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* Consumação e Tentativa * Iter criminis “desde que o desígnio criminoso aparece no foro íntimo da pessoa, como um produto da imaginação até que se opere a consumação do delito, existe um processo, parte do qual não se exterioriza, necessariamente, de maneira a ser observado por algum espectador, excluído o próprio autor. * Iter criminis “A este processo dá-se o nome de iter criminis ou ‘caminho do crime’, que significa o conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito.” ZAFFARONI &PIERANGELI * Iter criminis Fases: Cogitação (cogitatio) Preparação (atos preparatórios) Execução (atos de execução) Consumação (summatum opus) Exaurimento * Crime consumado Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; * Crime consumado “A noção de consumação expressa, portanto (...) a total conformidade do fato praticado pelo agente com a hipótese abstrata descrita pela norma penal incriminadora, é dizer, o crime se consuma quando a conduta levada a efeito realiza, integralmente, os elementos descritos no tipo legal de crime, objetivos e subjetivos. Fora daí, a hipótese será de crime tentado ou simplesmente preparado e, pois, impunível (em princípio).” PAULO QUEIROZ * Crime consumado Crimes materiais, culposos e omissivos impróprios – realização do resultado. Ex.: Art. 121 - Matar alguém: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel * Crime consumado Crimes formais – realização da ação, independente do resultado Ex.: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida * Crime consumado Crimes de mera conduta – realização da conduta incriminada, não há resultado possível. Ex.: Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências * Crime consumado Crimes omissivos próprios – com a abstenção do comportamento imposto. Ex.: Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública * Crime consumado Crimes qualificados pelo resultado – com a ocorrência do resultado mais grave. Ex.: Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: § 2º - Se resulta: I - incapacidade permanente para o trabalho; * Crime consumado Crimes permanentes – consumação se protrai no tempo enquanto não cessa a ação ou omissão. Ex.: Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado * Crime consumado Consumação x Exaurimento Consumação = consumação formal Exaurimento = consumação material * Tentativa Art. 14 - Diz-se o crime:; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. * Tentativa “O crime tentado não se distingue do consumado em virtude da vontade do agente, que é rigorosamente a mesma em ambos os casos, mas em razão do tipo objetivo, que é incompleto, pela interrupção do iter criminis por fato estranho à vontade do agente.” PAULO QUEIROZ * Tentativa Requisitos: Início da execução do crime Atos preparatórios x Atos de execução Não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente * Tentativa Crimes que não admitem tentativa: Crimes culposos Crimes omissivos próprios Crimes preterdolosos Contravenções penais (LCP, art. 4º) * Punição da Tentativa Art. 14 - Diz-se o crime: Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. * Punição da Tentativa Disposição em contrário: Evasão mediante violência contra a pessoa Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa * Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. * Crime impossível Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. * Arrependimento Posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
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