúlio Vargas como Pai dos Pobres, por se tratar de um interesse em participar e obter informações a respeito das organizações das classes trabalhadoras.
Nesse contexto, no ano de 1931, Getúlio Vargas conseguiu derrubar a Constituição vigente, o que repercutiu no afloramento de várias revoltas no Estado de São Paulo, pois citavam que Vargas havia centralizado o poder, prejudicando, com isso, a forma de governo do Estado. Em conseqüência desses fatos a sociedade paulista se reuniu e planejou uma revolta armada em defesa dos direitos constitucionais, contudo não conseguiram apoio de outros Estados. Por conseguinte e devido um grande cerco armado pelo governo de Getúlio,o movimento social acabou se enfraquecendo, resultando, portanto, numa derrota por parte da sociedade paulista. 
Mesmo Getúlio obtendo êxito na sua batalha, ele atende, de maneira inteligente, às reivindicações propostas pela sociedade paulista e cria uma nova Constituição em 16 de julho de 1934. Através desta Constituição ficou estabelecido o voto secreto, o voto feminino, o ensino primário obrigatório e que o próximo presidente seria eleito pelos votos da Assembléia Constituinte. Getúlio Vargas se reelegeu e continuou no mandato, conhecido como Governo Constitucionalista até o decreto do Estado Novo, em 1937.
Getúlio Vargas ordenou que fosse elaborado o texto da Constituição de 1934, acreditando que o Brasil estivesse respirando ares democráticos, pois havia três anos que o país não demonstrava indícios de quebra da constituição. Getúlio era contra o comunismo e estava voltado a fazer políticas integralistas, que disputavam força política com os libertadores. Contudo no ano de 1935 Vargas demonstra preocupação com o crescimento significativo dos grupos comunistas e sendo assim declarou estado de sítio, no qual perseguia todos aqueles que apoiassem o ideal soviético, e, neste fim, prendeu, assassinou e torturou milhares de pessoas.
O Estado Novo é o período que abrange os anos de 1937 até 1945. No dia 10 de novembro de 1937, fora anunciado em cadeia de rádio pelo presidente Getúlio Vargas o Estado Novo, iniciando então, um período de ditadura na História do Brasil. Sob o pretexto da existência de um plano comunista para a tomada do poder (Plano Cohen) Vargas fechou o Congresso Nacional e impôs ao país uma nova Constituição, que posteriormente ficaria conhecida como "Polaca" por ter sido inspirada na Constituição da Polônia, de tendência fascista.
O Golpe de Getúlio Vargas foi organizado junto aos militares e teve o apoio de grande parcela da sociedade, uma vez que desde o final de 1935 o governo reforçava sua propaganda anticomunista, alarmando a classe média, na verdade, preparando-a, para apoiar a centralização política que desde então se desencadeava. 
A partir de novembro de 1937 Vargas reprimiu a atividade política, perseguiu e prendeu seus inimigos políticos, retrocedeu com relação a alguns dos direitos conquistados, como, por exemplo, retirou o direito de greve dos trabalhadores. No intuito de impedir que pensamentos diferentes emergissem e também com o propósito de impor a sua própria ideologia, Getulio criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o qual censurava os meios de comunicação suprimindo quaisquer manifestações contrárias ao seu governo. 
Por outro lado Getúlio adotou medidas econômicas nacionalizantes incentivando a industrialização e deu continuidade a sua política trabalhista com a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), tendo também publicado o Código Penal e o Código de Processo Penal. Getúlio Vargas foi responsável também pelas concepções da Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho, do salário mínimo, e pelo descanso semanal remunerado. Essas são algumas das conquistas importantes que permanecem em vigor até os dias atuais. Na área econômica, a fim de promover a propagação e aprimoramento do ensino comercial foram criados o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e o Serviço de Aprendizagem Comercial (SENAC).
O principal acontecimento na política externa foi à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo, fator este, responsável pela grande contradição do governo Vargas, que dependia economicamente dos EUA e possuía uma política semelhante à alemã.  Com o fim da Segunda Guerra Mundial e com a derrota das nações fascistas, a opinião pública passou a questionar, mais veementemente, o regime ditatorial de Vargas, requerendo o retorno a democracia.
Neste contexto o exército brasileiro junto a União Democrática Nacional promoveu uma ação militar forçando Getulio a renunciar a presidência. O governo foi obrigado a indultar os presos políticos, além de constituir eleições gerais, que foram vencidas pelo candidato oficial, isto é, apoiado pelo governo, o general Eurico Gaspar Dutra.
CONCLUSÃO
Em síntese, o período de 1930 a 1945 fora marcado por um governo complexo e contraditório que caminhou entre a relativa democracia até a ditadura. Getulio Vargas apoiou tanto a classe trabalhadora, a ponto de ficar conhecido como Pai dos Pobres, como também posteriormente agiu com intolerância, censura, reprimindo todo o tipo de expressão contraria ao seu governo. Muito se conquistou mediante a mobilização social o Governo Constituinte, principalmente no tocante aos direitos trabalhistas, porém houve um retrocesso durante o Estado Novo, onde perdurou a ditadura. Houve um incentivo a industrialização promovendo uma modernização conservador. Mais tarde Vargas convocou novas eleições para 1945 onde pôs fim a censura e concedeu anistia aos presos políticos.
REFERENCIAS
Mendes, Fátima. Década de 30 os anos de Incertezas. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/decada-de-30-os-anos-de-incertezas/27596/. Acesso em: 13 de maio de 2016.
Delfino, Cristine. Era Vargas. Disponível em: http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/era-vargas/. Acesso em: 13 de maio de 2016.
Cultura Brasil. O Estado Novo (1937 – 1945). Dica de Leitura. Disponível em: <http://www.culturabrasil.pro.br/estadonovo.htm>. Acesso em 15 de maio de 2016.
Corti, Ana Paula. Estado Novo (1937-1945): A ditadura de Getúlio Vargas. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u31.jhtm. Acesso em 15 de maio de 2016.
Wikipédia. Estado Novo (Brasil). Dica de Leitura. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_%28Brasil%29. Acesso em 15 de maio de 2016.