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Ossos do Cranio - Rafael Parisi

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Rafael Parisi 
Monitoria de Anatomia MMF-1 
2013.1 
 
 
 
 
OS OSSOS DO CRÂNIO 
 
 
 
 
 
O CRÂNIO 
O crânio corresponde a todo o esqueleto da cabeça (superfície do corpo que está 
fixada ao tronco pelo pescoço). Ele abriga o encéfalo e os alguns órgãos dos sentidos (visão, 
audição, olfato, paladar). Para melhor estudo, essa estrutura óssea é dividida em duas partes, 
através do plano orbitomeático ou plano horizontal de Frankfurt: este parte da margem 
inferior da órbita até a margem superior do meato acústico externo. Os ossos que estão acima 
do plano formam o neurocrânio e os que estão abaixo, o viscerocrânio. Em conjunto, essas 
duas estruturas abrigam 22 ossos. 
O neurocrânio é formado por 8 ossos: 4 ossos ímpares (frontal, occipital, esfenoide¹ e 
etmoide²) e 2 pares de ossos (parietais e temporais³). Os ossos frontal, parietais e temporais 
formam a calvária ou calota craniana e são originados a partir da ossificação intramembranosa 
do mesênquima, enquanto os outros ossos (esfenoide e occipital) formam a base do crânio e 
são originados a partir de ossificação endocondral. 
Nossos ossos da calvária e da base do crânio, existem alguns forames, que são muito 
importantes para dar passagens a veias emissárias (frontal, parietal, mastóidea e condilar), 
que são responsáveis pela conexão entre a drenagem venosa externa e os seios venosos da 
dura-máter (seio sagital superior, seio sagital inferior, seis transversos, seios sigmóides, seio 
occipital , seio cavernosos e seios petrosos). 
O viscerocrânio é formado por 14 ossos: 2 ossos ímpares (mandíbula e vômer) e 6 
pares de ossos (nasais, lacrimais, zigomáticos, conchas nasais inferiores, maxilas e palatinos). 
Esses ossos formam o esqueleto da face e se desenvolvem principalmente a partir dos arcos 
faríngeos embrionários. 
¹ Apenas o processo pterigoide 
² Apenas a lâmina cribriforme 
³ A parte timpânica e o processo estiloide do temporal fazem parte do viscerocrânio. 
Ossos do crânio que surgem por ossificação endocondral (condrocrânio): etmoide, 
esfenoide, occipital, concha nasal inferior e temporal (apenas processo estiloide e a parte 
petrosa). Os demais ossos do crânio (desmocrânio) surgem por ossificação intramembranosa. 
Para medir, comparar e descrever a topografia do crânio, além documentar variações 
anormais, na medicina são denominados os chamados pontos craniométricos radiológicos. 
Um exemplo deles é o pórion, localizado na região margem inferior do meato acústico externo 
que é cruzado pelo plano orbitomxeático. 
VISTAS EXTERNAS DO CRÂNIO 
1. Norma vertical ou Vista Superior: vista do crânio através de seu ponto mais alto (o 
vértice – um ponto craniométrico). Nessa vista, encontramos os ossos: frontal, 
occipital e os parietais. Entre esses ossos, existem algumas suturas: a sutura coronal, 
que separa o osso frontal dos ossos parietais; a sutura sagital, que separa os dois 
ossos parietais e a sutura lambdóidea, que separa os ossos parietais do osso occipital. 
O bregma é o ponto craniométrico que está no cruzamento entre as suturas coronal e 
sagital e o lambda é o ponto entre as suturas sagital e lambdóidea. 
OBS.: O ponto craniométrico bregma (ponto de união das suturas coronal e sagital) foi descrito 
por Broca. Esse ponto é muito importante para três fatores: (1) o fontículo anterior não se 
fecha para formar o bregma no distúrbio conhecido como diostose cleidocranial, (2) em casos 
de desidratação, na palpação da criança, a região do bregma está afundada e (3) é um ponto 
de referência importante na cirurgia estereotáxica. 
 
 
 
 Osso frontal: pode-se ver a escama do osso. Destacam-se as eminências ou túberes 
frontais, anteriormente (cranialmente aos arcos supraciliares). 
 
