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Manual Entidades Isentas, Imunes MVS

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EEnnttiiddaaddeess IIsseennttaass,, 
IImmuunneess ee 
FFiillaannttrróóppiiccaass.. 
Manual 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
ENTIDADES 
ISENTAS - IMUNE E FILANTRÓPICA. 
 
 
 
» Entidades Abrangidas pela Imunidade/Isenção 
» Requisitos para Gozo da Imunidade 
» Requisitos para Gozo da Isenção 
» Receitas não alcançadas pela Isenção/Imunidade 
» Perda da Isenção/Imunidade 
» PIS, COFINS, PIS-FOLHA, CSLL, IRPJ. 
» Contabilidade das Entidades 
» Lançamentos Contábeis - Regras 
» Constituição das Entidades 
» Estatuto Social - Modelo 
» Ata de Fundação - Modelo 
» Qualificação - Organização de Interesse Público 
» Declaração de Utilidade Pública Instrução Normativa N° 66, de 
10/05/02 - INSS. 
» Plano de Contas - Modelo 
Atualização 
 
 4 
 
 
PESSOAS JURÍDICAS IMUNES OU ISENTAS 
 
As pessoas jurídicas sem fins lucrativos, em relação ao Imposto de Renda, podem ser 
imunes ou isentas. A imunidade é concedida pela Constituição Federal, enquanto a 
isenção é concedida pelas leis ordinárias. 
 
Observe-se que a imunidade, isenção ou não-incidência concedida às pessoas jurídicas 
não aproveita aos que delas percebam rendimentos sob qualquer título e forma (§ único 
do art. 167 do RIR/99). 
 
 
ENTIDADES ABRANGIDAS PELA IMUNIDADE/ISENÇÃO 
 
Entidades Imunes 
 
De acordo com o art. 150, inciso VI, alínea "c" da Constituição Federal, e reconhecida nos 
arts. 167 e seguintes do RIR/99, gozam de imunidade do imposto, desde que atendidos 
os requisitos previstos em lei, examinados neste trabalho: 
 
I - as instituições de educação; 
 
II - as instituições de assistência social; 
 
III - os partidos políticos, inclusive suas fundações; 
 
IV - as entidades sindicais; 
 
V - os templos de qualquer culto. 
 
 
Entidades Isentas 
 
Gozarão de isenção as sociedades e fundações de caráter beneficente, filantrópico, 
caritativo, religioso, cultural, instrutivo, científico, artístico, literário, recreativo, esportivo e 
as associações e sindicatos que tenham por objeto cuidar dos interesses de seus 
associados, sem fins lucrativos, desde que observados os requisitos exigidos pela 
legislação, examinados nos tópicos seguintes deste trabalho. 
 
De acordo com o art. 15 da Lei nº 9.532/97, consideram-se isentas as instituições de 
caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os 
serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição de grupo de 
pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos. 
 
 5 
 
Ressalte-se que fica garantida a fruição, conforme o caso, de imunidade ou isenção para 
a entidade que se enquadrar nas condições referidas do artigo 12 ou do artigo 15 da Lei 
nº 9.532/97. 
 
Os arts. 12 e 15 da Lei nº 9.532/97 têm o seguinte teor, respectivamente: 
 
"Art. 12 - Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea "c", da Constituição, 
considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os 
serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em 
geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos. 
 
 § 1º - Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital 
auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável. 
 
 § 2º - Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este artigo estão 
obrigadas a atender aos seguintes requisitos: 
 
 I não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados; 
 
 I aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus 
objetivos sociais; 
 
 I manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das 
formalidades que assegurem a respectiva exatidão; 
 
 I conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os 
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, 
bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar 
sua situação patrimonial; 
 
 I apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade com o 
disposto em ato da Secretaria da Receita Federal; 
 
 I recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a 
contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir as 
obrigações acessórias daí decorrentes; 
 
 I assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às 
condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de 
encerramento de suas atividades, ou a órgão público; 
 
 I outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o funcionamento 
das entidades a que se refere este artigo. 
 
 § 3º - Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em 
suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado 
 
 6 
integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos objetivos sociais (parágrafo 
alterado pelo art. 10 da Lei nº 9.178/98). 
 
 Art. 15 - Consideram-se isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, 
cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais 
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se 
destinam, sem fins lucrativos. 
 
 § 1º - A isenção a que se refere este artigo aplica-se, exclusivamente, em relação ao 
imposto de renda da pessoa jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido, 
observado o disposto no parágrafo subseqüente. 
 
 § 2º - Não estão abrangidos pela isenção do imposto de renda os rendimentos e 
ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável. 
 
 § 3º - Às instituições isentas aplicam-se as disposições do art. 12, § 2º, alíneas "a" a 
"e" e § 3º e dos arts. 13 e 14. 
 
 § 4º - O disposto na alínea "g" do § 2º do art. 12 se aplica, também, às instituições a 
que se refere este artigo (revogado pelo art. 18 da Lei nº 9.718/98)." 
 
 
REQUISITOS PARA GOZO DA IMUNIDADE 
 
 
Partidos Políticos e Entidades Sindicais Dos Trabalhadores 
 
Não estão sujeitos ao Imposto de Renda os partidos políticos, inclusive suas fundações e 
as entidades sindicais dos trabalhadores, sem fins lucrativos desde que (art. 169 do 
RIR/99): 
 
I - não distribuam qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas a título de lucro 
ou de participação no resultado; 
 
II - apliquem seus recursos integralmente no País, na manutenção de seus objetivos 
institucionais; 
 
III - mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de 
formalidades capazes de assegurar sua exatidão; 
 
IV - assegurarem a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às 
condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de 
encerramento de suas atividades, ou a órgão público. 
 
No tocante à remuneração de dirigentes, a Receita Federal manifestou entendimento por 
meio da Decisão nº 39/97 (4ª Região Fiscal), no sentido de que as entidades sindicais dos 
trabalhadores são beneficiárias de imunidade de Imposto de Renda relacionada com suas 
 
 7 
finalidades essenciais, atendidos os requisitos legais, sendo-lhes permitido remunerar 
seus dirigentes. 
 
 
 
Instituições de Educação e de Assistência Social 
 
Não estão sujeitas ao imposto as instituições de educação e as de assistência social, que 
prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloque à disposição da 
população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins 
lucrativos. 
 
Para o gozo da imunidade, as instituições mencionadas ficam obrigadas a atender os 
seguintes requisitos: 
 
I - nãoremunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados; 
 
II - aplicar seus recursos integralmente no País, na manutenção de seus objetivos 
institucionais; 
 
III - manter escrituração contábil completa de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; 
 
IV - conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os 
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, 
bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar 
sua situação patrimonial; 
 
V - apresentar, anualmente, a Declaração de Rendimentos - DIPJ; 
 
VI - recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a 
contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir as 
obrigações acessórias daí decorrentes, devendo fornecer os respectivos comprovantes 
aos beneficiários e apresentar a Declaração de Imposto de Renda na Fonte - Dirf; 
 
VII - outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o funcionamento 
das entidades mencionadas. 
 
 
Instituições de Educação 
 
As instituições que prestem serviços de ensino pré-escolar, fundamental, médio e superior 
poderão usufruir da imunidade relativa a seu patrimônio, renda e serviços, uma vez 
atendidos os requisitos do tópico anterior e as demais condições previstas na Instrução 
Normativa SRF nº 113/98, entre as quais enumeramos: 
 
 
 8 
I - para gozo da imunidade, as instituições de educação não podem remunerar, por 
qualquer forma, seus dirigentes, pelos serviços prestados, entendendo-se como dirigente 
a pessoa física que exerça cargo ou função de direção da pessoa jurídica, com 
competência para adquirir direitos e assumir obrigações em nome desta, interna ou 
externamente, ainda que em conjunto com outra pessoa nos atos em que a instituição 
seja parte; não se considera dirigente a pessoa física que exerça função ou cargo de 
gerência ou de chefia interna na pessoa jurídica, à qual podem ser atribuídas 
remunerações, tanto em relação à função ou cargo de gerência, quanto a outros serviços 
prestados à instituição (art. 4º da IN SRF nº 113/98); 
 
II - a instituição deve assegurar a destinação desse patrimônio a outra instituição que 
atenda às condições para gozo da imunidade, ou a órgão público, no caso de 
incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades; 
 
III - as instituições imunes mantenedoras de instituições de ensino superior, sem 
finalidade lucrativa, devem observar ainda os seguintes requisitos (art. 12 da IN SRF nº 
113/98): 
 
a) elaborar e publicar, em cada exercício social, demonstrações financeiras certificadas 
por auditores independentes, com o parecer do conselho fiscal, ou órgão similar; 
 
b) submeter-se, a qualquer tempo, à auditoria pelo Poder Público; 
 
c) comprovar, sempre que solicitado, a aplicação de seus excedentes financeiros, não 
haver remunerado sócios, dirigentes e outros e a destinação para as despesas com 
pessoal docentes e técnico administrativo; 
 
IV - apresentação da declaração pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - 
FNDE, em substituição à DIPJ, das Unidades Executoras do Programa Dinheiro Direto na 
Escola. 
 
Em relação à imunidade das entidades de educação, a Receita Federal manifestou 
entendimento por meio da Decisão nº 78/98 (9ª Região Fiscal), no sentido de que aquelas 
que se limitam a atender a pequena parcela da coletividade, cuja receita destina-se a fim 
privado e não têm fins altruísticos que objetivem o atendimento aos carentes de recursos, 
não são imunes. Todavia, podem beneficiar-se do favor isencional, previsto no art.15 da 
Lei nº 9.532/97. 
 
