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Aula 5 - Grécia (Hélade)

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Grécia (Hélade)
Grécia não indica um nome de um país ou de uma unidade política na Antiguidade. Antes de tudo, por suas condições geográficas e econômicas, Grécia na Antiguidade significava uma região.
Quando se fala em Grécia, pode-se, também, falar até certo ponto de uma unidade cultural, com deuses, dialetos e alguns hábitos em comum.
Portanto, compreender esta ‘não unidade” que era a Grécia significa buscar a compreensão do que seja uma Cidade-Estado.
GRÉCIA
Introdução
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. 
As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.
Expansão do povo grego (diáspora)
Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como consequência  do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. 
Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). 
Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.
Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. 
No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios. 
Economia da Grécia Antiga
 A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. 
Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. 
Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.
Grécia influência a cultura ocidental
A Grécia ou Hélade influenciou profundamente a formação da cultura ocidental. Dos gregos ou helenos antigos herdamos uma gama de conhecimentos científicos, os grandes fundamentos do pensamento filosófico e político, presentes nas obras de Sócrates, Platão e Aristóteles. Também nossos padrões estéticos de arte e beleza foram herdados dos gregos.
SISTEMA PATRIARCAL
Pater familias autoridade máxima
Na organização hierárquica dos genos, o patriarca, ou pater, era a autoridade máxima, exercendo as funções de juiz, chefe religiosos e militar. 
O critério que definia a posição social dos indivíduos na comunidade era o seu grau de parentesco com o pater.
Cidades-Estado
São numerosas as Cidades-Estados gregas, são numerosos seus legisladores e, em momentos históricos diferentes, elas sobressaíram-se individualmente.
Entretanto, duas cidades apresentam-se como as mais intrigantes no tocante ao DIREITO: Esparta e Atenas. Destas duas, a partir dos séculos VIII e VII a.C. ocuparemo-nos de forma mais atenta.
ESPARTA
Esta foi uma das primeiras Cidades-Estado a surgir na Grécia, fundada no século IX a.C. por invasores Dórios nas margens do rio Eurotas, na Planície da Lacônia. O nome da cidade deriva de uma planta da região.
SOCIEDADE ESPARTANA
Esparta apresentava três camadas sociais:
Os Espartíatas: eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar especial;
Os Periecos: eram os aqueus, tinham boas condições materiais de vida, mas nenhum direito político;
Os Hilotas: eram escravos de propriedade do Estado, não tinham proteção da lei e sua condição humana era uma das mais insuportáveis de todo o mundo antigo.
A educação em Esparta
A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, estava concentrada nas mãos do Estado, sendo uma responsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico.
Praticantes da eugenia
Desde o nascimento até à morte, o espartano pertencia ao estado. Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos, ou seja, praticavam a eugenia.
Crianças entregues ao Estado
A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores especializados para esse fim, o paidónomo. 
Os jovens viviam em pequenos grupos coletivos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e aprendiam a tática de formação.
A educação espartana, supervisionada por um magistrado especial, o paidónomo, compreendia três ciclos, distribuídos por três anos:
Dos sete aos dez anos;
Dos doze aos quinze anos;
Dos dezesseis aos vinte anos (a efebia).
Guerreiro Espartano
A fama do guerreiro espartano perpassa a história, sendo uma das principais características conhecida desta sociedade grega. Cena do Filme 300 de Esparta que descreve a Batalha das Termópilas (480 a.C.), quando 300 guerreiros espartanos comandados pelo Rei Leónidas lutaram até a morte para refrear o avanço do exército persa do Rei Xerxes no território grego.
Como forjar um guerreiro espartano
Os homens espartanos (esparciatas) eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. 
Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). 
Essa educação estava voltada para ensinar aos esparciatas valores guerreiros como força, resistência, seriedade, bravura, disciplina, solidariedade e astúcia.
Jovens aos 17 anos
Passavam pela Kriptia, que consistia em esconder-se pelo campo, munido de punhais e, à noite, degolar quantos escravos conseguisse apanhar. Quem passasse por essa prova tornava-se adulto e recebia um lote de terra, ia viver então no quartel, recebendo uma refeição por dia ao cair da tarde.
Casamento aos 30 e
Aposentadoria aos 60 anos
Os espartíatas não podiam casar-se até os trinta anos; poderiam apenas coabitar. A partir dessa idade podiam participar da Assembléia, se casar e deixar o cabelo crescer. 