 Osso parietal: perto da articulação com o osso temporal, encontram-se as linhas 
temporais superior e inferior. Na superior, fixa-se a aponeurose do músculo temporal 
e a inferior indica o limite da origem desse mesmo músculo. Acima dessas linhas, está 
a região chamada epicrânio, que é revestida pela aponeurose epicrânica ou gálea 
aponeurótica. Na parte posterior do osso parietal, laterais e próximos à sutura sagital, 
estão os forames parietais, que dão passagem a uma veia emissária parietal (ou veia 
de Santorini) que vai ligar drenagem venosa do couro cabeludo ao seio sagital 
superior. O ponto craniométrico entre os forames parietais na sutura sagital é o 
obélio. 
 
 Osso occipital: a parte localizada na vista superior não permite uma análise sucinta 
desse osso, que é melhor analisado nas outras vistas. 
 
2. Norma ou Vista Lateral: encontramos os ossos frontal, occipital, os temporais, os 
zigomáticos e a asa maior do esfenoide. Anteriormente, entre esses ossos, encontram-
se as suturas: zigomaticotemporal e zigomaticofrontal (ao redor do zigomático) e 
esfenozigomática, esfenofrontal, esfenoparietal e esfenoescamosa (ao redor da asa 
maior do esfenoide). O encontro dessas três últimas suturas dá origem ao ponto 
craniométrio ptério. Esse ponto é muito importante, pois por ele passa a artéria 
meníngea média (ramo da artéria maxilar e principal artéria que vai irrigar a dura-
máter). Posteriormente, estão as suturas escamosa, parietomastoidea, 
occipitomastoidea e lamboidea. O encontro das quatro dá origem dá origem ao ponto 
craniométrico astério. 
Os principais constituintes do neurocrânio são: a fossa temporal, o meato acústico 
externo e o processo mastoide do osso temporal. Os principais constituintes do 
viscerocrânio são: a fossa infratemporal, o arco zigomático, a fissura orbital inferior, a 
fissura pterigomaxilar, a fossa pterigopalatina e as faces laterais da mandíbula e da 
maxila. 
 
 
 
 Fossa temporal: limitada anteriormente pelos ossos frontal e zigomático; superior e 
posteriormente pelas linhas temporais e inferiormente pelo arco zigomático. O ponto 
onde a linha temporal superior encontra-se com a sutura coronal chama-se estefânio. 
Essa fossa é separada da fossa infratemporal pela crista infratemporal da asa maior do 
esfenoide. Essa fossa contém o músculo temporal e o nervo zigomaticotemporal. 
 
 Arco zigomático: formado pela união do processo zigomático do osso temporal com o 
processo temporal do osso zigomático. O tendão do músculo temporal passa 
medialmente ao arco para buscar inserção no processo coronoide da mandíbula. Sua 
borda superior dá inserção à fáscia temporal. Sua borda inferior e a face medial dão 
origem ao músculo masseter. Possui duas raízes: a raiz anterior, onde se encontra o 
tubérculo articular, e a raiz posterior, que se continua com a crista supramastoidea. 
 
 Meato acústico externo: situado na parte timpânica do osso temporal, entre a raiz 
posterior do arco zigomático e o processo mastoide do occipital. Entre o tubérculo 
articular e a parte timpânica do osso temporal encontra-se a fossa mandibular, que é 
dividida em duas pela fissura petrotimpânica (ou fissura de Glaser, que se aprofunda 
formando o canal de Huguier), por onde passa o nervo corda do tímpano. A parte 
anterior da fossa articula-se com a mandíbula e a parte posterior aloja a glândula 
parótida. 
 
 Processo mastoide: posterior ao meato acústico externo. Aí se inserem os músculos 
esternocleidomastóideo, longuíssimo da cabeça e esplênio da cabeça. 
 
 Fossa infratemporal: situada medial e inferiormente ao arco zigomático. Contém: 
parte do músculo temporal, os músculos pterigóideos medial e lateral, o nervo 
maxilar, o nervo mandibular, os vasos maxilares e o plexo venoso pterigóideo. 
 
 Fissura orbital inferior: é através dela que a órbita se comunica com as fossas 
(temporal, infratemporal e pterigopalatina). Forma um ângulo reto coma fissura 
pterigomaxilar. Dá passagem: ao nervo zigomático e alguns ramos, aos vasos infra-
orbitais e à veia que liga a veia oftálmica ao plexo venoso pterigóideo. 
 
 Fossa pterigopalatina: está entre as fissuras orbital inferior e pterigomaxilar, na parte 
inferior do ápice da órbita. Comunica-se com a órbita pela fissura orbital inferior, com 
a cavidade nasal através do forame esfenopalatino e com a fossa infratemporal 
através da fissura pterigomaxilar. Contém o nervo maxilar, o gânglio pterigopalatino e 
a porção terminal da artéria maxilar. 
 