A imunidade tributária não ampara os estabelecimentos de ensino privado, cujas receitas 
representem e proporcionem ganhos financeiros ou enriquecimento patrimonial de seus 
proprietários, fundadores, organizadores, associados, etc. A imunidade pressupõe a 
exclusividade ou a preponderância do fim público, a gratuidade ou a ausência de intuito 
lucrativo e a generalidade na prestação de serviços (1º CC Acórdão 103-5.087/83). 
 
 
 
 
 9 
REQUISITOS PARA GOZO DA ISENÇÃO 
 
 
Instituições de Caráter Filantrópico e Associações Civis 
 
De acordo com o art. 174 do RIR/99, estão isentas do imposto as instituições de caráter 
filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços 
para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas 
a que se destinam sem fins lucrativos, desde que observados os seguintes requisitos: 
 
I - não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados; 
 
II - aplicar seus recursos integralmente no País, na manutenção de seus objetivos 
institucionais; 
 
III - manter escrituração contábil completa de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; 
 
IV - conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os 
documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, 
bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar 
sua situação patrimonial; 
 
V - apresentar, anualmente, a Declaração de Rendimentos - DIPJ; 
 
No tocante ao desvirtuamento dos objetivos das entidades isentas, a SRF manifestou 
entendimento em várias decisões, algumas reproduzidas abaixo: 
 
a) não perdem a condição de entidade imune/isenta do Imposto de Renda as entidades 
de assistência social e as de caráter beneficente, filantrópico e caritativo que, cedendo 
seu nome para campanha publicitária de empresa comercial, dela recebe, em doação, 
percentual sobre o valor das vendas realizadas (Decisão nº 655/97 da 6ª Região Fiscal); 
 
b) à entidade beneficiada pelo regime de isenção, nada obsta que aufira rendimentos 
provenientes de aluguel relativo a espaço não ocupado em sua sede, desde que continue 
cumprindo seus objetivos estatutários e aplique integralmente seu resultado operacional 
na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais (Decisão nº 292/97 da 
7ª Região Fiscal); 
 
c) as entidades constituídas para fins nada lucrativos, mas que venham a exercer 
atividades econômicas ou comerciais, não se caracterizam como isentas de tributos; 
também não são isentas as entidades que prestem serviços de pesquisa de mercado, 
pesquisa de opinião pública, assessoria de recursos humanos, assessoria de marketing, 
consultoria de economia ou promovam eventos comunitários, tais como encontros, 
congressos, cursos e outros assemelhados (Decisões nºs 31/98, 63/98 e 209/98 da 6ª 
Região Fiscal, e Decisões nºs 219/98 e 266/98 da 7ª Região Fiscal); 
 
 
 10 
d) não perde o direito ao favor isencional a pessoa jurídica isenta do Imposto de Renda na 
forma do art. 15 da Lei nº 9.532/97, que realize atividade comercial de bar e lanchonete 
dentro de suas dependências e em benefício de seus usuários (Decisão nº 72/98 da 9ª 
Região Fiscal); 
 
e) a participação societária de entidade filantrópica em pessoa jurídica de fins econômicos 
elide a isenção do Imposto de Renda, dirigida às entidades de fins ideais, por representar 
recursos desviados da manutenção e desenvolvimento de seu objeto social (Decisão nº 
125/98 da 9ª Região Fiscal). 
 
Entidades de Previdência Privada 
 
Estão isentas do Imposto de Renda as entidades de previdência privada fechadas 
(quando acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de um grupo 
de empresas) e as sem fins lucrativos (art.175 do RIR/99). 
 
A isenção concedida às entidades de previdência privada não impede a remuneração de 
seus diretores e membros de conselhos consultivos, deliberativos, fiscais ou 
assemelhados, desde que o resultado do exercício, satisfeitastodas as condições legais e 
regulamentares no que se refere aos benefícios, seja destinado à constituição de uma 
reserva de contingência de benefícios e, se ainda houver sobra, a programas culturais e 
de assistência aos participantes, aprovados pelo órgão normativo do Sistema Nacional de 
Seguros Privados. No caso de acumulação de funções, a remuneração caberá por opção 
a apenas uma delas (§§ 2º e 3º do art. 175 do RIR/99). 
 
 
Associações de Poupança e Empréstimo 
 
Estão isentas do imposto as associações de poupança e empréstimo, devidamente 
autorizadas pelo órgão competente, constituídas sob a forma de sociedade civil, tendo por 
objetivo propiciar ou facilitar a aquisição de casa própria aos associados, captar, 
incentivar e disseminar a poupança, que atendam às normas estabelecidas pelo Conselho 
Monetário Nacional (art. 177 do RIR/99). 
 
 
OBRIGAÇÃO DE RETER O IMPOSTO 
 
A isenção/imunidade não exclui a atribuição por lei, às entidades imunes ou isentas, da 
condição de responsáveis pelo imposto que lhes caiba reter na fonte e não as dispensa 
da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações 
tributárias por terceiros. A falta do cumprimento dessas obrigações implica inclusive na 
suspensão do benefício (§§ 1º e 2º do art. 169 do RIR/99). 
 
 
RECEITAS NÃO ALCANÇADAS PELA ISENÇÃO/IMUNIDADE 
 
 
 
 11 
A isenção/imunidade em relação ao Imposto de Renda não alcança os rendimentos e 
ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, 
que são tributados exclusivamente na fonte. 
 
 
 
 
Entidades Imunes - Dispensa da Retenção do IRRF 
 
De acordo com o art. 31 da IN SRF nº 123/99, está dispensada a retenção do Imposto de 
Renda na Fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa ou de renda 
variável, quando o beneficiário do rendimento declarar à fonte pagadora, por escrito, sua 
condição de entidade imune. 
 
Para esse efeito a entidade deverá apresentar à instituição responsável, pela retenção do 
imposto, a declaração em duas vias, assinada pelo seu representante legal, conforme 
modelo reproduzido abaixo: 
 
 
 
DECLARAÇÃO 
 
 
Nome da entidade.................................................. com sede (endereço completo 
....................................), inscrita no C.N.P.J. sob o nº ...................., para fins da não 
retenção do Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras, realizadas 
através do ..................... (nome do banco, corretora ou distribuidora), declara: 
 
 
 
a) que é 
 
( ) Partido Político 
 
( ) Fundação de Partido Político 
 
( ) Entidade Sindical de Trabalhadores 
 
b) que o signatário é representante legal desta entidade, assumindo o compromisso de 
informar a essa instituição financeira, imediatamente, eventual desenquadramento da 
presente situação e está ciente de que a falsidade na prestação destas informações o 
sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, às penalidades 
previstas na legislação criminal e tributária, relativas à falsidade ideológica (art. 299 do 
Código Penal) e ao crime contra a ordem tributária (art. 1º da Lei nº 8.137, de 27 de 
dezembro de 1990). 
 
Local e data ................................ 
 
 12 
 
________________________________ 
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL 
 
 
 
Abono da assinatura pela instituição financeira. 
Observe-se que o tratamento mencionado acima, não se aplica às entidades de 
previdência privada fechadas, que continuam tendo os rendimentos de suas aplicações 
financeiras sujeitos à retenção do Imposto de Renda na Fonte (§ 6º do art. 31 da IN SRF 
nº 123/99). 
 
 
DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA 
 
As pessoas jurídicas isentas/imunes, que atenderem às condições determinadas para 
gozo da isenção, exceto as Unidades Executoras do Programa Dinheiro Direto na Escola 
(que apresentam declaração específica), estão obrigadas à apresentação da declaração 
de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica, que deverá ser entregue até o 
último dia do mês de maio de cada ano. 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DCTF 
 
De acordo com a IN SRF nº 126/98, as pessoas jurídicas imunes e isentas, que atendam 
os requisitos dos arts. 12 e 15 da Lei nº 9.532/97, estão dispensadas da apresentação da 
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF, desde que o valor mensal 
dos impostos e contribuições a declarar seja inferior ao valor de R$ 10.000,00. 
 
COMPROVAÇÃO PERANTE TERCEIROS 
 
A pessoa jurídica isenta/imune deverá manter em boa guarda o Recibo de Entrega, 
autenticado pela Secretaria da Receita Federal por ocasião da entrega da Declaração de 
Isenção, pois o mesmo constitui-se em documento hábil para comprovação de sua 
condição perante terceiros. 
 
 
PERDA DA ISENÇÃO/IMUNIDADE 
 
 
As entidades imunes/isentas perdem essa condição caso: 
 
a) deixem de satisfazer as exigências mencionadas neste trabalho; 
 
b) passem a praticar atos de natureza econômico-financeira, visando lucro, ficando assim 
equiparadas às pessoas jurídicas contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica; 
 
 
 13 
c) pratiquem, ou por qualquer forma contribuam para a prática de ato que constitua 
infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso de informar ou 
declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens ou em dinheiro, 
ou de qualquer forma cooperem para que terceiro sonegue tributos ou pratique ilícitos 
fiscais; 
 
d) efetuem pagamentos em favor de seus associados ou dirigentes, ou ainda em favor de 
sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela associada por qualquer forma, de 
despesas consideradas indedutíveis na determinação da base de cálculo do Imposto de 
Renda ou da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. 
 