Aos sessenta anos, aposentavam-se do exército e podiam tomar parte do Conselho de Anciãos. 
Mulheres
As meninas recebiam, praticamente, o mesmo treinamento físico dos meninos, para que pudessem ser boas mães de espartíatas. Elas tinham mais liberdade que as mulheres de outras Cidades-Estado da Antiguidade. Podiam receber heranças e podiam enriquecer com o comércio, atividade vedada totalmente aos homens.
ECONOMIA EM ESPARTA
A economia de Esparta também se transformou a partir do século VII a.C. Surgiu uma vasta propriedade estatal no lugar das antigas propriedades coletivas. Essa grande propriedade era dividida, provavelmente, em 8.000 a 9.000 lotes, chamados de cleros.
Distribuídas entre os guerreiros dórios, as terras não podiam ser cedidas ou vendidas. O Estado detinha a posse legal e o cidadão (espartíata), o usufruto. Para o trabalho nessas terras, o Estado emprestava seis escravos por lote, já que estes eram, também, propriedade dele.
POLÍTICA ESPARTANA
CONSERVADORA
Século VII a.C
Política espartana era conservadora. O poder passou a ser monopolizado exclusivamente pela Gerúsia, ou Conselho de Anciãos, esta era composta por vinte e oito Gerontes – cidadãos acima dos sessenta anos – que tinham cargo vitalício e eram escolhidos por aclamação na Assembleia.
A Gerúsia escolhia – sob a ovaçãoda Assembleia – o poder executivo – os Éforos, cinco magistrados com mandato de um ano que tinham por função cuidar da educação das crianças espartíatas (que era um dever do Estado), fiscalizar a vida pública e julgar os processos civis.
Cultura e ideologia 
Uma sociedade fechada, praticavam:
A Xenofobia – é a aversão, desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ou por tudo que venha de outro lugar. Os espartanos rejeitavam ideias ou influências estrangeiras.
A Xenelasia é o banimento ou impedimento de estadia de estrangeiros. Assim, os espartanos não entravam em contato com ideias estranhas ao seu meio.
O Laconismo existe quando se fala somente o mínimo necessário e, mesmo assim, utilizando-se do menor número de palavras possível.
ATENAS
Atenas é uma das mais antigas cidades da Grécia, fundada no Século VIII a.C, e sua história é bastante ligada a história da Grécia, sendo de fundamental importância desde os tempos da Grécia antiga.
Atenas na antiguidade era uma sociedade não militarista, em oposição a Esparta e se destacava das outras cidades gregas por ter adotado a democracia. 
Foi fundada no século VIII a.C. na região da Ática. Durante as Guerras Médicas (ou Greco-Persas), Atenas comandou o exército Grego através da chamada Confederação de Delos.
Guerras Médicas
Chamam-se Guerras Médicas ou Guerras Greco-Persas aos conflitos bélicos entre os antigos Gregos e o Império Persa durante o século V a.C. 
As Guerras Médicas ocorreram entre povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medo-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa.
SOCIEDADE ATENIENSE
A sociedade ateniense era dividida no período de seu apogeu em:
Eupátridas (alta aristocracia, com direito a cidadania, que foi progressivamente abrangendo os menos ricos);
Metecos (pequenos comerciantes, sem direitos de cidadão) estrangeiros
Escravos (prisioneiros de guerra e condenados por algum crime; eram também considerados escravos os que não pagavam dívidas).
Fases da Política em Atenas:
MONARQUIA, 
ARCONTADO, 
TIRANIA E 
DEMOCRACIA.
Monarquia
Atenas formou-se a partir de uma miscigenação entre os jônios e os primeiros habitantes da Ática, no século VIII a.C.
A primeira forma de governo ateniense foi a monarquia. Nessa época, Atenas era governada por um rei (Basileus), com plenos poderes de sumo-sacerdote, juiz e chefe militar, auxiliado por um Conselho de Anciãos (Areópago). Havia também uma Assembleia do Povo.
A sociedade era dividida em classes sociais:
a) os eupátridas eram os aristocratas;
b) os geomores eram formados pelos pequenos proprietários rurais;
c) os demiurgos eram os pequenos artesãos;
d) os estrangeiros (metecos), considerados livres e sem direitos políticos;
e) os escravos adquiridos por meio de guerras, de comércio e por dívida constituíam a base de toda a produção econômica.
