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arq. 03

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Consumação e Tentativa
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Iter criminis
“desde que o desígnio criminoso aparece no foro íntimo da pessoa, como um produto da imaginação até que se opere a consumação do delito, existe um processo, parte do qual não se exterioriza, necessariamente, de maneira a ser observado por algum espectador, excluído o próprio autor.
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Iter criminis
“A este processo dá-se o nome de iter criminis ou ‘caminho do crime’, que significa o conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito.”
ZAFFARONI &PIERANGELI
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Iter criminis
Fases:
Cogitação (cogitatio)
Preparação (atos preparatórios)
Execução (atos de execução)
Consumação (summatum opus)
Exaurimento
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Crime consumado
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
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Crime consumado
“A noção de consumação expressa, portanto (...) a total conformidade do fato praticado pelo agente com a hipótese abstrata descrita pela norma penal incriminadora, é dizer, o crime se consuma quando a conduta levada a efeito realiza, integralmente, os elementos descritos no tipo legal de crime, objetivos e subjetivos. Fora daí, a hipótese será de crime tentado ou simplesmente preparado e, pois, impunível (em princípio).”
PAULO QUEIROZ
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Crime consumado
Crimes materiais, culposos e omissivos impróprios – realização do resultado. 
Ex.: 
Art. 121 - Matar alguém:
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel
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Crime consumado
Crimes formais – realização da ação, independente do resultado
Ex.: 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida
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Crime consumado
Crimes de mera conduta – realização da conduta incriminada, não há resultado possível.
Ex.: 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências
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Crime consumado
Crimes omissivos próprios – com a abstenção do comportamento imposto.
Ex.: 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública
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Crime consumado
Crimes qualificados pelo resultado – com a ocorrência do resultado mais grave.
Ex.: 
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
§ 2º - Se resulta:
I - incapacidade permanente para o trabalho;
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Crime consumado
Crimes permanentes – consumação se protrai no tempo enquanto não cessa a ação ou omissão.
Ex.: 
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado
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Crime consumado
Consumação x Exaurimento
Consumação = consumação formal
Exaurimento = consumação material
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Tentativa
Art. 14 - Diz-se o crime:;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
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Tentativa
“O crime tentado não se distingue do consumado em virtude da vontade do agente, que é rigorosamente a mesma em ambos os casos, mas em razão do tipo objetivo, que é incompleto, pela interrupção do iter criminis por fato estranho à vontade do agente.”
PAULO QUEIROZ
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Tentativa
Requisitos:
Início da execução do crime
Atos preparatórios x Atos de execução
Não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente
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Tentativa
Crimes que não admitem tentativa:
Crimes culposos
Crimes omissivos próprios
Crimes preterdolosos
Contravenções penais (LCP, art. 4º)
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Punição da Tentativa
Art. 14 - Diz-se o crime:
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
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Punição da Tentativa
Disposição em contrário:
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa
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Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
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Crime impossível
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
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Arrependimento Posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

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