 
ENTENDIMENTOS EXTERNADOS PELA RECEITA FEDERAL 
 
O PN CST nº 162/74 enumera alguns casos em que não ocorre desvirtuamento das 
finalidades, ainda que a entidade tenha receitas próprias de empresas com finalidade 
econômica, nos casos em que: 
 
a) a entidade recreativa ou esportiva explorar bar ou restaurante, no âmbito de suas 
dependências para seus usuários; 
 
b) a sociedade religiosa (templos religiosos) que mantém anexa livraria para venda de 
livros religiosos, didáticos, discos com temas religiosos e artigos de papelaria; 
 
c) as instituições filantrópicas que mantêm creche com serviços cobrados a uma parte dos 
usuários e atendimento gratuito aos demais, desde que mantida a igualdade de 
tratamento; 
 
d) a fundação cultural que mantém livraria para a venda de livros a alunos dos cursos por 
ela mantidos, ou a terceiros. 
 
Por outro lado, a Receita Federal manifestou entendimento de que ocorre a perda da 
isenção pela prática de atividade de natureza essencialmente econômica, extravasando a 
órbita de seus objetivos, quando: 
 
a) a associação de funcionários da empresa adquire mercadorias e vende a seus 
associados para pagar em três parcelas; 
 
b) a entidade esportiva explora linha de ônibus para transporte de associados, cobrando 
pelo serviço prestado; 
 
c) a associação religiosa que exerce a atividade de compra e venda de bens não 
relacionados à sua finalidade. 
 
 
ESCRITURAÇÃO DAS RECEITAS E DESPESAS 
 
 
 14 
A legislação prevê que as pessoas jurídicas imunes e isentas deverão manter 
escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que 
assegurem a respectiva exatidão, sem esclarecer a espécie de escrituração, se contábil 
ou livro caixa. O PN CST nº 97/78 diz que as sociedades, fundações e associações 
beneficiárias de isenção do Imposto de Renda deverão manter escrituração contábil 
completa. No entanto, aquelas entidades, cuja receita bruta anual não exceda o montante 
fixado para as empresas tributadaspelo lucro presumido, poderão manter escrituração 
simplificada. 
 
 
CONTRIBUIÇÕES AO PIS E A COFINS 
 
Isenção 
 
Não há incidência das Contribuições a Cofins e ao PIS/Pasep-Faturamento sobre as 
receitas relativas às atividades próprias das entidades sem fins lucrativos, imunes ou 
isentas relacionadas abaixo (art. 13 da Medida Provisória nº 1.858-6/99 e suas 
reedições): 
 
I - templos de qualquer culto; 
 
II - partidos políticos; 
 
III - instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei nº 
9.532/97; 
 
IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a 
que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532/97; 
 
V - sindicatos, federações e confederações; 
 
VIII - fundações de direito privado e fundações públicas instituídas e mantidas pelo Poder 
Público. 
 
Podem ser entendidas por receitas próprias as receitas típicas dessas entidades, tais 
como contribuições, donativos, anuidades ou mensalidades pagas para a manutenção da 
instituição, mas que não tenham cunho prestacional; ou ainda as receitas decorrentes das 
atividades previstas no estatuto social da entidade. 
 
 
Entidades Filantrópicas e Beneficentes de Assistência Social - Requisitos 
 
As entidades filantrópicas e beneficentes de assistência social devem observar o disposto 
no art. 55 da Lei nº 8.212/91, que estabelece que para gozo da isenção do pagamento da 
Cofins a entidade deve atender cumulativamente os seguintes requisitos: 
 
 
 15 
a) ser reconhecida como de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou 
Municipal; 
 
b) ser portadora do certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, fornecido 
pelo Conselho Nacional de Serviço Social, renovado a cada três anos; 
 
c) promover a assistência social beneficente, inclusive educacional ou de saúde, a 
menores, idosos, excepcionais ou pessoas carentes; 
 
d) não conceder aos seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, 
remuneração e vantagens ou benefícios a qualquer título; 
 
e) aplicar integralmente o eventual resultado operacional na manutenção e 
desenvolvimento de seus objetivos institucionais, apresentando anualmente ao Conselho 
Nacional da Seguridade Social relatório circunstanciado de suas atividades. 
 
 
Contribuição ao PIS/Pasep - Folha de Salários 
 
As entidades imunes e isentas ficam sujeitas ao recolhimento da Contribuição ao 
PIS/Pasep na modalidade folha de pagamento, à alíquota de 1% sobre o valor da folha de 
pagamento mensal. 
 
 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 
 
No tocante à obrigatoriedade do recolhimento da CSLL, pelas entidades mencionadas 
neste trabalho, a legislação estabelece o seguinte: 
 
I - as instituições de educação e de assistência social estão obrigadas a recolher os 
tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contribuição para a 
seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias 
daí decorrentes (§ 3º do art. 170 do RIR/99); 
 
II - são imunes da CSLL as entidades beneficentes de assistência social que atendam às 
exigências estabelecidas em lei (§ 7º do art. 195 da CF/88); 
 
III - estão isentas da CSLL as seguintes pessoas jurídicas (Resposta às perguntas 577 e 
578 do livreto Pessoa Jurídica - Perguntas e Respostas 2000): 
 
a) as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico, e as associações 
civis que prestem serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à 
disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos (ADN CST nº 
17/90, § 1º do art. 15 da Lei nº 9.532/97); 
 
b) as entidades sem fins lucrativos, tais como as fundações, associações e sindicatos; 
 
 
 16 
IV - as associações de poupança e empréstimo, as entidades de previdência privada 
fechada e as bolsas de mercadorias e de valores estão isentas do Imposto de Renda, 
mas são contribuintes da contribuição social sobre o lucro líquido (Majur SRF/2000); 
 
V - as entidades sem fins lucrativos que não se enquadrem na isenção da Lei nº 9.532/97, 
e da Lei nº 9.732/98, e que apuram lucro nos termos da legislação comercial, estão 
sujeitas à contribuição social sobre o lucro líquido (Majur SRF/2000); 
 
VI - fica cancelada, a partir de 1º de abril de 1999, toda e qualquer isenção concedida, em 
caráter geral ou especial, de contribuição para a seguridade social, em desconformidade 
com o art. 55 da Lei nº 8.212/91 (art. 7º da Lei nº 9.732/98). 
 
 
Diante do exposto, entendemos que as entidades imunes ou isentas do IRPJ gozarão da 
isenção da CSLL, se, além dos requisitos examinados nos itens 3 e 4 deste trabalho, 
observarem ainda as exigências do art. 55 da Lei nº 8.212/91 e alterações introduzidas 
pela Lei nº 9.732/98): 
 
a) ser reconhecida como de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou 
Municipal; 
 
b) ser portadora do certificado ou do Registro de Entidade de Fins Filantrópicos, fornecido 
pelo Conselho Nacional de Serviço Social, renovado a cada três anos; 
 
c) promova gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente, 
inclusive educacional ou de saúde, a menores, idosos, excepcionais ou pessoas carentes; 
 
d) não conceder aos seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, 
remuneração e vantagens ou benefícios a qualquer título; 
 
e) aplicar integralmente o eventual resultado operacional na manutenção e 
desenvolvimento de seus objetivos institucionais, apresentando anualmente ao Conselho 
Nacional da Seguridade Social relatório circunstanciado de suas atividades. 
 
 
ENTIDADES SEM FINALIDADE DE LUCROS 
 
Contabilidade 
 
 
A Resolução CFC nº 877, de 18.04.00 (DOU de 20.04.00), aprovou a NBC-T 10.19 que 
estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registros dos 
componentes e variações patrimoniais e de estruturação das demonstrações contábeis, e 
as informações mínimas a serem divulgadas em nota explicativa das entidades sem 
finalidades de lucros. 
 
 
 17 
Destina-se, também, a orientar o atendimento às exigências legais sobre procedimentos 
contábeis a serem cumpridos pelas pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de 
lucros, especialmente entidades beneficentes de assistência social (Lei Orgânica da 
Seguridade Social), para emissão do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, da 
competência do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). 
As entidades sem finalidade de lucro são aquelas em que o resultado positivo não é 
destinado aos detentores do patrimônio líquido e o lucro ou prejuízos são denominados, 
respectivamente, de superávit ou déficit. 
 
As entidades sem finalidade de lucros exercem atividades assistenciais, de saúde, 
educacionais, técnicos científicas, esportivos, religiosas, políticas, culturais, beneficentes, 
sociais, de conselhos de classe e outras, administrando pessoas, coisas e interesses 
coexistentes e coordenados em torno de um patrimônio com finalidade comum ou 
comunitária. 
 
Essas entidades são constituídas sob a forma de fundações públicas ou privadas, ou 
sociedades civis, nas categorias de entidades sindicais, culturais, associações de classe, 
partidos políticos, ordem dos advogados, conselhos federais, regionais e seccionais de 
profissões liberais, clubes esportivos não-comerciais. 
 
 
REGRAS APLICÁVEIS 
 
 
Aplica-se às entidades sem finalidade de lucros os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações 
Técnicas e Comunicados Técnicos, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
 
Por se tratar de entidades sujeitas aos mesmos procedimentos contábeis, devem ser 
aplicadas, no que couber, as diretrizes da NBC-T 10.4 - Fundações e NBC-T 10.18 - 
Entidades Sindicais e Associaçõesde Classe. 
 
Para efeito de uniformidade e de bom entendimento, deve-se sempre que possível utilizar 
as terminologias encontradas na contabilidade empresarial. Isso costuma facilitar o 
entendimento das pessoas que já estão acostumadas à forma e ao linguajar da vida nas 
empresas em geral. 
 