 Fissura pterigomaxilar: intervalo triangular formado pela divergência entre a maxila e 
o processo pterigoide do esfenoide. Liga a fossa temporal à fossa pterigopalatina. Dá 
passagem às porções terminais da artéria e da veia maxilar. 
 
3. Norma Frontal ou Vista Anterior: ossos frontal, nasais, zigomáticos, temporais, 
etmóide, esfenoide, lacrimais, conchas nasais inferiores, etmoide, vômer, maxilas e 
mandíbula. Podem ser identificadas as suturas internasal, nasofrontal, 
zigomaticofrontal, lacrimomaxilar, lacrimoetmoidal, esfenoetmoidal, esfenofrontal, 
frontomaxilar, frontolacrimal e frontoetmoidal. O ponto entre a sutura nasofrontal e 
a sutura internasal é o násio. A parte mais inferior da sutura internasal é o rínio. O 
ponto de encontro entre a borda anterior do lacrimal e o frontal é o dácrio. 
 
 Osso frontal: articula-se com os ossos nasal, zigomático, lacrimal, esfenoide, etmóide, 
parietal e maxila. Destacam-se os arcos superciliares (abaixo dos túberes frontais). 
Entre esses arcos, denomina-se o ponto glabela. No feto, existe a sutura frontal, que 
divide o osso em dois. Essa sutura pode persistir na forma de sutura metópica, nos 
adultos, e corta a glabela. Na borda supra-orbital do osso, existe a incisura supra-
orbital, para a passagem de vasos e nervos supra-orbitais. Sua parte inferior forma a 
margem superior da órbita. 
 
 Ossos nasais: formam o dorso do nariz. 
 
 
 
 Osso zigomático: articula-se com o frontal, o esfenoide, o temporal e a maxila. Forma 
a proeminência das bochechas. Nele, destaca-se o canal zigomaticofacial (na face 
externa), para a passagem do nervo zigomaticotemporal e o canal 
zigomaticotemporal (na face interna), para passagem do nervo zigomaticofrontal. 
Ambos são ramos do nervo zigomático (NC V2). 
 
 Maxilas: são unidas pela sutura intermaxilar. Circundam a maior parte da abertura 
piriforme, cuja face inferior converge para a espinha nasal anterior. Na parte inferior 
da órbita, está o forame infraorbital, que dá passagem ao nervo e aos vasos 
infraorbitais. Observam-se: o processo zigomático e o processo frontal, em direção a 
cada um desses ossos. 
 
 Abertura Piriforme: nela, podem ser identificadas: a lâmina perpendicular do etmoide 
(súpero-medialmente), o vômer (ínfero-medialmente), as conchas nasais superiores e 
médias (processos mediais do etmoide) e as conchas nasais inferiores (ossos 
independentes). 
 
 Órbita: cavidade cônica que abriga o globo ocular. O teto da órbita apresenta 
medialmente a fosseta troclear para alojar a tróclea (polia cartilagínea para inserção 
do músculo oblíquo superior do olho) e lateralmente a fossa lacrimal para a glândula 
lacrimal. O assoalho da órbita possui medialmente o canal lacrimonasal e 
imediatamente lateral a ele há uma depressão para a origem do músculo oblíquo 
inferior do olho. Próximo ao meio do assoalho encontra-se o sulco infraorbital, que 
anteriormente vai ao canal infraorbital e dá passagem ao nervo e aos vasos 
infraorbitais. Na parede medial da órbita, anteriormente, está o sulco lacrimal (que 
aloja o saco lacrimal) e, posteriormente, a crista lacrimal posterior (onde se origina 
parte do músculo orbicular do olho). Na parede lateral da órbita está a fissura orbital 
superior. A parede lateral da órbita se separa do soalho pela fissura orbital inferior. No 
ápice da órbita está o canal óptico. Nove estruturas se abrem na órbita. São elas: 
- Canal óptico: passagem no nervo óptico e da artéria oftálmica 
- Fissura orbital superior: saem da órbita nervos cranianos III, IV, V1 e VI, além de 
alguns de filamentos do plexo cavernoso do simpático e os ramos orbitais da artéria 
meníngea média. Entram na órbita a veia oftálmica superior e o ramo recorrente da 
artéria lacrimal para a dura-máter. 
- Fissura orbital inferior: descrita na norma lateral 
- Forame supraorbital: passagem de nervo e vasos supraorbitais 
- Canal infraorbital: passagem de nervo e vasos infraorbitais 
- Forame etmoidal anterior: passagem do nervo e vasos etmoidais anteriores e o 
nervo nasociliar. 
- Forame etmoidal posterior: passagem do nervo e vasos etmoidais posteriores. 
- Forame zigomaticoorbital: passagem de nervo e vasos zigomaticoorbitais. 
- Canal para o ducto lacrimonasal: passagem do ducto lacrimonasal. 
 