Em meados do século VIII a.C., a monarquia começou a se deteriorar em função da concentração das terras nas mãos dos eupátridas, o que lhes garantia maior poder. Nesse período, a monarquia foi substituída pela oligarquia, chamada de Arcontado, que era constituído por nove arcontes eleitos pela aristocracia territorial e escravista. Num primeiro momento, o mandato dos arcontes durava dez anos; depois, foi reduzido para um ano.
As principais funções do arcontado eram: Epônimo, função de administrador; Basileus, função religiosa; Polemarca, função militar; e o Tesmoteta, função de juiz.
ARCONTE = Arcontado
Arconte (em grego: αρχων, transl. arkhon, o responsável por um arkhê, "cargo") era o título dos membros de uma assembleia de nobres da Atenas antiga, que se reuniam no arcontado.
O arcontado hereditário e vitalício surgiu com Medonte, filho do rei Codro, e terminou com Alcmeão, filho de Ésquilo.
Localizando Atenas na antiguidade
Atenas situa-se na Ática. Em grego antigo, Atenas era chamada Αθήναι (Athénai), em homenagem à deusa grega Atena. 
A ocupação inicial da Ática foi realizada pelos aqueus, seguidos posteriormente por eólios e principalmente jônios, todos povos indo-europeus. 
Atenas ficou famosa por ter sido poderosa Cidade-Estado e um centro cultural e intelectual muito importante nos tempos antigos (atualmente é a capital de Grécia).
Atenas conservou a monarquia por muito tempo, até a aristocracia (“Bem-nascidos”) solaparem o poder do basileu, que foi substituído pelo arcontado – composto por nove arcontes com mandatos anuais. 
Foi também criado um conselho – o aerópago – composto por eupátridas, com função de regular a ação dos arcontes.
TIRANIA
Tirania (do grego τύραννος, "tírranos" , líder ilegítimo) era uma forma de governo usada em situações excepcionais na Grécia em alternativa à democracia. Nela o chefe, aí, governava com poder ilimitado, embora sem perder de vista que deveria representar a vontade do povo.
Hoje, entre sociedades democráticas ocidentais, o termo tirania tem conotação negativa. Algumas raízes históricas disto, entretanto, podem estar no fato de os filhos do grande tirano grego Pisístrato (que era adorado pelo povo pois fez a reforma agrária e dava subsídio) terem usufruído do espaço público como se fosse privado, sendo assim, banidos e mortos.
DEMOCRACIA
A história da democracia ateniense pode ser compreendida à luz de uma série de transformações sofridas pela sociedade e economia ateniense. Até os séculos VII e VI, o poder político ateniense era controlado por uma elite aristocrática detentora das terras férteis de Atenas: os eupátridas ou “bem nascidos”.
Nesse meio tempo, uma nascente poderosa classe de comerciantes, os demiurgos, exigia participação nos processos decisórios da vida política ateniense. Além disso, pequenos comerciantes e proprietários acometidos pela escravidão por dívidas, exigiam a revisão do poder político ateniense. Com isso, os eupátridas viram-se obrigados a reformular as instituições políticas da cidade-Estado.
Um grupo de legisladores foi responsável por um gradual processo de transformação política. Em 621 a.C., Drácon resolveu estabelecer um conjunto de leis escritas que dariam lugar às leis orais anteriormente conhecidas pelos eupátridas. Mesmo não enfraquecendo o poder da aristocracia essa primeira medida possibilitou uma nova tradição jurídica que retirava o total controle das leis invocadas pelos eupátridas.
A partir de 594 a.C., Sólon, o novo legislador, ampliou o leque de reformas políticas em Atenas, eliminou a escravidão por dividas e resolveu dividir a população ateniense por meio do poderio econômico de cada indivíduo. Dessa forma, os comerciantes enriquecidos conquistaram direito de participação política. Além disso, novas instituições políticas foram adotadas.
Leis Draconianas
As leis draconianas têm um importante papel na história do Direito, por serem o primeiro código de leis escrito*. Estas leis eram sempre favoráveis aos eupátridas e cobriam penas extremamente severas aos infratores. 
O primeiro código de leis escritas de que a humanidade tem registro é o código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.c.).
Draconiano = rígido ou drástico
Para os crimes graves, aqueles submetidos ao Areópago, as penas eram a morte ou o exílio. 
Tanto o furto como o assassinato recebiam a mesma punição: a morte. 
Essa severidade fez que o adjetivo draconiano chegasse à posteridade como sinônimo de desumano, excessivamente rígido ou drástico.