 
Regime de Competência 
 
Para os custos, despesas, obrigações e riscos, deve-se definitivamente utilizar os 
mesmos critérios utilizados na contabilidade empresarial. Cada custo e despesa deve ser 
apropriado no momento de sua ocorrência, em função do seu fato gerador contábil e não 
em decorrência do seu reflexo nas disponibilidades. 
 
Assim sendo, devem ser devidamente provisionados os salários e encargos, férias e 13º 
salário, os créditos incobráveis, as depreciações e amortizações devidamente lançados, 
 
 18 
os juros a pagar, etc. Devem também ser apropriados os pagamentos antecipados em 
função da competência, como os seguros, as assinaturas, os aluguéis, etc. 
 
No tocante às receitas devem ser registradas à medida que os serviços produzidos são 
prestados, ou seja, entregues a terceiros. As receitas de aplicações financeiras também 
serão apropriadas em função do seu ganho econômico (competência) e não apenas 
quando do recebimento. 
 
Em relação às receitas oriundas de mensalidade, doações, contribuições e outras formas 
de captação de recursos, se esses valores representam um direito efetivo de 
recebimento, a entidade deve todo mês lançar no seu ativo o valor relativo ao período e 
apropriá-lo em receita. Todavia, o normal nessas instituições é ocorrer muita oscilação 
nesses recebimentos e os dados anteriores não permitirem a adoção de qualquer base de 
cálculo dos valores recuperáveis, não restando outra alternativa senão a de fazer as 
apropriações dessa receitas à base do regime de caixa. 
 
 
REGISTROS CONTÁBEIS 
 
As receitas e despesas devem ser reconhecidas, mensalmente, respeitando os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, em especial os Princípios da Oportunidade e da 
Competência, observado o seguinte: 
 
I - as entidades sem finalidade de lucros devem constituir provisão em montante suficiente 
para cobrir as perdas esperadas, com base em estimativas de seus prováveis valores de 
realização, e baixar os valores prescritos, incobráveis e anistiados; 
 
II - as doações, subvenções e contribuições para custeio são contabilizadas em contas de 
receita. As doações, subvenções e contribuições patrimoniais, inclusive as arrecadadas 
na constituição da entidade, são contabilizadas no patrimônio social; 
 
III - as receitas de doações, subvenções e contribuições para custeio ou investimento 
devem ser registradas mediante documento hábil; 
 
IV - os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, superávit 
ou déficit, de forma segregada, quando identificáveis por tipo de atividade, tais como 
educação, saúde, assistência social, técnico - científica e outras, bem como, comercial, 
industrial ou de prestação de serviços; 
 
V - as receitas de doações, subvenções e contribuições recebidas para aplicação 
específica, mediante constituição ou não de fundos, devem ser registradas em contas 
próprias segregadas das demais contas da entidade; 
 
VI - o valor do superávit ou déficit do exercício deve ser registrado na conta Superávit ou 
Déficit do Exercício enquanto não aprovado pela assembléia dos associados; e após a 
sua aprovação, deve ser transferido para a conta Patrimônio Social; 
 
 
 19 
VII - as entidades beneficiadas, caso não tiverem usufruído a isenção de tributos e 
contribuições, devem registrar suas receitas e despesas, com e sem gratuidade, de forma 
segregada, e os benefícios fiscais gozados como se não gozassem de isenção. 
 
 
Reavaliações do Imobilizado 
 
As entidades poderão utilizar-se da prática da reavaliação de bens, toda vez que o ativo 
permanente tiver seu valor de mercado superior ao valor líquido contábil pelo qual o bem 
está registrado. Para esse efeito deverão ser utilizados laudos de entidades ou 
profissionais estranhos à entidade. 
 
 
Depreciação, Amortização e Exaustão. 
 
Pelo fato dessas entidades não estarem sujeitas às limitações fiscais, previstas pela 
legislação do Imposto de Renda, para a apropriação dos encargos de depreciação, 
amortização ou/e exaustão, devem então, com base em laudo de empresas ou 
profissionais especializados, fixar percentuais e demais critérios para uma boa medição 
da vida útil de seus ativos e desses encargos. 
 
 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
As demonstrações contábeis que devem ser elaboradas pelas entidades sem finalidade 
de lucros são as determinadas pela NBC-T 3 - Conceito, Conteúdo, Estrutura e 
Nomenclatura das Demonstrações Contábeis, e a sua divulgação. 
 
 
Balanço Patrimonial 
 
Para elaboração do balanço patrimonial, poderá ser utilizada a mesma classificação da 
Lei das S/A, substituindo-se a conta Capital por Patrimônio Social ou fundo social, 
integrante do grupo Patrimônio Líquido, e a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados por 
Superávit ou Déficit do Exercício. 
 
 
Demonstração do Resultado 
 
Nas entidades sem finalidade de lucro a denominação da demonstração do resultado 
pode ser alterada para Demonstração do Superávit ou Déficit. Essa demonstração deve 
evidenciar, de forma segregada, as contas de receitas e despesas. 
 
 
Demonstração Das Mutações do Patrimônio 
 
 
 20 
Essa demonstração poderá ser utilizada substituindo-se o termo patrimônio líquido pelo 
termo patrimônio social, para explicar detalhadamente a diferença entre o patrimônio 
inicial e final. 
 
 
 
Demonstração Das Origens e Aplicações de Recursos 
 
Se a entidade elaborar a demonstração das origens e aplicações de recursos, a palavra 
resultado deve ser substituída pela expressão superávit ou déficit. 
 
 
Notas Explicativas 
 
As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que 
contenham, pelo menos, as seguintes informações: 
 
a) o resumo das principais práticas contábeis; 
 
b) os critérios de apuração das receitas e das despesas, especialmente com gratuidades, 
doações, subvenções, contribuições e aplicações de recursos; 
 
c) as contribuições previdenciárias relacionadas com a atividade assistencial devem ser 
demonstradas como se a entidade não gozasse de isenção, conforme normas do Instituto 
Nacional do Seguro Social (INSS); 
 
d) as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as 
responsabilidades decorrentes dessas subvenções; 
 
e) os fundos de aplicação restrita e responsabilidades decorrentes desses fundos; 
 
f) evidenciação dos recursos sujeitos a restrições ou vinculações por parte do doador; 
 
g) eventos subseqüentes à data do encerramento do exercício que tenham ou possam vir 
a ter efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade; 
 
h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; 
 
i) informações sobre os tipos de seguro contratados; 
 
j) as entidades educacionais, além das notas explicativas, devem evidenciar a adequação 
das receitas com as despesas de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela Lei 
das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação. 
 
 
 PLANO DE CONTAS 
 
 
 21 
Para as entidades sem finalidade lucrativa poderá ser utilizado o plano de contas aplicável 
às entidades sindicais e associações de classe, ao qual o profissional deverá proceder as 
adaptações para atender às necessidades de cada entidade. 
 
 
 
 
ENTIDADES DE FINS FILANTRÓPICOS 
 
Constituição 
 
 
Considera-se entidade beneficente de assistência social, a pessoa jurídica de direito 
privado, sem fins lucrativos, que atue no sentido de (Resolução CNAS nº 177/00): 
 
I - proteger a família, a maternidade, a infância, a adolescênciae a velhice; 
 
II - amparar crianças e adolescentes carentes; 
 
III - promover ações de prevenção, habilitação e reabilitação e pessoas portadoras de 
deficiências; 
 
IV - promover gratuitamente assistência educacional ou de saúde; 
 
V - promover a integração ao mercado de trabalho; 
 
VI - promover o atendimento e o assessoramento aos beneficiários da Lei Orgânica da 
Assistência Social e a defesa e garantia dos seus direitos. 
 
As entidades de fins filantrópicos que tenham fins lícitos, regularmente organizados, 
adquirem personalidade jurídica depois que registrarem seus estatutos e atos 
constitutivos nos Cartórios e com aprovação prévia, quando se fizer necessário. 
 
No estatuto deverá constar: 
 
I - denominação, fins e sede da associação; 
 
II - modo de ser administrada e representada, ativa e passivamente, em juízo e fora dele; 
 
III - se os estatutos são reformáveis, como e quando; 
 
IV - se os membros respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações assumidas 
pela associação; 
 
V - as condições de extinção da associação e o destino de seu patrimônio neste caso. 
 
 
 
 22 
REGISTRO DOS ATOS CONSTITUTIVOS 
 
Os estatutos das sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, bem 
como o das fundações e das associações de utilidade pública serão registrados no 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas (art. 114 da Lei nº 6.015/73). 
 
Procedimentos 
 
Por ocasião da primeira reunião, os interessados deverão decidir os objetivos da entidade 
e formar uma comissão para a redação de um estatuto social, observando-se o seguinte: 
 
I - definir os objetivos sociais de forma clara (áreas de atuação da entidade: meio 
ambiente, educação, saúde, etc.); 
 
II - eleger as pessoas para diretoria e membros (mínimo sugerido 05); 
 
III - definir o local da sede (é necessário o endereço para registrar o Estatuto); 
 
IV - preencher o Estatuto Social em 03 vias; 
 
V - preencher a Ata de Fundação em 03 vias; 
 
VI - discutir e aprovar o Estatuto em assembléia geral, na qual se deve também eleger a 
diretoria (Ata da Fundação); 
 
VII - pedir para um advogado rubricar as cópias do Estatuto Social; 
 
VIII - registrar o Estatuto Social e Ata no Cartório, anexando: 
 
a) 03 vias do estatuto e da ata; 
 
b) requerimento solicitando o registro, assinado pelo presidente com firma reconhecida 
em cartório; 
 
c) cópia da Carteira de Identidade e CPF dos membros da diretoria; 
 
IX - publicar no Diário Oficial o resumo do Estatuto; 
 
X - efetuar o registro no cadastro do Ministério da Fazenda - CNPJ, de acordo com as 
normas da IN SRF nº 01/2000, por meio da FCPJ; 
 
XI - efetuar o registro na Prefeitura Municipal, para obtenção do alvará de funcionamento; 
 
XII - solicitar a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público no 
Ministério da Justiça, de acordo com a Portaria MJ nº 361, de 27.07.99, se for o caso. 
 