 
 
4. Norma Occipital ou Vista Posterior: no meio da escama do osso occipital, destaca-se a 
protuberância occipital externa, onde no centro está o ponto craniométrico ínio. 
Lateralmente a ela, estão a linha nucal suprema (onde insere a aponeurose 
epicrânica) e a linha nucal superior. Acima da protuberância occipital externa, chama-
se plano occipital e abaixo, plano nucal. Este é dividido em dois pela linha nucal 
mediana (onde se insere o ligamento nucal). Anteriormente ao plano nucal, 
encontram-se os processos mastoides. A linha nucal inferior corta a linha nucal 
mediana no meio. Próximo à sutura occipitomastoidea encontra-se o forame 
mastóideo, que dá passagem à veia emissária mastóidea, que une a veia auricular 
posterior ou a veia occipital ao seio sigmoide. 
 
5. Norma Basal ou Vista Inferior: face inferior da base do crânio, com a mandíbula 
removida. Ossos: maxilas, palatinos, vômer, esfenoide, temporais e occipital. 
 
 Maxilas: projeta-se o processo alveolar de cada uma delas, escavado em cavidades 
profundas que servem como receptáculos para os dentes. Os dois processos alveolares 
formam o arco alveolar. O ponto médio desse arco denomina-se próstio. O outro 
processo é o processo palatino, que forma boa parte do teto da boca e do soalho da 
cavidade nasal. Sua face inferior é côncava, áspera e irregular, formando com o 
processo do osso homólogo os ¾ anteriores do palato duro. É perfurado por vários 
forames (para a passagem de vasos nutrícios) e possui depressões (para alojar as 
glândulas palatinas). Na parte anterior, encontra-se a fossa incisiva, na linha mediana, 
onde estão os forames de Stenson, por onde passam o ramo terminal da artéria septal 
e o nervo nasopalatino. Em algumas pessoas, estão os forames de Scarpa para a 
passagem dos nervos nasopalatinos direito (pelo forame posterior) e esquerdo (pelo 
forame anterior). Todos esses forames são denominados forames incisivos. 
 
 Palatinos: estão o forame palatino maior (para a passagem do nervo e dos vasos 
palatinos maiores) e o forame palatino menor (para a passagem do nervo e dos vasos 
palatinos menores). Superiormente às margens posteriores dos ossos palatinos, há 
duas grandes aberturas, os cóanos, separados pelo osso vômer. 
 
 Occipital: anteriormente encontra-se o tubérculo faríngeo, para inserção da rafe 
fibrosa a faringe. Nas laterais do tubérculo, há depressões para a inserção dos 
músculos reto anterior da cabeça e longo da cabeça. Na porção basilar do osso, há o 
forame magno, limitado lateralmente pelos côndilos occipitais. Lateralmente a cada 
côndilo encontra-se o processo jugular, para a inserção do músculo reto lateral da 
cabeça e do ligamento atlantooccipital lateral. O forame magno dá passagem à medula 
espinhal e suas meninges, as raízes espinhais dos nervos acessórios (NC XI), artériasvertebrais, artérias espinhais anteriores e posteriores. O básio é o ponto médio da 
borda anterior do forame magno e o opístio, da borda posterior o forame. 
Anteriormente a cada côndilo está o canal do nervo hipoglosso, para a passagem do 
nervo hipoglosso e de um ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente. 
Posteriormente a cada côndilo está o canal condilar, para a passagem da veia 
emissária condilar, que une o seio sigmóideo ao plexo venoso suboccipital. 
 