DRÁCON – Leis em 621 a.C.
As lutas entre classes sociais, a instabilidade e o crescimento de Atenas foram fatores que motivaram o surgimento de reformas, feitas por legisladores. Dentre esses legisladores, destacou-se Drácon. 
Arconte, de origem aristocrática, Drácon recebeu em 621 a.C. poderes extraordinários para preparar um código de leis escritas (até então eram orais), Drácon elaborou um rígido código de leis baseado nas normas tradicionais arbitradas pelos juízes.
DRÁCON – Leis penais
Responsável pela introdução de importante princípio de direito penal: adistinção entre os diversos tipos de homicídio:
A) voluntário – julgados pelo Areópago;
B) involuntário e em legítima defesa – julgados pelo Tribunal dos Éfetas, composto de 4 tribunais de 51 pessoas com mais de 50 anos e designadas por sorteio.
O Aéropago (mais antigo tribunal ateniense) enviava a esses tribunais os casos de homicídio involuntário ou desculpável.
O que herdamos de Dracon?
ATENAS
BRASIL
1. ListaDraconiana dos maus pagadores (caloteiros)
1. SPC / SERASA
2. Lista dos culpadospor delitos ou crimes em Atenas, para que ficasse registradoinperputuareimemoria
2. Rol dos Culpados – CPP art. 91 e seguintes.
SÓLON – 594 a.C. 
reforma nas leis
Em 594 a.C., Sólon (em grego, Σόλων - Sólōn, na transliteração), um legislador ateniense, iniciou uma reforma mais ambiciosa, onde as estruturas sociais, política e econômica da pólis ateniense foram alteradas.
ECLÉSIA – cidadãos maiores de 30 anos e livre
Ele cria a Eclésia (assembléia popular), na qual participavam todo homem maior de 30 anos, livre (não escravo), ateniense e de pai e mãe ateniense. Contudo, a participação não é por nascimento, agora ela é censitária. 
Criou o conselho dos Quatrocentos ou Bulé
O critério da riqueza possibilitou a ascenção política dos demiurgos. Criava-se, assim, a Timocracia (do grego, timos = riqueza, e kratos = poder). Sólon criou o Conselho dos Quatrocentos, ou Bulé. A Eclésia aprovava as medidas da Bulé. Criou também o tribunal de justiça, o Helieu, aberto a todos os cidadãos.
Reforma de Sólon
Lei Seixatéia
Na sua reforma, Sólon proibiu a hipoteca da terra e a escravidão por endividamento através da chamada lei Seixatéia, dividiu a sociedade pelo critério censitário (pela renda anual). 
Suas atitudes, no entanto, desagradaram a aristocracia, que não queria perder seus privilégios oligárquicos, e o Povo, que desejava mais que uma política censitária, e, sim, a promoção de uma reforma agrária.
Sólon também modificou o código de leis de Drácon, que já não era mais seguido por causa de sua severidade.
A punição do roubo, que era a morte, passou a ser uma multa igual ao dobro do valor roubado.
Inova ainda se comparado com as legislações orientais: o filho maior torna-se maior e não mais submetido ao pai;
As mulheres, embora ainda submetidas à autoridade paterna ou marital, tem liberdade para ir e vir e frequentar escolas.
Reformou a legislação deixada por Drácon. Dividiu o povo em classes políticas, com direito à voto. Os cidadãos de primeira classe ocupavam o Senado. 
Estabeleceu o direito de testar e o perdão para os mais pobres de parte de seus delitos.
Resumindo...
Sólon (590 a.C.) foi o legislador que abrandou, suavizou as Leis de Drácon. É responsável pela EUNOMIA, isto é, a igualdade de todos perante a Lei, igualdade esta que está presente na maioria dos artigos que ele escreveu. 
É atribuída a ele a seguinte frase; “todo homem livre, domiciliado em território atiço será considerado cidadão ateniense”. 
Ele criou distritos eleitorais baseado nos domicílios do eleitor. Além disso concedeu anistia (perdão) geral para todos os crimes políticos (crime de opinião, delitos de opinião).
BRASIL - ISONOMIA
NO BRASIL a EUNOMIA – a palavra conhecida é ISONOMIA (igualdade) ou princípio da igualdade, que está presente na nossa Constituição no Art. 5º, Caput I da CF/88 – “Todos são iguais perante a Lei”, inciso I – “Homens e Mulheres são iguais em direito e obrigações”.

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