 
 
 23 
 
 
 
 
 
 
Modelo de Estatuto 
 
ESTATUTO SOCIAL 
 
 
Inclua aqui o nome e sigla da ENTIDADE 
 
CAPÍTULO PRIMEIRO 
Nome e Natureza Jurídica 
 
 
 
Art. 1º - Sob a denominação de "Nome da ENTIDADE", ou pela forma abreviada "Sigla da 
ENTIDADE", fica instituída esta associação civil sem fins lucrativos, e que regerá por este 
ESTATUTO, e pelas normas legais pertinentes. 
 
 
 
CAPÍTULO SEGUNDO 
Da Sede 
 
Art. 2º - A "Nome da ENTIDADE" terá sua sede e foro na cidade de "Nome da cidade", à 
"inclua aqui o endereço completo da sede da ENTIDADE", podendo abrir filiais ou 
agências em outras cidades ou unidades da Federação, bem como no exterior. 
 
 
 
Art. 3º - O prazo de duração da "inclua aqui nome da ENTIDADE" é indeterminado. 
 
 
 
CAPÍTULO TERCEIRO 
Dos Objetivos 
 
Art. 4º - A "inclua aqui nome da ENTIDADE" tem por finalidade apoiar e desenvolver 
ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do 
meio ambiente, através das atividades de educação profissional, especial e ambiental. 
 
 
 
 
 24 
Parágrafo Primeiro - Para a consecução de suas finalidades, a "inclua aqui nome da 
ENTIDADE" poderá sugerir, promover, colaborar, coordenar ou executar ações e projetos 
visando: 
 
(Inclua os objetivos da entidade - razão principal da existência da entidade. Observe que 
alguns são obrigatórios conforme a Lei nº 9.790/99) 
 
I - promoção da assistência social às minorias e excluídos, desenvolvimento econômico e 
combate à pobreza; 
 
II - atendimento a idosos e doentes, de baixa renda; 
 
III - promoção gratuita da educação e da saúde incluindo prevenção de HIV-AIDS e 
consumo de drogas; 
 
IV - preservação, defesa e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; 
 
V - promoção do voluntariado, de criação de estágios e colocação de treinandos no 
mercado de trabalho; 
 
VI - promoção de direitos das pessoas portadoras de deficiência, dos direitos da mulher e 
da criança, assessoria jurídica gratuita e combate a todo o tipo de discriminação sexual, 
racial e social, trabalho forçado e infantil; 
 
VII - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de 
outros valores universais. 
 
 
Parágrafo Segundo - A dedicação às atividades acima previstas configura-se mediante a 
execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio da doação 
de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços 
intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor 
público que atuem em áreas afins. 
 
 
Art. 5º - A "inclua aqui nome da entidade" não se envolverá em questões religiosas, 
político-partidárias, ou em quaisquer outras que não se coadunem com seus objetivos 
institucionais. 
 
CAPÍTULO QUATRO 
Dos Sócios, Seus Direitos e Deveres. 
 
 
Art. 6º - A "inclua aqui nome da entidade" é constituída por número ilimitado de sócios, os 
quais serão das seguintes categorias: efetivos, colaboradores e beneméritos. 
 
 
 25 
 
Art. 7º - São sócios efetivos as pessoas físicas ou jurídicas, sem impedimento legal, que 
assinaram os atos constitutivos da entidade e outros que venham a ser admitidos nos 
termos do Artigo 10, Parágrafo Único, do presente Estatuto. 
 
 
 
Art. 8º - São sócios colaboradores pessoas físicas ou jurídicas, sem impedimento legal, 
que venham a contribuir na execução de projetos e na realização dos objetivos da "inclua 
aqui nome da entidade". 
 
 
Art. 9º - São considerados sócios beneméritos pessoas ou instituições que se destacaram 
por trabalhos que se coadunem com os objetivos dessa Associação. 
 
 
Art. 10 - Os associados, qualquer que seja sua categoria, não respondem 
individualmente, solidária ou subsidiariamente pelas obrigações da "inclua aqui nome da 
entidade", nem pelos atos praticados pelo Presidente ou pelo Diretor Executivo. 
 
 
Parágrafo Único - A admissão de novos sócios, de qualquer categoria será decidida pela 
Assembléia Geral, mediante proposta de sócios efetivos ou da Diretoria. 
 
 
Art. 11 - São direitos dos associados: 
 
I - participar de todas as atividades associativas; 
 
II - propor a criação e tomar parte em comissões e grupos de trabalho, quando 
designados para estas funções; 
 
III - apresentar propostas, programas e projetos de ação para a "inclua aqui nome da 
entidade"; 
 
IV - ter acesso a todos os livros de natureza contábil e financeira, bem como a todos os 
planos, relatórios, prestações de contas e resultados de auditoria independente. 
 
 
Parágrafo Único - Os direitos sociais previstos neste Estatuto são pessoais e 
intransferíveis. 
 
 
Art. 12 - São deveres dos associados: 
 
I - observar o Estatuto, regulamentos, regimentos, deliberações e resoluções dos órgãos 
da sociedade; 
 
 26 
 
II - cooperar para o desenvolvimentoe maior prestígio da "inclua aqui nome da entidade" 
e difundir seus objetivos e ações. 
 
 
 
Art. 13 - Considera-se falta grave, passível de exclusão, provocar ou causar prejuízo 
moral ou material para a "inclua aqui nome da entidade". 
 
 
CAPÍTULO QUINTO 
Das Assembléias Gerais 
 
 
Art. 14 - A Assembléia Geral é o órgão máximo da Associação, e é constituída pelos 
sócios efetivos da "inclua aqui nome da entidade". 
 
 
Art. 15 - A Assembléia Geral reunir-se-á extraordinariamente sempre que necessário, e 
ordinariamente 1 (uma) vez por ano, para deliberar sobre os seguintes temas: 
 
I - apreciação e aprovação do Balanço Anual e demais relatórios financeiros do exercício 
anterior, e o Orçamento e Plano Anual de Trabalho para o novo exercício; 
 
II - nomeação ou destituição do Diretor Executivo; 
 
III - nomeação dos membros dos Conselhos Consultivo e Fiscal; 
 
IV - deliberar sobre a admissão de novos sócios efetivos, colaboradores e beneméritos; 
 
V - deliberar sobre a reforma e alterações do Estatuto; 
 
VI - deliberar sobre a extinção da Associação e a destinação do patrimônio social; 
 
VII - deliberar sobre casos omissos e não previstos neste Estatuto. 
 
 
Art. 16 - As Assembléias Gerais serão convocadas pelo Presidente, ou por carta assinada 
por pelo menos a metade dos sócios efetivos. 
 
 
Parágrafo Único - A convocação da Assembléia Geral, ordinária ou extraordinariamente, 
dar-se-á através de carta registrada endereçada a todos os sócios, e com antecedência 
mínima de 15 (quinze) dias úteis. 
 
 
 
 27 
Art. 17 - O quorum mínimo exigido para a instalação da Assembléia Geral, a qualquer 
tempo, é de 50% (cinqüenta por cento) dos sócios efetivos. 
 
 
 
Parágrafo Primeiro - Terão direito a voto nas assembléias todas as categorias de sócios: 
efetivos, beneméritos e colaboradores, este último desde que em dia com sua 
contribuição. 
 
 
CAPÍTULO SEXTO 
Da Administração 
 
 
Art. 18 - A "inclua aqui nome da entidade" será dirigida pela Diretoria Executiva eleita em 
assembléia geral, para um período de quatro (04) anos, podendo ou não ser reeleita. 
 
A administração caberá ao Presidente o qual representará a Associação em Juízo ou fora 
dele, ativa e passivamente, bem como perante terceiros em geral, podendo nomear 
procuradores em nome da Associação, com poderes específicos e mandato em prazo 
determinado, o qual nunca ultrapassará a data de extinção do mandato do Presidente que 
outorgou a procuração. 
 
 
Art. 19 - O Presidente da "inclua aqui nome da entidade" visando imprimir maior 
operacionalidade às ações da Associação, deverá assumir as seguintes atribuições ou 
nomear e contratar um Diretor Executivo, para: 
 
I - coordenar e dirigir as atividades gerais específicas da "inclua aqui nome da entidade"; 
 
II - celebrar convênios e realizar a filiação da "inclua aqui nome da entidade" a instituições 
ou organizações, por delegação do Presidente; 
 
III - representar a "inclua aqui nome da entidade" em eventos, campanhas e reuniões, e 
demais atividades do interesse da Associação; 
 
IV - encaminhar anualmente aos sócios efetivos, relatórios de atividades e demonstrativos 
contábeis das despesas administrativas e de projetos; bem como os pareceres de 
Auditores Independentes, ou Conselho Fiscal, se este estiver constituído, sobre os 
balancetes e balanço anual; 
 
V - contratar, nomear, licenciar, suspender e demitir funcionários administrativos e 
técnicos da "inclua aqui nome da entidade"; 
 
VI - elaborar e submeter aos sócios efetivos o Orçamento e Plano de Trabalho Anuais; 
 
VII - propor aos sócios efetivos reformas ou alterações do presente Estatuto; 
 
 28 
 
VIII - propor aos sócios efetivos a fusão, incorporação e extinção da "inclua aqui nome da 
entidade" observando-se o presente Estatuto quanto ao destino de seu patrimônio; 
 
IX - adquirir, alienar ou gravar os bens imóveis da Associação, mediante autorização 
expressa da Assembléia Geral; 
 
X - elaborar o Regimento Interno e o Organograma Funcional da "inclua aqui nome da 
entidade", e submetê-lo à apreciação e aprovação da Assembléia Geral; 
 
XI - exercer outras atribuições inerentes ao cargo, e não previstas expressamente neste 
Estatuto. 
 