 
 
 Esfenoide: na base da lâmina lateral do processo pterigoide encontra-se o forame 
oval (por onde passa o nervo craniano V3 e o plexo venoso do forame oval) e 
lateralmente a este está a espinha do esfenoide (onde se insere o ligamento 
esfenomandibular e o músculo tensor do véu palatino). Essa espinha é perfurada pelo 
forame espinhoso (por onde passa a artéria meníngea média e um ramo meníngeo do 
NC V3). Na base da lâmina medial do processo pterigoide, está o forame lácero. Ele é, 
in vivo, fechado por uma placa de fibrocartilagem que contém a tuba auditiva e é 
perfurado pelo nervo do canal pterigóideo ou nervo vidiano. As duas lâminas do 
processo pterigoide formam uma fossa em V, a fossa pterigóidea, que contém o 
músculos pterigoide medial e tensor do véu palatino. Superiormente a essa fossa, está 
a fossa escafoide, que dá origem ao músculo tensor do véu palatino. A lâmina 
pterigóidea medial encurva-se para formar o hâmulo pterigóideo, onde desliza o 
tendão do músculo tensor de véu palatino. A lâmina pterigóidea lateral tem duas 
faces: a medial (para a inserção do músculo pterigoide medial) e a lateral (para 
inserção do músculo pterigoide lateral). 
 
 Temporal: na sua porção timpânica, encontra-se o processo estiloide (onde estão os 
buquês de Riolan*). Na base desse processo está o forame estilomastóideo, por onde 
passam a artéria estilomastóidea e o nervo facial (NC VII). No lado medial do processo 
mastoide está a incisura mastóidea, para o ventre posterior do músculo digástrico. 
Ântero-medialmente está o canal carótico, para a passagem da artéria carótida 
interna e do plexo nervoso carótico. Posteriormente a este canal está o forame 
jugular, ampla abertura entre o temporal (parte petrosa) e o occipital, que se divide 
em três compartimentos: o anterior (para a passagem do seio petroso inferior), o 
intermédio (para a passagem dos nervos cranianos IX, X e XI) e o posterior (para a 
passagem da veia jugular interna e de ramos meníngeos das artérias occipital e 
faríngea ascendente). 
* Buquê de rosas vermelhas (músculos estilo-faríngeo, estilo-glosso e estilo-hióideo) 
e Buquê de rosas brancas (ligamentos estilo-hióideo e estilo-mandibular). 
 
VISTAS INTERIORES DO CRÂNIO 
 
1. Vista inferior: observa-se a face interna da calota craniana, que é marcada por 
impressões das circunvoluções do cérebro e por vários sulcos de vasos meníngeos. Ao 
longo da linha mediana há um sulco que aloja o seio sagital superior e tem suas 
margens como inserção para a foice do cérebro. Nas laterais do sulco estão as fossetas 
granulares para as granulações da aracnóide. 
 
 
 
2. Vista superior: dividida em três fossas: anterior, média e posterior. 
 
 Fossa anterior: é limitada pelas bordas posteriores das asas menores do esfenoide e 
pela margem anterior do suco do quiasma óptico. As lâminas orbitais (na porção 
lateral da fossa) dão apoio aos lobos frontais do cérebro. Na parte mediana, destaca-
se a crista galli ou crista etmoidal. A crista frontal (que dá inserção à foice do cérebro) 
termina no forame cego (para a passagem de uma veia nasal para o seio sagital 
superior). De cada lado da crista etmoidal, está a lâmina crivosa do etmoide, que é 
perfurada por pequenos forames para a passagem dos nervos olfatórios. Na parte 
posterior da fossa estão o sulco do quiasma óptico e a espinha etmoidal do esfenoide. 
 
 
 
 Fossa média: é limitada anteriormente pelas bordas posteriores das asas menores do 
esfenoide, pelas apófises clinoides anteriores, e a crista que forma a parte anterior do 
sulco do quiasma óptico. Posteriormente, é limitada pelas bordas superiores da porção 
petrosa dos temporais e o dorso da sala. Lateralmente, pela pelas escamas temporais, 
ângulos esfenoidais dos parietais e asas maiores do esfenoide. Na região média, 
encontram-se o sulco do quiasma óptico (que termina nos canais ópticos) e o 
tubérculo da sela. Posteriormente, a apófise ou processo clinoide anterior dá inserção 
à tenda do cerebelo e a fossa hipofisária (onde está o processo clinoide médio) 
aprofunda uma depressão na sela túrcica, que aloja a hipófise. Posteriormente, o 
dorso da sela possui os processos clinoides posteriores (que dão inserção à tenda do 
cerebelo). As porções laterais da fossa média dão apoio aos lobos temporais do 
cérebro. Essas regiões são cruzadas por sulcos para os ramos anterior e posterior da 
artéria e da veia meníngea média. O ramo anterior corre do forame espinhoso (por 
onde também passa o ramo recorrente do NC V3) ao ângulo esfenoidal do osso 
parietal. O ramo posterior corre numa direção lateral através da escama do temporal, 
e passa para o parietal, próximo ao meio da borda inferior. Rostralmente, a fissura 
orbital inferior é limitada pela asa maior e medialmente pelo corpo do esfenoide. 
Posteriormente à extremidade medial dessa abertura, estão o forame redondo (por 
onde passa o NC V2) e o forame oval (por onde passa o NC V3). Lateralmente a este, 
está o forame espinhoso. Medialmente ao forame oval, encontra-se o forame lácero, 
coberto por fibrocartilagem in vivo (as únicas estruturas que o atravessam são o nervo 
do canal pterigóideo e um ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente). O canal 
carótico (por onde passa a artéria carótida interna e um plexo nervoso simpático) está 
no ápice do osso temporal. 
 
