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3 A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM Papel do Enfermeiro em Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria O texto trata de evolução da Enfermagem Psiquiátrica abordando os caminhos percorridos desde a década de 40 com lenta evolução, com a aprovação da Lei Nacional de Saúde, com a atitude terapêutica que se destacou na função do Enfermeiro na recuperação do paciente e formações especificas no preparo de enfermeiros voltados principalmente para conceitos sobre o relacionamento intrapessoal e interpessoal trabalhando em conjunto com o paciente. Na década de 50 houve uma má qualidade na prestação dos serviços de enfermagem psiquiátrica relacionado à escassez de enfermeiros psiquiátricos qualificados. Nesta mesma época com surgimento de novas drogas psiquiátricas, unidades terapêuticas e novos conceitos sobre as funções do enfermeiro nesta área, foram evidenciados por Maxweell Jones através de seus estudos sobre a importância do profissional enfermeiro nas comunidades terapêuticas relacionado a um cuidado mais humanizado voltado para a integralidade do ser humano. Na década de 60 o destaque foi à teoria de Peplau ao definir o papel do enfermeiro como terapeuta ao valorizar outras funções do mesmo associando-as ao relacionamento interpessoal voltado para as necessidades do cliente e a valorização da utilização da comunidade como importante ferramenta no tratamento do cliente com propósitos de reduzir o número de internações. Na década de 70 a Reforma Psiquiátrica teve início no Brasil, embasada na desinstitucionalização do doente mental, envolvendo desde a desconstrução de manicômios até o cuidar em enfermagem. Peplau descreve as ações do enfermeiro na assistência psiquiátrica e as do enfermeiro especialista em saúde mental e psiquiatria. Nessas ações a família e o cliente são peças fundamentais para alcançar o sucesso, pois devem estar em comunhão com o trabalho a ser executado de forma que o cliente deverá sempre ser visto como uma pessoa, família ou comunidade, com seus direitos e deveres em relação à sua saúde. De acordo com o texto, percebe-se que na atualidade que os processos interpessoais variam de acordo com a funcionalidade das ações ofertadas voltadas para o cliente no que diz respeito ao seu modo de ser e estar. Todo o trabalho deve visar à harmonia da funcionalidade, pois ações mal planejadas podem alterar os resultados afetando uma ou outra área. O enfermeiro atual deve estar atualizado e apto as suas funções e também na prestação dos serviços em Saúde Mental referente à assistência e a manutenção das manifestações de comportamentos causados pelos transtornos mentais, pois ele é responsável na prevenção secundaria, na prevenção de recaídas e recorrências de sua clientela. Entendo que o caráter inovador no processo de transformação do paradigma psiquiátrico, vem com propósito de despertar nos profissionais da área de saúde, em especial no enfermeiro, a criação de mudanças no atendimento básico de saúde, no âmbito conceitual, assistencial, político e cultural. O profissional de enfermagem na atenção ao paciente psiquiátrico tem seu trabalho voltado para a promoção da prevenção da doença mental, para a atenção ambulatorial e emergencial, para a psiquiatria hospitalar, tanto em serviços gerais como especializados, bem como em estratégias de reabilitação psicossocial. Além disso, o enfermeiro deve ter uma visão holística, levando em conta a individualidade 4 A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM do ser humano e os relacionamentos interpessoais, promovendo o autocuidado e procurando formas de propiciar qualidade de vida, resgatando a história, a autonomia e a cidadania de cada um. Concluo que o profissional enfermeiro não deve resolver os problemas do sujeito, mas deve trabalhar com ele, buscando soluções que sejam adequadas para a sua condição, utilizando-se de suas habilidades e de seu conhecimento, oferecendo intervenção terapêutica, sabendo ouvir e intervindo por meio de instrumentos e ações que visem uma melhor qualidade de vida para o doente mental. Também se especializar no atendimento humanizado, pois é necessário ter uma visão crítica e reflexiva criando oportunidades de novas descobertas e experiências no processo teórico relacionado com a intervenção na prática. O enfermeiro na verdade deve ter uma visão oposta ao modelo biomédico, visando à promoção da saúde e fortalecendo o vínculo entre paciente e família, buscando a reinserção social da pessoa com doença mental no seu meio familiar e na comunidade. Elaborado por Edwallace Amorim
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