Parágrafo Único - É vedado a qualquer membro da Diretoria ou a qualquer associado 
praticar atos de liberalidade às custas da "inclua aqui nome da entidade". 
 
 
CAPÍTULO SÉTIMO 
Do Conselho Consultivo 
 
Art. 20 - Com o objetivo de assessorar os sócios e funcionários da "inclua aqui nome da 
entidade" na consecução de seus objetivos estatutários, e principalmente na elaboração, 
condução e implementação de suas ações, campanhas e projetos, os sócios efetivos 
indicarão à Assembléia Geral, nos termos do artigo 15, alínea III deste Estatuto, pessoas 
de reconhecimento saber e idoneidade, nos campos de conhecimento afins com suas 
atividades, para comporem o Conselho Consultivo da "inclua aqui nome da entidade". 
 
 
Art. 21 - O Conselho Consultivo compor-se-á de no máximo quinze membros, com 
mandato de quatro (04) anos, e reunir-se-á sempre que convocado pelo Presidente, ou 
por sugestão do Diretor Executivo, com ausência do primeiro. 
 
 
Parágrafo Primeiro - Os membros do Conselho Consultivo elegerão, por maioria simples, 
o seu Presidente, que coordenará os trabalhos desse Conselho. 
 
 
Parágrafo Segundo - As deliberações e pareceres do Conselho Consultivo serão tomadas 
por maioria simples, cabendo ao seu Presidente o voto de qualidade. 
 
CAPÍTULO OITAVO 
Do Conselho Fiscal 
 
 
Art. 22 - Quando convocados nos termos do Artigo 24, Parágrafo Terceiro, desse 
Estatuto, o Conselho Fiscal será fiscalizador da administração contábil-financeira da 
 
 29 
"inclua aqui nome da entidade", e se comporá de três membros de idoneidade 
reconhecida. 
 
 
Art. 23 - Os membros do Conselho Fiscal serão convidados pelos sócios efetivos, e 
nomeados pela Assembléia Geral, nos termos do Artigo 15, alínea III deste Estatuto. 
 
 
Art. 24 - Compete ao Conselho Fiscal, ou se for o caso, aos Auditores Externos: 
 
I - dar parecer formal sobre os relatórios e demonstrações contábil-financeiras da "inclua 
aqui nome da entidade", oferecendo as ressalvas que julgarem necessárias; 
 
II - opinar sobre qualquer matéria que envolva o patrimônio da "inclua aqui nome da 
entidade", sempre que necessário; 
 
III - comparecer, quando convocados, às Assembléias Gerais, para esclarecer seus 
pareceres, quando assim julgarem necessário; 
 
IV - opinar sobre a dissolução e liquidação da "inclua aqui nome da entidade". 
 
 
Parágrafo Primeiro - Os membros do Conselho Fiscal elegerão, por maioria simples, o 
seu Presidente, que coordenará os trabalhos desse Conselho. 
 
 
Parágrafo Segundo - O Conselho Fiscal deliberará por maioria simples, cabendo ao seu 
Presidente o voto de qualidade. 
 
 
Parágrafo Terceiro - O Conselho Fiscal só será instalado, e seus membros convocados, 
se a "inclua aqui nome da entidade" não contratar auditores externos, ou se assim exigir, 
através de maioria simples, a Assembléia Geral. 
 
 
CAPÍTULO NONO 
Do Patrimônio 
 
 
Art. 25 - O patrimônio da "inclua aqui nome da entidade" será constituído por doações de 
pessoas físicas e/ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais e estrangeiras. 
 
 
Art. 26 - A "nome da entidade inclua aqui" não distribuirá qualquer parcela de seu 
patrimônio ou de suas receitas a título de lucro ou participação dos resultados sociais. 
 
 
 
 30 
Parágrafo Único - A "inclua aqui nome da entidade" não poderá receber qualquer tipo de 
doação ou subvenção que possa comprometer sua independência e autonomia perante 
os eventuais doadores ou subventores. 
 
CAPÍTULO DÉCIMO 
Do Regime Financeiro 
 
 
Art. 27 - O exercício financeiro da "inclua aqui nome da entidade" encerrar-se-áno dia 31 
de dezembro de cada ano. 
 
 
Art. 28 - As demonstrações contábeis anuais serão encaminhadas dentro dos primeiros 
sessenta dias do ano seguinte à Assembléia Geral, para análise e aprovação. 
 
 
CAPÍTULO DÉCIMO PRIMEIRO 
Da destinação das rendas e recursos 
 
 
Art. 29 - A "inclua aqui nome da entidade" não distribuirá, entre seus sócios, associados, 
conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, 
brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio. 
 
 
Art. 30 - A "inclua aqui nome da entidade" aplicará integralmente suas rendas, recursos e 
eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento dos objetivos 
institucionais no território nacional. 
 
 
Art. 31 - No caso de dissolução, aprovada a extinção pela Assembléia Geral, convocada 
especialmente para este fim, nos termos do Artigo 15, proceder-se-á o levantamento do 
seu patrimônio, que obrigatoriamente será destinado a outras instituições legalmente 
constituídas, sem fins lucrativos, que tenham objetivos sociais semelhantes. 
 
 
Art. 32 - A "inclua aqui nome da entidade" em observância dos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência, adotará práticas 
de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma 
individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da 
participação no respectivo processo decisório. 
 
 
Art. 33 - O conselho fiscal ou órgão equivalente, terá competência para opinar sobre os 
relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais 
realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade. 
 
 
 31 
 
Art. 34 - Haverá a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade 
que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços 
específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na 
região correspondente a sua área de atuação. 
 
 
Art. 35 - A "inclua aqui nome da entidade" observará as normas de prestação de contas, 
que determinarão, no mínimo: 
 
I - a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras 
de Contabilidade; 
 
II - que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, 
ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as 
certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para 
exame de qualquer cidadão; 
 
III - a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o 
caso, da aplicação dos eventuais recursos. 
 
 
CAPÍTULO DÉCIMO TERCEIRO 
Das Disposições Gerais 
 
 
Art. 36 - É expressamente proibido o uso da denominação social em atos que envolvam a 
"inclua aqui nome da entidade" em obrigações relativas a negócios estranhos ao seu 
objetivo social, especialmente a prestação de avais, endossos, fianças e caução de favor. 
 
 
Local e data 
 
Nome e assinatura do Presidente da entidade 
 
Presidente 
 
Nome e Assinatura do advogado 
 
Registro na OAB nº 
 
 
 
 
 32 
 
 
 
 
Modelo Ata de Fundação 
 
 
ATA DE FUNDAÇÃO DA "INCLUA AQUI NOME DA ENTIDADE" 
 
 
Aos 12 dias de abril de dois mil (2000), nesta cidade de (Cidade, Estado), reuniram-se os 
senhores (Nome da pessoa), portador da Carteira de Identidade (Número do documento) 
e CPF (Número do documento), residente à (Endereço) (relacionar e identificar todos os 
presentes), e foi feita a assembléia de fundação e eleição da diretoria da (Nome da 
entidade), entidade de direito privado, sem fins lucrativos, obedecendo a ordem do dia, 
para a qual fora convocada esta assembléia e que tem o seguinte teor: 
 
 
 
a) discussão e aprovação dos estatutos sociais; 
 
b) eleição da Diretoria quadriênio 2000-2004. 
 
 
 
Iniciando-se os trabalhos, submeteu-se o Projeto do Estatuto Social, artigo por artigo, à 
apreciação e discussão e, em seguida, à sua votação, tendo o mesmo sido aprovado por 
unanimidade e sem emendas ou modificações, mantendo o teor seguinte: 
 
 
Estatuto Social - "inclua aqui nome da entidade", (reproduzir o texto do estatuto 
aprovado). 
 
 
Tendo sido aprovado o Estatuto Social da "inclua aqui nome da entidade", o Sr. (Nome da 
pessoa), eleito como Presidente da "inclua aqui nome da entidade" para o quadriênio 
2000-2004, procedeu, então, com a concordância dos demais sócios efetivos, à eleição 
da Diretoria, para o quadriênio de 2000-2004, que chegou ao seguinte resultado, 
conforme a relação dos membros da Diretoria abaixo assinados, e com a concordância de 
todos, procedeu ao registro dessa Ata. 
 