 Fossa posterior: é a mais profunda das três fossas. Aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo. 
Em seu centro está o forame magno, onde de cada lado está o canal do hipoglosso 
(por onde passam o nervo hipoglosso – NC XII – e um ramo meníngeo da artéria 
faríngea ascendente). O forame jugular situa-se entre a porção lateral do occipital e a 
porção petrosa do temporal. A porção anterior do forame dá passagem ao seio 
petroso inferior; a porção posterior, à veia jugular interna e a ramos meníngeos das 
artérias occipital e faríngea ascendente, e a porção intermediária, aos nervos 
cranianos IX (glossofaríngeo), X (vago) e XI (acessório). Superiormente a este forame, 
está o meato acústico interno, para a passagem dos nervos cranianos VII (facial) e VIII 
(vestibulococlear) e da artéria auditiva interna. As fossas occipitais inferiores (que dão 
apoio aos hemisférios do cerebelo) estão separados pela crista occipital interna (que 
dá inserção à foice do cerebelo e dá aloja o seio occipital). As fossas posteriores são 
limitadas posteriormente pelos sulcos dos seios transversos. 
 
MANDÍBULA 
 
Contém os dentes inferiores. Possui um corpo arqueado, parecendo uma ferradura 
(com duas faces e duas bordas). A face externa é marcada na linha mediana pela 
sínfise mentoniana. De cada lado da sínfise há uma depressão, a fossa incisiva, que dá 
inserção aos músculos mentuais e a parte do músculo orbicular da boca. A região da 
sínfise se divide inferiormente para envolver a protuberância mentual, cuja base é 
escavada no centro para formar o tubérculo mentual. Inferiormente ao segundo pré-
molar, está o forame mentual (para a passagem do nervo e dos vasos mentuais). 
Dirigindo-se ao tubérculo, de cada lado, está a singela linha oblíqua, que dá inserção 
aos músculos abaixador do lábio inferior e abaixador do ângulo da boca. Em sua borda 
inferior, insere-se o músculoplatisma. A face interna possui as espinhas mentuais, 
que dão origem aos músculos genioglossos. Em cada lado da linha mediana há uma 
depressão oval para inserção do ventre anterior do músculo digástrico. A linha milo-
hióidea dá origem ao músculo milo-hióideo. A borda superior ou alveolar é escavada 
para receber os dentes. A borda inferior é arredondada, mas espessa anteriormente e 
possui um sulco raso no ponto em que se encontra com a borda inferior do ramo, para 
a passagem da artéria facial. O ramo da mandíbula possui duas faces, quatro bordas e 
dois processos. A face lateral é chata e nela sei insere o músculo masseter. A face 
medial apresenta o forame mandibular para a passagem do nervo dos vasos 
alveolares inferiores. Na borda essa abertura está a língula da mandíbula, onde fixa o 
ligamento esfenomandibular. O sulco milo-hióideo aloja o nervo e os vasos milo-
hióideos. Posteriormente a esse sulco, insere-se o músculo pterigóideo medial. A 
borda inferior (espessa e reta), ao comunicar-se com a borda posterior (recoberta 
pela glândula parótida), possui uma região conhecida como ângulo da mandíbula, 
onde se fixa o ligamento estilomandibular. A borda anterior continua-se com a linha 
oblíqua e a borda superior é fina e possui dois processos: o condilar e o coronoide. O 
processo coronoide dá inserção ao músculo temporal e o processo condilar possui um 
côndilo para a articulação têmporo-mandibular (ATM). Na incisura mandibular passam 
o nervo e os vasos massetéricos.

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