 
 
 
 
 33 
Presidente 
 
Nome da pessoa ____________________________ 
 
Diretor Executivo 
 
Nome da pessoa ____________________________ 
 
Presidente do Conselho Consultivo 
 
Nome da pessoa ____________________________ 
 
Presidente do Conselho Fiscal 
 
Nome da pessoa ____________________________ 
 
Secretária 
 
Nome da pessoa ____________________________ 
 
 
 
PEDIDO DE QUALIFICAÇÃO COMO ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE 
INTERESSE PÚBLICO 
 
 
O pedido de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público será 
dirigido ao Ministério da Justiça na forma da Portaria MJ nº 361/99, 
 
 
REGISTRO EM OUTROS ÓRGÃOS 
 
Seguido os passos acima para constituição e com a obtenção do CNPJ, é necessário 
registrar a entidade nos órgãos públicos a que estiver sujeita e instituições privadas para 
a obtenção de recursos: 
 
I - nas secretarias estaduais nas áreas de atuação da entidade: 
 
- Secretaria de Educação, Trabalho, Bem Estar Social, da Saúde, da Criança, etc.; 
 
II - nos órgãos federais específicos e secretarias e ministérios públicos: Secretaria 
Nacional dos Direitos Humanos, Ministério da Justiça, Educação, Trabalho, etc.; 
 
III - nas entidades mantenedoras privadas e públicas, nacionais e internacionais. 
 
 
 
 
 34 
CERTIFICADOS DE ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS 
 
O Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos somente poderá ser concedido ou 
renovado para entidade beneficente de assistência social mediante requerimento ao 
Conselho Nacional de Assistência Social e desde que atendidos os requisitos das 
Resoluções CNAS nº 177/00 e 178/00. 
 
Sobre os requisitos e documentos necessários ao encaminhamento do pedido de 
concessão ou renovação de Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos. 
 
 
DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL 
 
A entidade poderá solicitar, mediante requerimento dirigido ao Presidente da República, 
por meio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de utilidade pública, desde que 
provados os seguintes requisitos (Lei nº 91, de 28.08.35 regulamentada pelo Decreto nº 
50.517 de 02.05.61 e alterações do Decreto nº 60.931, de 04.07.67): 
 
I - que a entidade se constitui no País; 
 
II - que possui personalidade jurídica; 
 
II - que está em efetivo e contínuo funcionamento nos três anos imediatamente anteriores, 
em observância aos fins estatutários; 
 
III - que não remunera a qualquer título os cargos da sua diretoria e que a entidade não 
distribui lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes e mantenedores sob nenhuma 
forma ou pretexto; 
 
IV - que comprovadamente, mediante apresentação de relatórios dos três exercícios 
anteriores à formulação do pedido, promove a educação, a assistência social, ou exerce 
atividades de pesquisas científicas, de cultura, inclusive artísticas ou filantrópicas, de 
caráter geral ou indiscriminado e predominantemente; 
 
V - que seus diretores possuem folha corrida e moralidade comprovada; 
 
VI - que se obriga a publicar anualmente a demonstração da receita e da despesa 
realizadano Período anterior. 
 
 
DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPAL 
 
Para a entidade ser declarada de utilidade pública estadual e municipal, deve-se entrar 
em contato com a Câmara de Deputados e Assembléia Legislativa local para 
conhecimento e encaminhamento da documentação necessária. 
 
 
 
 35 
 
ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
ISENÇÃO 
 
 
Fica isenta das contribuições de que tratam os artigos 22 e 23 da Lei nº 8.212, de 24 de 
julho de 1991, a pessoa jurídica de direito privado beneficente de assistência social que, 
cumulativamente, atender aos requisitos estabelecidos no art. 1º da Portaria a seguir 
transcrita. 
 
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 66, de 10.05.02. 
(DOU de 14.05.02) 
 
Dispõe sobre a isenção das contribuições sociais destinadas à Previdência Social. 
 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal; Lei nº 91, de 28.08.35; Lei nº 3.577, 
de 04.07.59; Lei nº 4.863, de 29.11.65; Lei nº 8.212, de 24.07.91; Lei nº 8.742, de 
07.12.93; Lei nº 8.909, de 06.07.94; Lei nº 9.429, de 26.12.96; Lei nº 9.528, de 10.12.97; 
Lei nº 9.732, de 11.12.98; Lei nº 9.784, de 29.01.99; Lei nº 9.870, de 23.11.99; Lei nº 
10.260, de 12.07.01; Medida Provisória nº 2.129-6, de 23.02.01; Medida Provisória nº 
2.187-11, de 28.06.01; Decreto-lei nº 1.572, de 01.09.77; Decreto nº 50.517, de 02.05.61; 
Decreto nº 356, de 07.12.91; Decreto nº 612, de 21.07.92; Decreto nº 2.173, de 05.03.97; 
Decreto nº 752, de 16.02.93; Decreto nº 1.038, de 07.01.94; Decreto nº 2.536, de 
06.04.98; Decreto nº 3.048, de 06.05.99; Decreto nº 3.504, de 13.06.00; Decreto nº 4.032, 
de 26.11.01; Portaria/MPAS nº 3.464, de 27.09.01; Portaria MPAS nº 3.563, de 30.10.01; 
Portaria/MPAS nº 3.596, de 06.11.01; Resolução/CNAS nº 31, de 24.02.99; 
Resolução/CFC nº 877, de 18.04.00; Resolução/CNAS nº 177, de. 10.08.00. 
 
 
 
A DIRETORIA COLEGIADA do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), 
em reunião ordinária realizada no dia 10 de maio de 2002, no uso da competência que lhe 
foi conferida pelo inciso III do art. 7º do Regimento Interno, aprovado pela Portaria/MPAS 
nº 3.464, de 27 de setembro de 2001, 
 
 
 
Resolve: 
 
 
 
Art. 1º - Disciplinar os procedimentos necessários ao reconhecimento, à manutenção e ao 
cancelamento da isenção das contribuições sociais destinadas à Seguridade Social. 
 
 
 
 
 36 
 CAPÍTULO I 
 
Seção I 
Da Isenção 
 
 
 
Art. 2º - Fica isenta das contribuições de que tratam os artigos 22 e 23 da Lei nº 8.212, de 
24 de julho de 1991, a pessoa jurídica de direito privado beneficente de assistência social 
que, cumulativamente: 
 
I - seja reconhecida como de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou 
municipal; 
 
II - seja portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência 
Social (CEBAS), fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social, renovado a 
cada três anos; 
 
III - promova a assistência social beneficente, inclusive educacional ou de saúde, a 
menores, a idosos, a excepcionais ou a pessoas carentes; 
 
IV - não remunere diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores e não lhes 
conceda vantagens ou benefícios a qualquer título; 
 
V - aplique integralmente o eventual resultado operacional na manutenção e no 
desenvolvimento de seus objetivos institucionais; 
 
VI - apresente, anualmente, ao órgão do INSS competente relatório circunstanciado das 
atividades que desenvolve. 
 
 § 1º - Ressalvados os direitos adquiridos, a isenção de que trata este artigo será 
requerida ao INSS, que terá o prazo de trinta dias para despachar o pedido. 
 
§ 2º - A isenção das contribuições sociais usufruída pela pessoa jurídica de direito privado 
beneficente de assistência social é extensiva às entidades mantidas, a suas 
dependências, a seus estabelecimentos e a suas obras de construção civil, quando por 
ela executadas e destinadas a uso próprio., 
 
§ 3º - A isenção de que trata este artigo não abrange empresa ou entidade que, tendo 
personalidade jurídica própria, seja mantida por outra que esteja no exercício da isenção. 
 
§ 4º - A existência de débito em nome da entidade requerente constitui impedimento ao 
deferimento do pedido, até que seja regularizada a situação da entidade requerente, 
hipótese em que a decisão concessória da isenção produzirá efeitos a partir do 1º dia do 
mês em que for comprovada a regularização da situação. 
 
 
 
 37 
§ 5º - A existência de débito em nome da entidade constitui motivo para o cancelamento 
da isenção, com efeitos a contar do primeiro dia do segundo mês subseqüente àquele em 
que a entidade se tornou devedora da contribuição social. 
 
§ 6º - Considera-se entidade em débito, para os efeitos dos parágrafos 4º e 5º deste 
artigo, quando contra ela constar crédito da seguridade social exigível, decorrente de 
obrigação assumida como contribuinte ou responsável, constituído por meio de 
Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, Auto de Infração, confissão ou declaração, 
assim entendido, também o que tenha sido objeto de informação na Guia de 
Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência 
Social (GFIP). 
 
Art. 3º - O direito à isenção reconhecido pelo INSS alcança também as contribuições 
arrecadadas pelo INSS e destinadas a terceiros, por força do disposto no § 7º do art. 35 
da Lei nº 4.863, de 29 de novembro de 1965. 
 
Seção II 
Do Pedido 
 
Art. 4º - A entidade beneficente de assistência social deverá requerer o reconhecimento 
da isenção à Agência da Previdência Social (APS) ou à Unidade Avançada de 
Atendimento (UAA) circunscricionante de seu estabelecimento sede, cujo pedido deverá 
ser protocolizado em duas vias, em formulário de Requerimento de Isenção de 
Contribuições Sociais (Anexo I), ao qual juntará os seguintes documentos: 
 
I - decretos declaratórios de utilidade pública federal e estadual ou do Distrito Federal ou 
municipal; 
 
II - Atestado de Registro e Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, 
expedidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); 
 
III - estatuto da entidade com a respectiva certidão de registro em cartório de registro civil 
de pessoas jurídicas; 
 
IV - ata de eleição ou de nomeação da diretoria em exercício, registrada em cartório de 
registro civil de pessoas jurídicas; 
 
V - comprovante de entrega da declaração de imunidade do imposto de renda de pessoa 
jurídica, fornecido pelo setor competente do Ministério da Fazenda; 
 
VI - informações cadastrais, em formulário próprio (Anexo II); 
 
VII - resumo de informações de assistência social, em formulário próprio (Anexo III). 
 
 
 
 
 38 
§ 1º - Os documentos referidos nos incisos I a V poderão ser apresentados por cópia, 
conferida e autenticada pelo servidor do INSS, à vista dos respectivos originais. 
 
§ 2º - O pedido protocolizado desacompanhado de qualquer dos documentos 
enumerados no caput, cuja falta não puder ser sanada em 5 (cinco) dias úteis da ciência 
da solicitação para apresentação, mediante comprovação de entrega, será sumariamente 
indeferido e arquivado, sendo a entidade comunicada da decisão e de que, a qualquer 
tempo, poderá protocolizar novo pedido. 
 
Art. 5º - O pedido de reconhecimento da isenção deverá ser decidido no prazo de 30 
(trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período quando for necessária a realização 
de diligências para subsidiar a análise, a instrução ou a decisão desse pedido. 
 
Seção III 
Da Decisão do Pedido e do Ato Declaratório 
 
Art. 6º - O INSS decidirá pelo deferimento ou pelo indeferimento do pedido de 
reconhecimento de isenção, de acordo com as normas vigentes à época do pedido. 
 
§ 1º - Deferido o pedido, a autoridade julgadora encaminhará o processo à chefia superior 
para homologação da decisão, sendo que: 
 
I - mantidaa decisão, o INSS expedirá o Ato Declaratório (Anexo IV); 
 
II - o INSS comunicará à pessoa jurídica requerente, mediante comprovação de entrega, a 
decisão sobre o pedido de reconhecimento do direito à isenção, que gerará efeito a partir 
da data do protocolo do pedido, observado o disposto no § 4º do art. 2º. 
 
§ 2º - Indeferido o pedido, não haverá necessidade de homologação pela autoridade 
superior, sendo que: 
 
I - O INSS comunicará a decisão à entidade, mediante comprovação de entrega em que 
constem os motivos do indeferimento e os respectivos fundamentos legais, cabendo 
recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). 
 
Art. 7º - Não sendo proferida qualquer decisão no prazo estabelecido no art. 5º, o 
interessado poderá reclamar à autoridade superior, que apreciará o pedido da concessão 
da isenção requerida e promoverá a apuração de eventual responsabilidade do servidor 
omisso, se for o caso. 
 
CAPÍTULO II 
DO CANCELAMENTO DA ISENÇÃO 
 
Art. 8º - O INSS verificará se a entidade beneficente de assistência social continua 
atendendo aos requisitos necessários à manutenção da isenção. 
 
 
 39 
§ 1º - Constatado o não-cumprimento dos requisitos contidos no art. 2º, a fiscalização 
emitirá Informação Fiscal (IF), na qual relatará os fatos, a fundamentação legal e as 
circunstâncias que os envolveram, juntará as provas ou indicará onde essas possam ser 
obtidas e encaminhará a IF à autoridade competente. 
 
§ 2º - A entidade será cientificada do inteiro teor da IF e terá o prazo de quinze dias para 
apresentação de defesa e para produção de provas, que serão protocolizadas na APS ou 
na UAA circunscricionante do estabelecimento sede. 
 
§ 3º - Apresentada a defesa ou decorrido o prazo previsto no § 2° sem manifestação da 
parte interessada, a ANDEREC decidirá acerca do cancelamento da isenção e emitirá o 
Ato Cancelatório (AC) (Anexo V), se decidir pelo cancelamento. 
 
§ 4º - Cancelada a isenção, a pessoa jurídica de direito privado terá o prazo de 15 
(quinze) dias contados da ciência da decisão, para interpor recurso com efeito suspensivo 
ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), sendo que não caberá recurso 
quando o cancelamento da isenção decorrer do descumprimento dos requisitos previstos 
nos incisos I e II do art. 2º. 
 
§ 5º - A entidade perderá o direito de gozar da isenção das contribuições sociais a partir 
da data em que deixar de cumprir os requisitos contidos no art. 2º, data essa que deverá 
constar do Ato Cancelatório. 
 
Art. 9º - Decidindo pela manutenção da isenção, a autoridade julgadora recorrerá de ofício 
à chefia superior, nos termos do art. 366 do Regulamento da Previdência Social (RPS), 
aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. 
 
§ 1º - Se homologada a decisão, dar-se-á ciência à entidade, mediante comprovação de 
entrega, e encaminhar-se-á a IF ao arquivo. 
 
§ 2º - Se não homologada a decisão, o AC será emitido nos termos do § 3º do art. 8º. 
 
CAPÍTULO III 
DO RECURSO 
 
Art. 10 - Caberá recurso ao CRPS, em face de razões de legalidade e de mérito, em 
relação às decisões de indeferimento de Pedido de Reconhecimento de Isenção, bem 
como em relação à emissão de Ato Cancelatório de Isenção. 
 
§ 1º - É de 15 (quinze) dias o prazo para interposição de recurso e para o oferecimento de 
contra-razões ao CRPS, contados das datas da ciência da decisão e da interposição do 
recurso, respectivamente. 
 
§ 2º - O recurso deverá ser protocolizado junto à APS ou à UAA circunscricionante. 
 
§ 3º - Apresentado o recurso, a autoridade julgadora, se não reconsiderar a decisão, 
emitirá contra-razões e encaminhará o processo ao CRPS para julgamento definitivo. 
 
 40 
§ 4º - Decidido o recurso pelo CRPS, o INSS encaminhará cópia da decisão à interessada 
e: 
 
I - no caso de decisão favorável à entidade, em processo de pedido de reconhecimento 
de isenção, emitirá o Ato Declaratório, nos termos § 1º do art. 6º; 
 
II - se mantido o indeferimento ou o cancelamento da isenção, comunicará à entidade 
que, a qualquer tempo, poderá protocolizar novo pedido, desde que o motivo do 
indeferimento tenha sido sanado. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS REPRESENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 
Art. 11 - O INSS verificará se a entidade beneficente de assistência social continua 
atendendo aos requisitos necessários à manutenção do Certificado de Entidade 
Beneficente de Assistência Social (CEBAS) e do título de Utilidade Pública Federal (UPF). 
 
§ 1º - O INSS formalizará Representação Administrativa (RA) se verificar que a entidade 
deixou de atender aos requisitos previstos: 
 
I - nos artigos 2º e 3º do Decreto nº 2.536, de 6 de abril de 1998, que dispõe sobre a 
concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), na 
Resolução/CNAS nº 31, de 24 de fevereiro de 1999, ou na Resolução/CNAS nº 177, de 
10 de agosto de 2000, que será encaminhada ao Conselho Nacional de Assistência 
Social (CNAS), na forma prevista no Anexo VI; 
 
II - no art. 1º da Lei nº 91, de 28 de agosto de 1935, que trata da declaração de utilidade 
pública, ou no art. 6º do Decreto nº 50.517, de 2 de maio de 1961, que será encaminhada 
ao Ministério da Justiça, na forma prevista no Anexo VII. 
 
§ 2º - Cópias das Representações Administrativas previstas nos incisos I e II do § 1º deste 
artigo serão encaminhadas à Secretaria da Receita Federal e ao Ministério Público 
Federal. 
 
CAPÍTULO V 
DO RELATÓRIO DE ATIVIDADES 
 
Art. 12 - A entidade beneficente de assistência social beneficiada com isenção é obrigada 
a apresentar, anualmente, até 30 de abril, à APS ou à UAA de sua sede, mediante 
protocolo, relatório circunstanciado, relativo ao exercício anterior, em que constem, sem 
prejuízo de outros dados que a entidade ou o INSS julgarem necessários: 
 
I - informações cadastrais (Anexo II) relativas: 
 
a) à localização da sede da entidade; 
 
b) ao nome e à qualificação dos responsáveis pela entidade; 
 
 41 
 
c) à relação dos estabelecimentos e das obras de construção civil vinculados à entidade 
identificados pelos respectivos números do CNPJ ou da matrícula CEI; 
 
II - resumo de informações de assistência social, em que constem o valor da isenção 
usufruída, a descrição sumária dos serviços assistenciais, nas áreas de assistência social, 
de educação ou de saúde, a quantidade de atendimentos que presta e os respectivos 
custos (Anexo III); 
 
III - relatório contendo descrição pormenorizada dos serviços assistenciais prestados; 
 
IV - cópia do CEBAS vigente ou prova de haver requerido renovação, caso tenha expirado 
o prazo de validade desse Certificado; 
 
V - cópia de certidão fornecida pelo Ministério da Justiça que comprove a regularidade da 
entidade junto àquele órgão; 
 
VI - cópia de certidão ou de documento que comprove estar a entidade em condições de 
regularidade junto ao órgão gestor de Assistência Social estadual ou municipal ou do 
Distrito Federal; 
 
VII - cópia de certidão ou de documento fornecido pelo órgão competente que comprove 
estar a endidade em condições de regularidade para a manutenção da titularidade de 
utilidade pública estadual ou municipal ou do Distrito Federal; 
 
VIII - relação nominativa dos alunos bolsistas contendo filiação, custo e percentual da 
bolsa; 
 
IX - cópia da convenção coletiva de trabalho; 
 
X - cópia do convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS); 
 
XI - cópia do balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício com 
discriminação de receitas e despesas, demonstração de mutação de patrimônio e notas 
explicativas; 
 
XII - cópia da planilha de custo de apuração do valor da mensalidade de que trata a Lei nº 
9.870, de 23 de novembro de 1999. 
 
Parágrafo único - A falta de apresentação do relatório anual circunstanciado ou de 
qualquer documento que o acompanhe ao INSS constitui infração ao

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